Resumo de Anatomia Digestoria
Resumo de Anatomia Digestoria
Resumo de Anatomia Digestoria
Anatomia do Coração
Localização –
Se localiza na caixa torácica, no mediastino. Subdividido em mediastino
superior e inferior, delimitado por uma linha imaginária que atravessa da
anterior para a posterior, que tem início anteriormente no ângulo de Louis
ou ângulo esternal. O mediastino superior engloba vasos importantes (aorta
por exemplo), mas, não propriamente o coração, que se localiza no
mediastino inferior.
O mediastino inferior ainda é subdividido em três partes –
PERICÁRDIO
O coração é revestido por um tecido de proteção, denominado PERICÁRDIO, similar a Pleura que envolve os pulmões ou o peritônio
que envolve o intestino.
O pericárdio é dividido em:
• Fibroso – tecido mais duro, firme, forte, áspero, que reveste externamente o coração. Se prende a túnica adventícia dos
vasos que se ligam nas extremidades da base do coração, a veia cava, veias pulmonares por exemplo, mantendo certo espaço
para que o coração possa se movimentar;
• Seroso – é a face interna do pericárdio, sendo um tecido mais liso e delicado, pois mantem contato direto com o coração, e
é subdividido em:
o Lâmina Parietal – fica ligado ao pericárdio fibroso;
o Lâmina Visceral – fica ligada ao coração propriamente dito;
Derrame Pericárdico –
Acúmulo de líquido (sangue) na cavidade pericárdica, que é o espaço
entre pericárdio visceral e o pericárdio parietal, diminuindo assim, então,
o espaço para a expansão do coração, prejudicando o movimento de
diástole, quando o ventrículo relaxa para se encher de sangue.
• Ascendente;
• Arco da aorta;
• Aorta descendente.
Tem origem no ventrículo esquerdo. A aorta descendente
tem origem no arco da aorta e termina no promontório
sacral, dando origem as artérias ilíacas comuns.
Durante seu trajeto até as proximidades da pelve, a aorta
descendente passa pelo tórax e pelo abdome, passando
através do diafragma, por um hiato existente no local, sendo
então, dividida em parte torácica e parte abdominal da aorta
descendente.
A aorta ascendente dá origem a duas ramificações: artéria
coronária direita e coronária esquerda. Tais artérias
participam da irrigação do coração. A artéria coronária
direita é um pouco mais longa, enquanto que a artéria
coronária esquerda é mais curta e se divide, podendo ser
conhecida como tronco da coronária esquerda.
O arco da aorta dá origem a três segmentos: tronco braquiocefálico (que produz duas ramificações: carótida comum direita e
subclávia direita), artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda.
João Victor Mendes Molina – Anatomia III – 1º Bimestre
Parte Interna do Coração
Átrios –
De uma vista interna, possuem um assoalho liso, mas, em determinada
região há a presença de músculos, na região da aurícula, chamados
músculos pectíneos.
O átrio é responsável por depositar o sangue no interior do ventrículo,
sendo capaz de inserir um volume adicional de sangue no interior do
ventrículo, com isso, aumentando o volume de ejeção, não necessitando
de tantos batimentos para manter o débito cardíaco. O átrio precisa ter
uma força capaz de alongar as paredes ventriculares. Para ter tal força, o
átrio conta com os “músculos pectíneos”, presentes na região da aurícula.
Caso Clínico –
Paciente infartado com dispneia – Qual ventrículo está infartado?
Sinais de insuficiência cardíaca esquerda – hipóxia (baixa concentração de O₂) e dispneia.
Ventrículo esquerdo infartado, o sangue começa a se acumular no ventrículo esquerdo, passa a se acumular no átrio esquerdo, se
acumula nas veias pulmonares e no pulmão, acarretando um edema pulmonar. O paciente fica dispneico, não conseguindo respirar
plenamente, pois seus pulmões estão congestionados de sangue, baixando demasiadamente o nível de hematose (processo de troca
gasosa que permite a excreção de CO₂ e absorção de O₂ pelo sangue na região pulmonar) levando a hipóxia e como os pulmões
estarão encharcados de sangue o paciente apresentará dificuldade séria de respiração (dispneia).
Elementos anatômicos afetados em ordem – ventrículo esquerdo, átrio esquerdo, veias pulmonares e pulmão, estarão
congestionados.
Sinais de insuficiência cardíaca direita – ascite (inchaço no abdome), hepatomegalia (inflamação e aumento de tamanho do tecido
hepático), edema de membro inferior e estase jugular (turgência da veia jugular causada pelo seu esvaziamento ineficiente). O edema
de membro inferior e estase jugular podem resultar de congestão da veia cava superior e inferior, devido ao esvaziamento do átrio
direito ineficiente ou insuficiente, em decorrência do bombeamento obstruído ou insuficiente do ventrículo direito, que começa a se
congestionar, congestiona o átrio direito e posteriormente as veias que drenam para tal átrio.
Elementos anatômicos afetados em ordem – ventrículo direito, átrio direito, veias cavas, veia jugular, veia porta.
09/08/18
Vascularização do Coração
Composição – artérias coronárias e veias cardíacas. Vascularizam o epicárdio e o miocárdio. A nutrição do endocárdio ocorre por
difusão ou por microvasos diretamente da câmara cardíaca. As coronárias originam-se dos seios da aorta, na sua parte ascendente,
imediatamente superior à valva aorta.
Dependente de 3 válvulas –
Trama Coronariana
A Artéria Coronária Direita tramita pelo sulco coronário direito, seguindo por toda a extensão do sulco. A Artéria Coronária Esquerda
tramita posteriormente pelo tronco pulmonar (por isso também é conhecida como Tronco da Coronária Esquerda), e seguindo pelo
sulco coronário esquerdo, após passar por trás do tronco pulmonar ela acaba, se dividindo em dois outros vasos: Artéria Circunflexa
e a Artéria Descendente Anterior (também conhecida como artéria interventricular anterior). A artéria descendente anterior
percorre o sulco interventricular anterior e a artéria circunflexa segue pelo sulco coronário esquerdo.
Artéria Interventricular Posterior – também conhecida como Artéria Descendente Posterior – localizada dentro do sulco
interventricular posterior – esta artéria pode se anastomosar com a coronária esquerda ou com a coronária direita (mais provável),
ou seja, seu sangue pode advir da coronária esquerda ou da direita. Se seu sangue advir da coronária direita, será observado em
exame que a coronária direita é a dominante, se o sangue advir da coronária esquerda, a coronária esquerda será a dominante.
Artéria Coronária Direita – irriga a parede inferior do coração e lateral do ventrículo direito, e ainda a parede posterior em parte ou
em totalidade (se a coronária direita for a dominante, irrigando ainda, neste caso, parte da parede posterior do ventrículo esquerdo)
do ventrículo direito.
Ramo Circunflexo – irriga a parede lateral do ventrículo esquerdo e parte, ou a totalidade (se a coronária esquerda for a dominante)
da parede posterior do ventrículo esquerdo.
Artéria Coronária Direita se subdivide em:
• Ramo Marginal Direito – irriga a parede lateral do ventrículo direito;
O Ramo Interventricular Anterior se subdivide em ramos:
• Ramo do Cone Arterial – irriga a parede ântero-superior do ventrículo direito;
João Victor Mendes Molina – Anatomia III – 1º Bimestre
• Ramo do Septo Interventricular – irriga a região do forame oval;
• Ramo Diagonal – podem ser mais de um ramo diagonal, e irriga a parede anterior do ventrículo esquerdo;
O Ramo Circunflexo também se subdivide em:
Veias do Coração
Veia Interventricular Anterior é uma tributária da Veia Cardíaca Magna, que, por sua vez, é uma tributária do Seio Coronário
(localizado posteriormente).
Veia Cardíaca Interventricular Posterior e Veia Cardíaca Parva – tributam também para o Seio Coronário.
O Seio Coronário, por sua vez, deposita o sangue dentro do átrio direito.
14/08/18
Próximo a região onde reside o nó atrioventricular, há uma pequena falha do componente isolante (esqueleto fibroso), por onde
passa o Feixe de His, sendo este um prolongamento do nó atrioventricular, que se bifurca e acessa ambos os ventrículos, tornando
possível que os estímulos elétricos cheguem aos ventrículos.
Entre a onda P e a QRS, há um espaço, denominado espaço PQ, que demonstra o período de tempo que os sinais elétricos utilizam
para percorrer o nó atrioventricular.
Síndrome de Wolff Parkinson White –
A síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma arritmia cardíaca que faz com que os impulsos elétricos sejam conduzidos ao
longo da via acessória dos átrios até os ventrículos, denominada feixe de Kent, é também uma forma de taquicardia, formada por
uma condução atrioventricular adicional que impede condução normal do estímulo do átrio que vai até o nódulo atrioventricular,
causando o que chamamos de taquicardia supraventricular. A síndrome de WPW é geralmente diagnosticada com o exame do
João Victor Mendes Molina – Anatomia III – 1º Bimestre
eletrocardiograma (ECG) de uma pessoa assintomática. Neste exame é manifestada uma onda delta, que é uma onda no complexo
QRS em formato da letra grega Delta, associada
com um intervalo PR diminuído.
Ramo Direito e Ramo Esquerdo do Feixe de His –
É representado no eletrocardiograma pela onda
QRS. Quando o impulso elétrico termina de
percorrer o feixe de His e começa a percorrer os
ramos (direito e esquerdo) será representado pela
letra Q, despolarizando a porção inicial do septo,
posteriormente, quando atinge proximidades do
ápice e porção final dos ramos, é representado
pela letra R, quando chega as extremidades dos
ramos, as chamadas fibras de Purkinje, é
representado pela letra S.
Portanto, a despolarização ocorre do septo
interatrial, ápice e paredes externas. Portanto, os
ventrículos são inervados por: ramos direito e
esquerdo e fibras de Purkinje. Com isso, se houver
alteração, uma sobrecarga dos ventrículos, por
exemplo, a onda QRS será aumentada.
Supradesnivelamento do segmento ST –
Significa que há obstrução das artérias
responsáveis pela irrigação do ventrículo direito (coronária direita ou marginal direita), devendo ser considerado o risco sério de
infarto agudo do miocárdio.
Alterações no nó atrioventricular ou sinoatrial –
Se houver problema no nó sinoatrial, o nó atrioventricular tentará suprir tal deficiência, emitindo frequências elétricas de batimentos
mais lentos, mas, ainda assim, acarretando o batimento cardíaco. Se houver um problema no nó atrioventricular, deverá ser colocado
um marca-passo no paciente, ditando então o ritmo cardíaco.
Há casos ainda em que, o bloqueio do nó atrioventricular é parcial, sendo então o marca-passo necessário quando os batimentos
caem abaixo de 70, por exemplo, ficando o marca-passo então em “demanda”. Mas, há pacientes em que o marca-passo deve ser
utilizado continuamente, estando o marca-passo em “comando”, sendo utilizado plenamente para o paciente.
Paciente, principalmente com marca-passo em comando, terá limitações com relações a atividades físicas, pois, o marca-passo é
programado com um determinado ritmo de batimento cardíaco, não aumentando tal ritmo pré-programado. Então, tal paciente é
capaz de aumentar o volume de sangue bombeado, mas, não a quantidade de batimentos, devendo passar por acompanhamento
antes de realizar atividade física.
16/08/18
Obs. II: Ao ser feita a ponte de mamária, o paciente precisará de um dreno de tórax, pois, ao se
segmentar a artéria torácica interna haverá sangramento posterior a cirurgia, e o sangue deverá ser
drenado pois irá se alojar entre a pleura e o tórax, e ainda, devido a incisão cirúrgica, entre a pleura
parietal e a pleura visceral. Se o sangue não for drenado corretamente, o sangue começará a comprimir
os pulmões e diminuir a pressão negativa exercida pela pleura, uma situação denominada de
“hemotórax”.
Irrigação da Mão –
Arco Palmar Superficial –
A artéria ulnar se direciona diretamente para a mão, se anastomosando com o ramo superficial da artéria radial e formando: Arco
Palmar Superficial.
Do Arco Superficial são emitidas as Artérias Digitais Palmares Comuns (3 ou 4 artérias), estas artérias trafegam até a parte inicial dos
dedos, a base dos metacarpos, se bifurcando, e cada uma das artérias digitais comuns formando duas artérias digitais próprias.
Portanto, o objetivo principal do arco superficial é irrigar os dedos.
Arco Palmar Profundo –
É formado pelo ramo profundo da Artéria Ulnar se anastomosando com a artéria radial, que passa na regiao da tabaqueira anatomica.
O arco profundo então emite duas artérias: Artéria Principal do Polegar e a Artéria Radial do Indicador, além dessas, ainda emite as
Artérias Metacarpais Palmares.
A trombose venosa é mais comum nos membros inferiores, mas pode acontecer no membro superior principalmente devido ao AVC. Uma complicação por esse
problema é: se o trombo que está ali sofrer uma fragmentação originando êmbolos que poderão seguir pelas veias até chegar e parar no coração. Sendo assim há
a possibilidade de um trombo chegar ao coração e a partir daí ir para o pulmão. Quando ele vai para o pulmão sua passagem é através de uma artéria que possui
a tendência de diminuir de calibre, logo há um momento que o diâmetro do embolo é maior que o da artéria o que proporciona o fechamento desta. Se for na
artéria pulmonar é denominado de embolia pulmonar. Nesses casos a recomendação é de repouso ao paciente, pois sem movimentação não a movimentação dos
músculos não havendo a fragmentação e a formação de êmbolos, além da prescrição de anticoagulantes.
OBS.: Não é possível que um embolo surgido na região da mão cause o bloqueio das veias até chegar no coração pois a tendência das
veias é aumentar o calibre.
Irrigação da região dorsal da mão –
Na parte dorsal não haverá um arco dorsal e sim uma trama ou rede venosa dorsal.
São vários vasos se organizando como se fossem uma teia de aranha, um
emaranhado. Nessa rede irá se formar dois vasos importantes, um próximo do
polegar e um outro próximo ao dedo mínimo. O que está na face medial é
denominada de veia basílica do antebraço (próximo ao dedo mínimo). Esta veia
avança no dorso da mão em direção ao punho, ao passar pelo punho ela segue por
toda a região do antebraço até o cotovelo. Na parte lateral perto ao polegar a veia
é a veia cefálica do antebraço. Esta faz o mesmo trajeto que a basílica (depois do
punho elas se anteriorizam para o antebraço até o cotovelo – fossa cubital). E, entre
essas duas veias há a veia intermedia do antebraço.
Próximo ao cotovelo essas veias já começam a se organizar para ocorrer a junção.
A veia basílica do antebraço sobe reto e pode sofrer uma bifurcação que leva em
encontro a veia cefálica do antebraço. A tributação (ramificação) da veia basílica do
antebraço é denominada de veia intermedia do cotovelo (é a que comunica a veia
basílica do antebraço com a veia cefálica do antebraço). Além dessa organização
também pode apresentar, ao invés da ramificação da veia basílica, uma ramificação da veia cefálica, se isso ocorrer será essa que vai
ser denominada de veia intermedia do cotovelo. NÃO HÁ A PRESENÇA DE DUAS VEIAS INTERMEDIA DO COTOVELO, apenas uma, ou
é a ramificação da basílica ou a ramificação da cefálica.
OBS: A veia que recebe a ramificação fica mais calibrosa (entretanto pode acontecer da veia possuir o mesmo tamanho sendo assim
a veia intermedia do cotovelo será muito fina).
A veia intermedia do antebraço pode drenar na intermedia do cotovelo, desta forma seu sangue irá para a veia que recebe a
ramificação. Ou também a veia intermedia do antebraço pode fazer uma ramificação e enviar o sangue tanto para cefálica como a
basílica e essas irão possuir calibres iguais.
Após a região do cotovelo (fossa cubital) as veias cefálica do antebraço e a basílica do antebraço passam a ser chamadas apenas de
veia cefálica e veia basílica.
OBS: Sempre a inferior é tributaria da superior (a distal é tributaria da proximal).
A veia basílica mais ou menos no terço médio do braço perfura a fáscia do músculo e troca de compartimento (vai para o profundo).
Quando ela chega próxima a cabeça do úmero, a veia basílica e as braquiais irão se anastomosar (veias braquiais são tributarias das
basílicas) e seguem juntas através da basílica. Quando elas passam pelo músculo redondo maior elas passam a ser chamadas de veia
axilar. Enquanto isso a veia cefálica continua lateralmente, sobe pelo sulco do deltoide com o peitoral maior e entra na fáscia do
músculo (tornando-se profunda) e faz sua anastomose com veia axilar. A partir do momento que essas veias se anastomosam e
passam pela região da clavícula elas são denominadas de veia subclávia.
A veia subclávia irá receber dois importantes ramos: a veia jugular externa e a veia jugular interna. A veia jugular interna juntamente
com a veia subclávia irão dar origem a outra veia, a veia braquiocefálica, podendo ser direita ou esquerda. As duas veias
braquiocefalicas (uma de cada lado) irão se juntar e formar a veia cava.
OBS.: Em algumas circunstancias utilizam a veia cefálica para passar fio de marca-passo ou até mesmo intracath. Isso ocorre pois ela é bem próxima a estrutura
da pele e possui também um calibre grande.
Carótida externa:
Na carótida externa há uma série de vasos se organizando para fazer a irrigação da face.
A primeira estrutura, ramificação da carótida externa é a artéria tireóidea superior. Ela vai irrigar tanto a parte superior da glândula
tireoide tanto como a região da laringe e os músculos que estão nessa área, músculos denominados de infraioides.
Logo depois, tem-se uma outra estrutura arterial de uma calibre um pouco maior, denominada de artéria lingual. Ela vai irrigar uma
região um pouco maior, devido a isso seu maior calibre. Ela irriga todo o assoalho da boca e os músculos ali presentes (a parte mais
profunda desse assoalho pertence a língua) e a região da faringe. O primeiro ramo da artéria lingual, na parte posterior é denominado
de ramo dorsal da língua ele é responsável pela irrigação do assoalho da boca (aproximadamente um terço posterior desse assoalho)
e parte da parede da orofaringe. Após isso, na parte superficial do assoalho há o ramo denominado de artéria sublingual (está bem
próxima da tela subcutânea, sendo de fácil acesso quando necessário um procedimento cirúrgico). Existe também duas glândulas, a
glândula submandibular e a sublingual, essas duas glândulas também recebe sangue da artéria sublingual (a glândula sublingual
recebe potencialmente sangue dessa artéria e a glândula submandibular é irrigada uma pequena parte, não totalmente – outra
artéria irriga potencialmente essa glândula). Na parte terminal do vaso, há o terceiro ramo da artéria lingual, denominado de artéria
profunda da língua. Essa artéria irriga a parte profunda do assoalho e a parte anterior e média da língua. Portanto a maior parte da
estrutura da língua, na sua estrutura mais profunda é irrigada por essa artéria.
A terceira ramificação da carótida externa é a artéria facial. Essa arteira irriga toda a região da face. Sua primeira ramificação irá
nutrir a região do palato mole e é chamada de artéria palatina ascendente. Após isso, a artéria facial avança no sentido lateral, passa
inferiormente a mandíbula e se exterioriza. Antes que ela se exteriorize há a produção de outro ramo, os ramos glandulares, que
irriga potencialmente a glândula submandibular. Logo depois, as artérias glandulares irão fazer ramificações que irriga os músculos
da região do queixo, essa ramificação é denominada de artéria submentual (a artéria submentual é uma ramificação do ramo
glandular). A partir de agora a facial vai ascender e sempre na região externa, assim que ela chega inferiormente aos dentes ela emite
uma ramificação: artéria labial inferior. Embora essa artéria esteja próxima aos dentes ela não é responsável pela irrigação dos deles.
Após isso ela vai produzir sua outra ramificação, a artéria labial superior. Essas duas últimas artérias são responsáveis por nutrir a
gengiva.
Depois da formação da artéria labial superior irá surgir a última ramificação da artéria facial, ou a parte terminal dela, denominada
de artéria angular.
Na quarta ramificação da carótida externa (logo após a facial) há uma projeção no sentido posterior, avançando até o processo
mastoide passando por ele e seguindo até o osso occipital, recebendo o nome de artéria occipital. Essa artéria forma uma teia arterial
nesse local.
A artéria auricular posterior é a quinta ramificação, ela irriga a orelha interna, células mastoides, pavilhão da orelha, a glândula
parótida e a ATM.
Após há a artéria maxilar, que é o sexto ramo da artéria carótida externa. Na sequência a formação desse vaso haverá o surgimento
da artéria temporal superficial, que é a parte terminal da artéria carótida externa, sendo essa o último ramo.
A artéria temporal superficial solta um ramo que vai para posterior e outro que vai para a anterior, denominados respectivamente
de: artéria temporal superficial posterior e artéria temporal superficial anterior. Ela irriga todo o couro cabeludo da parte temporal
e o músculo temporal.
Artéria maxilar vai ter várias ramificações no seu trajeto. Entre elas há uma que ascende, atravessa o forame espinhoso e vai para
dentro do crânio (entre todas as artérias da carótida externa essa é a única que adentra o crânio), ela chama artéria meníngea média
e nutri a estrutura da dura-máter, a meníngea. A primeira ramificação, antes da meníngea média, descende pela estrutura
mandibular, externamente ao osso e penetra o forame da mandíbula que dá acesso ao canal da mandíbula, ela segue internamente
por esse canal, passando pela face inferior dos alvéolos dentários, seu nome é artéria alveolar inferior. No momento que essa artéria
está para passar pelo forame ela faz uma ramificação, que vai seguir pela face medial da mandíbula, essa ramificação é denominada
Tronco anterior:
Já no tronco anterior a primeira ramificação é uma artéria que fara um papel extremamente importante durante uma parte da vida
e depois ela perde um pouco de sua função, a artéria umbilical. Essa artéria, após o nascimento, sua parte distal atrofia e fica como
um ligamento. No trajeto da artéria umbilical até a cicatriz umbilical há outra ramificação denominada de artéria vesical superior,
embora não é mais necessário levar sangue na cicatriz umbilical é necessário levar sangue na bexiga (e na mulher ao útero). Essa
última artéria produz a artéria uterina (no caso das mulheres – no homem há apenas a artéria vesical superior).
OBS: A parte distal da artéria umbilical somente atrofia após emitir o ramo da artéria vesical superior. Sendo assim, seu início continua
sendo a artéria umbilical, não atrofia.
Após isso há uma nova ramificação, e no seu trajeto ela atravessa pelo forame obturado, sendo denominada de artéria obturatória.
Ela irriga a parte externa da pelve, uma parte do assoalho e a face medial da coxa. Na sequência há uma nova ramificação, que é o
complemento da artéria vesical superior, sendo essa a artéria vesical inferior. Ela se aprofunda e faz irrigação na parte inferior da
bexiga. Depois, próximo ao reto, há a artéria retal média, ela desce paralelamente ao reto nutrindo toda essa região. Há também a
artéria pudenda interna, que possui um trajeto que avança no sentido interno da pelve, próximo a espinha isquiática, atravessa o
forame isquiático e ganha a parte externa da pelve (junto com o plexo lombo sacral), seguindo por baixo (pela parte inferior) do
assoalho até chegar na região do púbis, quando chega nessa região ela atravessa a fáscia muscular e volta para dentro da pelve. Se
for uma estrutura feminina ela emite ramos e irriga essa região, principalmente a região do clitóris, entretanto se for na estrutura
masculina ela irá originar outra artéria, a artéria dorsal do pênis (que é a parte terminal da artéria pudenda interna). E por fim, sua
parte terminal, a última ramificação, a artéria glútea inferior.
A ramificação da artéria femoral surge de maneira ascendente, sendo denominada de artéria epigástrica superficial. Uma ramificação
que avança no sentido da pelve, na asa do ilíaco, pela parte externa é denominada de artéria circunflexa ilíaca superficial. Logo
depois, há a artéria pudenda externa superficial e a artéria pudenda externa profunda.
OBS: A femoral assim que se forma tem que irrigar a parte lateral da pelve (artéria circunflexa ilíaca lateral), a parede do abdômen
(artéria epigástrica superficial) e a parte externa da genitália (artéria pudenda externa profunda).
Na margem lateral da artéria femoral tem o músculo sartório, que juntamente com músculo adutor longo e o ligamento inguinal
formam o trígono femoral. O músculo adutor curto e o músculo ílio-psoas formam o assoalho do trígono femoral.
Assim que a femoral passa pelo trígono há a artéria femoral profunda, essa artéria, ao contrário da artéria femoral, já busca a parte
posterior da coxa. A femoral profunda produz uma ramificação: a artéria circunflexa femoral. A artéria circunflexa femoral se bifurca
em artéria circunflexa femoral lateral e artéria circunflexa femoral ascendente. Da artéria circunflexa femoral lateral há a produção
de um ramo muito longo, denominado de ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral. Essa ramo é importante pois
será uma “colateral” do joelho. No trajeto ao joelho essa artéria solta de 3 a 5 ramificações denominadas de artérias perfurantes.
A medida que artéria femoral descende ela entra no canal do adutor, que é formado na face posterior pelo adutor magno, na face
medial pelo musculo grácil, em sua face ânterolateral pelo músculo sartório e pelo músculo vasto medial. Esse canal termina em uma
abertura na parte tendinosa do músculo adutor magno próximo ao côndilo medial do fêmur, denominado de hiato adutor. Após
atravessar o hiato a trama vasculo-nervosa que atendia pelo nome de femoral, receberá o nome agora de poplítea (tanto artéria,
como veia, como nervo).
Antes da artéria femoral atravessar o hiato do adutor, e trocar o seu nome para artéria poplítea, ela emite uma última ramificação:
artéria descendente do joelho.
Anastomoses do joelho:
Na estrutura do joelho, na sua parte frontal, há uma grande trama venosa e uma das artéria que vão trazer sangue nessa anastomose
é oriunda da artéria femoral que é a artéria descendente do joelho, que se localiza na face medial. Já na face lateral há o ramo
descendente da artéria circunflexa femoral lateral (que é ramo da artéria circunflexa femoral lateral que, por sua vez, é ramo artéria
circunflexa e essa é uma ramificação da artéria femoral profunda). Essas duas estão chegando na parte frontal do joelho para realizar
anastomose.
Além dessas duas artérias nós teremos outras quatro artérias que serão ramos da artéria poplítea, essas artérias são: a artéria
superior lateral do joelho; artéria superior medial do joelho; artéria inferior lateral do joelho; e artéria inferior medial do joelho.
Todas essas artérias irão se originar na face posterior, mais especificamente na fossa poplítea, mas irão realizar anastomose na face
anterior do joelho.
OBS: Músculos formadores da fossa poplítea: músculo semimembranáceo; músculo semitendineo; músculo bíceps femoral; e as duas
cabeças do músculo gastrocnemio.
OBS’: As artérias que são chamadas “superiores” estão localizadas no côndilo do fêmur e as “inferiores” no côndilo da tíbia.
Há também as artérias surais que são ramos mais finos que surgem também da poplítea, e que adentram na parte profunda e irrigam
o músculo gastrocnemio e uma pequena parte do músculo sóleo.
Ao retirar a musculatura do musculo soleo percebe-se que a artéria poplítea sofre uma bifurcação (na parte mais profunda), sendo
denominadas de: artéria tibial anterior e artéria tibial posterior (na clínica médica ela é denominada de tronco tíbio-fibular). A partir
desse tronco que descende ela irá também bifurcar e originar a artéria fibular.
OBS: Portanto a artéria fibular é um ramo da artéria tibial posterior (ou tronco tíbio-fibular).
OBS’: Na clínica é descrito que o tronco tíbio-fibular origina a artéria tibial posterior e a artéria fibular.
A artéria fibular chega até a região do maléolo lateral (ou maléolo fibular). Ao contrario dela, a artéria tibial posterior avança através
do maléolo medial (ou maléolo tibial) e chega até a planta do pé, nutrindo toda essa região. Quando essa artéria chega na planta do
pé ela sofre uma ramificação formando a artéria plantar medial e a artéria plantar lateral. Ambas seguem em direção aos
A veia safena magna é formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé. A veia safena magna:
• Ascende anteriormente até o maléolo medial;
• Segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur (cerca de quatro dedos posteriormente à margem medial da patela);
• Anastomosa-se livremente com a veia safena parva;
• Atravessa o hiato safeno na fáscia lata;
• Desemboca na veia femoral.
A veia safena magna tem 10 a 12 válvulas, que são mais numerosas na perna do que na coxa. Essas válvulas geralmente estão
localizadas logo abaixo das veias perfurantes. As veias perfurantes também têm válvulas. As válvulas venosas são projeções de
endotélio com seios valvulares caliciformes cujo enchimento vem de cima. Quando os seios estão cheios, as válvulas ocluem a luz da
veia, evitando, assim, o refluxo distal de sangue e tornando o fluxo unidirecional. O mecanismo valvular também divide a coluna de
13/09/18
Parte superior:
Duas cavidades que faz com que o ar acesse a via aérea: cavidade nasal e a cavidade oral. Quando diz respeito a respiração o ideal é
utilizar a cavidade nasal, para que o ar se aqueça ou se umidifique, entretanto se não for possível usa-se a cavidade oral. A parte
nasal e oral localiza-se próximo a faringe, e também do esôfago. Toda a região se encontra muito próximo umas às outras. Quando
falar de vias aéreas superiores elas se concentram no viscerocranio (na face), exceto uma pequena parte que está no osso frontal,
que é o seio frontal.
OBS: Ossos que formam o viscerocranio: esfenoide, etmoide, maxila, mandíbula, osso zigomático, ossos nasais, vômer, palatino e o
lacrimal. Desses ossos apenas o esfenoide, maxila e o etmoide são pneumáticos, sendo assim são os que terão os seios nasais.
Nós temos quatro seios paranasais, três deles contidos no viscerocranio e um no osso frontal, são eles: seios esfenoides, seios
maxilares, seios etmoidais e seios frontais.
Esses seios são revestidos por uma mucosa idêntica a cavidade do nariz, podendo ter problemas com vírus e bactérias e sofrer um
quadro infeccioso, proporcionando a sinusite.
O seio maxilar é o que possui a estruturação mais complexa no sistema de drenagem,
de todos os seios esse é o que tem maior dificuldade de drenar o seu conteúdo
(qualquer mudança que tenha na mucosa desse seio prejudica a parte de saída),
sendo assim ele é o que possui a maior tendência em acumular secreção e,
consequentemente, proporcionar dor ao indivíduo.
O seio maxilar é muito próximo as radículas dentais, com isso em um tratamento
odontológico (exodontia) é possível perfurar o seu assoalho, tendo uma comunicação
entre o alvéolo dentário e o seio maxilar. Desta forma, quando o indivíduo que possui
essa comunicação entre a estrutura da raiz dentaria e o assoalho do seio se alimenta
ocorre a saída desses alimentos pelo nariz. Em função disso pode-se gerar um quadro
infeccioso. Uma outra situação, são os dentes inclusos (dente do sisu), esses dentes
quando começam a se desenvolver podem também perfurar o assoalho e gerar um
quadro de abscesso, este abscesso pode começar crescer para dentro do seio maxilar
até o ponto de rompe-lo.
OBS: Os seios precisam estar livres, possuindo ar dentro deles. Quando o seio está congestionado não é possível sua visualização na
radiografia.
Cavidade nasal:
Esses seios irão drenar para dentro da cavidade nasal. Se estiver entrando com o equipamento tem-se que direcionar sempre para a
parte lateral, que é onde está o etmoide, onde se localizam os seios. Há nervos que adentram essa cavidade, artérias e veias. Qualquer
problema que ocorre nesse local gera um quadro doloroso muito grande e um grande sangramento.
OBS: Elementos formadores do septo nasal: cartilagem septal (parte inicial do septo), osso vômer (parte inferior do septo), lâmina perpendicular
do etmoide (parte superior do septo). Existe uma relação direta com o septo, maxila e osso palatino.
Cavidade oral:
Palato mole, quando vai fazer uma
deglutição é necessário que a estrutura do palato mole seja elevada, para abrir a
estrutura da orofaringe e impedir que o alimento faça um refluxo para a nasofaringe
(superiormente). A gravidade também dificulta tal refluxo. Durante um reflexo de
vomito não ocorre essa elevação, devido a isso sai vomito também pelo nariz.
Entre a língua e o palato mole há um orifício que é denominado de istmo da fauces,
esse istmo é a passagem da cavidade oral para a parte oral da faringe, ou seja a
orofaringe, é o local onde reside úvula.
Os componentes formadores istmo das fauces são: pregas ou arcos. Duas pregas vão
do palato mole até a língua sendo denominadas de pregas palato glosso (língua) e
outras duas pregas que vão do palato mole até a faringe sendo chamadas de pregas
palato faríngea. Se observarmos as pregas palato glosso, tanto do hemilado direito
como do esquerdo, veremos o arco palato glosso e, quando observarmos as pregas
palato faríngeo veremos o arco palato faríngeo, que está localizado na parte mais
profunda.
Entre as duas pregas há a tonsila palatina (amigdala), nessa região há várias células
de defasa. Na infância é comum ocorrer o aumento desse local, por ela trabalhar de
forma mais intensa, pois sempre que a criança entra em contato com um
microrganismo desconhecido ele é encaminhado para a região da tonsila, fazendo
com que ela trabalhe mais e aumente de tamanho, se o aumento for excessivo é
necessário fazer o tratamento cirúrgico.
OBS: Quando passa pelo istmo das fauces já se localiza na faringe. A estrutura que
limita a cavidade nasal e a faringe é o coanus, enquanto que, a estrutura que faz a
limitação entre a cavidade oral e a faringe é o istmo da fauces.
Faringe:
É dividida em três partes, em cada região que ela se localiza
ela terá um nome especifico. Posterior a cavidade nasal ela é
denominada de nasofaringe; quando ela passa
posteriormente a cavidade oral é denominada de orofaringe;
e sua última parte é denominada de laringofaringe.
OBS: Intubação endotraqueal (ou orotraqueal) – Acessar a
cavidade oral, passar pelo istmo da fauces, passar pela
laringe e acessar a traqueia (não o esôfago).
OBS’: Problemas na nasofaringe poderão chegar a orelha
média em função da próxima localização a tuba auditiva.
Nasofaringe:
Região da Faringe próxima a cavidade nasal, delimitada pelo
Coanos, que são aberturas que separam a cavidade nasal da
nasofaringe. Eles ficam localizados entre o septo nasal e a
parede do etmoide, um em cada lado do septo.
O coanos delimitam a nasofaringe superiormente, desde o
coanos até a região da úvula é a nasofaringe.
OBS: Passagem da sonda através da narina: narina meato
nasal inferior coanos nasofaringe.
Os elementos da nasofaringe são: óstio faríngeo da tuba
auditiva; toro tubário, ele faz uma descendência em região a
nasofaringe e chega até a região da orofaríngea formando
uma prega, a prega salpingofaringea; há também a prega
salpingopalatina (que é uma parte anterior do toro tubário);
toro do levantador, está na região do óstio faríngeo; e, na
parte superior da nasofaringe, há a tonsila faríngea.
Orofaringe:
Delimita-se desde a parte final da úvula (ou então da parte inicial das pregas palato grosso e palato faríngea) até a cartilagem epiglote.
Laringofaringe:
É delimitada a partir da borda da epiglote até o adito da laringe (que é uma abertura para dentro da laringe, a partir do momento
que se atravessa o adito já é a laringe).
OBS: Durante o movimento de deglutição há alguns músculos que estão sobre o osso hioide e esses músculos proporcionam a
elevação desse osso, como o hioide está intimamente ligado a cartilagem epiglote, essa elevação faz com que a cartilagem epiglote
deite, tampando a abertura do adito da laringe. Já quando o osso hioide abaixa a cartilagem fica em pé e proporciona a abertura do
adito. Na deglutição de algum alimento é necessário que ele venha da cavidade oral e não consiga acessar o adito da laringe, para
que isso ocorra a epiglote funciona como um “toldo” sobre o adito que faz com que o alimento passe sobre a epiglote e não adentre
pelo adito. No momento da inalação esse toldo é recolhido, assim é possível entrar pelo adito e se encaminhar até a traqueia. Sendo
assim, a epiglote funciona como uma comporta, o qual decide se o que está vindo pela orofaringe ou nasofaringe vai para esôfago
ou para a traqueia.
OBS: Na base da língua até a epiglote há a valécula epiglótica. Que é o espaço entre a base da língua e a cartilagem epiglótica, ficando
antes do istmo da fauces. A valécula é muito importante pois é nela que o laringoscópio irá se alojar no procedimento de intubação,
visto que, o laringoscópio não deve ultrapassar o istmo da fauces. Quando o laringoscópio se localiza na valécula ele proporciona o
deslocamento da epiglote para anterior e, consequentemente, a abertura do adito da laringe.
Caminho do laringoscópio: cavidade oral (localizar a língua, palato mole a úvula) chegar até as pregas palatoglosso e palatofaríngeo
(istmo das fauces) NÃO adentrar pelas pregas e seguir pela língua até chegar na região da valécula epiglótica alojar o
laringoscópio na valécula epiglótica. PQP
Laringe:
É uma estrutura localizada entre músculos e cartilagem.
Há nessa região as cordas vocais, ou pregas vocais, que precisar abduzir ou aduzir. Entre as cordas haverá a rima da glote, que poderá
abrir ou fechar conforme o movimento das pregas vocais. As pregas irão abduzir (se distanciar) no momento da inspiração e aduzir
na face expiratória, além de serem potencialmente aduzidas no momento da fala, o que proporciona a aproximação das cordas vocais
e, quando o ar passa sobre elas causa uma vibração que gera o som.
OBS: PEEP fisiológica: é a pressão positiva expiratória final, ou seja, você inspira, o pulmão enche de ar, após isso ocorre a expiração
e o pulmão vai esvaziando, mas, não esvazia totalmente, sobrando um volume residual, esse volume colabora com a manutenção da
abertura dos alvéolos, e em parte isso é dado pelo movimento das cordas vocais.
Osso hioide:
Na parte inferior desse osso há uma cartilagem, que a partir dos 30 anos se ossifica, denominada de cartilagem tireóidea, essa
cartilagem possui forma de semi lua, não tendo formação de parede na face posterior (sendo assim, é possível adentrar por essa
face). Logo depois, há outra cartilagem denominada de cartilagem cricóidea, que, diferentemente da tireóidea, possui a forma de
um anel, sendo mais largo na parte posterior e mais estreito na anterior, então a cricóidea é totalmente fechada. Há também a
cartilagem aritenóide, essa cartilagem repousa sobre a face posterior da cricóidea, existindo uma articulação sinovial entre essas
duas cartilagens. A cartilagem aritenóide tem dois processos, um deles é denominado processo muscular e outro denominado de
processo vocal.
A cartilagem tireóidea está na frente, servindo como sustentação para o ligamento vocal, a cricoide em baixo sustentando as
aritenóides, e as aritenóides ligando-se também ao ligamento vocal. O movimento da aritenóide faz com que os ligamentos vocais se
distanciem ou se aproximem.
i. Ligamento tireo-hióide mediano: está presente entre o hioide e a cartilagem tireoide, esse ligamento se torna mais fino
quando avança para lateral e passa a se chamar membrana tireo-hióide. Há também o ligamento tireo-hióide lateral.
ii. Ligamento cricotireóideo mediano: pode ser utilizado para fazer uma cricotomia (quando ocorre um acidente e o indivíduo
encontra-se com as vias aéreas obstruídas, então com um objeto perfurante perfura esse ligamento e faz um via aérea
artificial).
iii. Ligamento cricotraquial;
iv. Ligamento vocal: esse ligamento possui um tecido de revestimento que é denominado de prega vocal;
v. Ligamento vestibular: produz a prega vestibular.
OBS: O deslocamento é maior na prega vocal do que a prega vestibular.
vi. Pregas ariepiglóticas;
OBS’: Delimitação do adito da laringe: Frontalmente o adito é delimitado pela cartilagem epiglótica, lateralmente é delimitado pela
prega ariepiglótica e posteriormente pelas cartilagens aritenóides.
vii. Cartilagem corniculada (ou tubérculo corniculado).
As ações esfincterianas das pregas vestibulares e vocais são importantes durante a manobra de Valsalva, o esforço expiratório contra
a via respiratória fechada, como tosse, espirro ou esforço durante a defecação ou levantamento de peso. As pregas vestibulares e
vocais são amplamente abduzidas durante a insuflação pulmonar na inspiração profunda. Na manobra de Valsalva, as pregas
vestibulares e vocais são firmemente aduzidas ao fim da inspiração forçada. Em seguida, há forte contração dos músculos abdominais
anterolaterais para aumentar as pressões intratorácica e intra-abdominal. O diafragma relaxado transmite passivamente a pressão
abdominopélvica aumentada para a cavidade torácica. Como a elevada pressão intratorácica impede o retorno venoso para o átrio
direito, usa-se a manobra de Valsalva para estudar os efeitos cardiovasculares do aumento da pressão venosa periférica e da
diminuição do enchimento cardíaco e do débito cardíaco.
20/09/18
A Traqueia
A traqueia desce anteriormente ao esôfago e entra no mediastino
superior, inclinando-se um pouco para a direita do plano mediano.
A face posterior da traqueia é plana no local onde está em contato
com o esôfago. A traqueia termina no nível do ângulo do esterno,
dividindo-se nos brônquios principais direito e esquerdo. A traqueia
termina acima do nível do coração e não é um componente do
mediastino posterior.
A traqueia possui diversos semi anéis de cartilagens que impedem
que a traqueia se feche quando em situação de inspiração, em que
é gerada uma pressão negativa para puxar o ar para dentro dos
pulmões, exercendo certa força para colabar a traqueia, sendo
enfrentada pelos semi anéis de cartilagem.
Por conta da organização do sistema circulatório e respiratório, os
brônquios principais (que são continuações da traqueia) se bifurcam
em uma região denominada Carina, e o brônquio direito se prolonga
de forma mais verticalizada que o esquerdo, pois este ultimo passa
por baixo do arco da aorta, e o pulmão esquerdo divide espaço com
o coração.
A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de
cartilagem hialina em formato de ferradura ou em C. As vias respiratórias
sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia, situada no mediastino
superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax
(ou ângulo do esterno) em brônquios principais, um para cada pulmão, que seguem
em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões.
O brônquio principal direito é mais largo, mais curto e mais vertical do que o
brônquio principal esquerdo porque entra diretamente no hilo do pulmão. O
brônquio principal esquerdo segue inferolateralmente, inferiormente ao arco da
aorta e anteriormente ao esôfago e à parte torácica da aorta, para chegar ao hilo do pulmão.
Nos pulmões, os brônquios ramificam-se de modo constante e dão origem à árvore traqueobronquial. Observe que os ramos da
árvore traqueobronquial são componentes da raiz de cada pulmão (formada pelos ramos da artéria e das veias pulmonares, além
dos brônquios).
Barotrauma – pressão em excesso exercida sobre os alvéolos.
Volutrauma – volume exagerado de ar exercido sobre os alvéolos.
João Victor Mendes Molina – Anatomia III – 1º Bimestre
Trama Vasobrônquica – junção de elementos de brônquios, artérias e veias, que percorrem o tecido pulmonar. É importante lembrar
que os brônquios são intimamente acompanhados por artérias e veias.
Traqueostomia
A incisão transversal da pele do pescoço e da parede anterior da traqueia, estabelece uma via respiratória em pacientes com
obstrução das vias respiratórias superiores ou insuficiência respiratória. Os músculos infra-hióideos são retraídos lateralmente, e o
istmo da glândula tireoide é dividido ou retraído superiormente. É feita uma abertura na traqueia, entre o primeiro e o segundo anel
traqueal ou através do segundo, do terceiro e do quarto anel. Em seguida, um tubo de traqueostomia é introduzido na traqueia e
fixado.
A traqueostomia é realizada em pacientes que possuem grande dificuldade respiratória, seja, por obstrução das vias aéreas
superiores ou pacientes que possuem dificuldade de ventilação e precisariam ser entubados, sendo optado então pela traqueostomia
para diminuir o espaço morto, para abrandar a dificuldade de ventilação do paciente, e livrá-lo o quanto antes da ventilação mecânica.
Pleura –
A cavidade pleural — o espaço virtual entre as camadas de pleura — contém uma camada capilar de líquido pleural seroso, que
lubrifica as superfícies pleurais e permite que as camadas de pleura deslizem suavemente uma sobre a outra, durante a respiração.
A tensão superficial do líquido pleural também propicia a coesão que mantém a superfície pulmonar em contato com a parede
torácica; assim, o pulmão se expande e se enche de ar quando o tórax expande, ainda permitindo o deslizamento, de forma muito
semelhante a uma película de água entre duas placas de vidro.
A pleura visceral (pleura pulmonar) está aposta ao pulmão e aderida a todas as suas superfícies, inclusive as fissuras horizontal e
oblíqua. Na dissecção de cadáveres, em geral não é possível dissecar a pleura visceral da superfície do pulmão. Ela torna a superfície
do pulmão lisa e escorregadia, permitindo o livre movimento sobre a pleura parietal. A pleura visceral é contínua com a pleura parietal
no hilo do pulmão, onde estruturas que formam a raiz do pulmão (p. ex., o brônquio e os vasos pulmonares) entram e saem.
A
pleura parietal reveste as cavidades pulmonares, aderindo, assim, à parede torácica, ao mediastino e ao diafragma. É mais espessa
do que a pleura visceral, e durante cirurgias e dissecções de cadáver, pode ser separada das superfícies que reveste. A pleura parietal
tem três partes — costal, mediastinal e diafragmática — e a cúpula da pleura (pleura cervical).
Pulmão –
O pulmão direito apresenta fissuras oblíqua direita e horizontal, que o dividem em três lobos direitos: superior, médio e inferior. O
pulmão direito é maior e mais pesado do que o esquerdo, porém é mais curto e mais largo, porque a cúpula direita do diafragma é
mais alta e o coração e o pericárdio estão mais voltados para a esquerda. A margem anterior do pulmão direito é relativamente reta.
O pulmão esquerdo tem uma única fissura oblíqua esquerda, que o divide em dois lobos esquerdos, superior e inferior. A margem
anterior do pulmão esquerdo tem uma incisura cardíaca profunda, uma impressão deixada pelo desvio do ápice do coração para o
lado esquerdo. Essa impressão situa-se principalmente na face anteroinferior do lobo superior e costuma moldar a parte mais inferior
e anterior do lobo superior, transformando-a em um processo estreito e linguiforme, a língula, que se estende abaixo da incisura
cardíaca e desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração e a expiração.
Os pulmões estão fixados ao mediastino pelas raízes dos pulmões — isto é, os brônquios (e vasos brônquicos associados), artérias
pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos pulmonares de nervos (fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e
viscerais) e vasos linfáticos (Figura 1.34). Se a raiz for seccionada antes da (medial à) ramificação do brônquio principal (primário) e
da artéria pulmonar, sua configuração geral é:
• Artéria pulmonar: no extremo superior à esquerda (o brônquio lobar superior ou “epiarterial” pode estar localizado no
extremo superior à direita);
• Veias pulmonares superior e inferior: nas extremidades anterior e inferior, respectivamente;
• Brônquio principal: aproximadamente no meio do limite posterior, e os vasos brônquicos seguem em sua face externa
(geralmente na face posterior nesse ponto).
Hilo Pulmonar –
Hilo pulmonar são orifícios localizados nas porções internas dos pulmões. A região do hilo localiza-se na face mediastinal de cada
pulmão sendo formado pelas estruturas que chegam e saem dele, onde temos: os brônquios principais, artérias pulmonares, veias
pulmonares, artérias e veias bronquiais e vasos linfáticos.
O hilo do pulmão é uma área cuneiforme na face mediastinal de cada pulmão através da qual entram ou saem do pulmão as estruturas
que formam sua raiz. O hilo pode ser comparado à área da terra na qual as raízes de uma planta penetram o solo. Medialmente ao
hilo, a raiz está encerrada na área de continuidade entre as lâminas parietal e visceral de pleura — a bainha pleural (mesopneumônio).
ÁRVORE TRAQUEOBRONQUIAL
A partir da laringe, as paredes das vias respiratórias são sustentadas por anéis de cartilagem hialina em formato de ferradura ou em
C. As vias respiratórias sublaríngeas formam a árvore traqueobronquial. A traqueia (descrita junto com o mediastino superior, adiante
neste capítulo), situada no mediastino superior, é o tronco da árvore. Ela se bifurca no nível do plano transverso do tórax (ou ângulo
do esterno) em brônquios principais, um para cada pulmão, que seguem em sentido inferolateral e entram nos hilos dos pulmões.
• Diafragma;
• Intercostais externos.
Inspiração Forçada –
• Esternocleidomastóideo;
• Escalenos;
• Serrátil anterior e posterior na porção superior do tórax;
Músculos expiratórios –
Expiração forçada –
• Intercostais internos;
• Serrátil posterior e inferior;
OBS.: Enfisema pulmonar: pode ocorrer de várias formas, a forma básica ocorre por desequilíbrio de proteases que destroem algumas proteínas e proporcionam a
perda de elasticidade do pulmão. O indivíduo portador da patologia possui os alvéolos preservados mas os tecidos pulmonares não têm mais elasticidade e o
pulmão fica muito grande. Com o passar dos anos o pulmão se enche de ar mas não consegue fazer com que o ar saia, sendo assim há uma dificuldade respiratória.
Por conta do enfisema pode ocorrer uma insuficiência respiratória. A insuficiência é a incapacidade do pulmão de realizar suas funções. Pacientes enfisematosos
possuem o tórax distendido, e, portanto, realizam a inspiração forçada regularmente, e, com isso, ao realizarem outra tarefa cotidiana que utiliza os músculos da
inspiração forçada dificulta a respiração deste indivíduo, pois ele as utiliza regularmente para a respiração, tarefas como: levantar um talher, fazer a barba, etc.
Circulação Pulmonar –
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Pulmão trabalha com circulação dupla, funcional e nutricional. O ramo de artérias e veias que nutrem o sistema respiratório inferior
recebem a denominação de artéria brônquica e veia brônquica.
Circulação pulmonar: O ventrículo esquerdo impulsiona o sangue rico em oxigênio que chega ao coração, proveniente da circulação
pulmonar, por meio das artérias sistêmicas (aorta e seus ramos), e há troca de oxigênio e nutrientes por dióxido de carbono no
restante dos capilares do corpo. O sangue pobre em oxigênio retorna ao átrio direito através das veias sistêmicas (tributárias das
veias cavas superior e inferior). Esse circuito, do ventrículo esquerdo ao átrio esquerdo, é a circulação sistêmica.