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04
06 O Ministério JA na Igreja Local .........................108
01 Os Ideais e a História do Ministério JA...........06 Como a Igreja local pode ajudar os Jovens?..........................110
SUMÁRIO
O Líder JA e sua Equipe de Direção.........................................113
ministério jovem...........................................................................23
igreja?............................................................................................35
FICHA TÉCNICA
Direção: Carlos Campitelli
Conselheiro: Helder Roger
Editor: Herbert Cleber
Revisão: Valber Barros
Projeto Gráfico: Naassom Azevedo
Fotos: Naassom Azevedo e iStockphoto
Secretária MJ: Diana Steffen
COLABORADORES
Adolfo Soares, Alan Cosavalente, Alceu Filho, Alejandro Brunelli, Alfredo Santa Cruz, Anderson Carneiro, Eduardo Batista,
Elmar Borges, Everon Donato, Grupo de Pesquisa Novas Gerações SALT/FADBA, Heberson Licar, Joni Oliveira, José Venefrides,
Juan Fernández, Leandro Lins, Lélis Silva, Mathias Mosconi, Manuel Melo, Raissa Diniz, Rodrigo Dorval, Rafael Santos, Ronaldo
Araújo, Ronaldo Arco, Sósthenes Andrade, Yure Gramacho.
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
Apresentação
e Visão Geral
A formação de líderes sempre foi uma ões e campos que tornaram possível a ela-
marca registrada do Ministério Jovem Ad- boração deste manual. Produto de muita
ventista. Os tempos e o perfil da juventude oração, conversas, estudos, decisões cruciais
têm mudado de maneira acelerada nos úl- e consensos para alinhar os eixos numa di-
timos anos e, por esta e outras razões, tor- reção comum em busca de atender o maior
nou-se imperativo ter um manual que auxilie objetivo: Salvar e Servir.
todo o exército que está liderando a juventu- Especial gratidão ao Pr. Herbert Cle-
de adventista. Este manual pretende ser um ber, que coordenou os trabalhos de escrita
guia de orientações, um recurso de consulta, e revisão do manual juntamente com sua
um norte claro na hora de planejar e execu- equipe de estudos em novas gerações. De-
tar os projetos do ministério jovem. Ele con- sejamos que o leitor possa extrair o máximo
tém as linhas gerais de como fazer e liderar proveito para o crescimento pessoal e mu-
o ministério jovem nos tempos modernos. É danças substanciais na vida dos jovens ad-
seu intento, também, provocar a criatividade ventistas, na igreja e na comunidade.
e inovação dos líderes em suas comunidades Sempre houve preocupação em re-
locais. lação à espiritualidade e futuro dos jovens.
Este importante compêndio contém Hoje, com toda mudança cultural trazi-
o Programa de Desenvolvimento de Líderes da pela revolução tecnológica em curso,
(PDL JA). Mediante os dez capítulos aqui os pais e os líderes da igreja ficaram ainda
contidos, o líder mergulhará numa jornada mais apreensivos acerca da vida religiosa
de aprendizagem e aperfeiçoamento dos da juventude. Enquanto muitos falam que
seus dons. Esses dez capítulos visam ao fo- os jovens estão perdidos, outros acreditam
mento das dez competências que devem ser no grande potencial que tem essa geração.
desenvolvidas pela liderança jovem na Amé- A Igreja Adventista está atenta também às
rica do Sul. mudanças e exigências do mundo contem-
Para um melhor aproveitamento do porâneo. Prova disso é que a transmissão de
conteúdo deste material, ele estará integral- valores para as novas gerações é uma das
mente disponível no site: www.liderja.com. quatro ênfases da igreja sul-americana neste
Nesse espaço virtual, estarão as videoau- quinquênio. Como líder de jovens, costumo
las, as apresentações e diversos recursos de ser questionado sobre como podemos lidar
apoio para o líder JA. Além disso, será pos- com os principais desafios da juventude e o
sível acessar esse material através do App: que podemos sonhar para eles e com eles.
liderJA e seguir, também, as diferentes redes Vejo a nossa juventude como um grande
sociais do ministério jovem para atualização exército do bem. Eles são curiosos, conecta-
de conteúdos relacionados à liderança JA. dos, proativos, inconformados com as injus-
Nossa gratidão a todos os departa- tiças, avessos à hipocrisia. Tudo isso faz que
mentais e coordenadores de jovens das uni- essa geração tenha um superpotencial para
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
5
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
CAPÍTULO 1
6
DIVISÃO SUL-AMERICANA
7
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
e 3500 membros e, hoje, soma mais de 20 grande destaque na obra de Deus foi Tiago
milhões de fiéis ao redor do mundo. White, que com apenas 20 anos uniu-se ao
movimento adventista e, em 1852, preparou
as primeiras lições da Escola Sabatina volta-
MEMÓRIAS DO das para os jovens, criando, assim, meios que
pudessem atender melhor às necessidades
MINISTÉRIO JOVEM da juventude em sua época.
ADVENTISTA Outro destaque importante entre os
pioneiros foi Ellen G. White. Aos 17 anos, ela
recebeu um chamado do Senhor para de-
O Ministério Jovem da Igreja Adven- sempenhar sua missão aqui na Terra. Ela de-
tista do Sétimo Dia deve se preocupar em dicou toda sua juventude e vida à obra de
manter seu foco em sua identidade e sua Deus. Ellen, mesmo diante de todas as suas
história. Como pertencente a um movimen- limitações, não hesitou em aceitar o chama-
to profético, cumpre-lhe envolver os jovens do de Deus. Essa atitude pode ser destacada
adventistas na pregação do evangelho para como uma característica comum entre os jo-
abreviar a volta de Cristo Jesus. vens pioneiros. Todos tinham um espírito de
fidelidade para com os deveres relacionados
JOVENS PIONEIROS ao chamado do Senhor. Sentiam a respon-
Ao longo da história, vários pioneiros sabilidade que pesava sobre eles de serem
da Igreja Adventista do Sétimo Dia conse- testemunhas e cooperadores de Deus para o
guiram desenvolver grandes movimentos e seu presente século.
ações para a inclusão dos jovens no meio Merece, também, destaque o jovem
cristão. Um fato interessante é que, ao falar John Andrews, considerado um dos grandes
dos pioneiros da IASD, poucos se dão conta pioneiros da IASD. Desde pequeno, gosta-
que, em sua maioria, eles começaram seu mi- va muito de estudar a Bíblia e, com toda a
nistério na juventude. Um dos pioneiros de sua dedicação aos estudos, pôde contribuir
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
9
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
mento de Escola Sabatina, dirigido pela Sra. meçaram a mudar no tocante ao vestuário,
Flora Plummer, passou oficialmente a coor- à estrutura familiar e à música popular. Tudo
denar a obra entre os jovens no âmbito mun- isso bombardeava os jovens e a igreja. Nessa
dial. Ela permaneceu na coordenação do tra- época, a igreja se expandia por todo o mun-
balho até 1907. do e aumentava o número de membros jo-
Na assembleia realizada em maio de vens, por isso, para se opor as influências do
1907, em Gland, na Suíça, a Associação Ge- momento, os líderes de jovens adventistas
ral aceitou a recomendação de organizar um usaram diversos meios para atingir as neces-
departamento separado que atenderia as sidades dos jovens através de histórias, pas-
necessidades dos jovens. Foi eleito M. E. Kern seios a pé, jogos, artes, trabalhos manuais
como diretor e Matilda Erickson como secre- e acampamentos. Além disso, produziram
tária. No verão do mesmo ano, cerca de 200 uma grande quantidade de publicações e
líderes da organização, homens e mulheres materiais para os jovens, como livros e fo-
de todas as partes do mundo, reuniram-se lhetos, material de capacitação, o chamado
em Mount Vernon, Ohio, para uma conven- The Youth’s Instructor (O Instrutor da Juven-
ção de jovens, a fim de escolher um nome tude) e materiais sobre as normas da igreja.
para o departamento e preparar outras re- Até esse momento, o Ministério Jo-
comendações como: a responsabilidade da vem também cuidava dos Juvenis, que com-
igreja para com seus jovens e a contribuição preendiam pré-adolescentes, porém nota-
desses para com a igreja. Para esse fim, foi va-se a necessidade de se desenvolver um
encomendada uma compilação de decla- trabalho mais específico com os pequenos.
rações do Espirito de Profecia relativa aos Por isso, em 1920, essa classe foi separada
jovens. O nome finalmente escolhido para do Ministério Jovem e, no ano de 1922, foram
o departamento foi — “Departamento dos inseridas as classes progressivas. Em 1928,
Missionários Voluntários dos Jovens Adven- foi iniciado o curso Master Comrade (ficou
tistas do Sétimo Dia”. Através dos anos, ele conhecido na América do Sul como Curso
passou a ser conhecido como “Departamen- de Líder), que começou com a capacitação
to MV”, e a organização de jovens, na igreja de líderes de Jovens, e dois anos depois, em
local, foi chamada de “Sociedade MV”. Mas 1930, o Patrimônio Ellen G. White publicou o
foi no ano seguinte, em 1908, que o departa- livro “Mensagens aos Jovens”, uma compila-
mento de jovens foi oficialmente organizado ção dos escritos do Espirito de Profecia com
como entidade separada dos demais depar- as principais mensagens que Ellen White es-
tamentos. Os vinte anos que se seguiram fo- creveu especialmente para os jovens em di-
ram os anos mais brilhantes do trabalho em versos livros e artigos.
favor dos jovens. A igreja estava crescendo e Mais uma vez o mundo foi abalado
se fortalecendo em todo o mundo por con- e, junto com ele, a igreja, por conta da Se-
ta dos departamentos recém-formados que gunda Guerra Mundial. Depois da guerra,
apoiavam a igreja nos cultos e nos trabalhos surgiram novas mudanças que vieram com
missionários. a rápida evolução da tecnologia e a busca
Porém a Primeira Guerra Mundial, na pelo saber e materialismo. Despertou-se a
década de 20, trouxe alguns males para a busca de especializações por conta das vá-
igreja. Os valores e a ética da sociedade co- rias oportunidades de emprego. Os jovens
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
agora não queriam somente seguir o ofício que cresceu tanto, ao ponto de contar com
da família, eles queriam mais conhecimento cerca de 1.000 membros em 1940.
e mais oportunidades. Isso acarretou o êxo- No Chile, os irmãos Eduardo e Victor
do de muitos deles para as cidades e para Thomann e seu amigo Carlos Krieghoff, acei-
colégios e universidades públicas, por conta taram a verdade através de um folheto gan-
de nossas instituições de ensino não possuí- ho por dois colportores. Dessa forma, Deus
rem os cursos que buscavam. Mas embora os operou grandiosamente na vida desses jo-
jovens ainda continuassem na igreja, e não vens, os quais decidiram ser ajudantes do Pr.
abandonassem a fé, agora começavam a se Westphal, durante o evangelismo pioneiro
nutrir da filosofia da época, em que se co- no Chile e, em 1910, no Equador.
locava uma lacuna entre as gerações. Nesse No Brasil, em 1915, um jovem brasileiro
tempo, os adultos não conseguiam mais en- chamado Mateus Leite foi enviado a Assun-
tender os jovens por conta da evolução de ção, Paraguai, com o objetivo de auxiliar na
conteúdo, o que afetou a igreja, a ponto de, obra medico-missionária naquele lugar.
na América do Norte, alguns diretores de Jo- Como visto anteriormente, em 1907 já
vens defenderem que as reuniões de Sábado havia esforços para atender as necessidade
à tarde eram somente para os jovens, e os da juventude na América do Sul, mas somen-
adultos não deveriam participar. Isso cau- te em 1918 H. U. Stevens foi nomeado como
sou um grande declínio na sociedade jovem, o primeiro diretor dos Missionários Voluntá-
chegando, tal ministério, a se extinguir em rios da Divisão Sul-Americana (DSA). Nesse
alguns lugares. mesmo tempo, 49 sociedades dos Missioná-
rios Voluntários reuniam aproximadamen-
te 62 mil membros em todo o território da
O MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA NA DSA. Desde então, passaram-se 100 anos, e
AMÉRICA DO SUL o movimento se expandiu tornando-se um
As atividades do Ministério Jovem na fator de influência no crescimento da igreja
América do Sul se iniciaram em 1902, quan- na América do Sul. Os dados de dezembro
do foi formado um grupo de jovens em uma de 2017, indicam que a DSA possui 737.741
Escola de Gaspar Alto - Santa Catarina, Bra- jovens envolvidos em 22.743 sociedades de
sil. Somente no ano de 1907, Frank Henry jovens.
Westphal organizou a Sociedade Jovem de
Crespo, Argentina. Em 1912, outra sociedade
dos Missionários Voluntários começou em
Buenos Aires e, logo em seguida, foi se espa-
lhando por outros países da América do Sul.
No Peru, um jovem de 16 anos foi en-
viado a um campo com a missão de estabe-
lecer uma escola. Em seu início havia apro-
ximadamente 18 alunos matriculados, mas a
perseguição começou e ele foi encaminhado
para a cadeia. Logo que saiu, não muito tem-
po, havia organizado uma Escola Sabatina,
11
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
1970
1955
II Congresso Sul-A-
mericano da Juven-
Nasciam as Revis- tude Adventista, de
tas “Diretrizes de 20 a 24 de janeiro,
Programa MV” em em Curitiba, PR.
português e “Pro-
gramas y Planes
MV” em espanhol.
Fundado o primeiro
Clube de Desbrava-
dores da América
do Sul, sob a lide- 1979
rança de Nercida
1994
de Ruiz, na igreja de 1983
Miraflores, em Lima, Em comemoração ao
Peru. Centenário MV, fo-
II Campori Sul-Americano de
ram realizados vários I Campori de Desbrava-
dores Sul-Americano “Da Desbravadores “Na Trilha dos
Festivais de Fé, em
Natureza ao Criador”, em Pioneiros”. Realizado em Ponta
Fortaleza e Campinas,
Foz de Iguaçu, PR, Brasil. Grossa, PR, Brasil. Foram 8.000
no Brasil; Santiago, no Foram 5200 participantes
participantes reunidos de 10 a
Chile; e Lima, no Peru. reunidos no período de
28 de dezembro a 04 de 16/01/94.
janeiro.
DATAS IMPORTANTES
DO MINISTÉRIO JOVEM NA
DIVISÃO SUL-AMERICANA
12
DIVISÃO SUL-AMERICANA
Convenção de Líderes de
Jovens de todo o Brasil
“Rumo ao Porto Seguro”,
na cidade de Porto Segu-
ro, BA, Brasil. O programa
foi realizado entre os dias
20 e 24/03/99, e envolveu
1.200 participantes.
2012
2019
2002
2005
13
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
Lema JA
MINISTÉRIO
O amor de Jesus é a mola propulso-
JOVEM ra para a vida cristã. O jovem adventista é
movido a viver cumprindo a Sua vontade
O líder que se propõe a revisar a his- em resposta ao Seu amor na cruz (II Cor.
tória do ministério jovem adventista com- 5:14).
preenderá, rapidamente, que o movimento
foi direcionado por Deus. E, indubitavel- Propósito JA
mente, perceberá que a identidade bíblica
e profética do adventismo foi preservada e Os jovens pelos jovens, os jovens pela
está traduzida em seus ideais e símbolos. igreja e os jovens pelos seus semelhantes.
Alvo JA Missão JA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
DICA DE LEITURA
ALLEN, Malcolm J. Salva-
ção e serviço: O desafio do
ministério jovem. 3. ed. São
Paulo: Sobre Tudo, 2012.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
CAPÍTULO 2
18
DIVISÃO SUL-AMERICANA
19
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
tema de princípios que explicam ou sinteti- contram-se três aspectos para uma melhor
zam determinada ordem de conhecimentos: compreensão da filosofia: uma atividade, um
filosofia social; sistema de diretrizes para a conjunto de atitudes e um corpo de conteú-
conduta da vida prática: filosofia popular; do. A seguir encontra-se um resumo destes
capacidade de suportar os problemas com aspectos:
serenidade e firmeza; sabedoria”. (LAROUS- ATITUDES – tem a ver com autoconhe-
SE, 2006, p. 127) cimento, perspicácia, visão ampla e flexibili-
Nesta perspectiva, Hryniewicz (2001, dade.
p. 17) afirma que há possibilidade de a filoso- • Autoconhecimento – exame inte-
fia ser compreendida como “uma proposta rior.
de reflexão crítica da realidade. Uma tentati- • Visão ampla – considerar todas as
va de obtenção de um conhecimento global partes e possibilidades.
e totalizante do homem no mundo, dentro • Perspicácia – desejo de exercer ha-
de uma fundamentação racional”. bilidade, agudeza, finura.
No clássico Filosofia & Educação: • Flexibilidade – sensibilidade e
uma introdução da perspectiva cristã, do abertura para novas possibilidades.
pesquisador Geoge Knight (2015, p. 15), en-
Examinar a evidência
01 Observar minuciosamente, intei-
rar-se (envolve percepção sensorial)
Analisar um Problema
ATIVIDADES
Sintetizar
03 Integrar os conhecimentos (envolve
a busca de conexões)
Especular
Salto racional para o desconhecido 04
(envolve o ato de indagar)
Prescrever
05 Estabelecer condições (envolve pro-
por diretrizes)
Avaliar
Emitir julgamento (envolve apre- 06
ciação e classificação)
20
DIVISÃO SUL-AMERICANA
CONTEÚDO – existem três categorias (ao menos no alemão) e de ser menos enfa-
fundamentais: metafísica, epistemologia e donho do que a frase “visão do mundo e da
axiologia. vida”. Ao que tudo indica, o primeiro uso se
• Metafísica: ramo da filosofia que deu com Immanuel Kant (1724-1804), na Crí-
lida com a essência da realidade, a natureza tica do Juízo, como a capacidade humana de
da realidade. Ela faz perguntas como: O que perceber a realidade sensível. No idealismo e
é real? Existe um propósito e projeto no uni- romantismo alemão, foi amplamente usado
verso? Existe livre-arbítrio? “para designar um conjunto de crenças que
• Epistemologia: estuda os méto- fundamentam e moldam todo o pensamento
dos, as estruturas e a validade do conheci- e toda a ação humana”. (SIRE, 2004, p. 22).
mento, para chegar à verdade. De onde vem Sire (2004, p. 22) diz que a cosmovi-
o conhecimento? O que é verdadeiro? Em são é: um comprometimento, uma orienta-
que medida o conhecer contribui para o pro- ção fundamental do coração, que pode ser
cesso do conhecimento? A verdade é per- expressa como uma narrativa ou como um
manente ou mutável? conjunto de pressuposições (suposições que
• Axiologia: estuda os julgamentos, podem ser verdadeiras, parcialmente verda-
a certeza ou o erro, a bondade e os princí- deiras ou inteiramente falsas) que nós dete-
pios de conduta. O que deve ser feito? O que mos (consciente ou inconscientemente) so-
são valores? Também lida com a estética, re- bre a constituição básica da realidade, e que
lacionada com o conceito pessoal de beleza. provê o fundamento sobre o qual vivemos,
Como fazer julgamentos sobre o que se vê, o movemos e possuímos nosso ser.
que se toca e o que se ouve? O que é bonito?
Para Noebel (2011, p. 4) a “cosmovisão
Ainda segundo Knight (2015, p. 15): “o se refere a qualquer conjunto de ideias, cren-
conteúdo da filosofia é melhor compreendi- ças ou valores que forneçam uma estrutura
do à luz de perguntas do que à luz de res- ou mapa para ajudar você a compreender
postas. Pode até ser dito que a filosofia é o Deus, o mundo, e seu RELACIONAMENTO
estudo das perguntas”. com Deus e com o mundo”.
Para Gaarder, (1999, p. 25) “o melhor Já para Geisler e Bocchino, (2003, p.
meio de se aproximar da filosofia é fazer per- 15) a “cosmovisão é semelhante a uma len-
guntas filosóficas: Como o mundo foi criado? te intelectual através da qual enxerga-se o
Será que existe uma vontade ou um sentido mundo. Se alguém olha através de uma len-
por detrás do que acontece? Há vida depois te vermelha, o mundo lhe parece vermelho.
da morte? Como responder a estas pergun- Se outro indivíduo olha através de uma lente
tas? E, principalmente: como se deve viver?”. azul, o mundo lhe parece azul”.
Uma cosmovisão carrega no seu in-
COSMOVISÃO E VISÃO DE MUNDO terior “conceitos que lhe são próprios e que
O termo “cosmovisão” é uma tradu- permitem não apenas a leitura ingênua de
ção da palavra alemã “Weltanschauung”, que uma realidade, mas a conformação desta, à
é comumente traduzida por “modo de olhar luz da interpretação dada, pelo modo como
o mundo” (welt - mundo, schauen - olhar). essa leitura vai sendo gerada, construída e
Para Wolters (2015) este termo tem a vanta- legitimada” (DOMINGUES, 2012, p. 273).
gem de ser claramente distinto de “filosofia” Outro conceito que pode ser apre-
21
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
sentado, aqui, é aquele defendido por Souza aprisiona o homem mais do que suas con-
(2006, p. 41), que diz que uma cosmovisão vicções” e ele estava certo, pois é a crença
funciona “como um compasso ou um mapa, em determinadas ideias e ideais éticos que
que nos orientaria quanto ao mundo em move o líder a agir ou não agir em prol de
geral, dando-nos sentido do que está certo uma causa. A crença interior leva alguns ao
ou errado na confusão dos eventos e fenô- sacrifício, à ação e, talvez, até ao martírio.
menos que confrontamos, afetando a forma Crença interior é uma expressão muito pró-
como acessamos os eventos da vida”. xima da palavra cosmovisão. É ela que leva
A ideia de cosmovisão como um mapa o líder a seguir algum caminho ou ignorar
é interessante, visto que se torna em um mar- outros. É ela que o faz agir como está agin-
co de coordenadas, o qual possibilita ao ser do de modo bom ou repreensível. Logo, po-
humano ter a sensação de segurança, con- de-se imaginar o perigo de uma cosmovisão
fiança e estabilidade. E, ainda, indica a pre- errônea na liderança dos jovens adventistas.
sença de fronteiras e de espaço conquistado, A cosmovisão adventista está funda-
o que assegura movimento e dinamicidade, mentada na Revelação Divina, escrita nas
podendo fazer com que grupos específicos Escrituras Sagradas (Jo 17:17). Como desta-
convivam com outras cosmovisões sem se cou o Pr. Elias Brasil, diretor do Instituto de
sentirem ameaçados. Pesquisa Bíblica da Sede Mundial da IASD,
Noebel (2011) acredita que este mapa a cosmovisão adventista se fundamenta na
ajuda o ser humano a compreender Deus, o Bíblia e se articula na grande história que vai
mundo, e seu RELACIONAMENTO com Deus da criação, como relatada nos primeiros ca-
e com o mundo. pítulos de Gênesis, até a nova criação, con-
Neste contexto, o líder JA precisa de forme descrita em Apocalipse 21 e 22. En-
uma cosmovisão, que sirva como um mapa tre esses dois polos desenrola-se o grande
para coordenar as ações e um norte para as conflito cósmico entre o bem e mal, no qual
decisões mais importantes relacionados ao o Deus criador e redentor está trabalhando
discipulado dos seus jovens. Sem este mapa, para resgatar definitivamente a humanida-
a possibilidade da incoerência é presente, de do poder e dos efeitos do pecado. Essa
tornando fragilizada qualquer caminho que é a única “macro história” que responde de
for escolhido. Por isso, Sire (2012, p. 21) co- forma coerente as questões existenciais que
menta que comprometer-se com uma cos- têm intrigado e angustiado o ser humano.
movisão “na verdade, é um passo significa-
tivo na direção da auto-conscientização, do
auto-conhecimento e do auto-entendimen-
Uma mudança de cosmovisão
to”. pode acontecer a partir da conversão.
É um processo gradual que envolve não
É possível que alguns líderes, num somente a mudança de estilo de vida, mas
primeiro momento, considerem uma perda uma nova maneira de pensar e ver o mundo.
Como resultado da conversão e do cresci-
de tempo refletir sobre filosofia de lideran- mento espiritual, o novo discípulo passa a
ver o mundo com as lentes da Bíblia (Rm
ça e cosmovisão. Parar para discutir como
12:2) e a pensar com a “mente de Cristo”
se forma a compreensão de mundo talvez 1Co 2:16; Ef 4:22-24
22
DIVISÃO SUL-AMERICANA
23
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
tãos: não deveria haver diferença entre ser Os jovens de 16 a 30 anos represen-
discípulo e ser cristão. Tanto isso é verdade, tam 30,9% dos membros da igreja na Amé-
que, em João, mathetes é frequentemente rica do Sul.
um termo utilizado para expressar proximi- Bill Hull, pesquisador sobre discipu-
dade e compromisso com Cristo (João 8:31; lado e crescimento de igrejas, afirmou que
13:35; 15:8); então, diríamos que “discípulo” “Fazer discípulos é o trabalho principal e
é sinônimo de cristão. Nesse sentido, se al- exclusivo da igreja”. Parafraseando o autor,
guém é cristão, é discípulo; ou se é discípulo, “Fazer discípulos é o trabalho principal e ex-
é cristão. Assim, o discípulo é alguém que se- clusivo do ministério jovem adventista”.
gue a Cristo, que é aprendiz dEle e vive em O ministério jovem adventista tem
compromisso com Ele. como missão levar os jovens a ter um RELA-
“O discipulado significa adesão a CIONAMENTO salvífico com Jesus e ajudá-
Cristo… O cristianismo sem o Cristo vivo é -los a aceitar seu chamado ao discipulado.
inevitavelmente o cristianismo sem discipu- Um jovem que não for discipulado correta-
lado, e o cristianismo sem discipulado é o mente enfrentará problemas no amadureci-
cristianismo sem Cristo” (Dietrich Bonhoef- mento espiritual. O líder JA deve trabalhar
fer, The Cost of Discipleship). intencionalmente no discipulado dos jovens
da sua igreja. Para isso, é preciso manter o
CARACTERÍSTICAS QUE DEFINEM OS foco em alguns pontos importantes:
JOVENS NESTA GERAÇÃO:
• Eles tentam se destacar do resto; O discipulado é para Jesus,
• Eles são mais pragmáticos e inde- não para qualquer outra
pendentes do que a geração anterior; pessoa. Jesus é o modelo de
• Eles são nativos digitais; para eles, formação na vida de cada jo-
um mundo sem conexão constante é sim- vem adventista, a fim de se
plesmente algo desconhecido; alcançar maturidade espiri-
01
• É a geração mais diversificada da tual.
história e, por essa razão, é muito cobiçada e
valiosa para empreendedores;
• Estão crescendo sem uma rede de
segurança, eles não têm medo de mudança
ou riscos. Isto explica por que eles se identi-
ficam com empresas como Uber, Google ou O discipulado envolve tanto
Facebook, que superaram empresas e servi- o mundo “interior” como o
ços tradicionais; “exterior” do discípulo. Cada
• Seus pais lhes deram um pensa- jovem deve firmar a visão do
mento realista e não otimista; Reino de Deus em sua pró-
• Eles são um pouco mais avessos ao pria vida, em tudo o que é e
risco”, disse Jane Gould, vice-presidente sê- faz, bem como na comunida-
nior da MTV.
02 de onde está inserido.
24
DIVISÃO SUL-AMERICANA
03
energia para fazer novos dis- são importantes para a for-
cípulos. mação de líderes, mas nunca
podem substituir os pilares
06
do discipulado bíblico.
05
contextos. simples, natural e intencio-
08
nal.
25
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
UCOB
UNoB 126.535 membros UNB
36.406 jovens 299.366 membros
169.889 membros
28,8% 108.194 jovens
58.845 jovens
34,6%
36,1% UNeB
UE 203.870 membros
56.710 membros 69.312 jovens
34,0%
19.059 jovens ULB
33,6% 205.209 membros
63.816 jovens
UPN 31,1%
208.713 membros
60.927 jovens
29,2%
UPS USeB
192.510 membros
210.643 membros
62.560 jovens
57.104 jovens
32,5%
27,1%
UB UCB
116.713 membros 267.385 membros
50.910 jovens 68.949 jovens
43,6% 25,8%
USB
UCh 173.820 membros
103.151 membros 42.066 jovens
27.079 jovens 24,2%
26,3%
UU
7.837 membros
UA 1.769 jovens
115.990 membros 22,6%
31.405 jovens
27,1%
UP
12.546 membros
4.480 jovens
35,7%
DSA
União Argentina União Noroeste Brasileira
União Boliviana União Norte Brasileira
União Central Brasileira União Paraguaia
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
01
COMUNHÃO: fortalecer a vida espiri-
tual do jovem através da devoção pes-
soal, adoração e ensino.
02
jovem adventista ativamente na vida
em comunidade através da partici-
pação em um Pequeno Grupo ou Uni-
dade de Ação.
03
MISSÃO: engajar os jovens na missão
da igreja, conforme a comissão evan-
gélica de Atos 1:8.
28
DIVISÃO SUL-AMERICANA
2
missão e o método da IASD e usar
tudo isso como referencial para a
construção do plano de ação do
ministério jovem na igreja local. Ter uma visão clara do discipula-
do bíblico e implementar ações
3
intencionais para o discipulado
integral dos jovens.
4
devoção pessoal, adoração e o en-
sino das Escrituras.
5
o pastoreio e a sociabilização
por meio dos Pequenos Grupos.
6
cumprir a comissão de At 1:8.
7
talecer as ações, programas e
projetos com ênfase no discipu-
lado.
8
vens nas ações missionárias e na
vida da igreja.
9
as novas gerações através das
novas mídias.
10
tivar o surgimento de ministérios
de serviço para atender às neces-
sidades da comunidade.
Liderar pelo exemplo e focar, in-
tencionalmente, na criação de
novos líderes por meio do men-
toring e do desenvolvimento das
competências de liderança.
29
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
DICA DE LEITURA
FIELDS, Doug. Um ministério
para líderes de jovens com
Propósitos. São Paulo, SP:
Vida, p. 271.
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
CAPÍTULO 3
31
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
mos procurando por ela, acreditando nela, ser humano entende como verdade ou mo-
vivendo por ela, modelando-a e falando dela. ral absoluta. Na construção de uma liderança
Temos de tomar decisões com base nela e ética, centrada em valores, a espiritualidade
sermos transformados por ela. A batalha é seu alicerce. Como dito anteriormente, a
pela verdade moral está no cerne do grande ética e a espiritualidade são indispensáveis
conflito entre Cristo e Satanás. É uma batalha para que o líder JA seja identificado como
que se trava por nossa mente e nosso cará- um indivíduo confiável.
ter enquanto vivemos e estamos envolvidos
no confronto final da história da Terra (2 Tes-
salonicenses 2:8-12, Apocalipse 12:17; 14:6-13; ESPIRITUALIDADE E
16:12-16). Deus nos deu Seu Espírito para nos
guiar à verdade (João 16:13). A cada passo,
ADORAÇÃO
Jesus nos lembra: “Eu sou o caminho, a ver-
Desde a criação do mundo, o ideal
dade e a vida”. (LICHTENWALTER, 2006).
divino era que o ser humano estivesse em
Ao adotar uma atitude com o enten-
pleno contato e RELACIONAMENTO com o
dimento de que aquilo é verdadeiro e ético,
seu Criador, em COMUNHÃO com Ele. O ho-
já não se segue regras e sim princípios. Para
mem foi projetado como um ser ‘adoracio-
o líder JA, os princípios são o amor a Deus
nal’. Sendo assim, ele tem necessidade de se
e ao próximo, e a Bíblia serve como um ma-
relacionar com Deus e o faz através da ado-
nual de excelência moral. O amor a Deus
ração (Gn 3:8).
leva o ser humano ao cumprimento da Sua
Deus merece ser adorado pelas qua-
vontade, enquanto que o amor ao próximo o
lidades de Seu caráter e pelo seu traba-
leva à ação para com aqueles que o cercam.
lho criador e redentor. Para Ellen G. White,
A sociedade tende a pensar que um mundo
“Quando formos capazes de compreender o
sem regras é melhor. Mas está claro que sem
caráter de Deus como Moisés, também nós
regras, a sociedade não irá subsistir, perderá
nos daremos pressa em curvar-nos em ado-
a sua integridade e não se desenvolverá.
ração e louvor”. (Conselhos aos Professores,
Finalmente, a ética é mais que um pa-
Pais e Estudantes. p. 30).
drão de comportamento, ou um código moral
Entre os diferentes atributos divinos,
condicionado ao tempo ou a cultura. A ética
Ellen White menciona justiça, perfeição, ma-
é, em si, e está relacionada com tudo que o
jestade, conhecimento, presença, bondade,
ser humano é e também com aquilo que o
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
força, compaixão, santidade e amor como ra- nossas atitudes e posses – até que a adora-
zões para a adoração e reverência. Grandes ção se torne um estilo de vida”.
atos de Deus tais como a criação, sustento, Daniel Oscar Plenc, no artigo O culto
revelação e redenção são também podero- como adoração: uma perspectiva de Ellen
sas razões. Ela escreve: “O dever de adorar a G. White, publicado pela revista Diálogo
Deus se baseia no fato de que Ele é o Cria- Universitário, disponível on-line, conclui que
dor, e que a Ele todos os outros seres devem Ellen White designou a adoração como ten-
a existência”. (O Grande Conflito. p. 436). do destacável posição nos eventos finais. Ela
Ellen White oferece um delicado equi- viu um tempo de prova, mas também um
líbrio entre a transcendência e a imanência tempo melhor de louvor e adoração para a
e, assim, encoraja reverência e ordem bem igreja. Afirmou, também, que a experiência
como COMUNHÃO e alegria. Ela reconhece de adoração será projetada através da eter-
que a adoração está relacionada a três pes- nidade. Ensinou que a adoração ao Criador
soas divinas e afirma que o verdadeiro culto foi a raiz do conflito cósmico entre o bem e
são “os frutos da operação do Espírito San- o mal que começou no céu. Foi a oposição
to”. de Lúcifer ao Filho sendo honrado com toda
Para John Macarthur, em seu livro a adoração, exatamente como o Pai foi, que
Adoração: a prioridade suprema: “Quando começou o conflito no Céu. Esse conflito é a
nos referimos à adoração, estamos falando raiz do pecado na Terra. A descrição de Ellen
sobre algo que nós estamos dando a Deus. White dos estágios finais na Grande Contro-
O cristianismo moderno parece, ao contrá- vérsia está centralizada em quem receberá a
rio, estar comprometido com a ideia de que adoração do ser humano. Cristo ou Satanás?
Deus deveria dar algo a nós. Os religiosos da Entre a vida eterna e a destruição eterna pai-
televisão às vezes parecem implacavelmen- ra a resposta à última pergunta.
te focados em obter coisas de Deus. Ele, de
fato, nos dá com abundância, mas a essên-
cia da fé autêntica e da verdadeira adoração COMO LEVANTAR UMA
está envolta em honra e adoração que nós
rendemos a Deus. Esse desejo intenso e de-
NOVA GERAÇÃO DE
sinteressado de dar a Deus é o elemento que ADORADORES NA SUA
define a adoração genuína. Começa primeiro
com a entrega de nós mesmos, e depois de IGREJA
“Muito se tem perdido para a causa
da verdade por falta de atenção às neces-
sidades espirituais dos jovens. Os ministros
do evangelho devem travar amistosas rela-
ções com a juventude de sua congregação.
Muitos são relutantes nesse ponto, mas sua
negligência é pecado aos olhos de Deus”.
(Obreiros Evangélicos, 207.)
Embora os líderes de jovens, de ma-
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
neira geral, reconheçam a importância do planeta, a fim de que esse apreço e COMU-
crescimento espiritual e até mesmo enfati- NHÃO possam ter prosseguimento nas cor-
zem a relevância da COMUNHÃO no proces- tes celestiais. É essa a mensagem e a missão
so do discipulado dos jovens da igreja, há da igreja aos jovens”.
uma crescente tendência para que as ações Os jovens precisam ter uma vida de
do ministério jovem foquem mais na expe- COMUNHÃO com Deus, para que sejam for-
riência de adoração em grupo (cultos, con- talecidos no contexto do grande conflito. Se
gressos e semanas de oração), do que na de- tal prática é inexistente, como superar as di-
voção pessoal. Experiências de adoração em ficuldades e tentações? É inútil todo esfor-
grupo são importantes e devem ser incluídas ço contra o mal se não houver COMUNHÃO
no plano de ação JA, para o crescimento es- com Deus.
piritual dos jovens, mas não podem substi- O desafio do líder JA é despertar nos
tuir a devoção matinal, que foi chamada no jovens a necessidade de buscar plenitude do
passado de vigília matutina e hoje recebe o Espírito Santo, bem como uma conformação
nome de #PrimeiroDeus. dos hábitos, atitudes e tendências para com
Para Malcolm Allen, no livro Salva- a vontade divina, conforme esta é apresen-
ção e Serviço: “Nossa juventude precisa ser tada na palavra de Deus.
desafiada hoje com uma mensagem que
lhe seja relevante, que lhe supra as neces-
sidades. Precisa ser levada, por preceito e
exemplo, a adotar um estilo de vida que lhe
permita apreciar a presença de Deus neste
36
DIVISÃO SUL-AMERICANA
T E
humano e o ajuda a resolver as ou-
BO
tras coisas que às vezes o preocu-
A pam. Seja em família ou sozinho, o
EST
U B IR N DÊNCIA importante é fazer deste momento
S N
MÉ EPE
O BO A DE D AR QUE algo único e especial. A esse mo-
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NTU DEIX PITÃ
AVE IÁRIA E A O CA VIDA mento especial, dá-se o nome de
D E J A
TO S ÃO D
CRIS BARCAÇ AL. culto. Cada um deve buscar um lu-
M SO
DA E PES
gar que seja seu cantinho particu-
lar para a reflexão. O ambiente faz
toda a diferença.
37
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
Palavra seu primeiro dever todos os dias. COMUNHÃO com Deus no estudo da Palavra
Abordar alguma passagem bíblica, pedin- e na oração: “Em meio aos perigos destes
do a Deus orientação quanto à agenda dEle últimos dias, a única segurança dos jovens
para o dia. Fazer duas perguntas: O que esta está em intensificar a vigilância e a oração. O
passagem ensina sobre Deus? O que é pos- jovem que sente prazer na leitura da Palavra
sível aprender para a vida prática com esta de Deus e na hora da oração será constan-
porção bíblica? Alguns adotam um capítulo temente refrigerado pelo beber da fonte da
por dia para essa reflexão diária, seguindo o vida. Atingirá um nível de excelência moral
plano do Reavivados Por Sua Palavra. Não e pensamentos tão amplos que outros não
importa tanto o plano ou a estratégia, mas podem compreender. A COMUNHÃO com
sim o fortalecimento do hábito. O estudo da Deus estimula bons pensamentos, aspira-
Bíblia, além de aguçar os pensamentos, aju- ções nobres, percepções claras da verdade
da na aquisição de um aprendizado maior e elevados propósitos de ação” (Mensagens
sobre Deus, e no conhecimento da história aos Jovens, p. 247).
do Seu povo ao longo dos séculos. A Bíblia
é a Palavra autorizada de Deus. Conhecê-la 3. TESTEMUNHO: todos os dias. Tomar
equivale a entender cada vez mais a respeito para si mesmo um desafio diário de colocar
de Seus planos para vida de Seus filhos. em prática o que foi assimilado mediante o
estudo da Bíblia ou da oração. Compartilhar
2. ORAÇÃO: pelo menos três vezes ao alguma impressão da reflexão bíblica com
dia. Esse momento é fundamental no culto algum amigo ou nas redes sociais. Mostrar
e durante todo o dia. Se a oração é o abrir Jesus por meio de seus atos de bondade
do coração a Jesus como a um amigo, então para outros. “Deus nos ajuda a cultivar hábi-
conversar com ele é desfrutar do privilégio tos de pensar, falar, olhar e agir que darão a
de ouvir a voz dEle. No exercício da oração todos que nos rodeiam testemunho de que
há alguns elementos que não podem faltar: temos estado com Jesus e dEle aprendido”
• Gratidão: tomar tempo para agrade- (Mensagens aos Jovens, p. 202).
cer por tudo o que Deus é, fez e fará na vida
do adorador (Sl 100:4). 4. EXALTAÇÃO: o dia inteiro. Nos mo-
• Confissão: dedicar tempo para uma mentos do culto pessoal, lembrar essa par-
reflexão introspectiva de confissão e perdão te é bem especial. É o momento para lou-
(1Jo 1:9). var, cantar uma música que reflita a própria
• Petição: na oração, deve-se fazer experiência na oração e na Palavra. O jovem
petições com convicção, pois o Pai Celeste poderá lembrar das épocas de desbravador,
é especialista em dar boas dádivas a Seus quando, na lei, repetia: “ter sempre um cân-
filhos (Mt 7:7-11/Fp 4:6,7). Dentro desses ele- tico no coração”. Durante o dia, o Espírito
mentos práticos e claros, nunca se deve es- Santo o fará lembrar da música ouvida e da
quecer de pedir o Batismo do Espírito Santo mensagem nela contida, e os anjos acompa-
diariamente. Toda essa obra de transforma- nharão o jovem para as vitórias do dia. “O
ção só será possível se o Espírito tiver lugar cântico é um dos meios mais eficazes para
no íntimo do ser (At 1:4,5). Há muitos bene- imprimir a verdade espiritual no coração”
fícios para aqueles jovens que priorizam a (Beneficência Social, p. 93).
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
nas lojas de aplicativos, e vídeos de pastores vidência. Assim dia a dia podereis entregar
comentando o capítulo do dia estão disponí- às mãos de Deus a vossa vida, e assim ela se
veis no site da DSA e circulam pelos aplicati- moldará mais e mais segundo a vida de Cris-
vos de troca de mensagens. to” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 70).
O momento do #PrimeiroDeus não
pode ser perturbado. Jesus deu a primeira
instrução com respeito a essa hora: “Mas tu,
quando orares, entra no teu quarto e, fechan-
ADORAÇÃO
do a porta, ora a teu Pai que está em secreto;
A clara compreensão do conceito
e teu Pai, que vê em secreto, te recompensa-
de adoração e seu verdadeiro significado
rá” (Mt 6:6).
são essenciais para o trabalho do líder JA.
Dos ensinos e exemplos de Jesus,
Adorar a Deus é a motivação do verdadeiro
existem três partes essenciais no plano da
culto. Adoração não significa meramente
Devoção Pessoal: (1) oração; (2) estudo da
estar na igreja. O exercício religioso do culto
Bíblia e (3) meditação.
consiste em aprender a viver na presença
O culto pessoal deve ser um hábito
de Deus e a integrar na vida diária o que se
diário na vida do jovem adventista e ele não
aprendeu na igreja. Como visto nos pontos
pode abrir mão desse privilégio. Tendo esses
introdutórios deste capítulo, a adoração tem
componentes ancorando a vida, mesmo no
uma destacável posição nos eventos finais.
meio das tempestades, com o BOTE salva-
A despeito de tempo ou da cultura,
vidas e Cristo como verdadeiro capitão,
a genuína adoração pode ser reconhecida
o jovem chegará ao porto seguro. Deus
e praticada. Discorrendo sobre esse tópico,
o guiará e o acompanhará nesta jornada
Ellen G. White diz, no livro Testemunhos Se-
embalado pela bendita esperança.
letos, p. 251 e 252:
O estudo da Bíblia é a conexão prática
“Nossas reuniões devem oferecer o
na devoção pessoal. Sem ele, a oração pode
maior interesse possível. Deve imperar ali a
ser formal e a meditação pode se desviar
própria atmosfera do Céu. As orações e dis-
para sonhos vagos. Deve-se aproveitar os
cursos não devem ser prolixos e enfadonhos,
momentos a sós com Deus para memorizar
apenas para encher o tempo. Todos devem
o texto do dia ou outra porção das Escritu-
espontaneamente e com pontualidade con-
ras.
tribuir com sua parte e, esgotada a hora, a
“Consagrai-vos a Deus pela manhã;
reunião deve ser pontualmente encerrada.
fazei disto vossa primeira tarefa. Seja vossa
Deste modo, será conservado vivo o interes-
oração: ‘Toma-me, Senhor, para ser Teu in-
se. Nisto está o culto agradável a Deus. Seu
teiramente. Aos Teus pés deponho todos os
culto deve ser interessante e atraente, não
meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço.
se permitindo que degenere em formalidade
Permanece comigo, e permite que toda a
insípida. Devemos dia a dia, hora a hora,
minha obra se faça em Ti.’ Esta é uma ques-
minuto a minuto viver para Cristo; então
tão diária. Cada manhã consagrai-vos a Deus
Ele habitará em nosso coração e, ao nos
para esse dia. Submetei-Lhe todos os vossos
reunirmos, Seu amor em nós será como uma
planos, para que se executem ou deixem de
fonte no deserto, que a todos refrigera, in-
se executar, conforme o indique a Sua pro-
39
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
cutindo nas almas esmorecidas um desejo confissão. Isto abre o coração à influência do
ardente de sorver da água da vida”. Espírito Santo, ajudando o adorador a tor-
Contrariando a crença popular, não nar mais clara a consciência da presença de
existe uma igreja de ontem, e nem uma de Deus.
amanhã; a igreja de hoje precisa ser interge- Se a busca de orientação divina é im-
racional. Isso significa que crianças, jovens, portante para as nossas atividades do dia a
adultos e idosos comparecem juntos para dia, o que se dirá então de quem tem a res-
adorar e servir ao Senhor. Essa junção de to- ponsabilidade de organizar os momentos de
dos representa a chave da adoração. adoração da juventude. É por isso que é in-
Howard Vanderwell, no seu livro The dispensável que o líder JA seja alguém que
Church of All Ages: Generations Worshi- mantém forte COMUNHÃO com Deus.
pping Together, p. 24 diz: “Deus não nos dá As atividades espirituais necessitam
um caráter totalmente formado. Nem forma de constantes lembretes para não perder a
sozinho nossas características como um ato essência e o verdadeiro sentido.
soberano, ou espera que formemos nosso
próprio caráter unilateralmente. A formação
de nosso caráter na economia de Deus é um
evento comunitário. Ajudamo-nos mutua-
ENSINO
mente nessa formação. Deus age sobre nós
Uma pesquisa realizada com jovens
através dos outros. E, em particular, o traba-
da América do Sul, encomendada pelo de-
lho conjunto das gerações é um componente
partamento JA da Divisão Sul-Americana,
necessário da formação saudável. Cada ida-
no ano de 2008, revelou que os jovens ad-
de aprende com outro ... desde que a forma-
ventistas esperam que os pastores e líderes
ção da fé e do caráter seja uma preocupação
apresentem conteúdo bíblico com profun-
essencial da igreja cristã, devemos ter como
didade em congressos, cultos jovens, vigí-
objetivo manter as gerações engajadas entre
lias e reuniões de pequenos grupos. Contra-
si, tanto nas atividades do ministério como
riando o que popularmente se compreendia
no culto corporativo”.
dos membros da igreja nessa faixa etária, a
É também da responsabilidade
pesquisa revelou que eles estão insatisfeitos
do líder JA integrar jovens e adultos no
com a superficialidade com a qual se tem
contexto da adoração. O culto jovem é dos
apresentado os temas mais relevantes para
jovens para a igreja e não somente para os
o seu crescimento espiritual.
jovens. Ele também deve ajudar os jovens
Os eventos promovidos pelo minis-
a compreender que sempre que as portas
tério jovem são oportunidades para ensino
da igreja se abrem, há a oportunidade de
e não somente para adoração. Os temas
adoração. Isso inclui a Escola Sabatina, o
escolhidos deverão ser apresentados com
Culto Divino, os encontros evangelísticos, as
forte embasamento bíblico e no Espírito de
reuniões de oração e o Culto Jovem.
Profecia. O assunto pode ser apresentado
Adorar a Deus é algo que requer o
em forma de sermão, palestra ou em mo-
preparo da pessoa antes que ela compare-
mentos de perguntas e respostas (seme-
ça ao local de culto, e os passos essenciais
lhante ao programa Na Mira da Verdade, da
para esse preparo são o arrependimento e a
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
forço unido da igreja para alcançar o maior rar, etc. Por isso a igreja tem um plano dife-
número de pessoas de todas as idades com renciado de guia de estudo, segundo a idade
a Lição da Escola Sabatina e motivá-las no e a experiência espiritual.
estudo diário da Palavra de Deus. • Cada dia, (Êxodo 16:19) a ordem
O Projeto Maná está baseado na expe- foi, comei-o hoje, não se podia deixar para o
riência do povo de Israel no deserto, quando outro dia. A experiência espiritual tem que se
foi alimentado por Deus. Em Êxodo 16:16-21, renovar todos os dias. O que se como hoje,
o pão representa a palavra de Deus que está basicamente só serve para hoje. Por isso que
disponível para todos. Só que há um pedi- a palavra de Deus deve ser consumida todos
do divino em Mateus 6:33, que diz: “Buscai”, os dias. A igreja tem o plano da leitura diária
o que significa que é preciso interesse para da palavra de Deus a fim de preservar o cris-
sair e procurar. Os israelitas tinham que sair tão das doenças espirituais, daquelas que re-
cedo e procurar o Maná no deserto. Hoje, as- sultam de falta de alimento.
sim como no passado, a palavra de Deus está • De manhã cedo. No verso 21 diz
disponível para todos e os mesmos princí- a palavra de Deus: “Vindo o calor do sol se
pios que regeram o consumo do Maná são derretia” Com a saída do sol vem as ativi-
válidos para este tempo: dades do dia, por isso Jesus ia a presença
• Cada um. (16:16) A ideia bíblica da do Pai muito cedo, para no meio da tranqui-
salvação não é corporativa, é individual, por lidade da manhã encontrar o pão espiritual.
isso, em Êxodo 16:16 Deus ordenou: “Colhei O melhor momento para encontrar a palavra
disso cada um”. Deve haver um encontro de Deus é na primeira hora do dia, quando
pessoal, deve haver uma procura pessoal, tudo está tranquilo.
por parte de cada um dos membros da fa- Ao analisar sua igreja, o líder JA pode
mília. refletir sobre a seguinte indagação: quando
• Colhei cada um segundo o que e onde há mais jovens, no culto jovem ou na
pode comer. (16:16) Isso significa que não escola sabatina? Com raras exceções, a res-
tem que haver uniformidade na forma de es- posta será: na escola sabatina. Apesar de ter
tudar a Bíblia, sobre quanto tempo deve du- um horário específico à tarde, os jovens com-
parecem mais à igreja aos sábados pela ma-
nhã. A explicação para este fenômeno não é
tão fácil. O fato é que se os jovens estão pre-
“O estudante da Escola sentes aos sábados pela manhã na igreja, é
Sabatina deve sentir tão integral fervor
para tornar-se inteligente no conhecimen-
preciso desenvolver um programa dedicado
to das Escrituras como em destacar-se e voltado para eles, algum projeto que venha
no estudo das ciências. Se um deve ser
comprometê-los com o estudo da Palavra e
negligenciado, sejam as lições dos seis
dias. A exortação de nosso Salvador deve encantá-los com os desafios da missão.
ser religiosamente considerada por todo Uma outra razão para investir na Es-
homem, mulher e criança que professa
cola Sabatina Jovem é o fato de que os jo-
Seu nome”.
Ellen G. White, Conselho sobre a vens precisam se relacionar entre si. Preci-
Escola Sabatina, p. 18
sam conversar mais e conhecer melhor uns
aos outros, e quando se analisam os progra-
mas da igreja, tem-se pouco espaço para
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
essa troca de experiências e opiniões. Sendo que sejam criativos. Eis algumas dicas: co-
assim, a Escola Sabatina Jovem precisa ser locar pufes, multimídia, adesivos legais e su-
um ambiente que vise ao aprofundamento gestivos na parede, iluminação indireta, cores
dos relacionamentos e que facilite a amiza- alegres e vibrantes, banners, usar e abusar
de entre eles. dos paletes, tambores e pneus. Lembrar que
Nota-se que a necessidade de apoiar quanto mais os jovens estiverem envolvidos
e instruir os jovens foi a ideia inicial para o nesta reforma, maior será o interesse deles
que hoje é a Escola Sabatina na igreja Ad- em se envolver na classe posteriormente. É
ventista do Sétimo Dia. importante incentivá-los a colocar o esforço
A Lição da Escola Sabatina, como es- e o coração neste projeto.
trutura para o estudo sistemático da Bíblia b) Dentro da igreja: algumas igrejas
com a recapitulação diária, foi criada para preferem que os jovens fiquem na nave para
atingir quatro objetivos, que permanecem poderem participar da programação. Nes-
até hoje: te caso, não teremos a ESCOLA SABATINA
• Confraternização: estabelecer RE- JOVEM, mas a CLASSE DE JOVENS. Nor-
LACIONAMENTO e amizade. malmente funciona nos primeiros bancos da
• Testemunho: alcançar toda a co- igreja e continua tendo como foco atender
munidade. às necessidades dos jovens.
• Estudo da Bíblia: por meio da lição. c) Lição separada: em algumas igre-
• Missão mundial: oração e oferta. jas, a presença dos jovens dentro do templo
é imprescindível. Isso porque eles ajudam
no louvor, na direção da escola sabatina, etc.
COMO TER UMA Sendo assim, uma outra opção é dividir ape-
43
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
para que a geração de jovens adultos não nar o louvor mais bonito, é uma boa forma
sufoque os mais novos. Uma boa liderança é de envolver a juventude.
aquela que prepara novos líderes. E os “eter- • Programa: é importante ser pon-
nos” jovens? O que fazer com aqueles que já tual para começar e terminar. Além disso, é
estão fora da faixa etária, mas ainda tem um imprescindível ter sempre um programa va-
coração jovem? Eles podem criar a classe “+ riado e que envolva o máximo de pessoas;
JOVENS”, ou “Jovens Casados”. • Criatividade: o bom líder deve gas-
tar um tempo imaginando e criando alguns
DICAS “quadros” novos para seu programa. Vale
• Ter uma recepção legal e diferen- lembrar que as ideias antigas, com uma rou-
ciada. pagem nova, sempre trazem bons resulta-
• Propaganda é a alma do negócio, dos;
por isso, usar e abusar de cartazes, e-mails, • Espaço físico: investir em murais,
postagens no Facebook, SMS, WhatsApp, pinturas, projetor de vídeo, cortinas, cadei-
etc. ras, etc. Deixar o ambiente aconchegante e
• Lição: precisa ser dinâmica, intera- diferenciado;
tiva e variada. Além da lição no sábado, de- • A escola sabatina deve ser o local
safie os jovens a estudarem pelo WhatsApp de incentivo e de planejamento das ações do
ao longo da semana, a fazerem resumos e Ministério Jovem. Na escola sabatina os jo-
postarem nas redes sociais, ou seja, a criati- vens atuam dentro da igreja, e os pequenos
vidade cria o envolvimento. grupos são os jovens da igreja atuando fora
• Música: os jovens gostam de músi- dela.
ca. Por isso, é importante ter um grupo de
louvor bem preparado para atuar na escola
sabatina. Se possível, usar, de preferência, al-
gum instrumento musical, pois além de tor-
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
atento ao relógio, afinal, o louvor tem hora ferencialmente com imagens ou vídeo. Neste
para começar e hora para terminar, para não testemunho, o foco não é o que UMA pessoa
comprometer o restante da programação. está fazendo, mas o que OS JOVENS estão
realizando.
ORAÇÃO Sendo assim, o testemunho só irá
Ao olhar para o ministério de Jesus, acontecer se ao longo dos últimos dias os
percebe-se que a oração ocupava um lugar jovens desenvolveram alguma atividade. As-
de destaque dentro de suas prioridades diá- sim sendo, o culto jovem constitui uma ce-
rias. lebração dos jovens. Celebração do que foi
Sendo assim, também é preciso dar o feito. Portanto, é necessário fazer muito para
devido valor a este momento, e o culto jo- celebrar bastante!
vem é um programa que valoriza a oração.
Com criatividade e envolvimento, a oração MENSAGEM
tem que ser inspiradora e dinâmica. Por isso, A última parte do culto jovem é a
vale a pena investir tempo pensando e pla- mensagem bíblica, que precisa ser prática e
nejando o momento de oração do culto jo- voltada para o fortalecimento espiritual do
vem. Com certeza várias formas diferentes dia a dia do jovem. Normalmente, a pessoa
de oração surgirão, e isso irá fortalecer a que fala neste momento tem algum envolvi-
vida de oração dos jovens. Jamais esquecer: mento com os jovens para que, assim, a men-
“Muita oração, muito poder! Pouca oração, sagem possa ser aceita.
pouco poder!”. “Não imagineis que vos seja possível
despertar o interesse dos jovens indo à reu-
TESTEMUNHO nião missionária e pregando longo sermão.
O testemunho tem o poder de valori- Planejai meios pelos quais se possa desper-
zar quem fez e de incentivar quem ouve. Por tar um vivo interesse. Cada semana os jo-
isso, o líder precisa caprichar nesse quesito. vens devem levar seus relatórios, contando
O testemunho no culto jovem é vol- o que têm tentado fazer pelo Salvador, e o
tado para o relato das atividades que os jo- êxito obtido. Se as reuniões missionárias fos-
vens estão fazendo nos desafios mensais, sem uma ocasião para apresentar esses re-
nos ministérios de serviço, na escola sabati- latórios, não se tornariam desinteressantes,
na jovem e nas atividades missionárias. É im- monótonas, enfadonhas. Seriam cheias de
portante que seja algo bem treinado e pre- atrativos, e não haveria falta de assistência”.
Oração inspiradora
Louvor
Mensagem
Fim
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
mera digital, celular, tablet, etc) ou ao vivo, ções: sempre que possível, realizar dinâmi-
de pessoas da igreja local, do distrito ou de cas e dramatizações relacionadas ao tema
outros lugares. Trabalhar cada dia uma ênfa- do dia. É necessário analisar cuidadosamen-
se diferente (Ex: Conversão, Fidelidade, Li- te se as peças podem ser encenadas na igre-
bertação de vícios, Casamento restaurado, ja. Isso para evitar polêmica ou qualquer for-
Retorno para a Igreja, Missão, Bênçãos da ma de aparência do mal. A encenação muda
semana, etc). também é uma boa opção. O tempo de apre-
• Ministério de Louvor: organizar sentação não deve ultrapassar, em geral, 7
uma boa equipe de louvor, fazer uma seleção minutos.
de músicas especiais. Se for possível, investir • Equipe de atividades para as
em som instrumental ao vivo, com muito en- crianças: fazer contato com o MC (Ministério
saio e preparo. da Criança) e MA (Ministério do Adolescen-
• Cantores Convidados e Mensa- te) de sua igreja e tomar providências para
gens Musicais: realizar o quanto antes a sua que cada noite haja atividades com as crian-
escala de convidados e “pratas da casa”. ças, preferencialmente em outro ambiente.
Convidar bons cantores. Escolher pessoas • Orçamento das despesas: não se
que exaltem a Cristo no seu cantar e infor- esquecer de fazer um orçamento dos custos
mar-lhes, com antecedência, o tema do dia. que serão necessários para a realização da
• Equipe de Audiovisual: muitos re- semana de oração e apresentar à comissão
cursos audiovisuais podem ser utilizados, da igreja.
mas o líder precisa providenciar os equipa- Os últimos detalhes devem ser repas-
mentos necessários e as pessoas que saibam sados com semanas de antecedência, como
manusear esses recursos. Essa equipe tam- por exemplo:
bém pode se encarregar de criar os mate- • Reunir as equipes de apoio e o
riais no PowerPoint, Keynote, Movie Maker, orador para os ajustes: Após delegar as ati-
Vegas, Photoshop, etc. vidades, é preciso acompanhar o processo
• Equipe de Comunicação: o orga- de execução das tarefas para ajudar no que
nizador da semana pode convidar o diretor for necessário. Fazer reuniões periódicas
de comunicação de sua igreja para ajudar e com a equipe. Comunicar as atividades pla-
oferecer uma equipe que poderá auxiliá-lo nejadas ao pregador a fim de que ele possa
por meio do uso de diversos recursos de co- entender e tirar proveito delas.
municação: vídeo, Twitter, Facebook, Insta- • Intensificar a comunicação interna
gram, e-mail, outdoor, camisas, carro de som, e externa: aproveitar o uso das redes so-
cartazes, etc. Produzir camisa padrão com o ciais, enviar mensagens para celulares. Pos-
tema da Semana e dar preferencialmente ao tar no mural da igreja a imagem oficial, data
grupo de coordenação. e local da semana, colocar na porta da igreja
• Equipe de ornamentação: selecio- um banner ou cavalete com cartaz alusivo
nar pessoas que possuem afinidade nesta à semana, apresentar um anúncio dramati-
área para que possam dar um toque especial zado, elaborar um vídeo empolgante, exibir
na decoração da igreja, ao criar um ambiente o perfil dos convidados, fazer convites pes-
bonito e inspirador. soais, etc. Usar a criatividade.
• Equipe de dinâmicas e dramatiza- • Confirmação da escala: confirmar
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com as pessoas que fazem parte das diver- todos pelo empenho, avaliar o que foi feito,
sas escalas: música, sonoplastia, câmara de verificar as necessidades de ajustes para o
oração, recepção, diaconato etc. programa seguinte e, principalmente, orar
juntos.
O QUE FAZER DURANTE A • Programa e escala: fazer cópias
SEMANA JOVEM do programa diário e distribuir entre todos
• Ser pontual: começar a programa- os envolvidos, até mesmo os envolvidos nas
ção no horário estabelecido, independen- atividades fora do templo. Ter mais de uma
temente da quantidade de pessoas presen- pessoa coordenando o programa, a fim de
tes na igreja, isso, demonstrará respeito por evitar muito deslocamento dentro do tem-
quem foi pontual, como também dará um re- plo. Ter sempre um segundo plano, caso fal-
cado sutil à igreja de que a ordem e a pontua- te o cantor, pregador, ou algo dê errado no
lidade fazem parte da adoração. Convidar os programa.
colaboradores a estarem na igreja com uma • Dinamizar o programa: variar a se-
antecedência mínima de meia hora. quência e forma do culto para não cair na
• Corrente de oração: as lutas se- rotina. Convém ser criativo. Aguçar a curio-
rão grandes durante a realização da sema- sidade do público lançando enigmas e sur-
na de decisão, por isso é muito importante preendendo a todos com inovações.
estabelecer horários durante o dia para a • Manter o foco no tema do dia: to-
oração. Estimular as pessoas que vão minis- das as atividades dentro da programação
trar o culto a participarem da câmara de ora- devem estar relacionadas ao tema da prega-
ção antes do início do culto. Manter a oração ção do dia. Por isso, o tema deve ser estu-
intercessora durante todo o culto. dado com antecedência para checar se há
• Após cada programa, reunir as conexão entre o que desejam fazer e o tema
equipes de apoio e o orador: agradecer a do dia.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
05
CONGRESSOS EVANGELÍSTICOS: VIGÍLIA JOVEM
normalmente realizados após algu-
ma campanha missionária de impac- 1. O QUE SE ESPERA DE UMA VIGÍLIA JA
to. Chamado, muitas vezes, de con- • Planejamento, conteúdo, objetivo e
gresso de colheitas; um tema a perseguir;
CONGRESSOS JA DISTRITAIS/ • Um programa espiritual, participa-
06
REGIONAIS/ESTADUAIS: feitos para tivo, com dinâmica de grupo;
os jovens. Esses congressos devem • Ênfase em temas apropriados, mo-
estar ligados a projetos comunitários mentos de oração, testemunhos e estudo
e programas de evangelização; profundo da Bíblia, etc;
CONGRESSOS PARA UNIVERSITÁ- • Um momento que inspire, motive e
07
RIOS: discutem-se temas de interes- leve os jovens a uma experiência real com
se dos jovens universitários. Cristo.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DICA DE LEITURA
WHITE, Ellen. G. Mensagens
aos jovens. Tatuí, SP: Casa
Publicadora Brasileira, p.45.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
CAPÍTULO 4
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
soas e o lugar mais seguro da Terra para um o seu círculo mais íntimo, os 12 discípulos.
jovem fortalecer seus RELACIONAMENTOS Ele os escolheu para estarem com Ele. Jesus
é em uma comunidade espiritual. A vida em também orou por unidade (Jo 17:20, 21). Uni-
comunidade é obra do Espírito Santo. É im- dade não somente para o seu círculo mais
possível crescer como discípulo se o jovem íntimo, mas entre todos os seus seguidores.
decidir viver de outra maneira. Através da
vida em comunidade, os jovens reconhecem As 4 bênçãos bíblicas da verdadeira
a presença, o propósito e o poder de Jesus. comunidade:
Jesus, intencionalmente, escolheu a
comunidade como solo fértil para o culti- Força
vo de discípulos saudáveis. Compreender 01 Ec 4:9 e 10
coração, louvando a Deus e contando com para vos admoestardes uns aos outros. Mas,
a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, agora, não tendo já campo de atividade nes-
acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que tas regiões e desejando há muito visitar-vos,
iam sendo salvos”. penso em fazê-lo quando em viagem para
O texto deixa claro que os crentes a Espanha, pois espero que, de passagem,
perseveravam, ou seja, davam constante esteja convosco e que para lá seja por vós
atenção a cinco práticas essenciais: a doutri- encaminhado, depois de haver primeiro des-
na, a COMUNHÃO, o partir do pão, a oração frutado um pouco a vossa companhia”.
e a adoração. Essas cinco atividades, como Convém destacar quatro afirmações
se pode notar, eram praticadas socialmente, do apóstolo, as quais reforçam a importância
isto é, desenvolviam-se no relacionamento. e necessidade do RELACIONAMENTO:
Por um lado, perseveravam na doutrina, mais 1) “Cada um de nós agrade ao seu
especificamente no ensino, na instrução. próximo no que é bom para edificação”;
Além disso, perseveravam na COMUNHÃO, 2) “Acolhei-vos uns aos outros”;
uma clara alusão ao espírito de irmandade 3) “Estais possuídos de bondade,
que havia entre todos. Também persevera- cheios de todo o conhecimento, aptos para
vam no partir do pão, que pode ser enten- vos admoestardes uns aos outros”;
dido como a Ceia do Senhor ou como refei- 4) “Espero que, de passagem, esteja
ções regulares feitas em comunidade. Além convosco e que para lá seja por vós encami-
disso, praticavam orações e adoravam em nhado, depois de haver primeiro desfrutado
comunidade. um pouco a vossa companhia”.
Fica evidente que essas cinco práticas Nas frases acima destacadas, Paulo
da igreja apostólica não podiam ser vividas apresenta basicamente quatro aspectos da
individualmente; ao contrário, eram experi- vida em comunidade (RELACIONAMEN-
mentadas em grupo. Por isso, podemos afir- TOS):
mar que a igreja apostólica vivia em constan- • Promover a edificação do outro,
te relacionamento (vida em comunidade). isto é, colaborar com o próximo em seu de-
Em Romanos 15:1-2, 7, 14, 23-24, o senvolvimento em sabedoria e santidade.
apóstolo Paulo também descreve a impor- • Receber o próximo em amizade,
tância de uma vida relacional na qual o ou- tomando-o como companheiro. E mais do
tro é motivo de cuidado. O texto sintetiza que apenas demonstrar favores, é identifi-
as características de uma vida pautada pelo car-se emocionalmente com o outro.
RELACIONAMENTO: “Ora, nós que somos • Tendo-se uma vida cheia de
fortes devemos suportar as debilidades dos bondade e gentileza, é possível que, num
fracos e não agradar a nós mesmos. Portan- RELACIONAMENTO, as pessoas possam
to, cada um de nós agrade ao próximo no advertir-se e exortar-se mutuamente.
que é bom para edificação. Portanto, aco-
• RELACIONAMENTOS autênticos
lhei-vos uns aos outros, como também Cris-
produzem satisfação e saciam a sede de
to nos acolheu para a glória de Deus. E certo
amizade e companheirismo.
estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso
respeito, de que estais possuídos de bonda- • Edificação, acolhimento, exortação
de, cheios de todo o conhecimento, aptos mútua e satisfação: estes são elementos bí-
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
PASTORES BATISMOS 16 A
DSA IGREJAS GRUPOS MEMBROS
DISTRITAIS 30 ANOS
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
ENTENDENDO O PASTOREIO por ele, não por obrigação, mas de livre von-
A palavra pastor é um substantivo tade, como Deus quer. Não façam isso por
masculino que significa: guardador de gado. ganância, mas com o desejo de servir”. (I
No Novo Testamento, esta palavra vem do Pedro 5:2) “Não há dúvida de que quando
grego poimen, que traz o sentido de: guar- Pedro falava de pastorear a grei de Deus es-
dião ou mentor espiritual do rebanho de taria lembrando a tarefa que o próprio Jesus
Cristo. Quando se examina a Bíblia são en- lhe tinha atribuído mesmo quando lhe en-
contrados alguns ensinos que ampliam a vi- comendou apascentar suas ovelhas” (João
são sobre o pastoreio. Eis alguns desses en- 21:15-17). A recompensa do amor era a desig-
sinamentos: nação de um pastor, e Pedro estava lembran-
• O pastoreio não é uma opção, mas do a tarefa que Cristo lhe havia confiado. A
uma necessidade para a igreja. Quando Je- exortação de Pedro era para que esses an-
sus ressuscitou e se encontrou com os seus ciãos, como líderes da igreja, exercessem seu
discípulos, junto à praia, perguntou três ve- dom de pastorear. Eles não tinham o ofício
zes se Pedro o amava, e em cada uma das de pastor, porém tinham uma função pasto-
três circunstâncias conclui que se Pedro o ral. O ofício de pastor é para quem exerce
amava, deveria pastorear Suas ovelhas (Jo. o pastorado de forma exclusiva, assumindo
21:17). Cristo considerou que guiar e cuidar uma posição de liderança eclesiástica que
das ovelhas era a grande exigência ministe- inclusive permite a própria manutenção pela
rial. Com essas palavras deixou claro que o pregação do evangelho (I Co. 9:14). A função
pastoreio não pode ser opcional. Precisa-se pastoral é para todo aquele que tem o dom
de ovelhas sadias e reprodutíveis. Isso só é de pastorear, a habilidade especial que Deus
possível pelo pastoreio.
concede a algumas pessoas para assumirem
• Existe uma diferença entre o ofí- a responsabilidade pessoal pelo bem-estar
cio de pastor e a função pastoral. Pedro, que espiritual de um grupo de crentes.
aprendeu bem a lição do Mestre Jesus, ao • O pastoreio envolve cuidado e dis-
escrever aos cristãos da Ásia menor que ha- cipulado. Jesus falou que o bom pastor dá a
viam começado a sofrer perseguição, exor- sua vida pelas ovelhas, conhece suas ovelhas
tou os anciãos da igreja a exercerem o pas- e elas o conhecem. (João 10:10 e 14). Comen-
toreio dizendo: “Pastoreiem o rebanho de tando sobre o exemplo de Cristo como o
Deus que está aos seus cuidados. Olhem Pastor modelo, Ellen White declarou: “Jesus
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
é o Bom Pastor. Cuida de Suas ovelhas fra- sam mais tempo com seus pares, nas redes
cas, enfermas e desgarradas. Conhece-as to- sociais, na escola, na faculdade, no trabalho,
das pelo nome. Toca-Lhe o coração cheio de ou nos encontros das tribos, nas quais a so-
compassivo amor e aflição de toda ovelha e ciedade urbana está organizada. Eles que-
todo cordeiro de Seu rebanho, e chega-Lhe rem pertencer a um grupo, a uma comunida-
ao ouvido o brado de socorro. Um dos maio- de onde possam nutrir RELACIONAMENTOS
res pecados dos pastores de Israel é assim profundos e ter momentos de recreação e
apontado pelo profeta: ‘A fraca não fortale- lazer. A igreja deve ser esse lugar!
cestes, e a doente não curastes, e a quebrada O líder JA precisa, intencionalmente,
não ligastes, e a desgarrada não tornastes a apoiado pelos demais líderes da igreja,
trazer, e a perdida não buscastes; mas domi- prover momentos de sociabilização para a
nais sobre elas com rigor e dureza. Assim, se juventude com o propósito de fortalecer os
espalharam, por não haver pastor, ... sem ha- RELACIONAMENTOS para que a identidade
ver quem as procure, nem quem as busque.’ dos indivíduos seja fortalecida, dando-lhes
(Ezequiel 34:4-6). {Ex 248.2}”. segurança para formar uma identidade
O pastoreio está vinculado com as ne- própria e explorar seu papel no mundo.
cessidades da pessoa, aquilo que é emergen- A liderança precisa ajudar seus jovens
cial, que envolve reabilitação, proteção ou o no discipulado integral, entendendo que
seu bem-estar. O pastoreio está relacionado somente decorar uma lista do que fazer e
com o desenvolvimento da ovelha, sua ma- não fazer, assinar um termo de compromisso
turidade e produtividade. Rebanho saudável ou cumprir até o fim um programa de
é rebanho cuidado e discipulado. desenvolvimento, não transforma o jovem
Não se pode esperar que haja uma em discípulo maduro.
multiplicação saudável do rebanho de Deus Os pequenos grupos devem servir
sem que haja pastoreio. O líder de jovens e como catalisadores da sociabilização e do
os líderes dos pequenos grupos de jovens pastoreio, como visto no infográfico no iní-
da igreja local precisam ter disposição para cio do capítulo. Os líderes dos PGs devem
dividir a carga, cuidar e discipular os jovens. ser orientados para não apenas envolver os
Não se pode esperar que um pastoreio efe- jovens nos cultos e nas atividades missioná-
tivo seja feito em massa, ou por atacado. Os rias, mas também para proporcionar a eles a
jovens precisam estar organizados em pe- experiência de sociabilização em momentos
quenos grupos com mais líderes que exer- recreativos e de lazer.
çam a função pastoral e atendam às neces- Para a igreja conseguir sociabilizar a
sidades deles. juventude, ela precisa fortalecer sua imagem
na vida do jovem, preocupando-se intencio-
SOCIABILIZAÇÃO PARA CRIAR nalmente em ser relevante para ele e suprin-
VÍNCULOS DE AMIZADES SAUDÁVEIS do suas necessidades. Essa relevância não
O ser humano é intrinsecamente so- deve, nem precisa, ferir os princípios bíblicos.
cial e na juventude essa característica é ain- A recreação, na verdadeira
da mais intensa. Sem desconsiderar a triste acepção do termo recriação, ten-
realidade da solidão e o isolamento social de a fortalecer e construir. Afas-
vivido por muitos jovens, em geral, eles pas- tando-nos de nossos cuidados e
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
1 7
A atividade violará a própria consciên- Os esforços de autocontrole
cia do jovem? serão fortalecidos ou enfraque-
Rm 14: 22, 23 cidos?
I Co 9:27
2
Será que os atos dos jovens farão com
8
que os outros fracassem ou tropecem É trabalho da carne?
em sua fé? Gl 5: 19-21
I Co 10: 23-33
9
Isso irá despertar o indecente?
3
Deus será glorificado no corpo desse Fl 4: 8
10
atividade? Isso enfraquecerá a influência
I Co 6: 19, 20 do jovem como cristão?
I Cos 10:33
4
Isso o colocará sob influência do mal?
11
I Ts 5: 21, 22 É legal e certo?
Romanos 12 e 13
5
Será que vai entrar em conflito com o
12
seu dever? Isso viola os desejos dos pais?
Mateus 6:33 Ef 6: 1-4
6
Se fizer isso, trará reprovação a Cristo
ou à Sua Igreja?
I Pe 4: 14-16
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
gia devem ser distribuídos para cada uma Confraternização: este é o momento
01
delas. Muitas opções de recreação e lazer se do quebra-gelo e tem como propósi-
apresentam de maneira convidativa, mas os to que todos se sintam confortáveis
jovens adventistas devem basear suas esco- entre si;
lhas nos ensinamentos ou princípios bíblicos.
O recreio é necessário aos que se Estudo: não é um estudo bíblico em
02
acham ocupados em labor físico, e mais ain- estilo de palestra ou sermão, mas um
da, essencial àqueles cujo trabalho é espe- estudo interativo onde todos têm a
cialmente mental. Não é essencial à nossa chance de falar e aplicar o que foi
salvação, nem para a glória de Deus, man- aprendido;
ter o espírito em contínuo e excessivo labor,
Oração: um momento no qual todos
mesmo sobre temas religiosos.
(Mensagens 03
podem compartilhar suas necessida-
aos Jovens, p. 392)
des e que deve direcionar o momen-
Os doze princípios podem ajudar o
to de oração final.
jovem na vida cotidiana e respondem se as
recreações ou atividades de sociabilização
escolhidas pela liderança jovem estão fun- VIDA EM COMUNIDADE NA
damentadas nos princípios bíblicos: AMÉRICA DO SUL
Sociabilização constitui um aspecto O líder JA deve considerar a vida em
vital do desenvolvimento dos jovens, e mui- comunidade como uma parte indispensá-
tos benefícios podem ser alcançados se a vel da sua agenda semanal. O encontro da
igreja local oferecer recreação adequada e comunidade é um espaço onde cada parti-
instrutiva para eles. O principal objetivo deve cipante deve ter o senso de pertencimen-
ser não apenas ocupar o tempo, e sim, pro- to, onde os jovens são
ver alguma atividade significativa e saudável conhecidos pessoal-
que seja capaz de conduzir ao companhei- mente, atendidos,
rismo, envolvimento salutar e estímulo inte- aceitos e desafiados
lectual. a crescer espiritual-
mente. A comuni-
AS REUNIÕES DOS PEQUENOS GRUPOS dade é o lugar onde
As reuniões de Pequenos Grupos são os jovens levarão seus
encontros informais, semanais, nas casas, amigos que ainda não
onde rolam conversas abertas e sobre diver- foram alcançados pelo
sos assuntos, conduzidas por um estudo bí- evangelho para vivencia-
blico relacional. É um tempo para estreitar rem uma experiência mais
RELACIONAMENTOS e aprender sobre Deus profunda da fé.
e a Bíblia, deixar sua opinião, manifestar suas Diversas iniciativas
dúvidas e encontrar o apoio na caminhada têm se mostrado bem-suce-
ao lado de Jesus. São reuniões renovadoras, didas na promoção da vida em
simples e transformadoras! comunidade entre os jovens
Há três componentes básicos: adventistas sul-americanos.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
COMUNIDADE
Os Jovens em Pequenos Grupos, que
DNA.COM no norte do Brasil são chamados de JPEG’s,
funcionam como uma extensão do DNA.
DNA (Dia do Norte em Ação) é um COM.
projeto que envolve a juventude em um dia Possui uma lição adequada para os
específico, na realização de serviços sociais, jovens estudarem nas reuniões. Todas estas
missionários, voluntários e evangelísticos. E ferramentas estão disponíveis no App.
o complemento: “.COM” faz referência à Co- E não para por aí, ele se estende para
munidade; à Oração e à Missão. Dessa forma, Escola Sabatina Jovem. O projeto tem o de-
pode-se concluir que o DNA.COM incentiva safio de otimizar a sala dos jovens transfor-
nossos jovens a viverem um estilo de vida mando-a no lugar mais legal da Igreja (Espa-
cristão. ço DNA.COM) onde o jovem, ao entrar, possa
Uma ferramenta importante de sus- exclamar: “Que legal!”.
tentação do projeto é o aplicativo DNA.
COM. Uma vez feito o download, o usuário ORAÇÃO
tem a sua disposição o desenvolvimento do A oração é uma das chaves para a
“Jeito Jovem de Viver”, com vários conteú- COMUNHÃO. O líder JA precisa incentivar
dos que levam o jovem a crescer na COMU- seus jovens a orarem uns pelos outros tam-
NHÃO e no RELACIONAMENTO, com foco bém. A COMUNHÃO dos jovens é uma das
na MISSÃO. prioridades, e para fortalecer essa área tão
importante, o aplicativo disponibiliza a lição
71
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
veraram unânimes no templo, partiam pão Jovem receberá uma nova roupagem cha-
de casa em casa e tomavam as suas refei- mada de “Espaço My Style”. Na medida do
ções com alegria e singeleza de coração” possível, deve-se personalizar a sala, fazer
plotagens, usar banners, colocar pufes, usar
VISÃO TVs, músicas “ao vivo”, enfim, deixar esse es-
Alcançar e discipular a geração pós- paço a cara dos jovens.
-moderna por meio de COMUNHÃO, RELA- A grande meta é que o PG se torne,
CIONAMENTO E MISSÃO. no sábado pela manhã, a Escola Sabatina Jo-
vem.
FILOSOFIA Vale a pena fazer essa revolução acon-
PG My Style é composto por um gru- tecer na igreja, pois certamente a juventude
po de pessoas que se encontra semanalmen- desfrutará de um novo jeito de viver em co-
te para ampliar seu grau de COMUNHÃO, munidade.
RELACIONAMENTO E MISSÃO. Esse grupo
também realiza desafios externos relevantes
para a comunidade, através de atos de com- ESTILO LIFE
paixão.
À medida que o PG My Style constrói O Life é um estilo de vida.
um RELACIONAMENTO estável e verdadeiro É um convite para viver a vida cris-
e alcança novos amigos, o grupo cresce por- tã na prática e revolucionar a comunidade
que os líderes são treinados e, consequente- onde o jovem vive.
mente, o grupo está pronto para formação O jovem, ao refletir sobre o porquê de
de novos líderes e multiplicação. ser adventista, prepara-se para mostrar atra-
vés da sua Life que existe uma oportunida-
DESAFIOS de única de ter vida, mas não qualquer vida,
São ações externas, diferentes, rele- mas a Life plena (João 10:10).
vantes e inusitadas que o PG My Style realiza O Life ocupará o dia a dia do jovem,
em favor da comunidade. Essas ações, lan- ou seja, esse será o seu modo de viver!
çadas através das redes sociais, são mensais Esse é o seu novo estilo de Life!
e pontuais. Poderão ser comunitárias, sociais Cada jovem de sua comunidade será
e/ou missionárias. Cada PG My Style também desafiado a participar desse estilo. Para for-
pode realizar semanalmente, quinzenalmen- talecer a amizade e os relacionamentos entre
te ou mensalmente desafios propostos pelo eles, será preciso ter um encontro semanal.
seu próprio grupo. A ideia é: Um PG inten- O “Onde”, “Como” e o “Quando (dia e hora)”
cional e relevante. o líder JA definirá, Há algumas sugestões,
mas a definição é do líder. Os temas estu-
ESPAÇO MY STYLE dados serão fornecidos pelo departamento
É um lugar específico onde a juventu- JA. Qualquer um dos jovens que pertence ao
de do PG MY Style se encontrará, a cada ma- grupo poderá ser o “mediador” da noite, ou
nhã de sábado, para aprofundar mais ainda seja, aquele que trará a mensagem.
sua COMUNHÃO, seu RELACIONAMENTO e Para aumentar mais e mais o grupo,
sua MISSÃO. Na verdade, a Escola Sabatina o primeiro desafio é: cada um dos partici-
73
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
ciais e no “boca a boca”. A ideia é “parecer” meiro passo - cada jovem adventista deve se
um “clube do bolinha”. Pode-se, no máximo, envolver em uma causa auxiliando alguém
falar que haverá as reuniões, mas nenhum que necessite de ajuda, sem distinção. Se-
participante pode contar o que acontece gundo passo - cada jovem adventista deve
lá dentro. Também seria fundamental ter convidar um conhecido de outra crença para
alguém responsável por tirar as fotos das participar de sua causa e juntos mudarem a
ações e reuniões para postar nas redes so- vida de alguém. Terceiro passo - o jovem ad-
ciais. ventista deve discipular o amigo participan-
te da causa envolvendo-o no pequeno grupo
jovem, no culto jovem e escola sabatina jo-
A SOCIEDADE vem. Importante: esse processo de discipu-
lado deve ser oferecido também às pessoas
O lema é “Juntos Construímos” ajudadas.
E para facilitar o alcance dos obje-
A SOCIEDADE, em essência, é um tivos propostos foram desenvolvidos dois
projeto que pretende gerar duas ações con- aplicativos (para smartphones que operam
tínuas no coração do jovem adventista: o com Android e IOS).
amor ao próximo e o discipulado. O primeiro é o aplicativo A SOCIEDA-
Para alcançar esse objetivo, A SOCIE- DE. Nele, as instituições de caridade e proje-
DADE propõe três passos fundamentais. Pri-
75
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
tos sociais poderão se cadastrar para rece- ramenta que vai auxiliar no andamento do
ber ajuda. Então, quando um usuário decide pequeno grupo jovem, culto jovem e escola
ajudar alguém, basta tocar em um comando sabatina jovem. Também com muitos recur-
do app e aparecerá no mapa todas as ins- sos disponíveis.
tituições de caridade e projetos sociais que
estiverem mais próximos do usuário. Aí, é
só selecionar uma instituição ou projeto e
aparecerá seus itens de necessidades; e com
GPS... NA ROTA
mais um toque o app aciona o GPS para le- DA AMIZADE
vá-lo até lá. O app também proporciona a
chance de criar um evento social; nesse caso, Estabelecer e praticar a amizade for-
um usuário, ao perceber uma grande neces- ma parte do estilo de vida dos jovens. Em
sidade pode fazer o seguinte: marcar uma todo momento e lugar, eles se sentirão mais
localização, dia e hora, além da descrição da à vontade na companhia de seus pares, já
ação. A seguir, o app vai convidar os usuá- que eles concebem a vida como uma forma
rios que estão no raio da localização mar- de relacionamento e interação permanente
cada para se encontrarem e se conhecerem com outras pessoas. Sem dúvidas, a amizade
e, juntos, ajudarem as pessoas necessitadas e o relacionamento é a grande obra-prima
daquela ação. Isso entre muitas outras solu- de sua arte preferida.
ções. Ao considerar esta acentuada forma
E para o passo do discipulado, há um de ver e viver a vida, os pequenos grupos
outro app: WAY. Esse aplicativo é uma fer- se tornam significativamen-
te relevantes na vida dos
jovens, já que, através
de tais grupos, eles po-
dem compartilhar uma
infinita quantidade de
atividades, experiências,
planejamentos, ideias,
emoções e sentimentos
profundos.
No caso particular
da União Chilena, a estraté-
gia é chamada de: Peque-
nos Grupos Salvação e Ser-
viço, utilizando de maneira
deliberada e intencional a
sigla GPS; e não só por ser
constituída pelas iniciais de
tal estratégia, senão também
pela significativa analogia que
se pode obter da mesma. Pois
76
DIVISÃO SUL-AMERICANA
CONEXIÓN GP
O princípio básico do pla-
no inspirado por Deus é realizar
o trabalho organizando os jovens
em pequenos grupos.
É por isso que a ideia básica
do ministério jovem da União Bolivia-
na consiste em organizar o Ministério
Jovem Adventista das igrejas locais em
pequenos grupos e designar para cada
um deles um líder.
A ideia é que a base de relaciona-
mento da juventude seja o PG.
Assim, o nome desse projeto reflete
um novo modo de a juventude viver, em co-
77
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
DICA DE LEITURA
DUDLEY, Roger L., Why our
Teenagers Leave the Church.
Hagerstown, MD: Review and
Herald, 2000, p 99.
78
DIVISÃO SUL-AMERICANA
CAPÍTULO 5
79
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
82
DIVISÃO SUL-AMERICANA
Provérbios 17:17 dá uma pista em rela- de bicicleta, para a noite social, para
ção à rota da amizade: “em todo tempo ama o acampamento, para o retiro...);
o amigo, e na angústia se faz o irmão”.
Convidar para atividades espirituais
As pessoas de hoje precisam de uma 04
(Pequeno Grupo, Culto Jovem, Reci-
geração que ofereça amizade genuína e,
tal, ou um outro programa especial
assim como Jesus, atenda as necessidades
na igreja);
delas. Os jovens adventistas podem ofere-
cer aceitação, compreensão, solidariedade, Ofertar um curso bíblico (Estudo bí-
05
apoio, confiança, consolo, perdão, reconcilia- blico pessoal, Classe Bíblica ou Evan-
ção, sorriso, alegria, etc. gelismo Público).
Sem dúvida, não se ganha inimigos
Como afirmou Ellen G. White: “Perde-
para Deus, apenas amigos, já que não se pre-
mos muito, como povo, por falta de simpatia
cisa ganhar o coração e a confiança de um
e sociabilidade uns com os outros” (Serviço
amigo, porque esses valores estão incluídos
Cristão, p. 178), “...o exemplo de Cristo de li-
na verdadeira amizade. Se isso se tornar rea-
gar-se aos interesses da humanidade deve
lidade, pode-se dizer como Jesus: “segue-
ser seguido por todos [...] não devemos re-
-me”, e esse será o momento exato em que
nunciar à COMUNHÃO social” (Serviço Cris-
a Verdade será aceita e entesourada, porque
tão, p. 93).
terá o valor verdadeiro que provém da au-
toridade daquele que ama verdadeiramente.
MINISTÉRIOS NOS CÂMPUS UNIVERSITÁRIOS
Portanto, se o líder e os jovens sob sua lide-
O êxodo silencioso dos jovens em
rança desejarem cumprir a MISSÃO e fazer
nossas igrejas se tornou uma preocupação
discípulos na sua comunidade, a proposta é
crescente. A isso se soma o fato de que mais
que sigam a rota da amizade.
da metade dos jovens adventistas do sétimo
Passos para implementar a rota da
dia deixa a igreja antes ou algum tempo de-
amizade:
pois de se tornar jovem. Durante os anos da
Anotar o nome de três a cinco pes-
01 universidade, muitas vezes, os jovens adultos
soas não adventistas e começar um
escolhem deixar a igreja. Eles se tornam ví-
movimento de oração para que Deus
timas de suas crises de identidade, perple-
sensibilize o coração delas;
xos por não saberem por que creem no que
Estreitar a amizade de forma inten- creem e por não ter o senso de MISSÃO en-
02
cional; raizado no seu viver diário.
Diante deste desafio, os jovens univer-
Integrar os amigos nas suas ativida-
03 sitários merecem não somente preocupação
des diárias e nos programas de so-
por parte da liderança da igreja mas também
ciabilização da igreja para que eles
ser depositários de um papel a desenvolver
percebam o estilo de vida dos jovens
no meio universitário onde estão conviven-
adventistas (Ação-chave: o convite!
do. Dean Borgman (1997) afirma que: “Em
Os jovens adventistas devem convi-
termos de missões mundiais, os jovens for-
dar os amigos para ir ao shopping,
mam o maior, mais crucial e mais dinâmico
para ir à praia, para jogar futebol,
“grupo de pessoas não alcançadas” no mun-
para tomar um sorvete, para andar
83
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
do ... [a juventude] deve ser a primeira MIS- tudará a Bíblia com seu amigo e o conduzirá
SÃO “estrangeira” da igreja”. a Jesus.
Cada jovem universitário adventista O manual do Ministério dos Universi-
deve olhar para sua universidade como este tários traz informações de como envolvê-los
vasto campo missionário que tem pela fren- e comprometê-los com o ideal de salvar e
te e tomar para si o desafio de ser um ver- servir.
dadeiro embaixador e missionário de Cristo
na sua universidade. Ele passará pelo menos DESAFIOS MISSIONÁRIOS
quatro anos convivendo com companheiros Os desafios missionários são ações
e, sem dúvida, poderá se tornar uma luz e criativas, diferentes, inusitadas e realizados
levar o evangelho de Jesus para eles. pelo ministério jovem da igreja local. Essas
O evangelismo da amizade é o cami- ações podem ser semanais, quinzenais ou
nho mais apropriado, por isso cada jovem mensais, conforme decisão do grupo ou pro-
universitário é desafiado a “adotar” um ami- postos pela Associação/Missão. As ações
go pelo qual intercederá em oração, partici- dos desafios missionários têm como pro-
pará junto a seu amigo de diferentes ativida- pósito levar o jovem a ser um sermão vivo,
des como todos os amigos fazem, criará um as mãos e os pés de Jesus na comunidade.
vínculo importante a tal ponto que o JA po- Embora uma das características dos desa-
derá convidar seu amigo a um PG, um espor- fios seja a criatividade, essas ações devem
te com os jovens da igreja, um recital musical ser intencionais para que respondam às ne-
na igreja, um acampamento, um culto jovem, cessidades da comunidade que se pretende
uma escola sabatina jovem e, finalmente, es- alcançar.
84
DIVISÃO SUL-AMERICANA
Até mesmo porque quem quiser ser Lista de desafios sugestivos para
notado pela comunidade e mostrar que o cada mês do ano:
evangelho de Cristo ainda é relevante para MÊS DESAFIO
a sociedade pós-moderna, precisa entender
“Mexa-se pela Vida”: promover ca-
que “é necessário colocar-se em contato
minhadas, passeios ciclísticos ou
com o povo mediante esforço pessoal. Se se outras atividades esportivas para
Janeiro
empregasse menos tempo a pregar sermões, chamar a atenção da comunidade
e mais fosse dedicado ao serviço pessoal, em relação aos 8 remédios naturais.
maiores seriam os resultados que se veriam.
Tendas de Esperança: os jovens
Os pobres devem ser socorridos, cuidados
montarão tendas com os dizeres
os doentes, os aflitos e os que sofrem perdas Fevereiro
“Posso orar por você” em lugares
confortados, instruídos os ignorantes e os movimentados.
inexperientes aconselhados. Cumpre-nos
Liberdade em Cristo: Visitar as pri-
chorar com os que choram e alegrar-nos
Março sões, dar alguma assistência à famí-
com os que se alegram. Aliado ao poder da lia de presos, etc.
persuasão, ao poder da oração e ao poder
Vida por Vidas: mobilizar pessoas
do amor de Deus, esta obra jamais ficará
Abril para a doação de sangue, plaquetas
sem frutos”.
e medula óssea.
Os desafios devem, portanto, ser pen-
sados para ser relevantes em termos comu- Impacto Esperança: distribuir livros
Maio missionários e realizar uma feira
nitários, sociais e, principalmente, missioná-
“Vida e Saúde”.
rios.
Varal Solidário: organizar um bazar
Junho gratuito de roupas e calçados em
prol da comunidade carente.
85
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
exército global;
86
DIVISÃO SUL-AMERICANA
87
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
alguma transfusão de sangue, seja por doen- foi reconhecido internacionalmente como
ça, acidente, cirurgia ou outro motivo. Essa “campanha destaque que incentiva a doação
iniciativa surgiu porque os jovens adventis- de sangue” pela Organização Mundial da
tas, ao tomarem consciência da importância Saúde - OMS, agência fundada em 7 de abril
do ato de doar, pois só no Brasil, diariamen- de 1948, especializada em saúde e subordi-
te, são necessárias 5.500 bolsas de sangue, nada à Organização das Nações Unidas.
resolveram fazer a diferença no afã de ajudar
a suprir essa necessidade. CADASTRAMENTO DE MEDULA ÓSSEA
Missão: Como cristãos, os JAs estão O movimento para o cadastramen-
sempre dispostos a beneficiar o próximo, to de doadores de medula é uma resposta
pois os valores, como solidariedade, espe- dos Jovens Adventistas a um problema im-
rança e fé, fazem parte do potencial humano, portante. O Brasil possui atualmente uma
e são inspirados pelo exemplo de Cristo, que população superior a 180 milhões de habi-
Se preocupava com cada pessoa, conhecia tantes, mas conta com poucos doadores ca-
suas necessidades e sempre procurava mi- dastrados no Registro Nacional de Doado-
norar suas dores. No gesto de amor de Cris- res Voluntários de Medula Óssea - Redome.
to, encontra-se o caminho para o envolvi- O Brasil é o terceiro banco mundial, e por
mento nesse projeto altruísta, a fim de que mais que tenha a marca de dois milhões de
as pessoas que sofrem possam ter uma vida doadores cadastrados, a incompatibilidade é
melhor. Eis o slogan dessa abençoada inicia- um fator relevante, que causa preocupação
tiva solidária – “ELE DEU TUDO PARA VOCÊ e angústia, visto que, a probabilidade de se
DOAR UM POUCO”. encontrar um doador compatível é de apro-
Objetivo: Promover a mobilização e ximadamente um em cada cem mil. A ideia
a participação de voluntários para a doação do Projeto Vida por Vidas é aliar a doação
de sangue e hemoderivados, em hospitais e de sangue com o incentivo ao cadastramen-
hemocentros de oito países da América do to dos doadores de medula, para que se au-
Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, mente a probabilidade de se encontrar al-
Paraguai, Peru e Uruguai. guém compatível.
Destaque: O Projeto Vida por Vidas
88
DIVISÃO SUL-AMERICANA
NOVAS INICIATIVAS
Os próprios jovens adventistas po-
dem contribuir com novas iniciativas, como
forma de respaldo, para que o projeto amplie
o seu incentivo aos doadores. A intenção do
QUEM PODE projeto é divulgar a importância da doação,
DOAR SANGUE e informar sobre o assunto, tornando o jo-
Entre outras, essas são algumas das vem adventista, além de doador, também um
condições básicas para ser um doador: incentivador. Isso pode acontecer mediante
• Ter entre 16 e 69 anos de idade.
• Estar alimentado.
a formulação de propostas que relacionem
• Pesar no mínimo 50 quilos. a importância de doar sangue com a possi-
• Ter dormido pelo menos 6 horas nas bilidade de fazê-lo em um dia “reservado”
últimas 24 horas.
para este fim. Tudo isso deve acontecer em
• Ter doado sangue há mais de 60
dias (homem) ou 90 dias (mulher). parceria com a igreja local com o apoio de
uma equipe designada para este propósito,
Fonte: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/doacao-de-sangue
89
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
90
DIVISÃO SUL-AMERICANA
e o Serviço”. Certamente Deus vai usar cada ros, o projeto cresceu, estruturou-se e já en-
líder JA disposto na grande tarefa de prepa- volveu mais de 1.000.000 de jovens univer-
rar e motivar os jovens para se encontrarem sitários e pré-universitários em uma série de
com Jesus. O líder precisa dar o seu melhor campanhas evangelísticas longe e/ou perto
e deixar a sua marca. de seu lar.
A Missão Calebe surgiu no interior da No livro Evangelismo, p. 83, Ellen Whi-
Bahia por iniciativa de três jovens: Estatiel- te, escreve: “Seria melhor, e produziria maior
ma, Noranei e Leonardo, todos da cidade de resultado, se houvesse... uma equipe ou gru-
Guanambi. Muitos projetos parecidos esta- po... com diferentes dons para o trabalho”.
vam começando neste mesmo tempo em A proposta da Missão Calebe não é
diversos lugares da América do Sul, mas a simplesmente enviar jovens para uma MIS-
marca Missão Calebe foi oficializada pelos SÃO nas férias. Mas fazê-lo de forma orga-
departamentais de jovens da União Nordes- nizada e sistematizada. Principalmente com
te Brasileira da IASD, na ocasião, liderados uma equipe bem capacitada e certa das suas
pelo Pr. Odailson Fonseca. funções.
Seguindo o exemplo dos seus pionei-
91
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
92
DIVISÃO SUL-AMERICANA
nos lares e em classes bíblicas. Os anciãos mas no geral o calebe é equipado com mo-
deverão preparar uma lista de interessados e chila, Bíblia, diário de bordo, boné e camise-
de membros afastados da igreja para que os ta.
calebes visitem e façam o apelo para o ba- É bastante comum encontrar
tismo. Os manuais de crescimento de igreja Associações/Missões que também equipam
apontam entre três a seis meses como tem- os evangelistas com os materiais para a
po ideal para a semeadura. realização da conferência pública. Eles
No caso de se enviarem calebes para recebem DVDs com palestras em power-
cidades de MISSÃO Global, o projeto deverá point e clipes muisicais, Bíblias para usar no
ser bem estudado e executado de maneira auditório, cartões de apelo, faixa para colo-
que a Missão Calebe seja apenas um ponto car na frente do ponto de pregação e, em
dentro de uma estratégia arrojada de plantio alguns casos, brindes e materiais para cursos
de uma nova igreja. A experiência das últi- profissionalizantes.
mas edições do projeto em todos as uniões
da DSA tem mostrado que os resultados são
melhores quando a campanha é realizada IMPACTO NA COMUNIDADE 06
em lugares onde a igreja já está estabeleci-
da. O acompanhamento daqueles que foram Idealmente, toda equipe de calebes
batizados é mais sólido do que no primeiro deverá dedicar a primeira semana da cam-
caso. panha para desenvolver projetos na comu-
nidade. Ações como a Feira Vida e Saúde,
Curso de Culinária, Abraços Grátis e Curso
04 PREPARO ESPIRITUAL de Corte e Costura criam uma ponte entre
os calebes e a comunidade. Independente-
Existem essencialmente duas ferra- mente do local onde será realizada a confe-
mentas para o preparo espiritual dos cale- rência pública e das condições financeiras,
bes: O projeto #PrimeiroDeus e o Diário de as equipes poderão promover também uma
Bordo. A primeira foca na busca de poder na semana de palestras com temas sociais. Esse
primeira hora de cada manhã e a segunda método tem sido usado com eficácia para
visa a motivar e manter os calebes focados cativar as famílias da comunidade e atraí-las
no projeto, durante os dias da campanha, para as reuniões evangelísticas.
através de meditações diárias e testemunhos Seguem algumas sugestões de temas
das edições anteriores. Eles também são de- para a semana:
safiados a escreverem as suas experiências • Como perder peso com saúde.
em seus diários e compartilharem nos cultos • Como prevenir o câncer.
matinais com o restante da equipe. • Comece o seu próprio negócio.
• Curso básico de internet.
• Segredos de um casamento feliz.
05 MATERIAL DE APOIO • Cuidado! Você está em perigo
diante da televisão.
Existem diversas variantes em relação • Como vencer o estresse e a de-
aos materiais de apoio no território da DSA, pressão.
93
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
UNIÃO 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
UNIÕES BRASILEIRAS
UCB 868 1.006 2.200 2.200 8.540 7.786 9.461 11.754 5.030
UCOB 1.255 1.859 2.570 1.913 4.098 5.988 10.124 11.334 5.593
ULB 0 0 0 6.000 8.064 12.000 13.900 18.028 14.722
UNB 3.854 7.821 8.000 9.209 15.000 21.476 32.122 43.180 7.889
UNeB 8.821 10.610 7.221 8.521 14.920 11.086 16.223 18.121 10.016
UNoB 0 4.908 7.000 6.941 7.393 8.298 11.838 8.458 4.952
USB 467 2.655 3.500 5.256 7.500 13.859 16.577 17.556 11.507
USeB 866 1.793 2.000 2.631 2.021 2.828 3.058 3.727 3.668
Subtotal 16.131 30.652 32.491 42.671 67.536 83.321 113.303 132.158 63.377
UNIÕES HISPANAS
UA 24 1.603 2.000 3.620 300 346 1.466 593 792
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UE 1.258 2.322 2.500 2.000 1.957 633 873 1.195 282
UP 15 83 120 200 309 140 367 488 301
UPN 6.261 10.762 15.000 20.250 12.477 8.836 10.450 6.422 3.281
UPS 2.576 5.184 7.500 8.769 11.704 12.360 14.743 14.291 1.458
UU 30 0 0 400 56 80 205 196 322
Subtotal 10.362 20.987 28.637 40.798 29.589 24.716 31.828 25.923 7.889
TOTAL 26.493 51.639 61.128 83.469 97.125 108.037 145.131 158.081 71.266
Fonte: Ministério Jovem - DSA
discipulado apresentam os Pequenos Gru- var o detalhe da faixa etária dos calebes (16-
pos como sendo o ambiente ideal para o 30+). Não há aqui nenhum preconceito ou
desenvolvimento dos dons e a maturidade restrição exagerada. Apenas o ideal de orga-
espiritual. nização a fim de atingir um público específi-
co da igreja para esse projeto de discipulado
QUEM SÃO OS CALEBES? O QUE ELES e MISSÃO.
FAZEM? Há uma série de atividades em con-
Primeiramente, é importante entender junto que podem ser desempenhadas pelos
que o número ideal de jovens por equipe é calebes desde a preparação para o projeto,
de doze a quinze calebes, independente se além de atividades sociais nos locais do pro-
garotos ou garotas, e das suas idades e fun- jeto. Porém, nesse momento, o que importa
ções. é ater-se ao papel de cada um dos calebes
É muito importante, também, obser- em suas devidas funções dentro da equipe.
95
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
OS PARTICIPANTES SÃO
ORGANIZADOS EM EQUIPES COM
FUNÇÕES ESPECÍFICAS:
1. Líder – É o responsável direto pela não podem ministrar alguma palestra da
equipe de calebes. De preferência, deve ser campanha. É válido ressaltar que essa
escolhido dentro do corpo de líderes da igreja pessoa é responsável também por organizar
ou da sociedade de jovens. É fundamental a visitação dos calebes aos amigos que
que seja um membro regular da igreja frequentarão a série de evangelismo e
comprometido e dinâmico, a fim de conduzir orientá-los sobre como devem ministrar os
com tranquilidade o grupo. Esse líder deve estudos bíblicos nos lares.
ser maior de idade e ter a confiança da igreja 3. Instrutor da ECF – Entenda ECF
local e dos calebes. como Escola Cristã de Férias. Em alguns
O papel principal do líder é o de lugares do DSA já existe uma parceria entre
coordenador das atividades da equipe o Ministério Jovem e o Ministério da Criança
calebe. Desde sua preparação e saída de seus para a realização mais eficaz da Missão
lares para o local do projeto até seu retorno, Calebe. Então, foi desenvolvido a ECF
após a campanha. Durante esse período específica para o projeto. Dessa forma, as
evangelístico, o líder é o guia do grupo. Está crianças e juvenis não ficam ociosos durante
sobre ele o dever de cuidar dos horários do as pregações, pois haverá um material e
grupo (acordar, adorar, comer, visitar, dormir, programa específico para sua faixa etária.
etc.), bem como do seu bem-estar. Assim, é preciso escolher uma pessoa
2. Evangelista – É a pessoa que estará especialmente para tal tarefa. Essa pessoa é
à frente das palestras e pregações bíblicas, a instrutora da ECF. O ideal é que seja alguém
ele irá conduzir o calendário homilético do que tenha tato e paixão pelas crianças. Se
evangelismo. O calebe escolhido para essa possível, alguém que já tenha desenvolvido
função precisa ter conhecimento bíblico algum trabalho nessa área.
suficiente e desenvolvimento de oratória 4. Capelão – É o líder espiritual dos
para conduzir as pregações doutrinárias calebes. É desta pessoa a responsabilidade
da campanha evangelística. Se possível, de pastorear a equipe. Acompanhar a
é sempre válido convidar alguém que já devoção pessoal da garotada, estabelecer
tenha experiência neste sentido, como um os horários de culto em comunidade e
ancião, um evangelista leigo ou mesmo um os projetos de oração e enriquecimento
evangelista assalariado que já trabalha como espiritual da equipe.
obreiro ligado à igreja local ou à Missão/ É sempre válido que esse pessoal seja
Associação. escolhido com muito cuidado e oração, o
O fato de o evangelista ser o principal mesmo deve ser visto pelo grupo como um
palestrante não significa que outras pessoas referencial de espiritualidade, pois o exemplo
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
SAMARIA
10. Esportes – (Ter algum profissional de
educação física).
Antes: Providenciar brincadeiras, campeo- PROJETO OYiM/
natos, etc.
Durante: Divulgar. UM ANO EM MISSÃO
Depois: Ajustar para executar.
11. Brindes – (Literatura cristã, produtos na- Não é possível definir se aqueles que
turais, etc). iam à Judeia e depois voltavam para Jeru-
Antes: Providenciar os brindes. salém ficavam angustiados. Mas quando um
Durante: Sortear. jovem participa da Missão Calebe, ao menos
três coisas acontecem:
12. Visitação • Ele volta com muito mais vigor
Depois: Receber da secretaria a lista dos en- para trabalhar na comunidade local;
dereços daqueles que requereram uma visita • Ele se dispõe a participar de outros
e visitá-los. projetos missionários;
13. Oração • Ele amplia os horizontes quanto ao
Antes: Providenciar lista, caderneta de ora- significado de “Salvar e Servir”.
ção, etc. Preparar uma sala exclusiva para Esse é o momento certo de encarar
oração durante o programa. um desafio ainda maior.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
100
DIVISÃO SUL-AMERICANA
101
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
que o mesmo seja responsável por replicar o em sua região de origem, capacitando-os a
projeto em seu distrito de origem. Por isso, é fazer discípulos onde quer que estejam. O
preciso ver no aspirante um líder formado ou primeiro projeto aconteceu no primeiro se-
um líder em potencial. mestre de 2013, na cidade de Nova Iorque,
Estados Unidos, e contou com a participa-
COMO PARTICIPAR? ção de 14 jovens, um representante de cada
O pastor distrital é o responsável pelo Divisão e um da União do Oriente Médio e
recrutamento com o apoio e o acompanha- Norte da África (MENA). Como pioneira, a
mento do departamental do seu campo. O Divisão Sul-Americana contou com a parti-
interessado deve ser recomendado pelo seu cipação da jovem brasileira Liz Motta, que
pastor e por sua igreja local ao ministério teve a responsabilidade de replicar o projeto
jovem da Associação/Missão, e este, sob a no território sul-americano, feito este que se
orientação da administração, fará a seleção concretizou no primeiro semestre de 2014,
dos voluntários. na cidade de Montevidéu, Uruguai, tendo a
própria Liz Motta como coordenadora, o Pr.
COMO TUDO COMEÇOU? Kevin Choque como capelão e 17 jovens re-
O projeto Um Ano em Missão, com presentando as Uniões que compõem a DSA
enfoque nas grandes cidades, nasceu no co- (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Pa-
ração de dois líderes da Associação Geral, a raguai, Peru e Uruguai). O êxito do projeto,
saber, Pr. Ted Wilson e Pr. Gilbert Cangy, com em Montevidéu (2014), levou a Divisão Sul-
base na leitura do livro de Ellen G. White -Americana a seguir replicando o projeto em
intitulado “Ministério para as grandes cida- todo o seu território e seguir mantendo uma
des”. Criou-se, assim, o projeto One Year in equipe por ano no próprio nível de Divisão.
Mission (OYiM), com o propósito de envol-
ver os jovens adventistas no cumprimento COMO O PROJETO ACONTECE:
da MISSÃO deixada por Jesus para cada um O projeto para grandes cidades tem
de Seus filhos, e isso mediante capacitação como base o evangelismo, enfoque nas gran-
e evangelismo prático. Para formar uma for- des cidades, escola de MISSÃO e movimento
ça-tarefa modelo, foi solicitado um repre- multiplicador, trabalho este que se desdobra
sentante de cada Divisão, para que esses em:
representantes possam multiplicar o projeto • Incentivo e apoio aos jovens ad-
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HISTÓRIA DE MISSÕES
• Cristianismo e missões.
• O avanço missionário.
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
DICA DE LEITURA
BORGMAN Dean, When
Kumbaya is not Enough – A
Practical Theology for Youth
Ministry. Peabody, MA: Hen-
drickson Publishers, 1997.
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
CAPÍTULO 6
108
DIVISÃO SUL-AMERICANA
2
Dar-lhes a oportunidade de par-
ticipando ativamente no trabalho da igreja,
ticiparem ativamente nas dife-
um fato que também tem sido percebido é
rentes atividades e programas da
que a igreja tem perdido muitos dos mem-
igreja.
bros jovens. Há diversas razões, de acordo
• Envolvê-los nas atividades dos cul-
com pesquisas recentes entre jovens adven-
tos e na pregação.
tistas, que estão relacionadas com o aban-
• Animá-los e desafiá-los a se torna-
dono da fé, mas em grande medida a falta de
rem professores na Escola Sabatina, lideran-
atenção por parte da liderança da igreja está
ça de ministérios de serviço e de projetos
em evidência.
especiais de missão.
A seguir são apresentadas algumas
• Dar a eles a coordenação de pro-
sugestões daquilo que os anciãos e a igreja
gramas especiais da igreja, como Semana
podem fazer para ajudar os jovens, dar-lhes
Santa, Semana de Oração, Batismo da Pri-
atenção e mantê-los na igreja:
mavera, Evangelismo de Colheita, Impacto
Esperança, etc.
1
“Os experimentados obreiros de hoje
Dar aos jovens a oportunidade de
fazem nobre obra quando, em vez de procu-
participarem na construção do
rarem levar todos os encargos sozinhos, pre-
plano de ação da igreja local.
param obreiros
mais jovens e colocam res-
• Incluir representantes dos jovens ponsabilidades sobre seus ombros”. (Ellen G.
110
DIVISÃO SUL-AMERICANA
White, Atos dos Apóstolos, p. 205.1) obra para que estiverem habilitados!” (Ellen
G. White, A Igreja Remanescente, p. 13.6)
3 Equipá-los e treiná-los.
111
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
5
um ambiente apropriado para a vida em co-
munidade. Porém, antes de tudo, necessitam
Ser cordial com eles.
ser um local caloroso, com amor e aceitação,
com cultos e programas criativos, inovado-
• Aceitá-los como são. res e relevantes. Isso é fundamental para fa-
• Não criticar sua aparência e o zer o jovem ficar. Transmite uma mensagem
modo de ser diferentes como jovens. de alegria e graça. A maior motivação surge
• Demonstrar disposição para atuar quando os jovens veem que a igreja, verda-
como um amigo e conselheiro e não como deiramente, se importa com eles.
um fiscal.
“Os que esperam ter sucesso na edu- OS OBJETIVOS DO MINISTÉRIO
cação dos jovens devem aceitá-los como JOVEM ADVENTISTA
são, não como deviam ser nem como serão A igreja trabalha para e com sua ju-
quando saírem de sob sua instrução”. (Con- ventude por meio do ministério jovem ad-
selhos sobre Educação, p. 34.1) ventista. A juventude deve trabalhar unida,
em cooperação com o restante da igreja,
para o desenvolvimento de um ministério
6
jovem forte, que inclua o crescimento espi-
Atender as necessidades de
ritual, mental e físico de cada indivíduo, so-
sociabilização dos jovens.
ciabilização e um programa intencional de
discipulado em apoio aos planos missioná-
• Os jovens necessitam se sociabili-
rios gerais da igreja. O objetivo do ministério
zar com outros jovens, com quem aprendem jovem adventista é envolver todos os jovens
lições de vida e, também, a viver em harmo- em atividades que façam deles membros ati-
nia. Cheios de energia, que precisa ser cana- vos da igreja e os capacitem para a missão.
lizada para atividades positivas. O Manual da Igreja, p. 108, afirma que
• É preciso prover a eles noites so- deve haver um ministério jovem adventista
ciais, atividades pela natureza, atividades es- ativo em cada igreja e ressalta que é impor-
portivas e retiros. tante que a programação dos jovens não es-
“A mais bela obra já empreendida por teja isolada do restante da igreja. Além de
homens e mulheres, é
lidar com espíritos jo- sua participação no ministério jovem, os jo-
vens. [...] Bem poucos há que compreendam vens devem estar engajados em responsabi-
as mais essenciais necessidades do espírito, lidades de liderança e em todos os ramos de
e a maneira por que devam dirigir o intelecto atividades da igreja. Como anciãos jovens,
em desenvolvimento, o pensar e sentir cres- diáconos e diaconisas, por exemplo, eles po-
centes dos jovens”. (Conselhos sobre Educa- derão trabalhar e aprender com líderes ex-
ção, p. 1.1) perientes.
As igrejas locais podem se tornar o Os líderes JAs que têm a visão correta
eixo para o discipulado intencioal das novas compreendem que o ministério jovem está
gerações – um lugar para treinamento e nu- voltado para a igreja local e lembra aos jo-
trição, e a base para as ações missionárias vens (e a si mesmos!) que o ministério jovem
e de compaixão pela comunidade, além de não é a igreja. É um ministério da igreja. O
112
DIVISÃO SUL-AMERICANA
ministério jovem se distancia do seu objetivo vação a seus semelhantes” (Obreiros Evan-
quando assume uma vida própria, com obje- gélicos, p. 67).
tivos ou uma agenda separada dos demais
ministérios da igreja. Os líderes JAs devem O LÍDER JA E SUA EQUIPE DE DIREÇÃO
incentivar os jovens e os membros das equi- Ao estudar este manual, pode-se per-
pes JAs a participarem do culto de adoração ceber que são grandes os desafios do líder
no sábado pela manhã, dos cultos de oração JA e da sua equipe. Nesta seção, o líder JA
e evangelístico e devem treinar e equipar os vai conhecer as atribuições da sua equipe,
jovens para as ações missionárias da igreja, e poderá, a partir dessa orientação, montar
além de, intencionalmente, lembrar que eles uma agenda de trabalho para sua igreja lo-
não estarão no “ministério jovem” pelo resto cal.
de suas vidas. Os jovens do século XXI são extrema-
As palavras de Ellen G. White resu- mente exigentes e têm muita energia para
mem de forma objetiva a importância dos gastar. Como visto nos capítulos anteriores,
jovens na missão da igreja: eles se movem por uma causa e estão dis-
“Para que a obra possa avançar em postos a investir tempo, dinheiro e seus ta-
todos os ramos, Deus pede vigor, zelo e co- lentos em projetos que os levem ao protago-
ragem juvenis. Ele escolheu a juventude para nismo na missão da igreja.
ajudar no progresso de sua causa. Planejar A característica mais marcante de um
com clareza de espírito e executar com mãos líder JA com êxito é a sua capacidade de
valorosas, exige energias novas e sãs. Os jo- formar uma equipe de trabalho onde cada
vens, homens e mulheres, são convidados a membro saiba exatamente o que precisa fa-
consagrar a Deus a força de sua juventude, zer para a eficácia dos projetos, ações e pro-
a fim de que, pelo exercício de suas faculda- gramas. O líder JA que decide trabalhar so-
des, mediante vivacidade de pensamento e zinho, acabará cansado pela sobrecarga de
vigor de ação, possam glorificá-lo e levar sal- atividades, isolado, com forte oposição dos
jovens e dos demais líderes da igreja
e frustrado por não ter alcançado as
metas estabelecidas para o ano.
“Para que a obra possa avançar em todos Para que se organize uma
os ramos, Deus pede vigor, zelo e coragem equipe de sucesso, seguem algumas
juvenis. Ele escolheu a juventude para ajudar sugestões de atribuições e ativida-
no progresso de sua causa. Planejar com cla-
des que devem ser desenvolvidas
reza de espírito e executar com mãos valo-
rosas, exige energias novas e sãs. Os jovens, individualmente pelos membros da
homens e mulheres, são convidados a con- equipe JA. O líder pode redefinir fun-
sagrar a Deus a força de sua juventude, a fim ções, mas o importante é implemen-
de que, pelo exercício de suas faculdades,
mediante vivacidade de pensamento e vigor
tar estratégias claras e acompanhar o
de ação, possam glorificá-lo e levar salvação trabalho de cada membro da equipe.
a seus semelhantes” Lembre-se: uma equipe bem orga-
Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, p. 67
nizada e um trabalho bem dividido
produzem maiores resultados com
menor desgaste.
113
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
DICA DE LEITURA
ORTIZ, Felix. Cada Jovem
necesita un mentor. E625.
com.
120
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CAPÍTULO 7
121
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
122
DIVISÃO SUL-AMERICANA
ça foi alterado. Aqueles que estão liderando fase na última década. A liderança em seu
as novas gerações precisam entender que os sentido mais amplo tem muitas vezes sido
avanços tecnológicos trouxeram uma nova conceituada como um processo de influên-
realidade e esta nova realidade deve ser vis- cia em direção a um resultado. As relações
ta como uma oportunidade, que não pode sociais, portanto, proveem aos líderes a base
ser desperdiçada. Como considera Kuazaqui necessária para exercer influência social na
(2006 p. 15), liderança é “a capacidade de realização dos objetivos organizacionais e
influenciar outros a seguir um determinado individuais.
rumo, seja no sentido pessoal, seja no pro- Para Kellerman (2012), os líderes ain-
fissional”. da estão se adaptando a era da conexão. To-
Entretanto este manual não pretende davia, no contexto atual, é indispensável que
ser o ponto final na discussão sobre a lide- o líder se conecte por meio das redes sociais
rança eficaz para as novas gerações, mas na internet e use esses recursos interativos
apresentará formas de abordagem que faci- para trocar informações com profissionais e
litarão o trabalho dos líderes JAs da igreja clientes. No entanto, alguns “estão desperdi-
do século XXI. çando a oportunidade de liderar e gerenciar
um ciberespaço” (KELLERMAN, 2012, p. 53),
LIDERANÇA E REDES SOCIAIS ação que pode ajudar no processo de co-
A interseção entre a liderança e a re- nhecimento do novo paradigma da liderança
des sociais vem sendo pesquisada por con- centrado no seguidor.
sultorias ao redor do mundo com maior ên- Sendo assim, essa nova perspectiva
123
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
ou foco da liderança traz à tona a depen- que as redes sociais são uma cidade fantas-
dência dos relacionamentos sociais, mudan- ma virtual para a maioria da elite de CEOs no
do a perspectiva dos atributos individuais mundo com uma conta nessas plataformas,
em direção a um foco nos relacionamentos, considerando os números embaraçosamente
colocando assim a liderança diretamente baixos sobre o seu grau de atividade nelas. A
no papel de um compromisso social. Nesta pesquisa demonstrou que pouco mais de 68
perspectiva de rede, a ênfase está na inter- % dos CEOs na lista Fortune das 500 maio-
dependência organizacional da ação que é res empresas, nem têm sequer presença nas
refletida por uma rede de laços, ou influên- redes sociais, de acordo com o estudo. Perto
cia, e até mesmo determina a direção, veloci- de 66% dos cerca de 160 CEOs têm conta
dade e profundidade de uma atividade pla- em redes sociais, mas só se envolvem mais
nejada. A investigação sobre a interseção de frequentemente em uma delas. Desses dois
liderança e redes sociais complementa o co- terços, a LinkedIn consegue merecer a pre-
nhecimento de liderança como um processo ferência de 74%. O CEO do Facebook, Mark
social complexo e dinâmico. Zuckerberg é o único CEO da lista Fortune
Kellerman (2012) aponta a tecnologia 500 com conta em todas as cinco principais
como um instrumento a favor dos liderados; redes: Facebook, Twitter, LinkedIn, Google+
em sua concepção, três elementos da tecno- e Instagram. Quando a pesquisa foi feita, o
logia contribuíram para a mudança na rela- seu último “tweet” tinha sido publicado há
ção da liderança: a informação, a expressão quase três anos, e por isso não se pode dizer
e a conexão. Com os aparatos tecnológicos, que esteja usando o microblog ativamente.
a informação não é mais trocada, mas “par- Percebe-se, então, que os líderes que
tilhada, disseminada e difundida, o potencial não estão usando as redes sociais de nenhum
de impacto é significativo” (KELLERMAN, modo, ou apenas as utilizam internamente,
2012, p. 42). deveriam estar atentos para os significantes
benefícios de ser proativo na estratégia de
comunicação das mídias sociais.
As redes sociais na internet são parte
A internet, com suas diversas
aplicações, assumiu um papel
do fenômeno da midiatização, uma das ca-
fundamental, como instrumento racterísticas da cibercultura. Elas mudaram
comunicacional na vida
significativamente a relação entre líderes e
contemporânea “para trabalho,
conexões pessoais, informações, liderados, dado o fato que os relacionamen-
entretenimento, serviços públicos, tos agora se dão em um novo espaço. Esse
política e religião”. A internet está
organizando a nova sociedade: “é o novo espaço é chamado pelo estudioso Pier-
equivalente ao que foi a fábrica ou a re Lévy de Ciberespaço. O ciberespaço é o
grande cooperação na era industrial.
(CASTELLS, 2011).
novo meio de comunicação que surge da
interconexão mundial de computadores. “O
termo não só especifica a infraestrutura ma-
terial da comunicação digital, como o univer-
so oceânico das informações que ele abriga,
A Ceo.com apresentou o seu report assim como os seres humanos, que navegam
anual (2014 Social Ceo Report) e revelou e alimentam esse universo” (LÉVY, 1999, p. 17).
124
DIVISÃO SUL-AMERICANA
125
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
BLOGAM:
Insegurança de até Imagem perante os
04 onde vai a conversa colegas executivos 09
Enfim, todos têm consciência que terão que res de jovens estão ausentes das redes so-
entrar nas redes em bre- ciais pelas seguintes causas:
ve. (REVISTA ÉPOCA,
Nov/2010).
A reputação sem-
01 Falta de preparo para usar
as redes sociais da maneira
pre foi uma das preocu- adequada
pações da liderança. Os
02
líderes são pessoas de
O medo da exposição gerado
destaque na sociedade e, pelas redes sociais
como consequência dis-
so, eles estão expostos o
tempo todo. É inegável, Percepção de que usar redes
portanto, que como pes- 03 sociais é perda de tempo
soas de destaque, a vida
do líder passa a ser de COMO OS LÍDERES JAs DEVEM USAR REDES
interesse público e, se as SOCIAIS?
regras de conduta não são atendidas, a pos- Um estudo conduzido pela consul-
sibilidade de uma revolta contra o seu poder toria americana bandfog “2013 CEO, Social
é possível e realizável e o risco à imagem da Media and Leadership” mostrou que mais
organização pode ser fortemente compro- de 80% das pessoas consideram importante
metido. Mas é preciso ressaltar que o líder que os CEOs se engajem com clientes nas
não pode ter medo de se expor, ele precisa mídias sociais. Além disso, mais da metade
ter cautela. dos participantes da pesquisa afirmou que
Em 2015, o pastor Herbert Cleber engajamento em mídias sociais torna pre-
conduziu uma pesquisa-ação na União Les- sidentes de empresas líderes mais eficazes.
te Brasileira (ULB), que buscou entender as Alguns líderes ainda pensam que as mídias
razões para a ausência de participação dos sociais são uma moda passageira. Eles estão
líderes de jovens nas redes sociais. O conteú- em dúvida se isso vai durar, se é apenas uma
do das entrevistas revelou que os líderes JAs tendência ou uma bolha que pode estourar
têm consciência dos benefícios do uso das a qualquer momento, porque as pessoas es-
redes sociais como estratégia para potencia- tão chocadas com os dados sobre a sua in-
lizar a comunicação e estreitar os laços com fluência, e que algumas instituições pararam
as novas gerações. E demonstrou, ainda, que de distribuir contas de e-mail. Em vez disso,
um número significativo deles, mantém per- essas instituições estão agora distribuindo
fis nas principais plataformas de mídias so- iPads, e-readers e tablets. Tudo porque es-
ciais, como Facebook, Twitter e Instagram e tão convencidas de que as mídias sociais são
conta no WhatsApp, mas havia uma notável uma força tão abrangente no mundo que
ausência de participação em comunidades, não podem ser ignoradas.
grupos e listas com o propósito de gerar re- É inegável que a participação dos lí-
lacionamentos, o que caracteriza ausência deres de jovens nas mídias sociais envolve
de participação nas redes sociais. grande consumo de tempo e uma certa dose
Sendo assim, o diagnóstico é: os líde- de risco que vem do excesso de exposição,
127
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
mas é um fato que os líderes dos próximos estão evoluindo com novos recursos o tem-
anos deverão incluir entre suas habilidades a po todo. Mesmo assim, muitas pessoas igno-
capacidade de expor estrategicamente sua ram esses movimentos e apenas mantêm o
própria imagem e nome nessas mídias. Cada mesmo estilo de postagem, dia após dia.
vez mais, os jovens esperam que seus líderes É preciso que o líder esteja por den-
estejam presentes no ambiente virtual, en- tro das características das redes sociais que
dossando com sua imagem as ações da igre- utiliza. E procurar atualizar-se a respeito do
ja. Seguem algumas dicas para o líder JA no que cada rede oferece ao seu blog. Caso
tocante ao uso dessas ferramentas virtuais: contrário, perderá oportunidades valiosas de
• Não usar redes sociais como spam. promover o seu conteúdo para os leitores.
Se tem uma coisa que o usuário mais • Entender que não precisa estar
detesta em uma rede social é propaganda. em todos os lugares.
Muitos jovens, inclusive, estão saindo do Fa- Há duas coisas que devem ser lembra-
cebook por conter publicidade demais. En- das quando o assunto é mídia social: primei-
tão, o líder JA deve evitar fazer isso, uma ra, sempre haverá uma nova rede social para
vez que a juventude não curte essa atitude. entrar; segunda, um líder de jovens não tem
Em vez disso, deve utilizar o Facebook, Twit- tempo ilimitado para se dedicar a todas mí-
ter, Instagram, ou qualquer outra rede social dias sociais.
como um meio para contar a sua história, ge- Felizmente, para fazer um bom uso
rar conteúdo e aproximar os jovens da igreja. dessas ferramentas não é necessário se de-
• Não usar as mídias sociais para se dicar integralmente e estar em todas as re-
promover. des que existem. É mais importante escolher
Sem dúvidas, é insuportável estar duas ou três para focar a atenção e alcançar
numa festa conversando com uma pessoa os jovens.
egocêntrica que só sabe falar de si mesma. Lembrar-se que uma rede social não
Líderes precisam tratar as mídias sociais alimentada é prejudicial e pode refletir ne-
como uma festa dessas. Para ser agradável, gativamente no seu ministério. É melhor não
convém mostrar-se genuinamente interessa- ter conta nenhuma, se o líder não tem tempo
do nos outros e evitar, de todas as formas, para administrar e participar da rede.
dominar a conversa. • Não postar constantemente
O que isso significa? Que o líder deve durante o dia.
facilitar para que as pessoas comentem no Este é um grande problema. Existem
seu blog, engajando-as em suas postagens, os melhores e os piores momentos para
compartilhando conteúdo interessante de compartilhar em redes sociais. Ficar aten-
outros veículos, fazendo-lhes perguntas e to para entender qual é o caminho dos se-
encorajando a participação delas. E o mais guidores nas mídias sociais, é preciso saber
importante: reconhecer que às vezes é me- quando os seguidores estão mais ativos e
lhor falar menos e ouvir mais. mais on-line.
• Não fazer só o básico. • Não abrir mão dos seus princípios.
As redes sociais percorreram um O líder JA deve procurar sempre apro-
grande caminho desde que foram lançadas. ximar a sua estratégia on-line de algo que
Mesmo as que chegaram mais recentemente seja coerente com os seus princípios e que
128
DIVISÃO SUL-AMERICANA
129
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
@
Sites do Ministério Jovem: dade que envolve sua participação nos pro-
www.adventistas.org/jovens jetos. O importante é que ele se engaje. Sa-
www.liderja.com bendo disso, cabe aos líderes a preocupação
com esses mecanismos.
E este trecho do manual discorre exa-
tamente acerca dos mecanismos acima refe-
APLICATIVOS: ridos. Trata-se do gerenciamento do Ministé-
rio Jovem, que envolve diretamente o que é
Feliz7Play denominado de S-JA – Sistema de Gerencia-
Líder JA mento do Ministério Jovem.
PG My Style New O S-JA é uma ferramenta on-line de
Revivados por Sua Palavra uso exclusivo do Ministério Jovem da Igreja
Biblia + Adventista do Sétimo Dia no território da Di-
18 Histórias visão Sul-Americana. Inicialmente, é organi-
Bible Heroes the Game zada e modularizada em 6 níveis de acesso:
</>
Leitor Adventista Divisão, União, Campo, Região, Distrito e MJ
7me local.
G 148 A ferramenta foi desenvolvida no iní-
A Sociedade cio de 2006, inicialmente para atender a
MyLife ASM (Associação Sul-Mato-Grossense), de-
DNA.com pois, expandiu-se para a AMT (Associação
G148 Paraguai Mato-Grossense) em 2007, e em 2009, a
G148 Equador ferramenta foi implantada em toda a UNeB
(União Nordeste Brasileira). Daí para frente,
uma União após outra foi aderindo ao proje-
to, que na época chamava-se “Intranet JA”,
GERENCIAMENTO DO MINISTÉRIO JOVEM
ou ainda “Secretaria JA”. Foi um dos proje-
Diante de tantas possibilidades aqui
tos pioneiros na IASD nesse formato colabo-
abordadas, fica evidente o quanto o Minis-
rativo (desenvolvimento em várias frentes),
tério Jovem é apaixonante e dinâmico. Po-
em que cada União foi responsável pelos
rém as muitas engrenagens, projetos e ações
seus avanços e implementações.
do Ministério Jovem o tornam, além de um
Inicialmente, a gestão do Ministério
ministério completo, também em algo inexo-
Jovem, Desbravadores, Aventureiros e Uni-
ravelmente complexo sob o ponto de vista
versitários era toda gerenciada por essa “In-
gerencial e administrativo.
tranet JA”, até que em janeiro de 2014, a DSA
Por vezes, o jovem em geral não tem
decidiu desmembrar a “Intranet JA”, e criar o
ideia de como existem centenas de questões
SGC (Sistema de Gerenciamento de Clubes)
e variáveis envolvendo a organização de
para gerenciamento dos Desbravadores e
uma Missão Calebe, por exemplo, ou como
Aventureiros, e, em 2016, surge o Sistema de
se dá o envio de centenas e milhares de jo-
Gerenciamento dos Jovens Adventistas (S-
vens para um projeto como o OYiM (Um Ano
JA) para uso exclusivo dos Jovens Adven-
em Missão). Na verdade, nem é obrigação do
130
DIVISÃO SUL-AMERICANA
tistas, também tendo como base a mesma Falando especificamente sobre even-
“Intranet JA”. tos, esse já tem sido um grande avanço pro-
Toda a história do S-JA é cercada pelo porcionado pelo S-JA, já que historicamen-
empenho de dezenas de departamentais, re- te os maiores eventos realizados pela IASD
gionais, pastores e diretores JA que sonha- são para jovens e adolescentes! A partir do
vam em gerenciar melhor seus eventos, trei- momento em que o líder de jovens tem a
namentos, relatórios, rankings, estatísticas e possibilidade de fazer as inscrições de seus
projetos, e dar ao diretor de jovens da igreja membros para eventos do Campo, União ou
local a possibilidade de também gerenciar DSA, de forma segura, on-line, e garantindo
seus jovens, seus dados e infraestrutura. dados fidedignos, isso proporciona eventos
Então, em tese, para que serve o mais organizados e com estrutura adequada
S-JA? Três palavras: Controles, Segurança e ao público.
Integração! Pode parecer que não, mas saber
exatamente o número de inscritos, e o sexo,
CONTROLES idade, região, cidade, estado, ficha médica e
O S-JA permite ter controles específi- endereço de cada participante faz uma dife-
cos em cada um dos seus 6 níveis de acesso. rença tremenda aos organizadores de even-
Através da ferramenta, é possível ter as mais tos. A partir da existência do S-JA, setores
variadas estatísticas e relatórios, é possível do evento como credenciamento, checking,
saber, por exemplo, quantos jovens estão ati- secretaria, hospital e atividades podem tra-
vos em cada Ministério Jovem, suas idades, balhar 100% de forma informatizada.
e, paralelamente, em cada projeto, ação ou Vale ressaltar, para cada líder jovem,
evento em cada um dos níveis. Todos os ca- que cada ação no S-JA gera relatórios e his-
dastrados na ferramenta são chamados de tórico de dados que não podem ser apaga-
“membros”, e destes, todos que possuem dos. Em alguns casos, no máximo, inativados,
acesso via login e senha, são chamamos de podendo ser recuperados facilmente.
“usuários”.
Esses controles estão acessíveis ao lí- SEGURANÇA
der de jovens da igreja local, que consegue Os servidores onde estão alocados a
ter uma visão clara de quantos membros es- aplicação e bancos de dados do S-JA são
tão em atividade (sejam eles membros ba- mantidos no IATec (Instituto Adventista de
tizados ou não), ter seus dados completos Tecnologia), sob vigilância e monitoramento
acessíveis (incluindo ficha médica), permite constante. O IATec, com sede em Hortolân-
organizá-los em grupos de atuação (recep- dia, interior do Estado de São Paulo, dispõe
ção, banda, louvor, duplas missionárias, etc.), da mais alta tecnologia em infraestrutura e
comunicar-se com eles (newsletter), ter con- segurança de data centers, além de contar
troles financeiros de projetos locais (sem a com um time especializado.
necessidade de manter um caixa separada- Além do aspecto de infraestrutura, é
mente da igreja local), cadastrar a agenda de importante abordar sobre o Seguro Anual
atividades, criar e armazenar documentos e do Ministério Jovem. A Igreja Adventista do
incluí-los no Seguro Anual do Ministério Jo- Sétimo Dia oferece aos membros do Ministé-
vem. rio Jovem a possibilidade de serem incluídos
131
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
132
DIVISÃO SUL-AMERICANA
“O ministério intergeracional
ocorre quando uma congregação
leva intencionalmente as gerações
juntas a servir, compartilhar ou
aprender de forma mútua dentro
das atividades principais da
igreja, a fim de que vivam sendo
a Família de Deus e o corpo de
Cristo um com o outro e com a
comunidade maior”.
DICA DE LEITURA
ROSS, Christine M. “A
Qualitative Study Exploring
Churches Committed to
Intergenerational Ministry“
(doctoral dissertation, Saint
Louis University, MO, 2006),
p. 127.
133
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
CAPÍTULO 8
134
DIVISÃO SUL-AMERICANA
135
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
136
DIVISÃO SUL-AMERICANA
ples, sinceros, em que todos são ouvidos e e que fazem parte de um grande projeto que
também ouvem”. tem propósitos eternos.
O papel do líder JA, então, é catalisar
Sendo assim, as equipes têm outra
a sinergia, através da moderação das conver- clara vantagem, segundo Scholtes (1992),
sas e criar relacionamentos saudáveis den- sobre os esforços isolados: o apoio mútuo
tro da equipe. Os membros das equipes JAs que surge entre seus membros. O sinergis-
precisam sentir que, mais que uma equipe de mo, então, vem de pessoas trabalhando jun-
trabalho, eles fazem parte de uma comuni- tas de maneira produtiva em um projeto im-
dade, que estão trabalhando por uma causa, portante e onde eles sentem que os outros
estão sinceramente interessados neles e no
seu sucesso, e isso é, em geral, o suficiente
para manter o entusiasmo e apoio, mesmo
em tempos difíceis.
”O líder precisa demonstrar apre-
ciação por aqueles com quem
IMPLEMENTAÇÃO DE EQUIPES JAs
trabalha e criar, entre os membros
da equipe, um clima familiar, em
Existem diversos fatores que dificul-
que partilham preocupações e ale- tam a implementação de equipes, e entre os
grias, intercalando as demandas principais está o conflito entre os objetivos
do trabalho com momentos de co- individuais dos membros da equipe e os ob-
memorações e lazer”. jetivos gerais da equipe. Os autores e pes-
McGee-Cooper and Trammell (2002) quisadores Larson e LaFasto (em Bejarano
1989) afirmam: “… o maior inimigo da equi-
pe é o ego. Quando alguém diz: - como isso
pode me favorecer pessoalmente? - esse al-
137
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
guém tem que ser retirado da equipe”. apenas para as tarefas, deixando os relacio-
Senge (1997) parece concordar com namentos em segundo plano.
os autores anteriormente citados quan-
do afirma que “a excelência individual não TREINAMENTO DE EQUIPES
é substituída pela capacidade de trabalhar Implementar equipes sem dar o trei-
em conjunto, ao contrário, elas são comple- namento e a capacitação necessários para
mentares” e completa que a aprendizagem que essas equipes se tornem maduras é um
da equipe é superior ao somatório de todo o caminho seguro para o fracasso. O líder JA
aprendizado individual. não pode esquecer que formar a equipe
Para Marinho (2006), o grande pro- é só o primeiro passo, e para se alcançar
blema de muitas equipes é dar prioridade equipes maduras e com desempenho de
alta performance é necessário:
1 Dizer claramente
2
o que se espera da
equipe
Enaltecer o valor do
3
trabalho em equipe
Estabelecer
confiança na equipe,
estimulando-a,
4
orientando-a para
a execução de um
trabalho factível
Dar feedback
5 Reconhecer o bom
6
desempenho
Celebrar as vitórias
alcançadas
(PDL JA) e os treinamentos oferecidos pelas ampla da produtividade. Uma boa reunião
demais áreas da igreja. pode aumentar a confiança entre os parti-
Quando o trabalho em equipe conta- cipantes, promovendo relacionamentos mais
gia o líder JA, todos os jovens começam a profundos e mais conexões de engajamento
trabalhar juntos, potencializando as ações – na causa JA.
As reuniões JAs precisam de
sem barreiras, sem facções, “todos em uma mais esforço do que simplesmente ter uma
única equipe”, movendo-se juntos na mesma agenda, ainda que uma pauta seja um item
direção. importantíssimo. Com um pouco de planeja-
mento, o líder JA pode promover melhores
reuniões e implementar algumas ideias, fa-
ORGANIZANDO REUNIÕES
zendo, por exemplo, o seguinte:
PRODUTIVAS COM A EQUIPE JA
a) Sendo claro sobre suas intenções:
As reuniões têm potencial para ser
se a intenção do líder é construir relaciona-
produtivas, se os líderes estiverem dispostos
mentos, cultivar participação, bem como sair
a mudar suas ideias para uma definição mais
com algo proveitoso da conversa, ele precisa
139
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
se certificar de que está sendo claro sobre no momento?”, “O que te dá alegria?”, “Quais
seu intento. Ele deve tornar os participantes são suas maiores forças?”, “Que coisa nova
cientes de sua intenção, para que todos pos- você sempre quis saber?”.
sam remar na mesma direção. e) Tornando a reunião interativa: é
b) Considerando o espaço da reunião: preciso ser um líder corajoso e forte para
nem sempre o líder terá a chance de esco- permitir que os outros falem. O líder deve
lher o lugar perfeito para reunir o seu grupo, deixar que os participantes da reunião per-
mas o espaço em que a reunião será realiza- cebam que ele está mudando a forma como
da é muito mais importante do que se pode conduz encontros, passando de um apre-
imaginar. Construir relacionamentos é mais sentador para um facilitador. Ele vai precisar
fácil em um local mais confortável, onde os levar as pessoas para alguma direção, mas
participantes possam relaxar. Por exemplo, vai mudar de atitude, passará 80% do tempo
em grandes cadeiras confortáveis e janelas escutando e 20% falando, ao invés de 80%
arejadas, em torno de uma mesa redonda (e do tempo falando e 20% escutando.
não quadrada). Esses são apenas detalhes, f) Usando grupos de discussões
mas todos eles contribuem para tornar o es- menores: caso a conversa pareça sufocan-
paço informal o suficiente para boas conver- te, o líder pode fazer uma pergunta para
sas e construção de relacionamentos. as pessoas discutirem em grupos menores
c) Definindo diretrizes explícitas com – duplas ou trios. Muitas vezes, isso é uma
base em intenções claras: pode-se seguir forma mais confortável para as pessoas fala-
estas regras básicas: solicitar para que os rem. É necessário conceder alguns minutos
participantes coloquem os smartphones no para discutir e depois unir todo o grupo em
silencioso, com o fim de que todos respei- torno da conversa sobre o que foi discutido
tem as ideias dos outros e/ou que levantem em grupos menores.
a mão antes de falar. Levar apenas 1 minuto Essas regras parecem simples para al-
ou 2 para solicitar que todos cumpram uma guns e complexas para outros, mas podem
diretriz em uma reunião. Uma boa reunião fazer toda a diferença no bom andamento
pode aumentar a confiança entre os partici- do trabalho em equipe, uma vez que coloca-
pantes da equipe JA, promovendo relaciona- das em prática. Não esqueça de que as pes-
mentos mais profundos. soas são mais importantes do que as coisas.
d) Começando com uma pergunta A partir desse pensamento, as coisas aconte-
pessoal: iniciar a reunião com uma questão cem com mais facilidade, empatia e tendem
pessoal que cada pessoa na sala pode resol- a funcionar de maneira eficaz e os resultados
ver brevemente. Mesmo que todos estejam são os melhores possíveis.
trabalhando juntos há muito tempo, o líder
pode fazer uma pergunta que ninguém sabe
a resposta, proporcionando, assim, novas in-
formações para conversas pós-reunião entre
os participantes.
Eles podem achar que têm
mais em comum do que pensavam ter. Al-
guns exemplos de perguntas que podem ser
incluídas: “Qual dom você está descobrindo
140
DIVISÃO SUL-AMERICANA
A EQUIPE JA E O DEPARTAMENTAL
JA DA ASSOCIAÇÃO/MISSÃO
Alguns líderes JAs das igrejas locais
querem ser independentes. É dever do lí-
der JA e da sua equipe apresentar o plano
141
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
DICA DE LEITURA
GANE, Barry. O caminho de
volta. Tatuí, SP: Casa Publica-
dora Brasileira, 2014, p. 91.
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
CAPÍTULO 9
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
146
DIVISÃO SUL-AMERICANA
+
CRIATIVIDADE DOS JOVENS
bolantes que não terão efeito prático. A cria-
ção deve ser motivada pela realidade, por
desafios reais a serem solucionados. Para A EXPERIÊNCIA E SABEDORIA
DE LÍDERES MADUROS
que isso seja possível, é preciso desenvolver
a curiosidade, a motivação, a força de von-
tade, a colaboração, a responsabilidade e =
INOVAÇÃO PARA
aprender que errar é parte da aprendizagem
A MISSÃO
no processo criativo.
Comunicar-se e implementar ministé-
rios, programas e projetos inovadores pode
o ímpeto e entusiasmo, mas eles não têm a
ser um desafio. Infelizmente, muitos líderes,
experiência, a sabedoria que é frequente-
ainda hoje, acreditam ser errado aderir às re-
mente obtida ao longo dos anos. É aí que um
des sociais e demais meios de comunicação
líder mais maduro entra com a experiência e
modernos ou até mesmo pensar fora da cai-
sabedoria adquirida por anos. A proposta é
xa para alcançar os jovens, sob pena de es-
simples: que tal tomar a decisão e correr o
tarem entrando na “mundanização da igre-
risco de trabalhar nesta pequena equação?
ja”, quando na verdade devem entender que
inovar na forma de comunicar o evangelho
MINISTÉRIOS CRIATIVOS, PROJETOS
e nos projetos para alcançar a comunidade
INOVADORES.
não é imitar o mundo, mas sim aproximar-se
Programas e projetos inovadores ga-
dele para tornar a igreja mais relevante e au-
nharam espaço em igrejas cuja finalidade é
mentar o engajamento dos jovens nas ações
compartilhar o evangelho de forma relevan-
missionárias. O desafio é grande, mas com
te para as novas gerações. Uma igreja que
certeza vale a pena.
promove o desenvolvimento de ministérios
Os jovens estão cheios de energia,
criativos, sempre será uma igreja que atrairá
força, vitalidade e criatividade. Eles têm todo
um número maior de jovens e terá um maior
engajamento na missão.
Há jovens que não se “encaixam” nos
ministérios tradicionais da igreja. Por conta
disso, muitos não têm oportunidade de de-
“A igreja local é a
senvolver seus dons espirituais em serviço
incubadora de criatividade,
a Deus e ao próximo. Infelizmente tem-se
onde são preparadas as
notado um imenso grupo de jovens que são
sementes de inovação para
apenas espectadores e não protagonistas na
o cumprimento da missão”.
missão, limitando sua vida cristã a simples-
(Carlos Campitelli)
mente assistirem aos cultos e programações.
Desenvolver ministérios criativos e
projetos inovadores é, na verdade, um pro-
cesso que envolve recombinação. Como
147
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
MINISTÉRIOS MISSÃO
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
é que o movimento de compaixão pela co- missão de Jesus Cristo, esse projeto consti-
munidade alcance todas as cidades. Movi- tui uma resposta às necessidades básicas de
mentos semelhantes ao Dia de Fazer o Bem diferentes grupos: pessoas que estão em si-
acontecem em várias partes do mundo. No tuação de rua, que sofrem de uma doença e
noroeste dos Estados Unidos mais de 20 mil estão internadas longe de casa, crianças em
jovens estão envolvidos no “Compassion” e casas ou em bairros desfavorecidos, entre
na Inglaterra eles estão servindo nas ruas de outros. A tarefa consiste em fornecer alimen-
Londres, sendo o coração, as mãos e os pés tos, roupas, calçados e abrigo, formando, as-
de Jesus sim, laços de amizade que levam os jovens a
Objetivo: realizar ações solidárias si- testemunharem do amor de Deus.
multâneas na comunidade nas áreas de saú- Existem dois grandes campos de mis-
de, cidadania, meio ambiente, educação, são a serem alcançados:
1
além da revitalização de casas e espaços co-
muns da comunidade.
Missão: oferecer qualidade de vida
aos beneficiados, além de aproximá-los da Externo: cuidar de pessoas em
situação e contexto de rua.
mensagem da Igreja Adventista.
Público Alvo: famílias de baixa renda
que vivem em uma realidade social de pre-
cárias condições financeiras e de acesso aos
2
serviços públicos.
Como promover: Mesmo que a campa-
nha publicitária esteja pronta, com cartazes, Interno: inserir o trabalho mis-
sionário para jovens com dificul-
banner para redes sociais, spots para rádio e dades de inserção nas atividades
missionárias da igreja. Essa ação
vídeos promocionais, tudo isso são apenas atua como um gatilho para que o
materiais. Para ser um sucesso, o Projeto Dia jovem possa participar de outras
atividades e adquirir um maior
de Fazer o Bem depende do engajamento grau de compromisso com a
igreja e seus projetos.
dos jovens e universitários na realização do
projeto em suas comunidades.
Parcerias: os organizadores do proje- Fundamentos:
to Dia de Fazer o Bem podem fazer parcerias O projeto é baseado na metodologia
com a Ação Solidária Adventista (ASA), com de trabalho que Jesus Cristo ensinou. A mis-
a Agência Adventista de Recusros Assisten- são que o Salvador deu à igreja é a de levar
ciais, (ADRA) e/ou com o poder público. o evangelho ao mundo inteiro (Mt 28: 19-20,
Mc 16:15), o que significa não só a pregar a
PROJETO AJUDA URBANA mensagem, mas também assegurar o bem-
O projeto nasceu no ano de 2005. Seu -estar de todos que fazem parte deste mun-
desenvolvimento ocorreu com propósitos do.
missionários, ajudando pessoas que pos- “Quando os corações simpatizam
suem maior vulnerabilidade social e vivem com outros corações oprimidos pelo desâ-
num contexto de pobreza e extrema neces- nimo e angústia; quando a mão distribui aos
sidade. Tomando, como exemplo, a vida e necessitados. Quando os nus estão vestidos,
153
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
os estranhos são bem-vindos ao seu quarto senvolver seus próprios projetos, que podem
e têm um lugar no seu coração, os anjos se variar desde o acompanhamento de pessoas
aproximam e um acorde ressoa como uma de rua, visitas a hospitais, lanchonetes, casas
resposta no céu” (Testemunhos, volume 2, p. carentes, asilos, famílias com necessidades
25). Este é o objetivo central daqueles que especiais, entre outros.
realizam a Ajuda Urbana. Alguns aspectos devem ser levados
em consideração antes de realizar as visitas,
OBJETIVOS especialmente as que envolvem pesssoas
• Acompanhar de forma integral: es- em situação de rua:
piritual, material, afetiva e emocional com as • Reconhecimento da área (praças,
pessoas necessitadas e de maior vulnerabil- metrôs, avenidas e ruas paralelas, etc).
idade social. • Elaboração de um roteiro (quais os
• Buscar melhorar a qualidade de lugares escolhidos).
vida das pessoas visitadas por meio da en- • Divisão das tarefas entre os partici-
trega de alimentos, roupas, cobertores, além pantes (responsável por arrecadar doações,
de aconselhar e encaminhar para o acesso a compra de ferramentas, responsável pela
recursos comunitários, públicos e privados, meditação, etc).
aos quais elas podem recorrer para suprir al- • Definir os meios de transporte que
gumas das suas necessidades. serão utilizados na ação (carro, trem, ônibus,
a pé, etc).
CAMPO DE AÇÃO • Arrecadar doações (campanhas na
Interno: igreja, com os amigos, com a comunidade,
• Diretos: os jovens, reconhecendo através das redes sociais) e definir equipe
a disposição às atividades solidárias. O pro- para montar os kits que serão entregues.
jeto oferece uma oportunidade de integrar • Definir a hora da saída e o local de
os amigos nesta tarefa de ação social, que encontro e separar grupos de ação, tendo
se torna uma forma de desenvolvê-los como todos os tipos de pessoas, tomando o cuida-
futuros líderes. do de não sair sozinho para realizar as ativi-
• Indiretos: A familia dos jovens que dades.
participam e a IASD como um todo.
Externo: ORGANIZAÇÃO
• Diretos: o conjunto de pessoas que O “Ajuda Urbana” atua em parceria
se encontram em situação de pobreza e têm com a Assistência Social Adventista (ASA)
necessidades espirituais e afetivas não sat- da IASD. O líder nomeado para o projeto
isfeitas. deve participar das reuniões de planejamen-
• Indiretos: os familiares e amigos to na igreja, pois esses encontros possibili-
mais próximos das pessoas que passam a tarão o cumprimento dos objetivos funda-
ser reinseridas a uma vida social digna e a mentais do grupo. As decisões tomadas e
própria sociedade em que estão inseridas. os itens trabalhados devem ser comunica-
dos ao grupo pelo líder. Cada equipe deve
ATIVIDADES eleger um tesoureiro, que será responsável
Cada grupo possui a autonomia de de- por administrar a entrada e saída de recur-
154
DIVISÃO SUL-AMERICANA
der a sua cosmovisão. (BURNS; AZE- ria uma das formas de apresentar o
VEDO; CARMINATI, 1995). evangelho de maneira mais clara e
compreensível para essas pessoas.
Ter convicção. É preciso realmente (RICHARDSON, 2008).
02
entender que o trabalho feito pelos
jovens adventistas não consiste em Preocupar-se com o conteúdo. Faz-
convencer as pessoas de que eles es-
07 -se necessário, também, preocupar-se
tão certos e elas erradas. A verdadeira não apenas com a forma, mas princi-
motivação deve ser o amor de Cristo, palmente com o conteúdo que está
que impele a juventude a comparti- sendo apresentado. Somente a recon-
lhar o evangelho. (DENNETT, 2004) ciliação do homem com Deus, pelo
sacrifício vicário de Jesus Cristo, pode
Demonstrar cuidado para com as pes- transformar o coração do homem,
03
soas e atenção pelas suas necessida- abrindo caminho para que, pelo Es-
des terrenas. (DENNETT, 2004). pírito Santo, todas as relações huma-
nas possam ser santificadas (BURNS;
Ser cuidadoso para não distorcer o
04 evangelho, a fim de torná-lo aceitável, AZEVEDO; CARMINATI, 1995).
enfraquecendo, desta maneira, a men- E por fim, é preciso ser como sal e fer-
sagem. (DENNETT, 2004). mento, trazendo transformação ao mundo.
Os jovens adventistas devem viver como co-
Contextualizar. A contextualização, munidade contracultural e como indivíduos
05
dentro desse contexto, significa tor- no mundo, demonstrando a semelhança
nar o evangelho relevante dentro de de Cristo na vida, como indivíduos e como
uma cultura ou tribo, dentro
do contexto no qual as
pessoas vivem, para que
possam compreendê-
-lo. É verdade, como
já visto anteriormen-
te, que a mensagem do
evangelho não deve ser
alterada, todavia o méto-
do de evangelização pode
ser adaptado. O próprio Je-
sus fez uso de parábolas e
elementos da vida cotidiana
com o objetivo de fazer aplica-
ções morais. (DENNETT, 2004).
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
DICA DE LEITURA
GANE, Barry. Operação
resgate. Acerte o Alvo. Tatuí,
SP: Casa Publicadora Brasi-
leira, 2010, p. 131.
157
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CAPÍTULO 10
158
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
Ellen G. White destaca o modelo utili- que seja fielmente instruída pelos obreiros
zado por Elias ao afirmar: “Que os obreiros mais velhos, e ensinada a olhar sempre para
mais idosos sejam educadores, mantendo-se Aquele que é o autor e consumador de nossa
a si mesmos sob a disciplina de Deus. Que os fé”. (Ev, 683.3)
jovens sintam ser um privilégio estudar sob Elias capacitou Eliseu para agir. Não
a direção de obreiros mais velhos, e tomem há dúvida que ele serviu de mentor para o
toda a responsabilidade compatível com seu servo de forma intencional, e que a sua
sua mocidade e experiência. Assim educava vida se reproduziu em Eliseu. Para Kouzes &
Elias a mocidade de Israel nas escolas dos Posner (2009), o desenvolvimento de pes-
profetas; e os moços hoje em dia devem soas não é apenas uma moda passageira da
ter idêntico preparo. Não é possível indicar liderança. Eles afirmam que a capacitação “é
em todos os particulares a parte que a algo baseado no conceito bíblico do sacer-
juventude deve desempenhar; mas cumpre dócio de todo cristão”.
163
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
164
DIVISÃO SUL-AMERICANA
01
Permitir que os participantes compreendam os desafios e
possibilidades inerentes à função de líder do Ministério Jovem.
02
Conscientizar cada participante sobre o valor dos ideais,
da história e da visão de discipulado do ministério jovem e sua
relevância no contexto da liderança para as novas gerações.
03
Desenvolver habilidades ligadas ao desenvolvimento
de pessoas e mentoring, como: espiritualidade, ética, visão,
valores e o papel da liderança servidora.
04
• Melhorar a entrega de resultados dos líderes JAs através
da formação de uma equipe de trabalho e implementação de um
plano de ação com pilares criativos e inovadores.
05
Possibilitar aos participantes uma vivência
transformadora mediante um programa prático, interativo,
e com recursos disponíveis em uma plataforma virtual.
165
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
que continuam em uso, sob a orienta- ção e correção e avaliação dos port-
ção do líder de jovens do campo. fólios, antes de recomendar a investi-
dura à Associação/Missão.
Supervisionar o clube de líderes e pro-
03
ver materiais e treinamentos como: Em eventos da Associação/Missão,
curso de 10 horas, treinamento para
06 coordenar equipes de trabalho e ser-
novos diretores, encontros de avalia- vir em atividades específicas, quando
ção e preparar e entregar os certifica- solicitado pelo líder do ministério jo-
dos de cada treinamento. vem.
169
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
Informações importantes:
170
DIVISÃO SUL-AMERICANA
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MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
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DIVISÃO SUL-AMERICANA
esquerdo com manga curta ou comprida. liderança na lapela direita. Com 2 botões na
Blazer (modelo spencer): Em tecido frente e 3 na manga, conforme modelo.
azul marinho, com 2 bolsos opcionais (es-
querdo e direito) embutidos na parte inferior INFORMAÇÕES SOBRE O USO DO
e um bolso embutido na parte superior es- UNIFORME JA
querda para uso da insígnia JA em metal e • O uniforme JA é de uso exclusivo
o respectivo distintivo de liderança na lapela dos líderes investidos do Ministério Jovem e
direita. Com 1 botão central na frente, con- seu uso limita-se às atividades do clube de lí-
forme o modelo. deres, congressos, cerimônias de investidura,
Lenço: Na cor vinho com pontas. Uma e/ou outras cerimônias oficiais do ministério
tira no tamanho 85 x 6 cm. Cada União po- jovem, definidas pela Associação/Missão.
derá optar pelos modelos oficiais 1, 2 e 3 • O uniforme dos coordenadores,
apresentados pela DSA, e definir como pa- pastores, secretários de Associação/Missão,
drão junto aos seus Campos. União e Divisão seguirão o mesmo padrão
apresentado acima.
• São consideradas privativas: as co-
res, as tonalidades, os feitios e insígnias des-
critos acima.
Saia: Acinturada em tecido cinza gra- • Não é permitido alterar as carac-
fite médio liso, com racho atrás. A base da terísticas do uniforme, nem sobrepor-lhes
saia é de 3 cm acima do joelho. peça, artigo, insígnia, ou distintivo de qual-
Meia: Opcional. Se usar, a meia-calça quer natureza.
deve ser cor da pele. • O uniforme JA não poderá ser usa-
Sapatos: Pretos. do quando empenhado em vendas ou cam-
panhas não comunitárias para obter lucro
UNIFORME JA – MASCULINO pessoal de natureza comercial, ou para ou-
Camisa: Branca lisa, sem detalhes. Mo- tros propósitos alheios aos interesses do Mi-
delo social, com manga curta ou comprida. nistério Jovem.
Gravata: Lisa na cor vinho. (Uso obri- • O uniforme JA não poderá ser usa-
gatório). do quando estiver incompleto.
Calça: Social cinza grafite médio, liso,
com 6 passadores, dois bolsos traseiros em- A INVESTIDURA DO LÍDER JA
butidos. Dois bolsos dianteiros em diagonal Para que a investidura do líder JA aconteça
modelo faca. O tecido poderá ser adquirido corretamente, é necessário:
na loja da Associação/Missão. • Que seja breve, simples e significativa.
Meias: Pretas. • Que tenha objetivos bem definidos.
Sapatos e cinto: Pretos. • Que haja ensaios.
Blazer (modelo terno padrão): Em • Que sejam mantidas algumas tradi-
tecido azul marinho, com 2 bolsos inferiores ções.
(esquerdo e direito) embutidos, e um bolso • Que os símbolos sejam respeitados.
pequeno superior do lado esquerdo para • Que haja mudanças, quando ne-
uso da insígnia JA e respectivo distintivo de cessário.
174
DIVISÃO SUL-AMERICANA
• Que todos participem. tórico de cada candidato com foto para ser
• Que tudo seja registrado. lido e exibido em telão durante a entrada dos
• Que haja surpresas e criatividade. líderes em formação. Preparar uma recepção
especial.
CERIMÔNIA DE INVESTIDURA Programa de investidura
DE LÍDER JA 1. Boas-vindas.
Todos os jovens podem cumprir os 2. Momentos de louvor.
requisitos do cartão de Líder e se prepara- 3. Entrada das bandeiras (Bandeira
rem para serem investidos a fim que possam JA, País, Estado e Cidade).
melhor servir A CAUSA dos Jovens Adven- 4. Entrada dos oficiais que conduzi-
tistas. O Coordenador JA é o responsável rão a cerimônia.
pela orientação dos candidatos do Clube 5. Entrada da Bíblia.
de Líderes. Somente o Departamental JA da 6. Ideais JA e voto à Bíblia.
Associação/Missão poderá autorizar a inves- 7. Oração inicial.
tidura de líder, depois das avaliações do dire- 8. Declaração de abertura (Maior au-
tor do clube de líderes e/ou coordenador JA. toridade presente).
9. Mensagem musical.
MODELO SUGESTIVO DE 10. Leitura bíblica e reflexão sobre Li-
INVESTIDURA DE LÍDER JA derança (Oficiante).
Atividades Prévias: Elaborar um his- 11. Chamada dos candidatos (Com
175
MANUAL DO MINISTÉRIO JOVEM ADVENTISTA
exibição de histórico sob um fundo musical os demais, de pé, também em posição MA-
solene). RANATA e com muita atenção, repetem o
12. Entrada do logo JA. voto de investidura.
13. Entrada dos distintivos de Líder. Voto de investidura: “Comprometo-
14. Colocação dos distintivos. -me, no exercício da liderança do ministério
15. Voto de investidura. jovem, a cumprir os deveres da investidura
16. Oração de consagração (Pastor ou que me é conferida, tendo como missão le-
Ancião). var o jovem a um RELACIONAMENTO de
17. Declaração e boas vindas aos no- salvação com Jesus, ajudando-o a aceitar
vos líderes JAs. Seu chamado ao discipulado”.
18. Saída das bandeiras. A posição MARANATA só é usada
19. Saída dos líderes (devem permane- para os diferentes votos: Voto JA, voto de
cer à porta para receber as congratulações fidelidade à Bíblia, voto de investidura.
da igreja).
O Ministério Jovem é um dos meios
pelos quais a Igreja se prepara para os desa-
VOTO DE INVESTIDURA
fios de hoje e de amanhã. Destina-se a apoiar
Protocolo padrão: O líder em forma-
a Igreja local e está empenhado em ajudar
ção, escolhido pelo grupo para conduzir o
os Jovens Adventistas a desenvolverem seu
voto de investidura, será convidado a se diri-
elevado potencial e a empregarem-no no
gir ao púlpito e, em posição MARANATA, ler
cumprimento da missão evangélica.
ou recitar o voto pausadamente, enquanto
“Os desertores
dizem “nós não
deixamos a igreja,
mas a igreja nos
deixou”.
DICA DE LEITURA
David Kinnaman, You Lost
Me (Grand Rapids, MI: Baker
Books, 2011)
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Referências
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ANOTAÇÕES
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