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2oAno – 3oSemestre
Discentes: Docentes:
2oAno – 3oSemestre
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Índice
1.Introdução .................................................................................................................................................. 2
2. Objectivos ................................................................................................................................................. 3
2.1. Objectivos Gerais ............................................................................................................................... 3
2.2. Objectivos Específicos ....................................................................................................................... 3
3. Valores e Vectores Próprios...................................................................................................................... 4
3.1 Interpretação Geométrica ........................................................................................................................ 4
4. Determinação dos valores e vectores próprios de uma matriz .................................................................. 5
4.1 Algorítmo de cálculo............................................................................................................................... 5
5. Propriedades dos valores e vectores próprios ........................................................................................... 7
6. Diagonalização de matrizes ...................................................................................................................... 8
6.1 Propriedades de diagonalização. ............................................................................................................. 9
7. Decomposição espectral de matrizes ...................................................................................................... 10
8. Similaridade de matrizes ......................................................................................................................... 11
9. Teorema de Cayley-Hamilton ................................................................................................................. 11
10. Polinómio minimal................................................................................................................................ 13
11. Localização de valores próprios ............................................................................................................ 14
11.1 Método das Potencias ......................................................................................................................... 15
11.1.1Método das potências directas .......................................................................................................... 15
11.1.2 Método das potências inversas ......................................................................................................... 16
12. Translações espectrais ........................................................................................................................... 16
13. Iterações em subespaços ....................................................................................................................... 17
14. Método de Jacobi clássico .................................................................................................................... 17
15 Conclusão............................................................................................................................................... 20
16. Bibliografia ........................................................................................................................................... 21
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
1.Introdução
O presente trabalho aborda dois principais temas que são valores próprios e vectores próprios,
com estimativas iteradas para vectores próprios nas quais existem Métodos das Potencias,
Método das Potencias inversas, Método das Potencias directas, translações espectrais. O trabalho
é composto por Introdução, Desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia. No entanto os conceito
básicos de vectores próprios e valores próprios são uteis em toda a matemática pura e aplicada,
tanto como no estudo de equações diferenciais e em sistemas dinâmicos contínuos que fornece
informação critica em projecto da engenharia e surgem de modo natural em áreas como a física e
química.
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
2. Objectivos
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
Exemplo:
1 3 4 16 4 4 1 3
[ ] ∙ [ ] = [ ] = 4 ∙ [ ], então, [ ] é o vector próprio de [ ] associado ao valor próprio
3 1 4 16 4 4 3 1
3.
Se 𝐴𝑋 = 𝜆𝑋, 𝐴𝑋 tem a mesma direção de 𝑋, mas o seu comprimento e sentido depende do valor
próprio 𝜆.
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
Onde 𝐼 é a matriz identidade e 0𝑛×1 uma matriz coluna nula, concluímos que 𝑥⃗ é o vector
próprio da matriz 𝐴 associado ao valor próprio 𝜆 se e só se 𝑋 é uma solução não nula do sistema
homogéneo (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑋 = 0. O sistema homogéneo só possui solução não nula se e só se
det(𝐴 − 𝜆𝐼) = 0.
𝑝(𝜆) = det(𝐴 − 𝜆𝐼) = 0. Então a equação anterior é designada por equação característica de
𝐴. Os vectores próprios de 𝐴 associados ao valor próprio 𝜆 são as soluções do sistema
𝐴𝑋 + 𝜆𝑋 ⟺ (𝐴 − 𝜆𝐼)𝑋 = 0.
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
Exemplo.
0 1
Considere a seguinte matriz 𝐴 = [ ].
1 0
Resolução:
0 1 −𝜆 0 −𝜆 1
det(𝐴 − 𝜆𝐼) = 0 ⇔ det ([ ]+[ ]) = | | = 0 ⇔ 𝜆2 − 1 = 0 ⇔
1 0 0 −𝜆 1 −𝜆
𝜆 = ±1.
Calculemos agora os vectores próprios. Para isso, vamos resolver para cada valor de 𝜆 o sistema
homogéneo
𝑥 𝑥1
(𝐴 − 𝜆𝐼) [𝑥1 ] = [0] ⇔ [−𝜆 1 0
] ∙ [𝑥 ] = [ ].
2 0 1 −𝜆 2 0
Se 𝜆 = 1 tem –se
−1 1 𝑥1 0 −𝑥 + 𝑥2 = 0
[ ] ∙ [𝑥 ] = [ ] ⇔ { 1 ⇔ 𝑥1 = 𝑥2
1 −1 2 0 𝑥1 − 𝑥2 = 0
𝑥1 𝑥1 1
Assim, 𝑋 = [𝑥 ] = [𝑥 ] = 𝑥1 [ ] onde 𝑥1 ∈ ℝ\{0}.
2 1 1
Se 𝜆 = −1 tem –se
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
1 1 𝑥1 0 𝑥 + 𝑥2 = 0
[ ] ∙ [𝑥 ] = [ ] ⇔ { 1 ⇔ 𝑥1 = −𝑥2
1 1 2 0 𝑥1 + 𝑥2 = 0
𝑥1 𝑥1 1
Assim, 𝑋 = [𝑥 ] = [−𝑥 ] = 𝑥1 [ ] onde 𝑥1 ∈ ℝ\{0}.
2 1 −1
Se 𝜆 tem multiplicidade igual a 1 diz-se simples, se tem multiplicidade 2 diz-se duplo, etc.
𝜆2 − 1 = (𝜆 − 1)(𝜆 + 1).
P2. Seja 𝐴 = [𝑎𝑖𝑗 ] uma matriz de ordem 𝑛 e 𝜆1 , 𝜆2 , ⋯ , 𝜆𝑛 os seus valores próprios. Então:
a) det 𝐴 = 𝜆1 ∙ 𝜆2 ∙ ⋯ ∙ 𝜆𝑛 .
b) tr 𝐴 = 𝜆1 + 𝜆2 + ⋯ + 𝜆𝑛 , onde tr 𝐴 representa o traço da matriz A, isto é, é a soma dos
elementos da diagonal principal de 𝐴.
P4. Se uma matriz 𝐴 tem 𝑘 valores próprios distintos, 𝜆1 , 𝜆2 , ⋯ , 𝜆𝑘 , então os vectores próprios
correspondentes, ⃗⃗⃗⃗,
𝑥1 ⃗⃗⃗⃗⃗,
𝑥2 ⋯ , ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑥𝑘 são linearmente independentes.
P5. Se 𝐴 é uma matriz de ordem 𝑛 e tem 𝑛 valores próprios distintos, então 𝐴 é diagonalizável.
𝑃−1 ∙ 𝐴 ∙ 𝑃 = 𝐷 ⇔ 𝐴 = 𝑃 ∙ 𝐷 ∙ 𝑃−1 ,
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
Onde 𝐷 é a matriz diagonal cujos elementos da diagonal principal são os valores próprios de A e
𝑃 é invertível formada pela disposição em colunas dos correspondentes vectores próprios
linearmente independentes.
P8. Uma matriz é diagonalizável se e só se a multiplicidade algébrica de cada valor próprio for
igual ou inferior á sua multiplicidade geométrica.
6. Diagonalização de matrizes
Uma matriz 𝐴 diz-se diagonalizavel se é semelhante a uma matriz diagonal. Por outras palavras,
se existe uma matriz invertível 𝑃, tal que 𝐷 = 𝑃−1 𝐴𝑃.
A matriz P chama-se matriz de diagonalização e a matriz 𝐷 matriz diagonal. No caso de 𝐴 ser
uma matriz diagonal, a matriz diagonalizante é a matriz identidade.
Uma matriz 𝐴 diagonalizavel se e só se admite 𝑛 vectores próprios que constituem um conjunto
linearmente independente. Isto é:
Seja 𝑃 uma matriz invertivel tal que 𝑃−1 𝐴𝑃 é diagonal. Seja;
𝑃 = [𝐶1 𝐶2 … 𝐶𝑛 ]
e
𝜆1 0 ⋯ 0
⋯ 0]
𝑃 −1 𝐴𝑃 = [ 0 𝜆2
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 ⋯ 𝜆𝑛
Então
𝜆1 0 ⋯ 0
0 𝜆2 ⋯ 0
𝐴𝑃 = 𝑃 [ ]
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 ⋯ 𝜆𝑛
ou
𝜆1 0 ⋯ 0
⋯ 0 ],
𝐴[𝐶1 𝐶2 … 𝐶𝑛 ] = [𝐶1 𝐶2 … 𝐶𝑛 ] [ 0 𝜆2 𝑖 = 1,2,3, ,,
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 ⋯ 𝜆𝑛
𝐴𝐶𝑖 = 𝜆𝑖 𝐶𝑖
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
𝐶𝑖 é vector próprio de 𝐴 associado a 𝜆𝑖 . Por outro lado, como 𝑃 invertıvel, temos o conjunto
[𝐶1 𝐶2 … 𝐶𝑛 ] é linearmente independente.
Analogamente, sejam [𝑥1 𝑥2 … 𝑥𝑛 ] um conjunto linearmente independente de vectores próprios
da matriz 𝐴, associados aos valores próprios 𝜆1 , 𝜆2 , … , 𝜆𝑛 . Entao, para cada 𝑖 = 1,2, 3, … , 𝑛,
temos que:
𝐴𝑥𝑖 = 𝜆𝑖 𝐶𝑖
Seja, P=[𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥𝑖 , … 𝑥𝑛 ]. Então, 𝐴𝑃 = [𝜆1 𝑥1 , 𝜆2 𝑥2 , … , 𝜆𝑖 𝑥𝑖 , … , 𝜆𝑛 𝑥𝑛 ]
Seja:
𝑦1
𝑦2
⋮
𝑃−1 = 𝑦 a matriz inversa de 𝑃. Entao,
𝑗
⋮
[𝑦𝑛 ]
0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗
[𝑦𝑗 ][𝑥𝑖 ] = {
1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
𝑦1
𝑦2
𝜆1
−1
⋮
Logo: 𝑃 𝐴𝑃 = 𝑦 [𝜆1 𝑥1 , 𝜆2 𝑥2 , … , 𝜆𝑖 𝑥𝑖 , … , 𝜆𝑛 𝑥𝑛 ] [ 𝜆2 ]
𝑗
⋮ 𝜆𝑛
[𝑦𝑛 ]
Nota: Uma matriz 𝐴 é diagonalizável se admite 𝑛 valores proprios distintos.
Uma matriz 𝐴 é diagonalizável se as multiplicidades algébricas e multiplicidades geométricas de
cada valor próprio são iguais e a sua soma é igual a 𝑛.
Chama-se multiplicidade geométrica do valor próprio de 𝐴 a dimensão do subespaço próprio.
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1 2 −2
Exemplo: considere a matriz 𝐴 = [ 2 1 0 ] tem três- se que
−2 0 1
1−𝜆 2 −2
)
𝑑𝑒 𝑡(𝐴 − 𝜆𝐼𝑛 = 0 ⟺ | 2 1−𝜆 0 |=0
−2 0 1−𝜆
2 −2 1 − 𝜆 −2 1−𝜆 −2
⟺ −2 | | − 0| | + (1 − 𝜆) | |=0
1−𝜆 0 2 0 2 0
⟺ (1 − 𝜆)[(1 − 𝜆)2 − 8] = 0
⟺ 𝜆 = 1, 𝜆 = 1,2√2, 𝜆 = 1 − 2√2
Como 𝐴 tem tres valores proprios distintos, então, a matriz é diagonalizavel.
3 1 0
Exemplo: seja C= [0 3 1], Atendendo que,
0 0 3
𝑑𝑒𝑡(𝐶 − 𝜆𝐼𝑛 ) = 0 ⟺ (3 − 𝜆)3 = 0 ⟺ 𝜆 = 3 (multipliciddade algebrica 3), verificamos que a
1
matriz 𝐶 tem um unico valor proprio 3. Neste 𝜆 = 3, sao vectores nulos dados por 𝜃 [0], sendo 𝜃
0
∈ ℝ ou multiplicidade geometrica de valor proprio 3 é 1. Entao, 𝐶 nao é diagonalizavel.
𝐴 = 𝜆1 𝑣1 𝑣1 𝑇 + 𝜆2 𝑣2 𝑣2 𝑇 + 𝜆𝑛 𝑣𝑛 𝑣𝑛 𝑇
Uma matriz simétrica é uma combinação linear das matrizes de projecção sobre cada um dos
vectores próprios ortogonais. Os coeficientes são os correspondentes valores próprios.
3 0 1
Exemplo: suponhamos que a matriz 𝐴 = [0 2 0] admite os vectores próprios (−𝑏, 𝑎, 𝑏)
1 0 3
correspondentes ao valor próprio 2 e (𝑐, 0, 𝑐), associados ao valor próprio 4. Fazendo cada uma
das variáveis livres igual a 1 e asa restantes iguais a 0, obtém-se o
conjunto {(0, 1, 0), (−1, 0, 1), (1, 0, 1)} de três vectores linearmente independente. Como o
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conjunto é ortogonal, para 3 vectores próprios ortonormais basta tomar o versor de cada um
deles.
8. Similaridade de matrizes
Duas matrizes 𝐴 𝑒 𝐵 dizem-se similares ou semelhantes se tiverem o mesmo polinómio
característico, isto é:
9. Teorema de Cayley-Hamilton
Destaca-se das restantes propriedades um teorema muito importante em diversas aplicações, que
estabelece que toda a matriz quadrada satisfaz a sua equação característica.
Seja 𝐴 uma matriz de ordem 𝑛 e,
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𝑎𝑑𝑗 (𝐴 − 𝜆𝐼) = ∑ 𝜆𝑘 𝐵𝐾
𝑘=0
Onde cada coeficiente 𝐵𝑘 é uma matriz de ordem 𝑛 com elementos escalares. Substituindo na
equação 𝐴 − 𝜆𝐼) 𝑎𝑑𝑗 (𝐴 − 𝜆𝐼) = 𝑝(𝜆)𝐼 obtém-se,
𝑛−1
(𝐴 – 𝜆𝐼) ∑ 𝜆𝑘 𝐵𝑘 = 𝑃(𝜆)𝐼
𝑘=0
Ou
𝑛−1
𝑘=0
−𝐵𝑛−1 = (−1)𝑛 𝐼
𝐴𝐵𝑛−1 − 𝐵𝑛−2 = 𝑐𝑛−1 𝐼
...
𝐴𝐵1 – 𝐵0 = 𝑐1 𝐼
𝐴𝐵0 = 𝑐0 𝐼.
Ou seja, 𝑝(𝐴) = 0.
3 1
Considere uma matriz 𝐴 = [ ], cujo polinómio característico é 𝑝(𝜆) = 𝜆2 + 5𝜆 + 5. Então
1 2
1 1
𝐴−1 = − [(−1)2 𝐴 − 5𝐼] = − (𝐴 − 5𝐼)
5 5
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1 −2 1 2/5 −1/5
=− [ ] =[ ].
5 1 −3 −1/5 3/5
𝑝(𝐴) = ∑ 𝑎𝑖 𝐴𝑖
𝑖=1
𝑝(𝐴)𝑥 = 0
𝑝(𝐴) = 0, ∀𝑥
Seja 𝐴 ∈ ℂ𝑛𝑥𝑛 . Então, existe um único polinómio aniquilador mónico 𝑞𝐴 de grau mínimo. O
grau deste polinómio satisfaz 𝑚 ≤ 𝑛. Se 𝑝 for um polinomio aniquilador de 𝐴, então 𝑞𝐴 divide 𝑝.
Assim, justifica-se que o polinómio de grau mínimo aniquilador da matriz 𝐴, 𝑞𝐴 , seja designado
por polinómio minimal de 𝐴.
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Observações:
Uma relação importante entre raio espectral e normas é apresentada no teorema seguinte, onde
se prova que A é um majorante do raio espectral, qualquer que seja a norma utilizada.
Seja A A nxm
, então o raio espectral desta matriz verifica a seguinte
desigualdade.
qualquer A ,é também verdadeira para o valor próprio com maior valor absoluto. A
segunda parte deste teorema deduz-se directamente da expressão e da definição de norma
matricial.
É claro que para a localização de valores próprios, interessa utilizar normas fáceis de calcular.
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𝑛
0
𝑥 = ∑ 𝑎𝑖 𝑥𝑖
𝑗=1
𝑛
𝑥 (1) = 1 ∑(𝑎𝑖 ) 𝑖
× 𝑥𝑖
𝑖−1
1
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A sucessão 𝑥 (𝑚) converge para o valor próprio dominante de 𝐴−1 O que quer dizer que essas
iterações permitem calcular o par próprio ( n , 𝑥𝑛 ) .Na realização prática deste método não se
deve calcular 𝐴−1 , mas assim resolver o sistema 𝑥 (𝑚) = 𝐴−1 𝑥 (𝑚−1) , por um método
apropriado. Neste caso, a factorização triangular, na medida em que a fase de factorização
necessita de ser efectuada uma única vez e pode ser utilizada em todas as iterações.
Concretizando, a factorização triangular produz as matrizes triangulares inferior 𝐿 é superior 𝑈
tais que 𝑃𝐴 = 𝐿𝑈 em que 𝑃 é a matriz que incorpora as eventuais trocas de linha.
𝐴 − 𝑝𝐼 em que 𝑝 é o escalar que esta a nossa disposição. Operação esta que é conhecida como
translação espectral, ou mudança de origem.
Exemplo Aceleração do método das potências directas por translações espectrais. Suponhamos
4𝑥4 2
que uma matriz 𝐴 ∈ 𝑐 possui um espectro 𝜎(𝐴) = {14,13,12,11}. 1
13
= 14 =0.93 faz com
que o método convirja lentamente. No entanto, se fizermos uma translação espectral com. 𝑝 =
12 temos que 𝜎(𝐴) − 𝑝𝐼 = {2,1,0, −1} e a taxa de convergência passa agora a depender de 0.5,
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bastante mais favorável. No final há que desfazer a translação. A técnica acabada de exemplificar
é conhecida por Método de Wilkinson das translações espectrais.
Uma vez obtido , nada impede que tomemos 𝑝 = 1 . Neste caso p n , será o valor próprio
dominante de A pI . Se este valor próprio for simples, então é possível utilizar método das
potências para determinar p n e, por esta via, n e também o vector próprio 𝑥𝑛 .
𝑅𝐴𝑅 𝑇 = 𝐷
Demostração, Nota: toda matriz real simétrica a uma matriz diagonal real, o que significa que
𝐷 = 𝑑𝑖𝑎𝑔(𝜆1 , 𝜆2 , … , 𝜆𝑛 ). A diferença reside, assim, na construção da matriz ortogonal 𝑅, e
efectua a redução de a forma diagonal.
∝ 𝛾
Consideremos uma matriz 𝐴 ∈ ℝ2×2 e simétrica, escrita na forma 𝐴 = ( 𝛾 𝛽 )
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𝒸 −𝑠 𝑐 = cos 𝜃
A matriz 𝑅 = ( ) com { efectua ̵ se uma rotação de um angulo 𝜃 de todos os
𝑠 𝒸 𝑠 = sin 𝜃
vectores de ℝ2 . Por outro lado, levando a cabo as necessárias operações, chegamos a conclusão
de que
𝑐 −𝑠 𝛼 𝛾 𝑐 𝑠 𝑎𝑐 2 + 𝛽𝑠 2 − 2𝛾𝑠𝑐 (𝑐 2 − 𝑠 2 )𝛾 + (𝛼 − 𝛽)𝑠𝑐
𝑅𝐴𝑅 𝑇 = ( ) (𝛾 𝛽 ) (−𝑠 )=( 2 )
𝑠 𝑐 𝑐 (𝑐 − 𝑠 2 )𝛾 + (𝛼 − 𝛽)𝑠𝑐 𝑎𝑠 2 + 𝛽𝑐 2 + 2𝛾𝑠𝑐
Para tomar esta matriz diagonal basta que (𝑐 2 − 𝑠 2 )𝛾 + (𝛼 − 𝛽)𝑠𝑐 = 0 e possível concluir que o
2 tan 𝜃 2𝑐𝑠 2𝛾
angulo de rotação 𝜃 deve satisfazer a condição tan 2𝜃 = 1−𝑡𝑎𝑛2 𝜃 = 𝑐 2 −𝑠2 = 𝛽−𝛼
Em que 𝑐 deve ser tomado como positivo. Nestas condições, conforme se pode verificar, o
angulo de rotação |𝜃| ≤ 𝜋⁄4.
𝛼 − 𝛾𝑡 0
Apos algumas simplificações a matriz toma a forma 𝐷 = 𝑅𝐴𝑅 𝑇 = ( ) os valores
0 𝛽 + 𝛾𝑡
próprio podem ser lidos na diagonal de 𝐷; logo 𝜎(𝐴) = {𝛼 − 𝛾𝑡, 𝛽 + 𝛾𝑡}.
O método de Jacobi consiste em tirar partido das rotações planas para, em operações sucessivas,
ir anulando os elementos não diagonais de 𝐴.
Uma matriz 𝑅(𝑝, 𝑞, 𝜃) diz ̵ se que e uma rotação plana de uma angulo 𝜃 no plano (𝑝, 𝑞) 𝑠𝑒
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𝑟𝑖𝑖 = 1, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑝, 𝑞
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VALORES E VECTORES PRÓPRIOS
15 Conclusão
Após a elaboração do trabalho concluiu-se que os conceitos básicos sobre auto vectores e auto
valores nos quais a operação com os métodos de resolução de equações lineares requer
conhecimentos da álgebra matricial, pois muitos métodos consistem em transformar os sistemas
de equações em matrizes e as soluções das equações são obtidas através de operações matriciais.
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16. Bibliografia
[1]. PINA, Heitor. Métodos Numéricos. Lisboa: Escolar Editora, 2010.
[3]. CABRAL, Isabel, Et al. Álgebra Linear: Teoria, exercícios resolvidos e propostos com
soluções. Lisboa: Escolar Editora. 2009.
[5]. F.R., Dias Agudo.Introdução à Álgebra Linear e Geometria Analítica. Lisboa. Escolar
Editora. 1988.
[6]. MARQUES, Paula, Et al. Álgebra Linear e Geometria Analítica. Lisboa. Mc Graw Hill
LTDA. 1995
[7]. SEYMOUR. Ph D Álgebra Linear Teoria e problemas.3ª Edição. São Paulo. MC Graw Hill.
1994
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