CINESIOLOGIA
CINESIOLOGIA
CINESIOLOGIA
Conceito
É a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos. As forças que afetam os movimentos: Gravidade, tensão muscular, resistência externa e
atrito.
Conhecer ONDE (estruturas, articulações, ligamentos e músculos) essas forças atuam. E a posição e movimentos do corpo no meio / espaço, é
FUNDAMENTAL para a capacidade de produzir o movimento humano e modificá-lo.
Objetivos gerais
Apresentar os diferentes aspectos que compõe o movimento humano, integrando conceitos apreendidos voltados para análise do movimento para
compreensão da funcionalidade. Compreender o movimento humano de forma analítica e global.
Osteocinemática
• Posição anatômica • Três planos de movimentos
Plano Lateral
Também conhecido por plano FRONTAL ou CORONAL , divide o corpo humano em metades denominadas anterior e posterior. Os movimentos que
ocorrem neste plano são denominados: ABDUÇÃO e ADUÇÃO.
Plano Sagital
Também denominado de ântero-posterior, divide o corpo humano em duas metades denominadas direita e esquerda. Os movimentos que ocorrem
neste plano são denominados: FLEXÃO e EXTENSÃO.
Plano Transverso
Também chamado de horizontal, divide o corpo humano horizontalmente em metades denominadas superior e inferior. Os movimentos que ocorrem
neste plano são denominados: ROTAÇÃO, PRONAÇÃO e SUPINAÇÃO.
Goniometria
É aplicação do sistema de coordenadas a uma articulação para medir graus de movimento presente em cada plano de uma articulação. Direções
anatômicas
Anterior – na frente ou na parte da frente
Posterior – atrás , no dorso ou traseiro
Lateral – do lado ou ao lado, mais longe do plano mediano
Medial - relativo ao meio ou centro, mais próximo do plano medial
Ipsilateral – do mesmo lado
Contralateral – relativo ao lado oposto
Distal – afastado do centro ou do ponto de origem
Proximal – mais perto do tronco ou do ponto de origem
Inferior – abaixo m relação a outra estrutura, caudal
Superior – acima em relação outra estrutura, cefálico
Artrocinemática
Contempla a movimentação das superfícies articulares em relação à direção do movimento da extremidade distal do osso (osteocinemática). A
extensão e o tipo de movimento determinam o nome aplicado à articulação.
As articulações são agrupadas em três classes com base na quantidade de movimento possível.
2. COMPLEXO DO OMBRO
A única fixação da articulação do ombro ao esqueleto axial é pela clavícula na articulação esternoclavicular. Possui larga amplitude de movimento
(ADM). É uma articulação traixial.
Ossos
- Esterno
- Clavícula
- Úmero
- Escápula
Articulações verdadeiras
- Esternoclavicular
- Acromioclavicular
- Glenoumeral
Articulação Glenoumeral
É uma articulação sinovial multiaxial bola-e-soquete e possui três graus de liberdade;
Posição de aproximação máxima: abdução completa, rotação lateral
Articulação escapulotorácica
Não é uma articulação verdadeira mas é parte integrante do complexo do ombro
Articulação acromioclavicular
É uma articulação. Sinovial plana que aumenta a amplitude de movimento do úmero.
Articulação esternoclavicular
É uma articulação sinovial em forma de sela com 3 graus de liberdade; A articulação esternoclavicular e a acromioclavicular habilitam o úmero a
mover-se através de 180° de abdução.
Ligamentos
- Acromioclavicular
- Córacoacromial
- Córacoclavicular
- Conóide
-Trapezóide
Músculos
Anterior
- Peitoral Maior
- Coracobraquial
- Subescapular
- Bíceps Braquial
Superior
- Deltoíde
- Supraespinal
Posterior
- Infraespinhal
- Redondo Menor
Inferior
- Latíssimo do dorso
- Redondo Maior
- Tríceps Braquial, cabeça longa
Mobilidade
Movimentos Ativos e Passivos
- Articulação Esternoclavicular: elevação e depressão, protração e retração;
- Articulação Escapulotorácica: elevação, depressão, abdução, adução, rotação para cima e para baixo;
- Articulação Glenoumeral: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral, abdução e adução, circundução.
Flexão
O movimento ocorre na articulação glenoumeral no plano sagital, sendo acompanhado por movimentos nas articulações esternoclavicular,
acromioclavicular e escapulotorácica.
Músculos: Deltóide, peitoral maior, bíceps braquial.
Amplitude Articular: 0-180°
Extensão
O movimento representa o retorno da flexão e ocorre no plano sagital.
Músculos: Peitoral maior, latíssimo do dorso, deltóide, tríceps braquial, cabeça longa.
Amplitude Articular: 0°- 45°
Abdução
O movimento ocorre no plano frontal. A abdução da artic. glenoumeral é acompanhada por elevação clavicular, seguida por rotação lateral do úmero.
Músculos: Deltoide, infraespinal, redondo menor, tríceps braquial, cabeça longa.
Amplitude Articular: 0°- 170°/180°.
Adução
É o retorno a partir da abdução e ocorre no plano frontal. A adução horizontal ocorre no plano transverso.
Músculos: Peitoral maior, deltoide e coracobraquial.
Amplitude Articular (adução horizontal): 0°- 50°
Rotação Medial
Na posição anatômica, o movimento ocorre no plano transverso. Para a avaliação goniométrica, esta é abduzida e a articulação do cotovelo é fletida
em 90° , portanto o movimento ocorre no plano sagital.
Músculos: Subescapular, latíssimo do dorso, deltoide e peitoral maior.
Amplitude Articular: 0°-60/100° .
Rotação Lateral
Na posição anatômica, o movimento ocorre no plano transverso. Para a avaliação goniométrica, esta é abduzida e a articulação do cotovelo é fletida
em 90°, portanto o movimento ocorre no plano sagital.
Músculos: Infraespinal, redondo menor e deltoide.
Amplitude Articular:0°-80/90°
3. CINTURA ESCAPULAR
Ossos
Dois ossos predominantemente envolvidos nos movimentos da cintura escapular: Escápula e Clavícula.
Músculos
São cinco músculos envolvidos primariamente nos movimentos da cintura escapular. Todos os cinco músculos da cintura escapular têm sua origem no
esqueleto axial, com a sua inserção localizada na escápula e/ou clavícula. Estes músculos são essenciais para fornecer estabilidade dinâmica para
escápula para que possa servir como base relativa de suporte para articulação do ombro.
Músculo trapézio
- Origem
• Fibras superiores: Base do crânio, protuberância occipital.
• Fibras médias: Processos espinhosos da sétima vértebra cervical e três vertebras torácicas mais superiores.
• Fibras inferiores: Processos espinhosos da quarta até a décima segunda vértebras torácicas.
- Inserção
• Fibras superiores: Face posterior do terço lateral da clavícula.
• Fibras médias: Borda medial do processo do acrômio e borda superior da espinha da escápula.
• Fibras inferiores: Espaço triangular na base da espinha da escápula.
- Ação
• Fibras superiores – Elevação da escápula.
• Fibras médias – Elevação, báscula lateral ( rotação lateral) e retração.
• Fibras inferiores – Depressão, retração e báscula lateral.
OSSOS
- Úmero
- Rádio
- Ulna
LIGAMENTOS
- Colateral lateral (ou radial)
- Colateral medial ( ou ulnar)
- Anular
Os ligamentos têm a função de manter as superfícies articulares em contato. Impedir qualquer movimento de lateralidade.
ARTICULAÇÕES
O cotovelo possui três articulações:
- Úmero-ulnar : entre a tróclea do úmero e a incisura troclear da ulna.
- Úmero-radial: entre o capítulo do úmero e a cabeça do rádio Juntas realizam o movimento de flexão e extensão. Classificada como GINGLIMÓIDE (
dobradiça).
- Rádio-ulnar proximal: entre a cabeça do rádio e a incisura radial da ulna. Realiza o movimento de pronação e supinação. Classificada como
TROCÓIDEA ou PIVÔ
MOVIMENTOS
- Flexão
- Extensão
- Supinação
- Pronação
FLEXÃO
Movimento do antebraço em direção ao ombro por inclinação do cotovelo, de modo a diminuir o seu ângulo. O movimento ocorre no plano sagital, no
eixo coronal.
Amplitude Articular: 0-140°/150°
EXTENSÃO
Movimento do antebraço de afastar-se do ombro, retornando a posição anatômica de modo a aumentar seu ângulo. O movimento ocorre no plano
sagital, no eixo coronal.
Amplitude Articular: 0°
PRONAÇÃO
Movimento de rotação medial do rádio sobre a ulna que resulta no movimento da mão desde a posição inicial anatômica para a palma da mão voltada
para baixo. O movimento ocorre no plano transverso, no eixo longitudinal.
Amplitude articular: 0 – 90°.
SUPINAÇÃO
Movimento de rotação lateral do rádio sobre a ulna, que resulta no movimento da mão desde a posição de voltada para baixo até a posição anatômica.
O movimento ocorre no plano transverso, no eixo longitudinal.
Amplitude articular: 0 – 90°.
MÚSCULOS
Nas articulações úmero-ulnar e úmero- radial:
- Bíceps braquial
- Braquial
- Braquiorradial
- Tríceps braquial
- Ancôneo
MÚSCULO BRAQUIAL
- Origem: Superfície anterior da metade distal do úmero.
- nserção: Processo coronóide e tuberosidade da ulna
Função: Flexão
MÚSCULO BRAQUIORRADIAL
- Origem: Crista supra-epicondilar lateral do úmero.
- Inserção: Processo estilóide do rádio
Função: Flexão do cotovelo, pronação e supinação do antebraço
MÚSCULO ANCÔNEO
- Origem: Superfície posterior do epicôndilo lateral do úmero
- Inserção: Superfície lateral e posterior do olécrano da ulna.
Função: Extensão
MÚSCULO SUPINADOR
- Origem: Epicôndilo lateral do úmero e parte posterior próxima da ulna.
- Inserção: Superfície lateral da parte proximal do rádio.
Função: Supinação.
5. PUNHO
A articulação do punho não é uma articulação única, mas compreende as articulações entre os ossos do carpo (mediocárpica) e a articulação
radiocárpicas. Classificada como CONDILOIDE, permitindo os movimentos nos planos sagital e frontal.
OSSOS
- Ulna
- Ossos cárpicos (fileira proximal): Escafoide, Semilunar, Piramida, Pisiforme.
LIGAMENTOS
- Radiocárpico dorsal
- Radiocárpico palmar
- Ulnocárpico palmar
- Colateral radial do carpo
- Colateral ulnar do carpo
MOVIMENTOS
- Flexão
- Extensão
- Desvio ulnar (adução)
- Desvio radial ( abdução)
FLEXÃO
Movimento da palma da mão em direção a porção anterior do antebraço. O movimento ocorre no plano sagital, no eixo coronal.
Amplitude Articular: 0-80°/90°.
EXTENSÃO
Movimento do dorso d mão em direção a porção posterior do antebraço. O movimento ocorre no plano sagital, no eixo coronal.
Amplitude Articular: 0-70°/90°.
MÚSCULOS
- Flexor ulnar do carpo
- Flexor radial do carpo
- Palmar longo
- Extensor radial curto do carpo
- Extensor radial longo do carpo
- Extensor ulnar do carpo
Articulações
• Metacarpofalângicas – classificadas como condilares.
Amplitude de movimento: ▫ Flexão: 85 – 100° ▫ Extensão : 0 – 40°
Articulação do polegar
• Metacarpofalângica (MCF) – classificada como ginglimoide.
Amplitude de movimento ▫ Flexão: 40 – 90° ▫ Extensão 0°
Movimentos
Flexão dos dedos e do polegar, oposição
- Oposição: movimento do polegar de cruzar o aspecto palmar de modo a opor-se a uma ou todas as falanges.
M.Extensor do Indicador
- Origem: Terço distal da ulna.
- Inserção: Fáscia dorsal da mão do 2° dedo.
Ação: Extensão do 2° dedo.
MM. Lumbricais
- Origem:
▫ 1° e 2°dedo: superfície radial dos tendões do m.flexor profundo dos dedos - indicador e médio.
▫ 3° dedo: lados adjacentes dos tendões do m. flexor profundo dos dedos – médio e anular
▫ 4° dedo: lados adjacentes dos tendões do m. flexor profundo dos dedos – anular e mínimo.
- Inserção: Na borda radial da expansão do m. extensor, no dorso dos respectivos dedos.
Ação: Estendem as articulações interfalângicas e simultaneamente flexionam as articulações metacarpofalângicas do 2° ao 5° dedos da mão.
Tabaqueira Anatômica
Depressão causada pela extensão do polegar, fazem parte as estruturas:
▫ Tendão Abdutor Longo do Polegar;
▫ Tendão do Extensor Curto do Polegar;
▫ Tendão do Extensor Longo do Polegar
• Assoalho: ossos escafóide e trapézio
• Nervo Radial passa ao meio da tabaqueira.
Túnel de Guyon
Depressão que existe entre o osso pisiforme e hamato.
Túnel do Carpo
Formado pelos ossos: pisiforme, tubérculo do escafóide, hâmulo do hamato e tubérculo do trapézio.
7. CINTURA PELVICA E QUADRIL
O quadril é uma articulação estável devido a sua estrutura ósseia, com ligamentos fortes e músculos grandes.
CINTURA PÉLVICA: Anel ósseo formado pelos dois ossos ilíacos mais o sacro.
QUADRIL: Encaixe da cabeça do fêmur na fossa do acetábulo
OSSOS
- Ilíacos ou ílio
- Ísquios ou isquiático
- Púbis
- Sacro
- Fêmur
Ligamentos – Quadril
-Iliofemoral
-Pubofemoral
-Isquiofemoral
- Redondo
-Inguinal
- Transverso do acetábulo
Movimentos no quadril
- Flexão
- Extensão
- Abdução
- Adução
- Rotação interna
- Rotação externa
Biomecânica do Sacro
O sacro também realiza movimento de nutação e contra-nutação, no plano sagital, sendo movimentos involuntários que não dependem da ação
muscular.
- Nutação é a inclinação anterior do sacro, de modo que a base se move para frente e o ápice se move para trás.
- Contra-nutação a base sacral se move posteriormente e superiormente enquanto o ápice movimenta-se para frente e para baixo (é um retorno à
posição neutra inicial).
Músculos
- Reto femoral
- Iliopsoas
- Pectíneo
- Tensor da fáscia lata
- Sartório
- Glúteo máximo
- Rotadores externos
- Semitendinoso
- Semimembranáceo
- Bíceps femoral
Músculos FLEXORES
- Iliofemoral
- Reto femoral
- Psoas maior
- Sartório
- Tensor da fáscia lata
Músculos EXTENSORES
- Glúteo máximo
- Isquiostibiais : Semitendinoso, semimembranoso e bíceps femoral cabeça longa
Músculos ABDUTORES
- Glúteo médio e mínimo
- Sartório
- Tensor da fáscia lata
- Feixes superiores do glúteo máximo
Músculos ADUTORES
- Adutor longo, curto e magno
- Pectíneo
- Grácil
Músculos - ANTEVERSÃO
- Tensor da fáscia lata
- Reto femoral
- Sartório
Músculos RETROVERSÃO
- Isquiostibiais
8. ARTICULAÇÃO DO JOELHO
Tipo de articulação
Do JOELHO: pode ser classificada como:
- GINGLIMOIDE: dobradiça
- TROCOIDE-GINGLIMÓIDE: devido aos movimentos de rotação interna e externa da tíbia).
- CONÓIDE: devido a sua estrutura
PATELO-FEMORAL:
- ARTRODIAL: devido ao deslizamento da patela sobre os côndilos femorais
Características: Constantemente em estresse e distenção devido a sua ação de sustentação do peso e locomoção. MOBILIDADE é provida pela estrutura
óssea. ESTABILIDADE é provida por ligamentos, músculos e cartilagem.
Movimento de ROTAÇÃO
No final da EXTENSÃO ocorre uma rotação externa da tíbia em relação ao fêmur O No início da FLEXÃO ocorre uma rotação interna da tíbia em relação
ao fêmur
Músculos flexores
- Ísquiotibiais (bíceps femoral, semimembranoso e semitendinoso)
- Gastrocnêmio
- Poplíteo
- Grácil
- Sartório
Músculos EXTENSORES
- Quadríceps femoral
- Tensor da fáscia lata
Goniometria
- Flexão : 135°
- Extensão : 0°
MENISCOS
Anéis fibrocartilaginosos (lateral e medial). São mais espessos lateralmente
OBJETIVO: Aumentar a congruência das articulações tibiofemorais; distribuir a pressão sobre os côndilos femorais e tibiais.
Diferenças
MENISCO MEDIAL:
- Tem a forma semilunar
- É menos móvel O Está inserido em toda cápsula
- Posteriormente tem inserção no m.semimembranoso
- Tem inserções no lig. colateral medial
MENISCO LATERAL:
- Tem a forma oval
- É mais móvel
- Côndilo femoral mais amplo
- Não tem inserções capsulares
- É separado do lig.colateral lateral
Biomecânica do menisco
FLEXÃO: os meniscos recuam.
Motivo: São empurrados para trás pelos côndilos femorais e ativamente o menisco lateral é puxado pela inserção do semimembranoso e do poplíteo e
o menisco medial é puxado pelo LCA.
ROTAÇÃO EXTERNA (tíbia sobre o fêmur): o menisco lateral vai frente e o menisco medial vai para trás.
ROTAÇÃO INTERNA ( tíbia sobre o fêmur): o menisco medial vai para frente e o menisco lateral vai para trás.
Ligamentos Colaterais
Ligamento Colateral Medial (LCM):
- Fixação: em cima, no epicôndilo medial e embaixo, atrás da pata de ganso (m. sartório, m.grácil e m.semimembranoso)
- Direção: oblíqua para baixo e para frente.
- Função: estabiliza medialmente o joelho e impede a abdução da tíbia sobre o fêmur (de se abrir medialmente – genu valgum).
Secundariamente restringem desvio anterior e posterior da tíbia e rotação externa quando o joelho é estendido.
Ligamentos Cruzados
Ligamento Cruzado Anterior (LCA):
- Fixação: embaixo, na fossa intercondiliana anterior da tíbia e em cima, na face medial do côndilo femoral lateral (na fossa intercondilar)
- Função: controla e estabiliza o joelho nos movimentos de flexão e extensão do joelho, impede o deslocamento anterior da tíbia.
Secundariamente, limita a rotação interna.
****Os ligamentos colaterais limitam a rotação externa. Os ligamentos cruzados limitam a rotação interna.
Na rotação externa:
- Os ligamentos cruzados tendem a ficar paralelos, permitindo uma ligeira separação das superfícies articulares. Consequentemente, a rotação externa
não é limitada pela tensão dos ligamentos cruzados.
- Os ligamentos colaterais ficam tensos (aumentam o enrolamento), há aproximação das superfícies articulares, limitando o movimento de rotação
externa.
***A estabilidade rotatória do joelho em extensão está assegurada pelos ligamentos colaterais e cruzados.
Articulação Fêmur-patelar
Características:
- A patela é um osso sesamóide que está contido dentro da cápsula articular
- A patela articula-se com as superfícies anterior e distal em forma de sela dos côndilos femorais (superfícies trocleares).
- A superfície da patela possui uma crista vertical e proeminente dividindo a faceta articular em medial e lateral.
- A patela possui variações anatômicas
- Possui deslocamento em linha reta, chegando ao dobro de seu tamanho (mais ou menos 8 cm)
- Durante o movimento de extensão a patela se eleva e na flexão ela desce.
Estabilização:
- O mecanismo extensor ou do quadríceps estabiliza a patela em todos os lados e guia o movimento entre a patela e o fêmur
- Distalmente a patela está ancorada a tuberosidade da tíbia pelo tendão patelar
- Lateralmente: pelos retináculos superficiais e profundos, o trato ilitibial e o músculo vasto lateral
- Medialmente: ligamentos patelofemoral, meniscopatelar e as fibras obliquas do vasto medial
Fixação: nos côndilos femorais e tibiais pelos retináculos lateral e medial do tendão do quadríceps. Une-se ao tendão do quadríceps denominado de
ligamento patelar (na porção infrapatelar).
Funções:
- Proteger as superfícies articulares dos côndilos femorais quando o joelho é fletido
- Diminuir a pressão e distribuir as forças sobre o fêmur
- Prevenir forças de compressão lesivas para o tendão do quadríceps em caso de flexões exageradas do joelho.
Se o ângulo “Q” for menor que 170° temos uma deformidade em GENU VALGUM.
Se o ângulo “Q” aproximar de 180° temos a deformidade em GENU VARUM.
9. TORNOZELO
Características
- Flexíveis- rígidas
- Suporte de peso
- Controle e estabilização da perna sobre o pé
- Ajuste de superfícies irregulares
- Elevação do corpo
- Amortecimento de choques
OSSOS
- Tíbia
- Fíbula
- Talús
Articulações
- Tíbio-társica ou Talo-crural Classificada como troclear.
- Tíbio-fibular distal (ou inferior) Classificada como sindesmose.
LIGAMENTOS
- Tibiofibular proximal (anterior e posterior)
- Tibiofibular distal (anterior e posterior)
- Tibiofibular transverso
- Tibiofibular crural interósseo
- Colateral medial ou deltóide (tibionavicular, tibiocalcaneo e tibiotalar)
- Colateral lateral ( calcaneofibular, talofibular anterior e posterior)
MÚSCULOS / AÇÃO
FLEXÃO DORSAL ou DORSIFLEXÃO (0° - 20°)
- Tibial anterior
- Extensor longo dos dedos
- Extensor longo do hálux
- Fibular terceiro
ARTICULAÇÕES
- Subtalar
- Transversa do tarso - (articulação médio-tarso, articulação de Chopart) é formada pela articulação do calcâneo com o cubóide (articulação
calcaneocubóide) e a articulação do tálus com o navicular (articulação talocalcaneonavicular).
- Lisfranc – ( articulação tarsometatársal) formada pelos ossos do tarsos e metatarsos.
- Metatarsofalângeanas
- Interfalangeanas
MOVIMENTOS
- INVERSÃO = adução + supinação (medial)
- EVERSÃO= abdução + pronação ( lateral)
MÚSCULOS / AÇÃO
INVERSÃO :
- Tibial anterior
- Tibial posterior
- Flexor longo dos dedos
- Flexor longo do hálux
EVERSÃO:
- Fibular longo
- Fibular curto
- Fibular terceiro
- Extensor longo dos dedos
MÚSCULOS / AÇÃO
FLEXÃO DOS DEDOS
- Flexor longo dos dedos
FLEXÃO DO HÁLUX
- Flexor longo do hálux
EXTENSÃO DO HÁLUX
- Extensor longo do hálux
Conserva a sua concavidade, graças aos ligamentos e aos músculos. Os músculos que aumentam a concavidade do arco longitudinal medial devido suas
inserções, são:
- Tibial posterior
- Fibular lateral longo
- Flexor próprio do hálux
- Adutor do hálux
Contrariamente, os músculos inseridos sobre a convexidade do arco, como por exemplo, o m.extensor próprio do hálux e o m. tibial anterior diminuem
a curvatura do arco e o aplanam.
Arco Transverso
É o mais curto e o mais baixo. Se estende da cabeça do primeiro metatarso a cabeça do quinto metatarso, passando pela cabeça de todos os
metatarsos. A concavidade deste arco é pouco acentuada, apoia-se sobre o solo, por intermédio das partes moles.
É sustentado pelos ligamentos intermetatarsiano, e por um músculo transverso do abdutor do hálux, que forma uma corda, entre a cabeça do 1°
metatarso e dos outros quatro.
POSSÍVEIS ALTERAÇÕES
PÉ PLANO
O desabamento dos arcos plantares ocorre devido a debilidade dos meios naturais de sustentação, que são: os músculos e ligamentos. Se os suportes
musculares são deficientes, os ligamentos acabam por se distender e os arcos “caem”, definitivamente. Portanto, o pé plano se deve, antes de tudo, a
uma insuficiência muscular do TIBIAL ANTERIOR, ou mais frequentemente, do FIBULAR LATERAL LONGO.
PÉ CAVO:
Aumento do arco plantar, pela contratura dos músculos que se inserem na sua concavidade. O pé pode estar com o arco longitudinal medial
aumentado devido ao relaxamento dos músculos que se inserem na sua convexidade.
11. ESQUELETO AXIAL
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL
33 vértebras distribuídas em:
- 07 cervicais
- 12 torácicas
- 5 lombares
- 9 sacrococcígeas
DISCO INTERVERTEBRAL
Formado por um ANEL FIBROSO E NÚCLEO PULPOSO : ANEL FIBROSO é uma estrutura composta, consistindo em camadas concêntricas ou lamelas de
fibras colágenas, encapsulando o núcleo pulposo, e um gel proteoglicano, o qual une as fibras colágenas e lamelas firmemente, prevenindo sua
deformação através de torções. As fibras são paralelas entre si e a maioria delas corre obliquamente entre duas vértebras, dispondo-se em direções
opostas nas lamelas adjacentes.
NÚCLEO PULPOSO
O núcleo pulposo é um gel semifluido, compreendendo 40-60% dos disco. Sendo fluido, o núcleo pode ser deformado sob pressão, sem redução em
seu volume. Esta propriedade essencial capacita-o tanto a se acomodar ao movimento quanto a transmitir algo da carga compressiva de uma vértebra
a outra.
ARTICULAÇÕES
- Atlanto-occipital
- Atlanto-axial
- Interapofisárias
- Intersomáticas (disco intervertebral)
LIGAMENTOS
- Lig. Longitudinal anterior
- Lig. Longitudinal posterior
- Lig. Amarelo (lig. Flava)
- Lig. Inter-espinhoso
- Lig. Supra-espinhoso
- Lig. Interapofisários (anterior e posterior)
Ligamento Longitudinal ANTERIOR : É largo. Percorre toda extensão anterior da coluna vertebral. Está aderido aos corpos vertebrais e aos discos
intervertebrais.
Na flexão anterior do tronco se encontra relaxado na extensão e flexão lateral do tronco encontra-se tensionado. Impede o movimento de
hiperextensão
FUNÇÃO:
- Estabilização anterior da coluna vertebral
- Apoio e reforço anterior durante o levantamento de objetos pesados.
Ligamento Longitudinal POSTERIOR : Muito resistente. Percorre toda extensão da coluna vertebral, porém na região lombar torna-se muito estreito. É
inervado. Não possui inserção no corpo vertebral.
Na flexão encontra-se tensionado, na extensão encontra-se relaxado e flexão lateral encontra-se tensionado
MOVIMENTOS
Flexão – movimento anterior da coluna vertebral no plano sagital.
- Na cervical a cabeça se aproxima do peito
- Na lombar o tórax se aproxima da pelve
Redução – movimento de retorno da inclinação lateral para a posição anatômica no plano forntal
GONIOMETRIA
Posteriores
- Longuíssimo da cabeça
- Oblíquo superior da cabeça
- Oblíquo inferior da cabeça
- Reto posterior da cabeça – maior e menor
- Trapézio, porção descendente
- Esplênio da cabeça
- Semiespinal da cabeça
Laterais
- Reto lateral da cabeça
- Esternocleidomastóideo
Profundos
- Longo do pescoço – oblíquo superior, inferior, vertical
- Interespinais – toda a coluna vertebral
- Intertransversários - toda a coluna vertebral
- Multífidos - toda a coluna vertebral
- Psoas menor
- Rotadores - toda a coluna vertebral
- Semiespinal – do pescoço, do tórax
MÚSCULOS DO TÓRAX
- Diafragma
- Intercostais – externo , interno
- Levantador das costelas
- Subcostais
- Escaleno – anterior, médio, posterior
- Serrátil posterior – superior, inferior
- Transverso do tórax