Os Navios Dos Descobrimentos
Os Navios Dos Descobrimentos
Os Navios Dos Descobrimentos
Veleiros Portugueses
A Ordem de Cristo, pela mão do Infante D. Henrique que era desde 1420
governador da Ordem, foi responsável pela realização desta epopeia,
razão pela qual os barcos portugueses dos Descobrimentos ostentavam
nas suas velas a Cruz de Cristo.
Hoje essa tradição é evocada nas velas redondas do N.E. SAGRES II.
Navios dos Descobrimentos
parecença, ainda que em tamanho fosse bem mais pequena, levou a que
fosse também denominada de caravela da pesca. Dependendo da missão
podia levar de 10 a 22 tripulantes.
Barinel
O Barinel parece ter origem no Mediterrâneo. Tinha maior porte que
as barchas, com a proa alterosa a atirar para nau, toda recurvada e,
como a caravela, de popa redonda. Calava mais que as barchas. Com um
ou dois mastros tinha no maior mastro um cesto da gávea. Parece que
além do habitual pano redondo podia mudar para latino. Armava ainda
remos para tempo sem vento ou aproximação a terra.
Caravela
Navios dos Descobrimentos
Assim nasce a caravela que desde 1441 até à data da passagem do Cabo
das Tormentas ou Boa Esperança tem o seu apogeu.
Teriam chegado até aos 150 tonéis. É este tipo de barco que vai dar
origem aos famosos galeões portugueses.
Navios dos Descobrimentos
Para evitar que outros países tivessem acesso aos novos conhecimentos
técnicos e inovações que a caravela possuía, esta foi alvo de rigorosas
medidas de protecção que não permitiam a venda daquela a estrangeiros
nem o acesso aos carpinteiros que as construíam. As penalizações iam,
entre outras, até à expropriação de todos os bens de quem o fizesse.
Nau
Já se conhecia o regime de ventos do Atlântico, a costa atlântica de
África tinha sido convenientemente explorada, tarefas essas levadas a
cabo pelas caravelas. Depois da ida de Vasco da Gama à Índia as viagens
já não eram de exploração e eram naturalmente mais longas. Por isso os
navios tinham de ir melhor artilhados e sobretudo o espaço para a carga
começava a desempenhar um papel fundamental. Nasce assim a nau que
desde o séc. XVI até ao séc. XIX foi de 100/200 tonéis até ultrapassar os
900 e mais.
Navios dos Descobrimentos
No séc. XVI a nau tinha duas cobertas. A primeira, corrida de vante à ré,
abrigava o porão de carga, os tonéis da aguada, os paióis de
mantimentos, cabo, pano, e munições. A segunda à proa constituía o
pavimento do castelo de proa e à ré a tolda do capitão. Tinha três
mastros e cestos da gávea nos dois de vante. Aparelhava pano redondo
nos mastros da frente e latino no de mezena para ajudar a orça do barco.
A tripulação ia de 25 a 30 homens.
Uma das mais célebres terá sido a S. Gabriel pela façanha da descoberta
do caminho marítimo para a Índia.
O capitão vai içá-la na principal nave da frota que partirá daí a pouco
para a Índia. Era uma esquadra respeitável, a maior já montada em
Portugal, com treze navios e 1 500 homens. Além do tamanho, tinha
outro detalhe incomum.
Aventura religiosa
Banqueiros pobres
Enquanto as cruzadas empolgaram a Europa, os templários receberam
milhares de propriedades por doação ou herança e desenvolveram
intensa actividade económica. Nos seus feudos, introduziram métodos
racionais de produção e foram os primeiros a criar linhagens de cavalos
em estábulos limpos.
Santuário de fugitivos
Para muitos, esse país teria sido Portugal. O rei D. Diniz (1261-1325)
decidiu garantir a permanência da Ordem em terras portuguesas: sugeriu
uma doação formal dos seus bens à Coroa, mas nomeou um
administrador templário para cuidar deles. Nem o processo papal nem a
execução do grão-mestre Jacques de Molay, em 1314, o intimidaram. Em
1317, reiterando que os templários não tinham cometido crime em
Portugal, D. Diniz transferiu todo o património dos cruzados para uma
nova organização recém-fundada: a Ordem de Cristo.
Pilhando mouros
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Competição acirrada
Mas o sucesso atraía a competição. A Espanha, tradicional adversária,
também fazia política no Vaticano para minar os monopólios da Ordem,
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Trabalhando em silêncio
Graças à Ordem e à sua política de sigilo, os portugueses sabiam da
existência das terras na parte do globo onde hoje está o Brasil sete anos
antes da viagem de Cabral.
E, trinta anos antes da viagem de Colombo, todos os mapas lusitanos
mostravam ilhas com o nome de “Antílias”, a oeste de Cabo Verde. O
mais famoso cartógrafo italiano da época, Paolo Toscanelli, escreveu a
um amigo português, em 1474, falando da “Ilha de Antília, que
vós conheceis“.
Nesse ano, também há notícia de que o navegador cruzado João Vaz da
Corte Real explorou as Caraíbas e foi até a Terra Nova (o Canadá). Mas
os documentos comprovativos dessa viagem, como quase tudo da
Ordem, nunca foram encontrados.
O estrondo das ondas nos penhascos do litoral, que podia ser ouvido a
quilómetros de distância, as correntes fortíssimas e as névoas de areia
reforçavam o pânico dos pilotos. Quando finalmente reuniu coragem e
viu que do outro lado não havia nada de especial, Eanes abriu o caminho
para o sul.
Um símbolo milenar
Cruz copta: No século II, uma dissidência cristã, chamada copta, adoptou
esta cruz.