Organização Dos Poderes
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ORGANIZAÇÃO DE PODERES
Origem: STF
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O art. 75 da CF/88 estabelece que deverá haver um “espelhamento obrigatório” do
modelo de controle externo do TCU previsto na CF/88 para os Tribunais de Contas
dos Estados/DF e para os Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Isso
significa que é materialmente inconstitucional norma da Constituição Estadual que
trate sobre a organização ou funcionamento do TCE de forma diferente do modelo
federal. Caso isso ocorra, haverá uma violação ao art. 75 da Carta Maior. Diante
disso é inconstitucional dispositivo da CE que preveja que, se o TCE reconhecer a
boa-fé do infrator e se este fizer a liquidação tempestiva do débito ou da multa, a
Corte deverá considerar saneado o processo. Esta regra é inconstitucional porque
não há previsão semelhante na CF/88. STF. Plenário. ADI 5323/RN, Rel. Min.
Rosa Weber, julgado em 11/4/2019 (Info 937).
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É inconstitucional lei estadual que preveja que servidor de autarquia (no caso, era
Técnico Superior do DETRAN) será responsável por: • representar a entidade “em
juízo ou fora dele nas ações em que haja interesse da autarquia”. • praticar “todos
os demais atos de natureza judicial ou contenciosa, devendo, para tanto, exercer
as suas funções profissionais e de responsabilidade técnica regidas pela Ordem
dos Advogados do Brasil OAB”. Tais previsões violam o “princípio da unicidade da
representação judicial dos Estados e do Distrito Federal”, insculpido no art. 132 da
CF/88. A legislação impugnada, apesar de não ter criado uma procuradoria
paralela, atribuiu ao cargo de Técnico Superior do Detran/ES, com formação em
Direito, diversas funções privativas de advogado. Ao assim agir, conferiu algumas
atribuições de representação jurídica do DETRAN a pessoas estranhas aos
quadros da Procuradoria-Geral do Estado, com violação do art. 132, caput, da CF/
88. O STF decidiu modular os efeitos da decisão para: • manter os cargos em
questão, excluídas as atribuições judiciais inerentes às procuradorias; • declarar a
validade dos atos praticados (ex: contestações, recursos etc.) até a data do
julgamento, com base na teoria do funcionário de fato. ATENÇÃO. Por outro
lado é válido que esses servidores façam a atuação jurídica no âmbito interno da
autarquia, sobretudo em atividades de compliance, tais como conceber e formular
medidas e soluções de otimização, fiscalização e auditoria (exs: interpretar
textos e instrumentos legais, elaborar pareceres sobre questões jurídicas que
envolvam as atividades da entidade, elaborar editais, contratos, convênios etc.).
Essas atribuições podem sim ser exercidas pelos Técnicos Superiores do
DETRAN, sem que isso ofenda o princípio da unicidade da representação judicial.
O STF entendeu que não se pode deslocar qualquer atuação técnico-jurídica da
autarquia para a PGE, porque esta não conseguirá fazer frente a essa gama de
trabalho, sob pena de ter suas atividades inviabilizadas. STF. Plenário. ADI 5109/
ES, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 13/12/2018 (Info 927).
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Membros do Ministério Público não podem ocupar cargos públicos fora do âmbito
da Instituição, salvo cargo de professor e funções de magistério. A Resolução
72/2011 do CNMP, ao permitir que membro do Parquet exerça cargos fora do
MP é flagrantemente contrária ao art. 128, § 5º, II, "d", da CF/88.
Consequentemente, a nomeação de membro do MP para o cargo de Ministro da
Justiça viola o texto constitucional. STF. Plenário. ADPF 388, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 09/03/2016 (Info 817).
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Origem: STF
O art. 220, § 4º da CF/88 prevê que lei poderá impor restrições às propagandas de
bebidas alcoólicas. Com o objetivo de regulamentar esse dispositivo, foi editada a
Lei 9.294/96. Ocorre que a Lei 9.294/96 afirmou expressamente que só haveria
restrições para as propagandas de bebidas alcoólicas com teor alcoólico superior
a 13º GL (art. 1º, parágrafo único). O PGR não concordou com a medida e ajuizou
ação direta de inconstitucionalidade por omissão afirmando que o Congresso
Nacional estaria em mora legislativa, considerando que deveria impor restrições à
propaganda de bebidas alcoólicas independentemente do seu teor de álcool. O
STF julgou improcedente o pedido. A Corte entendeu que não é possível que o
Poder Judiciário crie norma geral e abstrata em substituição ao legislador definindo
o que é bebida alcoólica para fins de propaganda. Além disso, o STF considerou
que não existe a alegada omissão. O legislador federal aprovou a Lei 9.294/96,
que foi objeto de amplo debate no Congresso Nacional. Foi feita uma escolha
política de só serem impostas restrições para propagandas de bebidas alcóolicas
com grau superior a 13º GL, não podendo o STF rever essa decisão. Por fim, o
STF entendeu que a Lei 9.294/96 não contraria a Lei 11.705/2008 (Lei Seca),
considerando que são diplomas legislativos com âmbitos de incidência totalmente
diversos. A primeira lei cuida de restrições à propaganda e liberdade de expressão.
Nela não se está julgando o teor alcoólico da bebida e sim até que limite pode ir a
sua publicidade. Na segunda, estão sendo discutidos os efeitos do álcool para
pessoas que dirigem veículo automotor e a proibição imposta para essa prática.
STF. Plenário. ADO 22/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/4/2015 (Info
782).
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A imunidade formal prevista no art. 51, I, e no art. 86, caput, da CF/88 não se
estende para os codenunciados que não se encontrem investidos nos cargos de
Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministro de Estado. A
finalidade dessa imunidade é proteger o exercício regular desses cargos, razão
pela qual não é extensível a codenunciados que não se encontrem ocupando tais
funções. STF. Plenário. Inq 4483 AgR-segundo/DF e Inq 4327 AgR-segundo/DF,
rel. Min. Edson Fachin, julgados em 14 e 19/12/2017 (Info 888).
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Não é possível aplicar o art. 86, § 4º, da CF/88 para o Presidente da Câmara dos
Deputados, considerando que a garantia prevista neste dispositivo é destinada
expressamente ao chefe do Poder Executivo da União (Presidente da República).
Desse modo, por se tratar de um dispositivo de natureza restritiva, não é possível
qualquer interpretação que amplie a sua incidência a outras autoridades,
notadamente do Poder Legislativo. STF. Plenário. Inq 3983/DF, Rel. Min. Teori
Zavascki, julgado em 02 e 03/03/2016 (Info 816).
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PODER LEGISLATIVO
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O art. 62, § 6º da CF/88 afirma que “se a medida provisória não for apreciada em
até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de
urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional,
ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações
legislativas da Casa em que estiver tramitando”. Apesar de o dispositivo falar em
“todas as demais deliberações”, o STF, ao interpretar esse § 6º, não adotou uma
exegese literal e afirmou que ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as
votações de projetos de leis ordinárias que versem sobre temas que possam ser
tratados por medida provisória. Assim, por exemplo, mesmo havendo medida
provisória trancando a pauta pelo fato de não ter sido apreciada no prazo de 45
dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o Senado poderão votar
normalmente propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar,
projetos de resolução, projetos de decreto legislativoe até mesmo projetos de lei
ordinária que tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da CF/88. Isso porque
a MP somente pode tratar sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde que
não incida em nenhuma das proibições do art. 62, § 1º. STF. Plenário.MS 27931/
DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 29/6/2017 (Info 870).
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É inconstitucional lei estadual, de iniciativa parlamentar, que: • determina o destino
que o Poder Executivo deverá dar aos bens de empresa estatal que está sendo
extinta; • disciplina as consequências jurídicas das relações mantidas pelo Poder
Executivo com particulares; • cria conselho de acompanhamento dentro da
estrutura do Poder Executivo. STF. Plenário. ADI 2295/RS, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 15/6/2016 (Info 830).
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NÃO. O STF entende que, se houver uma emenda constitucional tratando sobre
algum dos assuntos listados no art. 61, § 1º da CF/88, essa emenda deverá ter
sido proposta pelo chefe do Poder Executivo (no caso, o Governador do Estado).
Assim, é incabível que os parlamentares proponham uma emenda constitucional
dispondo sobre o regime jurídico dos servidores públicos, por exemplo (art. 61, §
1º, II, “c”). Se isso fosse permitido, seria uma forma de burlar a regra do art. 61, §
1º da CF/88. Em suma, “matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode
ser regulada por emenda constitucional de origem parlamentar”. STF. Plenário. ADI
2.966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005. Obs.: isso também vale
para as matérias que sejam de iniciativa do Poder Judiciário.
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A regra da iniciativa privativa do art. 61, § 1º, II, “c” da CF/88 deve ser aplicada
também no âmbito municipal? SIM. Ex: a Lei Orgânica de Cambuí/MG concedeu
benefícios a servidores públicos daquela municipalidade. O STF julgou a referida
lei inconstitucional por ofender justamente o art. 61, § 1º, II, “c” da CF/88, a ensejar
sua inconstitucionalidade formal. STF. Plenário. RE 590829/MG, Rel. Min. Marco
Aurélio, julgado em 5/3/2015 (Info 776).
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Se uma lei contiver matéria estranha a seu objeto, podemos dizer que essa lei é
inconstitucional por afronta ao art. 7º, II da LC 95/98 c/c o art. 59, parágrafo único
da CF/88? Caberá ADI nesse caso? NÃO. Isso porque essa lei dada como
exemplo na pergunta estaria afrontando a LC 95/98 (art. 7º) e não a CF/88
diretamente. É na LC/95 que existe a proibição de “matéria estranha”. A CF/88 não
fala nada sobre esse assunto nem faz tal exigência. Desse modo, a suposta
violação à CF/88 seria reflexa, ou seja, indireta, mediata. STF. Plenário. ADI 4627/
DF e ADI 4350/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 23/10/2014 (Info 764). STF.
Plenário. ARE 704520/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/10/2014
(repercussão geral) (Info 764).
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Súmula vinculante 54
Direito Constitucional Processo legislativo Medidas provisórias
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Súmula vinculante 54: A medida provisória não apreciada pelo congresso nacional
podia, até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seu prazo de
eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde a primeira edição.
TRIBUNAL DE CONTAS
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Origem: STJ
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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não possui legitimidade ativa para
propor reclamação no STF alegando descumprimento da decisão do Supremo. A
atuação dos membros do MPTC limita-se, unicamente, ao âmbito dos próprios
Tribunais de Contas perante os quais oficiam. STF. 2ª Turma.Rcl 24156 AgR/DF e
Rcl 24158 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgados em 24/10/2017 (Info 883).
Sobre o caso específico do mandado de segurança, veja o seguinte julgado: O
Ministério Público de Contas não tem legitimidade para impetrar mandado de
segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF.
Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
25/04/2019 (repercussão geral).
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É de cinco anos o prazo para o TCU, por meio de tomada de contas especial (Lei
nº 8.443/92), exigir do ex-gestor público municipal a comprovação da regular
aplicação de verbas federais repassadas ao respectivo Município. STJ. 1ª Turma.
REsp 1480350-RS, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 5/4/2016 (Info 581).
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O interessado alega que não mora mais no endereço para o qual a carta com AR
foi enviada. Contudo, constata-se que esse é o endereço que consta na Receita
Federal como sendo do interessado, além do que é o mesmo que está na petição
inicial do MS por ele impetrado. A alegação de nulidade da citação deverá ser
aceita? NÃO. Inicialmente, deve-se esclarecer que a validade da comunicação dos
atos do TCU não depende de comunicação pessoal do interessado, bastando sua
efetivação por meio de carta registrada com aviso de recebimento que comprove
sua entrega no endereço do destinatário. No caso concreto, a citação foi enviada
ao endereço fornecido pelo impetrante no cadastro da Receita Federal do Brasil,
que é o mesmo informado na petição inicial do mandado de segurança impetrado.
Logo, o STF entendeu que foi comprovada a entrega da carta registrada no
endereço do destinatário, de forma que não se podia falar em nulidade do
processo. STF. 2ª Turma. MS 27427 AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
8/9/2015 (Info 798).
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O interessado alega que não mora mais no endereço para o qual a carta com AR
foi enviada. Contudo, constata-se que esse é o endereço que consta na Receita
Federal como sendo do interessado, além do que é o mesmo que está na petição
inicial do MS por ele impetrado. A alegação de nulidade da citação deverá ser
aceita? NÃO. Inicialmente, deve-se esclarecer que a validade da comunicação dos
atos do TCU não depende de comunicação pessoal do interessado, bastando sua
efetivação por meio de carta registrada com aviso de recebimento que comprove
sua entrega no endereço do destinatário. No caso concreto, a citação foi enviada
ao endereço fornecido pelo impetrante no cadastro da Receita Federal do Brasil,
que é o mesmo informado na petição inicial do mandado de segurança impetrado.
Logo, o STF entendeu que foi comprovada a entrega da carta registrada no
endereço do destinatário, de forma que não se podia falar em nulidade do
processo. STF. 2ª Turma. MS 27427 AgR/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em
8/9/2015 (Info 798).
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Natureza do TCU
Direito Constitucional Tribunal de Contas Noções gerais
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O TCU tem legitimidade para anular acordo extrajudicial firmado entre particulares
e a Administração Pública, quando não homologado judicialmente. Se o acordo foi
homologado judicialmente, o TCU não pode anulá-lo porque a questão já passou a
ser de mérito da decisão judicial, o que não pode ser revisto pelo Tribunal de
Contas. Contudo, sendo o acordo apenas extrajudicial, a situação está apenas no
âmbito administrativo, de sorte que o TCU tem legitimidade para anular o ajuste
celebrado. STF. 1ª Turma. MS 24379/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
7/4/2015 (Info 780).
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É inconstitucional lei estadual que proíbe que o TCE, quando estiver fazendo
inspeções ou auditorias, tenha acesso a determinados documentos inerentes à
Administração Pública. Essa previsão constitui ato atentatório à efetiva atuação do
Tribunal de Contas, restringindo sua competência para realizar o controle externo
das contas do Estado-membro sem que a CF/88 tenha permitido essa limitação.
STF. Plenário. ADI 2361/CE, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 24/9/2014 (Info
760).
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PODER JUDICIÁRIO
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Existe uma decisão proferida pelo TJ em processo coletivo que beneficia diversos
servidores do Poder Judiciário. Esses servidores começam a ingressar com
execuções individuais pedindo o pagamento dos valores reconhecidos no acórdão
do TJ. João é um deles e ajuíza pedido de cumprimento de sentença. O TJ remete
a execução individual de João para o STF afirmando que mais da metade dos
Desembargadores possui alguma relação de parentesco com outros servidores
beneficiados pela decisão. Logo, para o TJ, a competência para julgar todas as
execuções individuais seria do STF, com base no art. 102, I, “n”, segunda parte, da
CF/88. O STF, contudo, não concordou com a decisão. O STF não é competente
para julgar originariamente a execução de João, pois não há impedimento dos
Desembargadores. Nenhum deles mantêm relação de parentesco com João,
servidor que figura especificamente no processo de execução individual. STF. 1ª
Turma. AO 2380 AgR/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min.
Roberto Barroso, julgado em 25/6/2019 (Info 945).
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Origem: STF
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide
pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de
cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988,
data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias
judiciais depois da CF/88, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de
nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante
inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia
que deveria ser estatizada. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS
30267/DF e MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 12/2/2019 (Info 930). O escrivão que ocupa
serventia judicial provida, em caráter privado, antes da CF/88, pode ser mantido na
titularidade da serventia. O art. 31 do ADCT garante, expressamente, o direito do
escrivão nomeado antes da CF/88 de continuar explorando a serventia. Isso
porque este dispositivo afirma que, depois da CF/88, deverão ser estatizadas as
serventias do foro judicial, “respeitados os direitos dos então titulares”. STF. 1ª
Turma. MS 29998/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/5/2019(Info 942).
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O STF entende que não é seu papel fazer a revisão do mérito das decisões do
CNJ. Assim, os atos e procedimentos do CNJ estão sujeitos apenas ao controle de
legalidade por parte do STF. O mandado de segurança não se presta ao reexame
de fatos e provas analisados pelo CNJ no processo disciplinar. A LOMAN não
estabelece regras de prescrição da pretensão punitiva por faltas disciplinares
praticadas por magistrados. Diante disso, deve ser feita a aplicação subsidiária da
Lei nº 8.112/90. STF. 2ª Turma. MS 35540/DF e MS 35521/DF, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgados em 12/3/2019 (Info 933).
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Origem: STF
É válido ato do CNJ que, ao dar plena aplicabilidade ao art. 31 do ADCT, decide
pela invalidade dos atos administrativos de nomeação de todos os titulares de
cartórios privatizados que tenham ingressado no cargo após 5 de outubro de 1988,
data de promulgação da CF em vigor. As pessoas que assumiram as serventias
judiciais depois da CF/1988, em caráter privado, não têm direito líquido e certo de
nelas permanecerem, qualquer que seja a forma de provimento. Há flagrante
inconstitucionalidade a partir do momento em que assumem cargo em serventia
que deveria ser estatizada. Isso porque é inconstitucional o provimento de pessoas
para exercerem a função de titular de serventias judiciais, com caráter privado
(serventias judicias privatizadas / não estatizadas), após a CF/88. O art. 31 do
ADCT é autoaplicável, de modo que é obrigatória a estatização das serventias
judiciais à medida que elas fiquem vagas. O prazo decadencial do art. 54 da Lei nº
9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta diretamente a
Constituição Federal. STF. 1ª Turma. MS 29323/DF, MS 29970/DF, MS 30267/DF e
MS 30268/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgados em 12/2/2019 (Info 930).
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Origem: STF
Deve ser mantida a decisão do CNJ que aplica pena de disponibilidade (art. 42, IV,
da LC 35/79) à magistrada que, mesmo depois de informada que uma adolescente
mulher estava presa em uma mesma cela com homens, demora a tomar as
providências necessárias para corrigir essa situação e, além disso, procura se
eximir de responsabilidade produzindo documento falso com data retroativa, na
tentativa de comprovar que teria adotado providências que, na realidade, não
adotou. STF. 1ª Turma. MS 34490/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac.
Min. Roberto Barroso, julgado em 5/2/2019 (Info 929).
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CNJ pode determinar que Tribunal de Justiça exonere servidores nomeados sem
concurso público para cargos em comissão que não se amoldam às atribuições de
direção, chefia e assessoramento, contrariando o art. 37, V, da CF/88. Esta
decisão do CNJ não configura controle de constitucionalidade, sendo exercício de
controle da validade dos atos administrativos do Poder Judiciário. STF. Plenário.
Pet 4656/PB, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 19/12/2016 (Info 851).
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Origem: STF
A lei orçamentária anual do Estado do Rio de Janeiro foi aprovada e nela previsto
o orçamento do Poder Judiciário. Ocorre que o Poder Executivo estadual não
estava cumprindo seu dever de repassar os recursos correspondentes às
dotações orçamentárias do Poder Judiciário em duodécimos. Diante disso, o
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro impetrou mandado de segurança, com
pedido de tutela de urgência, contra o ato omissivo do Governador do Estado do
Rio de Janeiro no atraso do repasse dos referidos recursos. O Governador
argumentou que o Estado passa por uma crise muito grave e que no ano de 2016
houve um déficit orçamentário de 19,6% em relação ao orçamento que foi previsto
na Lei orçamentária anual. O STF deferiu parcialmente a medida liminar,
assegurando-se ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro o direito de
receber, até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, os recursos correspondentes
às dotações orçamentárias, sendo, contudo, facultado ao Poder Executivo fazer
um desconto de 19,6% da Receita Corrente Líquida prevista na LOA. A crise do
Estado e a queda na arrecadação não justificam que o Poder Executivo deixe de
repassar o duodécimo ao Poder Judiciário. No entanto, deve ser autorizado que o
Executivo diminua os valores a serem entregues ao TJ de forma proporcional à
redução que houve na arrecadação inicialmente prevista pela Lei Orçamentária
Anual. Não faz sentido que, diante de uma situação de déficit orçamentário (a
realização do orçamento foi muito inferior ao previsto), o Poder Executivo reduza
seu orçamento e o Poder Judiciário continue com seu duodécimo calculado com
base na previsão da receita que não foi a verificada na prática. Havendo frustração
de receita, o ônus deve ser compartilhado de forma isonômica entre todos os
Poderes. Em suma, a base de cálculo dos duodécimos deve observar o valor real
de efetivo desempenho orçamentário e não o valor fictício previsto na lei
orçamentária. STF. 1ª Turma. MS 34483-MC/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
22/11/2016 (Info 848).
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PEC da Bengala
Direito Constitucional Poder Judiciário Regime jurídico
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A CF/88 prevê que a promoção por antiguidade do juiz mais antigo somente pode
ser negada se ele for recusado pelo voto fundamentado de 2/3 (dois terços) dos
membros do respectivo Tribunal, assegurada a ampla defesa (art. 93, II, “d”).
Segundo o STF, o quórum de votos para um tribunal recusar a promoção do juiz
mais antigo não deve computar os cargos vagos ou os desembargadores
afastados. A vontade de um tribunal é manifestada por seus membros
juridicamente aptos. Desfalcado o tribunal, deve-se computar apenas os
magistrados em atividade, a não ser que afastados em caráter meramente
eventual. Assim, os cargos vagos, bem como os cargos providos, mas cujos
ocupantes estejam afastados cautelarmente do exercício da função jurisdicional,
não devem ser computados para o fim de determinação do referido quórum. STF.
1ª Turma. MS 31357/DF e MS 31361/MT, Rel. Min. Marco Aurélio, julgados em
5/8/2014 (Info 753)
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Origem: STF
CNJ não pode declarar inválido artigo do Regimento Interno do Tribunal de Justiça
que trate sobre competência jurisdicional. Isso porque o CNJ tem a competência
de exercer o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e
do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. No caso em análise, o
Conselho interferiu em matéria de competência jurisdicional do TJ, matéria que é
estranha às suas funções. STF. 2ª Turma. MS 30793/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 5/8/2014 (Info 753).
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Origem: STF
Origem: STF
Origem: STJ
Para o primeiro período aquisitivo de férias de juiz federal substituto serão exigidos
doze meses de exercício. STJ. 2ª Turma. REsp 1421612-PB, Rel. Min. Herman
Benjamin, julgado em 3/6/2014 (Info 543).
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Origem: STJ
Não existe óbice a que o julgador, ao proferir sua decisão, acolha os argumentos
de uma das partes ou de outras decisões proferidas nos autos, adotando
fundamentação que lhe pareceu adequada. O que importa em nulidade é a
absoluta ausência de fundamentação. A adoção dos fundamentos da sentença de
1ª instância ou das alegações de uma das partes como razões de decidir, embora
não seja uma prática recomendável, não traduz, por si só, afronta ao art. 93, IX, da
CF/88. A reprodução dos fundamentos declinados pelas partes ou pelo órgão do
Ministério Público ou mesmo de outras decisões proferidas nos autos da demanda
(ex: sentença de 1ª instância) atende ao art. 93, IX, da CF/88. A motivação por
meio da qual se faz remissão ou referência às alegações de uma das partes, a
precedente ou a decisão anterior nos autos do mesmo processo é chamada pela
doutrina e jurisprudência de motivação ou fundamentação per relationem ou
aliunde. Também é denominada de motivação referenciada, por referência ou por
remissão. STJ. Corte Especial. EREsp 1021851-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgados
em 28/6/2012. STJ. 2ª Turma. EDcl no AgRg no AREsp 94942-MG, Rel. Min.
Mauro Campbell Marques, julgado em 5/2/2013 (Info 517).
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Origem: STF
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