Ebook FCCC38 Contabeis-C
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FCCC38
Contabilidade Tributária I
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I
João Vicente Costa Neto
Salvador, 2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA Produção de Material Didático Santana; Camila Leite; Marcone Pereira
Reitor: João Carlos Salles Pires da Silva Coordenação de Tecnologias Educacionais Gerente de AVA: Jose Renato Oliveira
Vice-Reitor: Paulo César Miguez de Oliveira CTE-SEAD Design de Interfaces: Raissa Bomtempo
Pró-Reitoria de Ensino de Graduação
Pró-Reitor: Penildon Silva Filho Núcleo de Estudos de Linguagens & Equipe Audiovisual
Faculdade de Ciências Contábeis Tecnologias - NELT/UFBA Direção:
Diretor: Prof. Joséilton Silveira da Rocha Haenz Gutierrez Quintana
Coordenação Produção:
Superintendência de Educação a Prof. Haenz Gutierrez Quintana Leticia Oliveira; Ana Paula Ramos
Distância -SEAD Câmera: Valdinei Matos
Superintendente Projeto gráfico Edição:
Márcia Tereza Rebouças Rangel Haenz Gutierrez Quintana
Deniere Silva; Flávia Braga; Irlan
Capa: Alessandro Faria Nascimento; Jeferson Ferreira; Jorge
Coordenação de Tecnologias Educacionais Foto: rawpixel Farias; Michaela Janson; Raquel Campos;
CTE-SEAD Victor dos Santos
Haenz Gutierrez Quintana Equipe de Revisão: Animação e videografismos:
Edivalda Araujo Bianca Silva; Eduarda Gomes; Marcela de
Coordenação de Design Educacional Julio Neves Pereira Almeida; Dominique Andrade; Roberval
Lanara Souza Márcio Matos Lacerda; Milena Ferreira
Simone Bueno Borges Edição de Áudio:
Coordenadora Adjunta UAB Cícero Batista Filho; Greice Silva; Pedro
Andréa Leitão Equipe Design Henrique Barreto; Mateus Aragão
Supervisão: Alessandro Faria
Bacharelado em Ciências Contábeis Editoração / Ilustração:
Coordenadora:
Ana Paula Ferreira; Marcos do Nascimento;
Profª Inês Teresa Lyra Gaspar da Costa Moema dos Anjos; Sofia Casais; Ariana
CDU: 657
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – Sistema Tributário Nacional (Revisão de Conceitos)
e Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) 19
1. STN 19
1.1 Conceito de Sistema Tributário Nacional 19
1.2 Direito Tributário 20
1.2.1 Conceito de Direito Tributário 20
1.2.2 Fontes do Direito Tributário 20
1.3 Legislação Tributária 21
1.3.1 Vigência da Legislação Tributária 22
1.3.2 Aplicação da legislação Tributária 22
1.4. Tributos 23
1.4.1 Conceitos de tributos 23
1.4.2 Classificação dos Tributos 24
1.4.2.1 Taxas (CTN, Art. 77)
1.4.2.2 Contribuição de Melhoria (CTN, Art. 81)
1.4.2.3 Contribuições Especiais
1.4.2.4 Impostos (CTN, Art. 16)
1.4.2.4.1 Segregação dos impostos
a) Diretos
b) Indiretos
1.4.3 Tributos Federais, Estaduais e Municipais (Poder
de Tributar) 26
1.4.4.2 Isonomia/Igualdade
1.4.4.3 Irretroatividade
1.4.4.4 Anterioridade
1.4.4.5 Capacidade Tributária/Contributiva
1.4.4.6 Uniformidade
1.4.4.7 Competência
1.4.4.8 Não Discriminação Tributária
1.4.4.9 Tipologia Tributária
1.4.5 Aspectos Especiais dos Tributos 29
1.4.5.1 Proibição de Confisco
1.4.5.2 Liberdade de Tráfego
1.4.5.3 Imunidade
1.4.6 Elementos Fundamentais do Tributo 30
1.4.6.1 Obrigação tributária
1.4.6.2 Contribuinte ou responsável
1.4.6.3 Base de Cálculo
1.4.6.4 Alíquota
• EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 32
2. ISS 36
2.1 Competência do ISS 37
2.2 Fato Gerador do ISS 37
2.2.1 Conceito de Serviço 37
2.3 Não Incidência do ISS 38
2.4 Base de Cálculo do ISS 38
2.4.1 Base de Cálculo do ISS - Construção Civil 39
Contabilidade Tributária I
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1. ICMS 50
1.1 Competência do ICMS 50
1.2 Fato Gerador do ICMS 51
1.3 Regulamentação na Constituição 51
1.4 Não Incidência do ICMS (CF, Inciso X, do § 2º, do Art. 155) 53
1.5 Legislação Regulamentar 54
1.5.1 Créditos do ICMS e o Método Não Cumulativo 54
1.6 Base de Cálculo do ICMS 55
1.6.1 Aspectos Contábeis: valores incorporados ao Estoque
ou Ativo Fixo/Consumo 56
Contabilidade Tributária I
9
1.2.2.1.1 Alíquota
1.2.2.1.2 Deduções
1.2.2.1.3 e-LALUR - Livro Fiscal Eletrônico de Apuração
do Lucro Real
1.2.3.1.1 Alíquota
1.2.3.1.2 Deduções da CSL
1.2.3.1.3 e-LACS
1.2.3.1.3.1 Dispensa do LACS ao Físico
1.2.3.1.3.2 Demonstrativo de Apuração do Lucro Real
Tributável -e-LACS
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1.3.2.1 Alíquota
1.3.2.2 Base de Cálculo
1.3.2.2.1 Inclusões: Receita Bruta
1.3.2.2.2 Exclusões: Receita Bruta
1.3.2.3 Lucro Estimado
1.3.2.4 Cálculo da Estimativa Mensal da Contribuição
Social sobre o Lucro
Contabilidade Tributária I
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1.4.3.1 Alíquota
1.4.3.2 Base de Cálculo
1.4.3.2.1 Inclusões: Receita Bruta
1.4.3.2.2 Exclusões: Receita Bruta
1.4.3.3Lucro Presumido
1.4.3.4 Cálculo da Presunção Trimestral da Contribuição
Social sobre o Lucro
1.4.3.5Contribuição Social sobre o Lucro em base
Presumida Trimestral
1.4.3.6 Exemplo Numérico Contribuição Social
em Base Presumida Trimestral
Contabilidade Tributária I
COFINS
IR
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%
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IPI
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CSL %
PIS
ICMS RFB
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Pois bem! Pretendo, com esta disciplina, apresentar a vocês, estudantes de Graduação
em Contabilidade na modalidade EAD, uma visão geral dos principais tributos que
acontecem no "dia a dia" das empresas e subsidiá-los no avanço do ensino-aprendizado
alcançado até então, para o melhor desempenho de suas funções como um profissional
das Ciências Contábeis nas organizações.
Na Unidade I, que está estruturada nos conteúdos dos capítulos 1 e 2, serão apresentados,
no formato de uma perspectiva de revisão de conteúdos já adquiridos por todos, com as
disciplinas de Direito da matriz curricular do curso, em especial a de Legislação Tributária,
os aspectos gerais do Sistema Tributário Nacional e um dos tributos incidentes sobre as
operações de um dos segmentos da estrutura econômica do país, o setor de Serviços.
Este tributo é o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), comumente
conhecido pela sigla ISS, que será estudado em sua estrutura básica e algumas de suas
peculiaridades, como a apuração da base de cálculo e o imposto a ser recolhido aos
Municípios, sua contabilização e seu relacionamento nas demonstrações contábeis da
empresa.
Na Unidade II, que está estruturada nos conteúdos dos capítulos 3 e 4, serão apresentados
o Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS), sob uma perspectiva simplificada, e o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), dando atenção aos aspectos da incidência,
não incidência, isenção, apuração do imposto, alíquotas aplicadas e as várias modalidades
de apuração do imposto, com destaque ao ICMS pela amplitude das diversidades de
situações que ocorrem no "dia a dia" das organizações. Em relação ao IPI, o destaque é o
que a legislação considera como industrialização para efeito de incidência do imposto e
algumas especificidades no cálculo do imposto.
Por último, na Unidade III, que está estruturada no capítulo 5, serão apresentados os
tributos administrados pela Receita Federal do Brasil incidentes sobre as operações do
"dia a dia" das empresas, que são o Imposto de Renda (IR), a Contribuição Social sobre
o Lucro (CSL), a Contribuição do Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição
Social para Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Aqui serão estudadas
as modalidades de apuração desses tributos pelo lucro real, lucro estimado e lucro
presumido em relação ao Imposto de Renda (IR) e à Contribuição Social sobre o Lucro
(CSL); e a apuração pelo regime da cumulatividade e regime da não cumulatividade em
relação à contribuição do PIS e da COFINS, dando atenção, em relação a todos os tributos,
aos aspectos da incidência, apuração, alíquota e cálculo, assim como à sua contabilização
e seu relacionamento nos demonstrativos contábeis da empresa.
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A primeira seção desse arcabouço constitucional dedica-se aos seus princípios gerais,
dispondo, por exemplo, quais as modalidades de tributo, suas características, quais os
destinos dos tributos denominados e quais leis são adequadas para a criação dos mesmos.
Finalmente, a última seção do capítulo constitucional, que trata das matérias tributárias,
designa a forma de repartição dos tributos arrecadados entre União, Estados, Distrito
Federal e Municípios.
! Recomendação
Desenvolver uma leitura do Título VI, da Constituição Federal, que é composto
dos artigos de números 145 a 169, onde se encontram as disposições sobre o
sistema tributário nacional e das finanças públicas do Estado brasileiro.
Noutro giro, o Direito Tributário é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as
relações tributárias dos homens em sociedades.
(a) Lei Constitucional: é a fonte soberana da legislação, sendo que todas as leis
devem obedecer aos limites impostos pela Constituição Federal (CF), sob pena de
perder a validade. A Lei Constitucional fixa a competência (o poder de tributar), as
limitações e a repartição da receita;
Contabilidade Tributária I
21
(c) Lei Ordinária: a Lei Ordinária difere-se da Lei Complementar porque pode
ser editada pela União, pelos Estados e pelos Municípios, no campo de suas
competências, delimitado pela Constituição (não há uma definição expressa dos
casos que serão por elas regulados, como é o caso da Lei Complementar). A Lei
Ordinária, diferentemente da Lei Complementar, que não cria tributos (exceto
empréstimos compulsóriose de competência residual daUnião), pode instituir,
revogar ou extinguir tributos.
• Fontes Secundárias: são as demais fontes possíveis que não compõe as fontes
primárias, tais como: Instruções Normativas; Pareceres Normativos; Jurisprudência;
Portarias do Ministério; decisões de órgãos administrativos da Receita Federal,
Estadual/Distrito Federal ou Municipal.
• (Art. 104) no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua
publicação, os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a
renda que instituem ou majoram tais impostos; que definem novas hipóteses
de incidência; ou que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de
maneira mais favorável ao contribuinte.
Contabilidade Tributária I
23
1.4. Tributos
No campo das relações entre Estado e cidadão, tributo é uma obrigação de pagar, criada
por lei, impondo aos indivíduos o dever de entregar parte de suas rendas e patrimônio
para a manutenção e desenvolvimento do Estado.
Há uma relação dinâmica entre a Sociedade e o Estado, em que este representa essa
sociedade se fazendo presente em todas as áreas de seu interesse, sobretudo, saúde,
educação, segurança, infra-estrutura, econômica, entre outras.
• Impostos;
• Taxas;
• Contribuições de melhoria;
• Empréstimos compulsórios
Tais espécies de tributos são assim definidas, não na ordem que assim foi posto na relação
acima:
Pode-se afirmar que a Contribuição de Melhoria difere-se da Taxa porque está relacionada
ao “serviço público” enquanto a Contribuição de Melhoria diz respeito à “obra pública”.
Contabilidade Tributária I
25
a) Diretos
• são os impostos cujos contribuintes são os mesmos indivíduos que arcam com
o ônus da respectiva contribuição;
Ex.: Imposto de Renda (IR), Imposto sobre Importação (II), Imposto sobre
Exportação (IEx), Imposto Territorial Rural (ITR), Imposto Transmissão Inter
vivos (ITBI), Imposto Predial Territorial Urbano(IPTU), Imposto Propriedade
Veículos Automotivos (IPVA), etc.
b) Indiretos
Quadro 1: Distribuição dos tipos de imposto por entidade | Tabela: Marcos Nascimento
Contabilidade Tributária I
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1.4.4.3 Irretroatividade (CF, Art. 150, III, “a” – exceção Art. 106, CTN)
A lei nova, que cria ou aumenta tributos, alcança somente os fatos ocorridos
posteriormente à sua publicação. Admite-se a retroatividade da lei tributária quando
ela beneficia de alguma forma, o contribuinte. Não se pode exigir tributos sobre fatos
geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que instituiu ou aumentou algum
tributo.
1.4.4.4 Anterioridade (CF, Art. 150, III, “b” – exceção do Art. 150, § 1º, e Art. 195, § 6º)
Qualquer alteração em termos de impostos só pode ser exigida do contribuinte a partir
do 1º dia do próximo ano, com exceção de:
Nessa perspectiva, veja abaixo um quadro resumo de regras para validade de normativos
em que se propõe ampliação da base de cálculo e/ou aumentos de alíquota.
Taxas IR IPI II e IE
ITR e IGF
Contribuições (exceto
Seg. Social)
Fonte: PEGAS (2017, p 23)
Quadro 2: Regras para validade de normativos, propondo aumentos em tributos | Fonte: PEGAS (2017, p.23) |
Tabela: Marcos Nascimento
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29
1.4.4.6 Uniformidade
Os tributos instituídos pela União serão uniformes em todo o território nacional (CF,
Art.151, Inciso I).
1.4.4.7 Competência
O exercício da competência tributária é dado à União, ao Estado ou ao Município. (CF,
Art. 150, § 6º, e Art. 151, Inciso III)
• A principal (CTN, Art. 113, § 1º) tem por objeto o pagamento do tributo
ou penalidade pecuniária (em dinheiro). É a prestação à qual se obriga o sujeito
passivo, é de natureza patrimonial.
• A acessória (CTN, Art. 113, § 2º) é uma obrigação não patrimonial que decorre
da legislação tributária. É uma obrigação de fazer, não fazer e tolerar. Tem como
finalidade comprovar a existência e o limite das operações tributadas, bem assim
a exata observância da legislação aplicável.Ex.: Emitir nota fiscal, escriturar um
livro, inscrever-se no cadastro de contribuintes (de fazer); não receber mercadorias
desacompanhadas da documentação legalmente exigida (não fazer); e admitir o
exame de livros e documentos pelo fiscal (tolerar).
São três os elementos básicos da obrigação tributária:
Contabilidade Tributária I
31
O contribuinte é aquele que tem relação pessoal e direta com a situação que constitua
o respectivo fato gerador. Já o responsável, é aquele que, sem revestir a condição de
contribuinte, ou seja, sem praticar o ato que enseja a ocorrência do fato gerador, vê a
obrigação de pagar o tributo nascer por força de dispositivo legal.
1.4.6.4 Alíquota
É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante
do tributo a ser recolhido.
II. Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal
específica, relativa ao contribuinte.
Contabilidade Tributária I
33
I. imposto de importação
Alternativas:
( a ) w, x, y, z
( b ) x, y, z,w
( c ) y, x, z, w
( d ) y, w, x, z
( e ) w,y, x, z
( b ) contribuição de melhoria
Contabilidade Tributária I
35
( b ) dos Municípios
( c ) da União
( a ) uniformidade tributária
( b ) imunidade tributária
( c ) anterioridade
( d ) tutela jurídica
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E D D E C B B C C D
2. ISS
O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza, identificado por alguns com a sigla
ISSQN, ou simplesmente ISS, é um tributo de competência dos Municípios e do Distrito
Federal, conforme previsto no Art. 156 da Constituição Federal (CF) de 1988.
É a Lei Complementar (LC) nº 116, de 31/07/2013, com as alterações trazidas pela Lei
Complementar (LC) nº 157, de 29/12/2016, que trata desse tributo de forma geral nas
unidades da Federação do Brasil.
A cobrança do ISS, prevista no Art. 156 da CF/1988, e tratada, hoje, pela LC 116/2013, é
regulamentada por leis municipais editadas por cada um dos Municípios que compõem
a unidade Federativa do Brasil, identificadas como Código de Rendas dos Municípios.
.
Sabendo um pouco mais
A prestação de serviços de telecomunicação, geração e fornecimento de energia
elétrica, transportes, não são tributados pelo ISS, devido ao fato de já serem tribu-
tados pelo Estado
Contabilidade Tributária I
37
O ISS tem como fato gerador a prestação de serviços constante da lista anexa à LC
116/2003 mesmo nos casos em que tais serviços não se constituam em atividade
preponderante do prestador. O ISS também incide sobre o serviço proveniente do
exterior ou cuja prestação de serviço se tenha iniciado no exterior.
Por exemplo: uma empresa que presta serviço de consultoria a uma outra empresa, em
que foi contratada para execução de determinado serviço, cujo preço foi de $100. Esse é o
valor que servirá de base de cálculo do imposto.
Contabilidade Tributária I
39
O ISS, portanto, recai sobre a receita bruta. Uma empresa que preste um serviço
técnico, por exemplo, de $10.000, sofrerá retenção na fonte de 6,15% (IR, CSLL, PIS e
COFINS), recebendo líquidos R$ 9.385. O ISS será calculado e cobrado sobre o valor
total dos serviços prestados, ou seja, sobre os $10.000.
Existe uma discussão em relação ao cálculo do ISS, por dentro ou por fora. A lei define
a base como o preço do serviço, direcionando o imposto a ser calculado por dentro,
estando incluído em sua própria base, assim como acontece com o ICMS.
Agora, com a inserção do Art. 8º-A, na LC116/2003, por meio da LC 157/2016, a alíquota
mínima do ISS é de 2%.
Contabilidade Tributária I
41
13. onde o bem estiver guardado ou estacionado, no caso dos serviços de guarda e
estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações;
14. dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas vigiados, segurados ou
monitorados, no caso dos serviços de vigilância, segurança ou monitoramento de
bens e pessoas;
17. do município onde está sendo executado o transporte, no caso dos serviços de
transportes municipais;
Nos demais casos, não descritos expressamente pelo legislador, o ISS será devido no local
do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do
prestador.
Contabilidade Tributária I
43
A concessionária responsável pela exploração da famosa Rodovia 324, que liga Salvador
a Feira de Santana, passando por vários municípios, deve pagar o ISS sobre a receita de
pedágio aos municípios na proporção da extensão da rodovia. Didaticamente, suponha
as seguintes informações (todas hipotéticas):
Apenas para completar o entendimento, admita que o município de São José, que é um
dos municípios em que passa a rodovia 324, tivesse uma área de extensãode 20 km e que
a alíquota lá fosse de 4%. O ISS seria de $16 mil ($2 milhões × 20% × 4%) a ser recolhido
para a cidade de São José.
A concessionária responsável pela exploração da famosa Rodovia 324 deve gerar várias
guias de recolhimentos de ISS mensalmente para os municípios em que passa a rodovia,
conforme a extensão existente de exploração em cada município.
E, uma vez instituída lei municipal, o contribuinte responsável será obrigado a cumprir o
pagamento do imposto em nome do contribuinte de fato, inclusive com os acréscimos de
multa e juros. As legislações municipais têm poder para regulamentar o assunto (Art. 6º,
da LC 166/03).
(1) sem retenção do ISS, neste caso, tendo o Prestador de Serviço a responsabilidade
do recolhimento do imposto aos cofres do Município, como o contribuinte do
imposto propriamente dito; e
(2) com retenção do ISS, como os casos do Art. 6º, da LC 166/03, em que os
municípios legislaram determinando a retenção e recolhimento do imposto pelo
tomador do serviço, como contribuinte responsável.
Contabilidade Tributária I
45
SÍNTESE DA UNIDADE I
A Unidade I está estruturada nos conteúdos dos Capítulos 1 e 2. Nesse sentido,é
apresentada uma revisão de conteúdos já adquiridos por todos vocês que estão
desenvolvendo o Curso de Bacharelado em Ciências Contábeis na modalidade EaD da
UFBA, em relação às disciplinas de Direito da matriz curricular do curso, em especial a
de Legislação Tributária, quanto aos aspectos gerais do Sistema Tributário Nacional, e,
então, analisar um dos tributos incidentes sobre as operações de um dos segmentos da
estrutura econômica do País, o setor de Serviços. Este tributo é o Imposto sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISSQN), comumente conhecido pela sigla ISS, tratado no Capítulo
2, onde foi apresentada sua estrutura básica, bem assim algumas peculiaridades, além da
apuração da base de cálculo e o imposto a ser recolhido aos Municípios, como também
sua contabilização e seu relacionamento nas demonstrações contábeis da empresa.
Boa Leitura!
(B) Nos serviços prestados no Brasil, quando pagos por residente no exterior.
(E) Sobre o valor dos juros de operações de crédito de bancos sediados no Brasil.
Q3. (PEGAS, 2017) A Lei Complementar no 116/03 diz que a alíquota máxima
do ISS será:
Contabilidade Tributária I
47
Q4. (FCC, NOSSA CAIXA SP, 2011, apud PEGAS, 2017) O Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza, regulamentado pela Lei Complementar no
116/2003:
Q5. (PEGAS, 2017) Uma empresa do setor de serviços, tributada pelo lucro
real, presta serviços em março, com o recebimento ocorrendo metade em
março e metade em abril. Seguindo as determinações legais, o valor do ISS será
registrado na DRE:
Q7. (PEGAS, 2017) A Cia. Praça-MG presta serviço de dedetização por R$ 700,
separando a nota fiscal da seguinte forma: produtos utilizados = 200; serviços
= 500. Considerando a alíquota máxima para o ISS, as regras de tributação do
imposto definidas na Constituição Federal e na LC 116/03, e sabendo que o
ICMS tem alíquota de 18% para todos os produtos vendidos em MG, informe o
ISS devido na operação:
(A) R$ 120,00 (B) R$ 108,00 (C) R$ 92,00 (D) R$ 78,00 (E) R$ 50,00
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E B B D A D C D A A
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IPI %
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ICMS
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1. ICMS
A Constituição Federal de 1988 permitiu aos Estados e ao Distrito Federal instituírem o
Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de transporte
intermunicipal e interestadual e de comunicações (ICMS), conhecido antes como ICM,
hoje como ICMS.
O ICMS está presente em nossa vida em quase todos os momentos. Como diz Pegas(2017),
quando tomamos o café da manhã, quando almoçamos, quando compramos um caderno,
uma água mineral, quando ouvimos rádio ou ligamos a TV para assistir a um programa
favorito, em todas essas situações há a ocorrência do ICMS.
Na prática, esse imposto é cobrado de forma indireta, ou seja, seu valor é adicionado ao
preço do produto comercializado ou do serviço prestado. Ao vender uma mercadoria ou
realizar alguma operação em que se aplique o ICMS, é efetuado o fato gerador quando a
titularidade deste bem ou serviço passa para o comprador. Ou seja, o tributo só é cobrado
quando a mercadoria é vendida ou o serviço é prestado para o consumidor, que passa a
ser o titular deste item ou do resultado da atividade realizada.
Como estabelecido no Art. 155, Inc. II, da Carta Magna, compete aos Estados e ao Distrito
Federal instituir impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.
Contabilidade Tributária I
51
Logo a seguir, no § 2º, do Art. 155, da CF/88, são apresentados alguns desdobramentos
em relação à cobrança do ICMS. Então, vejamos:
a. não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações
ou prestações seguintes;
• Alíquota Interna: terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal.
Atualmente não há limite
b. fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico
que envolva interesse de Estados, mediante resolução.
Contabilidade Tributária I
53
Inciso XI, do § 2º, do Art. 155, da CF/88 assim dispõe: não compreenderá, em sua
base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industria-
lização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;
No caso específico do Estado da Bahia, o ICMS está regulamentado pela Lei Estadual
nº Lei 7.014 de 04/12/96 e alterações posteriores. Essa Lei está regulada pelo Decreto nº
13.780 de 16/03/12, que, entrando em vigor em 01/04/12, publicou o Regulamento do
ICMS (RICMS). A consulta está disponível no endereço eletrônico www.sefaz.ba.gov.br,
já com as atualizações.
! Recomendação
Desenvolver uma leitura de todo o Art. 155, da CF/88, em especial Inciso II, com-
binado com § 2º, que é composto dos Incisos de I a XII, além dos §§ 3º, 4º, 5º e 6º,
onde se encontram as disposições sobre o ICMS do Estado brasileiro, como um
todo.
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! Destaque
A Carta Magna diz que o imposto será não cumulativo, permitindo, a princípio,
a compensação de todo o ICMS pago, indiretamente, nas aquisições da empresa.
Nessa perspectiva, a Carta Magna não proíbe o crédito do imposto na aquisição
de bens de uso e consumo, apenas postergou o início da possibilidade de crédito
de ICMS nos itens de uso e consumo para JAN/2020, através de LC 138/10. Em
relação à aquisição de bens do ativo imobilizado, a LC também não proíbe uso do
crédito, entretanto só autoriza utilizar na proporção de1/48 (hum e quarenta e
oito avos), tendo seu registro e controle no livro SIAPE.
Valor incorporado ao
$820 $920 $ 1.100
Estoque / Imobilizado
Tabela 1:Explicativo da Base de Cálculo de ICMS por natureza da operação, com incorporação ao Estoque ou
Ativo Fixo | Tabela: Marcos Nascimento
Então o valor a ser apropriado ao estoque, regra geral na empresa industrial, é dado
pela seguinte fórmula:
Contabilidade Tributária I
57
do valor a ser incorporado no estoque apenas o ICMS, vez que será recuperado
na venda pela compensação do crédito, dado o princípio da não comutatividade
intrínseco do ICMS, não integrando o custo da aquisição.
Então o valor a ser apropriado ao estoque, regra geral na empresa comercial, é dado
pela seguinte fórmula:
Semelhante tratamento deve ser dado nas aquisições de mercadorias para uso ou
consumo, ou integrar o ativo fixo da empresa, qualquer que seja o segmento, se
indústria, comércio ou serviço. Todo o valor de impostos pagos é incorporado aos
valores dos estoques de uso ou consumo, ou ao valor do bem integrado ao ativo
fixo, isto é, todo o valor da nota deve ser incorporado aos estoques ou integrar o
ativo fixo da empresa, regra geral independente do segmento, se indústria, comércio
ou serviço, exceto se a empresa, em relação à aquisição para integrar ao ativo
fixo, aproveitar o crédito na sua escrita fiscal 1/48 avos, em que, neste caso, deve
incorporar sem o crédito do imposto aproveitado na escrita fiscal.
.
Sabendo um pouco mais
O inciso V, Art. 115, da CF/88 estabelece que é facultado ao Senado Federal: (a)
estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas,e [...] (b) fixar alíquotas
máximas nas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de
Estados, [...]. Atualmente não há limite definido.
Operações Alíquota %
Contabilidade Tributária I
59
Contabilidade Tributária I
61
A intenção do fisco neste regime é ter um controle mais seguro na arrecadação do tributo,
com redução de gastos na fiscalização dessas operações, bem como simplificar a forma
prática de tributar as operações de pequeno valor e de grande movimentação.
Contabilidade Tributária I
63
2.Frete + Seguro 50
3.IPI 100
4.Outras Despesas 50
! Recomendação
RECOMENDAÇÃO DE LEITURA:
CONVÊNIO ICMS 142/18, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2018
Dispõe sobre os regimes de substituição tributária e de antecipação de
recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulaçãode Mercadorias
e sobre Prestações de Serviço de Transporte Interestadual e de Comunicação
(ICMS) com encerramento de tributação, relativos ao imposto devido pelas
operações subsequentes.
Contabilidade Tributária I
65
Conforme Cláusula Décima Quarta, Inc. II, Convênio ICMS 52, de 7/04/2017, para
cálculo do ICMS Difal, deve-se aplicar a seguinte fórmula:
100-12
ICMS ST DIFAL = x 18% - (100 x 12%) = 7,32
(1-18%)
• Cálculo do ICMS Importação no Estado da Bahia (Art. 17, Inc. VI, da Lei
7.014/96)
A base de cálculo do ICMS importação é o valor da mercadoria ou bem constante nos
documentos de importação, convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio
utilizada no cálculo do imposto sobre a importação, acrescido do próprio imposto sobre
a importação, o imposto sobre produtos industrializados, o imposto sobre operações de
câmbio e quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras cobradas
ou debitadas ao adquirente, relativas ao adicional ao frete para renovação da marinha
mercante, armazenagem, capatazia, estiva, arqueação e multas por infração.
Contabilidade Tributária I
67
Se essa conta contábil apresentar saldo credor, este é transferido para a conta contábil
"ICMS a Recolher" no passivo circulante. Significa dizer que há um débito de imposto a
ser recolhido aos cofres do Estado.
Se, ao contrário, essa conta contábil apresentar saldo devedor, este é mantido na conta e
transferido para o mês subsequente. Significa dizer que não há imposto a ser recolhido aos
cofres do Estado. O saldo mantido será utilizado para compensar com a movimentação
do mês seguinte.
Efetuado esse lançamento e observando-se que a conta "ICMS a Recolher" apresenta saldo
devedor, significa dizer que não há débito de imposto a ser recolhido aos cofres do Estado.
O saldo devedor apresentado é transferido de volta para conta "ICMS a Recuperar" do
ativo circulante para ser compensado com a movimentação do período seguinte.
Na compra Na compra
D - Compra de Mercadoria (R) ou Estoque (AC) D - Compra de Mercadoria (R) ou Estoque (AC)
D - ICMS a Recuperar (AC) D - ICMS a Recuperar (AC)
C - Caixa/Banco (AC) ou Fornecedores (PC) C - Caixa/Banco (AC) ou Fornecedores (PC)
Na venda Na venda
D – Caixa/Banco (AC) ou Cliente (AC) D – Caixa/Banco (AC) ou Cliente (AC)
C - Venda de Mercadoria (R) C - Venda de Mercadoria (R)
D - ICMS s/Venda (R) D - ICMS s/Venda (R)
C - ICMS a Recuperar (AC) C -ICMS a Recolher (PC)
Contabilidade Tributária I
69
(D) Será distribuído da seguinte forma: 25% para o Piauí e 75% para o Pará.
(E) Será distribuído da seguinte forma: 75% para o Piauí e 25% para o Pará.
Q2. (PEGAS, 2017) A Cia. Holanda-PR é uma indústria que vendeu insumos
para a Cia. Hungria-RS por R$ 1.000. A Cia. Hungria-RS adquiriu o insumo,
transformou-o em um produto industrializado e vendeu este produto para
a Cia. Romênia-SC (atacadista) por R$ 1.500, sendo o ICMS isento apenas
nesta operação. A Cia. Romênia-SC revendeu o produto por R$ 2.000 para
a Cia. Bulgária, que fica no mesmo Estado da Cia. Romênia, Santa Catarina.
Posteriormente, a Cia. Bulgária-SC revendeu o produto aos consumidores
(pessoas físicas) por R$ 2.500. Sabendo que a alíquota interna de ICMS é de 18%
em todos os Estados da Região Sul, informe o total de ICMS recolhido neste
processo produtivo.
(A) R$ 300. (B) R$ 450 (C) R$ 520. (D) R$ 570. (E) R$ 630.
• A empresa comprou dois bens para seu imobilizado: um em JAN por R$ 14.000;
e outro em MAR, por R$ 18.400.
• A apuração do ICMS é mensal, com pagamento sempre na primeira quinzena
do mês seguinte. A alíquota do ICMS em todas as operações e produtos é de 12%.
O ICMS que será desembolsado diretamente pela Cia. Bauru na primeira quinzena
de ABR monta a:
(A) R$ 149 (B) R$ 209 (C) R$ 219 (D) R$ 279 (E) R$ 360
Contabilidade Tributária I
71
(A) R$ 120 (B) R$ 122 (C) R$ 126 (D) R$ 130 (E) R$ 146
Q8. (PEGAS, 2017) A Cia. Porto (empresa comercial) iniciou o exercício com
estoque zero. Adquiriu 50 unidades de determinado produto, pagando R$
10.800, composto da seguinte forma:
(A) R$ 8.056 (B) R$ 8.236 (C) R$ 8.856 (D) R$ 19.036 (E) R$ 9.090
Q9. (PEGAS, 2017) Uma loja comercial localizada no Estado do Rio Grande do
Norte é revendedora de um produto X. A loja adquire 200 unidades do produto
X por R$ 1.000,00, sendo R$ 500 de fornecedores do Estado do Ceará e R$ 500 de
fornecedores do próprio Estado. Posteriormente, revendeu 160 unidades, sendo
75% para um cliente localizado em Minas Gerais por R$ 1.400,00 e 25% para
o Estado da Paraíba, por R$ 400,00. A alíquota interna do produto X é de 17%
em todos os Estados do Nordeste e 18% nos Estados do Sudeste. Com base nas
alíquotas interestaduais vigentes no país e nas alíquotas internas informadas, o
ICMS que a loja comercial deverá desembolsar, em reais, considerando apenas
as operações citadas, será:
(A) R$ 171,00 (B) R$ 46,00 (C) R$ 71,00 (D) R$ 100,00 (E) R$ 150,00
» IPI R$ 100,00
(A) R$ 340,00 (B) R$ 384,00 (C) R$ 390,00 (D) R$ 396,00 (E) R$ 484,00
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A D A E B C E D C B
Contabilidade Tributária I
73
2. IPI
O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos industrializados,
nacionais e estrangeiros. Suas disposições estão regulamentadas pelo Decreto 7.212/2010
(RIPI/2010). O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com
alíquota, ainda que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas
as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que
corresponde a notação "NT" (não-tributado).
A Tabela de Incidência do IPI (TIPI), em vigor, foi aprovada pelo Decreto no 7.660, de
23/12/2011.
A TIPI é uma tabela estruturada em Seções (21 seções), Capítulos (97 capítulos), Posições
e Subposições e tem por base a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que, por
sua vez, é baseada no Sistema Harmonizado (NCM/SH).
2.2.1 Seletividade
Dispõe a CF/88, no Art. 153, § 3º, Inc. I, que o IPI deverá ser seletivo em função da
essencialidade do produto. Isto quer dizer que o imposto deverá ser menos oneroso para
os produtos mais essenciais.
Contabilidade Tributária I
75
2.2.3 Legalidade
Dispõe a CF/88, no Art. 150, Inc. I, que é vedado à União exigir ou aumentar tributo sem
lei que o estabeleça. A própria Constituição mitiga este princípio, em relação ao IPI e a
outros tributos de caráter extrafiscal, ao autorizar o Poder Executivo, nos limites fixados
em lei, a alterar as alíquotas do IPI por decreto.
2.3.1 Beneficiamento
Consiste em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a
utilização, o acabamento ou a aparência do produto. No beneficiamento, o produto
apenas sofre um melhoramento, conservando a classificação fiscal original.
2.3.2 Montagem
É a reunião de produtos, peças ou partes de que resulte um novo produto ou unidade
autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal.
Na montagem, o produto final, embora possa manter a mesma classificação das partes,
poderá ser classificado de forma autônoma. Em outras palavras, se o bem resultante de
montagem, em face das regras de classificação vigentes, não puder ser classificado como
um todo, para efeitos da legislação do IPI, inexistirá industrialização (PN 446 e 526/71).
Contabilidade Tributária I
77
2.3.3 Transformação
Significa a operação que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário,
importe na obtenção de espécie nova. Nessa operação, normalmente ocorrerá mudança
da classificação fiscal do produto final em relação ao transformado (PN 398/71).
Contabilidade Tributária I
79
Exemplo: Em uma venda realizada pela indústria por R$ 500 com desconto de R$ 50,
caso a alíquota do IPI seja de 8%, este percentual será aplicado sobre R$ 500, montando
R$ 40 de IPI, sem deduzir o desconto.
2.7 Alíquota
As alíquotas são variáveis e seguem a classificação dos produtos da tabela de incidência
do IPI (TIPI) aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23/12/2011e suas alterações.
Produto Alíquota
Contabilidade Tributária I
81
2.8 Contribuinte
• Estabelecimento industrial: é todo aquele que executar qualquer operação de
industrialização.
As Leis no 8.032/90 (Art. 2º, I) e no 8.402/92 (Art. 1º, IV) definem a isenção em produtos
importados pelos entes estatais, partidos políticos, instituições científicas e tecnológicas,
dentre outras isenções.
Para ter direito ao crédito do IPI, o contribuinte deve seguir todos os procedimentos
legais exigidos, como, por exemplo, destacar o crédito em livros específicos.
Importante ressaltar que somente pode gerar crédito o produto das entradas de insumos
utilizados na elaboração de produto destinado à venda, cujas saídas sejam tributadas.
Em regra, se a saída for isenta ou não tributada, ou então com alíquota reduzida ou zero,
o crédito pela entrada deverá ser anulado, através de lançamento de estorno.
Contabilidade Tributária I
83
Entretanto, caso o comerciante atacadista não opte pela equiparação a industrial (até
porque a mesma é facultativa), ainda assim, é possível ao adquirente efetuar o crédito do
IPI, bastando aplicar a alíquota do produto sobre 50% do valor constante da nota fiscal.
2.12 Contabilização
O leitor deve observar que a sugestão de contabilização do IPI segue a mesma dinâmica
do ICMS, conforme a seguir:
Na compra Na compra
D - Compra de Mercadoria (R) ou Estoque (AC) D - Compra de Mercadoria (R) ou Estoque (AC)
D - IPI a Recuperar (AC) D - ICMS a Recuperar (AC)
C - Caixa/Banco (AC) ou Fornecedores (PC) C - Caixa/Banco (AC) ou Fornecedores (PC)
Na venda Na venda
D – Caixa/Banco (AC) ou Cliente (AC) D – Caixa/Banco (AC) ou Cliente (AC)
C - Venda de Mercadoria (R) C - Venda de Mercadoria (R)
... ...
D - IPI s/Venda (R) D - IPI s/Venda (R)
C - IPI a Recuperar (AC) C -IPI a Recolher (PC)
Este texto foi produzido com a perspectiva de ser um material didático comple-
mentar do leitor, vez que dúvidas serão tiradas em sala de aula (chat). Significa
dizer, também, que o leitor deve consultar a literatura complementar indiada pelo
Professor, tipo livros, artigos, legislação, etc
SÍNTESE DA UNIDADE II
Na Unidade II, que está estruturada nos conteúdos dos Capítulos 3 e 4, são apresentados
o Imposto sobre Circulação de Mercadoria (ICMS) e o Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), respectivamente, dando atenção aos aspectos da incidência,
não incidência, isenção, apuração da base de cálculo, alíquotas aplicadas e às várias
modalidades de apuração do imposto, com destaque ao ICMS pela amplitude das
diversidades de situações que ocorrem no "dia a dia" das organizações.
Boa Leitura!
(A) Definida como tal, mas que esteja incompleta, ou seja parcial ou intermediária.
(D) Que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo
produto ou unidade autônoma, sob a mesma classificação fiscal.
Contabilidade Tributária I
85
(A) Montagem.
(B) Beneficiamento.
(C) Transformação.
(D) Renovação.
(E) Acondicionamento.
(A) Montagem.
(B) Beneficiamento.
(C) Transformação.
(D) Renovação
(E) Reacondicionamento.
Q6. (PEGAS, 2017) A Cia. Grajaú vendeu, em abr/x1, uma partida de cachimbos
(9614.20.00 – 30%) por R$ 280.000, cobrando, em separado da nota fiscal, os
valores da embalagem (R$ 20.000) e do transporte (R$ 30.000). Pede-se o valor
tributável da operação.
(A)R$ 330.000 (B)R$ 310.000 (C)R$ 300.000 (D)R$ 280.000 (E)R$ 260.000
Contabilidade Tributária I
87
Q8. (PEGAS, 2017) A Cia. Barata fabrica e vende televisores em cores. Algumas
peças são importadas pela indústria; outras são por ela adquiridas no mercado
interno. Para fins do IPI, que tipo de operação a indústria executa?
Q9. (PEGAS, 2017) A Cia. Roma vendeu no início de Nov/x1 seu produto para a
Cia. Milão por R$ 950 (recebimento em 50 dias), composto da seguinte forma:
» (–) Desconto Condicional (caso o pg. seja feito em até 15 dias) de R$ 75.
20.09.x1 Compra de materiais/insumos: 600 unidades, pelo valor total de $150 [consumido]
25.09.x1 Compra de materiais/insumos: 800 unidades, pelo valor total de $ 200 [consumido]
Considere que:
GABARITO CAPÍTULO 4
1 2 3 4 5 6 7 8 9
C E D C B D E B E
Contabilidade Tributária I
COFINS
CSL PIS
IR
RFB
% %
% %
% %
%
% %
%
%
% %
Contabilidade Tributária I
90
! Recomendação
Desenvolver uma leitura o TÍTULO VI, da Constituição Federal, que é composto
dos artigos de números 145 a 169, onde se encontra as disposições sobre o sistema
tributário nacional e das finanças públicas do Estado brasileiro.
1.1.2 Tributos Administrados pela Receita Federal do Brasil (RFB) ou Fazenda Nacional, ou
União.
Os tributos no Brasil existem sob cinco formas: impostos, taxas, contribuição de melhoria,
empréstimo compulsório e contribuições.
Contabilidade Tributária I
91
1.1.3 Modalidade de apuração e pagamento dos Tributos Administrados pela Receita Federal
do Brasil
Toda empresa legalmente constituída no Brasil pode ser enquadrada pela legislação
tributária em, âmbito da União, em relação a cinco situações distintas: Lucro Arbitrado,
Lucro Presumido, Lucro Real, Simples Nacional e Imune/Isenta, conforme figura abaixo:
Regime de apuração
Lucro Lucro Lucro Simples
Arbitrado Presumido Real Nacional
Imune/Isento
Anual ou
proporcional Trimestral Trimestral Anual Mensal
Regime de pagamento
A Isenção, por sua vez, é o ato ou efeito de isentar, ou seja, de livrar, dispensar,
desobrigar ou eximir. É um privilégio que torna a pessoa física/jurídica isenta de
determinadas obrigações.
Contabilidade Tributária I
93
Objetivos:
• Apresentar a sistemática de cálculo do IR e CSL na modalidade do Lucro Real
Trimestral.
• Apurado anualmente
Nesse contexto, o cálculo do tributo tem por base uma nova riqueza produzida pelo
contribuinte, seja por fruto de trabalho, capital, ou ambos, chamada de rendimentos
tributáveis, sobre a qual se aplica uma porcentagem (alíquota), obedecendo as orientações
produzidas pelo organismo fiscalizador de cada país. No caso do Brasil, a Fazenda
Nacional, denominada de Receita Federal do Brasil (RFB).
Contabilidade Tributária I
95
Como destacado anteriormente, seja sob o imposto de renda (IR), bem como a
contribuição social sobre o lucro (CSL), as pessoas jurídicas - as empresas – apuram e
pagam à União, através da Receita Federal do Brasil, de forma trimestral ou anualmente,
com o destaque que, na forma anual, os pagamentos do imposto de renda e da contribuição
sobre o lucro ocorrem mensalmente por estimativa. As duas formas de tributo serão
tratadas detalhadamente a seguir.
Vamos então centrar, agora, os estudos no cálculo de pagamento do tributo sobre a renda
(IR) e a Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) de forma trimestral, com base do lucro
real.
1.2.2.1 Cálculo do Imposto de Renda (IR) Trimestral com base em Lucro Real
O imposto de renda (IR) será determinado por períodos de apuração trimestrais,
encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada
ano-calendário.
O lucro real é o lucro contábil, antes do imposto de renda e da contribuição sobre o lucro,
apurado com observância das leis comercias e ajustado pelas adições, pelas exclusões
autorizadas pela legislação.
1.2.2.1.1 Alíquota
O imposto de Renda trimestral será calculado mediante a aplicação da:
• alíquota normal de 15% sobre o lucro real;
• mais alíquota adicional de 10% sobre o lucro real que exceder o limite de $60
mil (trimestral) ou $20 mil por fração de mês.
1.2.2.1.2 Deduções
Deduções: Poderão ser deduzidos do valor do Imposto de Renda trimestral:
Contabilidade Tributária I
97
(-) EXCLUSÕES
• Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo FISCO
• Despesas aceitas pelo FISCO e não contabilizadas em DESPESAS
• Despesas Contabilizadas que não são aceitas pelo FISCO: A legislação fiscal não
aceita como dedução do lucro.Exemplo: Despesas com brindes;multas fiscais pagas
por infrações, salvo as de natureza compensatórias (multa de mora); multas de
trânsito; multas de vigilância sanitária; participações pagas a empregadores e partes
beneficiárias; etc (ver outras restrições na legislação).
( x ) APLICAÇÃO
• da alíquota normal de 15% sobre o lucro real tributável
• da alíquota adicional de 10% sobre a parcela do lucro real tributável que exceder
a R$ 60.000,00 no trimestre
(=) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO
(-) DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
Contabilidade Tributária I
99
PEDE-SE: (i) demonstrar o lucro real tributável do imposto de renda e a base de cálculo
da contribuição social sobre lucro no período findo em 30_Set./XX; (ii) calcular e
contabilizar a provisão do imposto de renda e da contribuição devida no período,
sabendo-se que houve imposto de renda retido na fonte durante o trimestre de $2.200
decorrente das receitas computadas no lucro real.
Solução:
Contabilidade Tributária I
101
1.2.3.1 Cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL) Trimestral com base Lucro Real
A sistemática de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro deve respeitar a mesma
sistemática escolhida pela pessoa jurídica para o recolhimento do Imposto de Renda
(IRPJ).
1.2.3.1.1 Alíquota
A contribuição social sobre o lucro calculada mediante a aplicação:
1.2.3.1.3 e-LACS
É um livro fiscal de apuração da CSL para as empresas tributadas na modalidade Lucro
Real, chamado de livro de apuração da Base de Cálculo da Contribuição Social sobre o
Lucro (e-LACS).
Assim, diz que essa obrigação acessória passa a chamar e-LALUR (livro fiscal eletrônico
de apuração do imposto de renda) e o e-LACS (livro fiscal eletrônico de apuração da
contribuição social), que passam a integrar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de
cunho obrigatório das empresas.
Contabilidade Tributária I
103
Há receitas que são exigidas pela legislação do IR e não são exigidas pela legislação da
CSL. Da mesma forma, há despesas que são aceitas na apuração do imposto de renda e
não são aceitas na apuração da contribuição social. Ver a IN RFB 1.700/2017.
(+) ADIÇÕES
• Despesas Contabilizadas que não são aceitas pelo FISCO
• Receitas exigidas pelo FISCO e não contabilizadas em RECEITAS
(-) EXCLUSÕES
• Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo FISCO
• Despesas aceitas pelo FISCO e não contabilizadas em DESPESAS
(=) LUCRO ANTES DA COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS
(-) Compensação de BASE NEGATIVA (Limite 30%)
(=) LUCRO REAL TRIBUTÁVEL
( x ) APLICAÇÃO
• da alíquota normal de 9% sobre o lucro real tributável
(=) CSL DEVIDA
Contabilidade Tributária I
105
Solução:
Primeiramente, de forma semelhante ao cálculo do Imposto de Renda, deve-se apurar o
Lucro Real Tributável, através do e-LACS Livro A, conforme a seguir demonstrado:
Contabilidade Tributária I
107
Q2. (PEGAS, 2017) Uma empresa, optante pelo lucro trimestral, iniciou suas
atividade no dia 01/jan/x1. Obteve no final do 1º trimestre (mar.x1) um lucro
contábil de $ 400 mil. Sabendo que todas as despesas são dedutíveis e as receitas
tributáveis. PEDE-SE: Calcule o IR devido no trimestre que será recolhido em
abr.x1:
a)60.000,00
b)98.000,00
c)96.000,00
d)94.000,00
Q5. (PEGAS, 2017) Uma empresa, optante pelo lucro trimestral, iniciou suas
atividade no dia 02/jan/x1. Obteve no final do 1º trimestre (março) um lucro
contábil de $ 500 mil. Sabendo que todas as despesas são dedutíveis e as receitas
tributáveis, PEDE-SE: Calcule o IR.
Q7. (Prefeitura de Angra dos Reis – Contador – Fesp/02 adaptado, apud PEGAS,
2017), Exclusão ao lucro líquido pode representar:
e) falta elementos
Q8. (Prefeitura de Angra dos Reis – Contador – Fesp/02, apud PEGAS, 2017) O
LALUR é um livro:
e) falta elementos
Contabilidade Tributária I
109
Q9. (Analista Tributário Pleno PUC-PR (COPEL), apud PEGAS, 2017) Quanto ao
LALUR é INCORRETO afirmar:
c) na sua parte B, a escrituração será feita utilizando-se uma folha para cada conta
ou fato que requeira individualização
Q10. (PEGAS, 2017, p.402) Exclusão ao lucro líquido (nas bases de IR e CSLL)
representa:
e) Falta elementos
Q11. (PEGAS, 2017, p.403) Representa receita não tributável na base do IR:
Q12. (PEGAS, 2017, p. 403)Empresa tributada pelo lucro real anual em 2005
apurou prejuízo fiscal de R$ 100.000. Em 2006, calculou IR pela apuração
trimestral e, no 1o trimestre, obteve lucro de R$ 280.000, incluídos os seguintes
valores:
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
C D D D A D A B A D B D
Contabilidade Tributária I
111
Objetivos:
• Apresentar a sistemática do cálculo mensal em bases estimadas.
A apuração do imposto por estimativa será determinada das seguintes formas, facultado
ao contribuinte optar pela alternativa que for mais vantajosa:
a. Com base na Receita Bruta auferida mensalmente: sobre a receita bruta mensal
decorrente das atividades operacionais, aplicam-se percentuais constantes no Artigo
15, § lº, da Lei 9.249/1995, acrescidos das demais receitas (ganho de capital, juros,
variação monetária ativa, etc.). É o que se chama de Estimativa Pura.
1.3.1.1 Alíquota
Contabilidade Tributária I
113
RECEITA BRUTA
Em seguida, aplica-se a alíquota de 10% sobre a parcela da base cálculo do lucro estimado
mensal que exceder a $20 mil no mês, onde se encontra o valor do Imposto de renda
adicional estimado mensal. Juntam-se os dois valores, ou seja, o Imposto de Renda
Normal com o Adicional, e encontra-se o Imposto de Renda Estimado devido do mês de
apuração.
( x ) APLICAÇÃO
• da alíquota normal de 15% sobre a base de cálculo do I.R. estimado
• incentivos fiscais
Contabilidade Tributária I
115
Solução:
DISCRIMINAÇÃO R. c/Venda R. c/Serviço
RECEITA BRUTA 200.000 50.000
• Receita de revenda de mercadorias, $200.000
200.000 50.000
• Receita de serviço, $50.000
(-) Dedução p/efeito de Apuração da Receita Bruta Ajustada (10.000) -
• Vendas canceladas, $10.000 10.000 -
(=) RECEITA BRUTA AJUSTADA 190.000 50.000
% APLICÁVEIS sobre a RECEITA Bruta Ajustada 8% 32%
(=) LUCRO ESTIMADO 15.200 16.000
LUCRO ESTIMADO CONSOLIDADO 25.200
(+) Acréscimos 10.000
• Ganho de capital alienação bens do ativo, $10.000 10.000
(=) BASE DE CÁLCULO DO IR ESTIMADO 35.200
(=) BASE DE CÁLCULO DO IR ESTIMADO
IR Normal: (alíquota básica) - 15% de 35.200 5.280
IR Adicional: (excesso s/20.000) - 10% de (35.200-20.000) 1.520
(=) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 6.800
(-)DEDUÇÃO -
(=) IMPOSTO DE RENDA A RECOLHER 6.800
Nota: (1) Rendimento de aplicação financeira, mesmo sofrendo tributação na fonte, não entra no
cálculo da estimativa
(2) Rendimento obtido de equivalência patrimonial não sofre tributação na Cia EAD, dado que este
rendimento já foi tributado na empresa que gerou o ganho.
1.3.2 Cálculo da Contribuição Social sobre Lucro (CSL) Mensal por Estimativa
As empresas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do imposto de renda (IRPJ)
por estimativa deverão também pagar a CSL pelo mesmo critério (Art. 28 da Lei nº
9.430/96).
Assim, semelhante ao imposto de renda, na escolha da opção pela apuração do lucro real
anual, há obrigatoriedade do recolhimento mensal em bases estimadas da contribuição
social sobre o lucro (CS). Logo, embora a apuração definitiva da base de cálculo da
contribuição social somente ocorra no final do ano, a pessoa jurídica é obrigada a recolher
ao Fisco mensalmente uma parcela por antecipação da contribuição social sobre o lucro
devida, decorrente de suas operações no ano.
1.3.2.1 Alíquota
• alíquota 9% sobre o lucro estimado mensal;
Contabilidade Tributária I
117
RECEITA BRUTA
Encontrado o valor da contribuição social sobre o lucro (CSL) em base estimada devida
no mês, podem-se deduzir (1) valores de contribuição social sobre o lucro pago ou retido
na fonte sobre receitas computadas na determinação do lucro real estimado mensal
tributável e (2) contribuição social sobre o lucro pago a maior ou indevidamente em
períodos anteriores.
Após essas deduções, encontra-se o valor da contribuição social sobre o lucro (CSL), na
forma do demonstrativo a seguir:
( x ) APLICAÇÃO
• da alíquota normal de 9% sobre a base de cálculo do CSL estimada
1.3.2.6 Exemplo Numérico Contribuição Social sobre Lucro por Estimativa Mensal
A Cia EAD é uma pessoa jurídica que opera com vendas e serviços e apresenta as
seguintes movimentações em um mês de um determinado ano:
Solução:
DISCRIMINAÇÃO R. c/Venda R. c/Serviço
RECEITA BRUTA 200.000 50.000
• Receita de revenda de mercadorias, $200.000
200.000 50.000
• Receita de serviço, $50.000
(-) Dedução p/efeito de Apuração da Receita Bruta Ajustada (10.000) -
• Vendas canceladas, $10.000 10.000 -
(=) RECEITA BRUTA AJUSTADA 190.000 50.000
% APLICÁVEIS sobre a RECEITA Bruta Ajustada 12% 32%
(=) LUCRO ESTIMADO 22.800 16.000
LUCRO ESTIMADO CONSOLIDADO 38.800
(+) Acréscimos 15.000
• Ganho de capital alienação bens do ativo, $10.000 10.000
• Rendimento recebido de aplicação financeira, $5.000 5.000
(=) BASE DE CÁLCULO DA CSL ESTIMADA 53.800
CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO EM BASE ESTIMADA
CSL Estimada: (alíquota básica) - 9% de 53.800 4.842
(=) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/LUCRO DEVIDA 4.842
(-)DEDUÇÃO -
(=) IMPOSTO DE RENDA A RECOLHER 4.842
Nota: (1) Rendimento obtido de equivalência patrimonial não sofre tributação na Cia EAD, dado que
já este rendimento já foi tributado na empresa que gerou o ganho.
Contabilidade Tributária I
119
1.3.3 Cálculo do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro (CSL) em base
Estimada Mensal por Suspensão ou Redução.
A pessoa jurídica poderá suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido em
cada mês, desde que demonstre, através de balanços ou balancetes mensais, que o valor
acumulado já pago excede o valor do imposto, inclusive adicional, calculado com base no
lucro real do período em curso (Lei 8.981/1995, Artigo 35, e Lei 9.430/1996, Artigo 2º).
A opção exercida para o recolhimento do IRPJ deve ser a mesma para a CSSL. Por outro
lado, período em curso representa aquele compreendido entre 1º de janeiro ou do início
de atividade e o último dia do mês a que se referir o balanço ou balancete.
• será elaborado com observância das disposições contidas nas leis comerciais;
• será transcrito no livro Diário até a data fixada para pagamento do imposto do
respectivo mês;
• somente produzirá efeitos para fins de determinação da parcela do IRPJ e da
CSLL devidos no decorrer do ano-calendário.
Contabilidade Tributária I
121
Os $200 ($5.000 - $4.800) pagos a maior no período não poderão ser diminuídos nos
recolhimentos mensais por estimativa dos meses subsequentes. Caso a empresa deseje
fazer nova redução no mês de junho, deverá levantar novo balanço em 30 de junho,
apurando o imposto devido sobre o lucro real no período de janeiro a junho, e diminuir
os valores efetivamente pagos até a data, correspondentes aos meses base de janeiro a
junho.
1.3.3.3.3 Exemplo de recolhimento pelo menor valor com base em balanço ou balancete
3ª hipótese: A empresa apurou $8.000 de imposto de renda a pagar sobre o lucro real no
período de janeiro a maio. Como os pagamentos mensais efetuados até o mês de maio
foram $5.000, a empresa deveria recolher em junho (relativo ao mês de maio), $3.000
($8.000 - $5.000). Nessa hipótese, a pessoa jurídica poderá optar por recolher o valor
da estimativa pura no mês de maio, ou seja, $2.000, porque a legislação permite nessa
situação que se opte pelo valor estimado.
Q2. (PEGAS, 2017) A Cia Joinvile (empresa comercial) que optou pelo lucro
real anual, com pagamentos mensais por estimativa do IR e CSL, apresentou o
seguinte resultado no mês de janeiro de x18.
Informe o valor que deverá ser recolhido de IR+CSL no mês de fevereiro de x16,
considerando a melhor opção para empresa, a título de antecipação mensal:
Q3. (PEGAS, 2017) A Cia Trox (empresa de serviço consultoria e perícia contábil
judicial e extrajudicial), tributada pelo lucro real por usufruir de benefícios de
incentivos fiscais do governo federal, faz apuração mensal em bases estimadas. No
mês de julho/x18 apresentou as seguintes contas de resultado:
Contabilidade Tributária I
123
Q4. (PEGAS, 2017) Empresa tributada pelo lucro real faz apuração mensal em
bases estimadas. No mês de fevereiro/x16, apresentou as seguintes contas de
resultado:
Q5. (PEGAS, 2017) A Cia Locat (atua com venda e serviços de manutenção e
locação de máquinas industriais) optou pelo lucro real anual, com antecipação
mensal em bases estimadas, apresenta o seguinte resultado no mês de janeiro de
x16:
Q6. A Cia Opção atua na área do comércio. Considerando que a Cia Opção
recolhe o imposto de renda pela sistemática da estimativa com percentual de 8%
sobre faturamento: Preencha os espaços vazios do quadro abaixo que represente
o valor do imposto de renda pago em determinado período do anoxx:
- Q6.1 O imposto de renda pelo lucro real de: R$_11.000,00_ - Qual deve ser
o posicionamento da Cia Opção quanto ao recolhimento do imposto do mês
de março: “Pagar o IR Estimado com Redução?” “Suspender o pagamento do IR
Estimado?” ou” Pagar o IR Estimado pelo valor mesmo calculado?” [Obrigatório
argumentar]
Comentário:
Contabilidade Tributária I
125
- Q6.2 O imposto de renda pelo lucro real de: R$_7.000,00_ - Qual deve ser
o posicionamento da Cia Opção quanto ao recolhimento do imposto do mês
de marco: “Pagar o IR Estimado com Redução?” “Suspender o pagamento do IR
Estimado?” ou” Pagar o IR Estimado pelo valor mesmo calculado?” [Obrigatório
argumentar]
Comentário:
Q6.3 O imposto de renda pelo lucro real de: R$_12.000,00_ - Qual deve ser
o posicionamento da Cia Opção quanto ao recolhimento do imposto do mês
de marco: “Pagar o IR Estimado com Redução?” “Suspender o pagamento do IR
Estimado?” ou “Pagar o IR Estimado pelo valor mesmo calculado?” [Obrigatório
argumentar]
Comentário:
GABARITO
1 2 3 4 5
C C D C B
Objetivos:
• Apresentar a sistemática do cálculo trimestral pelo lucro presumido.
• Entender como se calcula o imposto de renda (IR) e a contribuição social sobre
o lucro (CSL) com base no lucro presumido.
• Identificar as pessoas jurídicas que não podem optar pelo lucro presumido.
O Lucro Presumido é aquele apurado pelas empresas, com base numa presunção por
parte do fisco do que seria seu lucro, caso não houvesse a Contabilidade.
Essa sistemática é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua
receita bruta e outras receitas sujeitas à tributação.Em termos gerais, trata-se de um lucro
fixado a partir de percentuais padrões aplicados sobre a Receita Operacional Bruta -
ROB. Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas eventuais auferidas, como
receitas financeiras e aluguéis.
O lucro presumido deve ser apurado trimestralmente nos dias 31 de março, 30 de junho,
30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário, ou na data de extinção da pessoa
jurídica, caso encerre as atividades ou seu acervo líquido seja totalmente destinado.
A sistemática é utilizada para presumir o lucro da pessoa jurídica a partir de sua receita
bruta e outras receitas sujeitas à tributação.Em termos gerais, trata-se de um lucro fixado
a partir de percentuais padrões aplicados sobre a Receita Operacional Bruta - ROB.
Sobre o referido resultado somam-se as outras receitas eventuais auferidas, como receitas
financeiras e aluguéis.
Contabilidade Tributária I
127
1.4.1.1 Cálculo do limite de $78 milhões para poder optar pelo Lucro Presumido
Para o cálculo do limite de $78 milhões, teoricamente, entram todas as receitas, mesmo
as não tributadas pelo lucro presumido, a exemplo do resultado positivo de participações
em empresa controladas e coligadas e as reversões de provisões.
Por sua vez, são deduzidos da receita total, para fins de cômputo do limite: (1) as vendas
canceladas; (2) os descontos incondicionais; e (3) o IPI e ICMS-ST, quando registrados
como receitas.
1.4.1.1.1 Exemplificando
Uma indústria de bebidas, com receita de $90 milhões no ano, incluindo $15 milhões
de IPI e ICMS ST, poderá optar pelo lucro presumido no ano seguinte. Outra empresa,
com receita bruta de $80 milhões e desconto incondicional (ou devoluções de vendas)
de $3 milhões também pode optar pelo lucro presumido. Não poderá optar pelo lucro
presumido a empresa que apresentar $65 milhões de receita bruta e $20 milhões de
resultado de participações em controladas.
Se a empresa apresentar receita total em x1 de $75 milhões, no ano seguinte (x2) poderá
optar pelo lucro presumido, independente do total de suas receitas neste ano. Mesmo que
as receitas sejam de $200 milhões, a empresa poderá utilizar a opção do lucro presumido.
Todavia, em x3, será obrigada ao lucro real, pois é ano-calendário anterior (x2) que a lei
toma como referência para vetar sua utilização. No caso, obteve uma receita bruta de
$200milhões, portanto maior que o limite de $78 milhões.
O cálculo do limite de $78 milhões para poder a empresa optar pelo Lucro Pre-
sumido deve considerar, na composição da receita bruta, tanto a receita tributada
quanto a receita não tributada pelo IR e CSL, podendo abater do IPI, ICMS-ST e
os descontos incondicionais, devoluções e abatimentos sobre as vendas.
Contabilidade Tributária I
129
III. em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não
prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, todos os livros de escrituração
obrigatórios por legislação fiscal específica, bem como os documentos e demais
papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal.
Encontrado esse lucro, somam-se as outras receitas eventuais auferidas, como receitas
financeiras e aluguéis, ganhos de capital, etc., em seguida, aplica-se a alíquota e, então,
tem-se o imposto devido do trimestre.
1.4.2.1 Alíquota
• alíquota normal de 15% sobre o lucro estimado mensal;
• alíquota adicional de 10% sobre o lucro estimado que exceder o limite trimestral
de $ 60 mil, ou $20 mil por fração de meses.
1.4.2.3Lucro Presumido
O lucro presumido é definido a partir da aplicação de percentuais definidos pela Receita
Federal do Brasil sobre a Receita Bruta Operacional, decorrentes das atividades, conforme
as espécies geradoras da receita na forma a seguir:
Contabilidade Tributária I
131
RECEITA BRUTA
( x ) APLICAÇÃO
• da alíquota normal de 15% sobre a base de cálculo do I.R. presumido
• da alíquota adicional de 10% sobre a base de cálculo do I.R. presumido que
exceder a R$ 60 mil no trimestre ou R$ 20 mil por fração de mês.
(=) IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO DEVIDO
(-) DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
• poderão ser deduzidos do valor do imposto devido
• imposto de renda pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na
determinação do lucro presumido
• imposto de renda pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores
(=) IMPOSTO DE RENDA PRESUMIDO A RECOLHER
Contabilidade Tributária I
133
Assim, semelhante ao imposto de renda, a opção pela tributação com base no lucro
presumido será aplicada em relação a todo o período de atividade da empresa em cada
ano-calendário. A opção será manifestada com o pagamento da primeira ou única
quota do imposto devido, correspondente ao primeiro período de apuração de cada
ano-calendário.
1.4.3.1 Alíquota
• Alíquota 9% sobre o lucro presumido
RECEITA BRUTA
Contabilidade Tributária I
135
Encontrado o valor dacontribuição social sobre o lucro (CSL) em base presumida devida
no trimestre, podem-se deduzir (1) valores de contribuição social sobre o lucro pago ou
retido na fonte sobre receitas computadas na determinação do lucro presumido trimestral
tributável e (2) contribuição social sobre o lucro pago a maior ou indevidamente em
períodos anteriores.
Após essas deduções, encontra-se o valor dacontribuição social sobre o lucro (CSL), na
forma do demonstrativo a seguir:
( x ) APLICAÇÃO
Contabilidade Tributária I
137
(a)R$ 13.500; (b) R$ 11.500; (c) R$ 9.500; (d)R$ 9.300; (e) Faltam elementos
(a)R$ 6.750; (b) R$ 6.150; (c) R$ 6.100; (d)R$ 6.060; (e) 5.650
(a)R$ 840; (b) R$ 1.200; (c) R$ 2.520; (d)R$ 3.720; (e) Faltam elementos
e) Faltam elementos
Q4. (PEGAS, 2012, p. 516) Para cada alternativa, de “a” a “e”, marque no parêntese
V, se a proposição é verdadeira; F, se a proposição é falsa.
Contabilidade Tributária I
139
(a)R$ 13.500; (b) R$ 11.500; (c) R$ 9.500; (d)R$ 9.300; e) Faltam elementos
(a)R$ 6.750; (b) R$ 6.150; (c) R$ 6.100; (d) 5.650 (e)R$ 6.060;
(a)R$ 840; (b) R$ 1.200; (c) R$ 2.520; (d)R$ 720; (e) Faltam elementos
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7
A E B VVVFF B D D
Objetivos:
• Apresentar a sistemática do cálculo da COFINS e do PIS com base no Regime
Cumulativo e Não Cumulativo.
• Compreender a associação do Regime Cumulativo e Não Cumulativo de
apuração da COFINS e do PIS com a sistemática de apuração do IR e CSL.
• Descrever a apuração da base de cálculo, alíquota, incidência e pagamento da
COFINS e do PIS Cumulativo.
• Descrever a apuração da base de cálculo, alíquota, incidência e pagamento da
COFINS e do PIS Cumulativo.
1.5.1 Cofins
A Cofins, antigo Finsocial, foi instituída pela LC nº 70, de 30-12-91. Trata-se de uma
contribuição social para financiamento da seguridade social, nos termos do Inciso I
do Art. 195 da CF/88, um tributo que incide sobre o valor do faturamento mensal das
pessoas jurídicas ou a elas equiparadas, com o objetivo de assegurar ao cidadão os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Contabilidade Tributária I
141
1.5.2 Pis
A contribuição para o Pis foi criada pela LC nº 7, de 07-09-70.O programa busca a
integração do empregado do setor privado com o desenvolvimento da empresa.A gestão
dos recursos do PIS é de responsabilidade da Caixa.
Não obstante a apresentação desse paralelo entre Pis e Pasep, este estudo voltar-se-á
eminentemente à contribuição do Pis.
Contabilidade Tributária I
143
• Descontos incondicionais,$20.000
• Notas: (1) 20% das revendas são de produtos com tributação monofásica, ou
seja, semelhante à substituição tributária, o produto já saiu da fábrica tributado
da Cofins e Pis até o consumidor final. (2) As devoluções e os descontos são de
produtos tributados normalmente.
Solução:
DISCRIMINAÇÃO VALOR - R$
RECEITA BRUTA 400.000
• Receita com revenda de mercadoria (80% de 500.000) 400.000
(-) Dedução p/efeito de Apuração da Receita Bruta Ajustada (70.000)
• Devolução de vendas, $10.000 10.000
• Descontos incondicionais, $ 20.000 20.000
• ICMS substituição tributária, $40.000 40.000
(=) Receita Bruta Ajustada para efeito de cálculo da
330.000
COFINS e PIS
COFINS PIS
ALÍQUOTA 3% 0,65%
COFINS e PIS Cumulativo Devido 9.900 2.145
(-) Dedução - -
COFINS e PIS Cumulativo a Recolher 9.900 2.145
Contabilidade Tributária I
145
1.5.4.1.3 Créditos
Em virtude da não cumulatividade, dos valores apurados das contribuições, a pessoa
jurídica poderá descontar créditos calculados mediante a aplicação da alíquota de 7,6%
para Cofins e 1,65% para o PIS sobre o valor:
Contabilidade Tributária I
147
PEDE-SE: Com base nas informações disponíveis, calcule e contabilize a provisão para
a Cofins e Pis Não Cumulativa devida pela empresa no mês de jan.x1, que será recolhida
à Fazenda Nacional no dia 25 de fev/x1. No período, a empresa incorreu em gastos
com energia elétrica do estabelecimento, aluguéis com pessoa jurídica de bem móveis e
depreciação de ativo imobilizado nos valores de $900; $3.000 e $1.500, respectivamente.
Solução:
DISCRIMINAÇÃO VALOR - R$
RECEITA BRUTA 1.000.000
•Receita com revenda de mercadoria, $1.000.000 1.000.000
(-) Dedução p/efeito de Apuração da Receita Bruta Ajustada (50.000)
•Vendas canceladas e devoluções, $20.000 20.000
•Descontos incondicionais, $10.000 10.000
•ICMS substituição tributária incluso nas vendas, $20.000 20.000
(=) Receita Bruta Ajustada para efeito de cálculo da
950.000
COFINS e PIS
COFINS PIS
ALÍQUOTA 7,6% 1,65%
Subtotal 1 - COFINS e PIS Devido à Alíquota de 7,6% e 1,65% 72.200 15.675
RECEITA OBTIDA COM INCIDÊNCIA DA COFINS E PIS ALÍQUOTA DIFERENCIADA
•Receita Financeira, $10.000 – Cofins – 7,6% e Pis – 0,65% 760 65
•Ganho de capital próprio, $20.000 - Cofins – 1,65% e Pis – 0,65% 330 130
Subtotal 2 - COFINS e PIS Devido às Alíquotas Diversas 1.090 195
Cofins e Pis Calculados: Subtotal 1 + Subtotal 2 – [1] 73.290 15.870
(-) CRÉDITOS Autorizados
• Mercadorias adquiridas, 50% de 1.000.000 500.000 500.000
• Energia elétrica incorrida no período 900
• Aluguéis de bens imóveis com pessoas jurídicas incorridas 3.000
• Depreciação de ativo imobilizado 1.500
Total de Créditos 505.400
ALÍQUOTA 7,6% 1,65%
Crédito Cofins e Pis [2] 38.410 8.339
COFINS e PIS Não Cumulativo Devido = [3= 1- 2] 34.880 7.531
(-) DEDUÇÕES - -
COFINS e PIS Não Cumulativo a Recolher 34.880 7.531
Contabilidade Tributária I
149
a) 7.600 e 1.650 b) 4.560 e 990 c) 3.040 e 660 d) 1.650 e 650 e) faltam dados
Q3. (PEGAS, 2012) Cia. Rato (comércio), tributada pelo lucro presumido, tem os
seguintes itens em JAN/x1:
Q4. (PEGAS, 2017) A Cia. Rua, empresa comercial, tributada pelo lucro
presumido, tem os seguintes itens em JAN/16:
» (+) Receita Bruta R$ 500.000,00
*1 – 10% das vendas são p/ o exterior. O desconto foi concedido em vendas no Brasil.
Q5. (PEGAS, 2017) Veja as receitas da Farmácia Pontão, tributada pelo lucro
presumido, em JAN/16:
GABARITO
1 2 3 4 5
A B A E C
Contabilidade Tributária I
151
Q2. (PEGAS, 2012) A Cia Cosmos é uma empresa tributada pelo lucro real que
vende produtos e presta serviços de informática no Brasil e exterior. As receitas
do mês de janeiro de x1 estão distribuídos da seguinte forma (valores expressos
em mil reais):
a) 7.600 e 1.650 b) 4.560 e 990 c) 3.040 e 660 d) 1.650 e 650 e) falta dados
Q4. (PEGAS, 2012) Uma empresa comercial tributada pelo lucro real apresentou
as seguintes informações no mês de outubro de x1:
GABARITO
1 2 3 4
C A B C
Contabilidade Tributária I
153
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal (CF/88). Acesso Internet em 20/08/18: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
BRASIL. Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66 e suas alterações). Disponível em:http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm. Acesso: 14 ago de 2018.
BRASIL. Lei Complementar 116/2003. Dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza,
de competência dos Municípios e do Distrito Federal, e dá outras providências( Acesso em Internet dia
05.04.19: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp116.htm)
BRASIL. Decreto nº 7.212, de 15/06/2010. Aprova o Regulamento do Imposto sobre Produtos Industria-
lizados (IPI).
BRASIL. Lei Nº 9.715, de 25 de novembro de 1998. Dispõe sobre as contribuições para os Programas
de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP, e dá outras
providências
BAHIA. RICMS/BA. Publicado pelo Decreto nº 13.780 de 16/03/12. Regulamento do ICMS no Estado da
Bahia, entrando em vigor 01/04/12
PEGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributaria. 7ªed.Rev. Rio de Janeiro: FBE. 2012
PEGAS, Paulo Henrique. Manual de Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. Grupo FEN
Contabilidade Tributária I
155
OLIVEIRA, Luis Martins de e outros. Manual de Contabilidade Tributária. Textos e testes com respostas.
11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SOUSA, Edmilson Patrocínio. Contabilidade Tributária: aspectos práticos e conceituais. São Paulo: Atlas;
GEN, 2018
ANOTAÇÕES
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Contabilidade Tributária I
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ANOTAÇÕES
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