Ementário CGU
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Ementário
Departamento de
Coordenação e Orientação
de Órgãos Jurídicos - DECOR
CONSULTOR-GERAL DA UNIÃO
Marcelo Augusto Carmo de Vasconcellos
EQUIPE TÉCNICO-JURÍDICA
Antônio dos Santos Neto
Bruno Andrade Costa
Bruno Eduardo Araújo Barros de Oliveira
Daniela Cristina Moura Gualberto
João Paulo Chaim da Silva
Joaquim Modesto Pinto Júnior
Márcia Cristina Novais Labanca
Marco Aurélio Caixeta
Maurício Braga Torres
Neide Marcos da Silva
Rafael Figueiredo Fulgêncio
Advocacia-Geral da União
Consultoria-Geral da União
Departamento de Coordenação e Orientação de Órgãos Jurídicos
Edifício Sede AGU I - SAS Quadra 3 Lotes 5/6 CEP: 70070-030
Brasília-DF
Telefone: (61) 2026-8646
Email: [email protected]
Página 2
Sumário
ORIENTAÇÕES NORMATIVAS DA AGU 7
AÇÕES JUDICIAIS 15
Atuação proativa 15
Autarquia/fundação 16
Empresa pública 16
ANISTIA 18
Anistia política 22
APOSENTADORIA E PENSÃO 23
Acumulação de proventos 26
Aposentadoria especial 26
Apostilamento 27
Pensão civil 27
Revisão de proventos 28
ASSESSORAMENTO JURÍDICO 29
ATO ADMINISTRATIVO 33
Anulação/revogação 33
COMPETÊNCIA 35
CONCURSO PÚBLICO 48
CONTRATO ADMINISTRATIVO 49
Contratação de bens 52
Contratação de serviços 53
Duração/Prorrogação/Renovação do contrato 58
Página 3
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 61
CONVÊNIO 63
DESAPROPRIAÇÃO 65
Correição 68
Prescrição 69
Procedimento 70
DIREITO INTERNACIONAL 76
DIREITO MINERÁRIO 79
DIREITO TRIBUTÁRIO 80
ESTÁGIO CURRICULAR 81
FINANÇAS PÚBLICAS 82
Execução orçamentária 85
Fundos 86
Gestão patrimonial 87
Transferências legais/constitucionais 87
Transferências voluntárias 88
LICITAÇÃO 89
Dispensa de licitação 93
Inexigibilidade de licitação 95
Modalidades de licitação 96
Pregão 96
Procedimento 96
Registro de preços 99
Aforamento 110
Laudêmio 112
Página 4
Terras indígenas 113
Prescrição 113
REGULAÇÃO 114
Afastamentos 120
Cessão 123
Impedimentos 126
Licença 127
Nepotismo 128
Remoção 129
Requisição 129
Vencimento 132
Página 5
Concessão/permissão/autorização 138
OUTROS 141
Página 6
ORIENTAÇÕES NORMATIVAS DA AGU
Dispõe sobre a não interposição de recurso extraordinário nos casos que especifica.
Orientação Normativa n. 2, de 11/04/2012.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/506169
Página 7
PARA FINS DE ESCOLHA DAS MODALIDADES LICITATÓRIAS CONVENCIONAIS (CONCORRÊNCIA,
TOMADA DE PREÇOS E CONVITE), BEM COMO DE ENQUADRAMENTO DAS CONTRATAÇÕES
PREVISTAS NO ART. 24, I e II, DA LEI Nº 8.666/1993, A DEFINIÇÃO DO VALOR DA CONTRATAÇÃO
LEVARÁ EM CONTA O PERÍODO DE VIGÊNCIA CONTRATUAL E AS POSSÍVEIS PRORROGAÇÕES.
NAS LICITAÇÕES EXCLUSIVAS PARA MICROEMPRESAS, EMPRESAS DE PEQUENO PORTE E
SOCIEDADES COOPERATIVAS, O VALOR DE R$ 80.000,00 (OITENTA MIL REAIS) REFERE-SE AO
PERÍODO DE UM ANO, OBSERVADA A RESPECTIVA PROPORCIONALIDADE EM CASOS DE
PERÍODOS DISTINTOS.
Orientação Normativa n. 10, de 01/04/2009.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/189171
NÃO SE DISPENSA LICITAÇÃO, COM FUNDAMENTO NOS INCS. V E VII DO ART. 24 DA LEI NO 8.666,
de 1993, CASO A LICITAÇÃO FRACASSADA OU DESERTA TENHA SIDO REALIZADA NA
MODALIDADE CONVITE.
Orientação Normativa n. 12, de 01/04/2009.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/189173
Página 8
CONTRATA-SE POR INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO COM FUNDAMENTO NO ART. 25, INC. II, DA
LEI N° 8.666, DE 1993, CONFERENCISTAS PARA MINISTRAR CURSOS PARA TREINAMENTO E
APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL, OU A INSCRIÇÃO EM CURSOS ABERTOS, DESDE QUE
CARACTERIZADA A SINGULARIDADE DO OBJETO E VERIFICADO TRATAR-SE DE NOTÓRIO
ESPECIALISTA.
Orientação Normativa n. 18, de 01/04/2009.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/189179
Página 9
NO CASO DAS REPACTUAÇÕES SUBSEQUENTES À PRIMEIRA, O INTERREGNO DE UM ANO DEVE
SER CONTADO DA ÚLTIMA REPACTUAÇÃO CORRESPONDENTE À MESMA PARCELA OBJETO DA
NOVA SOLICITAÇÃO. ENTENDE-SE COMO ÚLTIMA REPACTUAÇÃO A DATA EM QUE INICIADOS
SEUS EFEITOS FINANCEIROS, INDEPENDENTEMENTE DAQUELA EM QUE CELEBRADA OU
APOSTILADA.
Orientação Normativa n. 26, de 01/04/2009.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/189187
A CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO COM ENTIDADE PRIVADA SEM FINS LUCRATIVOS PODERÁ SER
PRECEDIDA DE CHAMAMENTO PÚBLICO. NOS CASOS EM QUE NÃO FOR REALIZADO TAL
PROCEDIMENTO DEVERÁ HAVER A DEVIDA FUNDAMENTAÇÃO.
Orientação Normativa n. 31, de 15/04/2010.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/248638
AS LEIS Nºs 11.945 E 11.960, DE 2009, APLICAM-SE SOMENTE AOS CONVÊNIOS CELEBRADOS
APÓS O INÍCIO DAS RESPECTIVAS VIGÊNCIAS. ADMITE-SE A POSSIBILIDADE DE ADITAMENTO
DOS CONVÊNIOS ANTIGOS PARA ADEQUÁLOS ÀS REGRAS DAS REFERIDAS LEIS.
Orientação Normativa n. 32, de 15/04/2010.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/248639
O ATO ADMINISTRATIVO QUE AUTORIZA A CONTRATAÇÃO DIRETA (ART. 17, §§ 2º E 4º, ART. 24,
INC. III E SEGUINTES, E ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993) DEVE SER PUBLICADO NA IMPRENSA
OFICIAL, SENDO DESNECESSÁRIA A PUBLICAÇÃO DO EXTRATO CONTRATUAL.
Orientação Normativa n. 33, de 13/12/2011.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/418776
Página 10
AS HIPÓTESES DE INEXIGIBILIDADE (ART. 25) E DISPENSA DE LICITAÇÃO (INCISOS III E
SEGUINTES DO ART. 24) DA LEI Nº 8.666, DE 1993, CUJOS VALORES NÃO ULTRAPASSEM
AQUELES FIXADOS NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA MESMA LEI, DISPENSAM A PUBLICAÇÃO NA
IMPRENSA OFICIAL DO ATO QUE AUTORIZA A CONTRATAÇÃO DIRETA, EM VIRTUDE DOS
PRINCÍPIOS DA ECONOMICIDADE E EFICIÊNCIA, SEM PREJUÍZO DA UTILIZAÇÃO DE MEIOS
ELETRÔNICOS DE PUBLICIDADE DOS ATOS E DA OBSERVÂNCIA DOS DEMAIS REQUISITOS DO
ART. 26 E DE SEU PARÁGRAFO ÚNICO, RESPEITANDO-SE O FUNDAMENTO JURÍDICO QUE
AMPAROU A DISPENSA E A INEXIGIBILIDADE.
Orientação Normativa n. 34, de 13/12/2011.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/418779
A VIGÊNCIA DOS CONTRATOS REGIDOS PELO ART. 57, CAPUT, DA LEI 8.666, DE 1993, PODE
ULTRAPASSAR O EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE CELEBRADOS, DESDE QUE AS DESPESAS A
ELES REFERENTES SEJAM INTEGRALMENTE EMPENHADAS ATÉ 31 DE DEZEMBRO, PERMITINDO-
SE, ASSIM, SUA INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR.
Orientação Normativa n. 39, de 13/12/2011.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/418810
Página 11
NOS CONVÊNIOS CUJA EXECUÇÃO ENVOLVA A ALOCAÇÃO DE CRÉDITOS DE LEIS
ORÇAMENTÁRIAS SUBSEQUENTES, A INDICAÇÃO DO CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO E DO
RESPECTIVO EMPENHO PARA ATENDER À DESPESA RELATIVA AOS EXERCÍCIOS POSTERIORES
PODERÁ SER FORMALIZADA, RELATIVAMENTE A CADA EXERCÍCIO, POR MEIO DE APOSTILA. TAL
MEDIDA DISPENSA O PRÉVIO EXAME E APROVAÇÃO PELA ASSESSORIA JURÍDICA.
Orientação Normativa n. 40, de 26/02/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1195027
Página 12
SOMENTE É OBRIGATÓRIA A MANIFESTAÇÃO JURÍDICA NAS CONTRATAÇÕES DE PEQUENO
VALOR COM FUNDAMENTO NO ART. 24, I OU II, DA LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993,
QUANDO HOUVER MINUTA DE CONTRATO NÃO PADRONIZADA OU HAJA, O ADMINISTRADOR,
SUSCITADO DÚVIDA JURÍDICA SOBRE TAL CONTRATAÇÃO. APLICA-SE O MESMO
ENTENDIMENTO ÀS CONTRATAÇÕES FUNDADAS NO ART. 25 DA LEI Nº 8.666, DE 1993, DESDE
QUE SEUS VALORES SUBSUMAM-SE AOS LIMITES PREVISTOS NOS INCISOS I E II DO ART. 24 DA
LEI Nº 8.666, DE 1993.
Orientação Normativa n. 46, de 26/02/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1184009
É COMPETENTE PARA A APLICAÇÃO DAS PENALIDADES PREVISTAS NAS LEIS NºS 10.520, DE
2002, E 8.666, DE 1993, EXCEPCIONADA A SANÇÃO DE DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE, A
AUTORIDADE RESPONSÁVEL PELA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO OU OUTRA PREVISTA EM
REGIMENTO.
Orientação Normativa n. 48, de 25/04/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1256046
A EMPRESA QUE REALIZE CESSÃO OU LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA, OPTANTE PELO SIMPLES
NACIONAL, QUE PARTICIPE DE LICITAÇÃO CUJO OBJETO NÃO ESTEJA PREVISTO NO DISPOSTO
NO § 1º DO ART. 17 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006, DEVERÁ APRESENTAR PLANILHA DE
FORMAÇÃO DE CUSTOS SEM CONTEMPLAR OS BENEFÍCIOS DO REGIME TRIBUTÁRIO
DIFERENCIADO.
Orientação Normativa n. 53, de 25/04/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1256067
Página 13
COMPETE AO AGENTE OU SETOR TÉCNICO DA ADMINISTRAÇÃO DECLARAR QUE O OBJETO
LICITATÓRIO É DE NATUREZA COMUM PARA EFEITO DE UTILIZAÇÃO DA MODALIDADE PREGÃO E
DEFINIR SE O OBJETO CORRESPONDE A OBRA OU SERVIÇO DE ENGENHARIA, SENDO
ATRIBUIÇÃO DO ÓRGÃO JURÍDICO ANALISAR O DEVIDO ENQUADRAMENTO DA MODALIDADE
LICITATÓRIA APLICÁVEL.
Orientação Normativa n. 54, de 25/04/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1256070
I - Os processos que sejam objeto de manifestação jurídica referencial, isto é, aquela que analisa todas as
questões jurídicas que envolvam matérias idênticas e recorrentes, estão dispensados de análise
individualizada pelos órgãos consultivos, desde que a área técnica ateste, de forma expressa, que o caso
concreto se amolda aos termos da citada manifestação. II - Para a elaboração de manifestação jurídica
referencial devem ser observados os seguintes requisitos: a) o volume de processos em matérias idênticas
e recorrentes impactar, justificadamente, a atuação do órgão consultivo ou a celeridade dos serviços
administrativos; e b) a atividade jurídica exercida se restringir à verificação do atendimento das exigências
legais a partir da simples conferência de documentos.
Orientação Normativa n. 55, de 23/05/2014.
http://www.agu.gov.br/page/atos/detalhe/idato/1278275
Na cessão de uso de imóvel administrado pela União, para fins de prestação de serviços comuns em favor
de servidores públicos e administrados, é obrigatória a modalidade licitatória pregão, preferencialmente
eletrônico, tendo em vista que estes são o verdadeiro objeto contratual. Caso constatada a inviabilidade da
forma eletrônica, deverá ser utilizada, excepcionalmente, a forma presencial, desde que por ato
fundamentado em justificativas concretas e detalhadas.
Orientação Normativa n. CNU/CGU/AGU nº 01.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/7948295
A vedação prevista no art. 73, §10, da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, dirige-se à distribuição
gratuita e discricionária diretamente a particulares, incluídas as doações com encargo e cessões, não
alcançando os atos vinculados em razão de direito subjetivo do beneficiário e as transferências realizadas
entre órgãos públicos do mesmo ente federativo ou as que envolvam entes federativos distintos,
observando-se neste último caso o disposto no inciso VI, alínea "a", do mesmo artigo, que veda
transferências nos três meses anteriores ao pleito eleitoral. Em qualquer caso, recomenda-se a não
realização de solenidades, cerimônias, atos, eventos ou reuniões públicas de divulgação, ou qualquer outra
forma de exaltação do ato administrativo de transferência capaz de afetar a igualdade de oportunidades
entre candidatos nos pleitos eleitorais.
Orientação Normativa n. CNU/CGU/AGU nº 02.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/9060041
O gozo da licença gestante, da licença adotante e da licença paternidade não implica a suspensão da
contagem do prazo do estágio probatório previsto no art. 41, § 4º, da Constituição.
Orientação Normativa n. CNU/CGU/AGU nº 03.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/10354028
Não há obrigação normativa acerca da utilização das ferramentas governamentais de pesquisa e busca de
preços, não havendo óbice, portanto, à contratação de sistemas privados, desde que devidamente
justificada pela Administração.
Orientação Normativa n. CNU/CGU/AGU nº 04.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/10286005
Página 14
AÇÕES JUDICIAIS
Atuação proativa
Direito Administrativo. Licitações e contratos. Pregão eletrônico. Curso de pós-graduação para servidores.
Contratação de instituição que venceu o certame com uso de documentos fraudados. Contrato
considerado nulo. Análise da possibilidade de êxito de ação judicial com requerimento de ressarcimento ao
Erário. Controvérsia Jurídica entre a Consultoria Jurídica junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão e a Procuradoria-Regional da União da 1ª Região. Inaproveitabilidade para o Estado de curso
prestado pela metade. Falta de certificação dos servidores. Má-fé. Dano ao erário. Conclusão pela
possibilidade do ajuizamento da referida ação.
Parecer n. DECOR/CGU/AGU Nº 16/2010 -MBT.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12333300
Página 15
ANISTIADO POLÍTICO. INÉRCIA ADMINISTRATIVA NO REFERENTE AO CUMPRIMENTO DOS
EFEITOS RETROATIVOS. DISCUSSÃO SOBRE A NATUREZA DA TUTELA PRETENDIDA. ANÁLISE DA
FORÇA EXECUTÓRIA. - Mandado de Segurança impetrado para impor cumprimento à Portaria
Ministerial. - Acórdão que entende tratar-se de ação mandamental com efeitos pecuniários. - Irresignação
da União que deve ser veiculada pelas vias processuais próprias. - Pelo cumprimento imediato do acórdão,
a menos que seja concedido efeito suspensivo aos embargos declaratórios.
Parecer n. 035/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=5325484
Direito Administrativo, Civil e Processual Civil. Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002: Compensação de
créditos. Lei nº 7.998, de 11/01/1990 e Lei nº 13.134, de 16/06/2015: Seguro-desemprego. Resolução
Codefat nº 619, de 05/11/2009: Restituição de indébitos de seguro-desemprego ou compensação com
benefícios subsequentes. Sentença e liminares de ações civis públicas contrapostas entre si, aquela
permitindo nacionalmente a compensação, estas repelindo-a em estado e município específicos.
Compensação de créditos de seguro-desemprego a fundamento de indébitos do beneficiário.
Aplicabilidade a situações configuradas antes e após a Lei nº 13.134/2015 tê-la previsto expressamente no
art. 25-A da Lei nº 7.998/1990. Inaplicabilidade em circunscrições abrangidas por efeitos de liminar ou
sentença impeditiva posterior a sentença permissiva de âmbito nacional.
Parecer n. 062/2016/Decor/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/11150273
Autarquia/fundação
Empresa pública
Página 16
CODEVASF. ASSEMBLÉIAS GERAIS. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO ESTATUTO INAUGURADO PELO
DECRETO 416/1992. I – Empresa pública que admite constituição sob qualquer forma societária em direito
admitida. II – Capital social constituído por ações. Incidência da lei de sociedades por ações. Autorização
prevista no artigo 3º da Lei 6.088/74. III – Inteligência do artigo 121 da Lei 6.404/76. IV - Licitude das
assembleias gerais realizadas nos anos de 1992 a 1999.
Parecer n. 108/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=16247844
Página 17
ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS. CONTRATAÇÃO DE OBRAS PERANTE TERCEIROS
COM RECURSOS DA UNIÃO. DESNECESSIDADE DE LICITAÇÃO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA
DE PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS E DA REALIZAÇÃO DE COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS.
PREVALÊNCIA DO ART. 11 DO DECRETO N.º 6.170/2007 SOBRE O DECRETO N.º 5.504/2005 NO
QUE DIZ RESPEITO ÀS ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS. EXTENSÃO, VIA ANALOGIA
LEGIS, DA DISPENSA LICITATÓRIA PREVISTA NO ART. 14 DA LEI N.º 9.790/99. SUGESTÃO DE
CONSULTA AO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. I – As entidades privadas sem fins lucrativos não
qualificadas como Organizações Sociais nem Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público não
estão obrigadas a seguir as regras de licitação previstas na Lei n.º 8.666/93 e na Lei n.º 10.520/2002 no
caso da contratação de obras com recursos disponibilizados pela União. II – Diante da relevância da
matéria, é recomendável a formulação de consulta ao Tribunal de Contas da União, nos termos do art. 1.º,
XVII, da Lei n.º 8.443/92, e dos arts. 1º, XXV; 15, I, “o” e 264, III, do Regimento Interno do Tribunal de
Contas da União.
Parecer n. 102/2014/DECOR/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00011/2017/DECOR/CGU/AGU 1. Aprovo as conclusões do judicioso Parecer nº 102/2014/DECOR/CGU/AGU (seq.
4), e do Despacho nº 76/2015/CGOR/DECOR/CGU/AGU (seq. 5), no sentido de que as entidades privadas sem fins lucrativos, em
sede de convênios ou contratos de repasse regidos pela Portaria Interministerial MF/MP/CGU nº 424, de 2016, não estão obrigadas
a realizar procedimento licitatório previamente à contratação de obras. (...) 3. Disposições da Portaria Interministerial MF/MP/CGU nº
424, de 2016, supervenientes ao Parecer nº 102/2014/DECOR/CGU/AGU, confirmam o entendimento ora consolidado. De fato, ao
tratar "Da Contratação por órgãos e entidades da Administração Pública", a norma foi cristalina ao prever a utilização da Lei nº
8.666, de 1993, e da Lei nº 10.520, de 2002. Já quanto às contratações de terceiros por entidades privadas sem fins lucrativos, a
norma não exige a aplicação das referenciadas leis, prevendo a realização, no mínimo, de cotação prévia de preços para
contratação de serviços e aquisição de bens. O próprio conceito de contrato administrativo, previsto na Portaria, apenas se refere ao
"órgão" convenente (e não entidades privadas) como contratante: (...) 7. Sobre a matéria, e para confirmar o entendimento ora
aprovado, segue recente e elucidativo precedente do Supremo Tribunal Federal, posterior ao Parecer ora aprovado, bem como aos
pareceres que formam a controvérsia em exame, exarado no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 1923. No caso,
dentre outras disposições, era impugnada a constitucionalidade do Art. 17 da Lei nº 9.637, de 1998, que cuida das organizações
sociais e determina que a entidade deve editar "regulamento próprio contendo os procedimentos que adotará para a contratação de
obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público". Ao apreciar a matéria, a
Suprema Corte pátria consolidou entendimento no sentido de que os contratos de gestão são espécie de convênio "por
consubstanciar a conjugação de esforços com plena harmonia entre as posições subjetivas, que buscam um negócio
verdadeiramente associativo, e não comutativo, para o atingimento de um objetivo comum aos interessados". (...) 9. É certo que as
Organizações Sociais possuem lei específica que disciplina os contratos de gestão, entretanto, o Supremo, no recente precedente
acima referenciado, foi expresso ao qualificar os contratos de gestão como espécies de convênio, bem como foi por demais
categórico ao delimitar o âmbito da aplicação do inciso XXI do art. 37 da Constituição Federal, que obriga os órgãos e entidades que
integram a Administração Pública. Nestes termos, ubi eadem ratio, ibi eadem legis dispositio. Não há, portanto, respaldo jurídico
para salvaguardar a tese de que as entidades privadas sem fins lucrativos, em sede de convênios ou contratos de repasse, estão
constitucionalmente obrigadas a licitar para contratação de obras. (...) 14. Resta acrescer que, apesar de não haver imposição
constitucional para realizar licitação para a contratação de obras em sede de contratos de repasse e convênios regidos pela Portaria
Interministerial MF/MP/CGU nº 424, de 2016, o órgão ou entidade concedente, se assim entender adequado, poderá exigir, como
obrigação da entidade convenente, o dever de licitar para contratar obras. É que, apesar de não ser obrigatório, não há empecilho
jurídico para que o convênio ou contrato de repasse prevejam que o convenente observe a Lei nº 8.666, de 1993, nas contratações
de obras. (...) 16. Com esteio no inciso XXI do seu art. 37, e no inciso XXVII do art. 22, ambos da Constituição Federal, Consolida-se
o entendimento no sentido de que, nos convênios e contratos de repasse, regidos pela Portaria Interministerial MF/MP/CGU nº 424,
de 2016, e celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, não há imposição constitucional de observância da Lei nº 8.666,
de 1993, para contratação de obras. Na esteira do entendimento do Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 1923, as
entidades podem promover procedimento público de seleção, com critérios objetivos e impessoais, observados os princípios
dispostos no caput do art. 37 da Constituição Federal, bem como os arts. 45 e seguintes da Portaria Interministerial MF/MP/CGU nº
424, de 2016.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/1765687
ANISTIA
Página 18
ANISTIA. LEI 8.878/1994. CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO.
DIVERGÊNCIA JURÍDICA. 1. A decisão judicial não determina sejam os interessados anistiados, mas sim
que se lhes assegure o contraditório e a ampla defesa, razão pela qual os processos dos pedidos de
anistia deverão ser encaminhados do MPOG para a Comissão Especial Interministerial (CEI) para análise.
2. Como se trata de definição do órgão competente a dar cumprimento à decisão transitada em julgado no
âmbito do Superior Tribunal de Justiça, parece relevante não ser aplicado o Ato Regimental AGU nº 2, de
2009. 3. Encaminhamento dos autos para a COONJUR/MPOG para as providências decorrentes. 4.
Encaminhamento da presente manifestação jurídica para ciência da CONJUR/MME e para Procuradoria-
Geral da União (PGU), em razão da ação judicial.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 063/2009-PCN.
Direito Administrativo. Eventuais vícios em decisões da Comissão Especial Interministerial instituída pelo
Decreto nº 5.115/2004. Competência da CEI. Recomendação de envio das considerações da Consultoria
Jurídica do Ministério de Minas e Energia à CEI para eventual exercício do poder de autotutela. A
competência da Advocacia-Geral da União deve ser exercida na forma dos incisos X e XI da Lei
Complementar nº 73/93.
Parecer n. 023/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10031288
ANISTIA CONCEDIDA AOS EX-EMPREGADOS DA ECT PELA LEI 11.282/06. MARCO INICIAL DOS
EFEITOS FINANCEIROS. RETORNO DO ANISITIADO AO TRABALHO. I – Os efeitos financeiros da
anistia concedida aos ex-empregados da ECT pela Lei 11.282/06 devem ser produzidos a partir do retorno
do anistiado ao trabalho. Inteligência do art. 1º, §§ 1º e 2º, da Lei 11.282/06.
Parecer n. 120/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9252849
Página 19
ANISTIA. POLICIAIS MILITARES. I. Impossibilidade de aplicação da analogia para beneficiar policiais
militares não contemplados pela Lei nº 12.191, de 13 de janeiro de 2010. II. Necessidade de edição de lei
que contemple previsão de concessão de anistia para policiais militares do Estado do Paraná.
Parecer n. 102/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12357968
Aquisição e arrendamento de terras por pessoa jurídica nacional equiparada à estrangeira. Interpretação
pela qual o Parecer AGU/LA nº 01/2010 (19/08/2010) associa a expressão "maioria do capital social" (§ 1º
do art. 1º da Lei nº 5.709/1971) à figura do "acionista controlador"(art. 116 da Lei nº 6.404/1976).
Complementariedade entre os critérios da "maioria do capital social"e do "acionista controlador", para os
fins de equiparar a empresa nacional à empresa estrangeira, visando submissão ao regime da Lei nº
5.709/1971. Adequação do inciso V do art. 3º da Instrução Normativa Incra nº 76/2013, ao exigir um ou
outro dos critérios. Forma de demonstração do controle societário já regulada nas das letras "b" e "c" do
inciso I do § 1ì do art. 20 da Instrução Normativa Incra nº 76, de 23 de agosto de 2013.
Parecer n. 03/2014/DECOR/CGU/AGU.
Página 20
ADMINISTRATIVO. DECADÊNDIA DO DIREITO DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FEDERAL. ATOS DE CONCESSÃO DE ANISTIA A EX-CONTRATADOS DA EXTINTA SUCAM.
EXISTÊNCIA DE PORTARIAS FULCRADAS EM DECISÕES LIMINARES E OUTRAS NÃO.
INDEPENDÊNCIA. MANUTENÇÃO DAS PORTARIAS AUTÔNOMAS POR PRAZO SUPERIOR A 5
ANOS. REVOGAÇÃO POSTERIOR DAS LIMINARES. DECISÃO TRANSITADA EM JULGADO.
INDIFERENÇA. INCIDÊNCIA DO ART. 54, DA LEI Nº 9.784/1999. I – Em face da decadência do direito de
autotutela da Administração Pública Federal, versada no art. 54, da Lei nº 9.784/199, as Portarias FUNASA
nº 622/1994 e 630/1994 não podem mais ser revistas, o que impede o desligamento dos ex-contratados da
antiga SUCAM por elas contemplados, em nada importando, para esses, a revogação das liminares que
fundamentaram a edição das Portarias MS nº 673/1994 e nº 674/1994 por decisão transitada em julgado;
II – somente os ex-contratados da extinta SUCAM que retornaram ao serviço público federal unicamente
por força das decisões liminares que ensejaram a edição das Portarias MS nº 673/1994 e nº 674/1994
devem ser desligados.
Parecer n. 074/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12757050
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ANISTIA DA LEI 8.878/1994. ENQUADRAMENTO EQUIVOCADO. PARECER VINCULANTE Nº JT-01
COMO MARCO OBSTATIVO DO PRAZO DECADENCIAL DO PODER DE AUTOTUTELA
ADMINISTRATIVO. I – Parecer Vinculante JT-01 analisa o tema “enquadramento dos anistiados da Lei
8.878/1994” e conclui pela impossibilidade de conversão de regimes. II – A referida manifestação, por
tratar do assunto de forma categórica e impor a toda a administração pública federal conformidade com
seu entendimento, ostenta a condição de ato obstativo da decadência para o poder público invalidar os
atos de enquadramento que permitiram a conversão de regimes. III – Inteligência do Parecer nº
004/2009/GT-Transposição/CGU/AGU (JGAS) e do Parecer 012/2011/DECOR/CGU/AGU. IV - O dia
31/12/2007, data de publicação do Parecer Vinculante JT-01, é marco obstativo da decadência
administrativa do poder de revisão dos enquadramentos de anistiados que não preservem o mesmo
regime jurídico aplicado aos mesmos quando da época de seus afastamentos.
Parecer n. 016/2013/DECOR/CGU/AGU.
Aprovado parcialmente pelo Despacho nº 005/2013/DRF/CGU/DECOR/CGU/AGU e pelo Despacho CGU Nº 0499/2013.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=15190682
Anistia política
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ANISTIA POLÍTICA. EX-CABOS DA FAB (PORTARIA 1.104-GM3). PARECERES DA CONJUR/MD
ACERCA DE SUPOSTAS NULIDADES EM ATOS DE COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA.
DEVER DA ADMINISTRAÇÃO DE REVER SEUS PRÓPRIOS ATOS VICIADOS. ART. 53 DA LEI
9.784/99. SÚMULAS 346 E 473 DO STF. REPRESENTAÇÕES QUE DEVEM SEGUIR PELA VIA
HIERÁRQUICA. ART. 116, XII E PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 8.112/90. ATO REGIMENTAL AGU Nº
8/2002. I – A administração Pública tem o dever de anular seus próprios atos viciados, de ofício ou
mediante provocação. II – Sendo da competência da CONJUR/MJ o controle da legalidade dos atos
praticados no âmbito do Ministério da Justiça, as representações formuladas pela CONJUR/MD acerca de
supostas ilegalidades observadas em atos de concessão de anistia devem ser encaminhadas pela via
hierárquica própria.
Parecer n. 107/2010/DECOR/CGU/AGU.
APOSENTADORIA E PENSÃO
Sugestão de revisão do Parecer GQ-131/97 no ponto em que não admite que servidores públicos não
titulares de cargo efetivo que ocupem cargo em comissão se aposentem pelo regime estatutário.
2.Segundo a Lei nº 8.647/93, o servidor ocupante de cargo em comissão que não seja, simultaneamente,
ocupante de cargo ou emprego efetivo na administração pública direta, autárquica e fundacional, não terá
direito aos benefícios do regime estatutário, devendo, obrigatoriamente, vincular-se ao Regime Geral de
Previdência Social de que trata a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Precedentes do STF, do STJ e do
TCU. 3. Desnecessidade de revisão do Parecer GQ-131/97.
Parecer n. 01/2011/DECOR/CGU/AGU.
Página 23
I - Suposto conflito de interpretações entre o Ministério da Justiça e o Ministério da Previdência Social
acerca da expressão “efetivo exercício no serviço público” constante das emendas constitucionais relativas
à aposentadoria dos servidores públicos; II - Manifestação da Consultoria Jurídica do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão; III – Orientações Normativas MPS/SPS nº. 02, de 31 de março de
2009 e MPS/SPS nº 03, de 04 de maio de 2009; IV – Ausência de divergência de interpretação acerca da
expressão “efetivo serviço público” constante do art. 40, II, da Constituição Federal, art. 6º, III, da EC nº.
41/03 e art. 3º, II, da EC nº. 47/05. V – Fixação da interpretação a ser conferida a expressão “que tenha
ingressado no serviço público até 16 de Dezembro de 1998”, constante do art. 3º, caput, da EC nº.
47/2005; VI – Necessária diferenciação entre as expressões constantes do caput e dos incisos do art. 40
da CF, art. 6º da EC nº. 41/2003 e art. 3º EC nº. 47/05.
Parecer n. 028/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10030392
Página 24
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA DOS EMPREGADOS DA CODESP. INVIABILIDADE DE
EXTENSÃO AOS EMPREGADOS NÃO CONTEMPLADOS NOS ACORDOS COLETIVOS FIRMADOS EM
1987. INVIABILIDADE DE SUPRESSÃO DOS BENEFÍCIOS QUE JÁ VEM SENDO PAGOS. I – A
concessão de benefício de complementação de aposentadoria por empresas estatais federais encontra-se
vedada pelo art. 6º do Decreto-Lei 2.355/87. II - A singela menção à existência de sobrepreço complessivo
embutido na tarifa portuária, como fonte suficiente de custeio, não é capaz de demonstrar a viabilidade da
proposta de criação de complementação de aposentadoria frente ao quanto disposto no art. 195, §5º, da
CRFB/88, e nos arts. 16, 17 e 24 da LC 101/00. III – Conforme jurisprudência do TST, não se aplica às
cláusulas que tratam de complementação de aposentadoria previstas em Acordo Coletivo o disposto na
Súmula/TST nº 277, mas o disposto nas Súmulas/TST nº 51 e nº 288. IV- Conforme jurisprudência do
TST, a suposta infringência à sistemática prevista na Lei 6.435/77 e, posteriormente, na LC 109/01, não
isenta do pagamento de complementação de aposentadoria a empresa que se comprometeu a realizá-lo
por meio de Acordo Coletivo.
Parecer n. 12/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9655809
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ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. APOSENTADORIAS CONCEDIDAS ILEGALMENTE. PRINCÍPIO
DA PROTEÇÃO À CONFIANÇA. INCIDÊNCIA DO ART. 54 DA LEI Nº 9.784, DE 1999. SUBMISSÃO AO
PRAZO DECADENCIAL DO DIREITO DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL.
JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO SENTIDO DA COMPLEXIDADE DO ATO
CONCESSIVO DE APOSENTADORIA. APERFEIÇOAMENTO COM O REGISTRO PELOS TRIBUNAIS
DE CONTAS. TERMO A QUO DO QUINQUÊNIO DECADENCIAL. I - As aposentadorias concedidas em
contrariedade à lei se submetem ao princípio da proteção à confiança e, por conseguinte, ao prazo
decadencial do direito de autotutela da Administração Pública Federal, fixado no art. 54 da Lei nº 9.784, de
1999. II - Na análise das aposentadorias e pensões cuja anulação se almeja em razão de eventual vício, é
preciso verificar se ela foi ou não objeto de registro perante o Tribunal de Contas da União e quando este
ocorreu. Não havendo registro, o ato de concessão da aposentadoria não se aperfeiçoou, por ser um ato
complexo, segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Assim, remanesce a possibilidade de
que seja revisto ex officio pela Corte de Contas, assegurados o contraditório e a ampla defesa, se
passados 5 (cinco) anos da data do recebimento pelo Tribunal de Contas da União do ato concessivo de
aposentadoria. Se houve registro, é da data de sua publicação que é contado o prazo decadencial de 5
(cinco) anos, se posterior à entrada em vigor da Lei nº 9.784, de 1999, ou da data em que este diploma
legal entrou em vigor, se anterior. III - Nos termos estabelecidos no item anterior, se do termo a quo
transcorreram menos de 5 (cinco) anos, ainda é possível a revisão da aposentadoria através do exercício
de autotutela da Administração Pública. Porém, se se passaram mais de 5 (cinco) anos e não tiver sido
constatada má-fé e/ ou a prática, dentro desse lustro, de medida impugnativa, a aposentadoria se
consolidou e não pode mais ser reexaminada, vez que operada a decadência do direito de autotutela da
Administração Pública Federal, prevista no art. 54 da Lei nº 9.784, de 1999, em razão da observância do
princípio da segurança jurídica como princípio da proteção à confiança legítima dos administrados.
Parecer n. 015/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/6722471
Acumulação de proventos
Aposentadoria especial
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EMENTA:CONSTITUCIONAL.SERVIDOR PÚBLICO POLICIAL. APOSENTADORIA ESPECIAL. LEI
COMPLEMENTAR Nº 51, DE 1985.PROVENTOS INTEGRAIS E INTEGRALIDADE. REGIME DE
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. I - O entendimento adotado na NOTA n°
033/2011/DEAEX/CGU/AGU - JCMB, a respeito do direito a integralidade e paridade pelos servidores
policiais alcançados pela Lei Complementar nº 51, de 1985, foi superado por aquele adotado a partir do
PARECER Nº 004/2013/JCBM/CGU/AGU, reafirmado no PARECER n. 00010/2014/ASSE/CGU/AGU, no
sentido de que os servidores públicos que ingressaram no serviço público após a Emenda Constitucional
nº 41, de 2003, não possuem direito a integralidade e paridade; II - Proventos integrais e integralidade são
conceitos distintos. O primeiro é espécie de benefício pelo cumprimento integral das regras estabelecidas,
em contraposição aos proventos proporcionais. A integralidade, por sua vez, era a forma de cálculo para
definição do valor do benefício, correspondente à totalidade da remuneração, suprimida pela Emenda
Constitucional nº 41, de 2003; III - A Lei Complementar nº 51, de 1985, assegura o direito a proventos
integrais, mas não a integralidade; IV - Os servidores policiais federais, alcançados pela Lei Complementar
nº 51, de 1985, nomeados a partir de 04 de fevereiro de 2013, submetem-se as regras da previdência
complementar, previstas na Lei nº 12.618 de 2012, por força do que determina os §§ 14 a 16 do art. 40 da
Constituição Federal
Parecer n. 00083/2017/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/61468968
Apostilamento
Pensão civil
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DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PAGAMENTO, PELO
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DA UNIÃO, DE PENSÃO POR MORTE A MENOR SOB
GUARDA DE SERVIDOR PÚBLICO FALECIDO. POSSIBILIDADE. REVOGAÇÃO DO PARECER Nº
047/2010/DECOR/CGU/AGU. 1. A matéria tem merecido do Poder Judiciário, através de iterativas
decisões dos tribunais superiores, entendimento divergente do proferido no PARECER Nº
047/2010/DECOR/CGU/AGU, aprovado pelo Advogado-Geral da União em 28.05.2010, motivo pelo qual
deve ser ele revogado para se conformar à jurisprudência vigente. 2. O Tribunal de Contas da União
comunicou a esta Casa que, após reiterados julgados do Supremo Tribunal Federal, já adotou a mudança,
conforme recente decisão constante do Acórdão nº 2.377/2015-Plenário, publicada no DOU de 13.10.15,
que alterou entendimento adotado no Acórdão 2.515/2011-Plenário. 3. O Supremo Tribunal Federal
pacificou a questão firmando entendimento no sentido de que o art. 217, inciso II, alínea "b" da Lei nº
8.112, de 1990, permaneceu em vigor e que é inaplicável, ao caso, o disposto no art. 5º da Lei nº 9.717/98.
(MS 31.658, Ag.R/DF, DJe 05.11.14)
Parecer n. 009/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/9041266
Revisão de proventos
Direito Administrativo. Prazo para exercer a pretensão de revisar aposentadoria estatutária. Prescrição do
fundo de direito prevista no art. 1.º do Decreto Nº 20.910/32. Contagem a partir da publicação do ato de
aposentadoria. Inocorrência de decadência em razão da inexistência de ilegalidade. Inaplicabilidade dos
arts. 53 e 54 Lei Nº 9.784/99. Sugestão de alteração das conclusões firmadas na Nota DECOR/CGU/AGU
Nº 395/2007 – PCN.
Parecer n. 171/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=13033368
Página 28
'OPÇÃO DE FUNÇÃO' NOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA E POSTERIOR ALTERAÇÃO NA
ESTRUTURA REGIMENTAL OU NO QUADRO DEMONSTRATIVO DO RESPECTIVO CARGO EM
COMISSÃO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA – AUSÊNCIA DE ATUALIZAÇÃO DOS PROVENTOS – (DES)
NECESSIDADE DE REPOSIÇÃO AO ERÁRIO – FIXAÇÃO DO MARCO TEMPORAL PARA FINS DE
REVISÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. I – Opina-se pela inviabilidade jurídica de atualização dos
proventos de aposentadoria, em relação à “opção de função”, caso haja posterior alteração na estrutura
regimental ou no quadro demonstrativo do respectivo cargo em comissão ou função de confiança, nos
moldes do artigo 5º, § 1º, da Orientação Normativa SEGEP nº 1/2014; II – Entende-se que os valores
pagos até a edição da ‘Orientação Normativa SEGEP nº 1/2014’ (03/02/2014), a título de atualização do
montante relativo à “opção de função”, em virtude de alteração na estrutura regimental ou no quadro
demonstrativo do respectivo cargo em comissão ou função de confiança, não estão sujeitos à restituição
ao erário, ressalvada a existência de eventual manifestação administrativa contrária à atualização da
vantagem “opção de função” em caso específico, hipótese em que será devida a restituição ao erário a
partir da ciência pelo beneficiário de tal pronunciamento administrativo; e III – Infere-se, em relação à
fixação do marco temporal a ser observado para fins de adoção das medidas revisionais, que, se a
atualização da parcela referente à ‘opção de função’ nos proventos de aposentadoria foi efetivada ANTES
da ‘homologação da concessão inicial’ por parte do Tribunal de Contas da União, o prazo decadencial de
cinco anos se inicia a partir da data da publicação da ‘homologação da concessão inicial’ pelo TCU. Por
outro lado, se a atualização da parcela referente à “opção de função” nos proventos de aposentadoria foi
efetivada DEPOIS da ‘homologação da concessão inicial’ pelo TCU, o prazo decadencial de cinco anos se
inicia com a percepção do primeiro pagamento pelo beneficiário, ressalvando-se, em ambos os casos, a
existência de má-fé por parte do favorecido.
Parecer n. 015/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/1535564
ASSESSORAMENTO JURÍDICO
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ASSESSORAMENTO JURÍDICO. COMANDO DO EXÉRCITO NO PARANÁ. RECUSA DO COMANDO DA
5ª REGIÃO MILITAR/5ª DIVISÃO DO EXÉRCITO. SUBMISSÃO À ASSESSORIA JURÍDICA DO NÚCLEO
DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO EM CURITIBA. DETERMINAÇÃO. SECRETARIA DE ECONOMIA E
FINANÇAS DO EXÉRCITO (SEF). 1. Compete aos Núcleos de Assessoramento Jurídico prestar as
atividades de consultoria e assessoramento aos órgãos da Administração Federal situados no Estado em
que se encontram localizados. Posto isto, indiscutível que a competência do NAJ em Curitiba abrange o
assessoramento do Comando da 5ª Região Militar, não podendo referido órgão valer-se de assessoria
proveniente de outro órgão. 2. O aludido órgão, por controlar toda a rotina dos Comandos Militares, deverá
comunicar aos mesmos a necessidade de remessa dos autos ao Núcleo de Assessoramento Jurídico
situado em seu Estado, a fim de que seja prestada a devida assessoria jurídica. 3. A questão tratada nos
autos foi objeto dos Despachos do Consultor-Geral da União nºs 409, 410 e 411, de 2008, aprovados pelo
Advogado-Geral da União, em que ficou consignado que o assessoramento jurídico aos órgãos da
Administração Pública Federal direta compete exclusivamente à AGU e a seus órgãos.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 035/2007-PCN.
Página 30
ASSESSORAMENTO JURÍDICO. PROCESSO DE CONCILIAÇÃO. ATUAÇÃO. UNIDADES FORA DO
DISTRITO FEDERAL. COMPETÊNCIA. NÚCLEOS DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO. ADVOCACIA-
GERAL DA UNIÃO. INCIDENTE. MEDIDAS VOLUNTARISTAS. 1. As medidas voluntaristas, ainda que
bem intencionadas, não podem se sobrepor ao marco normativo que baliza a atuação das unidades da
Advocacia-Geral da União, nem ao princípio hierárquico. 2. Arquivamento dos autos.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 064/2009-MCL.
Página 31
DIREITO ADMINISTRATIVO. ASSESSORAMENTO JURÍDICO. DESNECESSIDADE DE ANÁLISE
JURÍDICA INDIVIDUALIZADA. ORIENTAÇÃO NORMATIVA AGU n.º 55/2014. EMISSÃO DE
MANIFESTAÇÃO JURÍDICA REFERENCIAL. NECESSIDADE DE CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS
ESTAMPADOS NA ORIENTAÇÃO NORMATIVA AGU n.º 55/2014. Entende-se que a existência de
manifestação jurídica referencial e a obediência a todos os requisitos constantes da Orientação Normativa
AGU n.º 55/2014 justificam a desnecessidade de análise jurídica individualizada dos processos que cuidam
de indenização pelo sacrifício de bovino positivo para tuberculose.
Parecer n. 72/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/4490062
Página 32
Projeto de cooperação CBERS-3 e CBERS-4. Inexistência de erro grosseiro ou exorbitância de
competência pelo NAJ/SJC. Denúncia de irregularidades no âmbito do INPE. Necessidade de
comunicação dos fatos à CGU e TCU. I - Conforme pareceres exarados nos processos NUP
00400.003806/2010-27 e NUP 00461.0001932/2010-51, não se constatam, na atuação do NAJ/SJC, as
irregularidades apontadas pelo INPE, tendo o referido órgão da AGU atuado dentro de sua competência,
jungido ao ordenamento pátrio. II – Compete à AGU, nos termos dos arts. 131 da CRFB e 1º da LC 73/93,
com exclusividade, prestar consultoria e assessoramento jurídico aos órgãos do Poder Executivo Federal,
sendo nulos os pareceres formulados em afronta a esta competência. III – Compete ao NAJ/SJC noticiar
aos órgãos de controle as irregularidades encontradas na atuação do INPE.
Parecer n. 152/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9383145
ATO ADMINISTRATIVO
Anulação/revogação
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ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PENSÕES CONCEDIDAS ILEGALMENTE. PRINCÍPIO DA
PROTEÇÃO À CONFIANÇA. INCIDÊNCIA DO ART. 54, DA LEI Nº 9.784/1999. SUBMISSÃO AO PRAZO
DECADENCIAL DO DIREITO DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL.
JURISPRUDÊNCIA DO STF NO SENTIDO DA COMPLEXIDADE DO ATO CONCESSIVO DE
BENEFÍCIO. APERFEIÇOAMENTO COM O REGISTRO PELO TCU. TERMO A QUO DO QUINQUÊNIO
DECADENCIAL. RESSARCIMENTOS DOS VALORES PERCEBIDOS AO ERÁRIO. PARECER AGU Nº
GQ-161 e ENUNCIADO Nº 34, DA SÚMULA DA AGU. I – As pensões concedidas em contrariedade à lei
se submetem ao princípio da proteção à confiança e, por conseguinte, ao prazo decadencial do direito de
autotutela da Administração Pública Federal, fixado no art. 54, da Lei nº 9.784/1999; II – Tendo em vista o
posicionamento do eg. STF no sentido de que o ato concessivo de benefício é complexo, somente se
perfazendo com o registro levado a cabo pelo eg. TCU, é a partir da publicação deste que se inicia o lustro
decadencial, se posterior à Lei nº 9.784/1999, ou da entrada em vigor desse diploma legal, se anterior.
Assim, enquanto tal prazo não tiver se exaurido, ou se constatada má-fé ou a apresentação de
impugnação tempestiva que afastem a decadência, é lícito à Administração Pública Federal promover a
anulação do ato de outorga da pensão; III – Decaído o direito de autotutela em relação ao ato que
concedeu a pensão, os pagamentos dele decorrentes são considerados devidos, ficando defesa a
exigência de restituição; IV – Todavia, não decaído esse mesmo direito em razão de má-fé do beneficiário,
a reposição é obrigatória. V – De outro lado, se a decadência não se operou em razão de impugnação
tempestiva, a restituição fica dispensada se o pagamento teve por origem errônea ou equivocada
interpretação da lei de incidência pela Administração Pública Federal, conforme o Parecer AGU nº GQ-161
e o Enunciado nº 34, da Súmula da AGU.
Parecer n. 054/2011/DECOR/CGU/AGU.
Página 34
DIREITO ADMINISTRATIVO. NOMEAÇÃO DE REITOR DE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM CASO DE RENÚNCIA DO SEU ANTECESSOR. LEI Nº 11.892, DE 29 DE
DEZEMBRO DE 2008. DECRETO Nº 6.986, DE 20 DE OUTUBRO DE 2009. I – A edição de decreto
presidencial em matéria de organização e funcionamento da Administração (art. 84, VI, “a”, da
Constituição) vincula a atuação administrativa no âmbito do Poder Executivo. II – O Presidente da
República possui atribuição constitucional privativa para a edição de decretos desses jaez, entretanto,
eventuais alterações desses atos normativos devem ser objeto de atos de mesma natureza, com essa
finalidade. III – O processo de escolha e indicação de um candidato ao cargo de reitor, previsto na Lei nº
11.892, de 29 de dezembro de 2008, deve observar a Lei e o regulamento ditado pelo Decreto nº 6.986, de
20 de outubro de 2009, enquanto não alterado por decreto superveniente. IV – A duração do mandato
extinto prematuramente, contudo, não é elemento do ato administrativo, mas decorre da lei e, no caso sob
exame, do decreto presidencial, motivo pelo qual, desde que alterado o Decreto nº 6.986, de 2009, para a
fixação de mandato de quatro anos em qualquer hipótese, será lícita a convalidação do ato presidencial
considerando-se o seu vício de forma.
Parecer n. 06/2015/DECOR/CGU/AGU.
DESPACHO n. 0015/2015/CGOR/DECOR/CGU/AGU Trata-se do PARECER Nº 06/2015/DECOR/CGU/AGU, no qual o Advogado
da União Dr. Marco Aurélio Caixeta conclui pela necessidade de ratificação do ato presidencial de nomeação do Reitor do Instituto
Federal do Paraná - IFPR. A invalidade do referido ato, segundo o opinativo em análise, consistiria na violação, pelo Decreto
expedido pela Presidência da República para a nomeação da referida autoridade, da norma do §2º do art. 12 do Decreto nº
6.986/09, que assim dispõe: “Art. 12. Os mandatos de Reitor e de Diretor-Geral de campus serão extintos nas seguintes hipóteses:
(...); IV - renúncia; (...). § 1º Na ocorrência de vacância do cargo de Reitor ou de Diretor-Geral de campus antes do término do
respectivo mandato, assumirá o seu substituto, que adotará as providências para a realização, em prazo não superior a noventa
dias, de novo processo de consulta. § 2º O candidato eleito no processo de consulta referido no § 1º exercerá o cargo em caráter
pro tempore, pelo período correspondente ao restante do mandato do seu antecessor. § 3º A investidura para complementação de
mandato de que trata o § 2º, por prazo inferior a dois anos, não será computada para fins do disposto no caput do art. 12 da Lei nº
11.892, de 2008.” Conforme se extrai dos autos, ao atual Reitor da IFPR, nomeado em razão da renúncia de seu antecessor, foi
conferido mandato de 4 (quatro) anos, diferentemente do que prescreve o citado §2º do art. 12 do Decreto nº 6.986/09, que, em tais
hipóteses, prevê o exercício do cargo em caráter pro tempore, pelo período correspondente ao restante do mandado do Reitor
renunciante. A tese jurídica adotada no opinativo em apreço foi a de que um "ato individual", mais precisamente, o decreto de
nomeação do Reitor do IFPR, não tem o condão de alterar um "ato normativo", a saber, o citado Decreto nº 6.986/09. Defende-se,
nesse sentido, que a ratificação do referido ato de nomeação depende da alteração do Decreto nº 6.986/09, "de forma a alterar a
previsão nele contida em relação aos mandatos pro tempore, que passaria a vigorar de forma geral e abstrata, passando a prever o
mandato de quatro anos em qualquer espécie". Nada obstante, seguindo a linha de entendimento esposada pela Procuradoria-Geral
Federal e pela Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil/PR, entendo que, em se tratando o Decreto nº 6.986/09 e o Decreto
de nomeação do Reitor do IFPR de atos de mesma hierarquia e provenientes da mesma autoridade, não há que se cogitar da
ilegalidade do segundo, mas, sim, de se tratar de uma exceção à regra geral imposta pela Presidência da República. Segundo bem
ressalta a PGF, a Exma. Sra. Presidenta da República decidiu mais apropriada a nomeação do Reitor do IFPR "para cumprir
mandato de 4 anos, em vez de aplicar a regra insculpida nos §§ 1º e 2º do art. 12 do Decreto nº 6.986, de 20 de outubro de 2009,
que prescreve o exercício do cargo em caráter pro tempore, pelo período correspondente ao restante do mandato do seu
antecessor". Importa ressaltar, ademais, que, previamente à assinatura do Decreto de nomeação do Reitor da IFPR, a Subchefia
para Assuntos Jurídicos da Casa Civil/PR manifestou-se especificamente a respeito da possibilidade jurídica de nomeação para o
período de 4 (quatro) anos, concluindo expressamente no sentido de que "a norma para os mandatos parciais consta, apenas, de
decreto", sendo possível, portanto, "ser alterada ou excepcionada em caso concreto por ato do Presidente da República". Fica claro,
portanto, que a nomeação do Reitor da IFPR para um mandato de 4 (quatro) anos não se deu por erro ou por olvido da norma do
art. 12, §2º, do Decreto nº 6.986/09, mas pela expressa determinação da Presidência da República, que, dentro dos limites de sua
competência legal, decidiu pelo estabelecimento de exceção à regra geral estabelecida no referido dispositivo regulamentar. Assim,
nos termos do exposto, sugiro seja adotado o entendimento de que não há ilegalidade no ato presidencial em apreço, não se
fazendo necessária a ratificação do Decreto de nomeação do atual Reitor do IFPR.(...)
https://sapiens.agu.gov.br/documento/266297
COMPETÊNCIA
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I. Pelo que estabelece o art. 23, da Lei nº 11.457/07, compete à PGFN a cobrança judicial de créditos
rurais cedidos à União pelo Banco do Brasil S/A nos termos da Medida Provisória nº 2.196-3/2001. II.
Revisão da NOTA Nº 2004/AGU/CGU/DECOR/SFT046/2004 já operada pela NOTA DECOR/CGU/AGU Nº
139/2007. III. Inconstitucionalidade formal do art. 23 da Lei nº 11.457/07, em face do disposto no art. 131,
da Constituição Federal, defendida pela Consultoria-Geral da União.
Parecer n. 017/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12330995
Página 36
“PROJETO MAIS MÉDICOS PARA O BRASIL”. LEI 12.871/2013. ATUAÇÃO DOS MÉDICOS
INTERCAMBISTAS. EXPEDIÇÃO DE ATESTADOS. REQUISIÇÃO DE EXAMES. PRESCRIÇÃO DE
MEDICAMENTOS. REALIZAÇÃO DE PERÍCIA. I – Os médicos intercambistas do “Projeto Mais Médicos
para o Brasil” detêm habilitação legal para, exclusivamente, em atividades de integração ensino-serviço, no
âmbito da atenção básica em saúde, expedir atestados, requisitar exames, prescrever medicamentos e
realizar laudos, possuindo tais documentos plena validade jurídica, sem que, para tal, seja necessária a
assinatura do respectivo supervisor ou do tutor acadêmico; e II – Os médicos intercambistas do “Projeto
Mais Médicos para o Brasil” não possuem permissão legal para atuar na condição de ‘Perito Médico
Previdenciário’, cargo previsto no art. 30 da Lei 11.907/2009, ou de ‘Perito Médico Judicial’, na forma do
art. 421 do CPC, tendo em vista que tais funções não estão abrangidas dentre as vertentes de atuação do
Projeto no âmbito da atenção básica em saúde.
Parecer n. 061/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/396589
Página 37
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.
CUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL SEM TRÂNSITO EM JULGADO. DELEGAÇÃO.
REINTEGRAÇÃO. MINISTRO DE ESTADO. I - Está implícita na delegação conferida aos Ministros de
Estado e ao Advogado-Geral da União, pelo inciso IV do art. 1º do Decreto nº 3.035, de 1999, a atribuição
para também reintegrar ex-servidores em cumprimento de decisão judicial, quando não transitada em
julgado.
Parecer n. 039/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/2464817
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COMPETÊNCIA.CONSULTORIAS JURÍDICAS. COORDENAÇÃO ÓRGÃOS JURÍDICOS ENTIDADES
VINCULADAS. TUTELA MINISTERIAL. ANÁLISE. INTERPRETAÇÃO ART. 11, INCISOS II E IV LC Nº.
73/93. I - As atividades de orientação, coordenação e controle das atividades das Companhias Docas por
parte da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República não se encontram esvaziadas pela
atuação de outros órgãos de controle da Administração Direta sobre tais entidades. II - Compete ao titular
da mencionada Secretaria proceder à apuração e cobrar providências pertinentes para a correção de
situações de ilegalidade encontradas nas entidades vinculadas, notadamente quando relacionada a
atividade-meio e respeitada, em qualquer hipótese, a autonomia necessária ao desempenho da respectiva
atividade-fim pelas mesmas. III - A atribuição conferida pelo art. 11, inciso V, da Lei Complementar nº.
73/93 às Consultorias Jurídicas não permite concluir competir às mesmas proceder, pessoalmente e
independentemente de provocação, qualquer atividade de controle administrativo sobre os atos praticados
no âmbito do próprio Ministério e daqueles oriundos de órgão ou entidade sob sua coordenação jurídica,
ainda que se trate de órgãos jurídicos. A atuação das Consultorias Jurídicas é limitada à manifestação
jurídica pertinente à atividade de controle a ser realizada exclusiva e diretamente pela autoridade
assessorada. IV - A atribuição conferida pelo art. 11, II, da Lei Complementar nº. 73/93 às Consultorias
Jurídicas encerra a condução da orientação a ser seguida na área de atuação da entidade vinculada
acerca da interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais atos normativos, com a
observância das interpretações fixadas pela Consultoria ou Assessoria Jurídica que contem com a
aprovação do Ministro ou Secretário de Estado, a atuação na identificação de controvérsias e identificação
de questões jurídicas relevantes a serem acompanhadas diretamente pelo consultivo ou contencioso da
Advocacia-Geral da União. V - Equívoco da atuação outrora engendrada pela Consultoria Jurídica do
Ministério dos Transportes. Impossibilidade de atuação análoga por parte da Assessoria Jurídica da
Secretaria Especial de Portos. Mudança de entendimento no seio da Administração Pública. Efeitos
prospectivos. Respeito à segurança jurídica.
Parecer n. 051/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12368867
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ANISTIA POLÍTICA PREVISTA NO ART. 8.º DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DE 1988 E
REGULAMENTADA PELA LEI Nº 10.559/2002. JULGADOS RELATIVOS A ANISTIADOS DA MARINHA
DO BRASIL. COMPETÊNCIA PARA EXECUÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS. ART. 18 DA LEI Nº
10.559/2002. I – O cumprimento das decisões judiciais relativas a anistiados políticos pressupõe a
compreensão da prevalência das decisões judiciais sobre as administrativas e a análise cuidadosa dos
termos das decisões emanadas do Poder Judiciário. II – As regras gerais previstas no art. 18 da Lei Nº
10.559/2002 sobre a competência em sede de anistia administrativa também podem ser aplicadas às
anistias determinadas ou reformadas por decisão judicial.
Parecer n. 104/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=8067357
AÇÕES JUDICIAIS. Revisão da Ordem de Serviço AGU nº 001/2002 quanto à definição do órgão que deve
representar judicialmente a União nas ações em que se discute o reenquadramento de Municípios, para
fins de percepção de valores atinentes ao Fundo de Participação dos Municípios. Sugestão de alteração da
norma para definir a competência dos órgãos de execução da Procuradoria-Geral da União, e não mais da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
Parecer n. 103/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12351052
ÓRGÃO EXTINTO – REDISTRIBUIÇÃO NÃO EFETIVADA – EXERCÍCIO NO DNER – ART. 117, da LEI
Nº 10.233, DE 2001 – PENSIONISTAS DO EXTINTO DNER – MORTE DO SERVIDOR APÓS A
EXTINÇÃO DO ÓRGÃO – COMPETÊNCIA DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES, POR FORÇA DO
ART. 117, DA LEI 10.233 DE 2001. I-Compete ao Ministério dos Transportes, em atenção ao art. 117, da
Lei nº 10.233, de 2001, pagar a pensão de servidores oriundos do DNER que não foram redistribuídos.
Parecer n. 175/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12957865
Página 40
ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. UNIDADE DE ASSESSORAMENTO JURÍDICO DO SERVIÇO
FLORESTAL BRASILEIRO – SFB. AUTONOMIA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA DO SFB
GARANTIDA POR CONTRATO DE GESTÃO FIRMADO COM A UNIÃO, POR INTERMÉDIO DO
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – MMA. ART. 37, § 8, DA CF, E ART. 67, DA LEI Nº 11.284/2006.
POSSIBILIDADE DE QUE EXISTAM ÓRGÃOS JURÍDICOS EM ÓRGÃOS AUTÔNOMOS ADMITIDA
PELA LEI ORGÂNICA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – AGU. ART. 11, III, DA LC Nº 73/1993.
RECONHECIMENTO COMO ÓRGÃO PERTENCENTE À ESTRUTURA DA AGU. ART. 131, CAPUT, DA
CF. SUPERAÇÃO DO ENTENDIMENTO OUTRORA FIRMADO NA NOTA DECOR/CGU/AGU Nº
344/2007-PGO. I – O fato de o SFB ser órgão autônomo, qualificação que lhe é garantida pela celebração
de contrato de gestão com a União, por intermédio do MMA, nos termos do art. 37, § 8º, da CF, e do art.
67, da Lei nº 11.284/2006, permite que possua órgão jurídico para lhe prestar consultoria e
assessoramento jurídicos, conforme admite o art. 11, da LC nº 73/1993; II – Em razão do que dispõe o
aludido art. 11, III, da LC nº 73/1993, e o art. 131, caput, da CF, a Unidade de Assessoramento Jurídico do
SFB deve ser reconhecida como órgão integrante da estrutura da AGU; III – Superação do entendimento
contrário esposado na NOTA DECOR/CGU/AGU Nº 344/2007-PGO.
Parecer n. 22/2012/DECOR/CGU/AGU.
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DIREITOS CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS FUNERÁRIOS
PARA ATENDIMENTO DE COMUNIDADES INDÍGENAS, EM FACE DA TUTELA ESTATAL. DIREITO À
SAÚDE. Justifica-se a contratação de serviços funerários para atendimento de comunidades indígenas,
em face da tutela estatal prevista constitucionalmente, por repercutirem em questões afetas à saúde, ao
controle de proliferação de doenças, à proteção do meio-ambiente, à defesa de valores sociais, culturais,
tradicionais e religiosos.
Parecer n. 54/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=19881201
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DIREITO AERONÁUTICO – INFRAESTRUTURA AEROPORTUÁRIA CIVIL – BENS IMÓVEIS
MILITARES – COMPETÊNCIA PARA ADMINISTRAÇÃO – COMANDO DA AERONÁUTICA –
SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. 1. A partir da vigência do art.
24-D da Lei nº 10.683/2003, a competência para administrar os bens situados em zonas de aeródromos
públicos civis é da SAC-PR, mesmo que ainda não lhe tenham sido formalmente destinados no âmbito
interno da União. 2. Os atos normativos infralegais editados com base na legislação anterior não mais
possuem sustentáculo e perderam sua vigência, independentemente de qualquer situação meramente
administrativa. 3. Os bens militares com utilização momentânea civil, mas com previsão objetiva de uso
militar posterior, em momento algum deixaram de possuir natureza castrense. Logo, é possível a utilização
destes bens na concessão para exploração de infraestrutura aeroportuária civil, sob as diretrizes da SAC-
PR e fiscalização da ANAC, até que seja retomado o uso militar.
PARECER n. 065/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/169436
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CEBAS: ÓRGÃO FEDERAL COMPETENTE PARA REPRESENTAR A UNIÃO EM JUÍZO –
VERIFICAÇÃO DA AUSÊNCIA DE FINALIDADE LUCRATIVA DA ENTIDADE – NATUREZA VINCULADA
DO ATO DE CERTIFICAÇÃO. I - No que tange ao órgão federal competente para representar em juízo a
União nas ações relativas ao CEBAS, se: I.a) a entidade, no processo judicial, requerer, apenas, a
‘certificação’, com base nos artigos 1º, 3º e 4º a 11 (saúde), ou, 12 a 17 (educação), ou, 18 a 20
(assistência social), todos da Lei nº 12.101/2009, a atribuição é de umas das unidades da Procuradoria-
Geral da União; I.b) a pessoa jurídica, no processo judicial, pleitear, somente, a “isenção” (imunidade)
tributária, com fulcro no art. 29 da Lei nº 12.101/2009, a incumbência é de umas das unidades da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional; e I.c) a entidade, no processo judicial, requerer tanto a
‘certificação’, embasada nos artigos 1º, 3º e 4º a 11 (saúde), ou, 12 a 17 (educação), ou, 18 a 20
(assistência social), todos da Lei nº 12.101/2009, quanto a “isenção” (imunidade) tributária, com esteio no
art. 29 da Lei nº 12.101/2009, a atribuição é de umas das unidades da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional; II - Compete aos Ministérios certificadores (MS, MEC e/ou MDS) aferir, de modo exauriente, a
ausência de finalidade lucrativa da respectiva pessoa jurídica, com a análise, para tal, dos documentos
pertinentes, tais como, dos atos constitutivos, das demonstrações contábeis, dentre outros; e III - O ato
administrativo de certificação/renovação do CEBAS é inteiramente vinculado, não comportando
flexibilização, pela “técnica da ponderação”, dos requisitos exigidos na legislação aplicável.
Parecer n. 055/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/3242932
Página 44
DIREITO ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA DE ÓRGÃO PÚBLICO PARA REMOÇÃO DE
DESTROÇOS DE EMBARCAÇÃO. I – Competência para adotar providências tendentes a retirar os
destroços da embarcação denominada Navio Recreio de praia da União, no Município de Santos – SP. II –
A competência da Secretaria do Patrimônio da União - SPU para adotar as providências necessárias à
solução do problema decorre do fato de que os destroços estão localizados em praia de propriedade da
União, sendo recomendável que atue em conjunto com o Ministério da Defesa (Comando da Marinha),
dadas as competências atribuídas pela Lei nº 7.542, de 26 de setembro de 1986, à Autoridade Naval.
Parecer n. 05/2016/DECOR/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00062/2017/DECOR/CGU/AGU Aprovo o Parecer nº 5/2016/DECOR/CGU/AGU, nos precisos termos do Despacho
nº 46/2017/CGAPS-Decor/CGU/AGU. Na forma do art. 2º Lei nº 7.542, de 1986, e acerca das "coisas ou bens afundados,
submersos, encalhados e perdidos em águas sob jurisdição nacional, em terrenos de marinha e seus acrescidos e em terrenos
marginais, em decorrência de sinistro, alijamento ou fortuna do mar", compete ao Comando da Marinha as atribuições de
"coordenação, controle e fiscalização" das atividades de "pesquisa, exploração, remoção e demolição". Nestes termos, e em
princípio, a responsabilidade pela execução direta da atividade de "remoção" dos referenciados bens e coisas não foi conferida ao
Comando da Marinha, o qual possui, entretanto, as competências voltadas para coordenar, controlar e fiscalizar a remoção.
Registre-se, ainda, que compete ao Comando da Marinha solicitar ao responsável pelas coisas ou bens sua remoção ou demolição,
no todo ou em parte, "quando constituírem ou vierem a constituir perigo, obstáculo à navegação ou ameaça de danos a terceiros ou
ao meio ambiente" - art. 5º Lei nº 7.542, de 1986. Nestes termos, não apenas para fins de segurança da navegabilidade, mas
também para fins de evitar perigo de dano a terceiros ou ao meio ambiente, o Comando da Marinha poderá demandar a adoção das
medidas necessárias para a remoção das coisas e bens. Observa-se que, na espécie, os destroços da embarcação referenciada
nestes autos ("Navio Recreio") estão no local há mais de quarenta anos e que, segundo se extrai da Nota nº
2877-5.12/2014/RMD/CONJUR-MP/CGU/AGU (seq. 01, elemento nº 05, p. 02/06), trata-se de bem móvel já incorporado ao
patrimônio da União, ainda que sem significativo valor comercial. Neste sentido, aplica-se ao caso o disposto nos arts. 5º, 17 e 27
da Lei nº 7.542, de 1986, de forma que, caso haja interesse público na remoção ou demolição, poderá o Comando da Marinha
executar os atos materiais de remoção diretamente, ou mediante licitação, ou solicitar que o responsável o faça: Art 5º A
Autoridade Naval, a seu exclusivo critério, poderá determinar ao responsável por coisas ou bens, referidos no art. 1º desta lei, sua
remoção ou demolição, no todo ou em parte, quando constituírem ou vierem a constituir perigo, obstáculo à navegação ou ameaça
de danos a terceiros ou ao meio ambiente. Parágrafo único. A Autoridade Naval fixará prazos para início e término da remoção ou
demolição, que poderão ser alterados, a seu critério. ... Art 17. A Autoridade Naval, quando for de seu interesse, poderá pesquisar,
explorar, remover e demolir quaisquer coisas ou bens referidos no art. 1º desta lei, já incorporados ao domínio da União. ... Art 27.
Nos casos em que exista interesse público na remoção ou demolição de embarcações ou quaisquer outras coisas ou bens referidos
no art. 1º desta lei, e já incorporados ao domínio da União, a Autoridade Naval poderá vendê-los, em licitação ou hasta pública, a
quem se obrigue a removê-los ou demoli-los no prazo por ela determinado. ... Em ligeira síntese, portanto, extrai-se que a Lei nº
7.542, de 1986, como regra, não confere ao Comando da Marinha a incumbência para executar materialmente as atividades de
remoção das coisas e bens de que trata seu art. 1º, atribuindo-lhe as atividades de coordenação, controle e fiscalização das
remoções, contudo, caso haja interesse público, como nas hipóteses de risco de dano a terceiros ou ao meio ambiente, poderá o
Comando da Marinha executar diretamente as atividades de remoção de embarcações, como também poderá fazê-lo mediante
licitação. Nestes termos, interpretação sistemática dos arts. 5º, 17, e 27 da Lei nº 7.542, de 1986, revela que, na espécie, cumpre ao
Comando da Marinha coordenar, controlar e fiscalizar as atividades de remoção na espécie, devendo avaliar não apenas se há ou
não perigo ou obstáculo à navegação, mas também se há ou não "ameaça de danos a terceiros ou ao meio ambiente", consoante
art. 5º da Lei nº 7.542, de 1986; e, nestes casos, poderá a referenciada Força demandar ao responsável que faça a devida remoção.
Como os bens a serem removidos foram incorporados ao patrimônio da União, há respaldo jurídico, em tese, para que o Comando
da Marinha solicite que a Secretaria de Patrimônio da União adote as providências necessárias para a remoção. Outrossim,
considerando que os bens já se incorporaram ao patrimônio da União, poderá também o Comando da Marinha remover diretamente
os destroços, ou realizar licitação para tal finalidade, consoante arts. 17 e 27 da referenciada lei, consoante já consolidado neste
Despacho. O poder discricionário conferido ao gestor encontra-se estritamente vinculado ao dever de buscar a satisfação do
interesse público. Realçando que, mesmo no exercício deste poder discricionário, o administrador encontra-se vinculado aos fins
públicos, devendo sempre adotar a “providência ótima” voltada para seu alcance, passa-se a reproduzir os lúcidos e irretocáveis
ensinamentos de Celso Antônio Bandeira de Mello: Uma das grandes distinções que se faz entre os atos administrativos e à qual se
atribui o maior relevo, com justa razão, é a que os separa em atos vinculados e “discricionários”. Em rigor, estes últimos só se
nominariam adequadamente como “atos praticados no exercício de competência discricionária”. Com efeito, a dicção “ato
discricionário”, só pode ser tolerada como uma forma elíptica de dizer “ato praticado no exercício de competência ensejadora de
certa discrição” e, mesmo assim, cumpre advertir que a impropriedade da nomenclatura corrente (que leva à oposição ato
discricionário/ato vinculado) é causa de inúmeros e graves equívocos jurídicos. ... Atos “discricionários”, pelo contrário, seriam os
que a Administração pratica com certa margem de liberdade de avaliação ou decisão segundo critérios de conveniência e
oportunidade formulados por ela mesma, ainda que adstrita à lei reguladora da expedição deles. A diferença nuclear entre ambos
residiria em que nos primeiros a Administração não dispõe de liberdade alguma, posto que a lei já regulou antecipadamente em
todos os aspectos o comportamento a ser adotado, enquanto nos segundos a disciplina legal deixa ao administrador certa liberdade
para decidir-se em face das circunstâncias concretas do caso, impondo-lhe e simultaneamente facultando-lhe a utilização de
critérios próprios para avaliar ou decidir quanto ao que lhe pareça ser o melhor meio de satisfazer o interesse público que a norma
legal visa a realizar. ... Em suma: discricionariedade é liberdade dentro da lei, nos limites da norma legal, e pode ser definida como:
“A margem de liberdade conferida pela lei ao administrador a fim de que este cumpra o dever de integrar com sua vontade ou juízo
a norma jurídica, diante do caso concreto, segundo critérios subjetivos próprios, a fim de dar satisfação aos objetivos consagrados
no sistema legal”. Não se confundem discricionariedade e arbitrariedade. Ao agir arbitrariamente o agente estará agredindo a ordem
jurídica, pois terá se comportado fora do que lhe permite a lei. Seu ato, em conseqüência, é ilícito e por isso mesmo corrigível
judicialmente. Ao agir discricionariamente o agente estará, quando a lei lhe outorga tal faculdade (que é simultaneamente um dever),
cumprindo a determinação normativa de ajuizar sobre o melhor meio de dar satisfação ao interesse público por força de
determinação legal quanto ao comportamento adequado à satisfação do interesse público no caso concreto. Em rigor, não há,
realmente, ato algum que possa ser designado, com propriedade, como ato discricionário, pois nunca o administrador desfruta de
liberdade total. O que há é exercício de juízo discricionário quanto à ocorrência ou não de certas situações que justificam ou não
certos comportamentos e opções discricionárias quanto ao comportamento mais indicado para dar cumprimento ao interesse
público in concreto, dentro dos limites em que a lei faculta a emissão deste juízo ou desta opção. ... Assim, a discricionariedade
existe, por definição, única e tão-somente para proporcionar em cada caso a escolha da providência ótima, isto é, daquela que
realize superiormente o interesse público almejado pela lei aplicanda. Não se trata, portanto, de uma liberdade para a Administração
decidir a seu talante, mas para decidir-se do modo que torne possível o alcance perfeito do desiderato normativo. Logo, para
verificar-se se o ato administrativo se conteve dentro do campo em que realmente havia discrição, isto é, no interior da esfera de
opções legitimas, é preciso atentar para o caso concreto. Esta esfera de decisão legítima compreende apenas e tão-somente o
campo dentro do qual ninguém poderá dizer com indisputável objetividade qual é a providência ótima, pois mais de uma seria
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igualmente defensável. Fora daí não há discrição. (In Curso de Direito Administrativo, Malheiros, 17ª ed., p. 394 e ss.) É certo que
aos arts. 5º e 17 da Lei nº 7.542, de 1986, já reproduzidos, delimitam que "a seu exclusivo critério" e "quando for de seu interesse" o
Comando da Marinha poderá, respectivamente, a) adotar medidas junto aos responsáveis para que removam os bens e coisas que
possam vir a causar danos a terceiros, ao meio ambiente, ou à segurança da navegação; ou b) poderá diretamente executar as
atividades de remoção. Contudo, mesmo nos atos administrativos discricionários, o gestor da res pública se encontra obrigado a
adotar a decisão que melhor salvaguarde o interesse público. Por outro lado, observa-se que as praias, na forma do art. 10, Lei nº
7.661, de 1988, são bens públicos de uso comum do povo, de livre e franco acesso a elas e ao mar. Neste sentido, cumpre à SPU
adotar as medidas administrativas que se fizerem necessárias para que as praias sejam preservadas e usufruídas em segurança
pela sociedade. De fato, na forma do art. 30, inciso I, do Decreto nº 8.818, de 2016, cumpre à SPU, dentre outras atribuições, zelar
pela conservação do patrimônio da União. Nestes termos, também cumpre à Secretaria de Patrimônio da União adotar as
providências administrativas necessárias para a remoção de destroços de navio incorporados ao seu patrimônio, mediante atuação
conjunta com o Comando da Marinha, nos termos da Lei nº 7.542, de 1996. Os órgãos públicos envolvidos nesta celeuma,
portanto, possuem atribuição conjunta para tratar da matéria, e ambos devem, em comunhão de esforços, inclusive financeiros,
adotar as medidas administrativas que se fizerem necessárias para regularizar a situação local, removendo os destroços a bem da
segurança dos transeuntes e do meio ambiente; do livre e franco acesso ao bem de uso comum do povo; e da preservação do
patrimônio da União. Ex positis, considerando a legislação de regência da matéria, alinho-se às conclusões do Parecer nº
5/2016/DECOR/CGU/AGU, nos precisos termos do Despacho nº 46/2017/CGAPS-Decor/CGU/AGU, no sentido de que: a) incumbe
à SPU, de ofício, ou por solicitação do Comando da Marinha, executar às suas expensas as providências de remoção de destroços
náuticos incorporados ao patrimônio da União; b) faculta-se ao Comando da Marinha assumir a execução das atividades de
remoção por conta e risco próprios (art. 17 da Lei nº 7.542, de 1986), ou à conta da SPU (art. 10 da Lei nº 7.542, de 1986); c)
permite-se que o Comando da Marinha solicite à SPU a execução da remoção referida, ou a delegue a particulares (art. 27 da Lei nº
7.542, de 1986); d) admite-se que o Comando da Marinha e a SPU pactuem negócio jurídico de cooperação mútua, em que
conjuguem esforços, inclusive financeiros, para execução das atividades de remoção, seja diretamente por algum destes órgãos,
seja mediante licitação; e) em quaisquer das hipóteses anteriores, a remoção dar-se-á sob coordenação, controle e fiscalização do
Comando da Marinha, nos termos do art. 2º c/c art. 4º, ambos da Lei nº 7.542, de 1986.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/6073264
Prerrogativa da CGU para pronunciamento consultivo em tema não reservado a juízo autônomo ou
exauriente de órgão diverso da AGU. Ato e parecer questionados por Corregedoria. Conveniência de novo
intérprete consultivo para reexame de sua validade jurídica ou possibilidade de convalidação. Atribuição ao
mesmo órgão consultivo em caso de ordem judicial, jurisprudência nova ou aprovação por Advogado
diverso. Apreciação consultiva pelo Decor/CGU limitada às hipóteses dos artigos 12 e 14 do Anexo I do
Decreto nº 7.392/2007, ou dos artigos 3º e 9º do Ato Regimental AGU nº 05, de 27/09/2007. Indicação de
órgão consultivo competente para o caso concreto.
Parecer n. 022/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/7101448
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REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DA UNIÃO NAS EXECUÇÕES PROVISÓRIAS DO ACORDÃO
PROFERIDO PELO STJ NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.319.232/DF, RELATIVO A OPERAÇÕES DE
CRÉDITO RURAL. COMPETÊNCIA DA PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL PARA
ATUAR NOS PROCESSOS REFERENTES A DÉBITOS INSCRITOS EM DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO -
DAU. I - Tendo em vista a competência para exercer a representação judicial da União nas causas
relacionadas a débitos inscritos em Dívida Ativa da União, sejam de natureza tributária ou não, cabe à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional atuar nos processos relacionados a operações de crédito rural
total ou parcialmente inscritas em DAU. Portarias Conjuntas PGU/PGFN nº 03/2010 e nº 01/2014.
Parecer n. 00071/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/12939034
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DIREITO ADMINISTRATIVO. AGENTE PÚBLICO. SECRETARIA Especial DE POLÍTICAS PARA
MULHERES. AUTORIZAÇÃO PARA SE AUSENTAR DO PÁIS. DIÁRIAS E PASSAGENS. CONFLITO
POSITIVO DE COMPETÊNCIA PARA A ANÁLISE DOS REQUERIMENTOS. I – Controvérsia jurídica
sobre o órgão e a autoridade que deve analisar requerimentos de diárias e passagens dos agentes
públicos integrantes da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. II – A Medida Provisória nº 782,
de 11 de maio de 2017, extinguiu a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério da
Justiça e Cidadania e criou a Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres na estrutura da Secretaria de
Governo da Presidência da República. III – Consta do art. 80 da Medida Provisória nº 782/2017 que a
mesma entraria em vigor na data de sua publicação, mas que produziria efeitos, quanto à criação,
extinção, transformação e alteração de estrutura e de competência de órgãos e quanto aos arts. 71 e 72,
apenas a partir da data de entrada em vigor dos respectivos decretos de estrutura regimental. IV – Até
que editado o novo decreto regimental da Secretaria de Governo da Presidência da República, com a
inclusão da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, as autorizações para viagens e passagens
de agentes do órgão devem ficar a cargo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
Parecer n. 00085/2017/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/62080452
CONCURSO PÚBLICO
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CONCURSO PÚBLICO. ISENÇÃO DE PAGAMENTO DE TAXA DE INSCRIÇÃO. CRITÉRIO FIXADO NO
ART. 1.º DO DECRETO Nº 6.593/2008. I – O critério vigente para a concessão de isenção de pagamento
de taxa de inscrição em concurso público no âmbito do Poder Executivo federal é aquele estampado no
Decreto Nº 6.593/2008, qual seja, o cumprimento cumulativo das exigências previstas nos incisos I e II do
art. 1.º da citada norma. II – Os editais de concurso público dos órgãos da administração direta, das
autarquias e das fundações públicas do Poder Executivo federal deverão prever a possibilidade de isenção
com fundamento no critério mencionado acima, nos termos do art. 1.º, caput, do Decreto Nº 6.593/2008.
III – A adoção de outro critério para a determinação da hipossuficiência econômica do candidato a cargo
ou emprego público federal depende da alteração das normas atualmente vigentes. IV – A Advocacia-
Geral da União deve zelar pela correta aplicação do Decreto Nº 6.593/2008.
Parecer n. 62/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12289458
CONTRATO ADMINISTRATIVO
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1. Propostas de Orientações Normativas apresentadas pela Consultoria Jurídica da União em Minas
Gerais para uniformização de entendimento. 2. Os contratos administrativos são classificados segundo
diversos critérios, um dos quais depende da natureza do prazo de duração do contrato. Por esse critério, o
contrato administrativo poderá ser a termo ou por escopo. 3. Os contratos por escopo impõem ao
contratado o dever de realizar uma conduta específica e definida. Caso advenha o termo final do contrato e
o objeto não tenha sido concluído por culpa do contratado, poder-se-á optar, visando à melhor forma de
atingir o interesse público, pela aplicação das sanções decorrentes da mora ou pela rescisão do contrato.
4. O não cumprimento do objeto do contrato no prazo estipulado deve ser excepcional, pois este foi
inicialmente fixado tendo-se em mente o interesse público na execução do contrato. 5. O prazo de
execução não se confunde com o prazo de vigência do contrato. Este corresponde ao prazo previsto para
as partes cumprirem as prestações que lhes incumbem, enquanto aquele é o tempo determinado para que
o contratado execute o seu objeto. 6. Deverá haver previsão contratual dos dois prazos: tanto o de vigência
quanto o de execução, pois não se admite contrato com prazo indeterminado e o interesse público exige
que haja previsão de fim tanto para a execução do objeto quanto para que a Administração cumpra a sua
prestação na avença. 7. Caso o termo final do prazo de vigência esteja para ser atingido e a Administração
e o contratado pretendam estendê-lo, é necessário formalizar a prorrogação, que, se cabível, deverá ser
justificada por escrito e previamente autorizada, por meio de termo aditivo aprovado pela assessoria
jurídica, pela autoridade competente para celebrar o contrato. 8. A vigência dos contratos cuja duração
deve ser adstrita à vigência dos créditos orçamentários pode ultrapassar o exercício financeiro em que
celebrados, desde que as despesas a eles referentes sejam empenhadas até 31 de dezembro do mesmo
exercício financeiro, permitindo-se, assim, sua inscrição em Restos a Pagar.
Parecer n. 133/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10484134
Contratação da Fundação Estudos do Mar – FEMAR para ministrar cursos do programa de formação de
pessoal da Marinha Mercante. Legalidade. Aplicação do art. 8º da Lei nº 7.573, de 23 de dezembro de
1986. Decisão 166/2002 – Plenário do TCU.
Parecer n. 033/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=5445167
Página 50
CONTRATO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. CONTRATO DE ADESÃO. PARECER Nº
GQ-170. LIMITES DA ATUAÇÃO DAS UNIDADES CONSULTIVAS DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO.
INTERPRETAÇÃO DO ART. 38, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 8.666/93. NECESSIDADE DE
MANIFESTAÇÃO DAS CONSULTORIAS JURÍDICAS DA UNIÃO SEM O PODER DE APROVAR OU
REPROVAR AS MINUTAS DOS CONTRATOS. I – O fato de os contratos de fornecimento de energia
elétrica ostentarem a natureza de contratos de adesão, os incisos V, XIV e XIX do art. 3.º da Lei Nº
9.427/96, bem como o teor do Parecer Nº GQ-170 recomendam a interpretação do art. 38, parágrafo
único, da Lei Nº 8.666/93 no sentido de que as unidades consultivas da Advocacia-Geral da União devem
analisar as minutas de tais pactos, mas sem o poder de aprová-las. II – A extensão do art. 96, III, da Lei Nº
9.472/97, que impõe à concessionária a necessidade de submeter a minuta de contrato-padrão à ANATEL
para aprovação, também aos serviços de energia elétrica é medida eficiente, devendo, por isso, ser
estimulada III – A análise jurídica a ser empreendida pelas unidades consultivas desta Advocacia-Geral da
União é imprescindível para verificação da compatibilidade entre a minuta de contrato e o ordenamento
jurídico pátrio. IV – Ao identificar impropriedade, a Consultoria Jurídica da União deverá recomendar que o
órgão assessorado provoque o representante do Poder Concedente (ANEEL), nos termos do art. 3.º, V, da
Lei Nº 9.427/96, a fim de que a mencionada agência reguladora, após ouvir a Procuradoria Federal,
resolva a divergência entre a concessionária e o órgão federal consumidor. V – Discordando do
posicionamento oficial da ANEEL e apontando fundamentadamente hipótese que atraia a competência da
Advocacia-Geral da União, a Consultoria Jurídica da União poderá submeter a controvérsia jurídica à
Consultoria-Geral da União.
Parecer n. 033/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14024833
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DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO FINANCEIRO. DIREITO PENAL
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÕES E CONTRATOS. ORDEM CRONOLÓGICA DE PAGAMENTOS.
SENTIDO E ALCANCE DO ART. 5º DA LEI Nº 8.666/93. INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO E
INTERESSE PÚBLICO SECUNDÁRIO. A NORMATIVIDADE PENAL COMO ELEMENTO
INTERPRETATIVO. O NOVO REGIME LICITATÓRIO EM TRAMITAÇÃO NO SENADO FEDERAL. O
TRATAMENTO LEGAL DO INTERESSE PÚBLICO OU NECESSIDADE PÚBLICA EM SITUAÇÕES
SEMELHANTES. A NECESSÁRIA REGULAMENTAÇÃO DO ART. 5º DA LEI Nº 8.666/93. O ÓRGÃO
COMPETENTE PARA NORMATIZAR. TEORIA DOS DIÁLOGOS INSTITUCIONAIS. 1. A controvérsia diz
respeito à (im)possibilidade de elaboração de nova ordem cronológica de pagamentos, com base no art. 5º
da Lei nº 8.666/93, baseada em determinados critérios tracejados pela própria Pasta Ministerial,
especialmente quando ocorre a ausência de fluxo financeiro para honrar os compromissos firmados e
exigíveis. 2. Nos termos do art. 116 da Lei nº 8.666/93, o art. 5º do diploma legislativo é aplicável a outros
instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração, o que abarca as
transferências obrigatórias no âmbito do PAC, destinadas aos demais entes políticos e,
consequentemente, transferidas aos seus contratados. 3. Diante dos princípios da legalidade (na acepção
de juridicidade), impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência a que está submetida a
Administração Pública, os quais devem iluminar a controvérsia posta acerca da superação de ordem
cronológica de pagamentos, ressai que o art. 5º da Lei nº 8.666/93, nos termos da fundamentação narrada,
não ressalvou o interesse público secundário, apenas e tão-somente o primário. 4. A interpretação
combinada dos arts. 5º e 92 da Lei nº 8.666/93, não autoriza a elaboração - ou alteração sem critérios
objetivos - de uma nova ordem cronológica de pagamentos, com sistemática superação da ordem de suas
exigibilidades, em instrução normativa fruto de confecção pelos próprios destinatários eventuais da norma
penal incriminadora. Entendimento contrário esvaziaria o tipo penal, permitiria questionamentos e
valorações pelo titular da ação penal e submeteria os sujeitos ativos ao strepitus judicii de forma insegura e
desnecessária. 5. O legislador, no PL n. 559/13, tem dado mostras de que está disposto a alterar o art. 5º
da Lei nº 8.666/93, para torná-lo ainda mais excepcional, ao exigir necessidade pública grave e urgente, de
forma semelhante e até mais rígida que os requisitos exigidos para a medida provisória (relevância e
urgência). 6. O delineamento dos eventos que consubstanciam situações de interesse público ou
necessidade pública cabe, em princípio, ao legislador, mediante as devidas ponderações políticas,
econômicas, culturais e sociais. 7. Até o advento de lei que regule o tema, cumpre à Secretaria de Gestão
do Ministério do Planejamento, e não ao Ministério das Cidades, dispor taxativa e objetivamente sobre os
eventos, externos ao contrato, que caracterizam interesse público para fins de aplicação do art. 5o da Lei
n. 8.666/93 e, presentes as hipóteses, os critérios de preferência para fins de pagamento dos contratados.
Fora das situações previstas, deve ser observada a ordem cronológica de pagamentos baseada nas
exigibilidades das faturas. Somente assim é possível inverter, de forma pontual e não sistemática, em
situações de gravidade e urgência, a ordem cronológica de pagamentos baseada na ordem de suas
exigibilidades, de forma objetiva e equidistante dos demais órgãos e entidades. 8. A excepcionalidade do
caso permite a utilização de critérios objetivos, na hipótese em que ocorram eventos externos aos
instrumentos contratuais, tais como grave perturbação da ordem, estado de emergência, calamidade
pública, decisões judiciais ou do Tribunal de Contas, a exemplo dos constantes da minuta de instrução
normativa elaborada pela Secretaria de Gestão.
Parecer n. 048/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/9092265
Contratação de bens
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Aquisição de bebidas alcoólicas - Acórdão TCU nº 2.890/2009 - Princípio da Razoabilidade -
Comemorações oficiais das Forças Armadas - Possibilidade.
Parecer n. 137/2011/DECOR/CGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12364213
Contratação de serviços
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TERCEIRIZAÇÃO. SERVIÇOS DE SECRETÁRIA E AUXILIAR ADMINISTRATIVO. UNIFORMIZAÇÃO.
Impossibilidade de execução indireta das atividades inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo
plano de cargos do órgão ou entidade, sob pena de violação da regra constitucional do concurso público,
ainda que as atividades sejam consideradas acessórias.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 148/2008-MCL.
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ADMINISTRATIVO. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. RETENÇÃO OU GLOSA NO PAGAMENTO.
ART. 36, § 6º, DA IN Nº 02/2008, DA SLTI/MP. LEGALIDADE. INCIDÊNCIA DA EXCEÇÃO DO
CONTRATO NÃO CUMPRIDO TAMBÉM NOS CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
CONTÍNUOS CELEBRADOS PELA UNIÃO. NÃO URAÇÃO DE SANÇÃO DISFARÇADA.
JURISPRUDÊNCIA. NECESSIDADE DE SE ESTABELECER CRITÉRIOS CLAROS E OBJETIVOS PARA
AFERIR O DESCUMPRIMENTO. ON AGU Nº 09/2009. I – É legal o art. 36, § 6º, da IN nº 02/2008, da
SLTI/MP, vez que a retenção ou glosa no pagamento nele versadas constituem aplicação da exceção do
contrato não cumprido também aos contratos de prestação de serviços contínuos pactuados pela União.
Art. 476, CC, arts. 66, 69 e 76, da Lei nº 8.666/1993 e arts. 62 e 63, da Lei nº 4.320/1964; II – Medidas que
não representam uma sanção disfarçada, dada a natureza distinta e o disposto no art. 36, da IN nº
02/2008, da SLTI/MP, que as estrema; III – Retenção ou glosa no pagamento vedadas pela jurisprudência
quando em face contratada que, embora apresentando irregularidade fiscal ou não mantendo as condições
de habilitação, presta ou serviço ou entrega o bem em conformidade com o ajustado em contrato; IV –
Necessidade de se estabelecer critérios claros e objetivos para a aferição do descumprimento das
obrigações contratuais, de modo a assegurar a proporcionalidade entre ele e a retenção ou glosa no
pagamento; V – Proposta de revisão da ON AGU nº 9/2009 ou edição de outra que ponha fora de dúvida
que o pagamento pelos serviços já prestados não fica condicionado à regularidade fiscal da contratada.
Parecer n. 111/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=16563631
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DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO DO TRABALHO. LICITAÇÕES E CONTRATOS DE
TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA DO PODER PÚBLICO PELO INADIMPLEMENTO DE VERBAS TRABALHISTAS A CARGO
DA EMPRESA INTERPOSTA. JULGAMENTO DA ADC Nº 16/DF E NOVA REDAÇÃO DO ENUNCIADO
Nº 331, DA SÚMULA DO EG. TST. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CULPA IN ELIGENDO OU
IN VIGILANDO. LICITUDE DOS INSTITUTOS DA CONTA VINCULADA E DO PAGAMENTO DIRETO,
PRECONIZADOS NO ART. 19-A, DA IN SLTI/MP Nº 2/2008. MECANISMOS QUE CONTRIBUEM PARA
AFASTAR A RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA UNIÃO, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES.
DETERMINAÇÕES CONTIDAS NO ACÓRDÃO Nº 1214/2013 – TCU – PLENÁRIO. PREVISÃO
OBRIGATÓRIA NOS EDITAIS E CONTRATOS. MEDIDAS A SEREM ADOTADAS PELAS UNIDADES
CONSULTIVAS DA AGU JUNTO A SEUS ASSESSORADOS PARA EVITAR A RESPONSABILIZAÇÃO
FULCRADA NO REFERIDO ENTENDIMENTO SUMULADO. I – Em face do decidido no julgamento da
ADC nº 16/DF e da nova redação conferida ao Enunciado nº 331, da Súmula do eg. TST, é atualmente
necessário que se comprove a culpa in eligendo ou in vigilando do Poder Público para que se possa
responsabilizá-lo subsidiariamente pelo inadimplemento de verbas trabalhistas a cargo de empresa de
terceirização de mão-de-obra por ele contratada; II – Constituem mecanismos lícitos e aptos a contribuir
sobremaneira para o afastamento da sobredita responsabilidade subsidiária no âmbito da Administração
Pública Federal direta, autárquica e fundacional os institutos da conta vinculada e do pagamento direto,
hospedados no art. 19-A, I e IV, da IN SLTI/MP nº 2/2008, considerando-se, por isso mesmo,
imprescindível sua expressa previsão nos editais e contratos de fornecimento de mão-de-obra terceirizada;
III – Visando a evitar que a União e seus entes sejam condenados com fulcro no Enunciado nº 331, da
Súmula do eg. TST, as unidades consultivas da AGU deverão orientar seus assessorados a observar
rigorosamente os ditames da IN SLTI/MP nº 2/2008 e as determinações expedidas no Acórdão nº
1214/2013 – TCU – Plenário, não só realizando efetiva fiscalização da execução dos contratos de
fornecimento de mão-de-obra terceirizada, mas também documentando todos os atos praticados no
exercício desse dever-poder, e, em conjunto com as unidades contenciosas, realizar encontros em que
seja esclarecida a necessidade de elidir a responsabilização trabalhista subsidiária do ente público e
apresentados os meios adequados para alcançar esse propósito.
Parecer n. 73/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=19902994
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DIREITO ADMINISTRATIVO E DIREITO DO TRABALHO. DIVERGÊNCIA CARACTERIZADA ENTRE A
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E A PROCURADORIA-GERAL DA UNIÃO – RESTA INCÓLUME O
TERMO DE CONCILIAÇÃO JUDICIAL FIRMADO ENTRE O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E A
UNIÃO, QUE TRATA DA VEDAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DE COOPERATIVAS DE TRABALHO PARA
EXECUÇÃO DE DETERMINADOS SERVIÇOS TERCEIRIZADOS, MESMO DIANTE DA
SUPERVENIÊNCIA DAS LEIS Nº 12.690, DE 2012, E Nº 12.349, DE 2010 – SERVIÇOS OBJETO DO
TERMO QUE, POR SUA NATUREZA, CARACTERIZAM-SE PELA EXECUÇÃO MEDIANTE VÍNCULO
EMPREGATÍCIO, COM SUBORDINAÇÃO, PESSOALIDADE, ONEROSIDADE E HABITUALIDADE. I – As
Cooperativas de Trabalho, na forma da Lei nº 12.690, de 2012, são sociedades constituídas para o
exercício de atividades laborais em proveito comum, com autonomia coletiva e coordenada, mediante
autogestão e adesão voluntária e livre. II - Os serviços abrangidos pelo termo de conciliação judicial
firmado entre a União e o Ministério Público do Trabalho se caracterizam pela pessoalidade, subordinação
e não eventualidade. III – Vedação à participação de cooperativas nos certames afetos a aludidos serviços
que não ofende às Leis nº 12.690, de 2012, e nº 12.349, de 2010, uma vez que são admitidas apenas, e
obviamente, a participação de verdadeiras cooperativas nas licitações, proibindo-se expressamente a
utilização de cooperativa para fins de intermediação de mão de obra subordinada. IV – Proscrição que se
volta para proteger os valores sociais do trabalho e prevenir a responsabilização da União por encargos
trabalhistas.
PARECER n. 096/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/5623683
Página 57
PATRIMÔNIO DA UNIÃO. BEM IMÓVEL. CONTRATO DE LOCAÇÃO. AJUSTE DE NATUREZA CIVIL.
TERMO ADITIVO. DURAÇÃO. PRORROGAÇÃO. VALOR. PRINCÍPIOS DA ETICIDADE, DA
CONFIANÇA E DA BOA-FÉ OBJETIVA. I – Imóvel da extinta LBA – Legião Brasileira de Assistência,
incorporado ao patrimônio da União. II – Contrato de locação de imóvel celebrado originariamente entre a
extinta LBA e a Petrobrás Distribuidora S/A. Ajuste de natureza civil. III – Cláusula de prorrogação
automática, a cada período de 05 (cinco) anos, se não houver manifestação expressa dos contratantes em
sentido contrário. IV – Controvérsia jurídica entre a Consultoria Jurídica da União no Estado do Rio de
Janeiro e a Consultoria Jurídica junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão quanto à
validade do contrato e de seus termos aditivos. V – Contrato vigente até novembro de 2014. V –
Particularidades do caso concreto. Sugestão pela continuidade do ajuste até o seu termo final, em virtude
do respeito aos princípios da eticidade, da boa-fé objetiva, da segurança jurídica e da confiança. VI –
Orientação à Secretaria que, já na celebração do próximo aditivo, externe à Administrada sua intenção de
não mais renovar o ajuste.
Parecer n. 092/2012/DECOR/CGU/AGU.
Aprovado com acréscimo pelos despacho nº 085/2012/MCL/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12976168
Duração/Prorrogação/Renovação do contrato
Página 58
DIREITO ADMINISTRATIVO. TERMO ADITIVO. PRORROGAÇÃO DA VIGÊNCIA DE CONTRATO
ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DA ASSESSORIA JURÍDICA. VIOLAÇÃO
AO ARTIGO 38, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 8.666/1993. VERIFICAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE
CONVALIDAÇÃO. DIVERGÊNCIA ENTRE A CONJUR/ME E A CONJUR/MIN. I – Nos termos do
parágrafo único, do artigo 38, da Lei 8.666/1993, as minutas do termo aditivo, que prorrogam a vigência de
contrato administrativo, devem, em caráter obrigatório, ser previamente examinadas e aprovadas pela
respectiva assessoria jurídica; e II – Todavia, no caso de pactuação de termo aditivo, que prorrogue a
vigência de contrato administrativo, sem a prévia manifestação da assessoria jurídica, apresenta-se
juridicamente viável, com base no artigo 55 da Lei nº 9.784/1999, a convalidação do termo aditivo, diante
da análise do caso concreto, sem prejuízo da eventual responsabilização dos servidores públicos que
deram ensejo ao descumprimento do artigo 38, parágrafo único, da Lei 8.666/1993, desde que
cumulativamente: II.a) a respectiva assessoria jurídica ateste, a posteriori, a legalidade do termo aditivo,
que prorrogou a vigência do contrato administrativo; II.b) não provoque lesão ao interesse público; e II.c)
não enseje prejuízo a terceiros.
Parecer n. 086/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/763119
Administrativo. Contratos Administrativos. Repactuação. Termo inicial para a primeira repactuação e para
as subsequentes. Instrução Normativa MPOG 02/2008, com as alterações promovidas pela Instrução
Normativa MPOG 03/2009. Necessidade de adequação pontual do Parecer JT 02/2009.
Parecer n. 012/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=8736434
Página 59
REAJUSTE DO VALOR DO VALE-TRANSPORTE DECORRENTE DA MAJORAÇÃO DA TARIFA DO
TRANSPORTE PÚBLICO. IMPLICAÇÕES NO CONTRATO ADMINISTRATIVO. REPACTUAÇÃO
CONTRATUAL. CONTAGEM DO INTERREGNO DE UM ANO PARA A CONCESSÃO DA PRIMEIRA
REPACTUAÇÃO. EFEITOS FINANCEIROS. I – A majoração da tarifa de transporte público gera a
possibilidade de repactuação do item relativo aos valores pagos a título de vale-transporte nos contratos
administrativos referentes a serviços continuados com dedicação exclusiva de mão-de-obra. II – O início
da contagem do prazo de um ano para a primeira repactuação deve tomar como referência a data do
orçamento a que a proposta se refere, qual seja, a data do último reajuste da tarifa de transporte público.
III – Os efeitos financeiros da repactuação contratual decorrente da majoração da tarifa de transporte
público devem viger a partir da efetiva modificação do valor da tarifa de transporte público. IV – As
redações do art. 38 da Instrução Normativa SLTI/MPOG n.º 2/2008 e da Orientação Normativa AGU n.º 25
merecem ser aperfeiçoadas com o escopo de esclarecer que o termo inicial da contagem do interregno de
um ano para a concessão da primeira repactuação coincide com a data do último reajuste da tarifa pública
de transporte no que diz respeito ao item vale-transporte.
Parecer n. 032/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=23275721
Página 60
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Página 61
FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO
DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO – FUNDEB. ATUAÇAO EM AÇÕES QUE ENVOLVEM
MALVERSAÇÃO DE RECURSOS DO FUNDEB. INTERESSE DA UNIÃO E DO FNDE. POSIÇÃO
CONSOLIDADA DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. I – O Despacho do Consultor-Geral da União Nº
100/2010, de 03/02/2010, aprovado em 09/02/2010 pelo Exmo. Sr. Advogado-Geral da União consagra a
presença de interesse da União nas causas envolvendo a malversação dos recursos do FUNDEB, não
havendo desde então espaço para o acolhimento da tese defendida pela Procuradoria Federal junto ao
FNDE. II – O interesse da União independe da ocorrência de complementação na forma do inciso V do art.
60 do ADCT da Constituição e dos arts. 4.º a 7.º da Lei Nº 11.494/2007. III – O posicionamento estampado
no Parecer AGU/AG-17/2010, de 22/11/2010, merece total aprovação das autoridades superiores desta
Advocacia-Geral da União. IV – A posição do Tribunal de Contas da União sobre o tema não é motivo
suficiente para alteração da tese adotada por esta Advocacia-Geral da União. V – Os questionamentos
constantes das manifestações da Procuradoria Federal junto ao FNDE e do Grupo de Trabalho constituído
pela Portaria Conjunta PGU-PGF Nº 1, de 02/08/2010, foram integralmente respondidos no Parecer Nº
AGU/AG-17/2010, de 22/11/2010. VI – O Grupo de Trabalho constituído pela Portaria Conjunta PGU-PGF
Nº 1, de 02/08/2010, deve retomar suas atividades e zelar pela observância do Despacho do Consultor-
Geral da União Nº 100/2010, de 03/02/2010.
Parecer n. 115/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=16975656
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TERMO DE EXECUÇÃO DESCENTRALIZADA. DECRETO Nº 6.170, DE 2007. PORTARIA CONJUNTA
MP/MF/CGU Nº 08/2012. EXAME PRÉVIO PELO ÓRGÃO DE ASSSESSORAMENTO JURÍDICO.
MINUTA-PADRÃO. I - Regra geral, obrigatório o prévio exame pela Assessoria Jurídica das minutas de
editais, de contratos e de instrumentos similares, quanto ao cumprimento das formalidades legais, em
razão do disposto no parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666, de 1993; II - A teor do que disciplina a
Portaria Conjunta MP/MF/CGU nº 08/2012 e tendo em vista a orientação extraída do Acórdão 3014/2010 –
Plenário do Tribunal de Contas da União, entende-se que somente poderá ser excepcionada a regra do
parágrafo único do art. 38 da Lei nº 8.666, de 1993, no caso da adoção de minuta-padrão, desde que: a) a
minuta-padrão tenha sido previamente aprovada pela assessoria jurídica; b) que haja identidade de objeto
e c) não reste dúvidas acerca da possibilidade de adequação das cláusulas exigidas no instrumento
pretendido às cláusulas previamente estabelecidas na minuta-padrão; III - Não obstante a adoção da
minuta-padrão, pode a autoridade assessorada, neste e em qualquer outro ato que irá praticar, recorrer ao
órgão de assessoramento jurídico, sempre que julgar necessário, por força do que dispõe o já citado art.
11 da Lei Complementar nº 73, de 1993;
PARECER n. 057/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/299567
CONVÊNIO
Página 63
Convênios Administrativos. Entidades privadas sem fins lucrativos. Exigência de contrapartida.
Necessidade de que todos os partícipes do convênio colaborem para a consecução dos objetivos comuns.
Possibilidade de contrapartida não financeira: autorização conferida através do Decreto nº 6.170/2007 e da
Portaria nº 127/2008. Necessidade de previsão expressa no instrumento do convênio. Inexistência de
limites máximos e mínimos estabelecidos aprioristicamente. Lacuna da LDO referente ao exercício
financeiro de 2010. Discricionariedade administrativa e controle de decisões discricionárias.
Parecer n. 035/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10056755
Página 64
TERMO DE COOPERAÇÃO. INTERESSE RECÍPROCO. DECRETO Nº 6.170, DE 2007. I - a respeito da
indagação formulada pela CONJUR/MCIDADES entende-se que, para a consecução de programas,
projetos e atividades inerentes aos Termos de Cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da
administração pública federal, nos moldes do Decreto nº 6.170, de 2007, necessário se faz a
demonstração de interesses recíprocos entre os partícipes, em consonância com o disposto no art. 1º do
mencionado Decreto.
Parecer n. 077/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=21818513
DESAPROPRIAÇÃO
Página 65
DIÁRIAS E PASSAGENS. COLABORADOR EVENTUAL PROVENIENTE DO EXTERIOR. LEI Nº
8.162/91. DECRETO Nº 5.992/2006. POSSIBILIDADE DE PAGAMENTO. I – É viável o pagamento de
diárias e passagens a colaborador eventual oriundo do exterior. II – A concessão das diárias e passagens
pressupõe a existência de interesse da Administração na vinda do convidado. III – A necessidade da vinda
do convidado deve ser robustamente demonstrada pelo órgão interessado, sem se olvidar o caráter
excepcional da concessão de diárias e passagens tendo em vista os recursos tecnológicos atualmente à
disposição da Administração Pública.
Parecer n. 025/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=7448806
I. Consulta acerca da adequação jurídica para realização de despesas que envolvam segurança do Chefe
de Estado da Santa Sé e a ordem pública durante a realização da Jornada Mundial da Juventude, no
Município do Rio de Janeiro. II. É possível a realização de despesas em segurança pública para
preservação da ordem pública e da incolumidade de pessoas e do patrimônio na região em que realizado o
evento denominado Jornada Mundial da Juventude. III. É juridicamente possível a realização de despesas
com o pagamento de diárias e passagens de servidores que forem deslocados para postos de fronteira,
estradas e aeroportos em virtude da realização da Jornada Mundial da Juventude. IV. Ratificação do
entendimento constante do Parecer n. 106-F/13-BS/DPI/PGU.
Parecer n. 032/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=22501716
Página 66
PODER DISCIPLINAR. COMPETÊNCIA. EXERCÍCIO. DIVERGÊNCIA. ASSESSORIA JURÍDICA DA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO E A CONJUR/MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. 1. As competências da Controladoria-Geral da União para requisitar providências e
avocar sindicância, procedimento e processo administrativo em curso, previstas no art. 18, par. 1º e par.
5º, incs. II, IV e V, da Lei nº 10.683/03, somente podem ser exercidas, respectivamente: a) quando
constatada a omissão da autoridade competente; e b) para corrigir-lhes o andamento, inclusive
promovendo a aplicação de penalidade administrativa cabível. 2. O Ministro de Estado, autoridade
competente originária, caso discorde da requisição ou avocação feita pela Controladoria-Geral da União,
encaminhará suas justificativas a esse Órgão, que, por sua vez, não as acolhendo, solicitará ao Presidente
da República a solução da controvérsia. 3. Quando a requisição ou avocação feita pela Controladoria-
Geral da União for dirigida às demais autoridades competentes, estas deverão cumpri-la imediatamente,
podendo, posteriormente, se for o caso, encaminhar suas razões de discordância com o mencionado ato
ao conhecimento do Ministro de Estado, titular da pasta, para a adoção das providências que entender
cabíveis. 4. A avocação da sindicância, procedimento e processo administrativo, “em curso” ou “a qualquer
tempo”, prevista, respectivamente, nas hipóteses do art. 18 da Lei nº 10.683, de 2003, e do art. 4º do
Decreto nº 5.480, de 2005, somente poderá ser feita antes do julgamento da autoridade pública
competente. 5. Confirmada a avocação feita pelo Ministro de Estado do Controle e da Transparência, esta
autoridade passará a ser competente para apreciar eventual pedido de reconsideração ou receber o
recurso, caso interposto contra sua decisão. 6. O julgamento proferido pelo Ministro de Estado da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento fica restaurado, podendo o Ministro de Estado do Controle e da
Transparência submeter a matéria à apreciação do Presidente da República. 7. É prejudicada a análise do
recurso interposto no presente processo por perda do objeto.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 091/2007-SFT.
Página 67
DIREITO ADMINISTRATIVO - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - VÍCIO DE INICIATIVA –
POSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO – AUTORIDADE JULGADORA – EXPEDIÇÃO DE ORIENTAÇÃO
PARA OS ÓRGÃOS JURÍDICOS CONSULTIVOS. I – O vício quanto à competência da autoridade
instauradora pode ser convalidado pela autoridade julgadora, nos termos do art. 55, da Lei nº 9.784, de
1999. Sugestão da edição de orientação normativa aos órgãos consultivos da União.
Parecer n. 157/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14154451
Correição
Página 68
CORREIÇÃO ORDINÁRIA. CONSULTORIA JURÍDICA DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E
ASSISTÊNCIA SOCIAL (CONJUR/MPAS). COMPROVAÇÃO DE EMISSÃO DE PARECERES.
DISCIPLINA RESERVADA A REGIMENTO INTERNO. 1. A sugestão formulada pela CGAU, no sentido de
que a Consultoria-Geral da União adote procedimentos que visem garantir a comprovação da emissão de
pareceres por parte dos Advogados da União, tendo como escopo tornar possível a eventual
responsabilização pela falta de movimentação dos procedimentos administrativos a cargo das CONJUR’s
depende, para seu pleno acatamento, da edição do Regimento Interno da AGU. 2. Com efeito, a matéria
objeto da sugestão tem sua disciplina reservada ao regimento interno, consoante dispõe o art. 45, par. 3º,
da Lei Complementar nº 73/93. 3. Cabe ao regimento interno fixar e uniformizar os procedimentos que
deverão ser adotados na produção dos trabalhos jurídicos no âmbito da AGU, o que envolve a questão dos
trâmites que deverão ser seguidos, dos prazos que deverão ser cumpridos e, também, do registro desses
mesmos trabalhos, de forma a permitir saber, dentre outras informações, em que órgão e com que
membro ou servidor eles se encontram em determinado momento. 4. Todavia, nada impede que, enquanto
não editado o regimento interno da AGU, possam ser estabelecidas rotinas com o fim de registrar a
elaboração de peças jurídicas e evitar que problemas semelhantes ao noticiado pela Controladoria-Geral
da União e pela Corregedoria-Geral da Advocacia da União (CGAU) tornem a ocorrer. Há, inclusive,
instrumentos para tanto destinados, como o Sistema de Controle de Ações Judiciais da União (SICAU) e o
Sistema de Tramitação de Processos e Documentos (AGUDOC), que, quando utilizados corretamente,
permitem consultar todos os deslocamentos de um determinado processo (judicial ou administrativo)
dentro da AGU e as peças que foram produzidas e nele juntadas, indicando a autoria e a data.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 380/2007-JGAS.
Prescrição
Página 69
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. REVISÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. INEXISTÊNCIA.
ART. 174 DA LEI 8112/90. INAPLICABILIDADE DO DEC. 20.910/32. I – O art. 174 da Lei 8112/90 é claro
ao dispor que a revisão do processo administrativo disciplinar pode ser pleiteada “a qualquer tempo”. II – A
ratio que informa o estabelecimento do mencionado dispositivo é a mesma que reconhece a possibilidade
de revisão criminal a qualquer momento, desde que surjam evidências de que a punição aplicada foi mais
gravosa que o devido. III – PARECERES GQ-10 e GQ-28. Inocorrência de conflito direto. Desnecessidade
de alteração dos mesmos.
Parecer n. 090/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=7346506
Procedimento
Página 70
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. INSTAURAÇÃO. ADVOGADO DA UNIÃO. NÃO
COMPARECIMENTO A PERÍCIA MÉDICA. 1. Entendeu-se seja determinada, nos termos do art. 5º, inc.
VI, da Lei Complementar nº 73, de 1993, a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar a
responsabilidade de Advogado da União pelas irregularidades apontadas em Relatório de Procedimento
Correicional.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 094/2007-MMV.
Página 71
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. QUEBRA DE SIGILO FISCAL. DECLARAÇÃO DE BENS
E VALORES. POSSIBILIDADE DE OBTENÇÃO. DIVERGÊNCIA. CONJUR/MAPA E O NAJ EM
SALVADOR. 1. Possibilidade de utilização de dados fiscais, obedecidas as balizas legais, para a instrução
de processo administrativo disciplinar, sem necessidade de autorização judicial, com fulcro no art. 198, par.
1º, inc. II e par. 2º do Código Tributário Nacional, com a redação fixada pela Lei Complementar nº 104/01 e
em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. 2. Está entre as prerrogativas de investigação da
Comissão de Processo Administrativo a quebra do sigilo fiscal realizada através de informações colhidas
no Departamento de Pessoal. 3. Este procedimento não caracteriza qualquer nulidade processual.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 374/2007-JGAS.
Página 72
PODER REGULAMENTAR. MINISTRO DE ESTADO. OITIVA DE TESTEMUNHAS POR
VIDEOCONFERÊNCIA. COMUNICAÇÃO DE ILICITUDES, PELAS COMISSÕES DE PAD, A ÓRGÃOS DE
CONTROLE. CONSTITUCIONALIDADE DAS PORTARIAS/AGU 490/2011 e 22/2012. I – O sistema de
videoconferência consiste em instrumental tecnológico mais consentâneo com os princípios da
indisponibilidade do patrimônio público, da eficiência, da celeridade e da economia processual. II - As
escolhas dos meios pelos quais as diligências serão realizadas situam-se no campo de competência dos
colegiados processantes. III - As comissões processantes estão obrigadas a velar pela economia de
recursos e sua eficiente aplicação. A não utilização do sistema de vídeo conferência exige fundamentação.
IV - A Administração pode recusar atendimento às requisições de diárias e passagens para os
deslocamentos das comissões e de testemunhas para audiências em localidades diversas das sedes das
comissões. V - A Portaria/AGU 22/2012 apenas sistematiza uma série de orientações esparsas outrora
promovidas pela própria Advocacia-Geral da União e lastreadas na legislação vigente. VI – Ministro de
Estado tem a atribuição de expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. VII -
Constitucionalidade e legalidade das Portarias/AGU 490/2011 e 22/2012, posto terem sido editadas dentro
da esfera de atribuição conferida constitucionalmente aos Ministros de Estado, e nada inovarem no mundo
jurídico.
Parecer n. 109/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14964488
Processo Administrativo Disciplinar. Abandono de cargo. Não configurado. Ausência intencional e sem
justa causa, elementos imprescindíveis para a configuração da infração disciplinar. Cargo em comissão.
Atestados médicos. Estado gravídico. Estabilidade provisória. STF. Precedentes.
Parecer n. 032/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/2167079
Sindicância
Página 73
SINDICÂNCIA. INFRAÇÃO FUNCIONAL. MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. RECURSO
INTERPOSTO PELA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. DESCONHECIMENTO. CONSELHO SUPERIOR
DO MINISTÉRIO PÚBLICO. COMPETÊNCIA. MANUTENÇÃO DA DECISÃO DE ARQUIVAMENTO. 1. Por
unanimidade, o Conselho Superior do Ministério Público Federa (CSMPF) não conheceu do recurso
interposto por esta Advocacia-Geral da União, e manteve o arquivamento da sindicância instaurada em
desfavor de Procurador da República. 2. O arquivamento foi mantido em face de alegações da prerrogativa
do princípio da independência funcional para o exercício das atribuições inerentes ao Ministério Público. 3.
Submissão da matéria ao Conselho Nacional do Ministério Público, a quem compete o controle do
cumprimento dos deveres funcionais dos membros do parquet, conforme o disposto no art. 130-A da
Constituição Federal de 1988.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 325/2007-MCL.
DIREITO ELEITORAL
Cadastramento eleitoral de indígena sem a prova do alistamento militar. Interpretação que compete ao
TSE. Instituto da tutela como instrumento de proteção, e não de subjugação do indígena. Parcialidade da
atividade da FUNAI que impõe a defesa dos interesses do indígena ainda que, no mérito, lhe pareça
descabido.
Parecer n. 165/2010/DECOR/CGU/AGU.
Não acolhido por meio do Despacho nº 16/2012/SFT/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=8252533
Página 74
VEDAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE BENS EM ANO ELEITORAL. PROGRAMA SOCIAL. NECESSIDADE
DE LEI ESPECÍFICA, EM SENTIDO FORMAL. AMPLITUDE DO VOCÁBULO “BENEFÍCIOS”. I – A
terceira exceção do § 10 do art. 73 da Lei 9.504/97 só permite a distribuição de bens em ano eleitoral se
decorrente de programa social regulado por lei específica, em sentido formal. Precedentes do TSE. II – O
vocábulo “benefício” engloba “cessões, em especial as que transferem direitos reais, e concessões de uso
especial para fins de moradia”, Tais atos estão proibidos pelo § 10 do art. 73 da Lei 9.504/97, ressalvadas
as exceções nele consignadas. III - A destinação de imóveis pela SPU a outros entes públicos submete-se,
regra geral, ao disposto no artigo 73, VI, “a” da lei 9.504/97.
Parecer n. 084/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=21658231
DESTINAÇÃO GRATUITA DE IMÓVEIS DA UNIÃO EM ANO ELEITORAL. ART. 73, §10, DA LEI Nº
9.504/97. INTERPRETAÇÃO DO PARECER Nº 084/2012/DECOR/CGU/AGU. I – Conforme se extrai do
Parecer nº 084/2012/DECOR/CGU/AGU, o programa social não previsto em lei específica não se
enquadra na exceção prevista na parte final do §10 do art. 73 da Lei nº 9.504/97. II – A vedação do §10 do
art. 73 da Lei nº 9.504/97 não alcança os atos administrativos vinculados, em que o âmbito de
discricionariedade da autoridade pública é reduzido a zero, limitando-se a Administração Pública a
reconhecer direito subjetivo do administrado.
Parecer n. 012/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=21850314
PESQUISAS DE OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A COPA DO MUNDO FIFA 2014. ANO ELEITORAL.
POSSIBILIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DE ILÍCITO ELEITORAL. RECOMENDAÇÃO DE REALIZAÇÃO
APÓS O FIM DO PERÍODO ELEITORAL, A JUÍZO DA SECOM/PR. I – A realização, antes do fim do
período eleitoral, de pesquisas de opinião pública sobre assuntos relacionados à Copa do Mundo FIFA
2014, envolve considerável risco de responsabilização dos agentes públicos envolvidos, tendo em vista a
possibilidade de virem a ser consideradas tais pesquisas como uso de bens e serviços públicos com
finalidade eleitoral, vedada pelo art. 73, II, da Lei nº 9.504/97, “abuso do poder de autoridade”, infração
prevista no art. 22 da Lei Complementar nº 64/90 e, ainda, “publicidade institucional”, vedada pelo art. 73,
VI, “b”, da Lei nº 9.504/97.
Parecer n. 31/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/100326
Página 75
DIREITO ELEITORAL. POSSIBILIDADE DE ENQUADRAR AS DISTRIBUIÇÕES GRATUITAS DE BENS
DA UNIÃO ÀS ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS, OU DIRETAMENTE À
POPULAÇÃO NO ÂMBITO DO PROGRAMA “MINHA CASA MINHA VIDA”, NA EXCEÇÃO PREVISTA NA
PARTE FINAL DO ART. 73, § 10, DA LEI 9.504/97. I – Retorno dos autos com prestação de maiores
informações fáticas e jurídicas por parte da CONJUR/MP (Parecer nº 0506-5.12/2014/DPC/CONJUR-
MP/CGU/AGU) e manifestação da CONJUR/MCidades (NOTA nº 183/2014/CONJUR-
MCIDADES/CGU/AGU), em atendimento ao solicitado no DESPACHO nº 067/2014/SFT/CGU/AGU. II –
CONJUR/MP sustenta a tese de que, em virtude da finalidade vinculada ao PMCMV, as distribuições
gratuitas de bens da União às entidades e associações sem fins lucrativos e, se for o caso, aos
beneficiários finais, no âmbito do PMCMV, a tornam parte do programa social em tela, que estaria previsto
em lei específica (Lei nº 11.977/2009) e em execução orçamentária desde 2009, o que tornaria
juridicamente viável a sua concretização ainda que em ano eleitoral, em vista da exceção contida na parte
final do art. 73, §10 da Lei nº 9.504/97, posição também defendida pela CONJUR/MCidades. III – Pela
plausibilidade jurídica da tese defendida pela CONJUR/MP e CONJUR/MCidades, diante do contexto por
elas apresentado.
Parecer n. 044/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=23483612
DIREITO INTERNACIONAL
Página 76
CONTRIBUIÇÃO VOLUNTÁRIA AO PROGRAMA MUNDIAL DE ALIMENTOS. DESNECESSIDADE DE
APROVAÇÃO, PELO CONGRESSO NACIONAL, NOS TERMOS DOS ARTS. 49, I, E 84, VIII, DA
CRFB/88, DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO RESPECTIVO. POSSIBILIDADE DE EFETIVAÇÃO
DA DOAÇÃO COM BASE EM RUBRICA ORÇAMENTÁRIA ESPECÍFICA, DESDE QUE RESPEITADAS
AS DEMAIS REGRAS DE DIREITO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRO, EM ESPECIAL AS CONSTANTES
DA LDO, DO PLANO PLURIANUAL, DA LEI 4.320/64, DA LC 101/00 E DA CRFB/88. I – Desde que
firmado o posicionamento de que o Memorando de Entendimento a ser assinado entre o Brasil e o
Programa Mundial de Alimentos não acarretará qualquer compromisso exigível do país perante o direito
internacional, é de se entender desnecessária sua aprovação pelo Congresso Nacional, a teor dos arts. 49,
I, e 84, VIII, da CRFB/88. II – Em regra, não é necessária a existência de lei autorizativa específica para a
realização da doação em questão, desde que, para tanto, exista rubrica específica na lei orçamentária
anual, devendo, ainda, ser observadas todas as limitações constantes das normas de direito orçamentário-
financeiro, notadamente da LDO, do Plano Plurianual e da Lei 4.320/64, da LC 101/00 e da CRFB/88.
Parecer n. 113/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9205923
Página 77
PROJETO DE COOPERAÇÃO CBERS-3 E CBERS-4. IMPOSSIBILIDADE DE EMPREGO DE
RECURSOS QUE EXCEDAM OS LIMITES IMPOSTOS NO TRATADO INTERNACIONAL. PREVISÃO DE
DIVISÃO IGUALITÁRIA DOS CUSTOS ENTRE BRASIL E CHINA. INTELIGÊNCIA DO DECRETO Nº
6.560/08. I – A fim de preservar a regra de investimentos de idêntica proporção prevista no PROTOCOLO
COMPLEMENTAR (Decreto nº 6.560/08), deve o Governo brasileiro contabilizar os valores que
efetivamente tenha empregado no desenvolvimento dos satélites CBERS-3 e CBERS-4, convertidos em
dólares americanos pela cotação da época.
Parecer n. 023/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=15951706
Página 78
DIREITO INTERNACIONAL. DIREITO FINANCEIRO. ACORDO FIRMADO ENTRE O BRASIL E O
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE NÃO SUBMETIDO AO CONGRESSO
NACIONAL. PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA GENÉRICA CONSTANTE DA LEI N.º 12.558/2011.
PAGAMENTO VOLUNTÁRIO A ORGANISMO INTERNACIONAL. NECESSIDADE DE PREVISÃO
ORÇAMENTÁRIA ESPECÍFICA E NOMINAL. PRECEDENTES DO DECOR. Entende-se que as despesas
decorrentes do Acordo celebrado em 09/05/2012 entre a República Federativa do Brasil e o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA com o objetivo de organizar e promover o Dia Mundial do
Meio Ambiente não foram autorizadas pelo Congresso Nacional via rubrica orçamentária específica que
aponte nominalmente o organismo internacional beneficiário da contribuição voluntária, o que demonstra
inobservância dos requisitos estipulados nos Pareceres nº 69/2010/DECOR/CGU/AGU,
113/2011/DECOR/CGU/AGU, 104/2012/DECOR/CGU/AGU e 27/2016/DECOR/CGU/AGU.
Parecer n. 1/2017/DECOR/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00077/2017/DECOR/CGU/AGU Aprovo o Parecer nº 1/2017/DECOR/CGU/AGU e o Despacho nº
75/2017/DECOR/CGU/AGU. Consolida-se o entendimento no sentido de que, via de regra, os compromissos internacionais
gravosos, a serem assumidos pela República Federativa do Brasil, não prescindem de aprovação pelo Congresso Nacional, na
forma do art. 49, inciso I, da Constituição Federal, contudo, na esteira de precedentes desta Consultoria-Geral da União (Pareceres
nº 69/2010/DECOR/CGU/AGU, 113/2011/DECOR/CGU/AGU, 104/2012/DECOR/CGU/AGU e 27/2016/DECOR/CGU/AGU), terá
respaldo jurídico, mesmo sem autorização do Congresso Nacional, a previsão de contribuições voluntárias em favor de organismos
internacionais, desde que haja previsão legal de rubrica orçamentária específica, que aponte nominalmente o organismo
internacional beneficiário, observadas as demais disposições afetas à ordem orçamentária-financeira. Cientifique-se a
CONJUR/MMA, CONJUR/MRE e CONJUR/MTFC.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/19102359
DIREITO MINERÁRIO
Perdimento de bem mineral decretado em favor da União em processo criminal. Atribuição ao DNPM dos
valores obtidos com sua alienação. Interpretação do art. 5º, inciso VI, da Lei 8.876/94, conjugada com os
arts. 45, § 3º, do Código Penal, e 2º, inciso IV, da LC 79/94.
Parecer n. 013/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9604541
Página 79
MINERAÇÃO NA FAIXA DE FRONTEIRA. VIGÊNCIA DO ART. 3.º DA LEI Nº 6.634/79.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE REVISÃO DOS PARECERES AGU/JD-3/2003 E AGU/JD-1/2004.
NULIDADE DO ATO CDN Nº 219/1998. VALIDADE DO ATO CDN Nº 181/2009. I – A vigência do art. 3.º
da Lei Nº 6.634/79 indica a nulidade do Ato CDN Nº 219/1998, já constatada (Parecer Nº AGU/JD-3/2008 e
Despacho CGU Nº 354/2008) e recomenda o indeferimento do pedido da interessada. II – Inocorrendo
decadência, o Ato CDN Nº 219/1998 deve ser declarado nulo. III – A nulidade de pleno direito produz
efeitos ex tunc, ou seja, retroage à data de publicação do Ato CDN Nº 219/1998. IV – A nulidade
vislumbrada atinge a alteração societária assentida pelo Ato CDN Nº 219/1998, provocando a
irregularidade de todos os atos praticados pela Mineração Corumbaense Reunida S.A. enquanto seu
quadro societário se manteve em desconformidade com o art. 3.º da Lei Nº 6.634/79. V – O assentimento
prévio concedido pelo Ato CDN Nº 181/2009 regulariza, a partir de sua publicação, a situação da
Mineração Corumbaense Reunida S.A. no que tange às exigências de capital e controle por nacionais. VI –
A continuidade das operações da empresa Mineração Corumbaense Reunida S. A. entre as publicações
dos Atos CDN 219/1998 e 181/2009 atrai, em tese, a aplicação do art. 6.º da Lei Nº 6.634/79 e do art. 49
do Decreto Nº 85.064/80. VII – Após a declaração de nulidade do Ato Nº 219/1998, caberá ao
Departamento Nacional de Produção Mineral, provocado pela Secretaria Executiva do Conselho de Defesa
Nacional, nos termos do art. 7.º da Lei Nº 6.634/79 e da Lei Nº 8.876/94, apurar as eventuais infrações
cometidas e perseguir a multa legalmente prevista.
Parecer n. 120/2010/DECOR/CGU/AGU.
Parcialmente aprovado pelo Despacho nº 100/2010/JGAS/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9880483
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO – BOLSA - IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA – ISENÇÃO – ART. 26 DA LEI
Nº 9.250/95 – PROFISSIONAIS VINCULADOS AOS INSTITUTOS EDUCACIONAIS – POSSIBILIDADE –
EFEITOS PROSPECTIVOS 1. O parágrafo único do art. 26 estabelece na hipótese de isenção e não mera
norma interpretativa, razão pela qual sua aplicação deve ser prospectiva, na esteira do aclamado princípio
da irretroatividade tributária. 2. Diante da Interpretação restritiva imposta pelo art. 111, II do Código
Tributário Nacional, a norma de isenção deve se restringir aos servidores públicos que possuam vínculo
com as redes públicas de educação profissional, científica e tecnológica.
Parecer n. 28/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/79294
Página 80
TRIBUTÁRIO. DECRETO-LEI Nº 1.537, DE 1977. SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO.
PAGAMENTO. EMOLUMENTOS. UNIÃO. ISENÇÃO. NÃO APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.666, DE 1993. I - A
teor do Decreto-Lei nº 1.537, de 1977, do art. 39 da Lei nº 6830, de 1980, do art. 26-A da Lei nº 8.629, de
1993 e do art. 24-A da Lei nº 9.028, de 1995, é isenta a União do pagamento de emolumentos relativos a
atos notariais e registrais, quando estes forem necessários a sua atuação, judicial ou extrajudicial, de
modo a atender ao interesse público. Prejudicada a aplicação da Lei nº 8.666, de 1993.
Parecer n. 091/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/913809
ESTÁGIO CURRICULAR
Página 81
DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - SUDAM. Extinção. Sucessão da União
em direitos e obrigações. Posterior revogação da norma que previa a sucessão. Criação da nova SUDAM.
Autarquias distintas, apesar de homônimas. II - Controvérsia entre a Procuradoria-Geral Federal e a
Procuradoria-Geral da União acerca da instituição que deve atuar judicialmente nos casos relativos à área
de competência da extinta SUDAM. Conclusão pela competência da Procuradoria-Geral da União e de
seus órgãos de execução. III - Créditos do FINAM inscritos em dívida ativa devem ser executados pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e seus órgãos de execução.
Parecer n. 163/2011/DECOR/CGU/AGU.
Comissão Especial dos Ex-Territórios Federais de Rondônia, Amapá e Roraima – CEEXT. Consulta
acerca dos parâmetros de aplicabilidade de emendas constitucionais relativas ao funcionalismo dos ex-
Territórios. I – Manutenção de vínculo do servidor com a Administração no momento da transposição.
Necessidade. Exclusão dos aposentados, dos pensionistas e dos demitidos ou exonerados, exceto
aqueles que o foram por força dos Decretos nos 8.954, de 2000, 8.955, de 2000, 9.043, de 2000, e 9.044,
de 2000, do Estado de Rondônia, nos termos do art. 1º, inciso III, da Lei nº 13.121/2015; II - Parecer FC-3,
de 21 de novembro de 1989. Revogação tática pela Emenda Constitucional nº 19/1998. Dispositivo de lei
ordinária que faz referência a ato normativo já retirado do ordenamento jurídico. Inaplicabilidade. III -
Impossibilidade de alargamento de rol taxativo de dispositivo constitucional por ato infralegal. Supremo
Tribunal Federal. Precedentes. IV – Aqueles que não foram transpostos sob os fundamentos do Parecer
FC-3 da então Consultoria-Geral da República até o advento da Emenda Constitucional nº 19/98, não
fazem mais jus à transposição. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. V - Somente os
servidores expressamente mencionados pela Constituição da República por intermédio das Emendas
Constitucionais 19/98 com a redação dada pela EC 79/2014, 38/2002, e 60/2009, fazem jus à
transposição.
Parecer n. 00097/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/5643773
FINANÇAS PÚBLICAS
Página 82
CONTRATO ADMINISTRATIVO. PAGAMENTO DE VALORES ATRASADOS. NECESSIDADE DE SE
PROCEDER À CORREÇÃO MONETÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PREVISÃO CONTRATUAL. SITUAÇÃO
QUE NÃO AFASTA O DEVER DE CORRIGIR OS VALORES A SEREM PAGOS. ENTENDIMENTO
DOUTRINÁRIO. PRECEDENTES DO STJ E TCU. LEI 10192/01 E DECRETO 1110/94: VEDAÇÃO LEGAL
À INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM PERÍODO INFERIOR A UM ANO. POSSÍVEL
ILEGALIDADE DO DECRETO, MAS NECESSIDADE DE SUA OBSERVÂNCIA. PRINCÍPIO DA
HIERAQUIA QUE INFORMA A ATUAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS. I- A correção monetária destina-
se apenas a promover a recomposição do valor da moeda. Não representa um plus. II- O pagamento de
valores atrasados sem a referida correção geraria o enriquecimento sem causa do ente público. III-
Existência do dever de se proceder à correção dos atrasados, ainda que não haja previsão contratual. IV-
Entendimento que é esposado por relevante segmento doutrinário, pelo Tribunal de Contas da União, e
pela jurisprudência sedimentada do STJ. V- Vedação legal à incidência de correção monetária em período
inferior a um ano. Lei 10192/01 e Decreto 1110/94. VI- Aparente ilegalidade do Decreto, que estende a
vedação da Lei às hipóteses de atraso no pagamento pela Administração Pública. VII- O Decreto
consubstancia manifestação do Presidente da República, no desempenho de sua função de orientar e
dirigir a Administração Federal. VIII- Impossibilidade de o Advogado Público, sob a alegação de
ilegalidade, afastar comando exarado em Decreto. Princípio da hierarquia. IX- Impossibilidade do
pagamento de correção monetária na quitação com atraso de débitos referentes a contratos
administrativos, em período inferior a um ano. X-Entendimento que se coaduna com o encampado pelo
TCU e se afasta do defendido pelo STJ. XI– Incompatibilidade entre a Lei 10192/01 e o Decreto 1110/94,
que justificaria a alteração pontual do mesmo.
Parecer n. 166/2010/DECOR/CGU/AGU.
LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE – LIE. NATUREZA PÚBLICA DOS RECURSOS CAPTADOS PELO
PROPONENTE. PROPRIEDADE DA UNIÃO. IMPENHORABILIDADE. LEGITIMIDADE DA UNIÃO PARA
OPOR EMBARGOS DE TERCEIRO COM VISTAS A DESCONSTITUIR PENHORA QUE RECAIA SOBRE
TAIS RECURSOS. VIABILIDADE DE SE COMPELIR O PROPONENTE À PRESTAÇÃO PARCIAL DE
CONTAS QUANDO INICIADA A EXECUÇÃO DO PROJETO. I – Os recursos captados por intermédio da
LIE são de natureza pública, pertencendo à União, vez que decorrem de renúncia de arrecadação; II –
Sendo públicos, e, portanto, impenhoráveis, a União detém legitimidade para opor de embargos de terceiro
para desconstituir constrição judicial que os atinja; III – Uma vez iniciada a execução do projeto,
evidenciada pela transferência de recursos da conta bloqueada para a conta de livre movimentação, viável
é a exigência de prestação parcial de contas.
Parecer n. 138/2012/DECOR/CGU/AGU.
Página 83
DIREITO ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. PARECER Nº GQ 72. ART. 54 DA LEI Nº 4.320, DE
17 DE MARÇO DE 1964. COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS NÃO TRIBUTÁRIOS. MATÉRIA
PREVIDENCIÁRIA. ARTS. 114 E 115 DA LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991. I – O Parecer nº GQ
72, interpretando o art. 54 da Lei nº 4.320, de 1964, concluiu que não são aplicáveis as regras do Direito
Privado para a realização de compensação entre créditos de natureza não tributária no âmbito da
Administração Pública. II – Visa a regra prevista na Lei recepcionada com status de lei complementar
preservar a receita pública, sendo admissível a compensação, contudo, quanto aos créditos de natureza
tributária, em razão da expressa referência no art. 170 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, também
recepcionada com status de lei complementar (Código Tributário Nacional). III – A Constituição atribuiu à
lei ordinária a organização do regime geral da previdência social (art. 201), tendo sido editada a Lei nº
8.213, de 24 de julho de 1991, que prevê hipóteses de desconto nos benefícios para compensar créditos
da Previdência Social (arts. 114 e 115). IV - A hipótese dos autos tem previsão legal e, portanto, não trata
da compensação convencional regulada pelo Direito Privado, esta vedada pela Lei nº 4.320, de 1964, e
pelo Parecer nº GQ 72.
PARECER n. 080/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/617748
I. Consulta sobre a correta intepretação do art. 18, inciso XII, da Lei nº 12.919, de 24 de dezembro de 2013
(Lei de Diretrizes Orçamentárias). II. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, veda a participação em
licitação de empresas cujos sócios, administradores, empregados, controladores, etc., sejam servidores ou
dirigentes dos órgãos contratantes (art. 9º, inciso III). III. A interpretação a ser dada ao inciso XII do art. 18
da Lei nº 12.919, de 2013, tem que estar em consonância com aquela aplicada ao art. 9º, inciso III, da Lei
nº 8.666, de 1993. IV. No caso em tela a empresa a ser contratada não possui no seu quadro societário
servidor do órgão contratante. V. Recomenda-se o envio desta manifestação ao Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, para que analise a possibilidade de ajuste redacional da regra hoje
prevista no inciso XII do art. 18 da Lei nº 12.919, de 2013, no momento da edição da próxima lei de
diretrizes orçamentárias da União.
Parecer n. 68/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/460867
Página 84
DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO. COMPETÊNCIA. COBRANÇA DE CRÉDITOS. DIVERGÊNCIA ENTRE A
PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL (PGFN) E A PROCURADORIA-GERAL DA UNIÃO
(PGU). 1. A fim de evitar qualquer discussão a respeito da constitucionalidade da atuação da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, convém que o Advogado-Geral da União atribua formalmente ao
referido órgão de direção superior desta Advocacia-Geral da União competência para a cobrança dos
créditos inscritos em dívida ativa da União, seja de forma genérica, aplicável a todos os créditos, seja de
forma restrita, aplicável apenas aos créditos decorrentes de multas contratuais e da não aplicação ou do
desvio de recursos do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam). 2. A matéria encontra-se superada à
luz do disposto no art. 23 da Lei nº 11.457, de 16.03.2007, que atribui competência à PGFN.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 126/2007-HMB.
Execução orçamentária
Página 85
DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO FINANCEIRO. COMPETÊNCIAS. ATOS ADMINISTRATIVOS
NORMATIVOS. PORTARIA MP Nº 172/2015. LICITAÇÕES E CONTRATOS. CONTINGENCIAMENTO
ORÇAMENTÁRIO. SUSPENSÃO DE CONTRATAÇÕES. SENTIDO E ALCANCE DO TERMO
"REFORMA" DE IMÓVEIS. 1. Nos termos do Despacho nº 265/2008, do Exmo. Consultor-Geral da União,
as orientações das Consultorias Jurídicas que atuam perante os Ministérios, que tratem sobre matérias de
competência finalística das pastas, deverão ser seguidas pelas demais Consultorias Jurídicas da União,
por força do disposto no art. 11, III, da LOAGU, salvo se houver orientação diversa do Advogado-Geral da
União. 2. No entanto, a escorreita interpretação do § 2º do art. 8º-F, da Lei nº 9.028/95, e do art. 20 do Ato
Regimental AGU nº 05/07, é no sentido de que, em assuntos específicos do Ministério ou órgãos
assemelhados, cabe às Consultorias Jurídicas da União nos Estados ou no Município de São José dos
Campos solicitar manifestação da competente Consultoria Jurídica. Sem prejuízo da observância da
interpretação lançada pela CONJUR, e após observados os mecanismos internos de uniformização a que
se referem os arts. 13 a 15 do Ato Regimental AGU nº 01/16, poderá a CJU fixar interpretação da norma
de forma distinta para fins de solicitação da uniformização pelo DECOR/CGU. 3. O termo "reforma",
constante do inciso III do artigo 3º, da Portaria nº 172/2015, posteriormente alterada pela Portaria nº
255/2015, deve ser entendido à luz da compreensão e técnica adotada legislador ao editar a Lei de
Licitações, que fez questão de predeterminar que a expressão "obra" abrange todas as distinções feitas
entre meras reformas, fabricações, recuperações e ampliações. 4. Consequentemente, diante da não
utilização da mesma técnica naquela Portaria, além da ausência de sua retificação antes do seu
exaurimento, entre outros argumentos frisados nesta manifestação, demonstra-se que o termo não
corresponde, para os seus fins, a reparações, recuperações e ampliações necessárias. 5. Não poder haver
restrição/suspensão às contratações cujos objetos estão protegidos e impossibilitados de sofrer limitação
de empenho, nos termos do art. 9º, § 2º, da LRF, e do Anexo III da Lei nº 13.080, de 2 de janeiro de 2015
(LDO 2015), mesmo que não restem excepcionadas de forma expressa pela Portaria MPOG nº 172/2015.
É lição básica a existência de hierarquia entre as leis e os atos infralegais regulamentadores de sua
execução ou que excepcionalmente inovem na ordem jurídica. 6. A Lei de Responsabilidade Fiscal, em
seu art. 9º, § 2º, traz as obrigações constitucionais, legais e as ressalvas inseridas previamente na LDO
como hipóteses distintas para fins de obtenção de imunidade em face de futuras limitações de empenho.
Para isso é preciso que as obrigações contem com suporte constitucional e/ou legal suficiente, de forma
que elementos robustos corroborem a proteção (v.g. os detalhes insertos nas expressões/discursos
utilizados pelo legislador; o quilate da obrigação, entre outros), sob pena de nenhuma ser passível de
sofrer readequações temporárias em cenários de crise, à vista de não ser possível realizar despesas sem
base legal. 7. Na esteira do item "6", não é possível afastar a incidência de Portaria contingenciadora em
razão de leis específicas quanto ao tema regido, mas genéricas quanto à obrigatoriedade de
implementação das despesas. Por conseguinte, não bastam determinações de atuações que
indiretamente ocasionarão despesas, que contam com previsão orçamentária, mas na essência têm índole
programática e/ou não contam com qualquer disposição (constitucional ou infraconstitucional)
suficientemente apta a imunizá-la de contingenciamentos orçamentários.
Parecer n. 00018/2017/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/23074330
Fundos
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FUNDO DE INVESTIMENTO DA AMAZÔNIA (FINAM). TAXA DE ADMINISTRAÇÃO. BANCO DA
AMAZÔNIA S/A (BASA) E MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO (MPOG).
DIVERGÊNCIA NÃO CONFIGURADA. 1. O Decreto nº 6102/07, revigorado pelo Decreto n° 6222/07, deixa
claro que o Banco da Amazônia S/A é uma instituição financeira pública federal e, portanto, encontra-se
vinculado às determinações jurídicas emanadas do Ministério da Fazenda. 2. Ficou esclarecido que não
resta divergência quanto ao assunto, já que foi abrangido pelo Parecer PGFN/CAF/N° 195/2001 que obriga
os órgãos autônomos e entidades vinculadas ao Ministério da Fazenda.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 377/2007-PCN.
Gestão patrimonial
Transferências legais/constitucionais
RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS PREVISTOS NO ART. 56, VIII, E § 10, DA LEI N.º 9.615/98. REPASSE
DIRETO DA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL PARA A CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CLUBES
PREVISTO NO ART. 20, § 2.º, DO DECRETO N.º 7.984/2013. ILEGALIDADE. O art. 20, § 2.º, do Decreto
n.º 7.984/2013 ao determinar o repasse direto da Caixa Econômica Federal para a Confederação Brasileira
de Clubes dos recursos previstos no art. 56, VIII, e § 10, da Lei n.º 9.615/98 afronta a sistemática adotada
pela própria Lei n.º 9.615/98, bem como o art. 56 da Lei n.º 4.320/64.
Parecer n. 022/2014/DECOR/CGU/AGU.
Aprovado parcialmente pelo Despacho nº 158/2014/SFT/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/69178
Página 87
Transferências voluntárias
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EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 86/2015. § 13 DO ART. 166 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA OUTROS ENTES FEDERATIVOS. EMENDA PARLAMENTAR
INDIVIDUAL IMPOSITIVA. (DES)NECESSIDADE DE ADIMPLÊNCIA DO ENTE DESTINATÁRIO. I - O §
13 do art. 166 da CF não era aplicável no exercício financeiro de 2015, tendo em vista que a Emenda
Constitucional nº 86/2015, que introduziu o referido dispositivo à Constituição Federal, só entrou em vigor,
inovando no disciplinamento do tema, após o início da execução do ciclo orçamentário referente a 2015,
de modo que, no referido exercício financeiro, a realização de transferências, da União a outros entes
federativos, de recursos advindos de emendas parlamentares individuais impositivas dependia da
adimplência do ente destinatário. II - A sistemática do "orçamento impositivo", trazida pela Emenda
Constitucional nº 86/2015, tem aptidão para produzir os respectivos efeitos, independentemente da edição
da lei complementar, a que se refere o inciso III do § 9º do art. 165 da CF, de modo que, aliado ao
entendimento externado no item I acima, o § 13 do art. 166 da CF se aplica a partir do exercício financeiro
de 2016, ocasião em que a realização de transferências, da União a outros entes federativos, de recursos
advindos de emendas parlamentares individuais impositivas passou a independer da adimplência do ente
destinatário; e III - Recomenda-se a alteração da Portaria Interministerial MP/MF/CGU/SG-PR nº 39/2016,
a fim de esclarecer as implicações da incidência do § 13 do art. 166 da CF a partir do exercício financeiro
de 2016, nas transferências, da União para outros entes federativos, de recursos oriundos de emendas
parlamentares individuais impositivas, no sentido tanto de viabilizar a operacionalização da novidade
legislativa em foco no âmbito da Administração Pública Federal, quanto de atribuir segurança jurídica ao
tema, sem prejuízo de outras eventuais modificações em atos normativos infralegais diversos aplicáveis à
questão.
Parecer n. 016/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/6749538
LICITAÇÃO
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CONSULTA. ART. 5º DO DECRETO Nº 7.446, DE 1º DE MARÇO DE 2011. RESTRIÇÕES DE
DESPESAS PÚBLICAS EM 2011. SUSPENSÃO DE NOVAS CONTRATAÇÕES. PORTARIA Nº 54, DE 15
DE ABRIL DE 2011. CONTROLE PRÉVIO DE LEGALIDADE DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS
EM CURSO. I - Possibilidade ou não de realização de controle prévio de legalidade dos procedimentos
licitatórios nos casos em que foram suspensas as novas contratações. Possibilidade. Contratação
condicionada à autorização do MPOG. II - Medida salutar. Proporcionará ao Ministério melhores condições
de avaliar efetivamente a necessidade do afastamento da aplicação do mencionado Decreto. Agilidade no
procedimento.
Parecer n. 034/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=5321935
Página 90
CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS TRABALHISTAS INSTITUÍDA PELA LEI Nº 12.440/2011.
REQUISITO PARA HABILITAÇÃO EM LICITAÇÕES PÚBLICAS. EXIGÊNCIA ALCANÇA, EM REGRA, OS
CONTRATOS CELEBRADOS APÓS A VIGÊNCIA DA LEI Nº 12.440/2011. EXCEÇÃO COMPREENDE AS
PRORROGAÇÕES DA VIGÊNCIA DE CONTRATOS RELATIVOS A SERVIÇOS DE NATUREZA
CONTÍNUA. I – Em regra, a exigência de comprovação de regularidade trabalhista para habilitação em
licitações públicas imposta pela Lei Nº 12.440/2011 só alcança os contratos celebrados a partir de sua
vigência (cento e oitenta dias após 08/07/2011, conforme a vacatio legis prevista em seu art. 4.º). II – A
obrigação de a contratada manter a regularidade trabalhista pode ser ajustada nos casos de prorrogação
de contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua, conforme o art. 57, II, da Lei
Nº 8.666/93, celebrados antes da vigência da Lei Nº 12.440/2011. III – Aceitar a prorrogação da vigência
de contrato sem a apresentação da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas não é vantajoso para a
Administração, que ficaria vulnerável diante do teor do Enunciado Nº 331 da Súmula de Jurisprudência do
Tribunal Superior do Trabalho. IV – Se presentes as condições exigidas para a prorrogação de vigência
prevista no art. 57, II, da Lei Nº 8.666/93, a Administração tem o dever de buscar a introdução da
obrigação de manutenção da regularidade trabalhista no contrato por meio de termo aditivo. V – Se a
contratada não concordar com a inclusão de cláusula que exija sua regularidade trabalhista, haverá
necessidade de realização de outro certame licitatório.
Parecer n. 065/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14050629
Página 91
LICITAÇÃO. AQUISIÇÃO DE AERONAVES NOVAS. NECESSIDADE DE ALIENAÇÃO DE AERONAVES
USADAS JÁ DEFASADAS TECNOLOGICAMENTE. COMPRA DE AERONAVES NOVAS COM A
UTILIZAÇÃO DE USADAS COMO PARTE DO PAGAMENTO. POSSIBILIDADE. JURISPRUDÊNCIA DO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA. AQUISIÇÃO POR DISPENSA
FUNDAMENTADA NO ART. 24, XIX, DA LEI N.º 8.666/93. VIABILIDADE DE APLICAÇÃO DO ART. 25,
CAPUT, DA LEI N.º 8.666/93 PARA JUSTIFICAR A INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO EM RELAÇÃO À
ALIENAÇÃO DAS AERONAVES USADAS. POSSÍVEL USURPAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS DESTA
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. I – É juridicamente possível a aquisição de aeronaves novas, por
dispensa de licitação fundamentada no inciso XIX do art. 24 da Lei n.º 8.666/93, com a utilização de
usadas como parte do pagamento (modelo que reúne a aquisição simultânea de bens particulares e a
alienação de bens públicos inservíveis em um mesmo procedimento). II – A comprovação da inviabilidade
de competição torna inexigível a licitação para a alienação representada pela utilização das aeronaves
usadas como meio de pagamento, na forma do caput do art. 25 da Lei n.º 8.666/93; III – A Administração
deve demonstrar a vantagem da adoção desse modelo conjugado em relação à aquisição e alienação
isoladas dos bens. IV – A possível usurpação das competências desta Advocacia-Geral da União apontada
nos §§ 11 a 14 deste parecer deve ser apreciada pela Corregedoria-Geral da Advocacia da União.
Parecer n. 045/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=23421469
Página 92
DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO TRIBUTÁRIO. LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.
REPERCUSSÕES TRIBUTÁRIAS. FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO – FAP. DIMINUIÇÃO DOS
ENCARGOS CONTRATUAIS PARA A QUAL CONCORRE A CONTRATADA. POSSIBILIDADE DE
REPACTUAÇÃO CONTRATUAL EM FAVOR DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. AUMENTO DOS CUSTOS
CONTRATUAIS PARA O QUAL CONCORRE A CONTRATADA. IMPOSSIBILIDADE DE REPACTUAÇÃO
CONTRATUAL EM FAVOR DA CONTRATADA. 1. A controvérsia cinge-se à analise das consequências
da diminuição dos encargos tributários sobre os contratos administrativos em decorrência da aplicação do
FAP (Fator Acidentário de Prevenção). Mais especificamente, acerca da (im)possibilidade de repactuação
contratual em favor da Administração Pública, em que pese a sociedade empresária ter promovido maior
prevenção no âmbito da segurança no trabalho. 2. O ponto guarda ligação, de forma semelhante, com as
implicações provenientes de aumento dos ônus tributários - em decorrência do FAP, cujo entendimento do
DECOR/CGU, no Parecer nº 150/2010/DECOR/CGU/AGU, foi no sentido de não constituir causa apta a
viabilizar a aplicação da revisão em favor do particular contratado. Embora não se tenha tratado de
repactuação, a premissa de que a majoração da contribuição tributária, mediante a aplicação do FAP,
depende predominantemente do comportamento voluntário do empregador, aplica-se ao presente caso. 3.
Tanto nas hipóteses de diminuição, quanto de aumento, o comportamento e a atuação do contratado são
decisivos para fins de determinação do FAP e do respectivo ônus tributário. Quando há aumento dos
custos, a Administração Pública tem defendido a impossibilidade de acolher a pretensão do particular de
repactuação (ou até mesmo de revisão), vez que além de depender de seu comportamento (que não pode
ser contraditório), a razão de ser do FAP é justamente estimular a adoção de medidas que reduzam os
acidentes de trabalho, entre outros fundamentos que podem ser aplicados. Para o Tribunal de Contas,
constatada a diminuição dos custos na execução contratual, é imperiosa a repactuação do preço em favor
da Administração. 4. A função extrafiscal tributária, aplicada pelo Estado-legislador ao considerar o FAP
para fins de determinação da alíquota tributária, não pode ser elastecida pelo Estado-administrador para
que se estipulem benefícios ou incentivos, ainda que de forma indireta, em favor do particular. A
extrafiscalidade pode abarcar diversos aspectos, cujas definições e avaliações acerca das consequências
estão insertas na política tributária extrafiscal, pertencente à liberdade de conformação do legislador.
Assim, a interpretação dos institutos de direito administrativo não pode viabilizar a ampliação das funções
extrafiscais, que se correlacionam com o regime jurídico administrativo. 5. A adoção de boas medidas,
relacionadas à prevenção acidentária, de modo a reduzir o ônus tributário, continuam sendo estimuladas
mesmo quando, vislumbrada a diminuição dos custos contratuais, ocasionem a repactuação em favor da
Administração Pública. Isso é possível porque a diminuição dos respectivos ônus tributários - sobre o
particular, à luz do regime jurídico tributário e da política tributária extrafiscal, não precisa ser sentida nos
contratos em andamento, sendo suficiente a aplicação dos benefícios da extrafiscalidade (v.g. redução na
estimativa dos custos) em contratações posteriores. Além disso, a piora ou a mera manutenção de
desempenho negativo na esfera acidentária, ocasionam os efeitos negativos da majoração ou da
persistência da carga tributária onerosa, sendo bastante para consubstanciar forma de pressão que
impulsione a adoção ou modificação voluntária de comportamento, mesmo quando há repactuação em
proveito da Administração Pública. 7. Em se tratando de contratos administrativos onde a Administração
Pública consta como parte, não há que se falar em isonomia perfeita, pois todos as avenças celebradas
sofrem as derrogações próprias das normas publicistas, mesmo os pactos de Direito Privado. In casu, a
diferença de tratamento em face do particular decorre do regime jurídico tributário (jus imperii) e do
administrativo (indisponibilidade do interesse público), não podendo a função extrafiscal analisada
funcionar como "via de mão dupla", à míngua de previsão legal, inobstante necessite de aperfeiçoamentos.
PARECER n. 00046/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/9025490
Dispensa de licitação
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I – Ajuda Humanitária do Brasil ao Haiti. Estado de Emergência. Possibilidade, em tese, de contratação
direta. Aplicabilidade do art. 24, inciso IV, da Lei nº 8.666/93, a situações de emergência fora do território
nacional.
Parecer n. 004/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=5462962
Serviço de classificação de produtos vegetais importados. Prerrogativa exclusiva do Poder Público. Serviço
de apoio operacional e laboratorial. Licitação. Pregão eletrônico. Excepcionalidade da dispensa prevista no
art. 24, IV, da Lei Nº 8.666/93. I – A atividade de classificação dos produtos vegetais importados, por força
do § 2.º do art. 1.º da Lei Nº 9.972/200, é “prerrogativa exclusiva do Poder Público”; II – O art. 8.º do
Decreto Nº 6.268/2007 admite a prestação de serviços de apoio operacional e laboratorial à classificação
dos produtos vegetais importados por empresas credenciadas; III – A contratação de empresas
credenciadas para prestar apoio operacional e laboratorial ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento quando da classificação dos produtos vegetais importados é juridicamente lícita; IV – O
serviço de apoio operacional e laboratorial pode ser tido como comum, o que permite a licitação sob a
modalidade de pregão eletrônico (art. 1.º da Lei Nº 10.520/2002 e arts. 1.º e 4.º do Decreto Nº 5.450/2005);
V) O inciso IV do art. 24 da Lei Nº 8.666/93 trata de situação excepcionalíssima e somente a
demonstração dos requisitos exigidos pela doutrina e pela jurisprudência pode legitimar a contração direta
dos serviços de apoio operacional e laboratorial à classificação de produtos vegetais importados.
Parecer n. 034/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12371103
Página 94
CONTRATAÇÃO DIRETA DA TELEBRÁS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA REDE PRIVATIVA DE
COMUNICAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL. INAPLICABILIDADE DA HIPÓTESE DE
DISPENSA DE LICITAÇÃO PREVISTA NO ART. 24, VIII, DA LEI 8.666/93. IMPOSSIBILIDADE DE
DEFINIÇÃO, EM TESE, DA VIABILIDADE DE CONTRATAÇÃO PELA INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
PREVISTA NO ART. 25 DA LEI 8.666/93. I – A TELEBRÁS não pode ser considerada “concessionária
geral para a exploração dos serviços de comunicação”, competindo atualmente à ANATEL a delegação
dos referidos serviços, conforme se extrai da Lei 9.472/97. II – A hipótese de dispensa de licitação do art.
24, VIII, da Lei 8.666/93 exige tenha sido a entidade contratada criada especificamente para o fim de
atender a Administração Pública, não se aplicando, portanto, à TELEBRÁS. Incidência da ON/AGU nº
13/09. III – A hipótese de dispensa de licitação do art. 24, inciso VIII, da Lei 8.666/93 exige que o bem ou
serviço objeto da contratação direta estivesse incluído no objeto da entidade contratada anteriormente à
edição da Lei 8.666/93, não se aplicando, portanto, à implementação da Rede Privativa de Comunicação
da Administração Federal, prevista entre as atribuições da TELEBRÁS pelo Decreto 7.175/10. III – A
viabilidade da contratação por inexigibilidade de licitação deve ser analisada em cada caso concreto, não
sendo possível a definição, em tese, da viabilidade de contratação direta da TELEBRÁS com base na
hipótese legal do art. 25 da Lei 8.666/93.
Parecer n. 106/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=16564035
Inexigibilidade de licitação
Página 95
SOLUÇÃO DE CONTROVÉRSIAS. UNIFORMIZAÇÃO DE TESES JURÍDICAS. CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇOS DE DISTRIBUIÇÃO DE PUBLICIDADE LEGAL COM A EBC. CONSIDERAÇÕES ACERCA DA
NATUREZA JURÍDICA E DO FUNDAMENTO LEGAL DA CONTRATAÇÃO DIRETA. Contratação direta da
Empresa Brasil de Comunicação – EBC para a prestação dos serviços de distribuição da publicidade legal
da Administração Pública Federal. Inexigibilidade de licitação. Monopólio legal instituído pelo inciso VI, do
caput, do art. 8º, da Lei 11.652/08. Interpretação baseada na jurisprudência do TCU sobre a legislação de
regência da matéria à época da extinta RADIOBRÁS. II – Necessidade de compatibilidade dos preços
praticados pela EBC com o mercado. Inteligência do inciso II, do §2º, do art. 8º, da Lei 11.652/08.
Sugestão de remessa de cópia do expediente aos órgãos de controle com vistas a garantir maior eficiência
à atuação da EBC
Parecer n. 041/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10035051
Modalidades de licitação
Pregão
PREGÃO. VEDAÇÃO À CONTRATAÇÃO DE OBRAS DE ENGENHARIA. POSSIBILIDADE DE
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMUNS DE ENGENHARIA. I - Consulta acerca da interpretação do art.
6º do Decreto nº, 5.450/05. II – Decisões do Tribunal de Contas da União reconhecendo a
inconstitucionalidade da mencionada norma. III – Distinção entre obras e serviços de engenharia e
respectivo tratamento legislativo; IV – Vedação legal à realização da modalidade licitatória pregão para
obras de engenharia. Art. 1º lei nº. 10.520/02 c/c art. 6º, I e II da Lei nº. 8.666/93. Adequação da vedação
prevista no art. 6º do Decreto nº. 5.450/05. V – Possibilidade de contratação de serviços de engenharia por
pregão, desde que se tratem de serviços comuns. VI - Fixação da interpretação a ser seguida pelas
Consultorias Jurídicas ou órgãos equivalentes e Núcleos de Assessoramento Jurídico. Sugestão de
encaminhamento de recomendação ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao
Departamento de Assuntos Extrajudiciais – DEAEX da Consultoria-Geral da União e à Casa Civil da
Presidência da República.
Parecer n. 075/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=21603860
Procedimento
Página 96
IN/SLTI/MPOG nº 02/2009. EXAME DE LEGALIDADE DA DECLARAÇÃO DE “ELABORAÇÃO
INDEPENDENTE DE PROPOSTA”. PROCEDIMENTO A SER ADOTADO PELOS ADVOGADOS DA
UNIÃO QUANDO ENTENDEREM PELA ILEGALIDADE DE ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS. I- A
IN/SLTI/MPOG nº 02/2009, por representar projeção concretizadora de diversos princípios e regras
constitucionais e legais que regem a matéria afeta às licitações, não se encontra eivada de vícios de
ilegalidade ou inconstitucionalidade. II- Ao analisar o correto procedimento a ser seguido pelos membros
desta Advocacia-Geral da União quando entenderem pela ilegalidade de atos normativos secundários,
distinguimos as seguintes situações: i) Quando a autoridade responsável pela edição do ato for
assessorada pelo órgão que realiza tal análise, deve-se recomendar à mesma a alteração dos atos
normativos. ii) Quando a autoridade responsável pela edição do ato não for assessorada pelo órgão que
realiza tal análise, deve-se informar essa situação ao órgão incumbido de prestar assessoramento jurídico
a tais autoridades. iii) Quando houver divergência entre órgãos e entidades da Administração Federal, a
questão deverá ser encaminhada a esta Consultoria-Geral da União, para uniformização de entendimento.
III- Logo, o procedimento a ser adotado jamais passa pela simples recomendação de que se afaste a
aplicação de atos editados pelos órgãos que detém legitimidade democrática para tanto com fundamento
em análise de conveniência e oportunidade. IV- Em razão da relevância da matéria, sugerimos o
encaminhamento de orientação aos órgãos consultivos nos termos expostos.
Parecer n. 164/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=7453795
Página 97
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – PENALIDADE –IMPEDIMENTO DE CONTRATAR COM O PODER
PÚBLICO E RECEBER BENEFÍCIOS OU INCENTIVOS FISCAIS OU CREDITÍCIOS – OS EFEITOS DA
SENTENÇA COMEÇAM A SURTIR EFEITOS A PARTIR DO TRÂNSITO EM JULGADO – PARECER
DECOR/CGU/AGU Nº 113/2010. I – O termo inicial para a contagem da pena de impedimento para
contratar com a União e receber benefícios creditícios e fiscais conta-se do trânsito em julgado da
sentença condenatória em ação de improbidade. Precedente RESP nº 993.658/SC. Exceção quando a
sentença foi executada provisoriamente (art. 20, da Lei de Improbidade Administrativa). Parecer
DECOR/CGU/AGU Nº 113/2010, aprovado pelo Advogado-Geral da União. II – Sentença transitada em
julgado em 17 de janeiro de 2008, como narrado nos autos, teve seus efeitos exauridos em 17 de janeiro
de 2011.
Parecer n. 095/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=8067343
Página 98
Licitação. Requisito de habilitação. Qualificação econômico-financeira. Certidão negativa de concordata.
Art. 31, II, Lei nº 8.666/93. Requisito extensível à recuperação judicial ou extrajudicial prevista na Lei nº
11.101/05. Requisito facultativo. Art. 32, § 1º c/c art. 80, § 2º, ambos da Lei nº 8.666/93. Obrigatoriedade
de exigir a certidão negativa de concordata e recuperação nas licitações para contratação de serviços
continuados com dedicação exclusiva de mão de obra.
Parecer n. 00002/2016/CPLC/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00025/2017/DECOR/CGU/AGU Aprovo em todos os seus termos, e por seus próprios fundamentos, o inteiro teor do
judicioso Parecer nº 2/2016/CPLC/CGU/AGU (seq. 46), aprovado pela Comissão Permanente de Licitações e Contratos
Administrativos, conforme Despacho n. 17/2016/CPLC/CGU/AGU (seq. 55). De fato, na esteira do art. 47 da Lei nº 11.101, de 2005,
a recuperação judicial se volta para "viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a
manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação
da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica". Nestes termos, interpretação, a contrario sensu, do Art. 52,
inciso II, da Lei nº 11.101, de 2005, revela que, em tese, desde que preenchidos os demais requisitos de habilitação, inclusive a
qualificação econômico-financeira, não há empecilho jurídico para que empresas em recuperação judicial ou extrajudicial participem
de certames e contratem com a Administração Pública, notadamente nas hipóteses delimitadas pelo Art. 32, § 1º, da Lei nº 8.666,
de 1993 (fornecimento de bens para pronta entrega). A certidão negativa de recuperação deve ser exigida nas hipóteses em que o
eventual inadimplemento das obrigações contratuais enseje severos prejuízos à Administração e nos casos em que a execução do
contrato demande que a empresa tenha consistente condição econômico-financeira, ao contrário, não deve ser exigida referenciada
certidão negativa se houver outra maneira menos gravosa para se garantir o contratante contra prejuízos porventura decorrentes da
inexecução do contrato administrativo. Como bem lançado no Parecer ora aprovado, nos contratos com dedicação exclusiva de mão
de obra deve necessariamente ser exigida a certidão negativa de recuperação, nos termos do que foi consignado pela Comissão
Permanente de Licitações e Contratos Administrativos no item 2 do Termo de Reunião nº 8/2016/CPLCA/CGU/AGU (seq. 57).
https://sapiens.agu.gov.br/documento/8361518
Registro de preços
Página 99
UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS NAS AQUISIÇÕES DE PRODUTOS
FORNECIDOS COM EXCLUSIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DO §1º, DO ART. 15, DA LEI
8.666/93 E DO ART. 3º DO DECRETO 3.931/01. JURISPRUDÊNCIA DO TCU. UTILIZAÇÃO DO
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS NAS CONTRATAÇÕES DE SERVIÇOS COMUNS DE
ENGENHARIA. POSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 11 DA LEI 10.520/02 E 1º DO DECRETO
3.931/01. JURISPRUDÊNCIA DO TCU. 1. O Sistema de Registro de Preços é incompatível com o
procedimento de inexigibilidade de licitação, tendo em vista que o §1º, do art. 15, da Lei 8.666/93 dispõe
que a utilização daquele deve ser precedida de “ampla pesquisa de mercado” e o art. 3º do Decreto
3.931/01 determina que a licitação para o mesmo deve ser realizada nas modalidades de concorrência ou
pregão. 2. Tendo os arts. 11 da Lei 10.520/05 e 1º do Decreto 3.931/01, ao prever a utilização do Sistema
do Registro de Preços na contratação dos “serviços comuns”, não estabelecido ressalva quanto aos
serviços de engenharia, é de se entender pela possibilidade da utilização daquele na contratação de
“serviços comuns de engenharia”.
Parecer n. 159/2010/DECOR/CGU/AGU.
Página 100
ADMINISTRATIVO. LICITAÇÃO E CONTRATO ADMINISTRATIVO. PREGÃO ELETRÔNICO E SISTEMA
DE REGISTRO DE PREÇOS. CONTRATAÇÃO DO SERVIÇO DE GERENCIAMENTO DE FROTA COM
FORNECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS. ADESÃO A ATA DE REGISTRO DE PREÇOS. LIMITES DE
ATUAÇÃO DO ÓRGÃO RESPONSÁVEL POR ANALISAR JURIDICAMENTE A PROPOSTA DE ADESÃO.
IMPUGNAÇÕES À ADOÇÃO DO ALUDIDO SERVIÇO E AO PREGÃO QUE ORIGINOU A ATA DE
REGISTRO DE PREÇOS CUJA ADESÃO SE ALMEJA. I – Cumpre ao órgão jurídico-consultivo que se
manifestará a respeito da proposta de adesão a ata de registro de preços também examinar a licitação que
deu origem a esta a despeito de isso já ter sido feito por órgão congênere, devendo eventual divergência
ser submetida a este DECOR/CGU; II – O contrato de prestação de serviço de gerenciamento de frota com
fornecimento de combustíveis é de jaez misto, nele preponderando o serviço continuado, e não o
fornecimento de bens, o que dá ensejo à aplicação do art. 57, II, da Lei nº 8.666/1993 e, portanto, à
prorrogação da avença por períodos iguais e sucessivos, respeitado o limite de 60 (sessenta) meses; III –
a eventual cisão do objeto da licitação, vale dizer, a separação do fornecimento de combustíveis do serviço
de gerenciamento de frota, não desponta técnica ou economicamente viável, o que a inviabilizaria; IV – não
deslegitima o contrato de gerenciamento de frota com fornecimento de combustíveis o fato deste – o
fornecimento de combustíveis – ser prestado por terceiros, ou seja, pessoas (in casu, postos de
abastecimento) que não figuram como partes da avença celebrada pela Administração Pública; V –
inocorre redução da competitividade e tampouco se ofende as exigências de isonomia e de seleção de
proposta mais vantajosa para a Administração Pública (art. 3º, da Lei nº 8.666/1993) ao se preferir
contratar o serviço de gerenciamento de frota com fornecimento de combustíveis ao invés de se adquirir
apenas os combustíveis junto a postos de abastecimento; VI – as dificuldades em se realizar o empenho
para o pagamento pelo serviço de gerenciamento de frota com fornecimento de combustíveis aparenta ser
de rasgo meramente operacional, o que há de ser confirmado pela órgão competente do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão – MP; VII – improcede a alegação de que a SR/DPF/RJ não observou
as recomendações que lhe fez o então NAJ/RJ. Todavia, há de ser apurada a notícia de que aquele órgão,
em desobediência ao art. 38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/1993, não submeteu ao órgão jurídico-
consultivo as minutas referentes ao pregão eletrônico que realizou posteriormente ao que foi cancelado;
VIII – não há empecilho à utilização da menor taxa de administração como único critério de seleção da
proposta mais vantajosa, malgrado se prefira, no que toca ao serviço de gerenciamento de frota com
fornecimento de combustíveis, que o órgão ou entidade licitante se valha, como parâmetro, do maior
desconto incidente sobre o preço médio cobrado pelos combustíveis na localidade em que ocorreu o
correspondente abastecimento, divulgado semanalmente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural
e Biocombustíveis – ANP em sua página na Internet; IX – na medida em que os postos de abastecimento
credenciados não são partes no contrato que a empresa prestadora do serviço de gerenciamento de frota
com fornecimento de combustíveis pactuou com a Administração Pública, esta não lhes pode imputar
obrigações, mas apenas à contratada; X – o fato de o edital e contrato do pregão eletrônico realizado pela
SR/DPF/RJ não possuírem disposições semelhantes ao que foi engendrado pelo eg. TCU objetivando a
contratação do mesmo serviço não torna aquele viciado ou passível de rejeição; XI – fazendo-se presente
nos autos a justificativa da SR/DPF/RN para sua intenção de aderir à Ata de Registro de Preços gerada
pelo Pregão Eletrônico nº 01/2008-SR/DPF/RJ, também não procede a alegação de que tal adesão foi
desmotivada. De outro lado, a eventual falsidade dos dados utilizados há de ser averiguada pelos órgãos
de controle interno e/ou externo, e não pelo órgão responsável por realizar a análise jurídica do certame;
XII – revela-se presente nos autos, por igual, o termo de referência cuja falta foi suscitada pelo ex-NAJ/RN;
XIII – ao revés, não consta do dossiê a comprovação de disponibilidade orçamentária e a Declaração de
Responsabilidade Fiscal, o que, se confirmado nos autos do processo original, tornará a despesa não-
autorizada, irregular e lesiva ao patrimônio público, conforme prescreve o art. 15, da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e seu autorizador passível de punição; XIV – a
ausência no instrumento contratual de cláusulas que prescrevam a vinculação da contratada às regras do
edital da licitação e à proposta da licitante vencedora, indiquem a legislação a ser aplicada
subsidiariamente e, por fim, obriguem a contratada a manter, ao longo da vigência do ajuste, as condições
de habilitação e qualificação requeridas na disputa licitatória o torna viciado, vez que a doutrina
especializada defende que, embora consideradas necessárias pelo art. 55, da Lei nº 8.666/1993, são, em
verdade, apenas desejáveis.
Parecer n. 158/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12423869
Página 101
HIPÓTESES DE CABIMENTO DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS. TAXATIVIDADE DO ROL
CONSTANTE DO ART. 3º DO DECRETO Nº 7.892/13. JURISPRUDÊNCIA DO TCU.
OBRIGATORIEDADE DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS NAS HIPÓTESES
PREVISTAS NO REFERIDO DISPOSITIVO REGULAMENTAR. ART. 15 DA LEI Nº 8.666/93.I – Conforme
entendimento do Tribunal de Contas da União, é taxativo o rol de hipóteses de cabimento do SRP previsto
no art. 3º do Decreto nº 7.892/13. II – A utilização do SRP nas hipóteses previstas no art. 3º do Decreto nº
7.892/13 é dever da Administração, sendo possível a não adoção do referido sistema em situações
excepcionais, mediante a devida fundamentação da autoridade competente. Inteligência do art. 15 da Lei
nº 8.666/93.
Parecer n. 109/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/486393
Página 102
EMISSÃO DE PASSAGENS. AUTORIZAÇÃO DE VIAGEM. ADVOGADO DA UNIÃO. ENTREGA DE
CONDECORAÇÃO PELO COMANDO DO 1º DISTRITO NAVAL. EMISSÃO DE PASSAGENS. LEI Nº
8.112/1990, ART. 58 E ART. 60. IMPOSSIBILIDADE. 1. A homenagem ao servidor é uma liberalidade
concedida pela Marinha do Brasil e, consequentemente, inexiste norma retratando a obrigatoriedade desta
Advocacia-Geral em custear a ida do servidor ao local da cerimônia. 2. Indeferimento do pleito pela
impossibilidade de enquadramento da cerimônia de entrega de medalha em hipótese de deslocamento a
serviço, nos moldes da Portaria CGU/AGU nº 4, de 2007. 3. Foi proposta a apreciação pela chefia imediata
do servidor sob critérios de conveniência e oportunidade para que fosse autorizado o comparecimento do
servidor ao evento, desde que patrocinado por recursos próprios.
Nota n. AGU/CGU/DECOR Nº 354/2007-PGO.
Página 103
ACUMULAÇÃO DE CARGOS. INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA. REQUERIMENTO. VACÂNCIA.
PROCURADOR FEDERAL. ESTÁGIO PROBATÓRIO. EXONERAÇÃO. DIVERGÊNCIA. RECONDUÇÃO.
EFEITO JURÍDICO. OBRIGATORIEDADE. PARECER AGU GM-13. NOTA Nº AGU/MC-11/2004. 1.
Deferimento em pedido de vacância decorrente da posse em cargo público inacumulável em discordância
com a manifestação desta Advocacia-Geral da União de vinculação obrigatória a toda Administração
Pública Federal - Parecer AGU JT-3 (anexa NOTA DECOR/CGU/AGU N° 108/2008-JGAS). 2. Restou
superado o entendimento da NOTA Nº AGU/MC-11/2004.
Despacho do Consultor-Geral da União n. 271/2009.
http://webdoc.agu.gov.br/goldendoc/index.asp?op=download&appname=Notapar&basename=NOTAPAR&file=8430_
72F2_inteiro_teor_digital_arq_upload
Página 104
CONTROLE INTERNO DAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS LEVADAS A EFEITO PELAS UNIDADES
DA AGU. COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS INTEGRANTES DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO
PODER EXECUTIVO FEDERAL. CORREIÇÃO SOBRE OS ASPECTOS TÉCNICO-JURÍDICOS DA
ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA AGU. COMPETÊNCIA DA CGAU. I – Não tendo a CRFB/88, notadamente
em seu art. 70, ao tratar do controle interno, apresentado ressalva quanto a qualquer órgão, conclui-se que
a “fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial” a cargo do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo Federal abrange toda a Administração Pública Federal, inclusive os
órgãos integrantes da Advocacia-Geral da União. II – A teor do art. 5º, I e II, da LC 73/93, compete à
CGAU as atividades de correição sobre os aspectos técnico-jurídicos da atuação das unidades da AGU.
Parecer n. 150/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12405764
Página 105
DIVERGÊNCIA JURÍDICA ENVOLVENDO A PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL E A
CONSULTORIA-GERAL DA UNIÃO. NECESSIDADE DE SOLUÇÃO PELO ADVOGADO-GERAL DA
UNIÃO NOS TERMOS DA LEI COMPLEMENTAR N.º 73/93. SUGESTÃO DE SUBMISSÃO DO PARECER
N.º 158/2011/DECOR/CGU/AGU AO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. I – A Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional somente está vinculada a um parecer aprovado pelo Consultor-Geral da União após sua
aprovação pelo Advogado-Geral da União. II – O Parecer n.º 158/2011/DECOR/CGU/AGU deve ser
submetido ao Advogado-Geral da União para adquirir obrigatoriedade perante a Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional.
Parecer n. 84/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/536652
Alteração de exercício
Administrativo. Servidor. Designação para o exercício de função de confiança. Companheiro sob chefia
imediata. Vedação legal. Princípios da impessoalidade, da isonomia, da eficiência e da moralidade.
Parecer n. 082/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12371218
Exercício divergente
PATRIMÔNIO DA UNIÃO
Página 106
PATRIMÔNIO DA UNIÃO. BENS IMÓVEIS. ALIENAÇÃO. UNIÃO FEDERAL. AFORAMENTO. BR
DISTRIBUIDORA. IMPLANTAÇÃO. TERMINAL PESQUEIRO PÚBLICO. MUNICÍPIO DO RIO DE
JANEIRO. PARECER AJUR/SEAP/PR Nº 86/2007. COMPETÊNCIA. 1. Trata-se de solicitação do
Secretário Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República ao Advogado-Geral da União para
análise referente à implantação do Terminal Pesqueiro Público da cidade do Rio de Janeiro. 2. Aquisição
de imóvel que se encontra na posse da BR Distribuidora na forma de aforamento em que lhe permite seu
uso, já que é proprietária do domínio útil, sendo possível a alienação em favor da União. 3. Como a
Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca é órgão que integra a Presidência da República, compete à
Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República prestar o seu
assessoramento jurídico, segundo determina o art. 16, inc. VII, do Decreto nº 5.135/04.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 273/2007-SFT.
Página 107
DOAÇÃO DE AERONAVE DO ACERVO DA AERONÁUTICA. INEXISTÊNCIA DE NORMA ESPECÍFICA
DA AERONÁUTICA SOBRE DOAÇÃO. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO DECRETO Nº 99.658/90 I – Não
há norma específica emanada do Comando da Aeronáutica acerca da doação de aeronaves. II – A
inexistência de norma específica impõe a aplicação subsidiária do Decreto Nº 99.658/90 em homenagem à
correta interpretação do inciso I do seu art. 2.º.
Parecer n. 160/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12422774
Página 108
BEM IMÓVEL DA UNIÃO DENOMINADO ESTAÇÃO RÁDIO PINA. CESSÃO PRETENDIDA PELA
PREFEITURA DE RECIFE PARA VIABILIZAR A EFETIVAÇÃO DO PROJETO VIA MANGUE E A
INSTALAÇÃO DO PARQUE DOS MANGUEZAIS. CONCORDÂNCIA DA SECRETARIA DE PATRIMÔNIO
DA UNIÃO EM CEDER O BEM. INTERESSE DA MARINHA EM ALIENAR O IMÓVEL. DESAFETAÇÃO
TÁCITA. REVERSÃO DO BEM À ADMINISTRAÇÃO DA SECRETARIA DE PATRIMÔNIO DA UNIÃO.
AFASTAMENTO DAS REGRAS ESPECIAIS DA LEI Nº 5.658/71 ANTE A SITUAÇÃO PECULIAR DO
BEM. COMPATIBILIDADE ENTRE O PARECER AGU/CGU/CJU-PE Nº 732/2011 E O ENTENDIMENTO
ADOTADO PELO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO. I – Em razão da alteração da destinação dada ao bem
imóvel da União denominado ex-Estação Rádio Pina, tombado sob o Nº 12.013.1 do Cadastro de Imóveis
da Marinha, e registrado no Sistema do Patrimônio da União sob o RIP Nº 2.531.004.275.007, que abrange
a Ilha das Cabras e a Ilha do Simão (parte Sudoeste da Ilha), ocorreu a desafetação tácita do bem e sua
reversão à administração da Secretaria de Patrimônio da União, conforme os termos de entrega acostados
por cópia às fls. 422/423 e 424/425 do Processo Nº 04962.002121/2007-53 (cláusulas segunda e terceira
de ambos). II – Havendo a desafetação e o retorno do bem à administração da Secretaria de Patrimônio da
União, deixou de ser aplicável a legislação especial referente aos bens imóveis da União sob
administração da Marinha (Lei Nº 5.658/71) e passou a incidir integralmente as normas relativas aos bens
da União (Lei Nº 9.636/98, sobretudo). Daí a competência da Secretaria de Patrimônio da União para
praticar atos concernentes ao imóvel denominado ex-Estação Rádio Pina. III – O Parecer AGU/CGU/CJU-
PE Nº 732/2011 não desafiou os termos da Nota DECOR/CGU/AGU Nº 245/2007-PCN e no Parecer Nº
10/2011/DECOR/CGU/AGU, posto que o presente caso revela peculiaridades que determinam a aplicação
das normas gerais referentes aos imóveis da União, além da presença de interesse nacional em viabilizar
obra integrante do Programa de Aceleração do Crescimento e de instalar parque ecológico municipal em
área de manguezais.
Parecer n. 85/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=7450606
Página 109
COMPETÊNCIA DOS ÓRGÃOS MILITARES PARA DISPOR DE BENS IMÓVEIS, DE FORMA GRATUITA
E PROVISÓRIA, EM FAVOR DE ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, PARA
ATENDIMENTO DE FINALIDADES PÚBLICAS OU SOCIAIS. POSSIBILIDADE. PARECER Nº
010/2011/DECOR/CGU/AGU. I – Tendo o Parecer nº 10/2011/DECOR/CGU/AGU firmado o entendimento
de que as Forças Armadas detém competência para alienar e arrendar os bens imóveis sob sua gestão,
com fundamento nas Leis nº 5.651/70 e nº 5.658/71, no Decreto-lei nº 1.310/74 e no Decreto nº 77.095/76,
é de se reconhecer a competência dos órgãos militares para promover a “entrega provisória” e a “cessão
de uso gratuita”, em favor de outros órgãos ou entes da Administração Pública, para o atendimento de
finalidades públicas ou sociais, de bens imóveis em relação aos quais exista previsão de utilização futura
em finalidade militar objetiva ou complementar.
Parecer n. 083/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12759139
Destinação do patrimônio de Organização Social (ACERP) à União e posterior transferência para a EBC.
Lei nº 9.637/98 e Lei nº 11.652/98.
Parecer n. 093/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/939047
Aforamento
Página 110
CESSÃO SOB O REGIME DE AFORAMENTO DE TERRENOS ACRESCIDOS DE MARINHA SITUADOS
NA PRAIA DO SUÁ AO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO COM O INTUITO PROMOVER A
URBANIZAÇÃO. DECRETO Nº 72.111/73. OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR ÁREAS À UNIÃO PARA A
INSTALAÇÃO DE ÓRGÃOS FEDERAIS. LIMITES. TERRENOS QUE ABRIGARÃO A SEDE DO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 17.ª REGIÃO (LOTES 4 E 5). IRREGULARIDADE. I – A
transferência do domínio útil dos imóveis do patrimônio da Companhia de Melhoramentos e
Desenvolvimento Urbano – COMDUSA para terceiros é um marco seguro para definir o termo final da
obrigação de restituição assumida pelo Estado do Espírito Santo e estendida à COMDUSA (art. 5.º do
Decreto Nº 72.111/1973 e a cláusula oitava do contrato de cessão sob o regime de aforamento de fls.
28/33). II – A constatação da regularidade da aquisição do Lote 4 depende do esclarecimento sobre o
cumprimento da cláusula nona do mencionado contrato de cessão, que exige o “prévio consentimento do
Serviço de Patrimônio da União, sob pena de nulidade da transmissão”. III – Foi irregular o pagamento
efetuado pelo Tribunal Regional do Trabalho da 17.ª Região em relação à aquisição do Lote 5, uma vez
que o domínio útil deste lote ainda estava no patrimônio da COMDUSA quando da expropriação, sendo
aplicável, por conseguinte, o art. 5.º do Decreto Nº 72.111/1973 e a cláusula oitava do contrato de cessão
sob o regime de aforamento para obrigar a restituição totalmente gratuita do domínio útil do Lote 5 à União.
Parecer n. 022/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=17368203
Página 111
DIREITO ADMINISTRATIVO. PATRIMÔNIO DA UNIÃO. AFORAMENTO E TAXA DE OCUPAÇÃO. I –
Foro e taxa de ocupação integram a dívida ativa não tributária da Fazenda Pública, não sendo alcançados
pelo instituto da imunidade tributária. II – A isenção prevista no art. 2º do Decreto-Lei nº 1.876/81 não se
aplica à hipótese de utilização de área pública por empresa estatal para a realização da sua atividade-fim.
III – Sugestão de provocação da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal para a
resolução do problema.
Parecer n. 028/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/1761397
Cessão de uso
Laudêmio
Página 112
Constitucional. Administrativo. Terrenos de marinha. Regularização. Registro em nome de terceiros.
Originalidade do domínio da União. Ineficácia do título do particular. Necessidade de autorização do ente
público e recolhimento do laudêmio para a transferência do domínio útil. Desnecessidade de propositura,
pela União, de ação anulatória do título. Dever dos Registros de Imóveis de atender às determinações
legais imediatamente. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.
Parecer n. 162/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9382603
Terras indígenas
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Depósito prévio
Constitucional. Administrativo. Cobrança de depósito prévio de multa como condição para a interposição
de recurso administrativo com fulcro no artigo 636, § 1º da Consolidação das Leis do Trabalho. Supremo
Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 156-1. Controvérsia jurídica
quanto a constitucionalidade da exigência, em face da face da Súmula Vinculante nº 21 do Supremo
Tribunal Federal.
Parecer n. 039/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12374425
Prescrição
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ADMINISTRATIVO. CIVIL. PRESCRIÇÃO EXTINTIVA ENTRE ENTES PÚBLICOS FEDERAIS –
AUTARQUIA (DNOCS) E ADMINISTRAÇÃO DIRETA (UNIÃO). ART. 1º, DO DECRETO Nº 20.910/1932.
POSSIBILIDADE. PERSONALIDADES JURÍDICAS DISTINTAS. NECESSIDADE DE SE VERIFICAR,
PARA EFEITO DE SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL, SE O ENTE CREDOR FOI OU NÃO
NEGLIGENTE QUANTO À SUA PRETENSÃO E SE O ENTE DEVEDOR MANIFESTOU-SE AO SER
INSTADO. ART. 4º DO MESMO DECRETO. I – Ocorre a prescrição extintiva do art. 1º, do Decreto nº
20.910/1932, entre entes públicos, in casu, Administração Direta (União) e autarquia federal (DNOCS),
dada a diversidade de personalidades jurídicas; II – Imperioso verificar, para efeito da suspensão do prazo
prescricional versada no art. 4º do mesmo decreto, se o ente credor foi ou não negligente na cobrança do
seu crédito e se o ente devedor manifestou-se, seja favorável ou desfavoravelmente ao pleito.
Parecer n. 038/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12292528
REGULAÇÃO
Agências reguladoras
Agências reguladoras. Autonomia. Limites da supervisão ministerial. Imunidade dos diretores da ANAC
quanto ao mérito de suas decisões tomadas no exercício da função regulamentar. Responsabilidade pela
deliberada omissão.
Parecer n. 148/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9359956
Página 114
ADMINISTRATIVO. LEI Nº 8.159/2001. REGRAS PARA A GESTÃO E ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
PRODUZIDOS E RECEBIDOS PELO PODER EXECUTIVO FEDERAL. APLICAÇÃO AOS CONSELHOS
DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA AUTÁRQUICA. ENTES DA ADMINISTRAÇÂO
PÚBLICA FEDERAL INDIRETA. PRECEDENTES DO STF. RESSALVA QUANTO À OAB. ADI Nº
3.026/DF. I – Por constituírem entidades autárquicas, pertencentes à Administração Pública Federal
indireta, consoante entendimento fixado pelo eg. STF (sobretudo na ADI nº 1.717/DF) os conselhos de
fiscalização profissional se submetem às regras atinentes à gestão e eliminação de documentos
produzidos ou recebidos pelo Poder Executivo Federal, estampadas na Lei nº 8.159/2001; II – Escapa a
esse entendimento a OAB, vez que o mesmo eg. STF, ao julgar a ADI nº 3.026/DF, acolheu a tese de que
se trata de serviço público independente, alheio à estrutura orgânica da Administração Pública e insujeito
ao seu regime jurídico.
Parecer n. 003/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14913502
SERVIDOR PÚBLICO
Página 115
SÚMULA N.º 33 DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. CONTAGEM.
TERMO INICIAL. VENCIMENTO DE CADA PARCELA DEVIDA. Seguindo a posição adotada pela
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional nos Pareceres PGFN/CJU/COJPN n.os 153/2011 e 1560/2013,
entende-se que a contagem do termo inicial do prazo prescricional quinquenal no caso do direito referido
na Súmula AGU n.º 33 deve ser realizada a partir da falta de pagamento de cada parcela mensal pleiteada
pela servidora interessada.
Parecer n. 037/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=23483631
Página 116
DIREITO ADMINISTRATIVO – SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL – RECONDUÇÃO – CARGO EXTINTO –
DECRETO PRESIDENCIAL - DIREITO SUBJETIVO. 1. Existe norma constitucional atribuindo
privativamente ao Presidente da República a competência para extinguir, mediante decreto, as funções ou
cargos públicos vagos. A Constituição não apresenta qualquer margem para restrição dessa competência
por via infraconstitucional, logo, a utilização de decreto nos termos acima apontados não se subordina a
qualquer condição. 2. A redação do art. 28 da Lei nº 8.112/90 explicita que a recondução não é
exclusivamente o direito do servidor público estável retornar ao cargo anteriormente ocupado e sim voltar
ao serviço público em patamar remuneratório e de atribuições não inferiores aos estabelecidos no primeiro
período do vínculo. 3. A interpretação do parágrafo único do art. 28 da Lei nº 8.112/90 deve ser sistêmica,
sob pena de irrazoável distinção em relação a situações essencialmente idênticas. Destarte, se mostra
mais adequado o entendimento que alberga o servidor caso o cargo anteriormente ocupado seja extinto. 4.
Importante deixar vincada a distinção existente entre o instituto da recondução, que é o direito do servidor
público estável retomar o vínculo anterior com o serviço público e os efeitos da recondução, que podem
ser tanto o retorno ao cargo de origem quanto à disponibilidade e posterior aproveitamento, a depender da
situação fático-jurídica do cargo anteriormente ocupado.
PARECER n. 00025/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/7572664
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ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. IMPOSSIBILIDADE DE
REPASSE. AUSÊNCIA DE RECOLHIMENTO POR FALTA DE AMPARO LEGAL. 1.Necessidade de lei
para lançamento e cobrança de contribuição sindical de servidor público. 2. Essa Consultoria-Geral da
União tem fixado o entendimento de que a contribuição sindical eventualmente passível de cobrança, no
âmbito do serviço público, seria possível e plausível, em relação àqueles que detém relação de emprego.
Quanto aos servidores estatutários, a exação exige lei específica. Não há lei nesse sentido.
Parecer n. 00095/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/17963784
Abandono de cargo
Abono de permanência
I – Consulta e solicitação de orientação à Direção Geral da Policia Civil do Distrito Federal quanto à
legalidade do pagamento do abono de permanência de que trata o art. 40, § 19 da Constituição Federal
aos policiais civis do Distrito Federal. II - Aplicação da Lei Complementar 51/85 aos policiais civis do
Distrito Federal. Compatibilidade com o disposto no art. 40, § 19 da Constituição Federal. III - NOTA
AGU/JD-2/2008, aprovada pelo DESPACHO CGU nº 361/2008, ambos aprovados pelo Advogado-Geral da
União. Extensão do entendimento aos policiais civis do Distrito Federal.
Parecer n. 030/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=10030780
Acumulação de cargos
Página 118
ACUMULAÇÃO DE CARGOS OU EMPREGOS PÚBLICOS COM CARGA HORÁRIA SUPERIOR A 60
HORAS SEMANAIS. JURISPRUDÊNCIA DO STJ, STF E TCU. POSSIBILIDADE. ART. 37, INCISO XVI,
DA CRFB/88. REVISÃO DO PARECER GQ-145. I – A jurisprudência do STJ, do STF e do TCU está
assentada no sentido de que a compatibilidade de horários a que se refere o art. 37, inciso XVI, da
CRFB/88 deve ser aferida a partir da análise da situação fática a que se submete o interessado, sendo
insuficiente o cotejo do somatório de horas resultante da acumulação de cargos ou empregos públicos
com padrão objetivo estabelecido em ato infralegal. Necessidade de revisão do Parecer GQ-145.
Parecer n. 084/2013/DECOR/CGU/AGU.
Não acolhido por meio do Despacho nº 153/2013/SFT/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=23416543
Página 119
CARGO PÚBLICO EM REGIME DE DEDICAÇÃO EXCLUSIVA. ARTIGOS 3º, 6º, 17, 22, 31, 65, 100 e
133, DA LEI 11.890/2008. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PARALELA NA INICIATIVA PRIVADA.
HIPÓTESES PERMITIDAS NA LEI. COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. I – Os titulares de cargos
públicos em “regime de dedicação exclusiva”, previstos na Lei 11.890/2008, podem, desde que haja
compatibilidade de horários, desempenhar as seguintes atividades paralelas no âmbito da iniciativa
privada: a) magistério; b) participação em conselhos de administração e fiscal de empresas com capital
social de titularidade da União; c) colaboração esporádica em assuntos de especialidade do servidor
público, nos termos do respectivo regulamento; d) outras atividades não potencialmente causadoras de
conflito de interesses com o cargo público ocupado; II – No caso do exercício de “outras atividades não
potencialmente causadoras de conflito de interesses com o cargo público ocupado”, a ausência de conflito
de interesses deve ser atestada em análise casuística pela Comissão de Ética Pública, pela respectiva
unidade de Recursos Humanos ou pela Controladoria-Geral da União, nos moldes do disposto tanto na Lei
12.813/2013 quanto na Portaria Interministerial MP/CGU 333/2013; III – Especificamente, acerca do
exercício de psicanálise, sem vínculo empregatício e fora do horário de trabalho no serviço público federal,
por parte de uma Procuradora da Fazenda Nacional, mostra-se viável, desde que, além da existência de
compatibilidade de horários, seja expedido ato autorizativo pelo órgão competente, após a constatação de
inexistência de conflito de interesses com o cargo, na forma da Lei 12.813/2013 e da Portaria
Interministerial MP/CGU 333/2013.
Parecer n. 053/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/115324
Afastamentos
Ascensão funcional
Página 120
Ausência ao serviço
Cargo/função comissionada
Página 121
CARGO EM COMISSÃO. CONSULTORIA JURÍDICA. NÃO MEMBRO DA ADVOCACIA-GERAL DA
UNIÃO. ORIENTAÇÃO NORMATIVA AGU Nº 28/2009. I - A Orientação Normativa Nº 28/2009 enfatiza a
proibição da representação judicial e extrajudicial da União e o exercício de atividades de consultoria e
assessoramento jurídico do Poder Executivo por não membros da Advocacia-Geral da União, nos moldes
já previstos no art. 131 da Constituição Federal e arts. 20 e 21 da Lei Complementar nº 73, de 1993; II - A
Advocacia-Geral da União já pacificou o entendimento de que os cargos em comissão, cujas atribuições
sejam de natureza jurídica, devem ser exercidos por membros da Advocacia-Geral da União; III - Se para
cada cargo a lei atribui um conjunto de atribuições próprias, específicas, o seu exercício está vinculado a
este, não podendo, assim, ser utilizado para fim diverso, sob pena da ilegalidade e do desvio de função.
Parecer n. 012/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=14901047
Página 122
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. OPÇÃO DE FUNÇÃO. I –
Acórdão nº 448/2016 do Pleno do Tribunal de Contas da União. Entendimento pela desnecessidade de se
observarem requisitos para aposentadoria no momento do requerimento da parcela denominada “opção de
função” pelo servidor público. II – Controvérsia jurídica diante do entendimento aplicado pelo órgão central
do SIPEC, lastreado em entendimentos defendidos por esta Advocacia-Geral da União em pareceres
normativos, adotados pelo Sr. Presidente da República. III - Jurisprudência dos pretórios pátrios em
acordo com o entendimento defendido pela AGU, no sentido de que somente fazem jus ao recebimento da
parcela "opção de função DAS" os servidores que implementaram os requisitos para a aposentadoria
antes da revogação do art. 193 da Lei 8.112/90, que se deu aos 18.01.1995, por força da MP 831/95. IV –
Manutenção do entendimento da Casa e necessidade de providências junto ao TCU para tentar reverter
seu entendimento. V – Não é incompatível com os pareceres normativos da AGU o entendimento do TCU
no sentido de que pode ser computado, para efeito dos requisitos temporais previstos no caput do art. 193
da Lei 8.112/1990, o tempo de exercício de função comissionada ou cargo em comissão prestado na
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, por não detentor de cargo efetivo regido
pela Lei 8.112/1990, desde que o servidor tenha sido investido em cargo público efetivo regido pela Lei
8.112/1990 até a publicação do Decreto 935/1993, que definiu que tais servidores seriam segurados
obrigatórios da Previdência Social, no regime geral, diverso do regime próprio dos servidores efetivos, ou
que tivessem preenchido os requisitos de aposentadoria até aquela data. VI - O cômputo do tempo de
exercício de função comissionada prestado na Administração Pública Federal direta, autárquica e
fundacional para fins do art. 193 da Lei 8.112/1990, não aproveita aos empregados de empresas públicas
ou sociedades de economia mista federais cedidos por expressa vedação legal. A legislação faz referência
expressa a “servidor público”, e não a “empregado público cedido”.
Parecer n. 00079/2016/DECOR/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00364/2016/DECOR/CGU/AGU Aprovo o Parecer n. 00079/2016/DECOR/CGU/AGU, nos termos do Despacho n.
00207/2016/DEAEX/CGU/AGU. Consolida-se, pois, o entendimento no sentido de que a aposentadoria é regida pelas normas
vigentes ao tempo em que o servidor preencheu os respectivos requisitos legais, bem como que não há direito adquirido a regime
jurídico. Nestes termos, em resposta à consulta formulada através da judiciosa NOTA n. 01308/2016/RPF/CGJRH/CONJUR-
MP/CGU/AGU, seq. 2, conclui-se que: a) na forma do art. 7º da Lei nº 9.624, de 1998 (e art. 4º da MP nº 831, de 1995), não
merecem reparos as conclusões dos Pareceres GQ 178/98 e GQ 189/99, de maneira que o direito de que trata o art. 193 da Lei nº
8.112, de 1990 (“opção de função”), é assegurado aos servidores públicos que, até 19 de janeiro de 1995 (data da revogação da
“opção de função” pela MP nº 831), tenham completado todos os requisitos legais para obtenção de aposentadoria, observando-se
as normas então vigentes; b) revela-se compatível com os Pareceres GQ nº 178/98 e GQ 189/99 o entendimento no sentido de que
o servidor sem vínculo efetivo, ocupante de cargo em comissão, poderá computar, para fins do art. 193 da Lei nº 8.112, de 1990, o
tempo em que exerceu o cargo em comissão, desde que o referenciado servidor tenha sido investido em cargo efetivo até a
publicação do Decreto nº 935, de 1993, a partir de quando os servidores sem vínculo efetivo passaram a aposentar-se através do
Regime Geral de Previdência Social, e desde que, até 18 de janeiro de 1995, tenham completado todos os requisitos para obtenção
de aposentadoria, nos termos do art. 7º da Lei nº 9.624, de 1998; c) os empregados de empresas públicas ou sociedades de
economia mista, cedidos para ocupação de função ou cargo em comissão, não se equiparam aos servidores sem vínculo, assim,
não há respaldo jurídico para o cômputo do tempo de exercício de função ou cargo em comissão para fins do art. 193 da Lei nº
8.112, de 1990; d) é compatível com os Pareceres QG 178/98 e GQ 189 o entendimento no sentido de que servidores sem vínculo
efetivo podem se aposentar com o benefício da “opção de função” de que trata o art. 193 da Lei nº 1990, desde que os requisitos
para a aposentadoria e para a percepção da “opção de função” tenham sido preenchidos até a entrada em vigor do Decreto nº 935,
de 1993, publicado em 22 de setembro de 1993.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/13797902
Cessão
Página 123
CESSÃO. PRORROGAÇÃO. ADVOGADO DA UNIÃO. REEMBOLSO DAS PARCELAS À ENTIDADE
CEDENTE. Indeferimento do pleito formulado pela Governadora do Estado do Rio Grande do Sul, em
razão da ausência do reembolso da remuneração do servidor, cedido desde 2003, devido pelo Governo do
Estado, na forma do art. 4º do Decreto nº 4.050/01.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 129/2007-MCL.
Página 124
ADMINISTRATIVO. PESSOAL. REQUISITOS PARA NOMEAÇÃO EM FUNÇÃO GRATIFICADA NO
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL. 1. A Lei n.º 11.526/07, ao fazer referência ao art. 26 da Lei n.º 8.216/91,
não repristinou o parágrafo primeiro desse dispositivo, já revogado tacitamente pelo parágrafo único do art.
4.º da Lei n.º 9.030/95. 2. O art. 37, inciso V, da Constituição Federal prescreve como requisito básico à
nomeação para função gratificada no serviço público federal a condição de servidor público efetivo, de
qualquer órgão da administração pública, ainda que da esfera estadual ou municipal. 3. Submissão da
matéria ao Advogado-Geral da União solicitando uniformização de entendimento, nos termos do art. 12, V,
do Anexo I ao Decreto nº 7.392/10; do parágrafo único do art. 17 da Lei nº 7.923/89 e do art. 4º, X e XI, da
Lei Complementar nº 73/93.
Parecer n. 079/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/5018970
Emprego público
Equiparação de carreiras
Página 125
PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL. ART. 144, II E §3º, CRFB.
INEXISTÊNCIA DE DIREITO SUBJETIVO AO APROVEITAMENTO DOS REQUERENTES.
PRECEDENTES DO STF. I - O artigo 144, da Constituição da República cria nova carreira, a ser
regulamentada por lei. II - A semelhança das funções desempenhadas pelos requerentes com aquelas a
serem atribuídas aos policiais ferroviários federais é irrelevante, pois não tem o condão de, por si só,
permitir o aproveitamento sem concurso dessas pessoas na carreira a ser criada. Tal situação implicaria
violação do princípio concursal. III - Esse entendimento foi adotado reiteradas vezes pelo Supremo
Tribunal Federal (MI 545-1 e ED 627-0) e pela Procuradoria-Geral da República. IV - Sugere, portanto, a
manutenção do PARECER AGU/AFC-1/2009 em todos os seus termos.
Parecer n. 053/2010/DECOR/CGU/AGU.
Estabilidade/estágio probatório
Impedimentos
Página 126
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. ATUAÇÃO DE INTEGRANTES DAS CARREIRAS
DO ART. 10 DA LEI Nº 11.890/2008 EM COMITÊS DE AUDITORIA DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS.
VEDAÇÃO LEGAL. I – Comitês de auditoria de instituições financeiras. Órgãos estatutários idealizados,
precipuamente, para auxiliar os Conselhos de Administração das mesmas na busca por melhores práticas
de governança empresarial. II – Os integrantes dos comitês de auditoria trabalham em prol da própria
instituição à qual pertencem, não podendo a atuação de servidores públicos, naqueles órgãos, ser
caracterizada como representação da União nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou
entidades em que essa detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros, nos termos do art. 117, parágrafo único, “I”,
da Lei nº 8.112/90. III – Não se deve autorizar a participação de servidores públicos federais em comitês
de auditoria de empresas estatais por estrita vedação legal.
Parecer n. 114/2012/DECOR/CGU/AGU.
Jornada de trabalho
O docente submetido a regime de dedicação exclusiva pode ocupar cargo de direção ou função gratificada
na Instituição Federal de Ensino a que se vincule e, quando o fizer, deverá, obrigatoriamente, cumprir o
regime de tempo integral.
Parecer n. 144/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=5798777
Licença
Licença médica
LICENÇA MÉDICA. DOENÇA GRAVE. PRESERVAÇÃO DA SAÚDE DE SERVIDOR. LEI Nº 8.112/90,
ART. 186, PAR. 1º. JUNTA MÉDICA. 1. A licença médica de ofício deve ser concedida, seja por solicitação
da chefia imediata ou por iniciativa do órgão competente para concedê-la, quando há suspeita de que o
servidor esteja acometido de doença transmissível por contato direto que coloca em risco sua saúde e a de
terceiros, como também nas situações como esta em que a doença acometida pelo servidor pode ser
considerada grave, nos termos do art. 186, par. 1º, da Lei nº 8.112/90, já tendo sido inclusive atestada a
possibilidade de o trabalho acarretar o agravamento de sua saúde, prejudicando, por conseguinte, o
regular desempenho das funções inerentes seu cargo. 2. Submissão do servidor à junta médica.
Nota n. DECOR/CGU/ AGU Nº 008/2007-MMV.
Lotação
Página 127
Nepotismo
Progressão funcional/promoção
Redistribuição de servidores
Página 128
DIREITO ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE DISCRICIONARIEDADE QUANTO À EFETIVAÇÃO DA
TRANSFERÊNCIA DE SERVIDORES DETERMINADA NO ART. 3º, DA LEI Nº 12.272, DE 2013. I –
Controvérsia envolvendo a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República, o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e a Secretaria de Gestão Pública do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. II – Arts. 2º e 3º da Lei nº 12.792, de 2013, ao criar a
SMPE/PR, transferiu ao novo órgão as competências até então atribuídas ao MDIC referentes à
microempresa, empresa de pequeno porte e artesanato (art. 2º da Lei 12.792, de 2013), bem como
determinou o deslocamento à SMPE/PR do acervo patrimonial e quadro de servidores efetivos dos órgãos
cujas competências foram absorvidas (art. 3º, da referida lei). III – Diante da determinação legal expressa
contida no art. 3º da Lei nº 12.792, de 2013, não há espaço para o administrador discricionariamente negar
o pedido de transferência dos cargos, ainda que sob a alegação de carência de pessoal.
Parecer n. 046/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/148972
Registros funcionais
Remoção
Requisição
Página 129
DIREITO ADMINISTRATIVO. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. REQUISIÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO.
TEMPORARIEDADE. I – As requisições de servidores públicos por parte da Advocacia-Geral da União
devem observar um limite temporal e o caráter da impessoalidade, conforme recomendação do Tribunal
de Contas da União, sob pena de desvirtuamento do instituto. II – Recusa da Secretaria Geral de
Administração em acatar orientação da Consultoria-Geral da União. Questão que deve ser levada ao crivo
do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União.
Parecer n. 041/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/8646247
Servidor militar
Servidor temporário
Página 130
CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO. PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO.
CONTRATAÇÃO DE ADVOGADOS. EDITAL Nº 01/2008 DA SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO,
ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA. ILEGALIDADE.
INCONSTITUCIONALIDADE. 1. Retificação promovida, de ofício, pela Administração. 2. As tarefas a
serem desempenhadas pelos bacharéis em Direito que vierem a ser contratados por tempo determinado
não podem coincidir com aquelas atribuídas pela Constituição Federal, com exclusividade, aos membros
da Advocacia-Geral da União. 3. Providências já tomadas para sanear problemas identificados. 4.
Prejudicialidade.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 192/2008-JGAS.
Tempo de serviço
Página 131
REGRAS DE TRANSIÇÃO DE APOSENTADORIA DAS EC 20/98, 41/03 E 47/05. POSSIBILIDADE DE
CONTAGEM, PARA OS FINS DOS INCISOS III DO ART. 6º DA EC 41/03 E II DO ART. 3º DA EC 47/05,
DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO A EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA
MISTA QUE EXERCEM ATIVIDADE ECONÔMICA E, AINDA, DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO
SOB O PÁLIO DE CONTRATO TEMPORÁRIO. COMPLEMENTAÇÃO DOS PARECER Nº
028/2010/DECOR/CGU/AGU E PARECER Nº 059/2010/DECOR/CGU/AGU. I – Para os fins dos incisos III
do art. 6º da EC 41/03 e II do art. 3º da EC 47/05, não há que se distinguir o tempo de serviço prestado às
empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público do tempo de serviço
prestado àquelas que se dedicam à exploração de atividade econômica, tendo em vista dedicarem-se
ambas a misteres de interesse público, bem como inexistir tal diferenciação nos precedente
jurisprudenciais existentes sobre o tema. II – Sendo os contratados temporários do art. 37, inciso IX, da
CRFB/88 espécie de servidores públicos, o tempo de serviço prestado pelos mesmos junto à
Administração Pública deve ser considerado como tempo de serviço público para os fins dos incisos III do
art. 6º da EC 41/03 e II do art. 3º da EC 47/05.
Parecer n. 101/2011/DECOR/CGU/AGU.
Vencimento
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URP DE FEVEREIRO DE 1989 (26,05%). INEXISTÊNCIA DO DIREITO À INCORPORAÇÃO. ACORDÃO
Nº 734/2007 – 2.ª CÂMARA DO TCU. TESE QUE SÓ ACEITA A INCORPORAÇÃO DEFINITIVA DO
PERCENTUAL DE 26, 05% QUANDO DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO
EXPRESSAMENTE ASSIM DETERMINA. DESNECESSIDADE DA EDIÇÃO DE SÚMULA DA AGU. I – A
improcedência do direito à incorporação da URP de fevereiro de 1989 encontra-se pacificada no Supremo
Tribunal Federal (ADI 694/DF, RE 200115/RJ, RE 197964/AC, ADI 2951/PE e MS 26283/DF), no Superior
Tribunal de Justiça (RE 356.366/DF) e no Tribunal Superior do Trabalho (Súmula 322). II – Merece ser
seguida a tese do Tribunal de Contas da União estampada no Acórdão Nº 734/2007 – 2.ª Câmara do TCU
e repetida em diversas outras ocasiões no sentido de somente aceitar a incorporação definitiva do
percentual de 26,05% referente à URP de fevereiro de 1989 quando decisão judicial acobertada pelo
manto da coisa julgada expressamente determina o caráter definitivo de tal incorporação. III – A natureza
meramente antecipatória da parcela relativa à URP de fevereiro de 1989, os reajustes subsequentes
outorgados aos servidores públicos, a mudança de regime jurídico imposta pela Lei Nº 8.112/90, bem
como o equívoco de se estender administrativamente à servidora lotada e em exercício em Delegacia
Regional do Trabalho os efeitos de acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores de Saúde e
Previdência do Serviço Público Federal em Santa Catarina e o INSS e homologado em juízo trabalhista
indicam que o Acórdão Nº 734/2007 – 2.ª Câmara do TCU não desrespeitou os limites da coisa julgada.
IV – Não há necessidade de edição de Súmula da AGU na medida em que ainda convivem no âmbito dos
Tribunais Superiores decisões conflitantes sobre os efeitos das sentenças concessivas da incorporação da
URP de fevereiro de 1989. V – A identidade temática verificada em relação aos processos apensados a
este e listados no último parágrafo do relatório constante do presente parecer implicam a observância das
considerações aqui expostas.
Parecer n. 100/2011/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=13617054
Página 133
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMUNERAÇÃO. I – GTI do SICAJ. Qualidade na
folha de pagamento da União. Revisão de fluxos e procedimentos internos referentes a decisões judiciais.
II – Enunciado 322 do Tribunal Superior do Trabalho – Os reajustes salariais decorrentes dos chamados
“Gatilhos e URP’S, previstos legalmente como antecipação, são devidos tão somente até a data-base de
cada categoria”. III- Os pagamentos dos percentuais relativos à URP de fevereiro de 1989 (26,05%) não se
incorporam aos salários em caráter permanente, pois têm natureza de antecipação salarial, sendo devidos
somente até a reposição das perdas salariais havidas no ano anterior. IV – Incidência da alteração de
regime jurídico, após o advento da Lei nº 8.112/90, além de ocorrência de reestruturação de carreiras no
serviço público.
Parecer n. 085/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=13129156
1. Auxílio-Transporte em pecúnia. Para fazer jus ao benefício de que trata a Medida-Provisória nº 2.165-36,
de 2001, regulamentada pelo Decreto nº 2.880, de 1998, basta a apresentação da declaração pelo servidor
ou empregado público na qual ateste a realização das despesas com transporte coletivo, conforme prevê a
legislação. 2. Auxílio-Transporte concedido em pecúnia pela União ao servidor ou empregado público da
administração federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo destina-se ao custeio parcial de
despesas realizadas com transporte coletivo, nos deslocamentos de suas residências para os locais de
trabalho e vice-versa, não alcança àquele que se utiliza de veículo próprio nos termos da legislação de
regência.
Parecer n. 00011/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/6449094
Página 134
CORREÇÃO MONETÁRIA DAS PARCELAS REMUNERATÓRIAS PAGAS COM ATRASO PELA UNIÃO
AOS SERVIDORES PÚBLICOS E PENSIONISTAS. APLICAÇÃO DOS PARÂMETROS CONSTANTES
DO MANUAL DE CÁLCULO DA JUSTIÇA FEDERAL. I - Tratando-se de mera recomposição do valor da
moeda corroído pela inflação, devem ser corrigidos monetariamente os valores pagos com atraso pela
União aos servidores públicos e pensionistas. Entendimento constante do Parecer GQ-111. II - Enquanto
inexistir regulamentação legal tratando especificamente da matéria, é recomendável a aplicação, aos
valores pagos em atraso pela União, dos índices de correção monetária que constam do Manual de
Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça Federal, notadamente a UFIR no período de
janeiro de 1992 a dezembro de 2000 e o IPCA-E/IBGE a partir de janeiro de 2001.
Parecer n. 00081/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/14642869
Diferença remuneratória
SERVIDOR PÚBLICO. VENCIMENTOS. INSS. PERCEPÇÃO DO PERCENTUAL DE 84,32%. AÇÃO
RESCISÓRIA. EFEITO SUSPENSIVO. 1. A Consultoria-Geral da União não é competente para se
manifestar acerca da providência judicial que poderá ser adotada no processo em trâmite no Poder
Judiciário sob responsabilidade de uma das Unidades da Procuradoria-Geral Federal. 2. Inexistência de
contradição em manifestações anteriores desta Consultoria-Geral da União nos autos, essencialmente
quanto à orientação, lastreada na legislação processual civil pátria, na jurisprudência dos Tribunais
Superiores e na orientação do Advogado-Geral da União, de dar cumprimento administrativo às decisões
judiciais de somente suspender administrativamente os efeitos da sentença rescindenda quando houver o
trânsito em julgado.
Nota n. DECOR/CGU/AGU Nº 147/2008-TMC.
Página 135
DIREITO ADMINISTRATIVO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS
REMUNERATÓRIAS. CONDENAÇÃO JUDICIAL. PROPOSTA DE ACORDO. I – A decisão monocrática
proferida pelo então Ministro do STF Carlos Velloso, no bojo do RE 462.636-5, transitada em julgado,
fulminou qualquer entendimento no sentido de que a vantagem de 28,86% não poderia ser estendida aos
servidores do Banco Central do Brasil. II – A proposta de eventual acordo a ser formalizado pelo Banco
Central do Brasil em juízo deverá ser submetida à apreciação dos Exmos. Srs. Advogado-Geral da União e
Ministro de Estado da Fazenda, para verificação da possibilidade de autorizá-lo, nos termos do parágrafo
único do art. 1º da Lei nº 9.469/97.
Parecer n. 029/2013/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=19873725
Quintos
INCORPORAÇÃO DE QUINTOS/DÉCIMOS PELOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS. SUCESSÃO
DE LEIS NO TEMPO. NECESSIDADE DE ATRIBUIÇÃO DE ORGANICIDADE E LOGICIDADE ÀS
DISPOSIÇÕES DAS LEIS 9527/97 E 9624/98 E DA MP 2.225-45/2001 I - A Lei 9624/98 afastou o regime
estabelecido pela Lei 9527/97, estabelecendo como termo final da incorporação de quintos/décimos a data
de sua edição (08/04/1998) II - Por sua vez, a MP 2.225-45/2001 conferiu novo direito à incorporação, que
se estendeu até seu advento (04/09/2001) III - A partir de então, o direito se extinguiu e as referidas
parcelas devem ser convertidas em VPNI (art. 3º, da MP 2.225-45/2001) IV - Precedentes administrativos
do STJ, CJF, TST, MPF e Senado Federal reconhecendo o referido direito, na extensão aqui apresentada.
Parecer n. 064/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12378129
Página 136
DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. REMUNERAÇÃO. ERRO MATERIAL DA
ADMINISTRAÇÃO. POSSIBILIDADE DE COBRAR RESSARCIMENTO DOS VALORES PAGOS. I) A
Administração Pública deve buscar a restituição de valores pagos a servidores públicos em virtude de atos
administrativos editados com erro material que lhes tenham gerado efeitos favoráveis; II) Aplica-se o prazo
decadencial de 5 (cinco) anos previsto no art. 54 da Lei nº 9.784, de 1999, aos atos administrativos
editados com erro material da Administração de que decorram efeitos favoráveis aos destinatários, a
contar da data do primeiro pagamento, nos casos de efeitos patrimoniais contínuos. III) A Administração
Pública deve estancar os pagamentos quando detectar o vício.
Parecer n. 67/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=12283800
Vínculo funcional
Página 137
Anteprojeto de lei que transforma os empregos públicos de agentes de combates às endemias vinculados
à FUNASA em cargos públicos vinculados ao Ministério da Saúde . EC nº 51/06 . Lei nº 11.350/06.
Parecer n. 006/2013/DECOR/CGU/AGU.
SERVIÇO PÚBLICO
Concessão/permissão/autorização
Página 138
PRONUNCIAMENTO OFICIAL. APRESENTAÇÃO FORA DO HORÁRIO DETERMINADO PELA
SECOM/PR. INFRAÇÃO CAPITULADA NOS ARTS. 87, 122 E 127 A 131 DO DECRETO 52.795/63.
QUESTÃO ESTRITAMENTE JURÍDICA. RECOMENDÁVEL A MANIFESTAÇÃO DA CONJUR/MC. 1. A
apresentação de pronunciamento oficial fora do horário determinado pela SECOM/PR configura infração
capitulada no art. 122, item 18, c/c art. 87 do Decreto 52.795/63 (Regulamento dos Serviços de
Radiodifusão), sujeitando a concessionária a sanção prevista nos arts. 127 a 131 de referido diploma
normativo. 2. Em se tratando de questão estritamente jurídica, a saber, a existência de previsão legal da
infração em comento, deveria a unidade técnica ter solicitado a análise prévia da CONJUR/MC,
competente para se manifestar no feito nos conformes do art. 7º do Decreto 5.220/04.
Parecer n. 127/2010/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=13616992
REGISTRO DE NOVOS PRODUTOS AGROTÓXICOS. ARTIGO 3º, § 5º, DA LEI Nº. 7.802/1989. O termo
‘novo produto agrotóxico’, contido no § 5º, do artigo 3º, da Lei nº 7.802/1989, abrange todos os produtos
agrotóxicos ainda não registrados no Brasil, independentemente do(s) ingrediente(s) ativo(s) neles
empregado(s), de modo que o dispositivo legal mencionado só permite a concessão de registro aos
produtos agrotóxicos que, comprovadamente, apresentem ação tóxica sobre o ser humano e o meio
ambiente igual ou inferior do que a dos defensivos agrícolas já registrados no país para o mesmo fim.
Parecer n. 055/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/717980
MEIO AMBIENTE. LISTA DE ESPÉCIES DA FAUNA AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO. ARTIGO 23, INCISOS
VI E VII E PARÁGRAFO ÚNICO, TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGO 8º, INCISO XVII, DA
LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011. Opina-se pela viabilidade jurídica de os Estados, no âmbito do
respectivo território, por meio de laudos e de estudos técnico-científicos, incluírem, em suas listas de
espécies da fauna ameaçadas de extinção, espécies marinhas, não inseridas na lista nacional de espécies
da fauna ameaçadas de extinção, diante do disposto no artigo 8º, inciso XVII, da Lei Complementar nº
140/2011, que disciplinou as competências materiais comuns, previstas no artigo 23, incisos VI e VII, da
Constituição federal.
Parecer n. 037/2015/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/2487251
Página 139
REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA. DESCUMPRIMENTO DE REGRAS DA RESOLUÇÃO Nº
3.922/2010, DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA. I –
Aplicação, pelo Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins – IGEPREV-TO, de mais de
25% (vinte e cinco por cento) de seu patrimônio líquido em um mesmo fundo de investimento. Negativa de
emissão do Certificado de Regularidade Previdenciária. Impedimento de repasse pela União de recursos
ao Estado do Tocantins a título de transferência voluntária. II – Termo de ajustamento de conduta.
Distinção com a transação. Indisponibilidade do direito em debate. Obrigações impostas apenas ao
promissário. III – Licitude do termo de ajustamento de conduta sub examine, ressalvando-se o constante
nos itens 22 a 28 da presente manifestação.
Parecer n. 018/2012/DECOR/CGU/AGU.
https://redeagu.agu.gov.br/APLICATIVOS/AGU.SISCON/Relatorio/VisualizarDocumento.aspx?midia=9252146
Página 140
DIREITO ADMINISTRATIVO. TERMO DE PARCERIA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIVERGÊNCIA ENTRE
ÓRGÃOS JURÍDICOS CONSULTIVOS DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO.I – A análise de possível
terceirização ilegal de atividades finalísticas do órgão assessorado, além de manifestação técnica da área
de recursos humanos competente, demanda também pronunciamento jurídico do órgão consultivo sobre a
possível violação dessas atribuições a partir do objeto do termo de parceria. II – É adequada a postura
adotada no PARECER Nº 166/2013/CJU-SJC/CGU/AGU, que adentrou à análise da legalidade da
assinatura de termo de parceria para execução de atividades finalísticas do parceiro público, bem como se
manifestou sobre a insuficiência da análise técnica elaborada para instruir o processo administrativo. III –
Definida a necessidade de análise jurídica, cabe à CJU-RJ, no exercício de sua competência legal, emitir
pronunciamento jurídico conclusivo a respeito da legalidade dos Termos de Parceria firmados entre o
DECEA e a SDTP sem essa análise, inclusive, manifestando-se sobre a adequação do objeto dessas
parcerias à vista do ato de reconhecimento daquela OSCIP pelo Ministério da Justiça
Parecer n. 082/2014/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/656316
OUTROS
Página 141
DIREITO AMBIENTAL E ADMINISTRATIVO. SUBVENÇÕES ECONÔMICAS PREVISTAS NA LEI Nº
8.427, DE 27 DE MAIO DE 1992. PESCADOR ARTESANAL. MANEJO DO PIRARUCU. POLÍTICA DE
GARANTIA DE PREÇO MÍNIMO DA SOCIOBIODIVERSIDADE - PGPMBio. I - Análise sobre a legalidade
da equalização de preços do pirarucu de manejo, cujo enquadramento para fins de reconhecimento
depende de adequação à hipótese legal prevista no inciso I do art. 1º c/c inciso IV do art. 2º da Lei nº
8.427, de 27 de maio de 1992, em relação ao pescador artesanal equiparado ao agricultor familiar e
empreendedor familiar rural pelo inciso IV do §2º do art. 3º da Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006. II - A
Lei nº 8.427, de 1992, define as linhas gerais das subvenções econômicas nos arts. 1º e 2º, que devem ser
interpretados em seu conjunto, sendo que o primeiro artigo estabelece genericamente a hipótese de
subvenção aos produtores rurais e cooperativas e o segundo explicita a forma como se ela aperfeiçoa. III -
A previsão legal contida no art. 1º é insuficiente para que seja reconhecida a legalidade da subvenção
desejada pelos pescadores, por dois motivos: primeiro, não é possível equiparar o pescador artesanal ao
agricultor familiar e empreendedor rural para fins de qualificação à subvenção prevista no inciso IV do art.
2º; e segundo, a interpretação conjunta dos arts. 1º, I e 2º, IV, não autoriza a subvenção relacionada a
produtos extrativos de origem animal. IV - Nesse sentido, não existe fundamentação legal para a inclusão
do pirarucu de manejo na Política de Garantia de Preço Mínimo da Sociobiodiversidade - PGPMBio em
benefício do pescador artesanal baseada no art. 2º, IV, da Lei nº 8.427, de 1992, bem como se mostra
desimportante para o deslinde da controvérsia a qualificação dessa atividade como agropecuária (questão
técnica).
PARECER n. 018/2016/DECOR/CGU/AGU.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/6790712
Página 142
I – Direito Administrativo e Processual Civil. Art. 1º do Decreto-Lei nº 1.025, de 21/10/1969. Encargos
legais nas execuções de dívida ativa da União. II – Art. 85, § 19, da Lei nº 13.105, de 16/03/2015. Art. 27 e
seguintes da Lei nº 13.327, de 29/07/2016: Superação do Parecer n° AGU/WM-08/94 (Parecer n°
GQ-24/1994) e do Parecer n° 001/2013/0LRJ/CGU/AGU (18/03/2013). III – Por efeitos do inciso II do art.
30 da Lei nº 13.327/2016, desde 29/07/2016 apenas 25% dos encargos legais do art. 1º do DL nº
1.025/1969 admitem contabilização a título de despesas pela cobrança administrativa ou judicial do crédito
fazendário, e até 75% a admitem a título de honorários.
Parecer n. 082/2016/Decor/CGU/AGU.
DESPACHO n. 00010/2017/DECOR/CGU/AGU Aprovo, parcialmente, o Parecer nº 82/2016/DECOR/CGU/AGU, nos termos do
Despacho n. 00377/2016/DECOR/CGU/AGU. Nestes termos, consolida-se o entendimento no sentido de que o Parecer n°
AGU/WM-08/94 (Parecer n° GQ-24/1994) e o Parecer n° 001/2013/OLRJ/CGU/AGU estão superados diante da superveniência do §
19 do Art. 85 do Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 2015; e dos Arts. 27 e seguintes da Lei nº 13.327, de 2016. Registre-
se, por oportuno, que os próprios Pareceres ora superados foram expressos no sentido de admitir que seria juridicamente possível
que os membros da Advocacia-Geral da União percebessem honorários advocatícios em caso de expressa previsão legal. Desta
forma, a superveniência das disposições legais referenciadas no parágrafo precedente impõe a conclusão de que os entendimentos
fixados no Parecer n° AGU/WM-08/94 (Parecer n° GQ-24/1994) e no Parecer n° 001/2013/OLRJ/CGU/AGU estão superados.
Ratifique-se que, considerando que a superação dos entendimentos fixados no Parecer nº GQ-24/1994 se dá em razão de
legislação posterior, faz-se desnecessária a submissão do Parecer nº 82/2016/DECOR/CGU/AGU à apreciação do Excelentíssimo
Senhor Presidente da República, uma vez que a Administração Pública é absolutamente subserviente ao princípio da legalidade,
assim, o § 19 do Art. 85 do Código de Processo Civil - Lei nº 13.105, de 2015; e os Arts. 27 e seguintes da Lei nº 13.327, de 2016,
afastam, per si, a aplicação do Parecer nº GQ-24/1994. Não aprovo o item III da Ementa, o capítulo II.2.5, e a conclusão
posta na alínea "B" do parágrafo 51, do Parecer nº 82/2016/DECOR/CGU/AGU, nos termos do Despacho n.
00377/2016/DECOR/CGU/AGU, por ser matéria não contida na controvérsia tratada nestes autos. Consigne-se, pro fim, que após
exarado o Parecer nº 82/2016/DECOR/CGU/AGU, já foi editada a Portaria Interministerial AGU/MF/MPDG/CC nº 8, de 22 de
novembro de 2016, que rege a fixação do percentual do produto do encargo legal acrescido aos débitos inscritos em Dívida Ativa da
União - DAU, previsto no art. 1º do Decreto-Lei nº 1.025, de 21 de outubro de 1969, que constituem os honorários advocatícios de
sucumbência devidos aos titulares dos cargos de Advogado da União, Procurador da Fazenda Nacional, Procurador Federal, e
Procurador do Banco Central do Brasil. Outrossim, no Diário Oficial da União que circulou em 30 de dezembro de 2016, foi
publicado extrato do Acordo de Cooperação Técnica nº 3/2016, firmado entre a Advocacia-Geral da União e o Ministério da
Fazenda, o qual tem por objeto fazer cumprir o art. 35 da Lei nº 13.327, de 2016, e viabilizar o crédito dos valores devidos a título de
honorários advocatícios sem a necessidade de transitar pela conta única do Tesouro Nacional. Sugere-se que o Parecer, ora
parcialmente aprovado, seja encaminhado à elevada apreciação da Exma. Sra. Advogada-Geral da União e que seja dada ciência à
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, ao Conselho Curador dos Honorários Advocatícios/CCHA, e ao Departamento de
Informações Jurídico Estratégicas da Consultoria-Geral da União, a fim de que providencie os devidos registros e anotações do
Parecer nº 82/2016/DECOR/CGU/AGU e dos Despachos que lhe são subsequentes junto aos assentamentos do Parecer nº
GQ-24/1994, inclusive junto ao sítio eletrônico da Advocacia-Geral da União na rede mundial de computadores.
https://sapiens.agu.gov.br/documento/14968020
Página 143