E.B.D. Lição 6 2º Trimestre 2010
E.B.D. Lição 6 2º Trimestre 2010
E.B.D. Lição 6 2º Trimestre 2010
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TEXTO ÁUREO
"Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso
para honra e outro para desonra?" (Rm 9.21).
VERDADE PRÁTICA
Em sua inquestionável soberania, DEUS trata as suas criaturas como bem lhe
aprouver. Submetamo-nos, pois, à sua perfeita, infinita e sábia vontade.
18.2 DESCE À CASA DO OLEIRO. DEUS ordenou que Jeremias fosse à casa
do oleiro; aí observou que o oleiro fazia um vaso de barro. O vaso partiu-se nas
mãos do oleiro, o qual o refez, porém, diferente do vaso anterior. Esta parábola
contém várias lições importantes sobre a obra de DEUS em nossa vida.
(1) Nossa submissão a DEUS como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto
o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer
através de nós.
(2) Falta de profunda dedicação a DEUS, da nossa parte, pode estorvar seu
propósito original para nossa vida (cf. v. 10).
(3) DEUS, se quiser, pode mudar seus planos para a nossa vida (fazer dele outro
vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer, v. 4).
COMENTÁRIO
Por que DEUS levou o profeta Jeremias até à casa do oleiro?
Para revelar ao profeta e à nação Judia sua autoridade e soberania.
Os atributos de DEUS revelam alguns aspectos dele que não são vistos em
nenhum outro ser:
1. Soberania: Deus É Supremo, Chefe, Dono.
2. Eternidade: Sem Princípio E Sem Fim. Sempre Existiu E Sempre
Existirá.
3. Onisciência: Sabe De Tudo, Todas As Coisas; Sabe Quantos Fios
De Cabelo Tem Em Nossa Cabeça, Sabe O Que Precisamos Antes
De Pedirmos.
4. Onipresença: Está Em Toda Parte Ao Mesmo Tempo, Ninguém Se
Esconde De Deus; Sabe O Nosso Deitar E Levantar.
5. Onipotência: Pode Tudo, É Auto-Suficiente, Cria O Que Quer E
Destrói O Que Quer; Ele Mesmo Faz A Ferida E Ele Mesmo A
Sara.
6. Imutável: O Mundo Vai Ser Destruído, Mas A Palavra De Deus
Permanece Para Sempre; Deus Sempre Foi Esse Mesmo Deus, Ele
Nunca Mudará; O Que Deus Pensava Há 5.000 Anos, Ele Pensa
Hoje Do Mesmo Jeito E Vai Continuar Pensando Pela Eternidade,
Por Isso A Bíblia É Sempre Atual.
6
(2) DEUS é onisciente — i.e., Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5). Ele
conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios
pensamentos (1 Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). Quando a Bíblia fala da
presciência de DEUS (Is 42.9; At 2.23; 1 Pe 1.2), significa que Ele conhece com
precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exeqüíveis,
reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados (1 Sm 23.10-13; Jr 38.17-
20). A presciência de DEUS não subentende determinismo filosófico. DEUS é
plenamente soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e
na história, segundo sua própria vontade e sabedoria. Noutras palavras, DEUS
não é limitado à sua própria presciência (Nm 14.11-20; 2 Rs 20.1-7).
(3) DEUS é onipotente — i.e., Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total
sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt
19.26; Lc 1.37). Isso não quer dizer, jamais, que DEUS empregue todo o seu
poder e autoridade em todos os momentos. Por exemplo, DEUS tem poder para
exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da
história humana (1 Jo 5.19). Em muitos casos, DEUS limita o seu poder, quando o
emprega através do seu povo (2 Co 12.7-10); em casos assim, o seu poder
depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (Ef 3.20).
(4) DEUS é transcendente — Ele é diferente e independente da sua criação (Êx
24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). Seu ser e sua existência são infinitamente
maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1 Rs 8.27; Is 66.1,2; At
17.24,25). Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além
daquilo que Ele criou. Ele mesmo é incriado e existe à parte da criação (1 Tm
6.16). A transcendência de DEUS não significa, porém, que Ele não possa estar
entre o seu povo como seu DEUS (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2 Co 6.16).
(5) DEUS é eterno — i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; Is
57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em
que DEUS não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo
humano (cf. Sl 90.4; 2 Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como “EU SOU”
(cf. Êx 3.14; Jo 8.58).
(6) DEUS é imutável — i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas
perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is
7
41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). Isso não significa, porém, que DEUS nunca
altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por
exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero
dos pecadores (Jn 3.6-10). Além disso, Ele é livre para atender as necessidades
do ser humano e às orações do seu povo. Em vários casos a Bíblia fala de DEUS
mudando uma decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (Nm
14.1-20; 2Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8).
(7) DEUS é perfeito e santo — i.e., Ele é absolutamente isento de pecado e
perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram
criados sem pecado (Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. DEUS, no
entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2 Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). Sua santidade
inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.
(8) DEUS é trino e uno — i.e., Ele é um só DEUS (Dt 6.4; Is 45.21; 1Co 8.5,6; Ef
4.6; 1Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO (Mt
28.19; 2Co 13.14; 1Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras;
mas não são três deuses, e sim um só DEUS (ver Mt 3.17; Mc 1.11).
(2) DEUS é amor (1 Jo 4.8). Seu amor é altruísta, pois abraça o mundo inteiro,
composto de humanidade pecadora (Jo 3.16; Rm 5.8). A manifestação principal
desse seu amor foi a de enviar seu único Filho, JESUS, para morrer em lugar dos
pecadores (1 Jo 4.9,10). Além disso, DEUS tem amor paternal especial àqueles
que estão reconciliados com Ele por meio de JESUS (Jo 16.27).
8
(5) DEUS é paciente e tardio em irar-se (Êx 34.6; Nm 14.18; Rm 2.4; 1 Tm 1.16).
DEUS expressou esta característica pela primeira vez no jardim do Éden após o
pecado de Adão e Eva, quando deixou de destruir a raça humana conforme era
seu direito (Gn 2.16,17). DEUS também foi paciente nos dias de Noé, enquanto a
arca estava sendo construída (1 Pe 3.20). E DEUS continua demonstrando
paciência com a raça humana pecadora; Ele não julga na devida ocasião, pois
destruiria os pecadores, mas na sua paciência concede a todos a oportunidade de
se arrependerem e serem salvos (2 Pe 3.9).
(6) DEUS é a verdade (Dt 32.4; Sl 31.5; Is 65.16; Jo 3.33). JESUS chamou-se a
si mesmo “a verdade” (Jo 14.6), e o ESPÍRITO é chamado o “ESPÍRITO da
verdade” (Jo 14.17; cf. 1 Jo 5.6). Porque DEUS é absolutamente fidedigno e
verdadeiro em tudo quanto diz e faz, a sua Palavra também é chamada a verdade
(2 Sm 7.28; Sl 119.43; Is 45.19; Jo 17.17). Em harmonia com este fato, a Bíblia
deixa claro que DEUS não tolera a mentira nem falsidade alguma (Nm 23.19; Tt
1.2; Hb 6.18).
(7) DEUS é fiel (Êx 34.6; Dt 7.9; Is 49.7; Lm 3.23; Hb 10.23). DEUS fará aquilo
que Ele tem revelado na sua Palavra; Ele cumprirá tanto as suas promessas,
quanto as suas advertências (Nm 14.32-35; 2 Sm 7.28; Jó 34.12; At 13.23,32,33;
ver 2 Tm 2.13). A fidelidade de DEUS é de consolo inexprimível para o crente, e
grande medo de condenação para todos aqueles que não se arrependerem nem
crerem no Senhor JESUS (Hb 6.4-8; 10.26-31).
(8) Finalmente, DEUS é justo (Dt 32.4; 1 Jo 1.9). Ser justo significa que DEUS
mantém a ordem moral do universo, é reto e sem pecado na sua maneira de tratar
a humanidade (Ne 9.33; Dn 9.14). A decisão de DEUS de castigar com a morte os
pecadores (Rm 5.12), procede da sua justiça (Rm 6.23; Gn 2.16,17); sua ira contra
o pecado decorre do seu amor à justiça (Rm 3.5,6; Jz 10.7). Ele revela a sua ira
9
São eles:
Depravação total do homem;
Eleição incondicional;
Expiação limitada;
Vocação eficaz (ou Graça Irresistível);
Perseverança dos santos.
Denominações Calvinistas
O Calvinismo é a doutrina de diversas denominações Protestantes, dentre elas
destacamos:
Igreja Reformada Suíça - religião oficial da maioria dos cantões da Suíça.
Igreja Protestante Evangélica Holandesa - recentemente unificada, não é
mais a religião oficial dos Países Baixos
Igreja Reformada Francesa - a igreja dos Huguenotes
Igreja Congregacional - concentrada na Nova Inglaterra, nos Estados
Unidos, hoje parte da Igreja Unida de Cristo.
Igreja Reformada Hungara
Igreja da Escócia
Igreja Presbiteriana do Brasil
Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
União das Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil
Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil
Igreja Evangélica Presbiteriana de Portugal
Igreja Presbiteriana Unida do Brasil
Igreja Batista Reformada
OBSERVAÇÃO
Para O Calvinismo A Salvação Independe Da Santidade E Da
Perseverança Na Fé.
É A Doutrina De "Uma Vez Salvo, Salvo Para Sempre". A Salvação Para
Os Tais É Incondicinal.
Uns Nascem Para Serem Salvos E Outros (A Maioria), Já Nascem
Condenados Ao Lago De Fogo.
Não Há Escolha Do Homem, Se Nasceu Para Ser Salvo O Será Ainda
Que Esteja Vivendo Na Prática Do Pecado.
É Tão Absurdo O Calvinismo Que É Melhor Deixar De Comentar A Seu
Respeito.
Ef 1.4,5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que
fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade, e nos predestinou
para filhos de adoção por JESUS CRISTO, para si mesmo, segundo o beneplácito
de sua vontade.”
ELEIÇÃO. A escolha por DEUS daqueles que crêem em CRISTO é uma doutrina
importante (Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1 Ts 1.4; 2 Ts 2.13; Tt 1.1).
A eleição (gr. eklegoe) refere-se à escolha feita por DEUS, em CRISTO, de um
povo para si mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dele (2 Ts
2.13). Essa eleição é uma expressão do amor de DEUS, que recebe como seus,
todos os que recebem seu Filho JESUS (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as
seguintes verdades:
(2) A eleição é feita em CRISTO, pelo seu sangue; “em quem [CRISTO]... pelo seu
sangue” (1.7). O propósito de DEUS, já antes da criação (1.4), era ter um povo
para si mediante a morte redentora de CRISTO na cruz. Sendo assim, a eleição é
fundamentada na morte sacrificial de CRISTO, no Calvário, para nos salvar dos
nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará:
CRISTO a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível”
(5.27).
(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja
é condicional. CRISTO nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele”
(1.4), somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: CRISTO
irá “vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade,
permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do
evangelho” (Cl 1.22,23).
estar nesse navio eleito, podem fazê-lo mediante a fé viva em CRISTO. Enquanto
permanecerem no navio, acompanhando seu Capitão, estarão entre os eleitos.
Caso alguém abandone o navio e o seu Capitão, deixará de ser um dos eleitos. A
predestinação concerne ao destino do navio e ao que DEUS preparou para quem
nele permanece. DEUS convida todos a entrar a bordo do navio eleito mediante
JESUS CRISTO.
OS ATRIBUTOS DE DEUS
Sl 139.7,8 “Para onde me irei do teu ESPÍRITO ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás
também”.
A Bíblia não procura comprovar que DEUS existe. Em vez disso, ela declara a sua
existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses atributos são
exclusivos dEle, como DEUS; outros existem em parte no ser humano, pelo fato
de ter sido criado à imagem de DEUS.
INTERAÇÃO
Na lição de hoje veremos que DEUS ensina, de modo prático, uma importante
lição a Jeremias. O Senhor pede que o profeta vá à casa do oleiro, para que ali
observe o trabalho do artífice. Jeremias obedece ao Senhor e, naquele local,
aprende uma importante lição a respeito da soberania divina.
O Altíssimo mostra ao profeta que Ele pode e faz, sempre, o que é melhor (ainda
que não entendamos assim). DEUS desejava moldar seu povo. Eles precisavam
aprender que o Criador tem poder sobre o barro (Judá) para fazer dele um vaso
útil. DEUS também deseja moldá-lo e fazer de você um vaso de honra. Permita
que o Oleiro Celeste trabalhe em sua vida.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar por que DEUS enviou Jeremias à casa do oleiro.
Conscientizar-se de que DEUS é soberano.
Compreender que a soberania de DEUS está baseada em sua onipotência,
onipresença e onisciência.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, para a aula de hoje, sugerimos que seja feito um quadro com algumas
lições práticas que DEUS apresentou a Jeremias. DEUS utilizou diversos
métodos e modos para comunicar sua Palavra a Judá. Reproduza a tabela da
15
CONCLUSÃO
Ele é o Oleiro; nós, apenas a argila.
SINOPSE DO TÓPICO (1)Assim como o oleiro tem poder sobre a argila, de igual
modo, DEUS tem poder sobre nossa vida.
SINOPSE DO TÓPICO (2)DEUS é soberano, no entanto, suas criaturas são
livres para render-se, ou não, a Ele.
SINOPSE DO TÓPICO (3)O crente precisa submeter-se à vontade de DEUS, a
fim de que Ele opere em sua vida segundo o seu querer.
Referência:
SILVA, Luiz Henrique de Almeida. EBD LIÇÃO 6 – (A Soberania e a
Autoridade de Deus). Imperatriz - MA. Disponível em
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao6-2tr10-jer-
asoberaniaeaautoridadededeus.htm. Acesso em 05 de maio de 2010.
16
louvor.
TEXTO ÁUREO
"Pois o Senhor, vosso DEUS, é o DEUS dos deuses e o Senhor do senhores, O
DEUS grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita
recompensas" (Dt 10.1 7)
VERDADE PRÁTICA
A despeito de seu imenso poder e soberania. DEUS concedeu aos homens o
direito de agirem como seres livres.
19
E também nele que vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o
evangelho da vossa salvação. Tendo nele crido,
fostes selados com o Espírito Santo da promessa. (Ef 1.13). grifo nosso.
Isso é bem claro, mas vamos ainda nos dedicar ao estudo fazendo uma analogia:
20
ELEIÇÃO.
A escolha por Deus daqueles que crêem em Cristo é uma doutrina importante (ver
Rm 8.29-33; 9.6-26; 11.5, 7, 28; Cl 3.12; 1Ts 1.4; 2Ts 2.13; Tt 1.1). A eleição (gr.
eklegoe) refere-se à escolha feita por Deus, em Cristo, de um povo para si
mesmo, a fim de que sejam santos e inculpáveis diante dEle (cf. 2Ts 2.13). Essa
eleição é uma expressão do amor de Deus, que recebe como seus todos os que
recebem seu Filho Jesus (Jo 1.12). A doutrina da eleição abarca as seguintes
verdades:
(1) A eleição é cristocêntrica, i.e., a eleição de pessoas ocorre somente em
união com Jesus Cristo. Deus nos elegeu em Cristo para a salvação (1.4; ver v. 1).
O próprio Cristo é o primeiro de todos os eleitos de Deus. A respeito de Jesus,
Deus declara: “Eis aqui o meu servo, que escolhi” (Mt 12.18; cf. Is 42.1,6;
1Pe 2.4). Ninguém é eleito sem estar unido a Cristo pela fé.
(2) A eleição é feita em Cristo, pelo seu sangue; “em quem [Cristo]... pelo seu
sangue” (1.7). O propósito de Deus, já antes da criação (1.4), era ter um povo
para si mediante a morte redentora de Cristo na cruz. Sendo assim, a eleição é
fundamentada na morte sacrificial de Cristo, no Calvário, para nos salvar dos
nossos pecados (At 20.28; Rm 3.24-26).
(3) A eleição em Cristo é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um
povo (1.4,5, 7, 9; 1Pe 1.1; 2.9). Os eleitos são chamados “o seu [Cristo]
corpo” (1.23; 4.12), “minha igreja” (Mt 16.18), o “povo adquirido” por Deus (1Pe
2.9) e a “noiva” de Cristo (Ap 21.9). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser
humano como indivíduo, somente à medida que este se identifica e se une ao
22
corpo de Cristo, a igreja verdadeira (1.22,23; ver Robert Shank, Elect in the Son
(Eleitos no Filho). É uma eleição como a de Israel no AT (ver Dt 29.18-21; 2Rs
21.14 ).
(4) A eleição para a salvação e a santidade do corpo de Cristo são
inalteráveis. Mas individualmente a certeza dessa eleição depende da condição
da fé pessoal e viva em Jesus Cristo, e da perseverança na união com Ele. O
apóstolo Paulo demonstra esse fato da seguinte maneira:
(a) O propósito eterno de Deus para a igreja é que sejamos “santos e
irrepreensíveis diante dele” (1.4). Isso se refere tanto ao perdão dos pecados
(1.7) como à santificação e santidade. O povo eleito de Deus está sendo
conduzido pelo Espírito Santo em direção à santificação e à santidade (ver Rm
8.14; Gl 5.16-25). O apóstolo enfatiza repetidas vezes o propósito supremo de
Deus (ver 2.10; 3.14-19; 4.1-3, 13,14; 5.1-18).
(b) O cumprimento desse propósito para a igreja como corpo não falhará: Cristo
a apresentará “a si mesmo igreja gloriosa... santa e irrepreensível” (5.27).
(c) O cumprimento desse propósito para o crente como indivíduo dentro da igreja
é condicional. Cristo nos apresentará “santos e irrepreensíveis diante dele” (1.4),
somente se continuarmos na fé. A Bíblia mostra isso claramente: Cristo irá “vos
apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, se, na verdade,
permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do
evangelho” (Cl 1.22,23).
(5) A eleição para a salvação em Cristo é oferecida a todos (Jo 3.16,17; 1Tm
2.4-6; Tt 2.11; Hb 2.9), e torna-se uma realidade para cada pessoa consoante seu
prévio arrependimento e fé, ao aceitar o dom da salvação em Cristo (2.8; 3.17; cf.
At 20.21; Rm 1.16; 4.16). Mediante a fé, o Espírito Santo admite o crente ao
corpo eleito de Cristo (a igreja) (1 Co 12.13), e assim ele torna-se um dos eleitos.
Daí, tanto Deus quanto o homem têm responsabilidade na eleição (ver Rm 8.29;
2Pe 1.1-11).
A PREDESTINAÇÃO.
A predestinação (gr. proorizo) significa “decidir de antemão” e se aplica
aos propósitos de Deus inclusos na eleição. A eleição é a escolha feita por Deus,
“em Cristo”, de um povo para si mesmo (a igreja verdadeira). A predestinação
abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes genuínos em Cristo).
(1) Deus predestina seus eleitos a serem:
(a) chamados (Rm 8.30); justificados (Rm 3.24; 8.30);
(c) glorificados (Rm 8.30);
(d) conformados à imagem do Filho (Rm 8.29);
(e) santos e inculpáveis (1.4);
(f) adotados como filhos (1.5);
(g) redimidos (1.7);
23
Selados:
É a marca de DEUS. Os Israelitas eram selados com a circuncisão feita na carne,
por meio de mãos humanas, era sinal de aliança entre DEUS e seu povo. Agora
somos selados , circuncidados no CORAÇÃO, pela palavra de DEUS que faz um
profundo corte em nossa alma e nos dá o ESPÍRITO SANTO como selo de
possessão de DEUS.
PENHOR = Ver Jo 14
LEITURAS IMPORTANTES:
Dt 7.7-11 - O amor de DEUS é o fundamento da eleição de Israel
7 O SENHOR não tomou prazer em vós, nem vos escolheu, porque a vossa
multidão era mais do que a de todos os outros povos, pois vós éreis menos
em número do que todos os povos, 8 mas porque o SENHOR vos amava; e,
para guardar o juramento que jurara a vossos pais, o SENHOR vos tirou com
mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do
Egito. 9 Saberás, pois, que o SENHOR, teu DEUS, é DEUS, o DEUS fiel,
que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e
guardam os seus mandamentos; 10 e dá o pago em sua face a qualquer dos
que o aborrecem, fazendo-o perecer; não será remisso para quem o
aborrece; em sua face lho pagará. 11 Guarda, pois, os mandamentos, e os
estatutos, e os juízos que hoje te mando fazer.
MISERICÓRDIA... AOS QUE O AMAM. DEUS escolheu Israel movido pelo seu
amor aos israelitas (vv. 7,8). Além disso, DEUS prometeu que cumpriria fielmente
o seu concerto e usaria de misericórdia de geração em geração, para com os "que
o amam e guardam os seus mandamentos" (cf. 6.4-9). Não somente o amor de
DEUS dependia dessa atitude de amor e obediência, mas também disso dependia
a prosperidade deles (vv. 13,14), sua saúde (v. 15) e seu triunfo militar (vv. 16-
24
18).
(1) DEUS predestina seus eleitos a serem: (a) chamados (Rm 8.30); justificados
(Rm 3.24; 8.30); (c) glorificados (Rm 8.30); (d) conformados à imagem do Filho
(Rm 8.29); (e) SANTOS e inculpáveis (1.4); (f) adotados como filhos (1.5); (g)
redimidos (1.7); (h) participantes de uma herança (1.14); (i) para o louvor da sua
glória (1.12; 1Pe 2.9); (j) participantes do ESPÍRITO SANTO (1.13; Gl 3.14); e (l)
criados em CRISTO JESUS para boas obras (2.10).
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de
CRISTO (i.e., a verdadeira igreja), e abrange indivíduos somente quando inclusos
neste corpo mediante a fé viva em JESUS CRISTO (1.5, 7, 13; cf. At 2.38-41;
16.31).
Ao outorgar-nos o ESPÍRITO, DEUS nos marca como seus (ver 2 Co 1.22). Assim,
temos a evidência de que somos filhos adotados por DEUS, e que a nossa
redenção é real, pois o ESPÍRITO SANTO está presente em nossa vida (cf. Gl
4.6). Podemos saber que realmente pertencemos a DEUS, pois o ESPÍRITO
SANTO nos regenera e renova (Jo 1.12,13; 3.3-6), nos liberta do poder do
pecado (Rm 8.1-17; Gl 6.16-25), nos faz conscientes de que DEUS é nosso Pai (v.
5; Rm 8.15; Gl 4.6) e nos enche de poder para testemunhar (At 1.8; 2.4).
O ESPÍRITO SANTO. O ESPÍRITO SANTO e seu lugar na redenção do crente
é um dos pontos principais desta carta. O ESPÍRITO SANTO no crente: (1) é a
marca ou sinal de propriedade de DEUS (v. 13); (2) é a primeira "porção" ou
"quinhão" da herança do crente [traduzido "penhor"] (v. 14); (3) é o ESPÍRITO
de sabedoria e de revelação (v. 17); (4) ajuda o crente a aproximar-se de DEUS
(2.18); (5) edifica os crentes como templo SANTO (2.21,22); (6) revela o
mistério de CRISTO (3.4,5); (7) fortalece o crente com poder, no homem
interior (3.16); (8) promove a unidade da fé cristã, na completa semelhança de
CRISTO (4.3,13); (9) entristece-se com o pecado na vida do crente (4.30); (10)
quer repetidamente encher e capacitar o crente (5.18); e (11) ajuda na oração e
na guerra espiritual (6.18).
CONCLUSÃO:
27
A SALVAÇÃO
A vontade soberana de DEUS é que todos sejam salvos, porém esta salvação está
condicionada à fé em JESUS CRISTO.
É a partir da aceitação da graça de DEUS que a revelação pelo ESPÍRITO
SANTO é dada ao arrependido pecador, então a misericórdia de DEUS é
demonstrada e este que a partir daí está predestinado à vida eterna com DEUS,
desde que permaneça em sua fé no filho de DEUS.
29
Subsídio Teológico
"Graça Irresistível"
Poder-se-ia afirmar, então, que a expressão 'graça irresistível' é tecnicamente
imprópria? Parece ser um oxímoro, como 'bondade cruel', porque a própria
natureza da graça subentende que um dom gratuito é oferecido, e tal presente
pode ser aceito ou rejeitado. E assim acontece, mesmo sendo o presente
oferecido por um Soberano gracioso, amoroso e pessoal. E sua soberania não será
ameaçada ou diminuída se recusarmos o dom gratuito. Este fato é evidente no
Antigo Testamento. O Senhor diz: 'Estendi as mãos todo o dia a um povo
rebelde' (Is 65.2). E "chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes' (Is
65.12). Os profetas deixam claro que quando o povo não acolhia bem as
expressões da graça de DEUS, nem por isso ficava ameaçada a sua soberania.
Estevão fustiga os seus ouvintes: 'Homens de dura cerviz e incircuncisos de
coração e ouvido, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO; assim, vós sois
como vossos pais' (At 7.51). Parece claro que Estevão tinha em vista a resistência
à obra do ESPÍRITO SANTO, que desejava levá-Ios a DEUS. O fato de alguns
deles (inclusivo Saulo de Tarso) terem crido posteriormente não serve como
evidência em favor da doutrina da graça irresistível."
(PECOTA, D. A Obra salvífica de CRISTO. In HORTON, S.M. Teologia
Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.366.)
SINOPSE DO TÓPICO I
O Senhor é poderoso para fazer tudo o que lhe apraz, toda via, só fará de fato o
que está de acordo com sua vontade.
SINOPSE DO TÓPICO II
A vontade divina é permissiva e diretiva. As duas vontades operam em
conformidade com os atributos divinos e com o livre-arbítrio humano.
SINOPSE DO TÓPICO III
Devemos evitar dois erros: enfatizar a soberania divina em detrimento da livre-
escolha; e o livre-arbítrio em prejuízo à soberania divina.
SINOPSE DO TÓPICO III
DEUS predestinou todos os homens à salvação, mediante a redenção em JESUS.
Porém, não viola o livre-arbítrio do homem.
REFLEXÃO
"O crente deve obedecer a DEUS, não para que a sua obediência o salve ou o
mantenha salvo, mas como uma expressão da sua salvação, do seu amor e da
sua gratidão para com Aquele que o salvou."
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Referência:
SILVA, Luiz Henrique de Almeida. EBD LIÇÃO 5 – 2008 (A Soberania de Deus
e o Livre-Arbítrio Humano) Imperatriz - MA. Disponível em
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao5-dlld-
soberanialivrearbitrio.htm Acesso em 05 de maio de 2010.
louvor.