Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional - Duque de Caxias PDF

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1 PLANO MUNICIPAL

DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DE
DUQUE DE CAXIAS
2017-2020
1 PLANO MUNICIPAL
O

DE SEGURANÇA
ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DE
DUQUE DE CAXIAS
2017-2020

DUQUE DE CAXIAS, 2016


ELABORAÇÃO

PREFEITO MUNICIPAL SECRETARIA MUNICIPAL DE


Alexandre Cardoso CULTURA E TURISMO (SMCT)
André Oliveira
VICE-PREFEITO Secretário e Membro Titular
Laury Villar Alexandra Herger
Suplente
CÂMARA INTERSETORIAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS – CAISAN-DC-DC SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (SME)
Luiz Fernando Silva de Magalhães Couto Marcos Rezende Villaça Nunes
Secretário de Governo Secretário e Membro Titular
Presidente da CAISAN-DC-DC Ana Paula de A. Bernardino
Suplente
PLENO SECRETARIAL DA CAISAN-DC-DC
Secretaria Municipal de Governo (SMG) SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER (SMEL)
Luiz Fernando Silva de Magalhães Couto Anderson Lopes
Secretário e Membro Titular Secretário e Membro Titular
Brunna Maria do Amaral Linhares Marta Gonçalves F. de Saboya
Suplente Suplente

SECRETARIA MUNICIPAL DE AÇÕES INSTITUCIONAIS SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, AGRICUL-


E COMUNICAÇÃO (SMAIC) TURA E ABASTECIMENTO (SMMAA)
Tatyane Azevedo de Freitas Lima Luiz Renato Guimarães Falcão Vergara
Secretária e Membro Titular Secretário e Membro Titular
Marlene Santos D’Almeida Oswaldo Henrique Theodoro
Suplente Suplente

SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE (SMS)


E DIREITOS HUMANOS (SMASDH) Márcia Gagliano Caputo
Claudia Peixoto Fabiano Theodoro Secretária e Membro Titular
Secretária e Membro Titular Cláudia Maria Góes
Rosângela Carneiro Bonfim Suplente
Suplente
SECRETARIA MUNICIPAL DE TRABALHO, EMPREGO, Diogo Guimarães Marinho
RENDA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (SMTERDE) SMS
Daniel Etur Martins Pereira
Eliane Nishijima
Secretário e Membro Titular
SMS
Wellington Menghini Mancini
Eloisa Andrea Magalhães
Suplente
SMS
Érica Silva de Souza
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
SMMAAA
NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL (DESANS)
Fernando Ramos
José Zumba Clemente da Silva
CONSEA-DC-DC
Diretor e Membro Titular
Gláucia Nunes
Izabel Cristina Oliveira da Silva Joia
SMS
Suplente
Isabela dos Santos Barroso Melo
Instituto de Nutrição da UERJ
SECRETARIA EXECUTIVA DA CAISAN-DC-DC
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA ALIMENTAR Joana Corrêa de Matos Souza
E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL SME
Amanda da Silva Franco Juliana Pereira Casemiro
Caroline Maria da Costa Morgado Instituto de Nutrição da UERJ
Daniele Marano Rocha
Keronlainy Silva Salvatte
Izabel Cristina Oliveira da Silva Joia
Instituto de Nutrição da UERJ
Lívea Cristina Rodrigues Bilheiro
Larissa Maria da Cruz
COLABORADORES Instituto de Nutrição da UERJ
Aline Serra Gonçalves Lívia Schunk Pereira
Instituto de Nutrição da UERJ SMS
Ana Alice Fragoso Andrade Marcela Teixeira Monteiro
SMMAAA SMMAAA
Carlla Cristina de U. P. B. dos Reis Mikaela Raphael Guerreiro
Instituto de Nutrição da UERJ Instituto de Nutrição da UERJ
Carolina Briata Nilce Maria C. de O. Silva
SMASDH SMS
Cláudia Valéria Cardim da Silva Patrícia Lima Peres
Instituto de Nutrição da UERJ SMS

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Rayane Ribelo B. da Silva Lia Maria Marcello da Motta
Instituto de Nutrição da UERJ Luciene Andrade de Souza
Marcela Teixeira Monteiro
Renata Briata da Conceição
Maria de Lourdes Maciel Pinheiro Futuro
SMMAAA
Patricia Lima Pereira Peres
Roberta dos Santos Leal Renata Briata da Conceição
Instituto de Nutrição da UERJ Severino Francisco da Silva
Sandra Regina M. Dantas Sidney Campos Neves
EMATER Valéria Basílio Terra
Verônica Rangel de Moura
Silvia M. Couto Garcia
Instituto de Nutrição Josué de Castro/UFRJ

Tamara Vilhena Teixeira


Instituto de Nutrição da UERJ

CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANÇA


ALIMENTAR E NUTRICIONAL – DC
Solange Bergami
Presidenta

CONSELHEIROS E CONSELHEIRAS
Alan José Reis Teixeira
Alana Theodoro
Amanda Franco
Araci Gomes de Oliveira
Carmel Yara da Silva Farias
Carolina Briata
Clério Gonçalves
Débora Paula Ferreira
Edson Lima Correa
Fernando Ramos Pereira
Izabel Cristina Oliveira da Silva Joia
Joana Correa de Matos Souza
José Avelino da Silva
José Zumba Clemente da Silva

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EXECUÇÃO

PREFEITO MUNICIPAL SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE


Washington Reis Celso Luis Pereira do Nascimento
Titular
VICE-PREFEITO Juliete Lira
Marcos Pessanha Suplente

CAISAN-DC – CÂMARA INTERSETORIAL DE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


SEGURNÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Marise Moreira Ribeiro
Vagner Rodrigues Dutra Titular
Secretário de Governo Ana Lúcia dos S. Albuquerque de Almeida
Presidente da CAISAN-DC Suplente

PLENO SECRETARIAL DA CAISAN-DC SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL


Secretaria Municipal de Governo José Carlos de Oliveira
Vagner Rodrigues Dutra - Titular Titular
Charlene Ausquia da Silva - Suplente Caroline Maria da Costa Morgado
Suplente
DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA ALIMENTAR
E NUTRICIONAL SUSTENTÁVEL SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
Izabel Cristina Oliveira da Silva Joia ECONÔMICO, AGRICULTURA, ABASTECIMENTO E PESCA
Titular Ailton Abreu Nascimento
Daniele Marano Rocha Titular
Suplente Renata Briata da Conceição
Suplente
SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL E DIREITOS HUMANOS SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO
Aline Ferreira Batista Simone Sangelis Donato de Oliveira
Titular Titular
Daniele de Assis Ribas Daniele Marques Correa Reis de Oliveira
Suplente Suplente

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SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER Eliete Rodrigues de Oliveira
Sergio Alberto Correa da Rocha Elisangela de Oliveira Carneiro
Titular Fernando Ramos Pereira
Pedro Paulo de Lima Brito Carmem Yara da Silva Farias
Suplente Irineia Moreira Bispo
Isabel Cristina Oliveira da Silva Joia
SECRETARIA MUNICIPAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Jerônimo Henrique
Aroldo Candido de Brito José Avelino da Silva
Titular José Renato Fernandes de Souza
Patricia Silva do Monte Lia Maria Marcello da Moita
Suplente Livea Cristina Rodrigues Bilheiro
Luciene Andrade de Souza
SECRETARIA EXECUTIVA DA CAISAN-DC Manoel Alexandre Pereira de Figueiredo
Izabel Cristina Oliveira da Silva Joia Marcos Evandro Teixeira Pinto
Daniele Marano Rocha Maria de Lourdes Maciel Pinheiro Futuro
Livea Cristina Rodrigues Bilheiro Maria Estela Araújo de Moraes
Neuza Amaro dos Santos
CONSEA-DC – CONSELHO MUNICIPAL Patrícia Lima Pereira Peres
DE SEGURNÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Renata Briata da Conceição
Solange Bergami Severino Francisco da Silva
Presidenta

CONSELHEIROS E CONSELHEIRAS
Adriana Martins Casali
Alan José Reis Teixeira
Alcebíades Francisco Marins
Ana Paula Almeida Bernardino
Antônia Cardoso Leonel
Araci Gomes de Oliveira
Carlos Alberto Pires
Carlota Vieira Alves
Carolina Briata Leiros
Clério Gonçalves
Débora Paula Ferreira
Edson Lino Corrêa

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
BPC - Benefício de Prestação Continuada IGD - Índice de Gestão Descentralizado
CadÚnico - Cadastro Único para Programas Sociais IMC - Índice de Massa Corporal
CAE - Conselho de Alimentação Escolar MDS - Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados MBH- Microbacias Hidrográficas
CAISAN-DC- Câmara Intersetorial de Segurança Ali- NASF - Núcleos de Apoio à Saúde da Família
mentar e Nutricional de Duque de Caxias NBCAL - Norma Brasileira de Comercialização de Ali-
CCAIC - Creches e Centros de Atendimento à Infância Caxiense mentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância,
CEDAE - Companhia Estadual de Águas e Esgotos Bicos, Chupetas e Mamadeiras
CEP - Código de Endereçamento Postal PAA - Programa de Aquisição de Alimentos
COMPADER - Conselho Municipal de Políticas Agrícolas PAB - Piso de Atenção Básica
e Desenvolvimento Rural PAC - Programa de Atendimento Comunitário
CONSEA-DC - Conselho de Segurança Alimentar e Nu- PADAI - Programa de Atenção aos Distúrbios Alimen-
tricional de Duque de Caxias tares na Infância
COGEM - Comitê Gestor PAIS - Produção Agroecológica Integrada e Sustentável
CRAS - Centros de Referência de Assistência Social PBF - Programa Bolsa Família
CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia PDU -Plano Diretor Urbanístico
DESANS - Departamento de Segurança Alimentar e PEE - Programa de Esporte Educacional
Nutricional Sustentável PEVS - Pontos de Entrega Voluntária
DHAA - Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável PIB - Produto Interno Bruto
DM- Diabetes Mellitus PID - Plano Individual de Desenvolvimento
EAN - Educação Alimentar e Nutricional PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar
EMATER - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural PNSAN - Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
EAAB - Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares
ESF – Estratégia de Saúde da Família PMS – Posto Municipal de Saúde
FEICOOP - Feira Internacional do Cooperativismo PPA - Plano Plurianual
FEM - Feira Municipal da Economia Solidária de Duque de Caxias PPP - Projeto Político-pedagógico PRONAF - Programa
FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
FUNDEC – Fundação de Apoio à Escola Técnica, Ciên- PSE - Programa Saúde na Escola
cia, Esporte, Lazer Cultura e Turismo Políticas Sociais QDD - Quadros de Detalhamento de Despesas
de Duque de Caxias SAGI - Secretaria da Gestão e Avaliação
Ha - Hectares SAN - Segurança Alimentar e Nutricional
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Peque-
IA - Insegurança Alimentar nas Empresas e a Prefeitura Municipal de Duque de
IUBAAM - Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação Caxias

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SIM - Serviço de Inspeção Municipal
SISAN - Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional Municipal
SISVAN - Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
SMAIC - Secretaria Municipal de Ações Institucionais
e Comunicação
SMASDH - Secretaria Municipal de Assistência Social e
Direitos Humanos
SMCT - Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
SME - Secretaria Municipal de Educação
SMEL - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer
SMMAAA - Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
Agricultura e Abastecimento
SMPHU - Secretaria Municipal de Planejamento, Habi-
tação e Urbanismo
SMS - Secretaria Municipal de Saúde
SMSP - Secretaria Municipal de Serviços Públicos
SMTERDE -Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego,
Renda e Desenvolvimento Econômico
SUS - Sistema Único de Saúde
UE - Unidade escolar
UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro
VISA - Vigilância Sanitária

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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 11

INTRODUÇÃO 12

MÉTODO 13

Contextualização 17
(1) produção e disponibilidade de alimentos 18
(2) renda e condições de vida 20

CAPÍTULO 1
(3) acesso à alimentação adequada e saudável, incluindo água 22
(4) saúde, nutrição e acesso a serviços relacionados 24
(5) educação 26
(6) programas e ações relacionados à Segurança
27
Alimentar e Nutricional

Desafios, Metas e Ações do Plano Municipal de Segurança Alimentar


CAPÍTULO 2 45
e Nutricional em Duque de Caxias
Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Segurança Alimen-
CAPÍTULO 3 73
tar e Nutricional de Duque de Caxias

REFERÊNCIAS 79

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APRESENTAÇÃO
O
I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional 2017-2020 é constituído pelo conjunto
de desafios, metas e ações do governo municipal que buscam garantir a Segurança Alimentar e
Nutricional (SAN) e o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAA) à população
duque caxiense.

Foi elaborado pelo Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (DESANS) em conjun-
to com a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN-DC-DC) e com a aprovação do
Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA-DC-DC), a partir das deliberações da 8ª
Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional. Estas quatro instâncias conformam a governan-
ça da agenda de SAN em Duque de Caxias.

Na introdução é apresentado um breve histórico sobre o tema no município, apontando como


tudo começou e caminhou até os dias de hoje, a partir do envolvimento da sociedade civil e da
promulgação de marcos legais importantes que consolidaram a SAN e fazem de Duque de Caxias ser
considerado um dos municípios pioneiros no Brasil em relação a esta política. No método é relatado
todo o processo de elaboração deste I Plano, o que inclui o pano de fundo legal que o embasa e as
estratégias utilizadas para se obter informações sobre SAN e construção coletiva.

No capítulo 1 é apresentada uma contextualização municipal, elaborada a partir de entrevistas com


pessoas de diversas instituições, setores e secretarias municipais e de informações abertas disponíveis para
consulta na internet.

No capítulo 2 são apresentados os desafios, metas e ações deste I Plano, organizados em quatro
eixos a partir das diretrizes da Política Municipal de SAN. E, finalmente, no capítulo 3 são apresenta-
dos os indicadores municipais para monitoramento da execução deste Plano.

Foram muitas as conquistas municipais ocorridas nos últimos anos relativas à SAN, todavia muitos ainda
são os desafios que devem ser enfrentados, que corroboram com o cenário brasileiro, como a importância de
se ampliar e fortalecer sistemas de produção de alimentos de bases mais sustentáveis, o crescente aumento
do sobrepeso/obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis, a promoção da oferta de alimentos ade-
quados e saudáveis para toda a população o fortalecimento das ações intersetoriais e do Sistema Municipal
de Segurança Alimentar e Nutricional.

Desta forma, destaca-se o papel que deverá desempenhar a CAISAN-DC-DC, o DESANS e o CON-
SEA-DCno monitoramento da execução do I Plano de SAN, cumprindo suas atribuições, especificadas
em seus marcos legais. Espera-se que este Plano contribua para a gestão municipal otimizar recursos
financeiros, humanos e materiais em prol de ações de SAN que impactem positivamente no DHAA da
população de Duque de Caxias.

Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional


Sustentável de Duque de Caxias - DESANS
INTRODUÇÃO

O
município de Duque de Caxias foi um dos pioneiros no desenvolvimento de ações de SAN no Brasil, lidera-
do pelo bispo emérito Dom Mauro Morelli, que desvelou, no início do século XXI, a elevada prevalência de
desnutrição infantil na cidade. A partir de então, a política de SAN passou a ser valorizada no município,
havendo, naquele momento de grande mobilização social, a criação por lei do CONSEA-DC-DC, com vistas à garantia
da participação da sociedade civil, e do DESANS, com o objetivo de assessorar o prefeito e as secretarias municipais
nas questões relacionadas à SAN, bem como atuar junto à sociedade civil para a garantia do DHAA. Ressalta-se que
ambas as leis foram promulgadas no ano de 2005.

Esse marco legal municipal foi anterior ao nacional, promulgado em 2006, demonstrando a valorização do tema
naquele momento a nível local. Também foi instituída, antes da nacional, a lei municipal contendo a Política Muni-
cipal de SAN, no ano de 2007.

De 2004 até 2015 foram realizadas oito Conferências Municipais de SAN. Esse pioneirismo colocou Duque de Caxias
em destaque, porém, mesmo com CONSEA-DCe DESANS atuantes, e realizações das Conferências, as ações de SAN po-
dem ser consideradas fragmentadas e pontuais. Dessa forma, o CONSEA-DCbuscou desde 2011, revisar as legislações
municipais, a fim de adequá-las às nacionais para atender aos pré-requisitos para a adesão ao Sistema Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN). Apenas em 2015, após um intenso processo de trabalho, a revisão foi fi-
nalizada e publicada: Lei nº 2.703, que altera a lei anterior que criou o CONSEA-DC-DC; e Lei nº 2.704, que altera a lei
anterior que dispõe sobre a Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e o SISAN Municipal.

A partir de então, a caminhada tomou novo fôlego, pois os secretários municipais foram sensibilizados, a
CAISAN-DCfoi criada pelo Decreto nº 6.583/15, e o compromisso para a adesão ao SISAN foi firmado. O mesmo foi
publicado no Diário Oficial da União por meio da Resolução nº 5, de 3 de agosto de 2016.

Os passos legais foram todos dados e tiveram extrema importância para que ocorresse a elaboração do I Plano
Municipal de SAN. Esse Plano representa a luta de diferentes atores governamentais e da sociedade civil em diversos
momentos da história da SAN no município. Nele há iniciativas municipais com metas em consonância às previsões
orçamentárias, de forma a otimizar recursos materiais e humanos, resultando em um trabalho intersetorial, coletivo
e participativo direcionado para a garantia da SAN e do DHAA da população caxiense, que refletirá diretamente no
seu desenvolvimento humano saudável e sustentável.

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MÉTODO

E
ste I Plano Municipal de SAN foi elaborado pelo DESANS em conjunto com a CAISAN-DC-DC, com apoio de
técnicos de secretarias municipais afetas à SAN e dos conselheiros do CONSEA-DCque atuaram como parceiros
estratégicos em todas as etapas de construção deste documento.

A elaboração do Plano Municipal de SAN foi um compromisso firmado pelo prefeito com a instância nacional de
SAN, no ato da adesão ao SISAN que foi concedida ao município em agosto de 2016, após um longo processo de
debates entre DESANS e CONSEA-DCpara obter adequações das leis municipais de SAN e composição do CONSEA-DC-
conforme os critérios estabelecidos pelo SISAN.

A elaboração do Plano Municipal de SAN é uma das atribuições do DESANS, como firmado na Lei de criação do
Departamento n° 2.238 de 13 de março de 2009, lei que substitui a Lei n° 1.881 de 01 de junho de 2005, na qual
está definido que o DESANS deve assessorar e acompanhar a elaboração e execução do Plano Municipal de SAN.

Além do DESANS, de acordo com o Decreto nº 6.583 de 15 de dezembro de 2015, a CAISAN-DCtambém é res-
ponsável por elaborar a Política e o Plano Municipal de SAN, a partir das deliberações emanadas do CONSEA-DC-DC,
indicando diretrizes, metas e fontes de recursos, bem como instrumentos de acompanhamento, monitoramento e
avaliação da sua implementação.

Em consonância com os marcos legais da Política de SAN do município, a equipe do DESANS realizou um ma-
peamento das ações de SAN no município por meio de entrevistas com representantes das secretarias e coleta de
informações disponíveis em base de dados oficiais, entre Julho de 2015 e Julho de 2016. A partir deste mapeamento
construiu o Capítulo 1 que apresenta uma análise do contexto de SAN em Duque de Caxias do período mapeado.

Posteriormente a realização do mapeamento das ações de SAN, o DESANS reuniu-se com os membros da CAISAN-
-DCpara uma análise conjunta dos Planos e/ou Relatórios das Conferências das Secretarias que compõem a CAISAN-
-DCe dos Quadros de Detalhamento de Despesas (QDD) com o objetivo de identificar ações de SAN já previstas que
podem ser realizadas de forma intersetorial.

Após as etapas de mapeamento das ações de SAN e construção do Capítulo 1 com o contexto de SAN do período
analisado, o DESANS e a CAISAN-DCrealizaram três Oficinas de Elaboração do Plano Municipal de SAN, reunindo 40

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pessoas entre técnicos de diferentes secretarias afetas à SAN e representantes da sociedade civil para elencar desa-
fios, metas e ações para compor o I Plano Municipal de SAN.

O material obtido nas Oficinas de Elaboração do I Plano Municipal de SAN foi sistematizado pelo DESANS e sub-
metido à aprovação do CONSEA-DC-DC, em três reuniões extraordinárias convocadas para esta finalidade, de acordo
com os dispositivos da Lei n° 2.703 de 04 de maio de 2015 que substitui a Lei n° 1.928 de 19 de dezembro de 2005.

Após o CONSEA-DCaprovar o I Plano Municipal de SAN o mesmo foi encaminhado para aprovação do prefeito e
da Câmara de Vereadores, sendo decretado e sancionado sob a Lei 2718 de 27 de Dezembro de 2016, publicado no
Boletim Oficial n° 6389.

De acordo com o Decreto 6583 de 15 de dezembro de 2015, o Plano Municipal de SAN deve ser quadrienal e ter
vigência correspondente ao Plano Plurianual (PPA). No entanto, o atual PPA contempla os anos entre 2014-2017 e
este I Plano de SAN terá vigência de quatro anos a partir de sua publicação, devendo ser revisado quando o PPA de
2018-2021 estiver em fase de elaboração.

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CAPÍTULO 1
Contextualização
Capítulo 1 | Contextualização

O
Município de Duque de Caxias, com 467,6 km² 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia
foi emancipado de Nova Iguaçu em 1943, tem e Estatística (IBGE). Segundo uma estimativa do IBGE
uma localização privilegiada na Região Metro- (2016), a população do município de Duque de Caxias
politana do Estado do Rio de Janeiro, especialmente seria de 886.917 habitantes em 2016, sendo 99,6% da
por estar próximo ao Aeroporto Internacional Anto- população urbana e apenas 0,4% rural, apesar da exten-
nio Carlo Jobim (Galeão) e por ser cortado por quatro sa zona rural que ocupa quase metade do seu território.
dos principais eixos rodoviários do Estado: Rodovia
Washigton Luiz (BR-040), Rodovia Rio Magé (BR-116), No município, a esperança de vida ao nascer cresceu
Linha Vermelha e Arco Metropolitano. 6,5 anos na última década, passando de 68,5 anos, em
2000, para 75,0 anos, em 2010. Com uma base terri-
O município de Duque de Caxias possui uma popu- torial de 468 km2, divide-se em quatro distritos e 40
lação de 855.048 habitantes, de acordo com o Censo bairros (Figura 1).

FIGURA 1. MAPA DE DUQUE DE CAXIAS DIVIDIDO POR BAIRROS E DISTRITOS

Fonte: DESANS. Georreferenciamento de equipamentos públicos de SAN (2012)

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Em relação à distribuição da população no muni- 3º e 4º distritos, encontrou-se a população rural. Pelo
cípio, Lima (2010) apresentou dados do Censo IBGE último Censo (2010) foi verificado que a população rural
(2000), onde se observou que o 1º e o 2º distritos con- total diminuiu (n=2.910), o que pode ser parcialmente
centraram 75% do total da população (Tabela 1). Nos explicado pelo envelhecimento e/ou êxodo das pessoas.

TABELA 1: POPULAÇÃO DE DUQUE DE CAXIAS E SEUS DISTRITOS POR


SITUAÇÃO DE DOMICÍLIO E TAXAS DE URBANIZAÇÃO, 2000.

Unidade População % sobre o População População


Taxa de urbanização
territorial total município urbana rural
Duque
775.456 100% 772.327 3.129 99,6%
de Caxias
1º distrito 338.542 43,66% 338.542 - 100%
2º distrito 243.767 31,44% 243.767 - 100%
3º distrito 140.246 18,09% 139.908 338 99,76%
4º distrito 52.901 6,82% 50.110 2.791 94,72%
Fonte: Lima, 2010 (p.157)

Outra análise importante que deve aparecer é a dis- A contextualização apresentada neste capítulo foi
tribuição da população em relação à cor da pele. De organizada de forma similar à utilizada no I Plano Na-
acordo com o Censo (2010), havia 301.439 brancos, cional de Segurança Alimentar e Nutricional 2012-2015,
123.130 pretos, 420.050 pardos, 9.564 amarelos e 865 aqui em seis dimensões, quais sejam: (1) produção e
indígenas. disponibilidade de alimentos; (2) renda e condições de
vida; (3) acesso à alimentação adequada e saudável,
A elaboração do I Plano Municipal de SAN requer incluindo água; (4) saúde, nutrição e acesso a serviços
essa aproximação com a realidade local por meio de relacionados; (5) educação; e (6) programas e ações
uma revisão atualizada sobre as informações disponí- relacionados à Segurança Alimentar e Nutricional.
veis relacionadas à SAN e o desenvolvimento da po-
lítica. A partir dessa revisão, serão apresentados ele-
mentos necessários para a sua contextualização e a (1)PRODUÇÃO E DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS
identificação de questões chaves que a pautaram até O último Censo Agropecuário foi realizado pelo
aqui, sejam as que obtiveram avanços ou que ainda se IBGE em 2006. Os resultados desse Censo mostravam
configuram como desafios. que no município de Duque de Caxias existia uma

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18
área cultivada de 4.685 hectares (=4685 campos de ainda as culturas como banana, citrus, milho, quiabo,
futebol), havia 270 agricultores e apresentava como jiló, abóbora, pupunha, coco, folhosas, abobrinha, fei-
principais alimentos produzidos: Cana-de-açúcar, Ai- jão Mauá, maracujá, eucalipto, plantas ornamentais,
pim e Banana. café, jaca, abacaxi, abacate e mudas frutíferas.

A partir da atuação da Empresa de Assistência Técni- Na MBH do Rio Iguaçu, a atividade pecuária com
ca e Extensão Rural (EMATER) no município por meio maior produção é de bovino de corte com uma pro-
do Programa Rio Rural, que inclui a realização de um dução de 13,5 toneladas/ano e, em seguida, peixe de
diagnóstico rural participativo organizado pelas micro- corte com uma produção de 10,9 toneladas/ano. Já na
bacias hidrográficas (MBH), foram identificadas cinco MBH do Rio Paty se destacam a piscicultura de corte
microbacias em Duque de Caxias, a saber: Rio Capivari, com uma produção de 162,6 toneladas/ano e avicultu-
Alto Saracuruna, Rio Iguaçu, Rio Paty e Baixo Saracuru- ra de postura com uma produção de 2700 dúzias/ano.
na. Neste Programa foram contempladas as três últimas Existem ainda outras atividades como criação de peixes
microbacias citadas, tendo como objetivo incentivar a ornamentais, bovino de leite, caprino de leite, minho-
adoção de sistemas produtivos sustentáveis. cultura, ovinocultura e suinocultura.

A EMATER realizou nos anos de 2014 a 2016 o diag- Outras atividades como artesanatos, turismo rural e
nóstico nas MBH do Rio Iguaçu e Rio Paty e deu início no produção de doces e compotas também merecem des-
Baixo Saracuruna, sendo os dados apresentados à seguir taque como geração de renda.
relacionados aos participantes do projeto. Na microbacia
do Rio Iguaçu existem 240 famílias beneficiárias, sendo A concentração de terra, em 2016, no Brasil é
154 de pescadores artesanais, 78 de agricultores familia- predominante na agricultura. Todavia, em Duque de
res e pequenos agricultores e oito de outras categorias. Caxias esse cenário é diferente, tendo o predomínio
Dentre essas, 154 famílias de pescadores artesanais são das pequenas propriedades com concentrações de ter-
compostas por 5% de mulheres que também exercem ras abaixo de 10 ha.
essa atividade, seja acompanhando o cônjuge ou como
responsável pela pesca na família. É importante pautar que o planejamento urbano
no Brasil passou em termos legais por um processo de
A cultura do aipim é predominante nas duas MBH, aperfeiçoamento desde a promulgação do Estatuto da
com uma área plantada de 69,53 hectares (ha) e produ- Cidade, Lei Federal nº 10.257/2001, que consolidou
ção de 1112,4 toneladas. As segundas maiores culturas o Plano Diretor Urbanístico (PDU) como instrumen-
são da cana-de-açúcar, com uma área de 11,82 ha e to básico da política de desenvolvimento e expansão
produção de 472,8 toneladas, e de goiaba, com uma urbana. Nesse âmbito, o PDU de Duque de Caxias foi
área de 35 ha e produção de 536 toneladas, nas MBH do aprovado pela Câmara Municipal em 31 de outubro de
Rio Iguaçu e do Rio Paty, respectivamente. Destaca-se 2006, por força da Lei Complementar nº 01, e alte-

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rado pela Lei Ordinária nº 2099 de 21 de dezembro A Revisão do PDU de Duque de Caxias tem como
de 2007. Dentre as obrigatoriedades elencadas na Lei objetivo contribuir para que o poder público local apri-
Federal que estabelece diretrizes gerais da política ur- more sua capacidade de gestão dentro dos limites de
bana brasileira, destaca-se a necessidade da revisão sua competência, buscando o desenvolvimento urba-
do PDU pelo menos a cada dez anos. Neste contexto, no e regional. Nesse contexto, as atividades de revi-
em 2016, foi iniciado um debate para dar início ao são deverão ser norteadas por 11 linhas de ação: 1.
processo de revisão do PDU de Duque de Caxias, que Estrutura Jurídico-Institucional e Inserção Regional; 2.
só deverá ser realizado em 2017. Resiliência, Gestão de Riscos e Saneamento Ambiental;
3. Uso do Solo, Infraestrutura Urbana e Vazios Urbanos;
Em virtude da incoerência entre alguns Decretos 4. Áreas Públicas e Estrutura Fundiária; 5. Eficiência
municipais e de um zoneamento confuso (incluindo so- Tributária e Desenvolvimento Econômico; 6. Patrimônio
breposições de dispositivos incompatíveis), o conflito Natural e Histórico-Cultural; 7. Aspectos Demográficos
de uso do solo é latente no território municipal - al- e Demandas Sociais; 8. Transporte, Mobilidade Urbana
gumas indústrias, por exemplo, estão instaladas muito e Desenvolvimento Urbano; 9. Habitação de Interesse
próximas a residências, sobretudo ao longo das Rodo- Social; 10.Centralidades e Reabilitação de Áreas Cen-
vias Washington Luiz e Rio-Magé. trais; 11.Dinâmica Rural e Segurança Alimentar.

Apesar de pouca importância conferida pelo Pla- A SMMAAA está participando dos debates entre téc-
no Diretor Municipal, que criou uma Zona Especial nicos envolvidos no estabelecimento do processo de
de Negócios Rurais (ZEN_RURAL) em detrimento da revisão do PDU, uma vez que a nova definição da Dinâ-
antiga zona rural, o município apresenta uma paisa- mica Rural terá impacto direto na Agricultura Familiar
gem e uso rurais, sobretudo no 4º distrito, mas com do município, bem como nas possibilidades de obter
ocorrência também no 3º distrito. Essas áreas apre- maior acesso a recursos federais para o investimento na
sentam diversos sítios e pesque-pague destinados ao agricultura local e na SAN.
lazer com grande potencial para o desenvolvimento
do turismo rural.
(2) RENDA E CONDIÇÕES DE VIDA
Problemas de titularidade de lotes urbanos e rurais Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita
são recorrentes, sobretudo aqueles situados em áreas de Duque de Caxias era de R$ 26.037,97. Porém, obser-
do Governo Federal e em áreas públicas municipais, var apenas o PIB per capita de um município é insufi-
muitas das quais ainda não foram devidamente carto- ciente, pois o mesmo não define a distribuição de renda
riadas. Já o déficit habitacional estimado pela SMPHU de uma população. Logo, um dos principais indicadores
em 2010 atingia o total de 32.522 unidades habita- utilizados é o Índice de Gini, que mede a desigualdade
cionais e a principal política de equacionamento desse social existente na distribuição de indivíduos segun-
problema social é o Programa Minha Casa Minha Vida. do a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0,

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quando não há desigualdade (a renda de todos os indi- Dentre as famílias inscritas no CadÚnico, encon-
víduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade travam-se as beneficiárias do Programa Bolsa Família
é máxima (apenas um indivíduo detém toda a renda (PBF), que é um programa de transferência condicio-
da sociedade e a renda de todos os outros indivíduos nada de renda que beneficia famílias pobres e extre-
é nula). Este índice, no ano de 2010, no município de mamente pobres. O PBF beneficiou, no mês de Julho
Duque de Caxias foi de 0,46, mais baixo do que no ano de 2016, 56.804 famílias, representando uma cobertura
2000, quando foi de 0,50, o que demonstra relativa re- de 92,8% da estimativa de famílias pobres no municí-
dução na desigualdade social entre os anos analisados. pio. As famílias recebiam benefícios com valor médio
A renda per capita média de Duque de Caxias na última de R$152,97 e o valor total transferido pelo governo
década passou de R$ 463,23, em 2000, para R$ 592,81, federal em benefícios às famílias atendidas alcançou R$
em 2010, representando um crescimento de 2,9%. Di- 8.689.162,00 no mês.
ferenciando a renda per capita por zona no mesmo ano,
foi observado que nos domicílios da área rural essa ren- Outra informação relevante nessa dimensão é sobre
da era de R$ 250,00, enquanto que na área urbana era a quantidade de beneficiários do Benefício de Prestação
de R$ 478,20. Ainda de acordo com o Censo (2010), o Continuada (BPC), de direito para idosos e deficientes.
percentual da população urbana em extrema pobreza Em fevereiro de 2016, o município atendeu 15.230 ido-
era de 6,1%, já o da população rural era de 8,6%, o que sos e 8.006 pessoas com deficiência.
demonstra diferença entre a distribuição de renda no
município, sendo o percentual total da população em Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e
situação de extrema pobreza de 6,1%. Desempregados (CAGED) em Janeiro de 2016, as áreas
que geraram maior número de empregos no município,
De acordo com a Secretaria da Gestão e Avaliação/ em ordem decrescente, foram: Serviços, Comércio, In-
Ministério do Desenvolvimento Social (SAGI/MDS), em dústria de Transformação e Construção Civil. Já as que
maio de 2016 existiam 99.973 famílias inscritas no Ca- mais desligaram funcionários foram: Comércio, Ser-
dastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), sendo: viços, Indústria de Transformação e Construção Civil.
Como essas são as quatro principais áreas que empre-
50.954 com renda per capita familiar gam formalmente a população local, é compreensível
de até R$77,00; que sejam as mesmas que mais contratem e mais desli-
17.120 com renda per capita familiar entre guem funcionários.
R$77,00 e R$ 154,00;
23.024 com renda per capita familiar entre Em relação a postos de trabalho disponíveis no
R$ 154,00 e meio salário mínimo; município, segundo dados do Ministério do Trabalho e
8.875 com renda per capita acima de meio Emprego, o mercado de trabalho formal em 2010 tota-
salário mínimo. lizou 173.958 postos, 57,4% a mais em relação a 2004.
Serviços foi o setor com maior volume de empregos for-

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mais, com 79.318 postos de trabalho, seguido pelo se- (3) ACESSO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
tor de Comércio com 42.678 postos em 2010. Somados, E SAUDÁVEL, INCLUINDO ÁGUA
estes dois setores representaram 70,1% do total dos
Nessa dimensão deve ser apresentada a situação de
empregos formais do município. Apesar de as mudan-
Segurança e Insegurança Alimentar (IA) do município,
ças no cenário econômico ocorrido nos últimos anos,
tendo em vista que a falta de capacidade de acesso aos
é importante analisarmos esses dados, pois eles sina-
alimentos, incluindo a água, pelos grupos sociais mais
lizam quais são as possibilidades e necessidades locais
vulneráveis é a principal causa da IA.
de qualificação profissional. Em Janeiro de 2016 havia
160.187 postos de emprego formal no município, sendo
Nessa linha, estão disponíveis resultados de pesqui-
69.618 postos para o setor de Serviços, 44.736 para o
sas realizadas no município, mas que não incorporaram
de Comércio, 34.103 para a Indústria de Transformação
toda a população caxiense. Mesmo assim, vale explo-
e 7.998 para a Construção Civil. Sobre a aquisição de
rá-los e apresentá-los aqui, uma vez que se pode dizer
alimentos dentro do orçamento doméstico, não temos
que há semelhanças entre o local estudado e outros
informações específicas somente para o município de
bairros do município.
Duque de Caxias. Porém, podem ser utilizados os dados
da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008-09 da
O primeiro deles foi um estudo transversal, de base
Região Sudeste para inferir sobre o perfil do consumo
populacional, com 1.085 famílias residentes em Campos
de alimentos local. A prevalência de consumo alimentar
Elíseos, 2º distrito do município de Duque de Caxias,
para região Sudeste mostrou que o gosto pelo arroz e
onde Salles-Costa et al. (2008) encontraram um per-
feijão permanece forte na cultura alimentar (88,5% e
centual de IA de 53,8%. Destes, 31,4% apresentavam
80,4%). Outros alimentos processados ou minimamen-
IA leve, 16,1% IA moderada e 6,3% IA grave. Isso sig-
te processados que se destacaram foram: pão de sal
nifica que dentre essas famílias havia desde a preocu-
(66,9%), macarrão (14,8%), carne bovina (49,2%),
pação de que a comida poderia acabar até a vivência de
aves (25,4%), ovos (14,6%), leite integral (12,5%),
passar um dia todo sem comer nos últimos três meses.
queijos (15,2%), óleos e gorduras (43%). Ainda nessa
lista, tivemos destaque para: alface (11,8%), salada
Situações de insegurança alimentar podem ser
crua (17,8%), tomate (12,2%), batata inglesa (17,2%),
detectadas por diferentes tipos de problemas
e banana (16,9%), apontando para uma monotonia ali-
tais como fome, obesidade, doenças associa-
mentar. O tradicional café teve prevalência de consu-
das à má alimentação, consumo de alimentos
mo de 76,9%. Dentre os alimentos considerados mar-
de qualidade duvidosa ou prejudicial à saúde,
cadores de alimentação não saudáveis, destacaram-se
entre outras. Com isso, identificar os determi-
o consumo de sucos/refrescos/sucos em pó (39,5%) –
nantes da insegurança alimentar contribui para
que se associam ao consumo de açúcar para adoçá-los,
a melhor compreensão sobre quais grupos po-
refrigerantes (27%), salgados fritos e assados (14,1%)
pulacionais se apresentam mais suscetíveis ao
e sanduíches (10,2%).

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problema além das possíveis ações para a sua 2014. Observou-se que o consumo alimentar dos adul-
redução, permitindo o planejamento de ações tos (20 a 59 anos) (n=909) foi o seguinte:
direcionadas para as dimensões da disponibi-
lidade de alimentos, do acesso e do consumo (a) Feijão: 4% não consumiram nos últimos sete
(Antunes, Sichieri e Salles-Costa, 2010). dias e 86% consumiram cinco ou mais dias na
semana;
O outro estudo aqui mencionado foi realizado com a (b) Frutas frescas ou salada de frutas: 10% não
mesma base populacional do citado anteriormente, mas consumiram nos últimos sete dias e 44% con-
incluindo apenas os domicílios com crianças de 6 a 30 sumiram cinco ou mais dias na semana;
meses (n=384), tendo sido avaliado o seu consumo ali- (c) Refrigerante: 42% não consumiram nos úl-
mentar. Neste, os autores (Antuneset al., 2010) cons- timos sete dias e 16% consumiram cinco ou
tataram que a adequação do consumo de calorias, de mais dias na semana;
proteínas e de ferro tinha relação direta com a situação (d) Biscoitos doces ou recheados, doce, bala ou
de Segurança Alimentar, ou seja, sem o risco de passar chocolate: 39% não consumiram nos últimos
fome, havia alimentos em quantidade e qualidade para sete dias e 17% consumiram cinco ou mais
garantir o aporte dos mesmos. Além disso, observaram dias na semana.
que crianças com IA leve apresentaram consumo signi-
ficativamente maior das porções dos grupos das horta- No mesmo ano, o consumo alimentar das crianças de
liças, doces e açúcares e café e consumo menor para os 2 a 5 anos (n=68) foi o seguinte:
cereais, quando comparados às crianças de famílias em
situação de Segurança Alimentar. Entre as crianças de (a) Feijão: 3% nunca consumiram e 94% consu-
famílias com IA moderada e grave, o consumo médio miram cinco ou mais dias na semana;
de porções foi significativamente reduzido para cereais, (b) Frutas frescas ou salada de frutas: 14,8%
hortaliças, frutas, carnes, ovos e gorduras. O consumo nunca consumiram e 23,5% consumiram cinco
de café puro apenas com açúcar foi mais elevado entre ou mais dias na semana;
crianças com as formas mais severas de IA, o que sina- (c) Refrigerante: 7,3% nunca consumiram e 28%
liza uma oferta de algo para ‘matar a fome’ na falta de consumiram cinco ou mais dias na semana;
outros alimentos. (d) Biscoitos doces ou recheados: 16,2% nunca
consumiram e 32,4% consumiram cinco ou
Com as informações disponíveis nos relatórios pú- mais dias na semana.
blicos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
(SISVAN web) - um sistema que fornece informações Outro aspecto que precisa ser contextualizado é o
sobre o consumo alimentar e estado nutricional dos in- acesso à água. Em relação ao abastecimento de água,
divíduos atendidos em unidades de saúde de Duque de de acordo com o último Censo (2010), Duque de Caxias
Caxias - foi possível analisar o consumo alimentar em tinha 60,8% da população coberta por rede geral de

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distribuição e 33,9% com poço ou nascente na proprie- de melhoria paralisadas. Vale acrescentar nessa di-
dade. Segundo informações da Companhia Estadual de mensão outros aspectos do saneamento básico, para
Águas e Esgotos (CEDAE), a cobertura atual de abaste- além do abastecimento de água, como a presença da
cimento de água da população está em torno de 73%, coleta de esgoto e da coleta de lixo. De acordo com
seja regular, seja intermitente. Sobre o abastecimento o Ranking de Saneamento de 2014 das 100 maiores
de água nas escolas da rede municipal de ensino, a Se- cidades do país elaborado pelo Instituto Trata Brasil
cretaria Municipal de Educação (SME) informou que do com dados do Sistema Nacional de Informações de
total de 177 unidades escolares (UEs) há necessidade Saneamento, Duque de Caxias ocupava a 91ª posi-
de abastecimento por carro pipa em 77 UE de forma ção, com 44,5% do município com coleta de esgoto
regular, e em 30 ocasionalmente. A CEDAE enviou um e 4,8% de esgoto tratado por água consumida. Já
relatório à prefeitura, a fim de identificar a situação de segundo o Censo (IBGE, 2010), a cobertura munici-
cada uma das escolas e creches da rede municipal de pal da rede de esgoto seria de 77%. A coleta de lixo
ensino, tendo sido encontradas às seguintes situações: para população urbana passou de 88,5% (2000) para
(a) escolas ou creches que foram construídas em ruas 95,4% (2010).
onde não há rede de água, logo não há como ser feita
a ligação; (b) escolas ou creches instaladas em regiões
(4) SAÚDE, NUTRIÇÃO E ACESSO A SERVIÇOS RE-
com o abastecimento de água precário, ou seja, não
sendo possível manter regularidade para as unidades LACIONADOS
escolares, pois deixaria a população do seu entorno A situação de saúde e nutrição da população caxien-
sem acesso à água; (c) escolas ou creches que precisam se pode ser avaliada por faixas etárias- crianças até
de obras internas para melhoria do abastecimento de cinco anos incompletos, crianças de cinco até 10 anos
água (construção ou ampliação de cisternas, melhoria incompletos, adolescentes (10 a 20 anos incompletos),
da rede interna). De acordo com a CEDAE, algumas in- adultos (20 a 59 anos), idosos e gestantes- com base
tervenções foram executadas, tendo beneficiado 26 es- nos relatórios públicos do SISVAN web que unifica in-
colas com problemas. formações de beneficiários do PBF e de atendimentos
nas unidades de saúde. As informações a seguir são
Segundo uma análise apresentada em 2015 pelo todas referentes ao ano de 2015.
Secretário Municipal de Planejamento, Habitação e
Urbanismo, Luiz Edmundo Costa Leite, em um Se- Com base no indicador Peso/Idade, para as crianças
minário sobre os desafios de universalização do sa- até cinco anos (n=8.344), foi observado que 1% apre-
neamento básico nas metrópoles, os principais pro- sentou muito baixo peso para idade, 3% apresentou
blemas de abastecimento de água do município de baixo peso para idade, 88% apresentou peso adequado
Duque de Caxias são: abastecimento intermitente, 2º para idade e 8% peso elevado para idade. Já entre as
e 3º distritos sem acesso regular, ligações irregulares crianças de cinco até 10 anos (n=8.322), o perfil nutri-
e baixa hidrometração, poços clandestinos e obras cional foi similar com algum aumento no percentual de

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excesso de peso: 1% com muito baixo peso para idade, nutricionais como baixo peso, anemia e doença re-
3% com baixo peso para idade, 85% com peso adequa- nal ficaram no final da lista de atendimentos com
do e 11% com peso elevado para idade. poucos registros.

Os adolescentes (n=9.741) apresentaram o seguinte Outra informação relevante se refere ao diagnóstico


perfil nutricional pelo indicador Índice de Massa Corpo- nutricional dos escolares realizados pela equipe da SMS
ral/Idade (IMC/idade): 1% com magreza acentuada, 3% que atua no Programa Saúde na Escola (PSE), de acordo
com magreza, 67% eutróficos, 18% com sobrepeso, 9% com a solicitação das unidades escolares. Informações
com obesidade e 2% com obesidade grave. consolidadas, com dados coletados nos anos de 2015
e 2016, mostraram resultados da avaliação de 1.014
Para os adultos avaliados (n=20.992), o diagnósti- educandos de 10 a 18 anos incompletos de quatro es-
co nutricional encontrado com base no IMC foi: 2,5% colas estaduais. O perfil nutricional encontrado foi de
com baixo peso, 31,3% com peso adequado, 32% com 2,9% com magreza, 14,3% com sobrepeso e 13,4%
sobrepeso, 20,2% com obesidade grau I, 9% com obe- com obesidade. Esses casos foram encaminhados para
sidade grau II e 5% com obesidade grau III. as unidades de saúde com atendimento de nutrição e
apontam para a relevância da realização do diagnóstico
Entre os idosos (n=622) foi observado que 17,7% em outras unidades escolares.
estavam com baixo peso, 28,1% com peso adequado e
54,2% apresentavam obesidade. Informações sobre o aleitamento materno para
crianças menores de dois anos também são disponibili-
As gestantes foram avaliadas pelo IMC por semana zadas no SISVAN web. Em 2015, obtiveram-se respostas
gestacional. Ao todo foram avaliadas 578 no ano de sobre o tipo de alimentação de 1.298 crianças e 2,4%
2015. O diagnóstico nutricional coletivo foi de 20,4% estavam em aleitamento materno exclusivo, 5,5% em
com baixo peso, 34% com peso adequado, 25,6% com aleitamento materno predominante, 59,9% em aleita-
sobrepeso e 20% com obesidade. mento materno complementar, 17,4% não estavam re-
cebendo mais leite materno e 14,8% estavam sem essa
Em relação aos atendimentos ambulatoriais re- informação. Essa informação ficaria mais bem apurada
alizados por nutricionistas na rede municipal de se fosse possível uma seleção por faixa etária de acordo
saúde, pode ser apresentada uma análise sobre os com a recomendação de aleitamento materno exclusivo
principais problemas nutricionais encontrados no que é até o sexto mês de vida.
ano de 2015, em ordem decrescente: Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) Destacam-se ainda outros indicadores de saúde e
associada à HAS, Obesidade, DM e Dislipidemia. nutrição, como a taxa de mortalidade infantil que caiu
Também buscaram o atendimento de nutrição as de 21,44 por 1.000 nascidos vivos em 2000, para 14,07
crianças, os adolescentes e as gestantes. E agravos em 2010. A proporção de nascidos vivos com sete ou

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mais consultas pré-natais foi de 55,5% em 2014, se- corresponde à conclusão do ensino fundamental. O
gundo as bases de dados do Sistema Único de Saúde percentual de crianças de sete a 14 anos analfabeta
(SUS). foi de aproximadamente 9%. E o percentual de ado-
lescentes de 15 a 17 anos fora da escola foi de 23,8%.
O município não possui dados compilados sobre o Também se destacou o elevado percentual de pessoas
uso de agrotóxicos pela agricultura familiar local. Mui- com 25 anos ou mais com menos de quatro anos de
tos agricultores declaram não utilizar, especialmente estudo de, aproximadamente, 61%. Ou seja, mesmo
aqueles mais próximos das políticas públicas implanta- com a elevada taxa de alfabetização, os poucos anos
das localmente, mas ainda há aqueles que fazem uso. de estudo e a elevada proporção de adolescentes fora
Esses dados seriam importantes para o monitoramento da escola tornam a população pouco instruída e qua-
de doenças associadas ao uso desses agroquímicos. lificada para ingressar no mercado de trabalho. Esse
panorama é similar aos outros municípios da região
Metropolitana do Estado.
(5) EDUCAÇÃO
Segundo dados oferecidos pela SME, em 2016, o mu- Quanto à alimentação escolar, o Município recebe
nicípio contou com 177 UEs e 83.000 alunos matricula- verba do Programa Nacional de Alimentação Escolar
dos na Rede Municipal de Ensino, sendo estes da educa- (PNAE), investindo também recursos próprios. O forne-
ção infantil, ensino fundamental e educação de jovens cimento é feito através da terceirização de Empresas.
e adultos. Essas UEs estão divididas em sete Creches e Em 2016, duas empresas, cada uma atendendo a dois
Centros de Atendimento à Infância Caxiense (CCAICs), distritos, forneceram através de contrato os gêneros, os
25 Creches e 145 Escolas de Ensino Fundamental. A insumos, os equipamentos e a mão de obra. As próprias
Rede Estadual possui 84 UEs, atendendo cerca de 60 empresas são as responsáveis pela supervisão nas UEs
mil estudantes, sendo a maioria no Ensino Médio. Den- que atuam e reuniões mensais são realizadas entre a
tre as unidades da Rede Municipal de Ensino, 13 foram equipe da SME e das empresas. Tal terceirização é con-
consideradas como sendo educação do campo, de acor- testada pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e
do com critérios estabelecidos a partir do Censo Escolar pelo CONSEA-DC-DC, que defendem uma gestão plena.
do Ministério da Educação. No acompanhamento desses Conselhos, há um questio-
namento sobre a qualidade dos gêneros oferecidos e o
O Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil comprometimento dos cardápios por atrasos nas entre-
mostrou que o município possuía uma taxa de alfabe- gas de alguns alimentos, principalmente verduras, fru-
tização de 92% em 2010. Este percentual corresponde tas e legumes.Atualmente só existe uma Nutricionista
às pessoas acima de 15 anos de idade que são alfabe- na SME que acompanha a execução do PNAE, contrata-
tizados, ou seja, que sabem ler e escrever pelo menos da por Processo Seletivo Simplificado (PSS) pela PMDC,
um bilhete simples. A média de anos de estudos das que atua como Responsável Técnica do Programa e ela-
pessoas maiores de 25 anos era de 6,1, ou seja, não bora os cardápios.

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O Município ainda não utiliza os 30% da verba do programas governamentais como o PNAE, por exemplo.
PNAE na alimentação escolar, chegando a utilizar ape-
nas 4% aproximadamente deste percentual e com for- O meio rural sofre carência de serviços básicos como:
necimento de produtos vindos de outros locais distan- estradas, acesso à água encanada, falta de saneamen-
tes do território municipal. to, segurança, equipes da Estratégia Saúde da Família
(ESF), insuficiência nos sistemas de coleta dos resíduos
Na Rede Estadual, a compra é feita diretamente pe- produzidos, precariedade nos meios de comunicação,
las UEs. No ano de 2015 houve fornecimento para al- falta de equipamentos para auxiliar no manejo da ter-
gumas escolas, de alguns gêneros da agricultura local, ra, como por exemplo, tratores e ausência do convênio
como o aipim, não havendo, porém, continuidade no entre a EMATER/RIO e a Prefeitura.
ano de 2016.
Na região rural ainda há muitas famílias que não
Em relação à presença de cantinas nas escolas, ain- possuem o código de endereçamento postal (CEP), o
da falta um marco legal municipal para garantir a regu- que dificulta a sua comunicação e o acesso a melhorias
lação desse serviço nas UEs de Duque de Caxias. como luz elétrica. A SMMAAA em parceria com outros
setores está trabalhando nesse processo e garantiu re-
gularização do CEP das ruas internas do Assentamento
(6) PROGRAMAS E AÇÕES RELACIONADOS À SEGU-
Terra Prometida em Piranema. As demais ruas de Pira-
RANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL nema e outras localidades da área rural ainda estão em
- Fortalecimento da agricultura familiar processo de regularização dos nomes das ruas. Essas
A agricultura familiar no município vive em cons- questões são freqüentemente debatidas no Conselho
tante transformação. De acordo com a Secretaria Mu- Municipal de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Ru-
nicipal de Meio Ambiente Agricultura e Abastecimen- ral (COMPADER).
to (SMMAAA), as áreas que são consideradas rurais do
município estão localizadas nos bairros e sub-bairros: O acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da
Aviário, Garrão, Bambu Amarelo, Tabuleiro, Piranema, Agricultura Familiar (PRONAF) é muito baixo no muni-
Rio de Areia, Rio Paty, 2ª e 3° Gleba do Capivari, Morro cípio, pois os agricultores esbarram em inúmeras difi-
Grande, Lamarão, Chapéu do Sol, Taquara e Santo An- culdades e exigências burocráticas a serem cumpridas.
tônio, Café Torrado, São Lourenço, Igreja Velha, San- Não possuem seguro da produção e isso também é um
to Izidro, Amapá, Chácara Rio-Petrópolis e Cidade dos entrave para a liberação do crédito.
Meninos. Além dessa extensa área rural, o município
faz fronteira com sete municípios (Petrópolis, Miguel A mão-de-obra no meio rural é escassa por alguns fa-
Pereira, Magé, Rio de Janeiro, São João de Meriti, Bel- tores como: (1) especulação imobiliária que aumentou
ford Roxo e Nova Iguaçu) e com a Baía de Guanabara, o nos últimos anos (com probabilidade de que aumente
que facilitaria o escoamento da produção para diversos ainda mais), devido à proximidade de algumas proprie-

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dades do Arco Metropolitano; (2) falta de estrutura no R$7.000,00 podendo alcançar R$10.000,00 se o pro-
campo e (3) envelhecimento da população. Os agricul- dutor já participar de algum programa governamental
tores ainda possuem dificuldades em sua organização como PNAE, Crédito Rural, Feira do MDS, Programa de
e, apesar da existência do Sindicato dos Trabalhadores Aquisição de Alimentos (PAA), etc. O incentivo pode ir
Rurais, alguns trabalhadores rurais ainda encontram até R$15.000,00 se for incentivo para um grupo com,
entraves para obter a sua aposentadoria rural. no mínimo, três agricultores. Desses R$15.000,00, no
mínimo R$5.000,00 deverão ir para o referido incen-
Uma potencialidade identificada na área rural, tivo e o restante poderá ser utilizado para projetos
além da produção, é o Turismo Rural. O mesmo poderá individuais. A contrapartida do beneficiário é de 20%,
proporcionar a visibilidade do campo, promover a in- sendo que, quando se aplica à mão-de-obra esta é
tegração entre cidade e o meio rural, além de ser uma aceita como tal, sem que ele precise colocar dinheiro.
oportunidade para a organização dos agricultores, Quando a contrapartida for com aquisição de equipa-
sendo mais uma forma de geração de renda. A propos- mentos, o beneficiário terá que dar esta contrapartida
ta de um circuito de Turismo Rural foi bem debatida em dinheiro. Por exemplo: aquisição de uma roçadei-
por um grupo intersetorial da Prefeitura e se encontra ra, não se aplica à mão-de-obra, então o programa li-
bem avançada. bera 80% do valor da prática e o beneficiário completa
com os 20% restantes.
A SMMAAA, por meio de mutirões formados por téc-
nicos, agricultores e comunidade local, iniciou em 2016 Em Caxias, inicialmente foram beneficiados dois
a implantação dos kits do projeto Produção Agroecoló- agricultores e quatro pescadores artesanais. O dinheiro
gica Integrada e Sustentável (PAIS), fruto da parceria é liberado para novos beneficiários de acordo com a
entre o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas prestação de contas dos atuais beneficiários. Se não
Empresas (SEBRAE) e a Prefeitura Municipal de Duque houver prestação de contas adequada o dinheiro não é
de Caxias, que irá beneficiar cerca de 16 famílias. O liberado para o restante dos beneficiários da microba-
projeto PAIS é uma tecnologia social que traz nova cia. Para adesão ao projeto, os integrantes da microba-
oportunidade de trabalho e renda para a agricultura fa- cia devem escrever uma carta de adesão ao programa.
miliar, pois possibilita o cultivo de variadas hortaliças, Existe ainda um Comitê Gestor (COGEM) composto por
frutas, cereais, plantas medicinais e fitoterápicas, além beneficiários e EMATER, além de um regimento interno
de criações como, por exemplo, de aves. do Programa e uma carta de conduta. Cada beneficiá-
rio contemplado deve ter um Plano Individual de De-
O Programa Rio Rural, desenvolvido no municí- senvolvimento (PID) elaborado pela EMATER. Tudo que
pio pela EMATER, incentiva a Agricultura Familiar e a for feito na propriedade com o dinheiro do Programa
Pesca através da disponibilidade de créditos, sendo a deve ser georreferenciado não podendo ser modificado
verba deste Programa oferecida pelo Banco Mundial. depois de pronto, pois é uma das formas de prestação
O beneficiário tem limite individual anual no valor de de contas de execução do projeto. Esse projeto será

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realizado até 2018, podendo ser renovado o convênio rocratizar’ o processo com a revisão dos documentos
do Banco Mundial com a Secretaria Estadual de Agricul- exigidos e a celeridade no fornecimento do certificado.
tura e Pecuária, mas ainda não há essa proposta.
Apenas uma Cooperativa de agricultores forneceu
- Aquisição e comercialização de alimentos da agri- até 2015 alimentos para o PNAE, atendendo somente
cultura familiar algumas Escolas Estaduais do município. A Lei Fede-
O destino da produção dos agricultores familiares ral nº 11.947/2009 prevê que 30% das compras para
caxienses, em sua maioria, é para a subsistência e alimentação escolar devem ser advindas da agricultura
para abastecer o mercado local informal. Uma parte familiar. Em 2014, o município adquiriu 6,5% de produ-
dos agricultores opta por comercializar seus produtos tos da agricultura familiar. Os agricultores não puderam
para atravessadores, seja pela facilidade de tê-los à participar de forma individual por falta de documentos
sua porta, seja pela dificuldade de sair da propriedade exigidos no processo. Na última chamada pública de
(falta de transporte público ou particular e estradas maio de 2016, foram contemplados grupos de Minas
inadequadas). Gerais e de Araruama/RJ. Os itens da chamada deste
ano foram: aipim, abacaxi, abobrinha, banana, batata
O principal mecanismo de escoamento da produção doce, batata inglesa, goiaba, inhame, limão, maracujá,
da agricultura local formal no município são as Feiras, pimentão, quiabo, vagem e leite em pó. Muitos itens
sendo sete ligadas ao Fórum de Economia Solidária e são produzidos no município, mas esse ajuste fino entre
duas realizadas no Caxias Shopping. Essas Feiras pos- documentação exigida para participar da chamada pú-
sibilitam a oferta de alimentos in natura ou minima- blica, garantia de produção em quantidade adequada e
mente processados de qualidade para a população. Os forma de escoamento até as escolas ainda precisa será
preços dos produtos comercializados nas Feiras são de- adequado.
finidos pelos feirantes de forma coletiva e ainda é um
atrativo quando comparados aos de outras feiras agroe- Os agricultores também não acessam o PAA. Uma
cológicas ou feiras orgânicas de outros municípios. A das hipóteses levantadas pela SMMAAA para o baixo
comercialização também é feita em Festas Regionais interesse dos agricultores familiares em acessarem o
no município. PNAE ou o PAA é a atratividade que as Feiras exercem,
por oferecerem um valor de mercado melhor aos seus
Ainda ocorrem entraves na comercialização dos pro- produtos e um retorno financeiro imediato.
dutos de origem animal e vegetal, sendo o principal, a
implantação efetiva do Regulamento da Inspeção Sa- - Conservação, manejo de resíduos sólidos e uso da
nitária de Produtos de Origem Animal e Vegetal de Du- agrobiodiversidade
que de Caxias - o Serviço de Inspeção Municipal (SIM). No município existem quatro Unidades de Conser-
Apesar de ter sido publicado no Decreto nº 6.433 em vação Ambiental, são elas: Parque da Caixa D’água
2014, o mesmo ainda necessita de ajustes para ‘desbu- (localizada em Jardim Primavera); Taquara (localizada

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na Taquara); Reserva Biológica Equitativa (localizada tivas sustentáveis, além da sua própria proposta, como
em Santa Cruz da Serra) e São Bento (localizada em por exemplo, um sistema de captação da água para ser
São Bento). Todas as Unidades são fiscalizadas pela utilizada no local. A Secretaria realiza a coleta seleti-
SMMAAA. va em um bairro próximo e os materiais são levados
para o Centro de Triagem, que conta com a participação
Em 2016 foi criado o Projeto “Uma árvore é uma de sete cooperativas, sendo uma forma de geração de
Vida”, que contempla cada criança nascida no municí- renda para as famílias integrantes. A alternativa para
pio, dando aos pais o direito de receber uma muda de a coleta desses resíduos recicláveis são os Pontos de
árvore, que pode ser frutífera ou ornamental, de acordo Entrega Voluntária (PEVS), sendo alguns localizados em
com a preferência dos mesmos, fornecidos pela Fábrica casa de moradores do município. A Secretaria distribui
de Floresta (uma espécie de Horto Municipal) localiza- Eco-Bags e depois busca os resíduos. Existe a possibili-
do no Parque da Taquara. Está sendo construído um dade que esses pontos fiquem localizados, também, em
Horto que irá fornecer mais espécies de mudas para Escolas Municipais e Igrejas. Os grandes geradores de
esse Projeto. resíduos recicláveis, como comércios, também realizam
a separação dos mesmos e entregam no Centro de Tria-
Há uma iniciativa da Fundação de Apoio à Escola gem. Encontra-se em fase de construção um Plano de
Técnica, Ciência, Tecnologia, Esporte, Lazer, Cultura Manejo de Resíduos Sólidos. Além do Centro de Triagem,
e Políticas Sociais de Duque de Caxias – RJ (FUNDEC) existe um projeto em andamento que visa à revitaliza-
em parceria com o setor de Educação Ambiental da ção do Jardim Gramacho, com saneamento, iluminação,
SMMAAA chamada “FUNDEC Verde” que oferece cursos Programa Minha Casa Minha Vida, implantação de uni-
de compostagem, paisagismo, horta e Educação Am- dades de saúde, creche, vila olímpica, recuperação das
biental. Além dessa iniciativa, a SMMAAA também pro- áreas de mangues dentre outras benfeitorias.
move diversas atividades sobre Educação Ambiental e
distribui materiais educativos em suas ações. - Programa Bolsa Família
Conforme apresentado anteriormente nesse capítulo,
A SMMAAA, em parceria com a Secretaria de Serviços no inicio de 2016, o município atendeu pouco mais de
Públicos, está realizando a dragagem e desobstrução de 56 mil famílias pelo PBF, o que representa uma cobertura
alguns rios, como o Meriti, a fim de combater as en- de aproximadamente 93% das famílias elegíveis.
chentes e melhorar as condições de vida da população
que mora próximo aos rios. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Di-
reitos Humanos (SMASDH) é a responsável pela rea-
Em relação à coleta de lixo reciclável, o município lização dos CadÚnicos, que é o meio para se acessar
conta com um Centro de Triagem, localizado no Jardim os Programas Sociais do Governo Federal, incluindo o
Gramacho, bairro onde já funcionou um lixão do ano de PBF. O CadÚnico é preenchido nos Centros de Referên-
1976 até 2012. Este Centro conta com algumas inicia- cia de Assistência Social (CRAS) do município. Na sede

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da SMASDH são realizadas as atualizações, revisões e mensalmente para o Fundo Municipal de Assistência So-
averiguações. Porém, os CRAS preenchem os Cadastros cial foi de R$ 130.617,12, sendo que o município pode
manualmente e os mesmos são digitados na sede. atingir o teto de R$ 340.014,68.

Sobre as condicionalidades a serem cumpridas pelas - Oferta de alimentos a estudantes e pessoas em


famílias beneficiárias (manter cadastro atualizado, fre- vulnerabilidade alimentar
quência escolar dos filhos e acompanhamento da saú- Duque de Caxias conta, em 2016, com sete Creches
de), existe um grupo intersetorial com representantes e Centros de Atendimento à Infância Caxiense (CCAICs)
da SMASDH, SME e SMS que se encontram para traçar que são equipamentos públicos municipais de SAN cria-
estratégias para melhorar a cobertura dessas ações e dos à partir de 2003 com o intuito de combater à des-
avaliar os resultados alcançados. Esse grupo procu- nutrição infantil desvelada pelo Mutirão liderado por
ra utilizar os equipamentos públicos (CRAS, escolas e Dom Mauro Morelli, realizado em Duque de Caxias e São
creches e unidades de saúde) de suas secretarias para João de Meriti. O fornecimento de alimentação escolar
divulgar as condicionalidades uns dos outros.Os recur- nos CCAICs é realizado por duas empresas. Os cardá-
sos financeiros repassados para o município investir pios são elaborados pela Responsável Técnica da SME e
em ações relacionadas ao PBF, de forma intersetorial, apresentam um aporte calórico maior que os cardápios
advém de uma fonte de recurso financeiro - Índice de das demais creches e escolas do ensino fundamental.
Gestão Descentralizado (IGD) que é calculado a partir As famílias das crianças matriculadas nos CCAICs rece-
dos resultados das coberturas das condicionalidades. O bem ainda uma cesta básica mensal visando contribuir
uso desse investimento ainda não atinge plenamente para a garantia da SAN das crianças e seus familiares
as necessidades do programa. em vulnerabilidade alimentar.

O município, porém, possui dificuldades em alcançar Outra forma de fornecimento de refeições saudáveis
um percentual elevado das famílias a serem acompa- gratuitas ou a preços subsidiados, em especial para a
nhadas, especialmente em relação às condicionalidades população em vulnerabilidade alimentar, é por meio da
da saúde, tendo em vista que são aproximadamente 47 Rede de Equipamentos de Alimentação e Nutrição, com-
mil famílias beneficiárias. Apesar de a informação sobre posta pelos restaurantes populares, cozinhas comuni-
a condicionalidade da saúde constar no extrato ban- tárias e bancos de alimentos. O município contou, até
cário e de serem utilizadas diversas estratégias para 2016, com um restaurante popular, de gestão Estadual,
sua divulgação e captação das famílias, o último per- localizado no bairro Jardim 25 de Agosto, região central.
centual de acompanhamento da saúde ficou em 37,6%, Está em fase inicial de implantação o primeiro banco de
referente ao primeiro semestre de 2016. Os percentuais alimentos, que será construído com recursos oriundos de
de atualização cadastral e de acompanhamento da fre- uma emenda parlamentar (colocar n.) e deverá ser man-
quência escolar foram de 64% e 89%, no período refe- tido com recursos municipais. A previsão de inauguração
rente a março de 2016. O valor calculado e repassado deste equipamento de SAN será em 2018.

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Ainda não há cozinhas comunitárias no município. recém-inaugurados em Xerém e em Vila Rosário, com
Além dessa rede, a SMASDH também garante alimen- o intuito de melhorar o acesso à água da população.
tação para os indivíduos em vulnerabilidade social e Isso porque o abastecimento de água em algumas re-
alimentar atendidos nos abrigos municipais. giões é feito por represas, como em Xerém, Mantiquira
e Taquara.
- Acesso à água para consumo humano e produção
de alimentos Sobre o abastecimento de água nas escolas, a CEDAE
A CEDAE possui convênio de 30 anos com o municí- possui um resumo das intervenções que foram realizadas
pio, a contar a partir de 2008. Esse convênio é do tipo nas escolas municipais, após coleta de informações junto
total para o abastecimento de água e parcial para a à Secretaria Municipal de Educação, e nos setores opera-
coleta de esgoto no município. cional e comercial da própria CEDAE, apresentado abaixo:

De acordo com a CEDAE, um grande investimento na 1º Distrito: a SME indicou um total de 65 unidades, e
região da Baixada Fluminense está em curso com o pro- 36 delas foram relacionadas com proble-
jeto ‘Água para Baixada’. A partir de um empréstimo de mas de abastecimento. A CEDAE atuou em
3,4 bilhões de reais junto à Caixa Econômica Federal, o 10 e a prefeitura foi orientada a ampliar a
projeto foi dividido em três fases, e as duas primeiras já reserva interna em 28 delas no total;
têm recursos financeiros garantidos. Seu objetivo é buscar 2º Distrito: do total indicado de 54 unidades, 49 fo-
a universalização do abastecimento de água. Na primei- ram relacionadas com problemas de abas-
ra fase estão sendo construídos os reservatórios desde o tecimento. A CEDAE atuou em nove e pelo
Guandu até Duque de Caxias. A segunda fase é a cons- menos nestas a prefeitura foi orientada
trução do Novo Guandu, que, de forma simplificada, é a a ampliar a reserva interna;
ampliação do Guandu em quase 30%. E na terceira fase 3º Distrito: do total indicado de 31 unidades, 25 fo-
serão construídas redes finas e mais ligações onde não ram relacionadas com problemas de abas-
há. Os resultados começarão a aparecer no final de 2017. tecimento. A CEDAE atuou em quatro e
Os locais com rede serão os primeiros a terem acesso à pelo menos nestas, a prefeitura foi orien-
água como, por exemplo, o 1º distrito, que será totalmen- tada a ampliar a reserva interna;
te abastecido já que quase todas as ruas têm rede. Já os 4º Distrito: do total indicado de 25 unidades, 11
2º e 3º distritos, com rede em torno de 50%, precisarão foram relacionadas com problemas de
esperar a segunda fase e, especialmente a terceira, para abastecimento. A CEDAE, até o momento,
serem abastecidos regularmente. Espera-se que, pelo me- ainda não atuou em nenhuma.
nos, 80% desse projeto esteja concluídos em 2018.
Em relação à coleta de esgoto no município, ainda
Em paralelo a isso, alguns Subsistemas de Abas- é bem precária. A mesma ocorre por meio do que é
tecimento têm sido construídos pela CEDAE, como os chamado separador unitário, que levam juntos o esgo-

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to e a água da chuva, sem tratamento, para a Baía de Com a reestruturação das informações da Atenção
Guanabara. É necessário um investimento contínuo e Básica em nível nacional para o e-SUS Atenção Básica
planejado em urbanização para que essa coleta possa (e-SUS AB), todos os municípios deverão se organizar
ser feita de forma suficiente, separada e direcionada para acompanhar as modificações que estão sendo fei-
para uma estação de tratamento, antes de ser despeja- tas. A estratégia e-SUS AB faz referência ao processo
da na natureza. de informatização qualificada do SUS, em busca de
um SUS eletrônico. Haverá a integração do SISVAN ao
Além disso, o investimento em educação sanitária é e-SUS AB, tendo sido iniciado esse processo com a
fundamental para manter as áreas limpas. inclusão de informações da avaliação nutricional nas
fichas de atendimento individual da atenção básica e
- Alimentação e Nutrição para a saúde as novas fichas de consumo alimentar implementadas
As ações desse tópico são norteadas pelas diretrizes pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do
da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (2012) Ministério da Saúde.
e pelo perfil nutricional municipal apresentado ante-
riormente, onde prevalece o excesso de peso e a obe- Em Caxias essas novas fichas de consumo ali-
sidade em todas as fases do ciclo de vida. Tal questão mentar ainda não puderam ser implementadas, pois,
merece um olhar prioritário para as iniciativas que po- assim como acontece com as fichas do SISVAN, a
derão contribuir para reverter esse quadro. digitação das informações de todas as fichas das
Equipes de Saúde da Família do e-SUS AB também
O primeiro aspecto a ser abordado se refere ao é um entrave.
SISVAN no município, cuja implementação ainda não
ocorreu de forma universal. Em 2016, havia seis uni- Outros dados antropométricos que poderiam estar
dades pré-hospitalares, uma maternidade e dois postos alimentando o SISVAN, com as avaliações nutricio-
de saúde que o realizam, cobertura essa, considerada nais realizadas no PSE e nos CCAICs, não são inse-
insuficiente. Para que a implementação seja efetivada ridos no sistema pelos problemas já citado: falta de
é necessário alguns ajustes no fluxo de alimentação do digitadores, falta de computadores e internet ade-
sistema, já que se notam alguns entraves, como a res- quada para realização desse trabalho de forma contí-
trição do cadastro a poucos funcionários, a inexistência nua e com qualidade.
de um organograma para todo o município e a ocorrên-
cia de perda de fichas por falta de informação ou por Para se realizar a avaliação nutricional, é neces-
estarem incompletas, apesar das capacitações realiza- sário que todas as unidades de saúde tenham balan-
das de forma rotineira. Vale ressaltar, no entanto, que ças plataformas para adultos e crianças e antropôme-
ainda assim, as unidades que o implementaram conse- tros para adultos e crianças em quantidade adequada
guem fazer a vigilância nutricional para todas as faixas e funcionando perfeitamente. Em um levantamento
etárias, incluindo as fichas de consumo alimentar. realizado pela Coordenadoria de Nutrição em feverei-

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ro de 2015 junto das 76 Equipes de Saúde da Família, recebiam os suplementos (xarope de sulfato ferroso,
foi observado que: sulfato ferroso e ácido fólico em comprimidos) dire-
tamente do Ministério da Saúde para distribuir para o
35 equipes não possuíam balança plataforma público prioritário: crianças de 6 a 24 meses de idade,
para adultos e em 17 equipes as mesmas es- gestantes (incluindo também o ácido fólico) e mulhe-
tavam com defeito; res até 3º mês pós-parto e/ou pós-aborto. Em 2013, o
34 equipes não tinham balança infantil e em programa foi reformulado sendo descentralizada a aqui-
13 equipes as mesmas estavam com defeito; sição dos suplementos para a esfera municipal, distrital
11 equipes não tinham o antropômetro para me- e estadual (onde couber) através do recurso do Compo-
dir adultos e 18 estavam com o seu quebrado; nente Básico da Assistência Farmacêutica, de acordo
27 equipes não possuíam o antropômetro in- com a Portaria nº 1.555 de 30 de julho de 2013. Além
fantil e Sete estavam com o seu quebrado. disso, o sistema de gestão do Programa Nacional de Su-
plementação de Ferro foi encerrado para a inserção de
Sobre a prevenção e controle das carências nutri- dados, sendo orientado aos municípios a implantação
cionais, o Programa Nacional de Suplementação de do e-SUS Atenção Básica (Sistema de Informações da
Vitamina A funciona somente nas seis Unidades Pré- Atenção Básica – SISAB) e o Hórus (Sistema Nacional
-Hospitalares. Esse Programa foi instituído em 2005, de Gestão da Assistência Farmacêutica) para monitora-
por meio da Portaria nº 729, com o objetivo de reduzir mento do programa. Com essa descentralização, o mu-
e controlar a deficiência nutricional de vitamina A em nicípio parou de realizar esse Programa.
crianças de 6 a 59 meses de idade e puérperas no pós-
-parto imediato (antes da alta hospitalar). Como ele faz O PSE, que visa à integração das Unidades de Saú-
parte da Ação Brasil Carinhoso, constante no Programa de da Família com as escolas e creches dos seus res-
Brasil Sem Miséria, outros municípios do país não per- pectivos territórios, não teve ciclo no ano de 2016.
tencentes às regiões que apresentam população com No ciclo de 2014/2015, Duque de Caxias contou com a
esta deficiência foram contemplados, como Duque de participação de 18 escolas ao todo (dentre elas quatro
Caxias. Apesar de essa ação ser recomendada em nível creches), 30 Equipes de Saúde da Família, alcançando
nacional, há controvérsias sobre o seu uso em regiões 6756 educandos. Os temas trabalhados foram: Promo-
não endêmicas, pois seu aporte poderia ser garantido ção de alimentação saudável; Promoção de cultura de
via alimentação. paz e direitos humanos; Direito sexual e reprodutivo;
Prevenção do uso de álcool, tabaco e outras drogas.
Sobre a suplementação de ferro, o Programa Na- Existe um Grupo de Trabalho Intersetorial Municipal do
cional foi instituído pela Portaria nº 730, também em PSE composto por profissionais da Secretaria de Saúde
2005. O programa objetiva a prevenção e controle da e da Secretaria de Educação justamente por se tratar de
anemia por meio da administração profilática de suple- ações dos profissionais de saúde da atenção básica nas
mentos de ferro. No primeiro momento, os municípios escolas de seu território.

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Além disso, existe o trabalho de um grupo interseto- O município conta com um Banco de Leite Humano - e
rial (nutricionista, pediatra, agentes de saúde, psicóloga posto de coleta vinculado - no Hospital Estadual Adão
e uma professora universitária) em escolas municipais e Pereira Nunes, desde 2007. O mesmo consta na relação
estaduais em um programa municipal chamado Saúde do da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano e realiza
Escolar. O mesmo já existe muito antes do PSE, e atua atendimentos individuais e em grupos,visitas domicilia-
a partir da demanda das escolas à SMS. No âmbito da res, coleta e distribuição de leite humano. De janeiro a ju-
nutrição, são realizadas avaliações nutricionais e ativi- lho de 2016, foram coletados 126,3 litros de leite humano
dades de educação alimentar e nutricional (EAN). e distribuídos 77,9 litros. Em nível municipal, entretanto,
foi promulgada a lei nº 2.770, 04 de abril de 2016 que
Sobre ações de incentivo ao aleitamento materno e Dispõe da Criação do PROGRAMA MUNICIPAL DE INCENTI-
alimentação complementar adequada e saudável, o mu- VO À DOAÇÃO DO LEITE MATERNO que visa conscientizar
nicípio não está realizando a implantação da proposta sobre a importância da doação de leite materno; expandir
nacional para essa finalidade, que é a Estratégia Ama- a coleta do leite materno e atender às crianças órfãs ou
menta e Alimenta Brasil (EAAB), contando apenas com cujas mães não tenham condições de amamentar.
alguns profissionais de saúde capacitados na iniciativa
de forma isolada. A gestão tem priorizado a proposta Os CCAICs, equipamentos públicos municipais de
Estadual, que é a Iniciativa Unidade Básica Amiga da SAN, criados a partir de 2003 com o intuito de comba-
Amamentação (IUBAAM). ter a desnutrição infantil, ainda utiliza critérios de sele-
ção para matrícula de forma centralizada, nos próprios
Há um Comitê Municipal de Aleitamento Ma- CCAICs, com avaliação nutricional realizada por uma
terno que se reúne a cada dois meses. O mesmo é nutricionista da SMS. A maioria das crianças desnutri-
composto por profissionais de saúde, que atuam na das que chegam aos CCAICs continuam sendo encami-
promoção do aleitamento materno nas unidades, a nhadas pela Pastoral da Criança ou residem no entorno
Área Técnica de Aleitamento Materno do municí- dos mesmos. Não há ainda articulação entre unidades
pio, representante da Saúde da Criança da Atenção de saúde e CRAS para encaminhar crianças desnutridas
Básica e da Pastoral da Criança. O município parti- identificadas por estas unidades de atendimento à po-
cipa ativamente do Pólo Regional de Aleitamento pulação duque caxiense. A partir do momento que uma
Materno da Baixada Fluminense. Atualmente, Duque criança entra no CCAIC (com baixo peso, baixa estatura
de Caxias está investindo em três unidades pré-hos- ou risco nutricional para ambos), ela ficará no mesmo
pitalares para o credenciamento IUBAAM: XERÉM, até completar cinco anos, 11 meses e 29 dias, mesmo
PILAR e Centro Municipal de Saúde. As demais que recupere seu estado nutricional.
unidades são acompanhadas para também desen-
volverem as ações com vista ao credenciamento. O acompanhamento nutricional mensal é realiza-
O município tem dois técnicos que são tutores da do pelos nutricionistas das empresas que fornecem a
Estratégia Mulher Trabalhadora que Amamenta. alimentação escolar no município, porém, não há uma

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análise desses relatórios com o intuito de monitorar a um profissional nutricionista. Outros profissionais de
evolução das crianças. saúde que as compõem são: assistente social, fisiotera-
peuta, psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacio-
Em 2015, foi criada uma Comissão de Seleção Per- nal, geriatra, farmácia e veterinário. A organização da
manente a partir da necessidade de divulgar a trans- atuação dos NASF é de um para cada distrito, sendo que
parência no processo seletivo, porém a CAISAN-DC so- uma equipe cobre o 3º e o 4º distritos. Existem proje-
licitou a SME a ampliação da função desta Comissão. tos de expansão tanto para área urbana quanto rural.
Com a redução da prevalência de desnutrição desde a
criação do primeiro CCAIC, a discussão vai para além A oferta de atendimento ambulatorial de nutrição
da manutenção dos CCAICs e seu monitoramento e en- na rede municipal de saúde é ampla, havendo nutri-
tra no debate sobre o número de creches do município cionista nas seis Unidades Pré-hospitalares, Hospital
que é insuficiente para a demanda atual de crianças em Infantil (ambulatório somente do PADAI e DST), Centro
idade para educação infantil. Porém, com os bolsões de Municipal de Saúde, Policlínica (que conta com aten-
pobreza ainda existentes e a IAN atingindo caxienses, dimento especial para diabéticos), Posto Municipal de
ficam dois desafios: localizar essas crianças desnutridas Saúde (PMS) Sarapuí, PMS Alaíde Cunha, PMS Edna Sa-
para inserí-las nos CCAICs e garantir creches para todas les, PMS José de Freitas, PMS Antônio Granja, Unidade
as crianças entre 1 e 6 anos incompletos. Básica de Saúde Barão do Amapá, CEAPD (portadores
de deficiência) e Rede Básica de Saúde (ESF) Morabi. A
O Programa de Atenção aos Distúrbios Alimentares ESF que não conta com nutricionistas em suas equipes
na Infância (PADAI) foi criado em 2005, conta com tem acesso à informação sobre quais unidades possuem
protocolo próprio e visa atender crianças com alergia atendimento nutricional e realizam encaminhamentos
alimentar e intolerância à lactose até cinco anos de quando necessário.
idade. O Programa tem um médico gastropediatra e um
nutricionista para avaliar e acompanhar as crianças ins- A Vigilância Sanitária (VISA) tem a responsabi-
critas. O recurso para a aquisição das fórmulas espe- lidade de desenvolver ações que sejam capazes de
ciais vem do Piso de Atenção Básica (PAB). Um de seus eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e in-
problemas é o risco de descontinuidade que sofre pela tervir nos problemas sanitários decorrentes do meio
morosidade dos processos licitatórios, causando inter- ambiente, da produção e circulação de bens e da
rupções no fornecimento dessas fórmulas. Atualmente prestação de serviços de interesse da saúde, abran-
atende 44 crianças. gendo: I- o controle de bens de consumo que, direta
ou indiretamente, se relacionem com a saúde, com-
Em relação à Atenção Básica, o município tem co- preendidas todas as etapas e processo, da produção
bertura atual de Estratégia de Saúde da Família (ESF) de ao consumo, e II- o controle da prestação de servi-
35%, com 77 equipes trabalhando. Possui três Núcleos ços que se relacionam direta ou indiretamente com a
de Apoio à Saúde da Família (NASF), todos contam com saúde (&1º art. 6º Lei 8080/90). As práticas da VISA

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em saúde pública devem estar ancoradas na promo- mero de estabelecimentos sujeitos a ação de VISA no
ção da saúde, prevenção e proteção da doença. município estava em torno de 100.000. Deste total,
3.700 solicitaram o requerimento para o Certificado
A VISA do município de Duque de Caxias faz parte de Inspeção Sanitária – CIS, e apenas 63% desses
do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e estabelecimentos foram fiscalizados.
tem como competência o de coordenar, regulamentar
de forma complementar e executar as ações locais de A maior parte das ações do controle sanitário efe-
Vigilância Sanitária. É um desafio para a VISA municipal tuados pelo DVFS, cerca de 85%, é realizado na área de
implementar o amplo conjunto de atribuições. alimentos. Compreendendo ações de inspeções nos es-
tabelecimentos que produzem, distribuem e comercia-
A VISA municipal exerce suas ações baseadas em nor- lizam alimentos, no monitoramento de produtos e nas
mas sanitárias e principalmente, no Decreto municipal ações educativas, com ênfase para os manipuladores de
3043 de 11 de agosto de 1997 – Código Sanitário do alimentos do comércio informal (ambulantes).
Município, que é instrumento regulador fundamental nas
ações sanitárias. O Decreto passou por revisão para atua- A VISA realiza palestras para ambulantes e locatá-
lização das normas sanitárias e aguarda publicação. rios dos quiosques de alimentos na Festa de Santo An-
tônio sobre “Boas Práticas de Higiene na Manipulação
No ano de 2014, iniciou-se a municipalização das de Alimentos – Orientação para Ambulantes”. Para os
ações sanitárias que ainda estavam sendo exercidas locatários dos quiosques, esta palestra é pré-requisi-
pela esfera estadual, de acordo com a Resolução da to para comercialização dos seus produtos no referido
Secretaria Estadual de Saúde nº 1.058 de 06 de novem- evento. As ações educativas para o comércio de alimen-
bro de 2014. Sendo assim, a área de alimentos da VISA tos não são realizadas. Sugere-se uma parceria da VISA
municipal de Duque de Caxias absorveu as demandas com o Sindicato do Comércio, visando à efetivação de
referentes ao Controle Sanitário das indústrias de ali- palestras ou cursos de Boas Práticas na Manipulação
mentos e de água mineral, as cozinhas industriais e os de Alimentos para o comércio, principalmente para os
Bancos de Leite. setores mais críticos, como açougue, padaria e lancho-
nete. Ainda não é prática da VISA municipal realizar
No Departamento de Vigilância e Fiscalização capacitação sobre Boas Práticas para Manipuladores de
Sanitária (DVFS), o número de fiscais sanitários é Alimentos, porém na medida do possível, há atendi-
insuficiente para implementar o amplo conjunto de mento as demandas por solicitação de outros setores,
atribuições de sua competência, pois o Departamen- secretarias e órgãos.
to conta com 22 fiscais sanitários para o controle
sanitário nos serviços sujeitos as ações de Vigilância As ações de controle sanitário do município, não
Sanitária do município. Mediante a este quadro, vi- tem abrangido a fiscalização para Norma Brasileira de
mos (onde está esta informação) que em 2015 o nú- Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crian-

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ças de Primeira Infância, bicos, chupetas e mamadeiras no gasto calórico 4) Programa de Desenvolvimento e
(NBCAL). Em relação à fiscalização para verificação da Rendimento Esportivo que visa implementar uma po-
rotulagem dos produtos alimentícios, está só é reali- lítica desportiva de inclusão social, junto a crianças e
zada quando há solicitação pela Superintendência de jovens a partir de 10 anos de idade até a fase adulta
Vigilância Sanitária Estadual (SUVISA). através da descoberta de talentos surgidos a partir dos
projetos desenvolvidos pelo Programa de Esporte Edu-
Ações para incentivar a prática de atividade física cacional. Além disso, a Secretaria Municipal de Esporte
junto à população são necessárias para reversão do e Lazer (SMEL) tem proporcionado através de atividades
quadro de obesidade que o município se encontra. Ini- de educação esportiva a contribuição para uma melho-
ciativas existentes são as academias nas praças, a cons- ria na qualidade de vida, buscando o condicionamento
trução de ciclovias, e o incentivo a prática de atividade físico e a saúde de nossos alunos.
física por meio dos seguintes projetos: 1) Programa de
Esporte Educacional (PEE) através do Programa de Ini- - Educação para a Segurança Alimentar e Nutricio-
ciação Desportiva (PID) que atende alunos das redes nal e o Direito Humano à Alimentação Adequada
municipal, estadual, federal e particular, abarcando No primeiro e no novo Plano Nacional de SAN apa-
uma média de 800 alunos de sete a 17 anos de idade, recem iniciativas que devem ser priorizadas com o in-
com um atendimento diário de 440 alunos distribuídos tuito de se difundir a Educação para a SAN e o DHAA. A
em diversas modalidades esportivas o projeto jogos es- seguir são elencadas algumas delas e a situação que se
tudantis duque caxiense, que são disputados em duas encontram a nível municipal:
categorias, infantil e juvenil, atende alunos das redes
municipal, estadual, federal e particular, envolve entre (a) Instituição de ações de EAN, prioritariamente
alunos e profissionais uma média de 5.000 pessoas, é entre os titulares de direito dos programas
realizado em sua fase distrital nas escolas e praças da sociais, fomentando as organizações sociais
cidade e na fase final na Vila Olímpica; 2) Programa e integrando as instituições que compõem o
de Atendimento Comunitário (PAC), através do Proje- SISAN no território, além de estratégias de
to Vida Ativa, que visa incentivar a prática regular de comunicação e sensibilização da população
atividade física de forma a promover qualidade de vida e de formação de profissionais sob a ótica
e saúde aos seus munícipes, atendendo diariamente de SAN e DHAA: São realizadas atividades
uma média de 2.000 jovens e adultos e é realizado na esporádicas nos CRAS pela equipe da Divisão
Vila Olímpica; 3) Projeto Viva Bem 3ª idade, que visa de Nutrição da SMASDH. A SMS participa mais
oportunizar a população idosa de Duque de Caxias a de atividades nos CRAS, com temas diversos
participar de atividades físicas sistematizadas, numa relacionados à saúde. Em relação aos benefi-
perspectiva multidisciplinar, que favoreça a sua saú- ciários do PBF, a SMS, via ESF, não programa
de, bem-estar e qualidade de vida associada a outras ações específicas. Algumas ESF realizam ações
mudanças no estilo de vida com redução importante de educação em saúde para mobilizar as

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famílias a realizarem o acompanhamento da Guia Alimentar para crianças menores de dois
saúde. A Coordenação informa às unidades de anos, reforçando o consumo de alimentos re-
saúde sobre essa demanda, que é uma condi- gionais e as práticas produtivas sustentáveis
cionalidade não cobrada do Programa. que respeitem a biodiversidade: Não há ini-
ciativas sendo desenvolvidas no momento por
(b) Promoção de ações de EAN no território de nenhuma secretaria ou setor.
forma integrada entre os equipamentos públi-
cos de alimentação e nutrição, saúde, educa- (e) Desenvolvimento de projetos, estudos e pes-
ção e assistência social: São realizadas pela quisas para diagnóstico, monitoramento e
SMS atividades de EAN, especialmente nas avaliação da execução e do controle social do
escolas. Entretanto, não há uma mobilização PNAE: Segundo informações da Coordenado-
municipal para realização da Semana de ria de Nutrição Educacional, são respondidos
Alimentação Escolar. Há iniciativas isoladas relatórios solicitados pelo Fundo Nacional de
de algumas unidades escolares e em datas Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o
comemorativas relacionadas ao setor Saúde, Conselho de Alimentação Escolar (CAE).
tais como dias Nacionais de Combate à HAS
e ao DM, são realizadas ações com avaliação (f) Inclusão de ações de EAN nos projetos políti-
e orientação nutricional. Além disso, os co-pedagógicos (PPP) das creches e escolas
nutricionistas que atuam nas Unidades Pré- municipais: não há, até o momento, proposta
hospitalares costumam realizar grupos com a de atuação articulada e integrada para que
clientela. os orientadores pedagógicos e os professores
incorporem ações de EAN nos PPP.
(c) Fomento à sociedade civil organizada para
atuar com o tema de SAN e desenvolvimento (g) Implantação de hortas escolares: Esse tema é
de projetos de EAN em seu nível de atuação: recorrente, já tendo sido implantadas uma vez
São realizados eventos pontuais, como a co- em algumas escolas, via Programa Mais Edu-
memoração do Dia Mundial da Alimentação. cação, por iniciativa própria ou via parceiros
Além disso, foram realizados nos anos das não governamentais. Porém, como não houve
Conferências Municipais de SAN de 2011 e adequada mobilização da comunidade escolar
2015, encontros preparatórios para que a so- para cuidar do espaço, as hortas ficaram sem
ciedade civil pudesse se aproximar das temáti- cuidados adequados nos períodos de férias ou
cas das mesmas. quando as poucas pessoas responsáveis pelo
manejo das hortas saíram das UEs. Em 2015,
(d) Implementação das recomendações do Guia foi iniciada nova tentativa de implantação
Alimentar para a População Brasileira e do de hortas escolares em projeto intersetorial

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com SME, SMMAAA e DESANS. O projeto se - Economia Solidária e iniciativas de empreendedo-
encontra paralisado devido à morosidade dos rismo local
processos licitatórios para aquisição dos ma- No novo Plano Nacional de SAN na segunda Dire-
teriais necessários e da ausência de mobiliza- triz que diz respeito a “Promoção do Abastecimento
ção da comunidade escolar. e Estruturação de Sistemas Descentralizados, de Base
Agroecológica e Sustentável de Produção, Extração,
(h) Implantação de estratégias de formação Processamento e Distribuição de Alimentos”, uma das
continuada em SAN e DHAA para gestores e metas é apoiar e fortalecer empreendimentos econô-
representantes da sociedade civil: Em 2012, micos solidários com a estruturação dos processos de
o município, via DESANS em parceria com a produção, comercialização e consumo sustentáveis e
Unigranrio, ofereceu um Curso de Formação solidários. Tal meta não poderia faltar no Plano Munici-
em SAN e DHAA para os conselheiros munici- pal, visto que a Economia Solidária é uma potência mu-
pais de SAN e de outros conselhos. Esse curso nicipal para a garantia da SAN, uma vez que desde 2004
formou 13 pessoas, sendo quatro conselheiros essa questão é debatida no Fórum Municipal de Econo-
de SAN (dois da sociedade civil e dois do mia Solidária de Duque de Caxias - FME (antes mesmo
governo), quatro lideranças comunitárias, da criação do DESANS). Apenas em 2012 foi instituída
três servidores municipais e dois professo- a Política Municipal de Fomento à Economia Solidária,
res do Curso de Nutrição da Unigranrio. Em através do Decreto Municipal nº 6.208, que dentre os
2014/2015, alguns servidores municipais seus objetivos destacam-se a formação e capacitação
participaram do Curso de Ensino à Distância técnica dos trabalhadores, geração de trabalho e renda,
da Fiocruz sobre Educação Alimentar e Nutri- e o estímulo à organização popular.
cional para o Programa Bolsa Família, mas
não houve desdobramentos com capacidade Em março de 2014 aconteceu a III Conferência Re-
de multiplicação. Depois disso, somente este gional de Economia Solidária em Duque de Caxias, na
ano foi retomada a necessidade de criar novas Universidade UNIGRANRIO, cujo tema foi “Construir um
estratégias de formação, com a proposta de Plano Regional da Economia Solidária para promover
implementar um curso à distância em parceria o direito de produzir e viver de forma associativa e
com a Universidade do Estado do Rio de Ja- sustentável”. Fizeram parte da Comissão organizadora o
neiro (UERJ). Além disso, a CAISAN-DCpoderá DESANS, as SMMAAA, SMTERDE e Desenvolvimento
criar um Grupo de Trabalho para discutir sobre Econômico, além dos Fóruns de Economia Solidária
essa e outras estratégias, direcionando orça- de Caxias e outros municípios da Baixada (Mesquita,
mentos disponíveis. Queimados e São João). Foram dois dias de debates.
Propostas de novas políticas foram discutidas e
elaboradas na conferência, que também foi preparatória
para a Estadual sobre o mesmo tema, que aconteceu

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

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no mês de maio, e para a Nacional que aconteceu em
novembro. Foi debatida a idéia de expansão das fei-
ras de economia solidária para todo o município, além
de construir políticas de geração de trabalho, renda e
desenvolvimento local. Tanto o Governo quanto a So-
ciedade Civil participaram posteriormente das Confe-
rências Estadual e Nacional que aconteceram no mesmo
ano.

Os grupos que se organizam atualmente na Econo-


mia Solidária no município são os catadores, artesãos
e agricultores. Esses são beneficiados com Cursos de
Formação, oferecidos pelo SEBRAE, em parceria com a
Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda e
Desenvolvimento Econômico (SMTERDE). Um avanço
ainda nesse sentido para os agricultores foi a possibili-
dade de ter nota fiscal, através do incentivo e parceria
da SMTERDE, o que oportunizou um aumento na comer-
cialização de seus produtos.

Além da SMTERDE, a SMMAAA também participa das


reuniões do Fórum de Economia Solidária e apoia algu-
mas atividades financeiramente, como o fornecimento
de ônibus para a ida a Feira Internacional do Coopera-
tivismo (FEICOOP) e materiais de divulgação. Na edição
deste ano da FEICOOP, dois gestores Municipais partici-
param e foram os únicos do Estado do Rio de Janeiro.

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CAPÍTULO 2
Desafios, metas e ações para o Plano
Municipal de SAN de Duque de Caxias
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Capítulo 2 | Desafios, Metas e
Ações para o Plano
Municipal de SAN
de Duque de Caxias

P
ara a implementação efetiva do I Plano Municipal para o cumprimento deste plano. Os eixos foram insti-
de SAN de Duque de Caxias é necessário que sejam tuídos a partir das diretrizes da Política Municipal de
superados desafios que dificultam a promoção do SAN (PMSAN), publicadas na Lei nº 2.704/2015. São
DHAA. Este capítulo irá abordar desafios locais orga- onze as diretrizes, que foram agrupadas em quatro ei-
nizados por eixos que possuem prioridades de atuação xos, conforme apresentado no quadro 1, abaixo:

QUADRO 1: EIXOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SAN

Eixo Tema do Eixo Diretrizes da PMSAN

I) A promoção e a incorporação da DHAA nas políticas públicas;


Acesso Ao II) A promoção do acesso universal à alimentação adequada e saudá-
Direito Humano vel e de estilos de vida saudável à população Duque Caxiense;
Eixo 1
À Alimentação VII) O apoio à geração de emprego e renda, especialmente de natu-
Adequada reza associativa;
XI) O monitoramento da realização do DHAA.
Educação
Alimentar e III) A promoção de processos permanentes de educação alimentar e
Nutricional, nutricional, pesquisa e formação nas áreas de SAN e DHAA;
Eixo 2
Pesquisa e
Formação X) O respeito aos hábitos alimentares tradicionais e locais.
em SAN

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QUADRO 1: EIXOS E DIRETRIZES DA POLÍTICA MUNICIPAL DE SAN - CONTINUAÇÃO

Eixo Tema do Eixo Diretrizes da PMSAN

IV) A promoção da alimentação e da nutrição em todos os níveis de aten-


ção à saúde, em todas as fases do ciclo da vida e condições de saúde;
Saúde,
Eixo 3 Alimentação V) O atendimento suplementar e emergencial a indivíduos ou grupos
e Nutrição populacionais em situação de insegurança alimentar e nutricional;
VI) O fortalecimento das ações de vigilância sanitária dos alimentos.

Agricultura VIII) A preservação e a recuperação do meio ambiente e dos recur-


Familiar, sos hídricos;
Eixo 4 Agroecologia,
Meio Ambiente IX) O apoio à agricultura familiar e à produção rural e urbana de ali-
e Água mentos com incentivo e valorização da agroecologia.

Os desafios foram identificados na 1ª Oficina de Ela- 2.1 DESAFIOS


boração do I Plano Municipal de SAN que teve a partici-
Acerca dos desafios gerais, identificou-se a ne-
pação dos membros da CAISAN-DCe técnicos que atuam
cessidade de promover de fato a intersetorialidade,
nas diferentes secretarias e setores, em especial os que
com fortalecimento dos profissionais que atuam nos
participaram da etapa de entrevistas para o mapeamen-
equipamentos sociais atendendo diretamente a popu-
to de SAN no município.
lação, tendo em vista os prejuízos à população cau-
sados pelo desconhecimento das informações e fluxos
As metas e as ações foram elaboradas e pactua-
dos diferentes setores para orientar com clareza te-
das nas 2ª e 3ª Oficinas com os mesmos parceiros
mas como saúde, educação, assistência social, entre
estratégicos. Todos os desafios, metas e ações foram
outros. Além disso, a atuação intersetorial, que é o
revisados pelos membros da CAISAN-DCe aprovados
cerne da SAN, ainda não está bem difundida e insti-
pelo CONSEA-DC-DC. De acordo com o artigo 8º da Lei
tuída na administração pública municipal, apesar dos
2.704/2015, é atribuição do CONSEA-DCacompanhar
avanços alcançados no último ano, como a criação da
a elaboração, a análise, aprovação, monitoramento e
CAISAN-DC-DC. Ressalta-se que são várias ações mul-
avaliação do PMSAN. Portanto, este Conselho será par-
tisetoriais, ou seja, que têm a participação dos diver-
ceiro em todas as metas e ações de SAN descritas. No
sos setores, mas ainda de forma fragmentada. Portan-
entanto, a identificação do Conselho como parceiro
to, a CAISAN-DCé considerado um espaço institucional
foi destacada nas metas em que sua atuação deverá
para intensificar essa forma de atuar, incentivando e
ser mais ativa e presente.

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elaborando projetos com o objetivo de difundir as in- Os objetivos do município com a adesão ao SISAN
formações sobre os mesmos para as secretarias que os são: o fortalecimento da Política Municipal de SAN; a
membros compõem. sensibilização dos gestores e técnicos para atuar em prol
do DHAA de forma intersetorial; a ampliação das ações
Outro desafio geral identificado é a dificuldade de se de SAN já existentes e a implementação de novas, es-
obter dados municipais relacionados à SAN para contex- pecialmente a partir da elaboração do Plano Municipal
tualização municipal e, consequentemente, para o moni- de SAN, com a previsão orçamentária. Com a adesão,
toramento após o Plano pronto. Apesar de a existência o município também cria expectativas junto ao SISAN
de informações de livre acesso como do IBGE, do Atlas Nacional, uma vez que esse é um Sistema novo, como:
de Desenvolvimento Humano, do PNAE, do Departamen- a promoção de trocas de experiências (presenciais e vir-
to de Informática do SUS (DATASUS), do SISVAN, entre tuais) entre os municípios que já aderiram ao SISAN; o
outros, estas fontes são usualmente mais gerais. As in- apoio à realização de pesquisas em SAN, já que outro
formações mais específicas sobre programas, ações e ini- desafio é a geração de dados sobre SAN em nível munici-
ciativas existentes para compor este Plano foram obtidas pal; o apoio aos municípios nas mudanças de gestão mu-
a partir de entrevistas diretas com os coordenadores ou nicipal, visando à continuidade das ações; e a abertura
técnicos responsáveis de secretarias relacionadas à SAN. de editais que contemplem os municípios com recursos
para implementação de equipamentos de SAN, ações de
O comprometimento dos servidores públicos apare- EAN, de combate à obesidade, entre outras.
ceu como um terceiro desafio geral que perpassa todos
os eixos, tendo em vista que eles são os responsáveis Deste modo, a reflexão dos desafios a seguir organi-
pelas ações, programas e serviços tanto na parte da zados pelos quatro eixos prioritários deve vir permeada
gestão, no nível central, como na parte de execução pelas ponderações realizadas nos desafios gerais, para
nas unidades de saúde, nas escolas e creches, nos CRAS que seja possível avançar mais na garantia da SAN da
e Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia população Duque-Caxiense.
(CREA), etc. O compromisso ético, as condições de tra-
balho adequadas, o planejamento conjunto com a defi-
EIXO 1- ACESSO AO DIREITO HUMANO À ALIMEN-
nição de metas e a avaliação dos processos de trabalho
são alguns pontos chave para se alcançar um bom nível TAÇÃO ADEQUADA (DHAA)
de comprometimento entre os servidores. Um desafio prioritário é o reconhecimento do
poder público sobre a existência da agricultura fa-
Como quarto grande desafio geral, e de extrema im- miliar e demais produtores/criadores no Município
portância, é o fortalecimento do SISAN após a adesão (ex. piscicultores, apicultores, criadores de gado),
municipal em agosto de 2016 juntamente com Volta para que se garanta e amplie direitos como o acesso
Redonda. Esses foram os primeiros municípios do Esta- regular à água, ao saneamento básico, à educação
do do Rio de Janeiro a realizarem a adesão. e à saúde. Sobretudo, realizar capacitações sobre

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esses direitos e sobre políticas públicas em vigor, Em relação aos Equipamentos de SAN, é importante
com o objetivo de ampliar o acesso desse público articular o município ao Restaurante Popular que existe
às mesmas. aqui, mas é de gestão estadual, para buscar melhoria
na qualidade nutricional do cardápio e mapear seus be-
Dada à importância dos programas de transferência neficiários. Já sobre a oferta de alimentação nos abri-
de renda, em especial o PBF, observa-se a necessidade gos municipais, deve-se garantir que seja de qualidade,
de superar alguns desafios como a fiscalização efetiva pois o processo atual de aquisição prejudica a realiza-
das famílias beneficiárias e a ampliação da cobertura do ção desse controle.
acompanhamento do cumprimento das condicionalida-
des na saúde e na educação. Além disso, considera-se Um último desafio desse eixo seria relacionado aos
um desafio, não somente atingir o número de pessoas projetos de Esporte e Lazer. No município há projetos
elegíveis ao programa, como também criar estratégias que incentivam à prática esportiva e à atividade física
para que as famílias consigam sair da condição de ex- na terceira idade para promoção de estilos de vida sau-
trema pobreza e pobreza. Em relação à gestão, eviden- dáveis. Porém, não há reforço alimentar previsto para
cia-se a necessidade do fortalecimento da Comissão In- os atletas, e nem há orientação nutricional para os par-
tersetorial de acompanhamento das condicionalidades ticipantes das ações de atividade física, configurando
do Programa, bem como a necessidade de ampliação e estas como duas medidas importantes.
aplicação dos recursos destinados ao mesmo.

EIXO 2 - EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL,


Os desafios mapeados para a educação, no que tan-
ge ao acesso ao DHAA, se referem às ações de regulação PESQUISA E FORMAÇÃO EM SAN
da comercialização de alimentos não saudáveis no am- A EAN é um campo de conhecimento e prática con-
biente escolar (cantinas escolares) e seu entorno, que tínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e
representam uma barreira para a realização da alimenta- multiprofissional, que visa promover a prática autôno-
ção adequada e saudável; e ao cumprimento da lei federal ma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A
11.947/2009 que exige a compra de 30% dos alimentos prática da EAN deve fazer uso de abordagens e recursos
destinados ao PNAE da agricultura familiar, preferencial- educacionais problematizadores e ativos que favoreçam
mente local. Além disso, há a necessidade de se estabe- o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais,
lecer uma ação intersetorial com a VISA municipal para o considerando todas as fases do curso da vida, etapas
controle higiênico sanitário na produção de alimentos nas do sistema alimentar e as interações e significados que
escolas. Outra vertente da educação nesse eixo refere-se compõem o comportamento alimentar.
ao quantitativo de creches que precisa atender a demanda
municipal; e à entrada das crianças nas mesmas que po- Para que o município realize EAN nos equipamen-
deria ser antecipada para os seis meses de idade, tendo tos públicos de SAN, como: escolas e creches, CRAS
em vista o retorno da mulher para o mercado de trabalho. e unidades de saúde, é necessário superar muitos de-

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safios, dentre os quais podemos destacar: formação Por fim, a necessidade de realização de ações, como
continuada em EAN para profissionais de diversos se- o Curso de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos,
tores e secretarias, inserção de EAN no Projeto Político de forma intersetorial, articulando e sistematizando as
Pedagógico das UEs, inserção de EAN no cronograma ações desde a elaboração até a avaliação, tendo em
das unidades de saúde e assistência, maior articulação vista que diversos setores o realizam regularmente, to-
entre profissionais de saúde e educação em ações do davia de forma segmentada.
PSE, sensibilização dos profissionais de saúde quanto
à importância da EAN, incentivo às famílias ao resgate
EIXO 3 - SAÚDE, ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
de práticas alimentares, ampliação da divulgação dos
cursos de EAN ofertados por instituições estaduais e Dentro desse eixo são muitos os desafios, sendo o
federais e da viabilidade de multiplicação dos conheci- primeiro deles a necessidade de integração dos C-CAICs
mentos adquiridos. com as ESF e também com os CRAS. Esse esforço será de
extrema valia para que o acompanhamento nutricional
Dentre as ações de EAN nas escolas, encontra-se a das crianças matriculadas não continue sendo realizado
estratégia de implementação de hortas escolares que de forma centralizada nos C-CAICs. Além disso, ainda
enfrenta como desafio a manutenção das hortas, en- há bolsões de pobreza no município, nos quais pode
volvimento contínuo de toda a comunidade escolar e a haver crianças desnutridas ainda não identificadas e,
garantia de assistência técnica adequada. portanto, sem atendimento adequado.

Configura-se também como um importante desafio Sobre a IUBAAM, que tem sido a estratégia munici-
para a garantia da SAN no município, a utilização do pal adotada para incentivar, apoiar e proteger o aleita-
Guia Alimentar da População Brasileira (2014) como mento materno na atenção básica é preciso sensibilizar
instrumento de apoio às ações de EAN promovendo sua o poder público e envolver a sociedade civil organizada
ampla divulgação nos diferentes setores que atendem à (Conselho de Saúde, CONSEA-DC-DC) para torná-la uma
população Duque-Caxiense. política pública municipal e, assim, credenciar unidades
de saúde da rede básica como Amigas da Amamentação.
A educação permanente para pactuação dos fluxos
de funcionamento do SISVAN com todos os profissio- Outro desafio é a expansão das equipes de ESF,
nais e trabalhadores das unidades de saúde é outro de- especialmente na área rural. O município teve uma
safio, pois é a partir desse sistema de informação que é expansão de número de ESF tendo em vista o aumen-
possível acompanhar de forma contínua a evolução do to da cobertura médica provenientes do Programa de
estado nutricional e do consumo alimentar da popula- Valorização do Profissional da Atenção Básica e do
ção do município. E, a partir desse diagnóstico, traçar Programa Mais Médicos. Em relação aos NASF, o fato
estratégias de ação individuais e coletivas para reverter de existirem três foi uma conquista, mas como cada
os quadros de desnutrição e obesidade existentes. um deles deve atender até nove equipes, também se

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aponta a necessidade de expansão e a inclusão do Seguindo essa linha, outro enorme desafio é a inte-
profissional nutricionista. gração dos serviços de saúde, desde a atenção básica,
média e alta complexidade, com informações sobre o
A morosidade dos processos licitatórios do PADAI que é oferecido em cada um desses níveis de atenção,
descontinua o fornecimento das fórmulas infantis espe- organização de locais de referência e contrarreferência.
ciais para as crianças inscritas no Programa. A programa- Essa integração também deve envolver os serviços lo-
ção e priorização desses processos também é um desafio. calizados no município que são da esfera Estadual. Isso
também abrange o comprometimento dos profissionais
A aprovação do novo Código Sanitário municipal de saúde, desde a sua qualificação, acolhimento da po-
é um enorme desafio. Assim como a integração do pulação e resolução dos problemas.
trabalho da VISA com o trabalho da Agricultura em
prol do SIM e do controle de Zoonoses, tendo em
EIXO 4 – AGRICULTURA FAMILIAR, AGROECOLO-
vista a existência de abates clandestinos e irregu-
lares, de criadores de suínos, aves e outros animais. GIA, MEIO AMBIENTE E ÁGUA
No município, a média de casos de tuberculose nos O município de Duque de Caxias tem um Plano Di-
anos de 2013 a 2015 foi de 886 (DATASUS, 2016). retor Urbanístico (PDU) elaborado em 2006 e que de-
Esse índice de pessoas infectadas pode estar ligado veria ter sido revisado ainda em 2016. No entanto, o
à sanidade dos rebanhos que dão origem a carnes processo para revisão do PDU não foi iniciado em 2016,
contaminadas. Isso requer integração também com houve um debate juntamente com a Câmara Técnica
a Vigilância Epidemiológica e com a Saúde do Tra- do Concidade (criada especialmente para esse fim) que
balhador. Outro ponto crucial é a divulgação junto conta com representantes da SMMAAA que resultou na
à população sobre como se comprar um alimento elaboração de uma proposta base do Termo de Referên-
seguro e de qualidade. cia (TR) para contratação de consultoria especializada.
A delimitação da área rural através do macrozoneamen-
As prevalências de obesidade vêm aumentando to é importante para que agricultores possam acessar
ao longo do tempo no município, contudo, até o algumas políticas públicas. Outra demanda identificada
momento, não há um plano ou estratégia municipal é a necessidade de um diagnóstico local da população
intersetorial de combate à esta doença. Uma das rural, abrangendo dados de produção, socioeconômicos
ações que deverão compor esse plano é a ampliação e ambientais, para se pensar em políticas efetivas. A
do número de unidades de saúde que realizam o área rural tem estradas muito mal conservadas, o que
SISVAN, pois o mesmo funciona apenas em algu- dificulta o escoamento da produção e a saída dos mora-
mas delas. São necessárias diversas ações que vão dores de casa. Não possui telefonia, iluminação, cole-
desde a organização desse fluxo, com garantia de ta de lixo e transporte, bem como pouco investimento
recursos materiais e humanos, além de qualificação em lazer e cultura. Portanto, um desafio é assegurar
profissional. infraestrutura para a área rural. A assistência técnica

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pode ser melhorada a partir do estabelecimento de um antes era uma região com predominância de água em
convênio com a EMATER, o que não ocorre há alguns quantidade e qualidade boas, neste ano de 2016 passou
anos no município e com investimento de verbas desti- a enfrentar falta de água.
nadas a essas áreas.
É importante assegurar o desenvolvimento econô-
Atualmente, está em construção um Plano de Mane- mico sustentável na área Rural. Portanto, um primei-
jo de Resíduos Sólidos. É um desafio a inclusão nesse ro desafio é a conscientização da comunidade sobre
plano da área rural antes da sua publicação. Outro de- a produção, comercialização e consumo de alimentos
safio é conscientizar a população sobre a importância orgânicos e agroecológicos. Para isso, é necessária a
da coleta seletiva, bem como os agricultores sobre a organização dos agricultores, tornando-se desafios: o
prática da compostagem. Além disso, é mais um desafio fortalecimento das associações e cooperativas rurais;
controlar o fornecimento e a qualidade da água na área a ampliação do quadro técnico de profissionais da área
Rural, pois não só a área urbana sofre com problemas das agrárias (técnicos agrícolas, agrônomo, engenhei-
de abastecimento de água no município. Toda a região ros florestais, veterinário e zootecnistas) a fim de pro-
rural tem sofrido com escassez de água e isso culmina mover a extensão Rural no município e a viabilização
em dificuldades na irrigação das plantações. Os 3º e para os agricultores da nota fiscal para comercialização
4º distritos são os mais afetados pela irregularidade de seus produtos e da documentação para que tenham
do abastecimento. Até mesmo o bairro Tabuleiro, que acesso as políticas públicas existentes.

2.2 METAS PROPOSTAS PARA O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

EIXO 1: ACESSO E MONITORAMENTO DO DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (DHAA)

Nº 1.1
Meta Criar uma Central de Abastecimento de Alimentos e Entreposto de Pescado Municipal

-Mapear a quantidade de produtores e pescadores com base no diagnóstico;


-Elaborar um projeto básico para a criação de uma central de abastecimento;
Ações -Abrir e acompanhar os processos de chamamento público necessários;
-Acompanhar as obras e aquisição dos recursos materiais;
-Definir indicadores de monitoramento da central.

Responsável SMTERDE e SMMAAA

Parceiros DESANS, SMASDH e EMATER

Prazo 2020

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

51
Nº 1.2
Meta Criar um Banco de Alimentos

- Elaborar um projeto básico;


- Definir a secretaria responsável pelo Banco;
- Abrir e acompanhar os processos licitatórios necessários;
Ações - Acompanhar as obras e aquisição dos recursos materiais;
- Criar um grupo intersetorial para monitorar o andamento do projeto;
- Realizar a contratação da equipe que trabalhará no banco;
- Criar indicadores de monitoramento do Banco.

Responsável SMASDH

Parceiros DESANS, SMS, ,SMMAAA, SME e EMATER

Prazo 2020

Nº 1.3
Monitorar os equipamentos públicos de SAN já implantados (Feira, C-CAIC, Restaurante Popular) e a
Meta implantar (Banco de Alimentos) Monitorar os equipamentos públicos de SAN já implantados
(Feira, C-CAIC, Restaurante Popular) e a implantar (Banco de Alimentos)

-Criar e pactuar os indicadores de monitoramento desses equipamentos;


Ações -Criar um grupo de trabalho para realizar o monitoramento desses equipamentos;
-Realizar oficinas de capacitação do GT quanto aos indicadores de fiscalização.

Responsável DESANS e CAISAN-DC

Parceiros SME, SMS, SMASDH, SMMAAA e CONSEA-DC

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

52
Nº 1.4
Adequar a necessidade de nutricionistas e técnicos de nutrição para atender aos equipamentos públi-
Meta cos de saúde, educação, assistência social e agricultura

-Elaborar um projeto de mapeamento e identificação de necessidades dos profissionais da rede;


-Criar um banco de dados com as informações desses profissionais;
Ações - Criar o cargo de nutricionista nas secretarias e setores que ainda não têm e necessitam (SME, DE-
SANS);
-Adequar, por meio de concurso público, de acordo com o mapeamento realizado.

Responsável CAISAN-DC

Parceiros SMS, SME, SMASDH, SMMAAA e DESANS

Prazo 2018

Nº 1.5
Meta Instituir fluxo de acesso à informação às Políticas e Programas de fortalecimento da Agricultura Familiar

-Criação da casa do produtor rural;


-Estabelecer um canal de comunicação via escolas públicas;
Ações -Criação de um boletim e/ou mala direta de comunicação com os produtores para serem encaminha-
das para as escolas, conselhos, rádios comunitárias, cooperativas, pastorais sociais, entre outros;
-Divulgação do novo canal de comunicação.

Responsável SMAIC e SMMAAA

Parceiros DESANS, SME, ,SMASDH, SMS, CONSEA-DC e COMPADER

Prazo 2019

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

53
Nº 1.6
Meta Criar um plano intersetorial para execução e acompanhamento das condicionalidades do PBF

-Fiscalização efetiva das famílias beneficiárias e a ampliação da cobertura do acompanhamento do


cumprimento das condicionalidades na saúde e educação;
-Fortalecimento da Comissão Intersetorial de acompanhamento das condicionalidades do Programa,
bem como a necessidade de ampliação e aplicação dos recursos destinados ao Programa;
Ações -Criação de um regimento interno para a comissão;
-Capacitação para o acompanhamento e inserção de dados das condicionalidades do Programa, em
especial, da saúde;
-Garantir a aplicação dos recursos destinados ao pleno funcionamento do Programa e da respectiva
comissão com a efetiva transparência para a garantia do controle social.

Responsável SME, ,SMS e SMASDH

Parceiros DESANS, CAISAN-DC, CMAS, CMS, CME e CONSEA-DC

Prazo 2017

Nº 1.7
Regular a oferta e publicidade de alimentos na rede municipal de educação e nas unidades escolares
Meta particulares

-Criar um GT para a elaboração e acompanhamento da lei municipal;


Ações
-Capacitação e divulgação sobre a lei.

Responsável SME

Parceiros DESANS, CAISAN-DC, SMS, SMG, SMAIC e CONSEA-DC

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

54
Nº 1.8
Meta Adequar a quantidade de creches à demanda de crianças de um a quatro anos incompletos no Município.

-Mapear o déficit de vaga nos distritos através do censo escolar;


Ações
-Ampliar o número de unidades de creches municipais considerando as necessidades distritais.

Responsável SME

Parceiros SMO, SMPHU e SMG

Prazo 2020

Nº 1.9
Adequar a quantidade de pré-escolas à demanda de crianças entre quatro e seis anos incompletos no
Meta Município.

-Mapear o déficit de vaga nos distritos através do censo escolar;


Ações
-Ampliar o número de unidades de pré-escolas municipais considerando as necessidades distritais.

Responsável SME

Parceiros SMO, SMPHU e SMG

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

55
Nº 1.10
Garantir, pelo menos, 30% das compras de alimentos da agricultura familiar, tendo como prioridade
Meta os agricultores locais

- Estabelecer convênio com a EMATER;


-Promover o intercâmbio dos agricultores familiares com outros agricultores que já vendem para o
PNAE;
-Criar estratégias de motivação para ampliar a emissão de notas fiscais;
-Adequar estratégia de divulgação de chamada pública;
Ações
-Criar estratégias de divulgação da importância de emissão da nota fiscal e da venda para as escolas;
-Ampliar a capacidade de assistência técnica para o planejamento de produção visando atender a
venda para o PNAE;
-Promover um plano sobre logística de distribuição e venda que contribua para a efetiva garantia da
compra dos 30% de alimentos para a educação.

Responsável SME, SMO, SMSP, SMMAAA, SMPHA e SMTERDE

Parceiros CAISAN-DC, DESANS, SMAIC, EMATER, CONSEA-DC e CAE

Prazo 2017

Nº 1.11
Meta Fortalecer o SISAN a nível municipal

-Fortalecer o DESANS, lotando no Departamento profissionais concursados das secretarias afetas à SAN
-Criar medidas de fortalecimento para a intersetorialidade através de diálogos interconselhos;
Ações
- Criar medidas de avaliação e monitoramento do plano de SAN;
-Desenvolver estratégias de formação periódica dos membros da CAISAN-DC e CONSEA-DC.

Responsável DESANS, SMG, Gabinete do Prefeito, CAISAN-DC e CONSEA-DC

Parceiros SMAIC, SMASDH, SMC, SME, SMG, SMEL, SMS e SMTERDE

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

56
Nº 1.12
Acompanhar Programas de Esporte e Lazer do Município que atendam pessoas em vulnerabilidade
Meta alimentar

-Possibilitar oferta de alimentos adequados e saudáveis a pessoas atendidas pelos Programas de Esporte
Ações e Lazer do Município que estejam em vulnerabilidade alimentar.

Responsável SMEL

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2017

EIXO 2: EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL, PESQUISA E FORMAÇÃO EM SAN

Nº 2.1
Capacitar de forma continuada profissionais da rede municipal das áreas de educação, saúde e assis-
Meta tência social em SAN, EAN, Guia Alimentar para a População Brasileira, aleitamento materno, alimen-
tação complementar, SISVAN, manejo da obesidade e outros temas prioritários.
-Identificar dentro das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, profissionais da rede que
possam formar uma Coordenadoria de Educação Alimentar e Nutricional, com carga horária disponível
Ações para desempenhar essa função;
-Planejar, realizar e monitorar as capacitações de forma intersetorial.

Responsável SME, SMASDH e SMS

Parceiros CAISAN-DC e DESANS

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

57
Nº 2.2
Instituir fóruns de debates com a sociedade civil sobre SAN, EAN, Agroecologia e Guia Alimentar para
Meta à População Brasileira

-Mapear as instituições da sociedade civil relacionadas à SAN, EAN, Agroecologia e outros temas afins
existentes no município;
-Mobilizar essas instituições para participar, de forma contínua e permanente, de um Fórum e de
Ações eventos de SAN como Cursos, Oficinas, Seminários, Rodas de Conversa e outros;
-Realização de uma nova edição do Curso de Formação em SAN para os Conselhos Municipais afins ao
tema.

Responsável DESANS

Parceiros CAISAN-DC Coord de EAN*, SMMAAA, CONSEA-DC, CAE, COMPADER, CMS e CME

Prazo 2017

Nº 2.3
Meta Fomentar a implantação do cultivo de hortas e pomares em unidades escolares

-Mobilizar a comunidade escolar para a implantação e manutenção do cultivo de hortas e pomares;


-Garantir assistência técnica e materiais de forma contínua e permanente para as hortas implantadas;
Ações
-Realizar eventos de culminância;
-Monitorar hortas e pomares no município.

Responsável SMMAAA e SME

Parceiros DESANS, SMAIC, SMG e EMATER

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

58
Nº 2.4
Meta Realizar ações destinadas às Boas Práticas de Fabricação e Manipulação de Alimentos de forma intersetorial

-Formar um grupo técnico intersetorial para planejar ações de BPF e BPM padronizadas;
-Executar e monitorar as ações de boas práticas de manipulação e de fabricação de alimentos;
-Utilizar as escolas municipais como locais estratégicos para realização de cursos de boas práticas de
Ações
fabricação e manipulação de alimentos;
-Realizar inspeção nas empresas de alimentação candidatas a realizarem o serviço, antes dos proces-
sos de licitação e contratação, pela VISA.

Responsável SMS

Parceiros DESANS, SME,, SMMAAA e Universidades

Prazo 2017

Nº 2.5
Propor a inclusão da EAN no Projeto Político Pedagógico das unidades escolares, priorizando a temática Ali-
Meta mentação e Nutrição no PSE

- Criar grupos de trabalho por distrito para aproximar as Equipes Técnicas Pedagógicas das Unidades
Escolares via SME (Departamento de Projetos Educacionais, Coordenadoria de Supervisão e Orientação
Educacional, Coordenadoria de Alimentação Escolar) dos demais setores (SMS, DESANS) para debater a
inserção de EAN nos PPP, o planejamento das ações do PSE e a Educação do Campo;
Ações
-Criar espaços para trocas de experiências (virtuais e presenciais) e divulgar materiais de apoio;
-Realizar a Semana de Alimentação Escolar (3ª semana de maio) em toda rede de educação municipal;
-Desenvolver um sistema de monitoramento das atividades de EAN realizadas pelas unidades escolares.

Responsável SME

Parceiros DESANS, SMS e CAISAN-DC

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

59
Nº 2.6
Meta Realizar EAN nas unidades de Assistência Social e de Saúde

-Capacitar os profissionais, a partir do planejamento da Coordenadoria de Educação Alimentar e Nutri-


cional, para realização de ações de EAN no contexto local;
-Criar espaços para trocas de experiências (virtuais e presenciais) e divulgação das ações realizadas e de
materiais de apoio;
Ações -Organizar um calendário anual com datas comemorativas para Saúde e Assistência Social para realizar
ações em todo município;
-Garantir recursos materiais (de consumo) para subsidiar as ações de EAN;
-Desenvolver um sistema de monitoramento das atividades de EAN realizadas pelas unidades de saúde e
de assistência social.

Responsável SMASDH e SMS

Parceiros DESANS e SMAIC

Prazo 2017

Nº 2.7
Realizar diagnóstico de Insegurança Alimentar através de um mapeamento, em parceria com Universidades,
Meta de todas as comunidades carentes no município

- Elaborar um projeto e apresentar para as universidades locais e públicas;


- Mapear as comunidades carentes;
Ações
- Planejar e realizar o diagnóstico;
- Divulgar amplamente os resultados.

Responsável DESANS

Parceiros SMASDH,SMS, SME, SMAIC, SMG e Universidades

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

60
EIXO 3: SAÚDE, ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

Nº 3.1
Meta Ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da Família

-Monitorar na previsão orçamentária do Plano Plurianual os recursos financeiros voltados para implan-
tação de novas ESF, especialmente na área rural.
-Transformar as Unidades Básicas de Saúde existentes na rede em unidades mistas, com equipes de ESF.
Ações
- Elaborar plano de implantação de ESF para área rural, com base no número de habitantes e de forma
georreferenciada.
-Garantir mobilidade (transporte próprio) para as ESF da área rural.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC e SMPUH

Prazo 2020

Nº 3.2
Meta Ampliar o número de equipes de Núcleo de Apoio a Saúde da Família para atender o total de ESF existentes

-Monitorar na previsão orçamentária do Plano Plurianual os recursos financeiros voltados para a implan-
tação de novos NASF.
Ações
-Elaborar e divulgar proposta municipal de permuta para os profissionais de saúde, incluindo vagas para
novos NASF.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2019

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

61
Nº 3.3
Implantar uma rede de identificação de crianças em risco nutricional (desnutrição e obesidade), in-
Meta cluindo os C-CAIC

-Formar um grupo técnico para estruturação dessa rede (identificação dos equipamentos públicos,
definição de fluxos, planejamento de capacitações, levantamento de demandas e necessidades, etc.);
-Divulgar a Rede para as unidades escolares, de saúde e de assistência social;
Ações -Capacitar de forma permanente os profissionais da Rede;
-Alimentar o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional com as informações das crianças identificadas;
-Elaborar relatórios sistemáticos para fins de monitoramento e retorno do trabalho realizado.

Responsável SMS

Parceiros SME, SMASDH, DESANS e SMAIC

Prazo 2018

Nº 3.4
Tornar a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação a estratégia municipal oficial de incentivo
Meta ao aleitamento materno na Atenção Básica

-Elaborar e publicar uma resolução ou portaria da Secretaria Municipal de Saúde.


Ações -Divulgar a IUBAMM intra e intersetorialmente como a estratégia municipal oficial de incentivo ao
aleitamento materno na Atenção Básica.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC e SMAIC

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

62
Nº 3.5
Meta Implantar duas Unidades Amigas da Amamentação por ano

- Credenciar em IUBAAM as três unidades de saúde da rede que estão em processo de adequações às normas;
-Divulgar amplamente para a rede básica de saúde as unidades que se credenciarem em IUBAAM;
Ações
- Mobilizar e capacitar os profissionais das demais unidades de saúde, visando à adequação das mes-
mas para o credenciamento em IUBAAM.

Responsável SMS

Parceiros DESANS, SMAIC, FIOCRUZ, SES e Universidades

Prazo 2017

Nº 3.6
Incluir o Programa de Atenção aos Distúrbios Alimentares na Infância na relação de processos licita-
Meta tórios prioritários

- Abrir os processos licitatórios do PADAI dentro dos prazos, com pedido de prioridade;
Ações
-Acompanhar o andamento dos processos até sua conclusão.

Responsável SMS

Parceiros SMG

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

63
Nº 3.7
Meta Elaborar um Plano Municipal Intersetorial de Combate à Obesidade

- Formar um Grupo Técnico da CAISAN-DC;


- Elaborar uma proposta de Plano, com base em documentos de referência nacional e internacional e na reali-
dade local;
Ações - Apresentar a proposta para a CAISAN-DC;
- Discutir a proposta no CONSEA-DC;
- Realizar consulta pública;
- Publicar e divulgar o Plano no município.

Responsável SMS e DESANS

Parceiros CAISAN-DC e CONSEA-DC

Prazo 2019

Nº 3.8
Meta Implantar o SISVAN na rede de atenção básica

-Elaborar um projeto que contemple a situação atual e necessidades de recursos materiais e profissional para
a implantação do SISVAN;
-Estabelecer e divulgar fluxos de referência e contrarreferência para os atendimentos de Nutrição, a partir do
Ações diagnóstico nutricional;
-Realizar capacitações de forma permanente para os profissionais da rede de saúde;
-Garantir a entrada qualificada dos dados no Sistema de Informação;
-Analisar e divulgar os resultados semestralmente em formato de Boletins impressos e virtuais.

Responsável SMS

Parceiros SMG, SMAIC e CMS

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

64
Nº 3.9
Elaborar um Guia para o Cidadão com os Serviços de Saúde (com todas as unidades de saúde, atendi-
Meta mentos e programas oferecidos, além das formas de acesso – fluxos gerais)

- Formar um Grupo Técnico na SMS com Atenção Básica, Média e Alta Complexidade, Regulação e Vigilâncias
Ações para elaborar o Guia.
- Publicar e divulgar versão impressa e digital do Guia de forma intra e intersetorial.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC e SMAIC

Prazo 2017

Nº 3.10
Meta Aprovar o Código Sanitário Municipal

- Formar um Grupo Técnico na SMS (VISA, Nutrição, Farmácia, Jurídico, Zoonoses, VIGEAGUA, Epidemiológica,
etc.) para debater sobre o Código Sanitário já revisado;
Ações - Apresentar para o Conselho de Saúde o Código Sanitário proposto;
- Realizar consulta pública;
- Publicar e divulgar o Código Sanitário Municipal.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC e SMG

Prazo 2017

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

65
Nº 3.11
Integrar o trabalho da Vigilância Sanitária ao da Agricultura em prol do Serviço de Inspeção Munici-
Meta pal e do controle de Zoonoses

-Republicação do Decreto de Regulamentação da Lei do SIM, com ajustes à realidade municipal.


-Revisar e atualizar as atribuições dos corpos técnicos da VISA e da Agricultura de acordo com o atual con-
texto municipal e pela garantia do controle de qualidade do produto.
-Integrar as Vigilâncias Sanitárias e Agricultura com os municípios vizinhos.
- Realizar concurso público para o corpo técnico para VISA, incluindo todas as categorias necessárias para
Ações
atender as demandas das ações de regulação sanitária, o que inclui as ações relacionadas ao SIM.
-Fornecer estrutura física adequada para as equipes, incluindo um laboratório de análise.
- Formar um grupo técnico com a participação da SMMAAA (Agricultura e Meio Ambiente) e SMS (VISA, VI-
GEAGUA, Departamento de zoonoses/SMS, Vigilância Epidemiológica) para realizar uma grande análise muni-
cipal e um plano de ação integrado.

Responsável SMS e SMMAAA

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2017

Nº 3.12
Adequar os estabelecimentos municipais aos padrões de qualidade exigidos pela vigilância sanitária
Meta municipal
- Apresentar aos gestores municipais: função e importância da VISA e objetivos da inspeção municipal.
Ações - Fiscalizar os estabelecimentos municipais, por interesse do município, para adequação à legislação
pertinente.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2019

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

66
Nº 3.13
Meta Criar canais de informação para a população sobre aquisição de alimentos seguros e de qualidade

-Investir em publicidade para a população (produção de material visual, impresso, site)


-Realizar ações educativas nas escolas, unidades de saúde e outros sobre o tema.
Ações
-Elaborar Lei que torna obrigatória a exibição nos estabelecimentos comerciais dos telefones da VISA
para denúncia.

Responsável SMS

Parceiros SMAIC, SME, SMASDH e SMG

Prazo 2018

Nº 3.14
Meta Reestruturar a VISA Municipal

- Realização de concurso público para fiscais sanitários, incluindo todas as categorias necessárias
para atender as demandas das ações de regulação sanitária no município;
Ações
- Criar, validar e publicar os Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e as listas de verifica-
ções para as ações dos fiscais no ato da inspeção sanitária.

Responsável SMS

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2020

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

67
EIXO 4: AGRICULTURA FAMILIAR, AGROECOLOGIA, MEIO AMBIENTE E ÁGUA

Nº 4.1
Elaborar um Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, incluindo ações de
Meta infraestrutura, cultura e lazer na área rural

- Elaborar o Plano;
Ações - Publicar o Plano;
- Formar grupo técnico, a partir da CAISAN-DC, para executar o Plano.

Responsável SMMAAA e CAISAN-DC

Parceiros COMPADER, SMO, SMTSP e SMPUH

Prazo 2018

Nº 4.2
Meta Realização de um novo convênio do município com a EMATER

- Garantir que um novo convênio seja firmado;


Ações
- Monitorar o plano de trabalho contemplado no convênio.

Responsável SMG e SMMAAA

Parceiros COMPADER e Secretaria Estadual de Agricultura

Prazo 2017

Nº 4.3
Meta Realizar um diagnóstico rural, incluindo dados de produção, socioeconômicos e ambientais

- Contratar uma empresa para realizar o diagnóstico rural;


Ações - Pactuar com a empresa um cronograma de execução;
- Apresentar os resultados no município.

Responsável SMMAAA e CAISAN-DC

Parceiros DESANS

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

68
Nº 4.4
Meta Consolidar e expandir a produção agroecológica da agricultura familiar

- Melhorar as estradas para escoamento;


- Melhorar o transporte público na área rural;
Ações - Capacitar os agricultores familiares em agroecologia.
- Ampliar os beneficiários do Projeto PAIS, com recursos municipais.
- Implantar estratégias de rotulagem e de aquisição do SIM para escoamento adequado da produção.

Responsável SMMAAA, SMO e SMTSP

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2019

Nº 4.5
Meta Expandir a coleta seletiva no município, incluindo a área rural

Ações - Formar Grupo Técnico intersetorial para elaborar o Plano de Manejo de Resíduos Sólidos.

Responsável SMPUH e SMMAAA

Parceiros CAISAN-DC

Prazo 2019

Nº 4.6
Ampliar o quadro técnico de profissionais da área das agrárias (técnicos agrícolas, agrônomo, enge-
Meta nheiros florestais, veterinário e zootecnistas)
- Realizar concurso público para adequação do quadro técnico da Agricultura no município (SMMAAA,
Ações SME e outros).

Responsável SMMAAA

Parceiros SMG

Prazo 2018

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

69
Nº 4.7
Meta Mapear as áreas degradadas na área rural para propor a criação de um programa de recuperação

- Levantamento de áreas degradadas;


Ações - Definir o tipo de metodologia de recuperação adequado, de acordo com cada caso.
- Propor a criação de um programa de recuperação dessas áreas.

Responsável SMMAAA

Parceiros INEA

Prazo 2020

Nº 4.8
Meta Garantir e monitorar o abastecimento e a qualidade da água fornecida pela CEDAE

-Formação de um grupo técnico com os setores responsáveis pela qualidade, abastecimento e limpeza
Ações dos locais de armazenamento de água.
- Monitorar os projetos de expansão do abastecimento e da qualidade da água.

Responsável CAISAN-DC

Parceiros SME, SMS, SMMAAA, INEA e CEDAE

Prazo 2017

Nº 4.9
Meta Criar uma agroindústria na área rural

Ações - Elaborar um projeto, após a realização do diagnóstico da área rural.

Responsável SMMAAA

Parceiros SMO e COMPADER

Prazo 2020

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

70
CAPÍTULO 3
Indicadores de monitoramento da situação
de Segurança Alimentar e Nutricional
no Município de Duque de Caxias
Capítulo 3 | Indicadores de
monitoramento da
situação de Segurança
Alimentar e Nutricional
no Município de
Duque de Caxias

E
sse capítulo será dedicado à construção de indi- IV - Saúde, nutrição e acesso a serviços rela-
cadores que serão utilizados para o acompanha- cionados;
mento das ações destacadas para cada meta. Apre-
V - Educação;
sentaremos assim, o elenco de indicadores, tendo em
vista contemplar as dimensões relacionadas nos quatro VI - Programas e ações relacionadas à segurança
eixos contidos nesse plano: (1) Acesso ao Direito Hu- alimentar e nutricional.
mano a Alimentação Adequada; (2) Educação Alimentar
e Nutricional, Pesquisa e Formação em SAN; (3) Saú-
O monitoramento deverá ser realizado de forma
de, Alimentação e Nutrição; e (4) Agricultura Familiar,
articulada e integrada entre DESANS, CAISAN-DCe
Agroecologia, Meio Ambiente e Água. Com as seguintes
dimensões:
CONSEA-DC-DC. As informações devem ser disponi-
bilizadas pelos diversos sistemas setoriais já exis-
I - Produção e disponibilidade de Alimentos; tentes (SISVAN, e-SUS Atenção Básica, Programa
Bolsa Família, FNDE, CAGED). Além das informa-
II - Renda e condições de vida;
ções que serão adquiridas por relatórios técnicos
III - Acesso à alimentação adequada e saudável,
advindos das secretarias sobre a execução das me-
incluindo água;
tas e ações previstas no Plano.

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

73
Serão criadas posteriormente ferramentas mais de- Os indicadores que apareceram no Capítulo1
talhadas para analisar cada um dos indicadores propos- – de contextualização, serão revistos e atuali-
tos, tendo em vista que avaliaremos não só o resultado zados, conforme forem sendo disponibilizadas
final, mas, também, os processos. Esse tipo de análise novas informações a partir de pesquisas e da
permitirá (re)avaliarmos metas e ações, assim como a divulgação de dados que já são coletados de
pertinência dos indicadores e/ou a necessidade de se forma sistemática a nível local, regional e na-
realizar ajustes ou de se criar novos. cional.

DIMENSÃO - I- PRODUÇÃO E DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS


- Percentual de políticas agrícolas executadas;
Políticas agrícolas executadas - Percentual de alimentos fornecidos para o PNAE 1.8, 1.9, 4.1, 4.2, 4.4
pelos agricultores familiares do Município.
- Quantidade de ações que incentivem a produção orgânica;
- Quantidade de produtores que possuem certificação
orgânica no Município;
Produção da Agricultura Familiar - Quantidade de novos agricultores que acessam o Proje-
4.4, 4.9
expandida e consolidada to PAIS e outros;
- Percentual de agricultores que permanecem no Projeto
INDICADORES DO PLANO

PAIS e outros;
- Uma agroindústria criada e funcionando.
Quadro técnico de profissionais
da área das agrárias (técnicos
agrícolas, agrônomo, engenheiros - Percentual de adequação do quadro técnico. 4.6
florestais, veterinário e
zootecnistas) adequado
- Percentual do diagnóstico realizado em cada ano,
Diagnóstico rural realizado 4.3, 4.7
até alcançar 100%.
-Quantidade de agricultores que participam das
Centrais de Abastecimento, Entrepostos de pescado
e Feiras da Agricultura Familiar e da Economia Soli-
Estratégias de aproximação
dária no município;
do agricultor familiar com o
- Quantidade e tipo de meios de comunicação cria- 1.1, 1.5, 1.9
consumidor
dos e divulgados;
-Percentual de escolas, conselhos, rádios comunitá-
rias, cooperativas, pastorais sociais e outros alcan-
çados pelos meios de comunicação.

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

74
DIMENSÃO - II - RENDA E CONDIÇÕES DE VIDA

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS

Acompanhamento e execução
- Plano Intersetorial para acompanhamento e exe-
do Programa Bolsa Família 1.6
cução do Programa Bolsa Família criado.
realizado de forma intersetorial

DIMENSÃO - III - ACESSO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA E SAUDÁVEL, INCLUINDO A ÁGUA

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS

Equipamentos de Segurança
Alimentar e Nutricional implan-
tados e monitorados (Banco de - Quantidade de equipamentos de SAN implantados;
1.1, 1.2, 1.3
Alimentos, Cozinha Comunitária, - Quantidade de equipamentos de SAN monitorados.
Restaurante Popular, Feira, Central
de Abastecimento, etc.)

Rede de abastecimento e acesso - Percentual de domicílios atendidos por rede geral de


à água fornecida pela CEDAE abastecimento de água no total de domicílios particulares 4.8
monitorados permanentes.

DIMENSÃO - IV - SAÚDE, NUTRIÇÃO E ACESSO A SERVIÇOS RELACIONADOS

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS


- Percentual de cobertura de ESF;
Cobertura de ESF e NASF
- Adequação da relação de equipes de NASF/ equi- 3.1, 3.2
no município ampliado
pes de ESF.
- Fluxos da rede definidos e divulgados;
Rede de identificação de crianças - Percentual de profissionais capacitados para atuar
em risco nutricional (desnutrição na Rede; 3.3
ou obesidade) implantada - Evolução percentual dos registros de crianças no
SISVAN-web.

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75
DIMENSÃO - IV - SAÚDE, NUTRIÇÃO E ACESSO A SERVIÇOS RELACIONADOS - CONT.

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS


- Alimentação para atletas e alunos dos projetos de
Esporte e Lazer garantidos;
- Portaria tornando a IUBAAM a estratégia muni-
cipal oficial de incentivo ao aleitamento materno
publicada;
Promoção e prevenção da
- Duas unidades credenciadas como UBAAM por ano; 1.11, 2.2, 2.7, 3.4,
alimentação adequada e
- Adequação da quantidade de crianças inscritas/ 3.5, 3.6, 3.7
saudável realizada
fórmulas distribuídas no PADAI;
- Quantidade de ações de EAN realizadas nas unida-
des de Assistência Social e de Saúde;
- Plano Municipal Intersetorial de Combate à obesi-
dade elaborado.
Vigilância Alimentar e - Percentual de unidades de saúde da rede básica
3.8
Nutricional implantada com o SISVAN implantado.

Informação sobre a -Guia para o Cidadão com os Serviços de Saúde pu-


3.9
rede de Saúde divulgada blicado e divulgado.

- Código Sanitário aprovado e publicado;


- Percentual de estabelecimentos municipais ade-
Vigilância Sanitária atualizada, quados aos padrões da VISA;
2.5, 3.10, 3.11,
integrada com outros setores - Canais de informação criados;
3.12; 3.14
e com ações divulgadas - Quantidade de ações destinadas às Boas Práticas
de Fabricação e Manipulação de Alimentos realiza-
das de forma intersetorial.

-Percentual de cobertura de coleta de lixo municipal na


Plano de Manejo de Resíduos
área rural e urbana; 4.5
Sólidos publicado
- Percentual de cobertura de coleta seletiva no município.

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76
DIMENSÃO - V - EDUCAÇÃO

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS

-Lei municipal de regulamentação da oferta e publi-


Oferta e publicidade de alimentos
cidade de alimentos na rede de ensino publicada; 1.7
nas escolas regulamentada
- Percentual de escolas em adequação com a Lei municipal.

Rede de Educação Infantil adequada -Percentual de adequação das creches municipais à


1.8
à demanda demanda municipal

EAN incluído no Projeto Político


Pedagógico das unidades escolares,
- Quantidade de escolas com o tema EAN incluído
priorizando a temática 2.6
no PPP.
Alimentação e Nutrição no
Programa Saúde na Escola

- Quantidade de escolas com hortas e pomares im-


Cultivo de hortas e pomares em plantados;
2.4
unidades escolares incentivado - Percentual de escolas com hortas e pomares man-
tidos após um ano de sua implantação.

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

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DIMENSÃO - VI - PROGRAMAS E AÇÕES RELACIONADAS À SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

OBJETIVO DOS INDICADORES INDICADOR METAS RELACIONADAS


- Secretaria de SAN criada;
- Percentual de metas do Plano Municipal de SAN
SISAN municipal fortalecido 1.10
cumpridas;
- Quantidade de ações realizadas interconselhos.

Quadro de nutricionistas adequado


à rede de SAN (saúde, educação, - Percentual de adequação do quadro técnico. 1.4
assistência social, etc.)

Fóruns de debates com a sociedade - Quantidade de fóruns instituídos;


civil sobre SAN, EAN, Agroecologia
- Quantidade de encontros realizados por temática; 2.3
e Guia Alimentar para a População
Brasileira instituídos - Quantidade de participantes por fórum e total.

Diagnóstico de Insegurança Alimen-


- Percentual do diagnóstico realizado em cada ano,
tar de todas as comunidades caren- 2.8
até alcançar 100%.
tes no município realizado

Capacitações realizadas de forma


continuada para profissionais
da rede municipal das áreas de
educação, saúde e assistência - Quantidade de capacitações realizadas por
social em SAN, EAN, Guia Alimentar temática por ano;
2.1
para a População Brasileira, - Percentual de profissionais de saúde, educação e
aleitamento materno, alimentação assistência social capacitados por temática e total
complementar, SISVAN, manejo
da obesidade e outros temas
prioritários

1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

78
REFERÊNCIAS
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1O PLANO MUNICIPAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DE DUQUE DE CAXIAS - 2017-2020

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