Spread Legs Birds
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Caso 1
Melopsittacus undulatus jovem com “splay-leg” bilateral, sem rotação. O dispositivo de
imobilização foi mantido durante três semanas e os membros foram avaliados
semanalmente para evitar trauma dos tecidos e dermatite na zona em contacto com o
adesivo. O dono não compareceu na consulta de reavaliação final, mas referiu, por
chamada telefónica, que o animal obteve um recuperação perfeita e sem recidivas.
Fig. 2 – Apresentação inicial do Fig. 3 – Após a colocação do
Melopsittacus à consulta. dispositivo em “U”.
Caso 2
Agapornis roseicollis com 25 dias de idade com “splay-leg” bilateral e rotação femoral e tibiotársica esquerda.
Recorreu-se à imobilização externa utilizando uma tala em “U” em alumínio. Ao 19º dia de tratamento a tala foi removida e foi colocada uma peia,
pois ainda se verificava abdução dos membros, com correcção da posição das falanges utilizando palmilhas de cartão fixadas com adesivo. Após 2
dias, o animal apresentava bom equilíbrio postural e tentativas bem-sucedidas de locomoção, tendo sido removidas as palmilhas de cartão no 26º
dia de tratamento. Ao 47º dia o animal tinha capacidade de se manter de pé no poleiro, apesar de ainda demonstrar alguma lateralidade na
postura, mantendo-se ainda a peia. Ao 55º dia o animal foi enviado para casa sem peia, de modo a exercitar os músculos evitando atrofia
muscular. Por fim, ao 63º dia de tratamento, o animal teve alta clínica, com recuperação completa da subluxação e rotação dos membros pélvicos.
Dias 0 19 26 47 55 63
Conclusão
Em ambos os casos foram corrigidas tanto as subluxações coxofemorais como a rotação tibiotársica, pelo que podemos considerar este método
uma terapêutica eficaz para o tratamento correctivo de “splay-leg” em aves. No primeiro caso a resolução foi mais célere, devido ao facto de o
esqueleto do animal já se encontrar completamente desenvolvido e este apresentar apenas subluxação coxofemoral. No segundo caso a rotação
tibiotársica conduziu a um tempo de tratamento mais longo. O diagnóstico precoce, a idade do animal e o acompanhamento regular pelo Médico
Veterinário são factores fundamentais para o sucesso deste tratamento, assim como o compromisso e cooperação por parte do tutor.
Athan, M., (1997). Guide to the Quaker Parrot. pp. 100. | Azmanis, P. N., Wernick, M. B. & Hatt, J. M. (2014). Avian luxations: occurrence, diagnosis and treatment. Veterinary Quarterly 34, pp. 11-21. DOI: 10.1080/01652176.2014.905731 | Doneley, B., (2016). Avian Medicine and Surgery in Practice: Companion
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Fontes das Imagens: Fig.1 - A) https://aevaveterinaria.es/index.php/component/k2/13-splay-leg; B) https://naturalchickenkeeping.blogspot.pt/2013/01/chick-health-is-it-splay-spraddle-leg.html; C) http://newblvdmaster.powweb.com/apm/worell-article.htm; D) http://birdsplanet.com/forum/showthread.
php?41156-Treatment-of-Splayed-Legs.; Todas as fotografias dos casos foram obtidas na Clínica Veterinária de Tires.