Curso Desenvolvimento Sustentável
Curso Desenvolvimento Sustentável
Curso Desenvolvimento Sustentável
Desenvolvimento Sustentável
• Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um
termina, só os determinados aprendem!
• Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar pela pressa.
• Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do conteúdo e não realizá-las é deixar
de aproveitar todo o potencial daquele momento de aprendizagem.
• Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que elas têm uma função bem mais
importante que embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o
conteúdo.
• Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que eles são momentos de reforço do
aprendizado e de descanso do processo de leitura e estudo. Você aprende enquanto descansa e se diverte!
• Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que quanto mais aprofundar seus
conhecimentos mais se diferencia dos demais alunos dos cursos. Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o
aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos certificados” dos
“alunos capacitados”.
• Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas informações e
leituras extras, e quando necessário procurando executar atividades práticas que não são possíveis de serem feitas
durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.)
• Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas sim durante
todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que
foi aprendido.
• Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem
sentido quando pode efetivamente ser colocado em prática.
Aproveite o seu
aprendizado!
Conteúdo
Conceitos Básicos
Ambiente
Ambiente e Desenvolvimento
Ambiente e Participação
Atmosfera
Solo
Água
Flora e Fauna
Minerais
Energia
O Desenvolvimento Sustentável
Declaração do Rio
A Agenda 21
3
Outros Protocolos, Conferências e Cúpulas
Perda da Biodiversidade
Chuva Ácida
A névoa fotoquímica
Produção e consumo
Ambiente no Brasil
Atribuições e competências
Bibliografia/Links Recomendados
4
Conceitos Básicos
Como ponto de partida para esta jornada de estudos em
formação ambiental, é necessário estabelecer o cenário onde
estarão estruturados os conhecimentos oferecidos ao longo do
curso. Assim, nesta disciplina de introdução serão abordados
conceitos e marcos de referência internacionais e nacionais -
históricos e ambientais - como apoio ao desenvolvimento de
nossas atividades nos próximos meses de estudo.
Um pouco de história...
Uma discussão recorrente a respeito do termo meio ambiente é a
suposta redundância que existe entre ambos os termos: a
palavra meio significa o mesmo que ambiente.
5
- Ambiente;
- Ambiente e Abordagem Sistêmica;
- Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
- Ambiente e Educação Ambiental;
- Ambiente e Participação.
Neste momento inicial, mantenha atenção redobrada sobre esses
primeiros conceitos, pois cada um irá requisitar e complementar o
entendimento dos outros conceitos estudados.
Ambiente
O conceito de ambiente, ou meio ambiente, está em constante
processo de construção. É possível encontrarmos diferentes
definições para esse termo que, de acordo com o momento de
sua elaboração, ora o restringe, ora o amplia.
6
Observando este quadro de construção conceitual, percebe-se
que a inclusão das relações entre os efeitos das ações humanas
e a degradação da natureza é relativamente recente. Antes dos
anos 1960, a definição de ambiente ou estava mais próxima das
observações das ciências biológicas ou físicas (ecossistemas,
ambiente natural etc.), ou então das ciências humanas (ambiente
cultural, social etc.). Não estava estabelecida a relação entre
ambos!
7
o homem interage à medida que ele se adapta, transformando-o
e utilizando-o para satisfazer suas necessidades".
8
Para Sauvé (1997), a complexidade das inter-relações se
expressa através da explicitação de diferentes ambientes:
9
Esses devem ser os principais elementos a serem observados e
compreendidos nas considerações que fizermos sobre o
ambiente. Deverão estar sempre em evidência, durante todos os
momentos do nosso estudo e de nossa ação profissional, para
que seja possível elaborar um conceito dinâmico de AMBIENTE,
em que devemos perguntar: Qual a natureza, qual a sociedade e
quais são os inter-relacionamentos que validam os processos que
estamos analisando?
10
entendidos quando compreendemos o meio ambiente como um
sistema. Para isso, é necessário, primeiro, estabelecer o que é
sistema.
Um pouco de história...
"Essa idéia [a Teoria Geral dos Sistemas], remonta há muito tempo.
Apresentei-a pela primeira vez em 1937 [...] entretanto, nessa ocasião,
a teoria tinha má reputação em biologia e tive medo [...] Por isso,
deixei meusrascunhos na gaveta e foi somente depois da guerra que
apareceram minhas primeiras publicações sobre oassunto
[surpreendentemente] verificou-se ter havido uma mudança no clima
intelectual [...] Mais ainda, umgrande número de cientistas tinha
seguido linhas semelhantes de pensamento [...] Assim, a Teoria Geral
dosSistemas não estava isolada [...] mas correspondia a uma
tendência do pensamento moderno".
(BERTALANFFY, 1973)
11
reduzidas a conceitos de entidades do nível físico), para tratar os
novos problemas específicos das outras ciências.
12
Essa capacidade de interação entre Ambientes Externo e Interno
representa uma das principais características dos sistemas.
Segundo Gondolo (1999), eles podem ser fechados, quando não
há troca com o meio externo ou abertos, quando existem fluxos
contínuos de energia, matéria e informação com o ambiente
externo.
14
Esse princípio estabelece o caráter de interdependência entre as
PARTES e o TODO. A compreensão deste caráter nos ajuda a
observar que os problemas que afetam os sistemas naturais
(poluição da água, do ar e do solo, escassez de recursos etc.)
não podem ser interpretados sem a devida conexão com o que
acontece nos sistemas sociais, econômicos, entre outros. Os
ambientes interno e externo de um sistema aberto possuem forte
grau de interação e interdependência.
15
conceitos de evolução e de mudança espacial, que têm a ver com
a idéia de estrutura.
16
- Regulação antecipatória: são informações que, embora atuem
de acordo com o comportamento presente do sistema,
apresentam um sentido de futuro.
Ambiente e Desenvolvimento
A preocupação com a deterioração ambiental, que se manifestou
aos finais da década de 1970, trouxe implícita uma violenta crítica
ao conceito de desenvolvimento dominante, no qual prevaleciam
aspectos econômicos, em particular a idéia de crescimento.
Nesta perspectiva, o crescimento/desenvolvimento era negativo,
havia adquirido um caráter cancerígeno, e a sobrevivência da
espécie humana e do planeta requeria que os crescimentos
explosivos, tanto o populacional como o da economia, deviam
terminar. Difundiu-se, assim, a expressão "crescimento zero", de
claro caráter malthusiano (1).
17
O malthusianismo sustenta que a população aumenta em
proporção geométrica, enquanto os recursos disponíveis para a
subsistência crescem apenas em proporção aritmética. A
população aumenta, portanto, até mais além do limite de
subsistência, fenômeno que apenas o próprio ser humano, a
guerra e as enfermidades podem conter. Então, para o
malthusianismo, a possibilidade de aumento sustentado da
população encontra um limite no caráter finito dos recursos
disponíveis.
A polêmica do desenvolvimento
Conforme mencionado, os anos sessenta e setenta foram
testemunhas de uma crítica cruel ao desenvolvimento
(crescimento) visto por alguns como primeira causa da
deterioração ambiental. No entanto, a década de 1980
presenciou o esgotamento e o retrocesso do bem-estar de uma
grande parte da Humanidade. A falta de crescimento econômico
impediu o desenvolvimento e se traduziu em maior pobreza,
causando, além disso, uma maior pressão sobre o sistema
natural, última fonte de subsistência, assim como de recursos
para o desenvolvimento.
18
saúde ineficientes, por violência, carreira armamentista, etc.); de
afeto (devido ao autoritarismo, à opressão, às relações de
exploração do ambiente natural, etc.); de entendimento (pela
baixa qualidade da educação); de participação (pela
marginalização e pela discriminação das mulheres, das crianças
e das minorias); de identidade (pela imposição de valores alheios
a culturas locais e nacionais, pela emigração forçada, pelo exílio
político, etc.); e assim sucessivamente.
19
desenvolvimento ou, em outros termos, aceita-se comumente que
as sociedades desenvolvidas são aquelas que têm
experimentado mudanças estruturais que as têm levado de uma
economia predominantemente agrária a outra na qual as
atividades dinâmicas e dominantes são as fabris e de serviços.
Então, a partir dos finais da década de sessenta é enfatizada a
dimensão social do desenvolvimento e fala-se de
desenvolvimento econômico e social.
20
Sustentabilidade e recursos
21
americano", no qual se estabelece um conjunto de políticas que,
se aplicadas, poderiam permitir à Humanidade alcançar níveis
adequados de bem-estar em um prazo de um pouco mais de uma
geração. E sublinha que os obstáculos que se opõem ao
desenvolvimento harmônico da humanidade não são físicos ou
econômicos, em sentido estrito, mas essencialmente
sociopolíticos.
22
Estamos de acordo, contudo, de que o desenvolvimento
sustentável e a sustentabilidade não são, propriamente, um
conceito, mas um metaconceito, ou seja, um conceito que, por
sua, vez gera todo um campo de reflexão e conhecimento (em
permanente evolução) sobre si mesmo, cuja principal
característica é o aparente consenso que provoca em todo o
mundo, embora não isento de uma visão crítica.
O ambiente social
O ambiente social compreende os seres humanos e suas
atividades, as quais têm como ponto de partida o aproveitamento
dos recursos naturais. Considera-se aqui todo tipo de infra-
estruturas (edificações, maquinaria e equipamentos) e,
geralmente, tudo o que seja resultado da invenção da
humanidade (ciência, tecnologia). Compreende também o
comportamento dos seres humanos para com seus semelhantes
e com a natureza, incluindo aspectos positivos (criatividade,
preservação do ambiente) e negativos (destruição, poluição
ambiental).
23
Em dezembro de 2005, a população mundial alcançou a cifra de
6500 milhões de pessoas.
Toda essa população se encontra numa terça parte da superfície
do planeta, concentrada nos continentes onde se utiliza cada vez
menos cuidadosamente os recursos oferecidos pelo meio natural.
O mau uso dos recursos naturais se traduz em uma crescente
deterioração que se apresenta sob forma de contaminação da
atmosfera por emanações gasosas, de destruição progressiva da
camada de ozônio que protege a Terra da influência prejudicial
das radiações ultravioletas, de poluição sonora provocada por
todo tipo de ruídos desagradáveis, de contaminação da água
doce e marinha por dejetos tanto industriais quanto domésticos,
de contaminação dos solos por lixos, produtos agroquímicos e
resíduos industriais e, finalmente, de destruição progressiva da
natureza em desacordo com a ecologia, por atividades tais como
o desflorestamento massivo, a exploração dos lençóis freáticos
(cuja conseqüência é a má drenagem e a salinização dos solos),
a caça indiscriminada e a superpesca (que provoca a extinção de
espécies valiosas e a ruptura de ciclos ecológicos), o mau
manejo dos solos (cuja conseqüência é a erosão), bem como o
uso de terras agrícolas para outros fins, tais como a fabricação de
materiais de construção e a urbanização.
_____________________
24
tendo em vista os problemas do desemprego e aos apuros
econômicos na Inglaterra da primeira Revolução Industrial. No
século XIX, o colonialismo e a abertura de novas áreas de terra
cultivável impediram o agravamento dessa situação.
26
casos, há necessidade de desenvolvimento metodológico
específico e de formação de pessoas para qualificar os
resultados, uma vez que em tais programas estão envolvidas
pessoas que difundem informações e conhecimentos e
estabelecem novas perspectivas de ação.
27
A implantação de qualquer forma de gestão ambiental apóia-se
necessariamente na educação ambiental, que deve ser dirigida a
todos os setores, a todas as pessoas de todas as idades. Essa
participação requer o apoio de processos formativos que não
apenas tornem viável a participação popular nas atividades, mas
que proporcionem elementos para o aperfeiçoamento das
possibilidades dessa participação, ao fornecerem novos
elementos qualitativos a pessoas e grupos.
Ambiente e Participação
A participação na temática ambiental pode ser abordada dentro
de diferentes dimensões. Sob a ótica do ambiente como sistema,
a participação pode ser entendida como a contribuição que cada
segmento da sociedade (social, econômico, político,
organizacional, científico etc.) pode oferecer, ou ter capacidade
de oferecer, para o estabelecimento do equilíbrio ambiental do
planeta - equilíbrio este entendido a partir da interdependência de
equilíbrio de cada um de seus próprios componentes.
A seguir exemplificamos:
"O relatório Geo 2000, que acaba de ser divulgado em Genebra pelo
programa Ambiental da ONU, traça um futuro sombrio para o novo
milênio. Prevê a destruição das florestas tropicais, a contaminação do
ar [...], o esgotamento das fontes de água potável [...] O documento
adverte: até agora nenhum programa de defesa ambiental, em escala
28
global, foi levado a sério pela comunidade internacional." (Jornal
Diário Catarinense, 21/09/2000).
"O livro "Caminhos e aprendizagens: educação ambiental,
conservação e desenvolvimento" apresenta 14 projetos desenvolvidos
pela WWF, nas cinco regiões do Brasil, espalhados por oito estados,
que utilizaram metodologias de educação ambiental, com o apoio de
parceiros locais. Os projetos capacitaram 25 educadores na
implantação e/ou aprimoramento da educação ambiental. A
implantação da metodologia levou dois anos e contou com a
participação de pequenas comunidades". (http://www.wwf.org.br,
[Lido: 20/11/2000]).
"O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca
Rodrigues, e o presidente da Tetra Pak no Brasil, Paulo Nigro,
apresentaram nesta quarta-feira (25) um Plano de Ação inédito no
Paraná - que será realizado nos próximos dois anos, inicialmente em
22 municípios pólos, e representam 90% da população paranaense -
com o objetivo de garantir o escoamento sustentável para a
reciclagem das embalagens longa vida no Estado". (Fonte:
http://www.bonde.com.br, [Lido: 25/07/2007]).
30
Na perspectiva do conceito de Desenvolvimento Sustentável, a
participação é o elemento fundamental para garantir a inclusão
social, a diversidade de abordagens, o respeito à diversidade
cultural, a inclusão de perspectivas sobre relações de gênero, a
reflexão entre a geração atual e a futura, entre outros aspectos.
As experiências de construção de Agendas 21 locais têm
explicitado os limites e as oportunidades que o exercício da
prática participativa oferece para o conceito e para que, enfim,
sejam atingidos os novos objetivos do Desenvolvimento
Sustentável.
31
Quando dirigimos nosso foco de atenção para a base conceitual
da Educação Ambiental encontramos uma dupla possibilidade de
abordagem para os processos participativos:
32
Latina. Os critérios utilizados para levantamento do quadro
incluíam os seguintes elementos:
33
Fonte: Adaptado a partir de: Nossa Própria Agenda sobre
Desenvolvimento e Meio Ambiente BIP/PNUD (1991).
Atmosfera
Ao falar do clima, nos referiremos fundamentalmente a um de
seus componentes: a atmosfera.
34
As características físicas e químicas da atmosfera (densidade,
pressão e temperatura), tal como hoje a conhecemos, variam em
relação à altitude, de modo que se possa subdividi-la em alguns
estratos ou camadas bem diferenciadas: troposfera, estratosfera,
mesosfera e termosfera (figura 1.8).
35
A poluição atmosférica é um dos problemas ambientais e de
saúde humana mais típicos das cidades e das áreas
industrializadas. A qualidade do ar depende exclusivamente da
quantidade e da natureza das substâncias geradas pela atividade
humana, que são os gases tóxicos e as partículas orgânicas e
inorgânicas em suspensão (pó e alguns metais, como o chumbo).
36
Segundo esse estudo, durante o inverno europeu de 1995-96, a
destruição da camada de ozônio nas regiões árticas alcançou
64% do total em alguns níveis, o que constitui uma cifra
realmente alarmante. O nível de destruição da camada de ozônio
depende do clima existente, sendo acelerado pela grande
quantidade de compostos de cloro e bromo na estratosfera,
gerados pela atividade humana.
37
material era amplamente utilizado na construção até que se
comprovou, na década de 60, que as emanações de suas fibras
podiam provocar câncer.
Solo
O solo nos faz pensar imediatamente na cobertura da superfície
terrestre. De acordo com o critério científico ou pedológico (do
grego pedós = solo), é uma coleção de corpos naturais, que
ocupa posições na superfície terrestre, os quais suportam as
plantas, e cujas características são decorrentes da ação
integrada do clima e da matéria viva sobre o material originário,
condicionado pelo relevo, em períodos de tempo. Isto é, o clima e
a matéria orgânica (raízes, minhocas e outros organismos, vivos
ou em decomposição) atuam modificando os solos através do
tempo, decompondo as rochas e transformando a topografia. Não
esqueçamos que a superfície do solo não é plana, porém, possui
uma série de acidentes que favorece o escoamento ou a
retenção da água.
38
edifícios diversos, pavimentação de vias de transporte), é uma
das formas mais nocivas de utilização dos solos cultiváveis.
Água
A definição de água é mais difícil do que geralmente se supõe.
Aparentemente simples, a água é um dos corpos mais complexos
do ponto de vista físico e químico, pois é muito difícil obtê-la em
estado puro, além de apresentar um maior número de anomalias
em suas constantes físicas.
39
escorre superficialmente (rios), enquanto o restante, em maior
proporção, infiltra-se (águas subterrâneas) chegando desta forma
novamente aos lagos, lagoas e oceanos, nos quais volta a
evaporar-se. (figura 1.9)
40
tóxicas ou resíduos líquidos ou sólidos, da indústria, da
agricultura ou domésticos.
Flora e Fauna
A flora e a fauna incluem todos os organismos vivos que se
desenvolvem na biosfera. A flora é constituída pelo conjunto de
espécies ou indivíduos vegetais, silvestres ou cultivados, que
vivem ou povoam uma determinada região ou área.
Minerais
Os minerais são corpos inorgânicos naturais, de composição
química e estrutura cristalina definidas. Sua importância é grande
por seus diversos usos na indústria. Constituem as matérias-
primas ou recursos mais importantes para fabricar as ferramentas
da civilização. No total, há na crosta terrestre mais de 2.000
minerais distintos, que apresentam uma deslumbrante variedade
de cores, formas e texturas.
Os minerais têm sua origem nas rochas, que não são mais que
uma mistura complexa de minerais ou que, às vezes, são
formadas por um só tipo de mineral.
45
A exploração e o uso irracional dos minerais encontram-se
associados à poluição. Por exemplo, a eliminação de resíduos
das minas resulta em contaminação dos recursos hídricos; e o
uso do carvão natural está associado à poluição atmosférica.
Energia
Constitui o recurso mais misterioso da natureza e está associado
ao movimento. Em conjunto com a matéria, forma o mundo, o
cosmo. A matéria é a substância; a energia, o móvel da
substância, do universo. A matéria pesa, ocupa um lugar, pode
ser vista, ouvida, apalpada; a energia não é vista, somente são
vistos seus efeitos. Podemos ver cair uma pedra, mas não
podemos ver a energia liberada para dar movimento a essa
pedra. Podemos ver a lua e comprovar seus movimentos;
entretanto, não podemos ver a energia, ou força, que faz com
que a lua se mova. Portanto, a energia só pode ser definida em
função de seus efeitos, como a capacidade de efetuar um
trabalho.
46
evapora-se e passa para a atmosfera graças ao calor produzido
pela energia radiante proveniente do sol. O vapor condensa-se
em forma de nuvens e cai como chuva, neve ou granizo nas
montanhas. Ao escoar, a água move as turbinas de uma usina
hidrelétrica, transformando a energia mecânica em corrente
elétrica que, ao ser conduzida pelos fios, aciona equipamentos
eletrodomésticos.
47
Tabela 1.5. Brasil: Oferta de energia por fonte - dados em tep
(tonelada equivalente de petróleo), apresentados no Balanço
Energético Brasileiro 1998. Fonte: Adaptado de Castro (1999) e Ben
2006 (2006).
48
_________________________
O Desenvolvimento Sustentável
Que é o desenvolvimento sustentável?
49
Porém, a maneira como as atuais oportunidades estão
distribuídas não é, na realidade, indiferente. Seria estranho que
estivéssemos preocupados profundamente com o bem-estar das
futuras gerações e deixássemos de lado a triste sorte dos pobres
de hoje. No entanto, atualmente, nenhum desses dois objetivos
tem assegurada a prioridade que merece.
50
Neste caso, "desenvolvimento" não é sinônimo de "crescimento".
Crescimento econômico é entendido como aumentos na renda
nacional. Em contra partida, o desenvolvimento implica algo mais
amplo, uma noção de bem-estar econômico que reconhece
componentes não monetários. Estes podem incluir a qualidade do
meio ambiente.
51
O desenvolvimento sustentável como conceito básico
Pode-se analisar desenvolvimento sustentável como um conceito
(metaconceito) incompleto e aberto, uma nova maneira de
expressar nossa relação com a biosfera e seus processos,
assinalando um horizonte no qual se situa uma cidadania mais
preocupada e conscientizada, alguns governos expectantes, e
alguns cientistas que busquem recuperar o sentido da ciência.
52
reinvestindo parte dos benefícios em conservação e melhoria
ambiental.
Por um lado, Daly (citado por RIVAS, 1997), nos diz que para que
uma sociedade seja fisicamente sustentável, seus insumos
globais materiais e energéticos devem cumprir três condições:
que suas taxas de utilização de recursos não renováveis não
excedam suas taxas de regeneração; que tampouco excedam a
taxa na qual os substitutivos renováveis se desenvolvem; e que
suas taxas de emissão de agentes poluentes sejam de acordo
com a capacidade de assimilação do meio ambiente.
53
- suficiência material e segurança para todos;
- estabilidade populacional em seu mais amplo sentido;
- trabalho como forma de realização e dignidade pessoal;
- economia como um meio e não como um fim;
- sistemas de energia eficientes e renováveis;
- sistemas de materiais cíclicos e eficientes;
- agricultura regenerativa de solos;
- acordo social sobre certos impactos que a natureza não pode
assumir;
- preservação da diversidade biológica e cultural;
- estruturas políticas que permitam um equilíbrio a curto e longo
prazos;
- resolução dialogada dos conflitos.
Os traços anteriores podem também ser interpretados sob três
condições para que o desenvolvimento sustentável seja uma
alternativa viável: progresso científico, tecnologia social e nova
estrutura de tomada de decisões. O progresso científico continua
sendo necessário em diferentes frentes, como o da pesquisa na
busca de métodos mais eficientes no uso da energia ou dos
materiais. A tecnologia social, em forma de instrumentos mais
adequados para o estudo das sociedades, suas dinâmicas e
estruturas, é imprescindível para sair do círculo vicioso de nosso
comportamento como espécie, tanto em nível individual quanto
no dos estados-nação. Uma nova estrutura na tomada de
decisões pode favorecer a integração dos fatores
socioeconômicos e ambientais na definição das políticas a serem
seguidas e nos esquemas de planejamento e gestão.
56
Neste contexto, as questões econômicas, tecnológicas, políticas
e sociais se entrelaçam e definem um cenário particular em que
essas atuações se desenvolvem, na prática.
57
Por essa razão, embora se tenha levado quase 70 anos para que
esse movimento global emergisse, nos últimos trinta anos ele se
potencializou de forma espetacular, atingindo proporções que
ultrapassam o controle das grandes ações mundiais promovidas
por instituições de caráter global ou governos nacionais,
encontrando eco também nas ações não-governamentais e nos
espaços locais ou regionais.
- a população;
- a produção agrícola;
- os recursos naturais;
- a produção industrial;
- a poluição.
Como medidas paliativas, propõe-se deter o crescimento
demográfico, limitar a produção industrial, o consumo de
alimentos e matérias-primas e cessar a poluição.
58
considerá-la, em certa medida, como um legado das advertências
coletadas no documento "Os limites do crescimento" (OLIVA,
2004).
59
"A gestão pelo homem da utilização da biosfera de forma que produza
um melhor e mais sustentado benefício para as gerações atuais,
porém, que mantenha sua potencialidade para satisfazer as
necessidades e aspirações das gerações futuras".
Portanto, é um conceito que abrange a preservação, a
manutenção e a utilização sustentável, a restauração e a
melhoria do entorno natural, podendo-se afirmar que a
conservação é a garantia de um desenvolvimento a longo prazo.
60
O Relatório da Comissão Brandt foi publicado em 1980, a partir
de uma comissão independente, formada em 1977, e da ação do
então presidente do Banco Mundial, Robert MacNamara, e do ex-
chanceler alemão Willi Brandt. Esse relatório destaca que a
sociedade contemporânea apresenta-se como um sistema frágil
com interdependências; conseqüentemente, os problemas locais
(especialmente os relacionados com meio ambiente, energia,
ecologia e setores econômicos e comerciais) somente poderão
ser resolvidos em nível internacional.
O relatório Brundtland
61
O Relatório Brundtland (1987) foi apresentado pela Comissão
Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) da ONU,
sob o título de "Nosso Futuro Comum", mais conhecido como
Relatório Brundtland, em homenagem a sua presidenta, Gro
Harlem Brundtland, primeira-ministra da Noruega.
Esse relatório assinalava que a economia mundial deveria
satisfazer as legítimas necessidades e aspirações da população,
devendo o crescimento, no entanto, estar em consonância com o
caráter esgotável dos recursos do planeta. Com esse relatório,
introduz-se a noção de Desenvolvimento Sustentável, definido
como "um desenvolvimento que satisfaça as necessidades
presentes, sem pôr em risco a possibilidade das futuras gerações
satisfazerem às suas".
O protocolo de Montreal
Em 16 de setembro de 1987, 46 países firmaram o Protocolo de
Montreal, relacionado às substâncias que esgotam a camada de
ozônio. Posteriormente (em 1995), essa data foi proclamada pela
Assembléia Geral da ONU como Dia Internacional de
Preservação da Camada de Ozônio.
62
A primeira Cúpula da Terra (1992): uma estratégia para o futuro
A primeira Cúpula da Terra foi celebrada em junho de 1992, no
Rio de Janeiro (Brasil), organizada simultaneamente à
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento (UNCED), como conseqüência da decisão
tomada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 22 de
Dezembro de 1989.
A Declaração do Rio
63
contempla 27 princípios que pretendem estabelecer as bases
para um desenvolvimento sustentável.
Declaração do Rio
Princípio 1: Os seres humanos constituem o centro das
preocupações relacionadas ao desenvolvimento sustentável.
Todos têm direito a viver saudável e produtivamente em
harmonia com seu entorno.
64
Princípio 7: Os Estados devem cooperar com espírito de
solidariedade mundial, para conservar, proteger e restabelecer a
saúde e a integridade do ecossistema Terra. Dado que
contribuíram sob diferentes formas para a degradação do meio
ambiente mundial, os Estados possuem responsabilidades
comuns, porém diferenciadas. Os países desenvolvidos
reconhecem a responsabilidade que lhes corresponde na
consecução internacional do desenvolvimento sustentável,
considerando as pressões que suas sociedades exercem sobre o
meio ambiente mundial e as tecnologias e recursos financeiros
disponíveis.
65
o contexto ambiental e de desenvolvimento ao qual são
aplicados. As normas aplicadas por alguns países podem ser
inadequadas e representar um custo social e econômico
injustificado para outros países, em particular para os países em
desenvolvimento.
66
Princípio 16: Os poderes públicos devem fomentar a
internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos
econômicos, considerando o critério de que quem contamina
deve, a princípio, assumir os custos da poluição, e defender o
interesse público, sem distorcer o comércio e os investimentos
internacionais.
A Agenda 21
O Programa 21, ou, como é mais conhecido, Agenda 21, foi
elaborado pelo Comitê preparatório da UNCED e aprovado por
todos os países participantes da Cúpula da Terra. Esse Programa
desenvolvia um plano de ação para a década de 90, e inícios do
século XXI, como base para o desenvolvimento sustentável e a
proteção ambiental cada vez mais interdependentes.
68
Como parte de uma estratégia geral, são propostos meios
essenciais e sete temas, ou ações prioritárias, para aplicação do
Programa 21 pelas nações.
69
4. O Mundo Fértil Planejamento e gestão dos recursos da Terra.
Recursos de água doce. Recursos energéticos. Agricultura e
desenvolvimento rural sustentáveis. Desenvolvimento florestal
sustentável. Gestão de ecossistemas frágeis: Luta contra a
desertificação e a seca. Desenvolvimento sustentável das zonas
montanhosas. Desenvolvimento sustentável das áreas costeiras.
Desenvolvimento sustentável das ilhas. Conservação da
diversidade biológica. Gestão ambiental racional da
biotecnologia.
70
- Fortalecimento do papel dos grupos principais;
- Meios de Implementação.
71
Essa Declaração consta de 15 princípios que podem ser
resumidos como se segue:
RESUMO DA DECLARAÇÃO DAS FLORESTAS
Princípio 1: Os Estados têm o direito de explorar seus recursos
sempre e quando não prejudiquem o meio de outros Estados. O
custo derivado da não exploração das florestas deveria ser
sufragado pela comunidade internacional.
72
proteção das florestas, proteger as espécies em perigo de
extinção e realizar avaliações do impacto ambiental. Os Estados
têm o direito de participar dos benefícios da exploração de seus
recursos biológicos, incluído o material genético.
73
produtos florestais, com o objetivo de alcançar a ordenação
sustentável a longo prazo.
74
Sem dúvida, a inoperância do convênio firmado durante a
"Cúpula da Terra", em 1992 ficou evidente durante a 3ª
Conferência da ONU sobre Mudança Climática, realizada no ano
de 1997, em Quioto, no Japão. Nessa Conferência, verificou-se
que somente poucos países - basicamente os de economia
precária, como a ex-URSS e outros países do antigo bloco
comunista - haviam reduzido suas emissões, diferentemente de
países como Estados Unidos, Japão, China, Índia, Brasil e
Indonésia, que, longe de diminuir suas emissões, haviam-nas
aumentado em grande proporção.
75
para assuntos relacionados à biodiversidade (168 países
assinaram o CDB e 188 países já o ratificaram, tendo estes
últimos se tornado Parte da Convenção).
- a conservação da biodiversidade;
- o aproveitamento sustentável de seus componentes;
- a distribuição justa e eqüitativa dos benefícios procedentes da
utilização de recursos genéticos mediante, entre outras coisas, o
acesso adequado aos recursos genéticos e a transferência
adequada de tecnologias pertinentes, considerando todos os
direitos sobre estes recursos e tecnologias e, também, mediante
um financiamento adequado.
A figura 2.4 apresenta um resumo dos principais temas
desenvolvidos pelo Convênio sobre a biodiversidade como
pontos-chave para a conservação e preservação desta.
76
Figura 2.4: Pontos-chave para a conservação e preservação da
biodiversidade, segundo o convênio sobre esse tema.
77
condições de vida da humanidade, tendo como base o
desenvolvimento sustentável.
78
exemplo, nos países em desenvolvimento, em escassos
progressos para reduzir a pobreza e no agravamento dos
problemas de saúde.
79
Em 13 de novembro de 2000, representantes de 160 governos
debateram, na cidade holandesa de Haia, os mecanismos para
obter a ratificação dos compromissos derivados do Protocolo de
Quioto com vistas a reduzir as emissões dos gases de efeito
estufa para o período 2008-2012 em pelo menos 5%, em relação
aos níveis de 1990.
82
assinado por um número de países que geram pouco mais de
55% das emissões totais do planeta.
Os Estados Unidos, maiores poluidores do mundo (25%),
reiteravam em Johannesburgo sua negativa em aceitar o
protocolo.
83
Substâncias químicas: os efeitos nocivos sobre o homem e o
meio ambiente desses compostos deverão ser "minimizados"
antes do ano de 2020. Contudo, não se concretizam as medidas
para alcançar essa finalidade.
Ajuda ao desenvolvimento: apressar os países desenvolvidos a
realizarem esforços para incrementar as ajudas ao
desenvolvimento em até 0,7% do PIB (eliminado na última hora).
Esse ponto fica, assim, totalmente em mãos privadas.
Energia: há que se diversificar o fornecimento energético,
desenvolvendo-se novas tecnologias menos poluentes no campo
das energias fósseis e fontes renováveis, incluindo a elétrica.
Paradoxalmente, os Estados Unidos e a OPEP bloquearam o
acordo sobre objetivos e prazos concretos para o incremento no
uso das energias renováveis.
Pesca: os recursos pesqueiros deverão ter uma exploração
sustentável no máximo até o ano de 2015. Do mesmo modo,
deverão ser criadas novas zonas marítimas protegidas.
Comércio e globalização: recomenda-se "uma redução das
subvenções" prejudiciais ao meio ambiente, especialmente na
exploração do carvão.
Protocolo de Quioto: os Estados que ratificaram o protocolo de
Quioto contra a mudança climática realizam uma chamada para
aqueles países que ainda não o fizeram. Neste contexto, aderem-
se a tal protocolo nesta Cúpula países como a China, a Rússia, o
Canadá e a Estônia.
Água e instalações sanitárias: antes do ano de 2015 deverá ser
reduzido à metade o número de habitantes do planeta sem
acesso à água potável ou a redes de esgoto; entretanto,
desconhece-se a fórmula para que isto seja uma realidade.
Consumo: todos os países deveriam promover modos de
produção limpa e viável, tendo em conta que tanto os países
industrializados como as nações pobres têm a mesma
responsabilidade, embora diferenciada.
Responsabilidade empresarial: futuro desenvolvimento de
normas que exijam melhores práticas às empresas
transnacionais.
Como resultado da Cúpula, os 143 países em desenvolvimento
não obtiveram mais que uma mera ratificação dos compromissos
já afirmados em outros eventos anteriores pelos EUA e pela UE
para sustar a queda da ajuda ao desenvolvimento do Terceiro
84
Mundo e a promessa de reduzir as subvenções agrícolas dos
países ricos nos próximos três anos.
85
números indicam que apenas 21% recebem recurso público, ao
passo que 46% trabalha com a geração de recurso próprio e 33%
conta com investimento privado. Fonte: Revista Integração
(2005).
Mas, embora a atuação das ONGs esteja muitas vezes associada
às atividades de proteção ambiental, Warren (1995) aponta que,
no Brasil, as ONGs têm se caracterizado como entidades de
assessoria, apoio, promoção, educação e defesa de direitos
humanos e ambientalistas, com objetivo de transformar aspectos
negativos da realidade econômica, social e ambiental,
manifestando-se através de movimentos sociais e/ou
comunidades, atuando na defesa da cidadania e na construção
de uma sociedade mais participativa e justa. Neste sentido, para
Warren, o conceito e a atuação das ONGs ultrapassam as
fronteiras estritamente ambientais, articulando-se no espaço
conceitual do desenvolvimento sustentável.
87
- um sistema tecnológico que possa buscar continuamente novas
soluções;
- um sistema internacional que fomente padrões sustentáveis de
comércio e finanças;
- um sistema administrativo que seja flexível e tenha a
capacidade de corrigir a si mesmo.
88
participação pública na tomada de decisões; de uma
reconfiguração de políticas, instituições, leis e normas, e de um
sistema internacional mais justo.
- Padrões Culturais.
- Educação.
- Formação.
- Coexistência de interesses.
Operacionalização do desenvolvimento
- Ciência e tecnologia.
- Sistemas de informação.
- Política econômica (instrumentos).
- Ferramentas.
- Custo/Benefício.
- Taxa de desconto futuro.
Institucionalidade
- Horizontalidade.
- Subsidiariedade.
- Co-responsabilidade.
90
Perspectivas e Condições
91
A sociedade moderna está cada vez mais consciente do impacto
ambiental associado ao desenvolvimento. O uso intensivo dos
recursos naturais e a cada vez maior geração de resíduos
representam, paradoxalmente, um limite para o próprio
desenvolvimento.
Os problemas ambientais que afetam o planeta são as mudanças
atmosféricas, a perda de biodiversidade e a contaminação dos
mares, por serem recursos comuns de todos os países. Os
problemas ambientais que afetam mais diretamente os países
são o desflorestamento, a erosão e a contaminação; no entanto,
a interconexão dos elementos afetados, água, solo, atmosfera e
espécies animais e vegetais, faz com que, apesar de os impactos
serem produzidos em uma área local, seus efeitos repercutam
em âmbito global (CARABIAS & ARIZPE, 1994).
92
- Uma fonte poluente é qualquer dispositivo ou instalação,
estática ou dinâmica, que verte de forma contínua ou descontínua
substâncias sólidas, líquidas ou gasosas que geram uma
modificação do meio natural.
93
Alguns cientistas afirmam que estamos ao final de um período
interglacial prévio a uma glaciação.
94
Balanço e fluxos de radiação
A energia procedente do sol constitui o motor que origina os
principais fenômenos que afetam diretamente o clima. Tal energia
é transmitida sob forma de radiação, que, ao ser absorvida pela
atmosfera e pela superfície terrestre, converte-se sob forma de
energia calorífica. Da mesma forma, os corpos que absorvem
radiação podem, por sua vez, emiti-la em outros níveis de
freqüência diferente do que a têm recebido, tal como veremos
posteriormente.
95
Os gases do efeito estufa
No item anterior foi observado como o efeito estufa tem algumas
conotações positivas, contrariamente ao que se poderia pensar a
princípio. Graças a tal efeito, a temperatura média superficial da
Terra se mantém entre limites que tornam possível a vida. De
fato, caso não existisse, a Terra seria, em certa medida, um
planeta gélido como Marte.
96
(CH4), os óxidos de nitrogênio (N2O) e os halocarbonos. Outros
gases que favorecem esse fenômeno são o ozônio nas camadas
baixas da atmosfera e alguns gases substitutivos dos CFCs (1).
_________________________
97
2 Este índice assinala a capacidade de absorver a radiação
infravermelha, considerando-se como referência o CO2, com um
PCG (CO2) =1. Assim, por exemplo, uma molécula de metano
absorve em média 23 vezes mais energia que uma de CO2.
Esses valores se alteram conforme avança o conhecimento
científico que se tem dos gases, razão pela qual, aparecem em
dois períodos de tempo diferentes.
98
Cada um dos tipos de combustíveis fósseis gera uma quantidade
diferente de dióxido de carbono por unidade de energia liberada.
Por exemplo, o carvão é majoritariamente constituído pelo
carbono, de modo que quase todo o subproduto da combustão
será CO2. Por outro lado, a combustão do gás natural, que é
constituído por metano, produzirá vapor de água e dióxido de
carbono e, portanto, sua emissão de CO2 por unidade de energia
será menor que a gerada pelo carvão.
99
As razões das emissões antropogênicas de dióxido de carbono
são variáveis segundo o país: por exemplo, nos Estados Unidos
devem-se fundamentalmente ao transporte; nos países da OPEP,
às centrais de petróleo; na China, às indústrias e as térmicas e,
nos países mais pobres, à queima de lenha para obter calor.
O metano (CH4)
100
Os principais produtores de metano são os aterros, determinados
cultivos como os arrozais e, sobretudo, os gases expelidos pelos
animais durante seu ciclo digestivo. Outras fontes de metano são,
em menor grau, os incêndios florestais e a atividade de certos
insetos como os cupins.
Halocarbonos
101
deve exclusivamente à atividade humana, já que durante o
período pré-industrial sua concentração era inexistente na
atmosfera.
Os halocarbonos contribuem em 15% para o efeito estufa e
englobam os compostos de carbono que contêm flúor, cloro,
bromo ou iodo.
________________________________________
102
Desde o princípio do século XX, o nível do mar tem subido 18 cm
aproximadamente e se prevê que para o
ano 2100 se alcance os 50 cm.
A elevação do nível do mar provocaria, entre outras, a inundação
das zonas costeiras (Egito, Vietnã e Bangladesh são as mais
vulneráveis), o desaparecimento de ilhas (de fato, algumas ilhas
do Pacífico Sul já têm ficado submersas pelas águas), a erosão
das praias, o surgimento de tormentas e um aumento na
salinidade dos estuários.
Acordos e compromissos
Do dia 28 de novembro até 9 de dezembro de 2005 ocorreu, em
Montreal (Canadá) a primeira conferência dos 157 países
firmantes do Protocolo de Quioto, o grande pacto mundial - que
entrou em vigor em fevereiro de 2005 - para frear a emissão dos
gases de efeito estufa e combater a mudança climática.
103
Segundo os organizadores, a conferência foi um êxito, pois se
colocaram as bases para o funcionamento do registro
internacional de compra e venda de certificados de direitos de
emissão dos mecanismos de desenvolvimento limpo; os países
em vias de desenvolvimento aceitaram pela primeira vez ações
voluntárias para reduzir o CO2; formou-se um comitê de
conformidade que garantirá que os países participantes de Quioto
contem com um regime claro de responsabilidades na hora de
cumprir com seus objetivos; impulsionou um programa de cinco
anos de adaptação às mudanças climáticas; acordou em
continuar estudando o "sequestro" e o armazenamento do
carbono na terra e no mar para coletar e guardar o CO2 que
certas plantas expulsam ao ar; e, finalmente, os EUA deram início
às conversações sobre "ações de cooperação a longo prazo para
enfrentar a mudança climática".
104
Segundo um relatório do World Watch Institute, as emissões
mundiais de CO2 ascenderam a 26.400 milhões de toneladas
durante 1997.
105
- um comércio de direitos de emissão transferíveis: baseia-se na
compra e venda de certificados de dióxido de carbono. As
empresas receberão certificados de contaminação, dependendo
da área à qual pertencem. Esses certificados determinarão
quanto dióxido de carbono as empresas podem emitir;
- mecanismos de desenvolvimento limpo: define-se como as ajudas
que os países industrializados ofereceriam mediante apoio e
investimentos tecnológicos em troca de quantidades de
emissões, aos países em desenvolvimento. Isto possibilitaria a
seus governos a transferência de tecnologias limpas aos países
não industrializados, mediante investimentos em projetos de
redução de emissões e, em troca, receber certificados de
emissão que servirão como suplemento a suas emissões
internas;
- aplicação conjunta: investimento de um país industrializado em
outro país industrializado para que este reduza as emissões de
gases de efeito estufa em seu processo produtivo. O país
investidor recebe em troca uma redução das emissões a um
custo inferior do de seu âmbito nacional, e ao mesmo tempo o
país receptor sai beneficiado com o investimento e com a
tecnologia.
108
No entanto, a conferência fracassou ante a impossibilidade de
chegar a algum tipo de acordo. Efetivamente, os representantes
dos 160 países reunidos decidiram suspender as negociações
ante a incapacidade destes para tornar operativo o protocolo.
109
gases estufa. Os países envolvidos acordaram em se esforçar
para "...assegurar de uma maneira efetiva a integridade ambiental
do Protocolo de Quioto".
A UE, por outro lado, necessita fazer um esforço real para reduzir
as emissões poluentes e centralizar os esforços em políticas
internas mediante o fomento de energias renováveis, o transporte
coletivo, a economia de energia ou tecnologias limpas.
Os pontos-chave na Agenda da Mudança Climática (Marrakech,
2001) são:
- Financiamento:
110
– são necessários recursos adicionais para financiar projetos
contra a mudança climática. Esses recursos devem proceder dos
países ricos (Estados Unidos são reticentes em participar com o
financiamento do processo).
- Mecanismos flexíveis:
– as nações desenvolvidas reduzirão suas emissões com
"medidas internas": energias renováveis, economia energética e
transporte público;
– só atenderão "de maneira suplementar" a "medidas externas":
compra de direitos de emissões e investimentos em tecnologia
limpa no Terceiro Mundo;
– não serão válidos os investimentos em tecnologia nuclear.
- Sumidouros:
– em Bonn foi reconhecido o papel das florestas como
"sumidouros" que captam dióxido de carbono;
– a Rússia, o Canadá, a Austrália e outros países querem
sublinhar ainda mais este papel. No entanto, ainda é difícil
contabilizar seu impacto real no efeito estufa.
- Sanções:
– o descumprimento na redução de emissões implica uma
redução de 30% superior no seguinte período;
– os países menos desenvolvidos querem ter mais peso no
"tribunal sancionador".
O gás ozônio
O ozônio - do grego ozein (oler) - é um gás aromático, incolor em
pequenas quantidades, mas com uma tonalidade azulada quando
em grandes concentrações. É um composto de oxigênio cuja
molécula tem três átomos (O3). Por ser diferente dos dois do
oxigênio comum, é quimicamente instável e muito vulnerável a
componentes que contenham nitrogênio, hidrogênio ou cloro, os
quais o podem destruir.
112
No início da década de 1970 foi dado sinal de alarme quanto ao
emprego massivo de diversos gases constituintes de cloro
(CFCs), que chegavam inalterados à estratosfera e que,
catalisados pelas radiações solares, eram decompostos em
átomos livres, provocando reações em cadeia que destruíam o
ozônio. No entanto, apenas em 1985 a comunidade internacional
tomou senso da seriedade do problema, à luz de alguns estudos
que demonstravam a perda de até 50% do ozônio estratosférico
situado acima da Antártida.
114
Por outro lado, dava-se a circunstância de que se os poluentes
eram emitidos majoritariamente no hemisfério norte (Europa,
Rússia, China, Japão e EUA) e seus efeitos se evidenciavam nas
zonas meridionais, era porque as correntes de vento haviam
arrastado os CFCs aos pólos; assim, a estratosfera continha uma
divisão aproximadamente homogênea do conteúdo de cloro em
todas suas latitudes e, em conseqüência, todas as zonas eram
potencialmente vulneráveis a sofrer os efeitos dos poluentes.
115
que faz com que a temperatura desse ar diminuiu continuamente
ao longo do inverno.
116
Regeneração da camada de ozônio
117
Os compostos halogenados (halon) contidos nos extintores
podem ser substituídos por água sem perder eficácia na
utilização.
Acordos e compromissos
119
sua economia caso não se forneçam ou se produzam, com
lentidão, outro tipo de soluções substitutivas.
Como resultado das medidas aprovadas, em 1995, a produção
mundial de CFCs diminuiu em 76% com relação ao máximo
registrado em 1988. No entanto, países como a China ou a Índia
continuam aumentando suas cotas de emissão apesar de
haverem firmado os tratados.
120
Perda da Biodiversidade
Uma das preocupações mais estendidas em todo o mundo
científico e conservacionista é a progressiva perda de áreas
naturais e de espécies, tanto da flora quanto de fauna. Esta
perda, produzida em escala global, contrasta com o aumento das
explorações desenfreadas dos recursos naturais da Terra.
121
Figura 3.8: Vida em um recife de coral no Panamá. Seria impossível
chegar a imitar com exatidão todos os processos ecológicos que se
desenvolvem neste ecossistema. A complexidade dos organismos que
o compõem e sua elevada produtividade são únicos na natureza.
A perda de biodiversidade envolve muito mais que a redução do
número total de espécies que povoam o planeta. A conservação
dessas espécies não responde somente a argumentos éticos,
mas representa a salvaguarda de múltiplos recursos: alimentos,
medicamentos e matérias-primas atualmente utilizadas para a
indústria, e, sobretudo, de outros desconhecidas.
Acordos e compromissos
122
conseqüência de processos tais como a erosão e a
desertificação.
123
Segundo alguns autores, anualmente perdem-se 6 milhões de
hectares de terreno cultivável, seja como conseqüência da
desertização ou por outros usos do solo.
124
o Inadequado ordenamento do território.
o Grandes obras públicas.
o Incêndios florestais provocados.
Outros fatores naturais, além dos puramente antropogênicos, que
fomentam a degradação dos solos são:
- as margens do deserto;
- as zonas de forte lixiviação;
- as catástrofes naturais;
- as chuvas torrenciais ou ciclones.
O deflorestamento é um problema ocasionado pela derrubada
abusiva das florestas a uma velocidade maior que a própria
regeneração ou reflorestamento. As repercussões climáticas
dessa prática são evidentes: um aumento dos períodos de seca e
uma diminuição das precipitações.
125
________________________
Chuva Ácida
Grande parte do dióxido de enxofre e dos óxidos de nitrogênio
lançados na atmosfera, produto das atividades industriais,
retornam à superfície da Terra em estado gasoso, principalmente
sobre as zonas próximas às fontes de emissão ou sob forma de
ácidos dissolvidos nas gotas da chuva.
126
Os ácidos dissolvidos na água aparecem principalmente sob
forma de íons (SO4=, NO3 - e H+). O ácido nítrico libera um íon
hidrogênio, enquanto da reação do sulfúrico resultam dois íons;
assim, a acidez das precipitações será diretamente proporcional
à concentração de íons hidrogênio presentes.
127
Ao precipitar, a chuva ácida libera metais pesados (Pb, Al, Hg, V,
Cd...) e íons (H+, NH4 +, NO3, SO4=), acidificando (1) os lagos e
favorecendo a proliferação de algas verdes que acabam com a
vida lacustre. Assim, as florestas se danificam seriamente pelos
efeitos sobre as folhas das plantas (folhagem desigual e escassa,
incapaz de realizar a fotossíntese com eficácia), pelas perdas de
nutrientes essenciais e pelo aumento de metais tóxicos que
danificam as raízes e os microorganismos do solo.
____________
1 O pH da chuva ácida oscila entre 4,5 e 5,6, no entanto, em
algumas ocasiões pode diminuir até 3.
____________________
130
Uma vez produzida a deposição dos contaminantes no solo,
estes podem ser absorvidos pela terra ou pelos vegetais,
deslocar-se ou incorporar-se às águas continentais.
________________
1 Consiste na liberação gradual dos elementos nutritivos do solo
em diferentes formas inorgânicas como cálcio, sódio, magnésio,
potássio e fósforo.
132
costuma-se adicionar uma base, que provoca um aumento do pH
e origina a precipitação e uma posterior sedimentação do
alumínio e outros metais no fundo do lago. Essa medida permite
restituir as condições da flora e da fauna do lago. No entanto, a
acumulação de metais tóxicos nos leitos dos cursos dos rios
provoca o surgimento de numerosos problemas.
Em relação às águas subterrâneas, pode-se combater a acidez
mediante a colocação de um filtro, próximo do fundo do poço
escavado para tal fim, com o objetivo de atuar como
neutralizante.
_________________
1 Dispositivo que permite transformar mais de 90% dos óxidos de
nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono em
nitrogênio, dióxido de carbono e água.
Acordos e compromissos
A névoa fotoquímica
A combustão imperfeita dos combustíveis fósseis gera, além do
dióxido de carbono, outros compostos como monóxido de
carbono (CO), constituintes de nitrogênio e enxofre e
hidrocarbonetos inqueimáveis.
136
Atualmente, em algumas das maiores cidades do mundo onde o
fenômeno do "smog" tornou-se cotidiano, tem-se começado a
tomar as primeiras iniciativas com o fim de tentar resolver esta
situação. Por exemplo, em alguns lugares, é habitual a limitação
e o controle do tráfico rodoviário com revesamento de veículos
conforme a matrícula.
_________________
Produção e consumo
Novas pautas de produção e consumo
Produção limpa
Consumo sustentável
139
Tem-se esforçado muito para mudar os padrões de consumo
desmedido; por exemplo, têm-se projetado tecnologias
inovadoras para conseguir uma maior eficiência no uso da
energia e dos materiais e na reciclagem de muitas matérias-
primas.
Ambiente no Brasil
A caracterização ambiental do Brasil não se restringe à descrição
de seu espaço físico ou de sua distribuição populacional e
política. Como vimos anteriormente, o conceito de meio ambiente
deve incluir observações que levam em consideração a interação
resultante entre a dinâmica dos processos naturais e humanos.
140
Biomas brasileiros - Natureza e impactos antrópicos
141
Além destes biomas continentais, também a costa marinha
brasileira, com 3,5 milhões de km2 (7.367 km de linha costeira),
caracteriza-se como importante conjunto de ecossistemas que
incluem recifes de corais, dunas, manguezais, lagoas, estuários e
pântanos. A Zona Costeira abriga um mosaico de ecossistemas
de alta relevância ambiental, cuja diversidade é marcada pela
transição de ambientes terrestres e marinhos, com interações
que lhe conferem um caráter de fragilidade e que requerem, por
isso, atenção especial do poder público, conforme demonstra sua
inserção na Constituição Brasileira, de 1988, como área de
patrimônio nacional.
143
• Amazônia,
• Floresta Atlântica (Mata Atlântica),
• Cerrado,
• Caatinga,
• Pantanal,
• Pampas, e
• Zona Costeira (Restingas e Manguezais).
Amazônia
A Floresta Amazônica ocupa a Região Norte do Brasil,
abrangendo cerca de 47% do território nacional. É a maior
formação florestal do planeta, condicionada pelo clima equatorial
úmido.
145
tropical úmido e semi-árido no nordeste. O relevo acidentado da
zona costeira adiciona ainda mais variabilidade a esse bioma.
Cerrado
O Cerrado ocupa a região do Planalto Central brasileiro. A área
nuclear, contínua do Cerrado, corresponde a cerca de 22% do
146
território nacional, sendo que há grandes manchas dessa
fisionomia na Amazônia e algumas menores, na Caatinga e na
Mata Atlântica.
Caatinga
147
Sua vegetação se utiliza da queda das folhas como estratégia
fundamental para sobreviver às épocas de estiagem.
Pantanal
O Pantanal mato-grossense é a maior planície de inundação
contínua do planeta, com 138.183 km2, coberta por vegetação
predominantemente aberta, ocupando 1,8% do território nacional.
148
- pecuária extensiva;
- pesca predatória e caça ao jacaré;
- garimpo;
- turismo e migração desordenados e predatórios;
- aproveitamento agropecuário inadequado do Cerrado (bioma
adjacente ao Pantanal).
Pampas
Os Campos do Sul, ou pampas, desenvolvem-se no clima
temperado do extremo sul do país. Os terrenos planos das
planícies e planaltos gaúchos, e as coxilhas, de relevo suave-
ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres,
que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas
de florestas estacionais e de campos de cobertura
gramíneolenhosa.
149
diferentes práticas industriais e agrícolas, contribuem
negativamente sobre a biodiversidade, já que os impactos da
ocupação humana se fazem sentir na perda de habitats naturais
e no desaparecimento de muitas espécies e formas genéticas.
Estima-se que 107 espécies de angiospermas estejam
ameaçadas de extinção. A lista oficial da fauna ameaçada de
extinção inclui 228 espécies (destas, são 60 mamíferos e 103
aves). As tabelas a seguir apresentam alguns animais
ameaçados de extinção no Brasil.
150
A poluição da zona costeira é grave, visto que menos de 20% dos
municípios costeiros são beneficiados por serviços de
saneamento básico, ressaltando que cinco das nove regiões
metropolitanas brasileiras encontram-se à beira-mar.
Não há acompanhamento sistemático das condições de poluição
dos sistemas hídricos. De modo geral, os problemas mais graves
na área podem ser assim sintetizados:
151
mas também pela falta de instrumentos adequados para sua
gestão.
Impacto da urbanização
Dados de 1996 indicam que 79% dos brasileiros vivem nas
cidades (Agenda 21 Nacional, 2000). São taxas elevadas e
crescentes de urbanização observadas nas duas últimas décadas
e que promoveram o agravamento dos problemas urbanos no
país.
152
A questão dos resíduos sólidos, por exemplo, apresenta-se como
uma das questões básicas das zonas urbanas brasileiras. A
Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, elaborada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, em 1991, já
registrava uma produção de 241 mil toneladas diárias de lixo,
sendo 130 mil toneladas de resíduos domiciliares e as restantes
111 mil toneladas constituídas por resíduos industriais, de saúde,
comerciais e públicos. O mesmo estudo demonstra que, desse
total, apenas 24% recebia tratamento adequado.
153
O Sistema de Licenciamento Ambiental (SLA) foi estabelecido em
nível nacional a partir da implementação da Política Nacional do
Meio Ambiente, em 1981.
155
Os seguintes organismos compõem o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos: O Conselho Nacional de
Recursos Hídricos, os Comitês de bacias hidrográficas, as
Agências de Águas, e os órgãos e entidades do serviço público
federal, estaduais e municipais.
156
"... espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,
legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de
conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração ao qual se aplicam garantias adequadas de
proteção".
Lei 9985/2000
157
- agricultura sustentável;
- cidades sustentáveis;
- infra-estrutura e integração regional;
- gestão dos recursos naturais;
- redução das desigualdades sociais;
- ciência e tecnologia para o desenvolvimento sustentável.
A partir da segunda metade do ano 2000, iniciou-se um processo
de discussão nos estados brasileiros sobre os documentos
elaborados e organizados pela CPDS.
158
Atribuições e competências
Ministério do Meio Ambiente - MMA
Após a realização da Rio-92, a sociedade, que vinha
organizando-se nas últimas décadas, pressionava as autoridades
brasileiras pela proteção ao meio ambiente. Estas, preocupadas
com a repercussão internacional das teses discutidas na
Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, determinaram, em
16 outubro de 1992, a criação do Ministério do Meio Ambiente -
MMA, órgão de hierarquia superior, com o objetivo de estruturar a
política ambiental no Brasil.
159
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA
160
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA), de acordo com sua área de competência, é
o órgão executor federal das políticas e diretrizes governamentais
fixadas para o meio ambiente.
É da competência do CONAMA:
161
sobre as alternativas e possíveis conseqüências ambientais de
projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais,
estaduais ou municipais, bem como às entidades privadas, as
informações indispensáveis à apreciação dos estudos de impacto
ambiental e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades
de significativa degradação ambiental;
e) decidir, como última instância administrativa, em grau de
recurso, mediante depósito prévio, sobre multas e outras
penalidades impostas pelo IBAMA;
f) homologar acordos visando a transformação de penalidades
pecuniárias em obrigação de executar medidas de interesse para
a proteção ambiental;
g) estabelecer normas e padrões nacionais de controle de
poluição causada por veículos automotores terrestres, aeronaves
e embarcações;
h) estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos;
i) estabelecer normas gerais relativas às Unidades de
Conservação, e às atividades que podem ser desenvolvidas em
suas áreas circundantes;
j) estabelecer os critérios para a declaração de áreas críticas,
saturadas ou em vias de saturação.
162
Relação de entidades ambientalistas
Endereços selecionados
o Ministério do Meio Ambiente (Esplanada dos
Ministérios. Bloco "B" do 5° ao 8º andar) CEP:70068-900 -
BRASÍLIA/DF - BRASIL.
o IBAMA (SAIN 1 - 4 Bl. B. Térreo. Ed. Sede do IBAMA).
CEP.: 70.800-900. Brasília - DF.
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