Guia de Elaboracao de Monografia e Dissertacao PDF
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CIENTÍFICOS
Coordenação e Elaboração:
Lino Marques Samuel
Heitor Simão Mafanela Simão
BEIRA
2016
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Índice
1 Introdução ........................................................................................ 4
2 Monografias e Dissertações ............................................................... 4
3 Capítulo I: Projecto de Pesquisa ........................................................ 5
3.1 Problematização ........................................................................................................ 6
1 Introdução
2 Monografias e Dissertações
É importante que a escolha do tema esteja sustentada no prévio conhecimento teórico sobre o
assunto, que o mesmo esteja bem delimitado e venha a contribuir com relevância quer para
aumentar o conhecimento sobre um determinado objecto de estudo, quer para produzir melhorias
(ou transformação), do ponto de vista pessoal, social ou comunitário.
O documento permitirá a avaliação da pesquisa pela comunidade científica e será apresentado para
se obter aprovação e/ou financiamento para sua execução. GIL (1991, citado por Silva e Menezes,
2005, p.91). Só após a aprovação pelo Conselho Científico é que se passa as fases seguintes da
escrita.
Muitos autores apontam que, pelo facto de as pesquisas diferirem entre si, não pode haver,
naturalmente, um modelo fixo para a redacção do projecto, mas que é possível apresentar um
esquema/estrutura abrangente dos vários tópicos que o compõem:
Capa
Folha de Rosto
Índice
Introdução
Problematização (Pergunta de partida)
Contextualização/delimitação da pesquisa
Objectivos: objectivo geral e o bjectivos específicos
Questões de pesquisa (ou hipótese/s)
Relevância do estudo (motivação e contributos)
Marco teórico (Revisão da Literatura)
Metodologia: (opção, procedimentos e limites), Tipo de Pesquisa, Participantes (Universo e
Amostra), Instrumentos de Recolha de Dados, Modelo de análise de dados
Cronograma
Orçamento
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Referências Bibliográficas
Apêndices e anexos (caso haja)
O projecto de pesquisa é na verdade uma orientação dinâmica e flexível que indica onde o
pesquisador quer chegar e os caminhos que pretende seguir e, por isso, pode ser feito um
reajustamento ad hoc sempre que necessário, adequando-o às novas exigências que vão
emergindo no desenrolar do trabalho.
A seguir procuramos apresentar e explicar com o mínimo de detalhes alguns elementos que
compõem o projecto de pesquisa:
3.1 Problematização
teoria prevê e o que realmente acontece e (c) inconsistências entre os resultados de diferentes
pesquisas ou entre estes e o que se observou na prática.
Por outro lado, Richardson (1999, p. 58) diz que o processo de formulação pressupõe dois
comportamentos distintos do pesquisador:
Nesta fase o pesquisador, deverá formular algumas questões norteadoras: Qual a importância do
fenómeno a ser pesquisado? Que factores ditaram o surgimento do fenómeno? Há quanto tempo
ocorre o fenómeno? Por que pesquisar este fenómeno? Quem beneficiará dos resultados da
pesquisa?
Haja cuidado durante este processo, pois Richardson (1999, p. 59) elucida que nem todas as
questões devem ser consideradas problemas de pesquisa, mas sim aquelas que necessitam de
uma resposta devido à sua importância na sociedade ou no campo das ciências humanas.
Para se conduzir a pesquisa de maneira adequada, deve-se tornar o problema mais específico,
pois nem todos os termos usados deixam claro os contornos da sua extensão. De facto, não é
plausível que se queira investigar os vários registos implicados numa investigação. Parte-se,
sempre, de um enfoque (ou abordagem). Daí a exigência de delimitar o campo da pesquisa.
A prática manda que se delimite a pesquisa tendo em conta o espaço e o tempo em que se faz
sentir e ocorre o problema, para além do ponto de vista temático e das teorias em que o estudo
será conduzido.
3.1.3 Problema
Embora não existam regras rígidas para a formulação do problema, o problema em si deve ser
colocado na forma de uma pergunta, precedido da sua respectiva formulação. Quer dizer que depois
de descrever todo o background do fenómeno, definindo-o, apresentando as características,
dizendo onde ocorre, quando ocorre, como se manifesta, identificando os intervenientes e
explicando factos que se relacionam com o fenómeno, o pesquisador coloca o problema ou seja
a pergunta de pesquisa, sempre na forma interrogativa, com o auxílio do como, que, quando e
por que, esta última expressão, como diz Richardson (1999, p. 27), sem resposta fácil para
pesquisas desenvolvidas pelo método científico.
É importante destacar que ao longo do projecto há uma relação entre o problema, o tema, os
objectivos, a pergunta de partida (ou hipótese/s) e as técnicas ou instrumentos de recolha de
dados. Para além disso, é a partir do problema que o pesquisador define o título (tema, para alguns)
do trabalho.
Importa, no entanto, referir que nem todos os tipos de pesquisa requerem hipóteses (neste caso
opta-se por uma pergunta de partida). Existem na literatura especializada sobre pesquisa, vários
tipos de hipóteses e exigências na sua formulação. Para uma maior compreensão, recomendamos
uma leitura aprofundada da matéria (Richardson, 1999).
Como se pode ver, a hipótese pode também ser entendida como uma relação hipotética entre
duas ou mais variáveis. As variáveis têm como propósito efectuar uma correlação causal (causas
versus efeitos), enquanto as questões de investigação procuram realizar sucessivas aproximações
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3.3 Objectivos
A experiência do pesquisador nesta fase é relevante, mesmo porque se deve ter em conta
que alguns dos objectivos, normalmente, surgem durante a formulação do problema.
O pesquisador deve elaborar objectivos tendo em conta que ele deve ser claro, simples e
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preciso para não dar lugar a interpretações subjectivas. Deve ser mensurável (nas abordagens
quantitativas), dando a possibilidade de avaliar o seu cumprimento. Deve ser alcançável durante o
período em que a pesquisa irá decorrer e deve ser orientado para o fenómeno estudado, de modo
a satisfazer a necessidade concreta do grupo-alvo.
Há que se prestar atenção, também, à escolha dos verbos a usar ao traçar o objectivo geral ou o
específico.
Na formulação de objectivos podem-se usar os verbos abaixo indicados, segundo a pretensão do
pesquisador:
O marco teórico (quadro teórico para uns, referente teórico ou epistemológico para outros),
normalmente começa com a revisão da literatura (bibliografia), ou seja, com a análise ou
levantamento das mais recentes obras científicas disponíveis (artigos científicos ou outro tipo
de documentação considerada relevante), que tratem do assunto ou que dêem corpo teórico e
metodológico para o desenvolvimento do projecto de pesquisa. O desenvolvimento do marco
teórico está dependente da correcta formulação do problema.
Nesta fase, o pesquisador apresenta o “estado da arte”, mostrando que se encontra actualizado
sobre as últimas discussões no campo do conhecimento em estudo. Além de artigos em periódicos
nacionais e internacionais e livros já publicados, as monografias, dissertações e teses constituem
fontes de referência e de consulta.
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O marco teórico deve integrar o relatório. É um elemento importante dado que nele são
explicitados os principais conceitos e termos técnicos a serem utilizados na pesquisa. A coerência
e a vinculação entre o marco teórico, o problema e a metodologia adoptada são essenciais pois
clarificam a lógica da construção do objecto de estudo, além de serem os principais referentes
para a interpretação e discussão dos resultados da pesquisa. Para além disso, é nesta exigência
de articulação que se vai construindo o rigor metodológico, condição sine qua non do processo de
validação interna do estudo.
Contudo, a forma de apresentação do marco teórico nos trabalhos científicos não é consensual
entre pesquisadores. Alguns preferem uma apresentação sistematizada dentro de um capítulo
ou secção (como acontece no Centro de Ensino à Distância), reservado para o efeito. Outros
consideram essa prática desnecessária, inserindo o marco teórico ao longo da análise dos dados.
Esta última alternativa exige maior competência e capacidade de raciocínio por parte do
pesquisador:
Contudo, no CED, recomenda-se que o marco teórico seja dividido em títulos e subtítulos para
que o relatório seja elegante e bem articulado.
Não há diferença entre o marco teórico duma monografia e duma dissertação. Entretanto, o
marco teórico, apresentado no projecto de pesquisa, deve continuar a ser enriquecido até à
finalização do relatório de pesquisa.
Assim, ao redigir o relatório final tanto na monografia como na dissertação é imperativo a inserção
de alguns elementos do marco teórico ao longo da interpretação e discussão dos resultados. Por
outras palavras, deve haver uma confrontação dos dados pesquisados com a teoria ou com o
pensamento de vários autores. Este facto não retira a possibilidade de, se necessário, em texto
corrido e em espaço próprio do marco teórico, o pesquisador fazer a definição de conceitos mais
usados no estudo, discutindo os diferentes pontos de vista dos autores e como o mesmo
conceito deve ser entendido no trabalho.
13
3.5 Metodologia
Daí que para estes autores (Lessard-Hérbet e Boutin, 2010, p. 31), a expressão “metodologias
qualitativas” engloba, habitualmente, um conjunto diversificado de abordagens: “observação
participante, etnografia, estudo de casos, interaccionismo simbólico, fenomenologia, ou, muito
simplesmente, abordagem qualitativa.”
No caso concreto do CED, pela sua missão e oferta formativa, sugerimos abertura na aplicação
de metodologias de investigação. Assim, no campo de educação, as abordagens que hoje se
tendem a impor, são, sobretudo, a interpretativa (ou etnográfica) e a crítica (ou investigação-acção).
3.5.2 Universo
O campo de estudo é toda a população a que pertence o grupo focal da pesquisa. Deve ser
mencionada brevemente, mas de maneira completa. Esta população é o universo da pesquisa.
Faz-se necessário, contudo, definir o que é universo. Este pode ser compreendido como o
conjunto, a totalidade de elementos ou indivíduos que possuem determinadas características,
definidas para um estudo. É do universo que se retira uma parte para submeter às técnicas de
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3.5.3 Amostra
Neste manual pretende-se esclarecer que nesta matéria de amostragem o importante é que, para
além de definir e descrever com exactidão o seu tipo de amostra e os critérios usados para a
sua selecção, o pesquisador deve garantir a representatividade (excepto na abordagem qualitativa)
da população identificando elementos com características que lhe possibilitem responder
validamente às questões colocadas. Quer dizer que, conforme for seleccionada a amostra, deve
haver uma probabilidade adequada de ela ser representativa da população.
As técnicas de pesquisa são os instrumentos específicos que o pesquisador utiliza para aceder ao
campo (trabalho empírico). As técnicas mais usadas são: (a) inquérito (por entrevista e/ou
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As técnicas estão muito relacionadas com a abordagem/natureza adoptada para a pesquisa. Mas,
como já se fez referência, numa mesma pesquisa (por exemplo na abordagem/ qualitativa ou,
por outras palavras, interpretativa e/ou crítica) podem ser usados métodos qualitativos e/ou
quantitativos. A utilização de várias técnicas de recolha de dados, vulgo triangulação, na
mesma pesquisa, só acaba enriquecendo ainda mais o estudo. Por conseguinte, uma coisa é
falar de abordagem de índole qualitativa, que se reporta ao modo como se perspectiva, analisa
e interpreta um determinado fenómeno, outra, bem distinta, é o processo de recolha de dados que
pode, conforme a problemática definida, recorrer a métodos qualitativos e/ou quantitativos.
Em pesquisas qualitativas para a coleta de dados devemos definir as técnicas a serem utilizadas tanto
para a pesquisa de campo (entrevistas, observações, formulários, história de vida) como para a
pesquisa suplementar de dados, caso seja utilizada pesquisa documental, consulta a anuários, censos.
Geralmente se requisita que seja anexado ao projecto o roteiro dos instrumentos utilizados em campo
(Minayo, 1992).
Em caso da pesquisa ser um estudo de caso deve-se proceder a uma breve caracterização do caso
que está a ser estudado. Neste parágrafo deve-se apresentar de maneira geral a instituição onde
a pesquisa está sendo realizada, indicando o seu historial, localização, serviços, recursos,
missão e objectivos entre outros aspectos que possibilitem o leitor visualizar a instituição.
Neste ponto, o pesquisador faz uma previsão do modo como o plano será apresentado, tendo em
conta o tipo e o nível de pesquisa e a técnica de recolha de dados. Da mesma maneira, nos
estudos quantitativos, apresenta o modo como será feita a análise dos dados, referindo-se aos
instrumentos auxiliares para a apresentação, como por exemplo tabulações e processamento de
dados em softwares informáticos especializados, como Word, Excel e/ou SPSS, entre outros.
Em pesquisas qualitativas na organização e análise de dados, devemos descrever com clareza como
os dados serão organizados e analisados. Por exemplo, as análises de conteúdo, de discurso, ou
análise dialética são procedimentos possíveis para a análise e interpretação dos dados e cada uma
destas modalidades preconiza um tratamento diferenciado para a organização e sistematização dos
dados, (Minayo, 1992). E, igualmente aconselha-se a recorrer a triangulação de dados conforme
mostra Guerra (2006).
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Esta parte do manual destina-se à orientação dos trabalhos tendo em conta a definição de
critérios para a redacção do relatório. Partimos da premissa de que os trabalhos serão realizados
com o emprego do programa processador de textos Word, da Microsoft ou outro equivalente.
Como já dissemos o manual tem por meta servir como fonte rápida e prática de consulta
aos estudantes. Assim, somente os tópicos mais comuns serão tratados.
Os elementos textuais ou o texto principal é composto: (a) pela introdução como capítulo I; (b) o
marco teórico como capítulo II; (c) a opção metodológica como capítulo III; (d) a apresentação
e análise dos dados como capítulo IV; (e) a discussão dos resultados como capítulo V; as conclusões
e sugestões como capítulo V I ; (f) as referências bibliográficas; (g) finalmente, quando se
justificar) haverá, ainda, mais duas secções: os Apêndices (documentos produzidos pelo
investigador) e Anexos (documentos consultados).
Os elementos pós-textuais são todos aqueles que vêm após o texto principal, a seguir a
bibliografia ou referências bibliográficas, na seguinte ordem: apêndices e anexos.
A seguir apresentamos a estrutura geral ou fluxograma (sequência dos itens) adoptado pelo
Centro de Ensino à Distância na formatação dos trabalhos científicos:
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Capa
Folha de Rosto
Índice
Declaração Elementos pré-textuais
Agradecimentos
Dedicatória
Listas (abreviatura, tabelas e figuras)
Resumo
Capítulo I: Introdução
Engloba a delimitação do problema
Relevância do estudo
Problema
Objectivos
Dificuldades encontradas
Considerações éticas do trabalho
Capítulo II: Revisão da literatura
Elementos textuais
Capítulo III: Aspectos metodológicos:
Opção metodológica
Participantes (universo e amostra)
Técnica de recolha de dados
Modelo de análise de dados
Capitulo IV: Apresentação e análise de dados
Capitulo V: Discussão dos resultados
Capitulo VI: Conclusões e sugestões
Referências bibliográficas
Apêndices e anexos Elementos pós-textuais
4.1.1.1 Capa
Nome da Instituição
Título do Trabalho
Nome do Estudante
Data da submissão
Nas dissertações, há que salientar que na capa e na folha de rosto deve constar o logotipo da UCM.
Uma capa também deve ser posta após a última página do trabalho, com o mesmo objectivo de
protecção e manuseio; esta, todavia, deve ser de cartolina com uma cor escura, de preferência preta.
A folha de rosto serve para permitir ao leitor, para além da identificação do título e do autor
do trabalho, a imediata identificação do trabalho (monografia ou dissertação), a instituição para
a qual foi apresentada, a área de formação e o supervisor do trabalho. Apresenta-se também o ano
de conclusão do curso.
Nome da instituição
de licenciado ou mestre
em … (Curso).
Orientado por:
Nome do docente / Orientador
4.1.1.3 Índice
O índice é a enumeração dos títulos dos capítulos e suas divisões, com indicação da página
de seu início, tendo por objectivo facilitar ao leitor a localização de textos nos trabalhos
científicos. É importante destacar que o índice deve ser construído automaticamente.
4.1.1.4 Declaração
4.1.1.5 Agradecimentos
Se o autor do trabalho científico desejar manifestar sua gratidão a outras pessoas, tais como o
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4.1.1.6 Dedicatória
4.1.1.7 Listas
As listas são índices de outros elementos tais como abreviaturas, gráficos, mapas, tabelas,
ilustrações. A necessidade de uma lista está condicionada à existência desses componentes no
corpo do trabalho.
4.1.1.8 Resumo
Chama-se resumo a síntese do trabalho inserida antes da introdução servindo como uma
apresentação panorâmica de todo o trabalho, devendo:
Ser exibido em um único parágrafo, não ultrapassando 250 palavras. Todo o resumo
deve vir em espaço simples com o tamanho da fonte 12.
O resumo pode conter as seguintes informações: descrição do tema, do problema de
pesquisa, os objetivos do trabalho, a metodologia utilizada, a conclusão a que se chegou
e as recomendações apresentadas. Logo abaixo, devem ser inseridas no máximo quatro
palavras-chave.
4.1.2.1 Introdução
Problematização
Já foi feita a referência a este ponto no projecto de pesquisa. Contudo, lembramos que este
tem que ser real e pertinente, devendo para tal apresentar a manifestação do fenómeno dentro de
um contexto temporal e espacial, as características do fenómeno e a relação com os indivíduos
envolvidos. A problematização pode ou não culminar com a colocação do problema na forma
de pergunta.
Relevância do estudo
A relevância do estudo contextualiza a razão da escolha do tema (motivação) e os contributos
teórico (e/ou práticos) da pesquisa. Assim, o autor deve brevemente, mas de forma esclarecedora,
dizer: a) como tomou contacto com o objecto de estudo; b) Qual a sua motivação para levar a
cabo o estudo. c) Que relevância ou utilidade terá a pesquisa para a ciência ou para o grupo-alvo.
Este assunto já foi discutido no capítulo 1 deste manual, entretanto importa lembrar que em
página separada, o marco teórico será tratado logo a seguir às considerações éticas, como capítulo
2.
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Neste capítulo, a autor demonstra o conhecimento da literatura básica e teorias sobre o assunto,
resumindo os resultados dos trabalhos feitos por outros autores. O autor define claramente o ponto
de vista sob o qual o seu estudo será conduzido.
Neste capítulo, o autor faz a revisão bibliográfica de teorias e/ou autores que discutem a temática
relacionada com o tema do seu trabalho. Faz críticas e opta por uma ou duas teorias que o ajudarão
a concluir com o seu estudo. Resumindo, o marco teórico serve para:
Enquadrar o estudo numa perspectiva (s), teoria (s) ou num modelo(s)
Apresentar os pressupostos básicos da (s) perspectiva (s), teoria(s) ou do(s) modelo(s)
Posicionar o pesquisador (explica como o autor pretende aplicá- los no seu estudo)
Definir os termos mais usados no trabalho (apenas quando necessário).
O marco teórico deverá estar absolutamente adequado ao estudo e não deve ser uma colecção
encadeada de citações, devendo o autor introduzir reflexões, comentários ou sínteses pessoais.
No que diz respeito a apresentação, recomenda-se que o marco teórico seja dividido em títulos e
subtítulos, podendo no entanto também ser apresentado em texto corrido. O importante é que o
texto siga uma sequência perceptível, lógica e de acordo com o tema.
Tipo de Pesquisa.
Nesta secção deve-se ter o cuidado de se delimitar o tipo de pesquisa atendendo à abordagem
(positivista, interpretativa e crítica) e aos níveis ou procedimentos (explicativo, compreensivo e
participativo). Importa, no entanto, referir que o investigador pode combinar vários tipos de
métodos (dependendo da definição do objecto de estudo).
Universo e Amostra (delimitação e caracterização do objecto de estudo)
Instrumentos de Recolha de Dados
Modelo de análise
Limitações do estudo
Conclusão
A conclusão ou parte conclusiva responde de forma sumária e crítica ao problema, aos objectivos
que guiam a pesquisa, colocados na introdução e apresenta os resultados da pesquisa.
A conclusão visa sintetizar, dar resposta à problemática formulada no início da pesquisa
(abordagem de índole quantitativa) ou ao longo do processo investigativo (abordagem de índole
qualitativa). É usual que o autor faça uma síntese das conclusões parciais a que chegou,
podendo apresentá-las por meio de tópicos concisos. Nesta parte do texto, não são apresentadas
novas ideias (embora nada impeça que novos problemas sejam propostos para outras
investigações), mas sistematizadas as ideias principais discutidas ao longo do trabalho. Deve-se
realizar um resumo da análise e procurar concluir brevemente, para que não haja várias
pequenas conclusões sem uma conclusão geral.
Não incluir nenhum facto que não tenha sido discutido no corpo do trabalho.
Recomendações ou contributos
Se a introdução abre, a conclusão fecha, ao mesmo tempo que abre espaço para recomendações.
As recomendações ou contributos propõem soluções para os problemas identificados ou sugerem
questões de investigação para continuar a aprofundar a problemática em análise. No geral
recomenda-se em função da conclusão a que se tiver chegado. Para tal:
- Diz-se o que foi constatado,
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5.1 Enumeração
Relativamente à enumeração das partes do trabalho, vários sistemas podem ser aplicados, veja os
exemplos abaixo:
1… A… Primeira parte … A…
I…
1.1… I…
a… b…
1.1.1 a… II…
B…
1.1.2… 1 Segunda parte
1.2… 2
b…
2…
II…
Qualquer que seja o sistema escolhido
B… deve ser consequentemente seguido em todo o texto. Para
divisão ou subdivisão dos capítulos, deve ter- se em conta que A segue a B e depois de 1 segue a 2,
etc., caso contrário, a divisão ou subdivisão não é lógica mas sim inútil.
- Normalmente, a página de rosto e o índice são contados como páginas, o que significa que
a página de rosto é página 1 e as páginas textuais começam por exemplo, com a página
10. Nesse caso, para deixar o texto começar pela página número 1 é recomendado que
se use números romanos para todos os elementos pré-textuais exceptuando a capa.
- Os apêndices devem ser evitados e os anexos devem ser inseridos apenas quando necessários.
Os apêndices e anexos têm dupla numeração:
a) A sequência da numeração própria do trabalho.
b) A numeração respectiva dos apêndices e anexos
No corpo do texto principal, podem ser inseridos elementos gráficos, fotos, ilustrações e outros,
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desde que sejam essenciais para a sua compreensão; caso contrário, estes devem ser inseridos como
anexos.
5.2 Listas
A lista de tabelas, figuras e abreviaturas deve seguir a ordem apresentada no Índice. Todas as
tabelas, figuras e abreviaturas devem ser listadas. Na lista de tabelas e de figuras o respectivo
número de página deve ser incluído. Pode-se recorrer a dois modelos muito comuns para enumerar
tabelas ou figuras.
Tal como é exemplificado acima, a primeira opção, recomendada para as monografias, serve
para enumerar as tabelas (figuras) de 1 até…n números de tabelas, em todo o texto, colocando o
nº da tabela, o título da tabela e indicação da página.
A segunda opção começa com o número do capítulo e depois a indicação do número da tabela,
seguido do seu título e a indicação da página. Esta prática é recomendada para as dissertações.
Qualquer q u e seja o modelo de enumeração escolhido deve ser uniformizado em todo o trabalho
científico.
5.3 Texto
A formatação do texto do trabalho científico deve tornar a leitura fácil e apetecível e apoiar a
estrutura física do texto.
5.5 Citações
5.8 Capítulos
A divisão dos trabalhos científicos em capítulos e secções tem por objectivo facilitar a
identificação de partes do texto integral, quer para despertar a atenção do leitor para a ideia
central do trabalho, quer para facilitar a sua localização. Sendo assim, não existem regras fixas para
sua determinação.
5.9 Títulos
Título é a designação que serve para identificar o objecto do trabalho. Além da monografia ou
dissertação, como um todo, os capítulos e secções também recebem título.
Os títulos de capítulos, por serem as principais subdivisões do trabalho, devem iniciar em folha
separada.
5.10 Margens
5.11 Apêndices
Os apêndices têm a mesma função e seguem a mesma formatação dos anexos; a diferença é
que os apêndices são documentos elaborados pelo autor da monografia/dissertação/trabalho de
projecto.
5.12 Anexos
Designam-se como anexos todos os textos, gráficos e documentos, não elaborados pelo autor
da monografia, que servem de apoio, ilustração ou suplemento da monografia/dissertação/trabalho
de projecto, os quais, por serem acessórios, não são inseridos no corpo principal, mas no final deste.
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Na generalidade as figuras e tabelas devem ser integradas dentro do texto onde elas são discutidas
ou abordadas. Todas as tabelas ou figuras integradas no texto devem ser comentadas pelo autor
mesmo que elas pareçam simples ou já explicadas.
Recebe o nome de referências bibliográficas a lista de obras efectivamente utilizadas pelo autor
no corpo do texto principal de seu trabalho. Obras consultadas, mas não mencionadas, são
omissas da lista final. O CED-UCM adoptou, como modelo de citação/referenciação das fontes
usadas nos trabalhos, as Normas APA, 6ª Edição, (vide as normas no documento de normas APA,
6ª Edição, em anexo).
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Quanto aos critérios para a avaliação da apresentação oral, e respectiva defesa, poderão encontrar
num outro documento elaborado para este fim.
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7 Referências Bibliográficas
Canastra, F., Haanstra, F. & Szabo, E. (2012). Manual de pesquisa da UCM. Nampula: UCM.
Canastra, F., Haanstra, F. & Vilanculos, M. (2012). Manual de Investigação da UCM (1.a ed.).
Beira: Instituto Integrado de Apoio a Investigação Científica.
Edna, S., Menezes E., (2005). Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação (4.a ed.).
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Florianópolis. Recuperado em 23 de Maio de
2016, de
https://projetos.inf.ufsc.br/arquivos/Metodologia_de_pesquisa_e_elaboracao_de_teses_e_disser
tacoes_4ed.pdf
Gil, A. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social (5.ª ed.). São Paulo: Atlas.
Mattar, F. (2005). Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento (6.ª ed.). São Paulo:
Atlas.
33
Richardson, R. (1999). Pesquisa social – métodos e técnicas (3.ª ed.). São Paulo: Atlas.
Severino, A. (2002). Metodologia do trabalho científico (22.ª ed.). São Paulo: Cortez
1.ª EDIÇÃO
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