Regulamento Dos Laboratórios de Engenharia Civil
Regulamento Dos Laboratórios de Engenharia Civil
Regulamento Dos Laboratórios de Engenharia Civil
Capítulos
I. Da natureza e finalidade
II. Da estrutura administrativa
III. Da competência e das responsabilidades dos supervisores
IV. Da competência e das responsabilidades dos técnicos
V. Das atividades
VI. Da definição de aula de laboratório
VII. Dos usuários
VIII. Das regras de permanência e responsabilidades dos usuários
IX. Do funcionamento e das normas de segurança e higiene
X. Das instalações, equipamentos e manutenção
XI. Dos experimentos, ensaios e resultados
XII. Das normas ambientais
XIII. Dos recursos financeiros
XIV. Das infrações e penalidades
XV. Da capacitação dos técnicos laboratoristas
XVI. Das disposições gerais
Anexo A - Sala de Preparação de Amostras
Anexo B - Autorização para materiais e equipamentos temporários
Anexo C - Certificado do Treinamento Básico Inicial
Anexo D - Formulário de Cadastramento de Usuário
Anexo E - Controle de entrada e saída de ferramentas e
equipamentos
Anexo F - Etiquetas de identificação dos materiais a serem ensaiados
CAPÍTULO I
Da natureza e finalidade
Artigo 1º. Serão regidos pelo presente regulamento os seguintes laboratórios: Laboratório de
Materiais de Construção Civil; Laboratório de Mecânica dos Solos; Laboratório de Asfalto; e
Laboratório de Estruturas e Materiais Sustentáveis.
§ Único. A Sala de Preparação de Amostras não é considerada laboratório, sendo utilizada como
apoio para todos os laboratórios (vide regras específicas no Anexo A);
Artigo 4º. Os laboratórios são compostos por equipamentos e materiais permanentes que estão
relacionados no controle patrimonial do setor de patrimônio da UFMT.
CAPÍTULO II
Da estrutura administrativa
Artigo 5º. Para a realização de suas finalidades, cada laboratório será administrado por uma
Comissão de Administração, constituída por três membros: um supervisor acadêmico, um
supervisor técnico, mais o Chefe de Departamento (ou um Gerente de Laboratórios, se for o caso).
§ 2º. A função de Supervisor Técnico do Laboratório será exercida por um dos técnicos do
laboratório (ou pelo único técnico, se for o caso), com portaria de 2 anos, sendo permitidas
reconduções.
Artigo 6º. A Comissão de Administração deverá se reunir, ordinariamente, pelo menos 1 vez a cada
3 meses e, extraordinariamente, mediante convocação formal por um de seus membros com
antecedência mínima de 3 dias.
§ Único. As convocações devem ser formais, com pauta definida, podendo ocorrer a qualquer
tempo, quando houver urgência justificada.
CAPÍTULO III
Da competência e das responsabilidades dos supervisores
Artigo 8º. Compete ao Supervisor Acadêmico:
I. analisar a viabilidade de execução de todos os projetos e atividades de ensino,
pesquisa e extensão no laboratório;
II. fazer verificação da relação de usuários que possuem autorização provisória, se
informar quanto ao andamento dos projetos e atividades, com vistas a conceder a
autorização definitiva para o uso do laboratório;
III. solicitar reuniões e encontros com os coordenadores dos cursos e dos projetos de
pesquisa e extensão para promover o alinhamento das atividades, quando
necessário;
IV. elaborar e levar à Comissão de Administração do Laboratório, relatório anual das
atividades acadêmicas;
V. manter intercâmbio com instituições, órgãos públicos ou privados e com
pesquisadores, visando à obtenção e troca de informações e material científico;
VI. estudar, elaborar planos e ações para a aquisição de novos equipamentos e
ferramentas, buscando a modernização do laboratório.
VII. elaborar projetos de reformas, ampliações e melhorias das instalações.
CAPÍTULO IV
Das competências e das responsabilidades dos técnicos
Artigo 11º. É de competência e responsabilidade dos servidores técnicos pertencentes aos
laboratórios:
I. recepcionar os candidatos a usuário, ministrar o treinamento básico inicial,
acompanhar o processo de cadastramento e conceder a autorização provisória;
II. estar ciente dos ensaios dos usuários que estão sob sua responsabilidade, indicada
no formulário de cadastramento;
III. acompanhar e orientar quanto a realização dos experimentos e ensaios dos usuários
que necessitarem, sobretudo daqueles que estão sob sua responsabilidade;
IV. garantir a manutenção das boas condições de trabalho em laboratório, controlando
a utilização dos equipamentos por parte dos usuários;
V. seguir todas as normas e práticas de segurança que foram definidas para o
laboratório;
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Artigo 12º. É vetado aos funcionários do laboratório autorizar o uso das instalações e equipamentos
a pessoas sem o treinamento básico inicial e/ou sem cadastro aprovado.
CAPÍTULO V
Das atividades
Artigo 13º. A utilização dos recursos do laboratório deve ser autorizada no âmbito das atividades
profissionais dos usuários, descritos nos Artigos 19° a 33°, e em função de sua finalidade nos Artigos
2° e 3°.
Artigo 15º. As atividades desenvolvidas no laboratório também serão classificadas pela sua duração,
podendo ser: de curta duração ou episódicas (até 5 dias); de média duração (tempo maior que 5
dias até 30 dias); e de longa duração (mais que 30 dias).
CAPÍTULO VI
Da definição de aula de laboratório
Artigo 16º. A definição de aula de laboratório no Departamento de Engenharia Civil sempre
envolverá, obrigatoriamente, a presença do professor, dos alunos e do técnico, seguindo as
seguintes regras fundamentais:
I. O professor da disciplina deverá liderar o processo ao longo de toda a duração da
aula, explicando os ensaios, procedimentos e análises, e tendo havido aulas prévias
quanto aos conceitos necessários, a descrição dos fenômenos e o comportamento
dos materiais sujeitos a ações ou solicitações.
II. Os alunos deverão ser participantes e ativos, preparando os materiais, executando
as sequencias dos procedimentos previstos nas normas técnicas e protocolos,
manuseando os equipamentos e materiais (estratégia “mão na massa”);
III. O técnico presente durante toda a aula, dando o apoio que for necessário,
auxiliando o professor e os alunos, corrigindo os procedimentos e as técnicas
quando estas não forem adequadas, e alertando quanto à segurança e aos cuidados
necessários.
§ 1º. O técnico de laboratório não pode exercer a função que é própria do professor, situação
que caracteriza desvio de função, de tal forma que não serão aceitas como aula de laboratório as
seguintes situações:
I. O professor não está presente, deixando o técnico fazendo o papel do professor;
II. O professor fica presente apenas parcialmente, deixando os alunos sob orientação
apenas do técnico em parte da aula;
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III. O professor está presente apenas fisicamente, sem liderar o processo, deixando a
aula por conta do técnico.
§ 2º. Não serão consideradas como aula de laboratório a situação em que, mesmo com o
professor liderando e explicando, apenas o técnico executa os procedimentos (demonstração) e
os alunos apenas assistem passivamente.
Artigo 17º. Só poderão ser programadas e realizadas aulas de laboratório para disciplinas nas quais
este tipo de aula prática esteja previsto no projeto curricular do curso, sendo necessário que o
professor entregue uma via do plano de ensino da disciplina, a cada início de período letivo, no ato
do cadastramento da atividade.
§ Único. Cada laboratório deverá verificar, em função de sua área de utilização (espaços
disponíveis e bancadas), a quantidade máxima de alunos, sendo ideal não ultrapassar a
quantidade de 15 por turma ou grupo.
Artigo 18º. As atividades de ensino tipo III (conforme o Artigo 15º), ou seja, tarefas ou trabalhos de
disciplina feitos fora dos horários de aula, com a presença e orientação apenas do técnico não
poderão ser computadas como carga de aula pelo professor da disciplina, e, além disso, só poderão
ser programadas se o assunto já tenha sido desenvolvido em aulas de laboratório anteriores.
CAPÍTULO VII
Dos usuários
Artigo 19º. Serão considerados usuários todos os que realizarem quaisquer das atividades
relacionadas no Artigo 14º, podendo ser alunos de graduação e de pós-graduação, professores,
técnicos e profissionais externos, desde que tenham acesso autorizado, conforme os Artigos 21º a
23º.
Artigo 20º. Independente se for aluno, professor, técnico ou profissional externo, os usuários serão
classificados no ato do cadastramento, conforme sua experiência:
I. Iniciante, quando não tiver experiência com laboratórios, sendo necessário o auxílio
e o acompanhamento integral do técnico;
II. Intermediário, quando tiver alguma experiência anterior, suficiente para usar as
ferramentas e operar os equipamentos, mas ainda sendo necessário o
monitoramento do técnico;
III. Experiente, quando tiver conhecimento técnico para manusear e operar os
equipamentos, sem auxílio do técnico, independente se já tiver realizado cursos,
treinamentos e obtido habilitações.
Artigo 21º. Com exceção dos Supervisores e técnicos de laboratório que são usuários natos, todos
os demais devem passar pelo Treinamento Básico Inicial e preencher o Formulário de
Cadastramento para que possam ser considerados usuários e sejam, assim, autorizados a utilizar o
laboratório e agendar suas atividades.
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Artigo 22º. Antes de ser cadastrado, o candidato a usuário deverá realizar o Treinamento Básico
Inicial no que se refere às regras básicas de uso, segurança, saúde e proteção, treinamento este que
consiste na leitura e estudo de instruções impressas, além de orientações e explicações feitas pelo
técnico do laboratório.
§ 1º. O Treinamento Básico Inicial será igual para todos os laboratórios do Departamento, de tal
forma que poderá ser feito com o técnico de qualquer dos laboratórios, no entanto, é
recomendado realizá-lo no próprio laboratório onde se deseja cadastrar.
§ 2º. Para ser aprovado no Treinamento Básico Inicial, o candidato a usuário deverá ser avaliado
por meio de prova escrita ou oral, e só será considerado aprovado se tiver rendimento entre 90
e 100%.
§ 3º. Em caso de não ser aprovado, o candidato a usuário do laboratório só poderá fazer nova
prova 2 dias após a primeira, sendo que a partir da 2a tentativa só será aprovado se alcançar
rendimento de 100%.
Artigo 23º. Com a aprovação no Treinamento Básico Inicial, o candidato a usuário poderá então, na
sequência, preencher o Formulário de Cadastramento de Usuário (Anexo D), com informações
sobre:
I. o próprio candidato a usuário e seu nível de experiência;
II. a atividade pretendida: nome e descrição; projeto no qual a atividade está vinculada
e dados sobre o coordenador ou orientador; descrição dos trabalhos que serão
realizados; relação dos principais equipamentos que serão usados; duração; e
programação de horários na semana;
III. o docente do Departamento de Engenharia Civil que se responsabilizará pelo usuário
(somente docentes do quadro permanente e que não estejam em afastamento);
IV. o(s) técnico(s) que irá(ão) acompanhar e orientar;
V. o termo de compromisso, contendo declaração de estar ciente das regras de uso do
laboratório e das normas de segurança, saúde e proteção.
§ 2º. Para o caso de usuários que não tenham vínculo com a UFMT, deverá ser entregue, antes
de qualquer procedimento, algum documento que explicite autorização preliminar, ou da Chefia
do Departamento, ou da Direção da Faculdade, ou de outro órgão da Administração Superior da
UFMT.
§ 3º. Para cada laboratório deverá ser feito um cadastro, e para cada atividade diferente em um
laboratório também deverá ser feito novo cadastro, visto que o Formulário de Cadastramento
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tem como objetivo registrar também as informações sobre os diferentes trabalhos que são
realizados, permitindo gerar relatórios mais detalhados e estatísticas.
§ 4º. As autorizações de acesso são exclusivamente pessoais e não podem ser cedidas a
terceiros, mesmo temporariamente. A autorização termina, ainda que provisoriamente, com a
cessão da atividade que justificou a sua obtenção.
CAPÍTULO VIII
Das regras de permanência e responsabilidades dos usuários
Artigo 24º. Cabe ao usuário buscar o conhecimento dos procedimentos gerais e específicos do
laboratório.
§ 2º. O usuário é responsável pela amostra/material separado para realização dos ensaios,
sendo sua responsabilidade a correta acomodação, identificação, estocagem e descarte.
§ 3º. Deve-se ter sempre em mãos as normas técnicas vigentes, necessárias para
acompanhamento dos procedimentos e realização dos ensaios.
Artigo 26º. A utilização das dependências dos laboratórios, bem como de equipamentos e de
material de consumo com a finalidade de desenvolver atividades de ensino, de pesquisa e de
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Artigo 27º. O laboratório não fornecerá material de consumo para a realização dos ensaios,
experimentos e pesquisas de modo geral, sendo o usuário responsável pela sua providência, com
exceção de insumos difíceis de serem encontrados ou de alto custo.
Artigo 28º. Ao utilizar um equipamento, o usuário deve estar familiarizado com a sua operação,
procurando orientação sobre o mesmo com o técnico e/ou com o Supervisor.
Artigo 29º. A operação de equipamentos considerados especiais deverá ser realizada somente pelo
técnico.
§ 2º. Cada equipamento considerado especial existente no laboratório deverá conter, em local
visível, informações sobre a sua utilização
Artigo 30º. O usuário deverá comunicar imediatamente ao funcionário e/ou responsável pelo
laboratório, qualquer anormalidade constatada durante a utilização de equipamentos.
XI. trabalhar com rigor e precisão, efetuando registros de dados e resultados de forma
adequada;
XII. realizar os procedimentos e entregar planilhas de dados, resultados, relatórios e
outras tarefas dentro do tempo requisitado.
XIII. manter o silêncio, por ser um local de estudo e de trabalho.
CAPÍTULO IX
Do funcionamento e das normas de segurança e higiene
Artigo 33º. Cada laboratório do Departamento de Engenharia Civil poderá definir seus horários de
funcionamento e sua grade de utilização, de acordo com as demandas e também conforme a
disponibilidade de recursos materiais e humanos, sempre que possível dentro dos horários normais
de aula adotados pela Universidade.
§ 1º. Nos horários de ocupação do laboratório deverá ser levado em conta a necessidade de
haver algumas horas livres para preparação das aulas práticas, montagem ou desmontagem e
verificação de material a ser utilizado pelos professores.
§ 2º. Na porta de entrada de cada laboratório deverá ser fixada a grade horária semanal,
destacando os horários das aulas, com identificação das disciplinas e cursos atendidos, devendo
ser atualizado no início de cada semestre letivo.
Artigo 34º. Os agendamentos devem ser feitos com antecedência mínima de 2 dias úteis para a
utilização dos equipamentos, mediante disponibilidade.
§ 2º. Em caso de atrasos ou ausência não justificada do usuário, o técnico poderá cancelar os
trabalhos.
§ 3º. Se o técnico não puder atender, deverá designar outro técnico para substituí-lo.
Artigo 35º. Quando o laboratório não estiver em horário de funcionamento e sem pessoas, o
laboratório deve ser trancado.
Artigo 36º. Caso seja necessária a utilização dos laboratórios fora dos horários normais de
expediente, o acesso aos mesmos deve ser solicitado ao Supervisor, que o permitirá (por meio de
Autorização por escrito), desde que seja na presença de um servidor técnico ou docente
responsável.
Artigo 37º. Durante as atividades laboratoriais é obrigatório utilizar vestimenta adequada e fazer
uso de equipamentos de segurança.
§ 1º. É obrigatório o uso de calça comprida, camisa ou camiseta, jaleco, meias e sapatos
fechados (é recomendado bota). Sempre consultar os responsáveis pelo laboratório para
conhecer os requisitos específicos.
§ 2º. Quando da realização dos ensaios o usuário deve verificar com o técnico a necessidade de
usar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas, óculos de segurança, protetor
auricular, máscara, ou seja, o uso de EPI é compulsório quando for necessário. Em outras
palavras: o EPI deve ser apropriado aos riscos existentes.
§ 4º. Os equipamentos de proteção individual não devem ser considerados como o único meio
de proteção dos técnicos, professores e alunos, devendo também ser criteriosamente
observados os procedimentos operacionais utilizados nas práticas.
§ 5º. As vestimentas adequadas (parágrafo 1º) devem ser utilizadas por todo aquele que tenha
acesso ao laboratório, e não apenas pelos que estiverem trabalhando no momento.
Artigo 38º. Nos laboratórios onde houver uso de substâncias químicas e exalação de gases, uma
série de medidas de segurança individual e coletiva devem ser cumpridas:
I. verificar o rótulo e a toxicidade da substância antes de utilizar qualquer produto
químico;
II. não abrir recipientes de insumos ou reagentes de ensaios sem prévia orientação e
autorização;
III. usar a capela de exaustão sempre que os ensaios envolverem liberação de gases;
IV. não pipetar líquidos com a boca;
V. não deixar frascos contendo substâncias químicas abertos sobre a bancada;
VI. não deixar solventes inflamáveis próximos a chamas ou pontos de aquecimento.
VII. nunca cheirar vidros abertos e/ou soluções deixadas sobre as bancadas.
Artigo 39º. Deverá haver local para lavagem das mãos com sabonete ou detergente apropriado e
toalhas de papel descartáveis.
Artigo 41º. Se o laboratório possuir gabinete para os técnicos e/ou para o professor Supervisor, o
acesso será restrito.
CAPÍTULO X
Das instalações, equipamentos e manutenção
Artigo 42º. Todos os usuários que se utilizam dos laboratórios devem poupar os recursos disponíveis
de modo a minimizar os custos relativos ao seu funcionamento e manutenção, bem como diminuir o
impacto ambiental das atividades desenvolvidas;
Artigo 43º. Os materiais a serem utilizados que estiverem guardados em armários, devem ser
solicitados em caso de necessidade ao técnico responsável.
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Artigo 45º. Todos os danos, perdas, ou má manutenção de qualquer equipamento deverá ser
sujeito à apresentação de um relatório por parte do responsável e a entregar ao Supervisor do
Laboratório.
Artigo 47º. Cada usuário será responsável pelo equipamento em que trabalha, durante o horário
reservado. Problemas técnicos no equipamento devem ser comunicados, imediatamente, aos
servidores técnico-administrativos de apoio ou ao Supervisor do Laboratório.
§ Único. A utilização danosa dos equipamentos será punida de acordo com as sanções
disciplinares previstas na legislação em vigor da Universidade.
Artigo 48º. O usuário é responsável pelo uso dos recursos e serviços do laboratório aos quais terá
acesso; ele deve contribuir, em seu nível, para a segurança em geral do laboratório.
Artigo 49º. Com relação aos procedimentos e serviços de manutenção é importante considerar o
seguinte:
I. Os equipamentos devem ser inspecionados e mantidos em condições de uso apenas
por pessoas devidamente qualificadas;
II. A frequência de inspeção depende do risco que o equipamento gera, das instruções
do fabricante, ou quando necessário;
III. Os registros das inspeções, manutenções e revisões dos equipamentos devem ser
cadastrados pelo Supervisor Técnico do Laboratório;
IV. Todos os equipamentos devem ser estocados, abrigados, cobertos ou protegidos
adequadamente para prevenir quebras, perda de componentes, excesso de poeira,
dentre outros danos.
CAPÍTULO XI
Dos experimentos, ensaios e resultados
Artigo 51º. Antes de iniciar qualquer ensaio é necessário ter plena compreensão do que será
medido, o alcance das medidas, suas limitações e o equipamento que será utilizado; portanto, a
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leitura das normas e procedimentos de ensaios são tarefas que devem preceder a realização dos
mesmos.
Artigo 52º. Quanto aos dados coletados e aos resultados, é recomendado o seguinte:
I. Anotar tudo que for pertinente ao ensaio: capacidade de leitura dos instrumentos,
equipamento utilizado, temperatura, tipo de material utilizado no ensaio,
dimensões. Cada tipo de ensaio apresenta particularidades que ensejam atenção;
II. Procurar ter uma previsão dos resultados do ensaio. Contudo, se aquilo que for
obtido se afastar do previsto, não se deve descartar seus resultados, mas sim,
procurar avaliar a existência de algum fator novo que possa ter interferido nos
resultados.
III. Realizar cálculos de conferência imediatamente quando ocorrerem resultados não
previstos, assim como analisar o ensaio realizado; não se deve deixar para calcular
os ensaios depois.
Artigo 53º. O laboratório não se responsabiliza pela perda de dados e informações gravadas nos
discos dos equipamentos ou pelo extravio de qualquer pertence dos usuários dentro do laboratório.
CAPÍTULO XII
Das normas ambientais
Artigo 54º. Deve ser mantida a limpeza do laboratório.
§ 1º. Antes de descartar qualquer material usado em ensaios, deve-se ter conhecimento sobre o
processo de descarte ou disposição do material, bem como o local e os procedimentos
apropriados. Consultar normas e procedimentos que estiverem à disposição ou consultar o
técnico ou o Supervisor. Tal procedimento se aplica mesmo para materiais considerados inertes
(como solo, brita e água).
§ 3º. Os usuários que fizerem uso do laboratório não poderão deixá-lo sem antes se certificar
que as instalações, equipamentos, ferramentas e utensílios tenham ficado em perfeita ordem,
limpos e guardados em seus devidos lugares de forma organizada.
Artigo 55º. Devem ser feitas com regularidade a classificação e a medição do volume de resíduos a
serem descartados. Os recipientes para lixo comum e os diferentes resíduos devem ser identificados.
Além disso, o conhecimento mínimo sobre resíduos deve fazer parte do Treinamento Básico Inicial.
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CAPÍTULO XIII
Dos recursos financeiros
Artigo 56º. Os laboratórios serão mantidos com as dotações específicas do orçamento da
Universidade e com recursos que lhe forem destinados em virtude de convênios, acordos,
subvenções e auxílios, observado o regime financeiro fixado no Estatuto da Universidade.
Artigo 57º. A renda que o laboratório porventura vier a auferir, proveniente da prestação de
serviços remunerados, deverá ser voltada a aplicações orçamentárias ou a créditos adicionais
destinados aos próprios laboratórios, não havendo nenhum tipo de remuneração para o pessoal
técnico envolvido nem tampouco pró-labore, durante o período de expediente normal de trabalho
estabelecido pela UFMT.
§ 3º. Os quantitativos de utilização anual das diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão
levantados para cada laboratório do Departamento de Engenharia Civil permitirão identificar
internamente os laboratórios mais demandados e, portanto, os que merecerão maior atenção e
destinação de recursos e melhorias.
Artigo 59º. Cabem aos Supervisores dos laboratórios arcarem com as melhorias e modernizações
dos equipamentos dos laboratórios por meio de arrecadação de verbas, fruto das prestações de
serviços realizadas com a equipe de funcionários.
CAPÍTULO XIV
Das infrações e penalidades
Artigo 60º. O usuário que infringir este regulamento será suspenso do uso do laboratório por uma
semana; no caso de reincidência, o usuário será excluído do uso do laboratório naquele período
letivo.
CAPÍTULO XV
Da capacitação dos técnicos laboratoristas
Artigo 62º. Os Supervisores de Laboratório (e os próprios técnicos por sua conta) deverão buscar
formas de capacitar os técnicos e demais funcionários do laboratório, por meio de cursos, estágios e
treinamentos periódicos, auxiliando a Chefia do Departamento na elaboração do Plano Anual de
Capacitação e Qualificação dos Servidores Técnicos.
§ 1º. Alguns equipamentos especiais, pela sua complexidade, exigem que o técnico
laboratorista faça treinamento com o fabricante ou fornecedor e, assim, Supervisor do
Laboratório e Chefe do Departamento devem buscar meios de obtenção destas habilitações.
§ 2º. A capacitação dos técnicos laboristas não deve se restringir às demandas técnicas dos
equipamentos e procedimentos de ensaios, devendo abranger também uma atualização e
formação geral e diversificada.
CAPÍTULO XVI
Das disposições gerais
Artigo 63º. O não cumprimento de quaisquer das normas estabelecidas neste regulamento
implicará em sanções a serem definidas pelo Colegiado de Departamento. As sanções podem variar
desde advertência até a suspensão definitiva do uso do laboratório.
Artigo 64º. Os casos omissos deste regulamento serão resolvidos pelo Colegiado de Departamento.
ANEXOS