Fichamento 01 A História Da Vida Na Terra
Fichamento 01 A História Da Vida Na Terra
Fichamento 01 A História Da Vida Na Terra
Fichamento 1: GILLUNG, Jéssica P. Biogeografia: a história da vida na Terra. São Paulo: Revista da
Biologia, v. 1, n. 1, 2011. Disponível em: <http://www.ib.usp.br/revista/volume7>. Acesso em: 20 mar. 2019.
Gillung (2011) aborda em seu texto em linearidade histórica os fatos e conceitos que
culminam no desenvolvimento da Biogeografia como ciência.
Segundo Gillung (2011) ao partirmos do raciocínio acerca da distribuição das espécies
percebe-se que ela não é a mesmo em toda a superfície da Terra, que existem áreas com
maior ou menor diversidade, que apresentam espécies diferentes em áreas semelhantes ou
mesmo a presença de grupos restritos a certas áreas e ainda grupos com ampla distribuição.
Assim surge a Biogeografia da necessidade em se buscar os padrões de distribuição e as
relações entre áreas munida inclusive dos conhecimentos de outras áreas do saber. Nelson e
Platnick (1981, apud GILLUNG, 2011, p. 5)
A autora aponta três componentes a serem considerados na devida compreensão dos
padrões de distribuição, o espaço sendo a área geográfica de ocorrência, o tempo acerca de
eventos históricos que influenciaram os padrões atuais, e, a forma a se tratar dos grupos de
organismos. Croizat; Humphries (1952; 2000, apud GILLUNG, 2011, p. 5).
Conceitua a biogeografia como ciência que estuda a distribuição geográfica dos seres
vivos no espaço através do tempo, cujo objetivo é o entendimento dos padrões de organização
espacial e seus processos, integrando para isso os conhecimentos da Geografia, Geologia,
Biologia, Ecologia entre outras em um longo processo de desenvolvimento com destaque nos
séculos XVIII e XIX. Crisci e Col; Posadas e Col (2003; 2006, apud GILLUNG, 2011, p. 5).
Segundo descreve Gillung (2011) a história de formação da Biogeografia se divide em
dois períodos distintos, o pré-evolutivo como momento das ideias de fixismo de espécies,
constância e estabilidade da Terra e centros de origem e dispersão de espécies; e o evolutivo
com bases na evolução da biota e do meio bem como o paradigma vicariante. Nelson e
Platnick. (1981, apud apud GILLUNG, 2011, p. 6).
Dois processos importantes dessa dinâmica são esclarecidos para um melhor
entendimento, conforme Gillung (2011) o de dispersão que se trata da existência de uma
população ancestral ultrapassando uma barreira, ampliando sua distribuição e ocasionando a
diferenciação da população original; e o de variância que consiste em uma população
ancestral sendo dividida por uma barreira insurgente onde as partes populacionais passam a
se diferenciar. Nelson e Platnick; Crisci e Col (1981; 2003, apud GILLUNG, 2011, p. 6).
Segundo Gillung (2011, p. 6) as primeiras explicações para o porquê da localização
atual dos organismos parte do raciocínio religioso e afirma o centro de origem e dispersão
(Escola dispersalista) a exemplo do livro de Gênesis, e das teorias de, Carl Von Linné, George
Luis Leclerc, Comte Buffon e seu pensamento em diferentes regiões relacionadas a diferentes
espécies, bem como sua influência nos trabalhos de Humboldt, Pierre Latecille e Georges
Cuvier, e evolui em 1820 com a obra “Geografia das Plantas” de Augustyn Pyramus
relacionando a distribuição dos vegetais e o meio ambiente, surgindo os conceitos de
endemismo, espécies disjuntas e de estação como características ecológicas da localidade e
habitação considerando características geológicas e geográficas, sendo essa obra a primeira
classificação de regiões biogeográficas.
Gillung (2011, p. 7) descreve que esse paradigma perdura por séculos e chega a
influenciar inclusive Wallace e Darwin que dão em seus trabalhos especial atenção para a