Tutoria 1 - HOMEOSTASE
Tutoria 1 - HOMEOSTASE
Tutoria 1 - HOMEOSTASE
GUYTON & HALL, Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier, 13° Edição.
Organismo em
Homeostasia
O organismo tenta
compensar a alteração
SILVERTHORN (2017)
Na forma mais simples, todos os sistemas de controle possuem três
componentes: (1) um sinal de entrada; (2) um controlador, ou centro integrador,
que integra a informação aferente e inicia uma resposta apropriada; e (3) um sinal
de saída que produz uma resposta.
A forma mais simples de controle é o controle local, que está restrito ao
tecido ou à célula envolvida. No controle local, uma mudança relativamente isolada
ocorre em um tecido. Uma célula próxima ou um grupo de células detecta a
mudança em suas imediações e responde, normalmente com a liberação de alguma
substância química. A resposta fica restrita à região onde a mudança ocorreu – por
isso o termo controle local.
Influência de Fatores Ambientais na Homeostase
Em 1929, um fisiologista norte-americano, chamado Walter B. Cannon,
escreveu uma revisão para a Sociedade de Fisiologia dos Estados Unidos
(American Physiological Society). Utilizando as observações feitas por numerosos
fisiologistas e médicos durante o século XIX e o início do século XX, Cannon propôs
uma lista de variáveis que estão sob o controle homeostático. Hoje, sabemos que
essa lista era acurada e completa. Cannon dividiu suas variáveis no que ele
descreveu como fatores ambientais que afetam as células (osmolaridade,
temperatura e pH) e “substâncias para as necessidades celulares” (nutrientes, água,
sódio, cálcio, outros íons inorgânicos, oxigênio, bem como “secreções internas com
efeitos gerais e contínuos”). As “secreções internas” de Cannon são os hormônios e
outras substâncias químicas que as células utilizam para se comunicarem umas com
as outras.
O corpo humano é um sistema aberto que troca calor e matéria com o
ambiente externo. Para manter a homeostasia, o corpo deve manter o balanço de
massa. A lei do balanço de massa diz que se a quantidade de uma substância no
corpo deve permanecer constante, qualquer ganho deve ser compensado por uma
perda igual. A quantidade de uma substância no corpo também é chamada de carga
corporal daquela substância, como em “carga de sódio”.
Por exemplo, a perda de água para o ambiente externo (saída) pelo suor e
pela urina deve ser balanceada pelo ganho de água a partir do ambiente externo
somado à produção metabólica de água (entrada). A concentração de outras
substâncias, como oxigênio e dióxido de carbono, sais e concentração
hidrogeniônica (pH) também são mantidas pelo balanço de massa.
Lei do Balanço de Massa
(MACHADO, 2014)
Os Principais Neurotrasmissores
• Acetilcolina – neurotransmissor da junção neuromuscular
• Glutamato – principal neurotransmissor excitatório central
• GABA – principal neurotransmissor inibitório central
• Glicina – neurotransmissor inibitório
Outros Neurotransmissores
• ATP
•Adrenalina, nor-adrenalina
•Serotonina
•Dopamina
•Histamina
•Neuropeptídeos
Embora a maior parte desse líquido esteja dentro das células e seja chamado
líquido intracelular, cerca de um terço se encontra nos espaços fora das células e é
chamado líquido extracelular. Este líquido extracelular está em movimento constante
por todo o corpo. Ele é rapidamente transportado no sangue circulante e, em
seguida, misturado no sangue pelos líquidos teciduais, por difusão, através das
paredes dos capilares. (GUYTON
& HALL)
No líquido extracelular estão os íons e nutrientes necessários para manter a
vida celular. Dessa forma, todas as células vivem, essencialmente, no mesmo
ambiente — o líquido extracelular. Por esse motivo, o líquido extracelular também é
chamado meio interno do corpo. (GUYTON & HALL)
COMPONENTES INTRACELULARES
As diferentes substâncias, INTRACELULARES que formam a célula, são
chamadas coletivamente protoplasma. O protoplasma é composto, principalmente,
de cinco substâncias básicas: água, eletrólitos, proteínas, lipídios e carboidratos.
Água. O principal meio líquido da célula é a água, presente na maioria das
células, exceto nas células de gordura. Muitas substâncias químicas celulares estão
dissolvidas na água. Outras ficam suspensas nela, como partículas sólidas. Ocorrem
reações químicas nos produtos químicos dissolvidos ou nas superfícies das
partículas suspensas ou das membranas.
Íons. Os íons mais importantes na célula são os de potássio, magnésio,
fosfato, sulfato, bicarbonato, e, em menores quantidades, os de sódio, cloreto e
cálcio. Os íons fornecem as substâncias químicas inorgânicas para as reações
celulares e são também necessários para a operação de alguns dos mecanismos de
controle celular.
Proteínas. Depois da água, as substâncias mais abundantes, na maioria das
células, são as proteínas que normalmente constituem 10% a 20% da massa celular.
Elas podem ser divididas em dois tipos: proteínas estruturais e proteínas funcionais.
Lipídios. Os lipídios são diversos tipos de substâncias agrupadas por suas
propriedades comuns de solubilidade em solventes de gordura. Os lipídios
especialmente importantes são os fosfolipídios e o colesterol, que juntos constituem
cerca de 2% do total da massa celular. A significância dos fosfolipídios e do
colesterol é que eles são insolúveis principalmente em água e, portanto, são usados
para formar a membrana celular e as membranas intracelulares, barreiras que
separam os diferentes compartimentos da célula.
Carboidratos. Os carboidratos têm pouca função estrutural na célula, exceto
como partes das moléculas de glicoproteínas, mas desempenham o papel principal
na nutrição da célula.
COMUNICAÇÃO INTERCELULAR
Cada um dos órgãos de nosso organismo deve trabalhar juntos de modo a
garantir o bem-estar do indivíduo como um todo. A cooperação requer comunicação
entre os órgãos e as células dentro dos órgãos. Algumas células contatam e se
comunicam umas com as outras diretamente por junções comunicantes (gap). As
junções comunicantes são poros regulados que permitem a troca de informações
químicas e elétricas e têm um papel vital na coordenação da excitação e contração
cardíaca, por exemplo. A maior parte da comunicação intercelular ocorre pela
utilização de sinais químicos, que têm sido tradicionalmente classificados de acordo
com a distância e a rota que percorrem para exercer um efeito fisiológico. Os
hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas e alguns
tecidos não endócrinos, que são levadas a alvos distantes pelos vasos sanguíneos.
As moléculas parácrinas são liberadas das células muito próximas ao seu alvo. Os
mensageiros autócrinos se ligam a receptores na mesma célula que os liberou,
gerando uma rota de retroalimentação negativa que modula a liberação autócrina.
Os mensageiros autócrinos, assim como as moléculas parácrinas, têm uma
amplitude de sinalização muito limitada.
SINALIZAÇÃO INTRACELULAR
Uma vez que uma mensagem química chega ao seu destino, deve ser
reconhecida como tal pela célula-alvo e então transduzida de forma que possa
modificar a função celular. A maioria dos mensageiros químicos possui carga e não
pode ultrapassar a membrana, assim o reconhecimento deve ocorrer na superfície
da célula. Esse reconhecimento é feito por receptores, que servem como
acionadores celulares. A ligação de um hormônio ou um neurotransmissor aciona o
comando e faz surgir um conjunto de instruções pré-programadas que culmina em
uma resposta celular. Os receptores são geralmente proteínas integrais da
membrana, tais como canais dependentes de ligante, receptores acoplados à
proteína G (GPCRs) ou receptores com atividade enzimática. Os mensageiros
lipolíficos podem cruzar a membrana plasmática, e são reconhecidos por receptores
intracelulares.
SINAPSES
Os neurônios, sobretudo através de suas terminações axônicas, entram em
contato com outros neurônios, passando-lhes informações. Os locais de tais
contatos são denominados sinapses ou, mais precisamente, sinapses
interneuronais.
No sistema nervoso periférico, terminações axônicas podem relacionar-se
também com células não neuronais ou efetuadoras, como células musculares
(esqueléticas, cardíacas ou lisas) e células secretoras (em glândulas salivares, por
exemplo), controlando suas funções. Os termos sinapses e junções
neuroefetuadoras são usados para denominar tais contatos.
Quanto à morfologia e ao modo de funcionamento, reconhecem-se dois tipos
de sinapses: sinapses elétricas e sinapses químicas. (MACHADO, 2014)
Sinapses Elétricas
São raras em vertebrados e exclusivamente interneuronais. Nessas sinapses,
as membranas plasmáticas dos neurônios envolvidos entram em contato em
pequena região. No entanto, há acoplamento iônico, isto é, ocorre comunicação
entre os dois neurônios, através de canais iônicos concentrados em cada uma das
membranas em contato. Esses canais projetam-se no espaço intercelular,
justapondo-se de modo a estabelecer comunicações intercelulares que permitem a
passagem direta de pequenas moléculas, como ions, do citoplasma de uma das
células para o da outra. Tais junções servem para sincronizar a atividade de grupos
de neurônios. Elas existem, por exemplo, no centro respiratório situado no bulbo e
permitem o disparo sincronizado dos neurônios aí localizados, responsáveis pelo
ritmo respiratório.
Sinapses Químicas
Nos vertebrados, a grande maioria das sinapses interneuronais e todas as
sinapses neuroefetuadoras são sinapses químicas, ou seja, a comunicação entre os
elementos em contato depende da liberação de substâncias químicas, denominadas
neurotransmissores.