Esboço Da Carta Aos Filipenses

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OBSERVAÇÃO:

O QUE: Filipenses é uma carta de alegria e ânimo. O incentivo à alegria, é presente em toda a
carta, mais precisamente 'a alegria do Senhor'!" A alegria brota toda a carta, e todos os seus
pensamentos sobre a igreja dos filipenses são acompanhados por este sentimento. Fil. 1:13-18.
Versículo-chave: "Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos." (4.4)

QUEM: O "apóstolo Paulo" denomina-se autor da carta aos Filipenses. Seu discípulo Timóteo, é
citado como co-remetente e co-responsável pela carta. Timóteo não é propriamente o co-autor.
Filipenses 1:1

QUANDO E ONDE: Provavelmente, a carta é originária da época do cativeiro em Roma. Observa-


se isto pelo fato de algumas expressões redigidas na carta, do tipo: o primeiro capítulo usa a
expressão "pretório" no último usa-se "da casa de César" (Fil 4:22). Então, a carta teria sido escrita
numa prisão em Roma, para a igreja em Filipos. Entretanto há pesquisadores que argumentam em
favor da carta ter sido escrita numa prisão em Cesaréia ou ainda em Éfeso. A carta foi escrita
aproximadamente 53 e 61 d.C. (Fil 1:14)

COMO: Texto escrito em forma de carta dirigida aos cristãos da igreja da cidade de Filipos, capital
da Macedônia, era colônia militar romana.

PORQUE: O motivo para a redação da carta aos Filipenses é uma oferta de amor relativamente
generosa enviada pelos filipenses ao apóstolo na cadeia por meio de Epafrodito, um membro desta
igreja. Paulo considera que é mais correto enviá-lo de volta. Desse modo o mesmo discípulo que
trouxe a oferta torna-se o mensageiro de Paulo aos filipenses, a fim de lhes entregar a presente
carta. A carta igualmente contém o recibo oficial para a dádiva recebida.
(Fil 2:25 e Fil 4:18)

INTERPRETAÇÃO
Paulo e Timoteo escreveram a carta aos irmãos de Filipos ao povo de Deus que creram em Jesus
Cristo, bispos e diáconos da Igreja, ele orava pelo povo com alegria dizendo que nunca esqueceu
dos irmãos. O grande amor dele vinha
do coração e que Deus era testemunha. Ele defendia o evangelho como se fosse sua própria vida,
outros anunciam o evangelho por interesse pessoal, a preocupação dele era de nunca falhar no
dever. Devemos ser humildes e considerar os outros superiores a nós, o nome de Jesus é o mais
importante de todos os nomes. Paulo foi circunscidado quando tinha oito dias de vida, ele era
israelita e nasceu na tribo de Benjamim com sangue de hebreus, antes ele era fariseu,e perseguiu por
muito tempo a igreja, agradece a Deus por tudo e com a força que Deus dá para ele enfrenta
qualquer situação. Ele tinha estima pelo irmão Epafrodito.
Preso injustamente, caluniado por inimigos gratuitos, seus planos frustrados, a sua vida em perigo –
tudo isso deveria fazer com que Paulo fosse magoado, revoltado, vingativo, e com a vida totalmente
amargurada. Mas, longe disso, ele declara em verdadeira euforia de alma: “Mas que importa?
contanto que Cristo, de qualquer modo, seja anunciado, ou por pretexto ou de verdade, nisto me
regozijo, sim, e me regozijarei” (1.18).
Cristo está em mim, e a minha vida está escondida com Cristo em Deus: que importa que a
tempestade ruja em torno de mim? No Senhor sempre me alegro e sempre me alegrarei.
A alegria não depende de circunstâncias, mas de estar em Cristo. E a alegria é fruto do Espírito. E
quais os elementos que contribuem para a alegria? - a oração incessante, a pregação de Cristo, a fé,
a fraternidade entre os irmãos, o sofrimento; sim, o sofrimento, o sofrimento é alegria, também; a
fidelidade de um companheiro, servo de Cristo, o ganhar almas para Cristo, o sustento de
missionários, a liberalidade nas ofertas e nada e ninguém poderá tirar do crente essa alegria em
Cristo.

CORRELAÇÃO:
CONSISTÊNCIA INTERNA:
“...portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força.” Neemias 8:10
“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração” Romanos 12:12

CONSISTÊNCIA EXTERNA:
Comentário de Ralph A. Gwinn
Doutor em Filosofia e Letras

“Filipenses é uma das cartas mais pessoais do apóstolo Paulo. Basta que observemos a freqüência
da construção verbal da primeira pessoa do singular. O apóstolo escrevia a um grupo de amigos aos
quais amava profundamente. Esta carta não se presta com facilidade a um esboço sistemático. Nela
destaca-se com caracteres nítidos a solicitude de Paulo por estes crentes. Escreve-lhes, não tanto
como o apóstolo fundador da igreja em Filipos, mas como seu pai em Cristo. Observa-se a diferença
na saudação: não diz aqui "Paulo, apóstolo...", sua introdução costumeira; diz, antes. "Paulo e
Timóteo, servos de Jesus Cristo...".

A nota dominante desta breve epístola é a alegria. E esta nota se faz mais notável ainda se levarmos
em conta o fato de que Paulo a escrevia da prisão. As circunstâncias imediatas que rodeiam o crente
não devem constituir-se em fatores que determinem sua atitudecom respeito à vida em geral. As
notas gêmeas de humildade e solicitude pelos outros também são muito evidentes. Em vista do que
Cristo realizou, não há lugar para a soberba no coração do filho de Deus. Em virtude do profundo
exemplo lançado por Cristo, seus seguidores jamais devem adotar conduta egoísta.

Esta carta contém muito pouca teologia no sentido habitual que se dá a este termo. Contudo, uma
exceção digna de nota é a grande passagem sobre a humilhação e exaltação de Cristo (2:5-11).
Igualmente, a carta proporciona pouquíssimas instruções sobre ética. A carta contém advertências
diretas e breves acerca dos que haviamcausado ao apóstolo tantas dificuldades em outros lugares
(3:2), porém não se refuta o erro teológico, nem se censuram com vigor as faltas dentro da igreja.

Autor:
Presentemente, a opinião quase universalmente aceita é a de que Paulo foi quem escreveu esta
epístola. Foi escrita da prisão, porém não se menciona o lugar onde estava dita prisão. Três
localidades têm sido sugeridas: Roma, Cesaréia e Éfeso. Tradicionalmente, acredita-se que foi em
Roma que o apóstolo a escreveu. Se situarmosa escritura desta carta próxima do encarceramento do
apóstolo, a data seria por volta do ano 62 d.C. “
Ralph A. Gwinn - Doutor em Filosofia e Letras

APLICAÇÃO:
Um contraste de caráter (3:17- 4:1). Paulo começa aplicando as lições a si mesmo, como um
exemplo aos irmãos. Não devemos servir aos nossos próprios desejos e paixões em vez da verdade
e poder de Deus. (3:19)

Responsabilidades individuais (4:2-3). A unificação do corpo de Cristo começa num nível


pessoal. A igreja se compõe de pessoas que vêm de uma variedade de ambientes, com uma
variedade de personalidades e níveis de maturidade. Certamente, aparecerão diferenças de opinião
entre irmãos. Mas, se estas diferenças espirituais forem tais que afetem nossa unidade espiritual,
elas precisam ser superadas. Nossa tarefa é permanecer unidos para que possamos continuar a luta
contra Satanás (veja 1:27-28)
Alegria em Cristo (4:4-7). Não é fácil estar contente no sofrimento, mas isto é o que o cristão é
chamado freqüentemente a fazer. O cristão que está lutando contra Satanás sofrerá nesta vida (veja
2 Timóteo 3:12). Mas podemos regozijar-nos, não importa quão dura seja a situação, se regozijamos
"no Senhor". Se simplesmente nos mantivermos perto do Senhor, em oração, e pelo nosso próprio
comportamento moderado, até mesmo no sofrimento poderemos conhecer a paz "que excede todo
o entendimento" (4:7)
.
Transformação do modo de pensar (4:8-9). Tornar-se um cristão forte envolve uma mudança
completa de personalidade, do coração para fora. Para se comportar como um cristão, precisa-se
pensar como um cristão. O cristão precisa pensar ativamente, e não passivamente. (Fil 4:8). Uma
mente ociosa acolherá todo tipo de pensamentos, desde os bons até os maus; mas uma mente ativa
trabalhará para controlar-se, detendo-se no que é nobre e bom, deixando fora o que corrompe.

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