CARTILHA Equidade 10x15cm
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A Política Nacional de Saúde Integral de
Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e
Transexuais (LGBT), instituída pelo Ministério
da Saúde, por meio da Portaria nº 2.836, de
1º de dezembro de 2011, garante às mulheres
transexuais, às travestis e aos homens trans
o direito à saúde integral, humanizada e de
qualidade no Sistema Único de Saúde (SUS),
tanto na rede de atenção básica como nos
serviços especializados.
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IDENTIDADE DE GÊNERO
Expressão de uma identidade construída a
partir de como a pessoa se reconhece e/ou se
apresenta, que pode corresponder ou não ao
seu corpo biológico.
ORIENTAÇÃO SEXUAL
É a capacidade de ter, sentir ou desenvolver
atração e/ou relação emocional, afetiva ou
sexual por outra(s) pessoa(s). A orientação
sexual pode ser:
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Bissexual: pessoa que sente atração e/ou se
relaciona com pessoas de ambos os sexos.
TRANSEXUAIS
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através de modificações corporais
(hormonioterapia e/ou cirurgia de
redesignação sexual), exercer sua identidade
de gênero masculina de acordo com seu bem-
estar biopsicossocial. Identificam-se como
homens (identidade de gênero) e podem ser
heterossexuais, homossexuais e bissexuais
(orientação sexual).
TRAVESTI
A travesti se relaciona com o mundo no
gênero feminino, no que diz respeito às
aparências e formas assumidas por meio
do uso de hormônios feminilizantes
e/ou aplicações de silicone, tendo como
característica marcante a mistura das
características femininas e masculinas
em um mesmo corpo. Identificam-se como
travestis e reivindicam a legitimidade de sua
identidade para além dos parâmetros binários
do masculino ou do feminino.
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IDENTIDADE DE GÊNERO
E ORIENTAÇÃO SEXUAL
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DISCRIMINAÇÃO E
PRECONCEITO X ACESSO
À SAÚDE
As travestis, as mulheres transexuais, e os
homens trans são alvos de brincadeiras de
mau gosto e maus-tratos, frequentemente
hostilizados na família, na escola e nos
espaços públicos. Casos de violência física
e psicológica, motivadas por preconceito e
violações de direitos, são acontecimentos
comuns nas suas vidas.
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A transfobia representa a intolerância e todo
tipo de preconceito em relação às travestis, às
mulheres transexuais e aos homens trans.
NOME SOCIAL
O nome social é aquele pelo qual as travestis, as
mulheres transexuais e os homens trans preferem
ser chamados(as), cotidianamente, refletindo
sua identidade de gênero, em contraposição
aos nomes de registro civil determinados no
nascimento, com os quais não se identificam.
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Além disso, desde 2012, o Sistema de
Cadastramento de Usuários do SUS permite
a impressão do Cartão SUS somente com o
nome social do(a) usuário(a).
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ATENDENDO ÀS TRAVESTIS,
MULHERES TRANSEXUAIS E
HOMENS TRANS
Muitos dos problemas de saúde e de acesso a
cuidados apresentados por travestis, mulheres
transexuais e homens trans ainda derivam do
preconceito e da discriminação de que são
vítimas. Portanto, é fundamental lembrar:
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• É preciso construir uma relação de confiança
entre profissional de saúde e usuário(a).
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• Quando se fala da saúde das travestis, das
mulheres transexuais e dos homens trans
é comum que venham à mente questões
relacionadas às práticas sexuais, tais como
as doenças sexualmente transmissíveis e
HIV/AIDS/Hepatites Virais. No entanto,
a sexualidade é apenas um dos aspectos
da vida e da saúde dessa população. É
importante lembrar que estas pessoas
são também acometidas por outras
enfermidades como viroses, diabetes,
hipertensão, entre outras.
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Criar condições favoráveis às necessidades de
saúde das travestis, das mulheres transexuais e
dos homens trans significa romper resistências
de usuários(as) e de profissionais de saúde,
dentro e fora das unidades de saúde, por meio
de ações como:
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• Sensibilizar trabalhadores(as) da saúde para
o cumprimento da determinação do uso do
nome social nas unidades de saúde, ao chamar,
atender, preencher os prontuários, etc.
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Uma das especificidades em saúde desta
população refere-se às questões relacionadas
às modificações corporais, seja pela demanda
por tais procedimentos ou pela necessidade
de lidar com problemas causados por eles.
Portanto, é importante saber:
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• Na rotina do trabalho, é possível, ainda,
que o profissional se depare com casos
de automutilação decorrente do intenso
sofrimento do sujeito por ter um corpo com
o qual não tem qualquer identificação, como
tentativas de autoamputação do pênis ou dos
testículos (no caso de mulheres transexuais)
e até das mamas (no caso de homens trans).
PROCESSO TRANSEXUALIZADOR
NO SUS
Instituído pelas Portarias nº 1.707 e nº 457
de agosto de 2008 e ampliado pela Portaria
nº 2.803, de 19 de novembro de 2013, o
Processo Transexualizador realizado pelo SUS
garante o atendimento integral de saúde a
pessoas trans, incluindo acolhimento e acesso
com respeito aos serviços do SUS, desde o
uso do nome social, passando pelo acesso à
hormonioterapia, até a cirurgia de adequação
do corpo biológico à identidade de gênero e
social.
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A linha de cuidado da atenção aos usuários
e usuárias com demanda para a realização
das ações no Processo Transexualizador é
estruturada pelos seguintes componentes:
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2.1 - Os serviços especializados no Processo
Transexualizador (Atenção Especializada)
devem realizar o acolhimento, o
cuidado, o acompanhamento dos(as)
usuários(as) com demanda no Processo
Transexualizador, para realização de
procedimentos ambulatoriais e/ou
cirúrgicos, contemplados pela Portaria
nº 2.803, de 19 de novembro de 2013.
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UNIDADES HABILITADAS
O SUS conta com cinco hospitais habilitados
pelo Ministério da Saúde no Processo
Transexualizador:
• Hospital das Clínicas da Universidade Federal
de Goiás/Goiânia (GO).
• Universidade do Estado do Rio de Janeiro –
Hospital Universitário Pedro Ernesto/Rio de
Janeiro (RJ).
• Hospital de Clínicas de Porto Alegre –
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/
Porto Alegre (RS).
• Hospital de Clínicas da Faculdade de
Medicina FMUSP/Fundação Faculdade de
Medicina MECMPAS – São Paulo (SP); e
• Hospital das Clínicas/Universidade Federal
de Pernambuco – Recife (PE).
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• Ambulatório AMTIGOS do Hospital das
Clínicas de São Paulo – São Paulo (SP).
• Ambulatório da Universidade Federal de
Uberlândia (MG).
• Centro de Pesquisa e Atendimento para
Travestis e Transexuais de Curitiba (PR).
• Ambulatório para travestis e transexuais do
Hospital Clementino Fraga – João Pessoa (PB).
• Ambulatório Transexualizador da Unidade
de Referência Especializada em Doenças
Infecciosas Parasitárias Especiais (UREDIPE) –
“
Belém (PA).
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As cirurgias de redesignação sexual são
esterilizantes e cabe ao profissional de saúde
esclarecer àqueles(as) que desejam submeter-se
à cirurgia, acerca deste efeito, bem como,
na medida do possível, informar quanto aos
recursos disponíveis para conservação de
óvulos ou esperma, caso seja da vontade do(a)
usuário(a) fazê-lo com vistas à reprodução
assistida. Isto deve ocorrer porque as
pessoas transexuais devem ter seus direitos
reprodutivos respeitados.
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