Laurann Dohner - The Vorge Crew 4 - Raff PDF
Laurann Dohner - The Vorge Crew 4 - Raff PDF
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Capítulo 1...................................................................................................... 9
Capítulo 2.................................................................................................... 20
Capítulo 3.................................................................................................... 35
Capítulo 4.................................................................................................... 48
Capítulo 5.................................................................................................... 57
Capítulo 6.................................................................................................... 73
Capítulo 7.................................................................................................... 92
Capítulo 8.................................................................................................. 105
Capítulo 9.................................................................................................. 114
Capítulo 10 ............................................................................................... 124
Raff odiava Gluttren Four. Têm poucas boas lembranças de quando crescia
no planeta. Era um lugar infernal. A maioria dos moradores viviam em três
locais. Estas cidades foram construídas em grandes planaltos. Eram altas o
suficiente para não serem lavadas pelas inundações sazonais que a superfície
suportava e a vida selvagem não podia escalar os declives íngremes até o topo.
Muitos animais mortais chamavam G4 de lar.
Raff viveu principalmente na cidade, mas também passou alguns anos nas
terras afastadas. Comeu muito a carne da fera Yessepiti. A primeira coisa que
aprendeu foi caçar nas terras baixas e cozinhar em fogo aberto. Era sua refeição
favorita.
— Pergunte o que quer saber. Eu tenho contatos. Por favor, não me mate.
Tudo o que quiser é seu.
— Morto.
— Ah, de verdade. Não é mentira desta vez. Ele saiu de seu esconderijo
quatro meses atrás depois de semanas de chuva. Prix o pegou. Seu corpo ainda
está pendurado perto da área de leilão como um aviso para todos. Vá procurar.
Ele chegou onde alguns dos moradores vendiam suas mercadorias e olhou
para os corpos pendurados nas vigas do teto muito acima. Haviam dezenas
deles. Finalmente viu o que procurava, se aproximando por baixo. Cada cadáver
foi mergulhado em óleo de vedação para evitar que apodrecessem e não havia
dúvida de que era Eldet. Sua garganta foi cortada. Desapontamento o atingiu.
Raff queria ser o único a matar o bastardo covarde.
O macho parou há dois metros e meio dele, havia pelo menos quatro
guardas com ele. Prix agora basicamente governava esta parte do planeta, de
acordo com os rumores. Ele os confirmou quando falou. — Você não tem
motivo para voltar para minha cidade, Raff.
— Você sabia que voltaria por Eldet. Eu não deixaria isso passar.
Prix sorriu, mas não alcançou seus olhos frios e sem brilho. — Ainda
guardando rancor. Eu vejo que algumas coisas nunca mudaram. Estava por
perto quando ele apareceu novamente em vez de você. Esse macho sempre
causou problemas. Eu tive meus próprios problemas com ele. — Sua expressão
endureceu. — Você está aqui para ficar ou apenas de passagem?
Um dos guardas, um jovem garoto que Raff não conhecia, rosnou baixo. —
Quem é você para insultar nossa casa?
Raff assentiu. — Não há nenhuma razão para voltar. Essa era a última. —
Ele já matou os outros seis homens que assassinaram sua mãe. Agora não sabia
como se sentir sobre isso. Foi seu objetivo desde que ele a perdeu. Os sete
machos foram atrás dele naquele dia. Mas não estava em casa. Apenas sua mãe.
Ele precisou caçar alguns deles pela superfície, nas cavernas onde se
esconderam. Apenas Eldet conseguia evitá-lo quando aparecia em G4.
Raff não culpava Prix por querer acompanhá-lo pessoalmente para garantir
que fosse embora. Seu velho amigo temia que ele assumisse seu lugar se planejasse
ficar. — Eu não estou mentindo.
Prix rosnou ao lado dele e pegou suas próprias armas. — O que está
acontecendo?
Raff assumiu que isso significava que Prix não enviou um grupo para atacá-
lo quando seu velho amigo ficou ao seu lado, enfrentando a ameaça com ele.
Um pequeno corpo coberto por um manto rasgado saiu da multidão e foi na
direção deles. Ele viu o rosto dela uma vez que não usava um capuz. Era uma
fêmea com quatro piratas Raxis machos a perseguindo. Eram eles que
empurravam os corpos para fora do caminho.
Surpreendeu Raff perceber que ela era uma humana. Podia identificá-las
facilmente agora por suas características faciais delicadas e pequenas orelhas
com muito cabelo na cabeça. Havia três mulheres da Terra na Vorge.
Ela deu alguns passos antes de cair, aos pés de Raff. Ele a olhou. Seu cabelo
tinha pequenas listras azuis que percorriam a longa massa negra. Era longo,
encaracolado e selvagem. O Raxis que atirou parou à sua frente para recuperar
a fêmea inconsciente, mas parou quando viu Prix.
Prix rosnou. — Ela não trará um bom dinheiro se a marcar com um chicote
ou com os punhos.
Prix virou-se. — Eu abri dois bordéis desde que você foi embora. Bons
ganhos.
Essa notícia afligiu Raff. Tinha apenas um bordel no planeta. Uma mulher
mais velha o possuía e operava. Todas as mulheres que trabalhavam lá o faziam
por vontade própria. Elas tinham a capacidade de dizer não aos clientes que não
queriam tocar por qualquer motivo. Ele foi recusado muitas vezes por algumas
delas por causa de sua reputação. Nunca teria machucado as fêmeas, mas elas
não sabiam disso. Guardas estavam lá para protegê-las da violência. A pobre
humana a seus pés era uma história diferente. Ela foi comprada e vendida.
Prix era um bastardo de coração frio por forçar as mulheres nessa linha de
trabalho. Raff duvidava muito que as mulheres recebessem alguma escolha ou
proteção. Ele manteve o tom frio para esconder seu desgosto e tentou usar a
lógica para protestar contra o abuso dela. — Esta parece frágil. Eu não posso
vê-la durando mais do que alguns clientes. Qual é o ponto? Não parece muito
lucrativo.
Prix bufou. — Escravos de outros mundos trazem mais dinheiro. Algo novo
e ela é apenas de uma espécie. Isso contribui para excelente estoque de
reprodução. Eu não esterilizo estas, esperando que engravidem e gerem mais
filhas com as quais posso ganhar dinheiro. Eu não sou um tolo. Existem regras
a seguir para os clientes que escolhem mulheres frágeis. Matar uma, significaria
pagar um preço alto para substituir minha mercadoria.
A mulher começou a se mexer aos pés de Raff e um gemido suave veio dela.
O Raxis olhou para Prix. — Ela precisa ser punida e treinada, senhor.
Ninguém vai alugá-la quando tentar morder e chutá-los. Ela ficou louca quando
tentamos desnudá-la e não parou de lutar desde então.
Raff ficou tenso enquanto olhava em seu rosto agora que ela permaneceu
imóvel. Suas feições delicadas eram impressionantes para um humano. Pelo
menos achava que sim. Pode ter ajudado que o cabelo escuro dela fosse um
contraste tão grande com a pele pálida.
Ela tinha grandes olhos azuis claros, o que também o surpreendeu. Eles
eram uma cor que ele nunca viu antes. Suas feições também eram atraentes,
apesar de um hematoma estragar sua pele na bochecha e o lábio inferior estar
sangrando, provavelmente por bater no chão. A arma stunner deixou seu corpo
fraco e Prix sacudiu-a tentando colocá-la de pé. Ela conseguiu fazer isso, mas
balançou um pouco.
— Ouça, prostituta. — Prix diz. — Sem mais brigas ou você será espancada.
Então me fará perder o lucro.
—Você é tudo o que digo que é, prostituta. — Prix deu-lhe outra sacudida
e olhou para o Raxis. — Limpe esta prostituta e atordoe-a novamente se ela não
ouvir. Duvido que o cliente se importe se estiver acordada quando ele subir em
cima dela.
Raff podia imaginar o tipo de vida infernal que ela enfrentaria se ele não
fizesse alguma coisa. Gluttren Four possuía moradores duros, crescendo nas
duras condições do planeta. Um frágil humano não sobreviveria aos homens
que pagariam para usar seu corpo, especialmente se uma dúzia de idiotas a
alugasse todos os dias para abusar por uma hora a cada vez. Ele pensou em sua
tripulação e suas humanas. Eles iriam querem que comprasse a humana para
salvá-la.
Raff se moveu rapidamente quando viu Prix pegar uma de suas facas,
sabendo que ele mataria a fêmea apenas para provar que ninguém o feria e
escapava ileso. Raff puxou suas próprias lâminas e ficou de pernas abertas sobre
a parte inferior do corpo da fêmea para protegê-la.
— Não.
Raff ficou tenso, pronto para enfrentar os Raxis, Prix e seus quatro guardas.
Ele não se atreveu a olhar para longe da ameaça, mas precisava dizer a humana
o que fazer.
Ela hesitou, mas então uma de suas pequenas mãos se envolveu ao redor de
sua panturrilha e ele quase esperou que ela batesse nele. Mas não fez, em vez
disso usou a perna para ajudá-la a ficar de joelhos e se levantar, pressionando
contra suas costas. Ela não era uma mulher alta. Podia sentir isso. Ele também
notou que ela pegou uma de suas facas, segurando-a.
— Eu sou sua única chance de sobrevivência. — Ele advertiu baixo,
sabendo que ela podia ouvi-lo. — Use isso em mim e eles colocarão seu cadáver
em exibição como um exemplo para as outras. Olhe para cima.
Ele olhou para Prix. —Venda-a para mim. Caso contrário, lutaremos. Eu
não quero problemas, mas você sabe que nunca desisto.
Raff se abaixou e puxou uma barra de marts. Era muito para comprar um
escravo. — É tudo o que tenho. — Ele abaixou a voz. — Estou disposto a
matar para levá-la. Quanto gastou treinando seus homens? Quantos está
disposto a perder? A diferença de custo não vale a pena.
— Você está ficando suave desde que deixou nosso mundo, Raff? Começar
um problema comigo por causa de uma prostituta? Não é mais como antes.
Ele abaixou a voz. — Humana? Deite no chão como uma bola apertada e
fique parada. Olhe para o teto novamente. É aí que o seu corpo acabará se não
fizer o que eu digo.
Ele a sentiu abaixar entre suas pernas. Ela manteve sua adaga, não a
devolvendo ao cinto de onde puxou. Ficou de quatro e se curvou. Ele ajustou
suas botas mais perto de sua cintura para prender seu corpo entre as pernas.
Prix recuou e levantou a mão, fazendo um gesto com ela. Dois dos guardas
de Prix correram para atacar.
Prix tentou fugir e mergulhou em direção a uma mesa próxima. Seu corpo
escorregou e caiu fora de vista. O idiota tentava se esconder. Raff girou,
evitando pisar na humana encolhida a seus pés e acertou os guardas mais
próximos. Ele viu a cabeça de Prix levantar com o canto do olho e soltou uma
de suas armas, estendeu a mão para a nuca e puxou a lâmina mais longa que
mantinha embainhada na espinha. Seu dedo e polegar pressionaram os dois
pontos no punho para ativá-la. Ele a jogou na mesa e observou-a fincar na
madeira.
Virando, ele agachou e colocou seu corpo sobre a humana. Uma explosão
alta o ensurdeceu quando a bomba dentro do cabo explodiu. Ele esperou para
ver a destruição até depois que os pedaços da mesa voaram pelo ar e caíram ao
redor dele. Assim que parou ele virou a cabeça.
Ela não falou nada, mas agarrou a parte de trás do cinto dele. Ele avançou,
lamentando a perda de tantas armas que não teve tempo de recuperar, fazendo-
a correr para acompanhar seus passos mais longos. Armas eram substituíveis. A
vida não.
Seu olhar foi ao redor, procurando por sinais de outro ataque. A maioria dos
alienígenas pelos quais passavam evitava seu olhar ou ficavam no chão onde
caíram. Ele saiu do mercado e cruzou a faixa do deserto até onde as naves
ficavam estacionadas.
Ele ficou feliz em ver que ninguém mexeu em sua nave. O campo de força
que a protegia brilhava azul para mostrar que não foi adulterado. A minúscula
nave não era muito, mas era dele.
Raff chegou à nave e digitou o código em seu pulso para desligar o escudo.
A porta se abriu quando ele se aproximou, agarrando a humana pelo pulso a
empurrando rudemente à sua frente.
— Não lute comigo se quiser viver. Eles virão atrás de nós com força e
rapidez. Faça tudo o que eu disser.
Ela o olhou, o medo aparecendo em seus olhos. Ele odiou a visão, mas não
tinha tempo para explicar mais. Passou o braço ao redor da cintura dela,
erguendo-a mais alto e jogou os dois dentro da cabine apertada do seu
transporte. Sua bunda bateu no único assento e seu traseiro arredondado caiu
em seu colo. Ele a soltou, estendeu uma mão para apertar o botão do motor,
fechando a porta com a outra.
O som alto dos motores era bem-vindo e ele agarrou a humana, grato por
ela não ser grande, ajustou-a em seu colo para dar a ele acesso aos controles na
sua frente. Seu corpo estava duro, sua respiração irregular, mas ela não lutou ou
gritou. Sentia-se grato por isso. Eles precisavam sair rápido.
Algo atingiu o lado da nave com um barulho alto. Ele se encolheu, agarrou
o controle do propulsor e empurrou o joelho contra o colo para segurá-la, uma
vez que não tinha tempo.
— Segure-se!
— Não podemos passar pela atmosfera com uma avaria. Estamos presos no
planeta por enquanto. Não os deixarei pegá-la.
Ele precisou ajustar seu corpo para alcançar o comunicador. Uma luz piscou
e outro alarme disparou. Isso indicava que eram alvos de disparos de mísseis.
Ele virou a cabeça, olhando pela janela lateral e viu o que parecia ser um sinal
de fogo na direção deles.
Uma vez que ele voou a trezentos quilômetros de distância, o cursor estava
no lugar novamente, Raff alcançou o comunicador. Eles não foram danificados
pelo menos. Abriu um canal para a Vorge, esperando que ainda estivessem ao
alcance. Disse a eles que ficaria no planeta por uma semana e não se passou ao
menos um dia inteiro. Seus colegas de tripulação o deixaram no início da manhã
para visitar uma estação localizada do outro lado do sistema solar.
— Merda. Prix é aquele bastardo que tentou nos matar quando viemos
procurá-lo na primeira vez, não é? O idiota que não queria deixá-lo ir porque
você era o músculo principal dele? Algum de vocês está ferido? Estou mudando
o curso.
Raff olhou para a humana em seu colo. — Sim, este é Prix. Fêmea, você se
machucou mais do que o dano em seu rosto?
Ele cheirou. — Estou sentindo apenas um cheiro leve de sangue, mas seu
lábio está ferido. Onde está a outra ferida?
Seus lábios se curvaram e depois lambeu-os com uma pequena língua rosa.
— O tiro era com uma seringa. Eles me injetaram uma droga. Por isso que
comecei a lutar. Eles disseram que isso me animaria, seja lá o que significa. Eu
me sinto tonta e estranha.
Raff tentou pensar no que injetariam na fêmea. Ele estendeu a mão e
gentilmente segurou sua mandíbula, forçando-a a virar a cabeça. Ela ficou tensa,
mas não lutou quando ele se inclinou para mais perto, olhando profundamente
em seus olhos azuis claros. Eles eram uma cor bonita, mas alienígena. Não podia
dizer se algo estava errado com ela observando-os.
— Estranha como? Pode ser mais específica? Você se sente doente, como
se quisesse vomitar? Sente como se fosse desmaiar?
Sua nave soltou outro alarme e ele amaldiçoou quando percebeu o porquê.
Duas naves estavam se aproximando. Ele ajustou a fêmea em seu colo
novamente e pegou os controles. — Precisamos nos esconder, Dovis. Lembra-
se da caverna onde peguei meus pertences? Estarei ali.
Ele inalou, sentindo o cheiro doce de seu medo. — Nós não vamos. Eu
conheço bem este planeta. Tenho uma caverna escondida que ninguém mais
conhece. — Ele esperava que não fosse encontrada, pelo menos. — Minha
equipe chegará em breve. Eu não permitirei que você seja recapturada.
A fêmea ainda mantinha os olhos fechados. Ele achava que poderia ter
desmaiado, mas suas mãos agarravam a borda do assento com força ainda.
— Chegamos.
Ele ativou a porta para abrir, o ar fresco entrou. — Fora. — Ele ordenou,
não querendo que ela vomitasse sobre ele e em seu console. Agarrou seus
quadris com as duas mãos e a levantou do colo para ajudá-la. Ela não pesava
muito.
Ela conseguiu ficar de pé e tropeçou para fora. Queria segui-la, mas
precisava procurar a avaria no casco. Estava no lado esquerdo no
compartimento de armazenamento. Era apenas um pequeno buraco, mas o
suficiente para matá-los se tentasse alcançar a Vorge no espaço. Ele se levantou
e pegou o kit de primeiros socorros atrás do banco, saindo da nave.
—O que é isso?
Ela olhou para fora da abertura. — Mas não parece ter algo ali.
Ela mordeu o lábio, mas depois se afastou dele. A fêmea parou perto da
fogueira que ele construiu quando jovem. Era um círculo redondo de pedras.
Um tapete de acampamento permanecia no chão ao lado. Atrás daquela área,
havia uma piscina pequena que percorria o comprimento da parte de trás da
caverna. Lembranças imediatamente encheram sua cabeça dos anos em que ele
e sua mãe passaram ali quando precisavam de um lugar para se esconder. Ele
não tinha tempo para pensar no passado.
Ele olhou ao redor, feliz por ver que a recente inundação não atingiu sua
caverna. Haviam grandes rachaduras no chão do desfiladeiro ali perto,
proporcionando um grande escoamento quando as chuvas chegassem. Era
parte da razão pela qual sua mãe a escolheu. Uma fonte de água fresca e um
dreno natural feito para a sobrevivência ideal nas terras exteriores.
Ela se virou, chamando sua atenção. — Estou bem.
— Você não está. Disse que se sentia mal. — Ele agachou, deixou o kit e
abriu-o. — Também afirmou que foi drogada. Eu tenho um scanner que pode
nos dizer o que recebeu. Eu fiz o androide médico atualizá-lo para incluir seres
humanos.
Era um som agradável para seus ouvidos. Ele precisava que ela confiasse
nele. O sangue em seu lábio o incomodava e se preocupava com os ferimentos
que não podia ver. Seu manto cobria a maior parte do corpo.
— Eu sou Raff. Você tem minha palavra de que está salva agora, Lilly. Meu
primo está unido pela vida com uma humana da Terra. Eu sei que você deve ter
passado por muita coisa, mas apenas quero ajudá-la.
Isso chocou a pequena humana o suficiente para que sua boca se abrisse e
ela respirasse fundo. Ele viu a suspeita estreitar seus olhos e podia adivinhar o
que estava pensando.
Achou fofo também. — Por escolha. Nara se casou de bom grado com meu
primo. Eles estão apaixonados. Ela exigiu que ele a mantivesse. É por isso que
temos informações médicas humanas adicionadas ao scanner na nave. No caso
de Nara se ferir. Ela é da minha família para mim.
Seus olhos exóticos de cor dourada eram bonitos, mas era uma espécie de
alienígena de gato predador. Um predador mortal, ela o viu matar pelo menos
doze homens naquele mercado. Isso a deixou aterrorizada desde que os
derrubou em menos de um minuto ou dois.
O fato de dizer que seu primo era casado com uma humana aliviou o medo
um pouco. Ele poderia mentir, mas parecia sincero. Não que estivesse certa
disso. Não teve interações pessoais com alienígenas antes de ser sequestrada.
Imagens e vídeos não faziam justiça à vida real. Era seu trabalho inserir dados
nos arquivos de computador de outras raças e pensava que poderia identificar a
maioria deles à vista.
Nenhum dos dados que ela baixou das equipes de exploração mostrou a ela
alguém como ele. Foi tão tola ao deixar a Terra. Parecia excitante trabalhar em
uma nave de pesquisa e viajar no espaço para aprender sobre outros mundos e
culturas. Ela comprou as besteiras sobre como as armas avançadas da Terra
eram comparadas a outras raças alienígenas e quão seguras seriam.
Aqueles piratas embarcaram facilmente em Bax, o que significava que seus
canhões espaciais não destruíram a ameaça. Os piratas rapidamente alcançaram
a nave e as pessoas morreram. Os alienígenas a afastaram de tudo que conhecia
em menos de dez minutos desde o momento em que o primeiro alarme soou
até que ela se viu prisioneira em uma jaula.
Ele franziu o cenho. — Eu não sou bom com mulheres. Ou machos se você
quer saber. Conversar não é algo que faço com frequência. Estou tentando o
meu melhor.
Suas últimas palavras ressoaram com as delas. Sabia tudo sobre estar em uma
situação fora de sua zona de conforto. Essa foi sua vida depois que deixou sua
família para ir à escola, mais tarde quando conseguiu um emprego na cidade e
isso apenas piorou quando ela pisou no Bax. Esta era a embarcação na qual
passou seis meses e nove dias antes de ser atacada. Seus colegas de trabalho
eram muito diferentes dela e se sentia como a estranha. Depois do ataque, ela
apenas conheceu o terror absoluto.
Ele queria fazer um exame médico. Seu rosto e lábio doíam. Assim como o
joelho. Ela olhou para a coisa preta do tapete. Estava a cerca de trinta
centímetros do chão e lembrando-a de um colchão de borracha duplo. Apenas
não, desde que parecia ser construído de carvão. Esperava que fosse mais suave
do que parecia quando se sentou, pressionando as coxas juntas e virando um
pouco até ficar na borda. Seu traseiro afundou e ficou surpresa por sentir-se
suave. Ela não pode deixar de ficar tensa quando o gato Viking, este homem
alienígena, lentamente se aproximou dela. Ele realmente era assustador e
enorme.
— Você sentirá uma sensação de spray molhado, mas isso será tudo. Segure
firme. Não doerá.
— O que fará?
— Pegar uma pequena amostra do seu sangue para ver qual droga recebeu.
Ela se sacudiu um pouco quando o jato frio atingiu sua pele, mas foi rápido
e indolor. Seu olhar se fixou em seus olhos dourados. Seus cílios eram loiros,
combinando com o cabelo. Eles eram grossos e longos. Eles realmente
lembravam-na de um homem gato, embora com a forma deles e a cor estranha
que eram. Por mais estranho que parecesse, ela realmente os achava
hipnotizantes. Ele era bonito para um alienígena. Tentou pensar em outra coisa
além da aparência dele.
Ela ficou pensando. Alguém como ele se casou com alguém como ela. Ela
sabia de pelo menos duas raças alienígenas que podiam se reproduzir com
humanos. As equipes de exploração encontraram um macho humano casado
com uma fêmea alienígena verde no segundo planeta que visitaram. Duas
crianças resultaram de sua união. No quarto planeta, sua equipe conheceu uma
mulher humana casada com um grande alienígena azul. Eles tiveram uma filha.
Era difícil entender por que um humano seria atraído por um alienígena.
Então novamente, ela não tinha se encontrado com Raff antes. Ele era sexy,
embora um pouco assustador.
Ela o fez, mas isso não significava que não poderia fazer perguntas. — O
que é Narortion ou o que você acabou de dizer?
Uma leve luz branca saiu do aparelho. Tinha um feixe largo. Ele apontou
sobre a cabeça dela. — Fique quieta. Farei uma varredura em você.
— O que diz?
Aquela primeira informação era algo que já imaginava desde que não sentia
dor para indicar que alguém abusou dela enquanto estava drogada. A segunda
parte a surpreendeu. — Um rastreador?
— Raff. Sinto muito. Minha nave de pesquisa foi atacada, eu vi alguns dos
meus colegas de trabalho sendo assassinados por alienígenas e aqueles bastardos
me jogaram em uma jaula. E se isso não foi traumático o suficiente, eles me
atingiam com algo que parecia um choque para me derrubar toda vez que
acordava. Eu não sei onde estou, o que aconteceu com o restante da equipe ou
se sou a única que sobreviveu. Espero que outros também tenham sido levados
e ainda estejam vivos. Acordei para descobrir que fui comprada para trabalhar
em um bordel e para tirar minhas roupas porque alguém pagou para me foder.
Eu tive que lutar para sair de lá e então, bem, você sabe o resto. Apenas quero
que me diga a verdade. Eu mereço isso. O que recebi e se isto irá me matar.
Algo próximo à simpatia suavizou suas feições. — Você não morrerá. É um
medicamento dado para estimular uma pessoa e fazê-la se sentir bem em
situações ruins.
Seu olhar deixou o dela. — Feliz. Mais calma. Isso anula seu medo em
situações alarmantes.
Ela mentalmente pensou no que ele disse, tentando entender. —Você está
dizendo que me deram algo como uma pílula feliz? Para mudar meu humor?
Ele assentiu. — Eles devem ter dado na esperança de mantê-la alerta, mas
não a queriam de mal humor quando ficasse plenamente consciente de sua
situação. — Ele inclinou a cabeça. — Ainda lutou contra eles e escapou. Estou
impressionado.
Ela fechou os olhos, mas assentiu. Era tudo demais. Tudo. O ataque. Ver
seus colegas de trabalho sendo assassinado pelos alienígenas a sangue frio. Um
dos alienígenas bastardos a agarrou quando tentou correr, jogou-a por cima do
ombro e a levou para uma gaiola em outra nave. Os alarmes em Bax tocavam
alto. Ela ouviu gritos. Seu pior medo era que assassinassem todos menos ela.
Não tinha certeza de como viver com esse tipo de culpa.
Não, ela disse a si mesma. Eles me roubaram para vender para homens
alienígenas. Aqueles bastardos devem ter levado outros também para o mesmo
propósito. Ela não era importante nem especial. O trabalho não era sequer vital.
Havia outros quatro coletores de dados na Bax. Mesmo estando em forma e um
pouco atraente, ela era mediana. Leslie, sua chefe de equipe, seria o tipo de
mulher que eles gostariam de vender. Ela era linda, alta e magra. Ela estava de
folga quando o ataque aconteceu. Não tinha ideia do que aconteceu com ela.
Por favor, não me deixe ser a única sobrevivente. Por favor.
Um spray frio atingiu seus lábios e ela se assustou.
— Calma. Isso curará seus ferimentos. Não lamba. Não irá machucar, mas
não tem um gosto bom.
Ela sentiu sua pele formigar, mas não foi desagradável. Ele borrifou um
pouco em sua bochecha onde ela foi atingida. Foi difícil não protestar ou se
afastar quando ele moveu seu manto, expondo seu joelho. Ela abriu os olhos
para olhar para baixo. Sua pele estava raspada e ensanguentada. Ele pulverizou
ali também. Foi incrível ver como começou a cicatrizar em segundos.
— Funciona em humanos.
— Sim. — Ela forçou seu olhar para cima, olhando em seus olhos dourados.
— Obrigada. — Ele a salvou. Ela entendia isso. —Uma vez que estivermos fora
deste planeta e sua nave esteja aqui, podem me devolver à Terra?
— Por quê?
— Tente relaxar. Uma nave estará aqui de manhã para nos buscar, Lilly.
Ela não tinha certeza se isso deveria confortá-la ou não. Pelo menos não
estava naquele bordel e Raff não a machucou. Ele matou para protegê-la. A
visão de todos aqueles corpos mortos pendurados naquela área do mercado lhe
daria pesadelos. Quase acabou como um deles.
Ela tocou a garganta quando começou a doer. Raff notou, franzindo a testa.
Raff fez a fêmea expor seu pescoço para ele. O tecido de seu manto escondia
as marcas vermelhas causadas por Prix. Contusões se formariam logo se não
fossem tratadas. Ele pulverizou a medicação em sua pele pálida. Em seguida,
olhou suas mãos. Tinham alguns pequenos arranhões. Elas eram tão pequenas
que o scanner portátil parecia muito maior. Ele cuidou delas também.
Sua cabeça se levantou para olhar seu rosto. Ela parecia um pouco mais
rosada do que antes, em suas bochechas e testa. A caverna estava fria, não
quente. Mesmo com o manto volumoso que ela usava, não deveria se sentir
desconfortável.
— Você precisa esfriar. A água não é fria o suficiente para prejudicá-la, mas
deve ajudar. Eu tenho roupas na nave. Minhas roupas ficarão grandes em você,
mas tenho certeza de que gostaria de ficar limpa. Os Rexis permitiram que
fizesse isso?
— Rexis?
— Piratas. Eles têm o hábito de atacar todas as naves. — Ele não queria
dizer a ela que tendiam a assassinar toda a tripulação, normalmente se
concentrando na venda das naves e mercadorias que carregavam. Não foi o caso
dela, mas era humana. Ele descobriu que tinham um grande valor no mercado
negro. Teria tentado os piratas a manter as fêmeas vivas. — Seus companheiros
de tripulação eram todos humanos?
Raff se adiantou para segurá-la suavemente. Ela não recuou, permitindo que
ele tocasse seus braços.
Parece que a nave era grande para ter tantos humanos. Ele a levou em
direção à piscina. Não era profunda o suficiente para ser perigosa para ela,
mesmo que não soubesse nadar. — Quantas eram mulheres?
— Isso importa?
— Há uma ligeira correnteza, sim. Não é forte. — Ele apontou para o lado
esquerdo da piscina. — Evite aquela área. Há uma cachoeira que sai dessa
caverna. Duvido que seu corpo possa ser levado acidentalmente, já que a
abertura é pequena, mas fique nessa área. É seguro.
Feria seu orgulho que sua palavra não fosse suficiente, mas podia entender
sua desconfiança. Lilly era inteligente e obviamente uma sobrevivente. Ele a
respeitava por ter lutado com seus captores e até arranhou Prix com suas
minúsculas garras. Isso exigia coragem.
Eventualmente, descobriria que ele nunca faria mal a ela e a manteria a salvo
a todo custo. Achava-a muito atraente, mas não era hora de mostrar seu
interesse. Ela precisava que a mantivesse segura até chegarem à Vorge. Então
poderia persegui-la de uma maneira sexual.
Ele olhou em seus olhos azuis, sentindo um pouco de culpa. Encontrá-la foi
uma sorte, mas as circunstâncias que a levaram à sua vida eram o oposto para
ela. Não importaria. Ele cuidaria dela daquele momento em diante.
— Você pode confiar em mim, Lilly. Tome um banho. Isso ajudará com as
drogas que recebeu. — Ele esperava. — Farei uma fogueira. Você
provavelmente sentirá frio quando sair. Pegarei roupas limpas para você usar.
Eu nunca a forçaria, Lilly. Não há honra nisso. Suas experiências recentes a
deixaram traumatizada. Pelo que algumas das fêmeas humanas que vivem na
minha nave dizem... — Ele fez uma pausa, tentando lembrar exatamente o que
Nara dizia com frequência. —Eu pareço assustador demais, mas não sou um
idiota.
— Será que estava certo? Que dizer uma pessoa que trata mal os outros e
não é digna de confiança?
— Sim.
— Eu não sou um. Vou tirar minha camisa agora. Você precisará de algo
para se secar. — Ele a soltou e recuou, puxando a camisa por cima da cabeça e
jogando-a na beirada da piscina.
Ela franziu a testa, olhando para o peito dele. — Você usa camisetas
brilhantes?
Ele olhou para baixo. — É a armadura que protege meus órgãos vitais.
— Não parece espessa o suficiente para fazer isso. — Ela estendeu a mão e
as pontas dos dedos roçaram o tecido sobre sua barriga. — Parece cetim.
— Esqueço que a Terra está atrasada com sua tecnologia. Isso impedirá que
uma lâmina ou projétil penetre minha pele. Também absorve uma explosão
como aquela. Não teria me derrubado. Apenas irritado.
Ela afastou a mão. — Isso é incrível. Nós não temos esse material. Quer
dizer, temos equipamentos de proteção, mas é volumoso.
Ele silenciosamente prometeu conseguir para ela uma armadura se ela
deixasse a Vorge, uma vez que a colocasse lá. Ele nunca quis seu futuro... não
sabia ao certo como chamá-lo. Não havia espaço em sua vida para as mulheres.
Ele não podia formar este tipo de vínculo com uma.
Lilly sentiu o suor fazendo cócegas nas costas e entre os seios. Raff foi até a
nave e entrou. Ela se virou, debatendo sobre confiar nele. Ele salvou sua vida e
se quisesse estuprá-la, poderia ter feito isso. Parecia forte o suficiente para pegar
o que queria. Em vez disso, era um cavalheiro.
A ideia de ficar limpa decidiu por ela. Começou a tirar o manto áspero e
fedido. Foi horripilante acordar dentro de uma jaula depois de ser tirada de Bax,
seu uniforme desapareceu e vestia apenas as roupas intimas. No começo, temeu
ter sido agredida sexualmente, mas um rápido exame em seu corpo assegurou
que não foi estuprada. Estava um frio congelante no compartimento de carga e
estava apenas de sutiã e calcinha, seus dentes batendo. Um guarda foi checá-la,
talvez parecesse lamentável o suficiente para ganhar sua simpatia e ele empurrou
a peça entre as barras. Ela colocou e depois ele prontamente a derrubou
novamente com a arma de choque.
Isso ajudou a acalmá-la. Um leve ruído chamou sua atenção e ela olhou
quando Raff saiu da nave. Ele segurava a roupa dobrada em uma mão e uma
espécie de pacote pequeno na outra. Evitou olhá-la, caminhou até a coisa de
aparência de carvão e colocou as roupas sobre ela. Olhou-a então, segurando o
pacote.
Ela abriu a bolsa quadrada e viu que continha o que ele disse. Pelo menos
pode identificar o sabonete. A outra garrafa continha um líquido verde. Talvez
os alienígenas não tivessem xampu e condicionador, pois havia apenas um. Raff
permaneceu na nave, fora de vista. Ela hesitou antes de tirar o restante das
roupas. Foi fácil usar o sabonete para lavá-las. Enxaguou tudo da melhor forma
que pode, colocando-os na beirada da piscina para secar. Então chegou a hora
de se limpar.
Dez minutos depois, Raff saiu da nave. Ele carregava uma grande mochila.
Deixou cair perto do fogo, sentou-se no assento de carvão, de costas para ela.
— Eu tenho roupa para você aqui do lado depois que usar minha camisa
para se secar, Lilly. Eu não a olharei quando sair. Há também comida se estiver
com fome. Não é muito. Apenas ração de emergência. Eu ia caçar carne fresca,
mas o sol estava se pondo. Nunca é uma boa ideia caminhar por aí no escuro.
— Por quê?
Ela olhou para a água, de repente, não querendo mais ficar ali. Ele disse que
a piscina era alimentada por rachaduras na montanha. E se uma versão
alienígena de uma cobra ou algo semelhante deslizasse? Ela moveu-se
rapidamente para a beirada, pegou a camisa que ele jogou mais cedo e agarrou-
a. Seu olhar se fixou em suas costas enquanto ela saía.
Ela não estava mais quente. Arrepios percorriam seu corpo enquanto
tentava se secar. O tecido acabou muito úmido no momento em que o usou
para torcer o cabelo molhado. Raff não se mexeu, mantendo as costas para ela.
Rapidamente se lançou para frente, pegou a roupa dobrada que ele colocou ao
seu lado e recuou.
Ela precisava descobrir o que ele deu a ela. A camisa de manga curta era
macia, enorme. A calça lembrava-lhe um moletom, tinha um elástico na cintura
e o tecido era mais grosso que a camisa. Precisou dobrar as para evitar pisar
nelas. Tinha quase trinta centímetros de altura e suas pernas eram muito mais
curtas que as dele.
— Eu estou bem. — Ela olhou para o chão de pedra, mas não queria ficar
sentada desde que ela acabou de tomar um banho.
Ele suspirou, seus olhos dourados se estreitando. — Eu não a atacarei, Lilly.
Sente-se. Por favor. Está com fome?
Ele se inclinou para frente, pegou a sacola maior e abriu-a. Mexeu dentro e
tirou dois pacotes. Um parecia uma caixa de suco para criança, apenas maior. O
outro lembrava-lhe um cachorro-quente lacrado no tamanho e formato. Ele
endireitou-se e os estendeu para ela.
E se ele a agarrasse? Seu estômago roncou de fome. Fazia pelo menos alguns
dias desde que comeu. Talvez mais desde que passou tanto tempo inconsciente.
Ela novamente lembrou a si mesma que Raff parecia ser forte o suficiente para
fazer qualquer coisa que quisesse. Isso a estimulou a se inclinar para frente,
sentar-se no ponto mais distante que podia, ela virou para pegar os dois pacotes.
— Obrigada.
Ela deu outra mordida, abriu os olhos e encontrou o olhar dele. — Estou
bem. Isso é bom. Então novamente, provavelmente acho que o papelão seria
delicioso depois do que passei.
Ela comeu, considerando as palavras dele. Foi uma grande honra ser
contratada para Bax. Sua missão era viajar para descobrir novas vidas e aprender
sobre culturas alienígenas. O conceito de ir lá para encontrar alienígenas em vez
de esperar pelos que visitaram a Terra foi uma grande notícia. E de acordo com
Raff, era o que fazia sua nave.
Isso explodiu sua mente. — Uau. Eu não tinha ideia de que havia tantos.
Aliens viviam neles? Todos com vida?
— Existem três planetas habitados neste sistema solar. Sete contando aquele
do qual acabei de sair. Quatro no sistema anterior. Isso a surpreende?
— Sim. Nós pensamos que talvez houvessem uns dez planetas habitáveis
no total. Apenas duas raças alienígenas visitaram a Terra.
Ela o ouviu com atenção. — Nós somos vistos como bárbaros então?
— Pior. Uma coisa é atacar alguém que possa ser visto como um invasor.
Seu povo começou a visitar outros planetas. Eles não causaram boas
impressões.
— Por quê?
— O que é isso?
— A Terra enviou uma nave para lá. É um dos poucos planetas habitáveis
perto do seu. Eles são uma raça pacífica. Não agressivos. São conhecidos por
cultivar plantas medicinais que curam muitas doenças. Seu povo os atacou,
bombardeou alguns de seus assentamentos e milhares morreram antes que a
ajuda pudesse alcançá-los.
— Uma raça aliada foi em sua defesa. Algumas das culturas perto desses
assentamentos bombardeados foram destruídas. Isso afetou o suprimento que
os Yenisor conseguiram enviar a outros planetas que precisavam dos remédios
criados a partir dessas plantas. Mais vidas foram perdidas. Todo mundo sabe
que a Terra foi a culpada. Agora há uma nave de batalha estacionada em órbita
para proteger suas colheitas dos humanos.
— Eu não sabia. Nunca foi notícia. — Ela percebeu o quão estúpido soou.
— Claro, quem quer que tenha sido responsável sabia disso. Não era como se
eles transmitissem a todos que estavam sendo terroristas para alienígenas.
Raff assentiu.
Ela desejou que a bebida fosse algo mais forte, como álcool. Toda vez que
ouvia uma notícia muito ruim, quando a merda batia no ventilador, esse era o
jeito normal de lidar com isso. Uma boa bebida ou quatro.
— Lanterna. Obrigada.
Ela aceitou, evitando tocar seus dedos. O buraco estava lá e era uma pequena
caverna onde precisou se abaixar para entrar. Entendeu o que ele quis dizer
quando viu o chão. Pedaços largos e longos cobriam o chão irregular de rocha.
Ela se aproximou de um deles, acendendo a luz. E se tinham um fundo, ela não
podia ver.
Não demorou muito e ela voltou, levando tempo para se agachar perto da
água para fazer o melhor para lavar as mãos. A pulseira quase caiu. Ela devolveu
para Raff. Ele desligou a luz e se levantou.
— Precisamos dormir um pouco. Eu tenho uma cama extra. Você pode usar
o tapete onde nos sentamos. Será mais confortável.
Ela o viu caminhar até a nave e tentou relaxar. Ele estava sendo bom para
ela. As coisas poderiam ser muito piores. Como se eu não tivesse lutado para sair desse
bordel. Um tremor desceu pela espinha.
Raff acordou com seu alarme de pulso apitando. Ele se sentou na cama
inflável que tirou da nave e olhou rapidamente para o tapete de acampamento
em que Lilly dormia. Ele deu a ela o cobertor e outra camisa dobrada para usar
como travesseiro. O fogo quase apagou, mas ele podia ver que seus olhos
estavam abertos, olhando-o.
Uma das luzes se moveu, batendo na barreira. Ele precisou levantar uma
mão para proteger seus olhos de ficarem cegos pelo feixe forte. Lilly tropeçou
ao lado dele. Ele se moveu rapidamente, segurando seu braço.
Ele agachou, observando-a com uma careta. — O que você está fazendo?
Seu plano ficou claro. — Isso é brilhante. Caberá. Cobriu o rastreador. Por
que as roupas?
Ele o pegou, olhando-a enquanto ela arrumava tudo. — Sim. — Ele correu
para o outro lado da piscina e se inclinou sobre a água, soltando-o. Aterrissou,
afundou, mas depois flutuou até o topo. A leve correnteza era mais forte perto
da queda e começava a fluir dessa maneira. Ele acendeu a luz do pulso,
apontando para o pacote. Ficou olhando-o desaparecer de vista.
Ele se virou e sorriu para Lilly. — Sim. — Ele se sentiu orgulhoso de seu
pensamento rápido. Isso fez com que a quisesse mais. Agiu sem pensar muito.
Seu cabelo preto era mais suave do que parecia quando ele gentilmente segurou
seu rosto e cabeça, se inclinou e deu um beijo em seus lábios. Ela tinha lábios
suaves e flexíveis.
Sua boca se abriu levemente quando ela ofegou. Gostou quando suas mãos
tocaram sua camisa, mas ela não o afastou. Em vez disso, parecia querer apenas
senti-lo. Ele correu a ponta da língua ao longo do lábio inferior e aprofundou o
beijo. Suas mãos se fecharam em sua camisa.
Ele pararia se ela tentasse virar o rosto para o lado ou afastá-lo, mas não o
fez. Encorajou-o a tocar sua língua. Ela se inclinou para ele, beijando-o de volta.
Pequenos gemidos vieram dela. O desejo atravessou seu corpo rapidamente,
direto para seu eixo. Ela era doce, provavelmente de sua refeição, mas gostou.
Ele soltou sua cabeça, deslizando os dedos de uma mão para fora do cabelo
e descendo pelo corpo até segurar sua bunda. Parecia suave e agradável para
apertar. Ele puxou seu corpo pequeno ainda mais perto dele, soltou sua bunda
e passou o braço em sua cintura. Os humanos eram frágeis. Ele precisava
lembrar disso quando a levantou mais acima de seu corpo.
Ela virou a cabeça, terminando o beijo e ele congelou. Seus olhos se abriram
e ele olhou profundamente para eles. Eram estranhos, mas lindos. Aquele tom
claro de azul estava se tornando rapidamente seu favorito.
— Merda.
Sua palavra sussurrada o fez pensar se estava prestes a começar uma briga e
exigir que ele a colocasse no chão. Ela o surpreendeu soltando o aperto da
camisa e deslizando as mãos até os ombros dele.
— O que estamos fazendo? — Ela olhou para os lábios dele, antes de olhar
em seus olhos.
Seus olhos ficaram maiores e seus lábios se separaram. Ele foi para boca dela
novamente. Parecia um convite para ele. Ela fechou os olhos e não recuou.
O chão sob seus pés de repente tremeu e uma fração de segundo depois,
uma explosão distante atingiu seus ouvidos. Ele foi o único a acabar com o beijo
daquela vez, olhando ao redor da caverna. Pequenos pedaços de terra caíam de
algumas das rachaduras acima deles, onde a fumaça do fogo normalmente subia
pela montanha para evitar que enchesse a área fechada.
Ele reagiu rápido, empurrando Lilly mais acima em seu corpo. Eles
precisavam sair. Girou, correndo em direção a nave. Na porta aberta, ele
gentilmente a jogou para dentro.
Ele correu para onde colocou sua bolsa, deixando as outras coisas onde
estavam e correu de volta para a nave. Ele jogou a bolsa na área de
armazenamento, pegou uma Lilly atordoada ainda sentada onde a colocou e a
levantou. Sua bunda bateu no assento e ele a deixou cair em seu colo. Fechou a
porta, ligando os motores.
— O rastreador deve ter parado em algum lugar ou eles perceberam que está
na água. — Para confirmar seu palpite, outra bomba atingiu a montanha. Mais
detritos e alguns pequenos pedaços de rocha caíram do lado de fora da nave
espacial. Algo a atingiu. O som da explosão era muito forte para não ser ouvido
lá dentro.
— Ejetar? — Sua voz subiu para um tom alto que o fez estremecer.
Ele ligou a tela de visão noturna porque não queria que nenhuma luz externa
transmitisse sua localização e olhou para frente, segurando os propulsores com
uma mão, o controle da direção com a outra.
Ele voou para fora da caverna e para baixo, indo devagar para evitar bater
na saliência da rocha. Uma vez que se aproximaram do chão do cânion, ele viu
pelo menos duas naves mais para a esquerda. Ele virou sua nave para a direita e
apertou os propulsores com força. Empurrou o pequeno corpo de Lilly contra
o dele. Toda sua atenção foi para evitar batê-los nas paredes do cânion e no
chão enquanto aumentava a velocidade.
— Vamos. — Ele repetiu. Ele não podia cometer um erro. A pequena fêmea
sentada em seu colo morreria se ele caísse. Fosse pelo impacto ou pelas outras
naves buscando-os para devolvê-la a Prix.
Rochas sólidas, árvores e terra passaram muito perto. Lilly manteve os olhos
bem fechados para evitar ver enquanto o extraterrestre louco pilotava sua nave
em alta velocidade pelo desfiladeiro. A sensação de movimento estava
deixando-a nauseada quando ele se esquivou e se moveu.
Seus dedos doeram por agarrar as laterais do assento. Raff disse a ela para
ficar calma e estava tentando. Por sua querida vida. Ficou pior quando a nave
subitamente ficou na vertical, disparando para cima. Ela abriu os olhos,
imediatamente se arrependendo. Tudo o que podia ver era escuridão através do
vidro da nave.
— Isso é um aviso do motor? — Ela sempre odiou voar e temia que algo
assim acontecesse na Terra.
Por que perguntei? Por quê? Ela gemeu, esperando ser explodida a qualquer
segundo.
Ela abriu os olhos. Ainda estava escuro lá fora. Olhou para cima e viu outra
tela praticamente no teto. Parecia mais um jogo de computador com imagens
digitais de desenhos animados, mas entendeu sua essência. Estava dizendo a
eles onde estava o chão, que parecia distante e mostrava algumas montanhas
próximas. Eles pareciam imensamente altos. Raff voou direto na direção deles.
— O que é isso?
— Nossos perseguidores.
Ele mergulhou. — Sim. Eu não deixarei nada acontecer com você, Lilly.
Ela esperava que isso fosse verdade. Seu olhar se elevou. Não havia mais
pontos na segunda tela. Raff voava baixo, perto do chão. Outra cordilheira
apareceu, está muito menor que a anterior. Deveria ser a caverna onde estavam.
Ele desacelerou a nave quando se aproximaram e desceram para o chão entre
duas pedras grandes.
Ela virou a cabeça, olhando para ele na fraca iluminação interior. Seu olhar
dourado encontrou o dela. Um pequeno sorriso brincou em seus lábios.
— Esperamos até que a Vorge nos envie uma nave pela manhã.
Lilly se moveu no colo de Raff. Algo tocou sua bunda. Ela não notou antes
uma vez que estava com muito medo de que eles explodissem. Não ajudou
muito que algo cravou em sua coxa também. Ele era um homem grande, mas
não tinham outra opção a não ser compartilhar um assento.
— O que há de errado?
Ela se endireitou e se abaixou, sentindo a calça dele onde sua bunda estava,
sentindo algo duro. — O que há na sua calça? — Ela cometeu o erro de olhar
por cima do ombro para ele e encontrou-o dando-lhe um olhar que ela podia
identificar. Diversão. — Acho que os homens são iguais, independentemente
do planeta no qual nasceram.
— Uma das minhas lâminas. Há muitas delas presas no meu corpo e tenho
algumas escondidas nos bolsos.
— E isso? — Ela pegou o que estava irritando sua perna, encontrou outra
fonte dura sob o tecido.
— Punhal.
Ele riu.
— Pare de torcer minhas palavras em algo sujo. Não estou falando do seu
pau. Você é duro para se sentar. Eu não percebi antes quando acabei no seu
colo porque estávamos corremos por nossas vidas nas duas vezes.
— Muitas.
— Não. Eu vou converter o assento. Não posso fazer isso se você estiver
na área de armazenamento.
— Converter?
Ela franziu a testa, pensando nisso. — O que você faz se precisar fazer xixi?
Ele apontou para um painel lateral atrás. — Dispositivo portátil que aspira
o lixo.
—Precisa usá-lo? Não podemos sair da nave e nem abrir a porta. É simples.
Apenas pressiona a área da concha entre as pernas, em seguida, pressiona um
botão. Vai lavar e secar você.
— Eu estou bem.
Ela mudou de posição no colo dele novamente. Algo cravou nela. Ela
passou as mãos pela lateral da perna dele, sentindo as armas. Elas pareciam estar
escondidas em sua calça dos joelhos até as coxas, onde ela parou de sentir.
Havia um pequeno espaço entre o assento e a porta. Ela saiu do colo dele e
precisou se curvar para não bater no teto com a cabeça. Uma vez que saiu de
seu colo, ele se inclinou para frente, tirando as botas. Ele as colocou contra a
parede. Então se inclinou para trás, suas mãos indo para a frente de sua calça.
— Tirando.
Ele riu. Ela ouviu a roupa farfalhar e então ele agarrou seus quadris com as
duas mãos, puxou-a e ela caiu no colo dele novamente. Desta vez de lado. Seu
braço bateu em seu peito nu e seus olhos se abriram. Ele não apenas tirou a
calça, mas também a camisa. Ela ficou boquiaberta com o peito musculoso e
toda aquela pele bronzeada revelada. Ele tinha mamilos, como um homem
humano, mas sem pelos no peito.
Ela não pode recusar, estava curiosa e percebeu que ele usou a camisa para
cobrir o colo. Efetivamente colocando uma barreira entre eles. Lilly engoliu em
seco. Ainda estava chocada por ele ter se despido.
—Melhor?
—Sim. Pronta para dormir um pouco? — Ele foi para o lado, tocando em
um comando.
— Você quer dormir? Depois do que acabou de acontecer?
Ela engoliu em seco. Ele a beijar foi surpreendente, mas ela devolver o beijo
foi mais surpreendente ainda. Provavelmente o melhor beijo que ela já
experimentou. E se aquelas bombas não tivessem começado a cair, não havia
como dizer o que teria acontecido entre eles. Porque não iria pedir que ele
parasse.
— Dormir está bem. — Ela finalmente disse, decidindo que era uma
alternativa mais segura do que ficar com um alienígena gostoso.
Sua bochecha ficou pressionada contra sua pele quente e firme. Ela podia
ouvir o ritmo constante de seu batimento cardíaco. O homem tinha um milhão
de músculos também. Sentiu quando ele mudou sua posição sob ela.
— Falta pelo menos cinco horas antes do sol nascer. Depois, mais algumas
antes da Vorge chegar em órbita e enviar uma nave. Poderíamos nos conhecer
melhor.
Ela tinha certeza de que era uma insinuação sexual se alguma vez ouviu uma.
Era a maneira como sua voz ficava mais rouca que o normal. Colocou a mão
em seu peito perto do rosto para se apoiar e levantou um pouco, olhando para
ele.
— Nunca.
Seu olhar foi do peito aos ombros largos, braços musculosos, antes de voltar
ao seu belo rosto. Ele estava muito bem para homem viking-leão. — Você já
fez sexo?
— Muitas vezes.
— Beijar é íntimo.
Ele era claro sobre os detalhes, pelo menos para ela. — Nunca outra coisa?
— Eu não entendo.
Ele respirou fundo e soltou o ar. — Meu pai é de Tryleskian e eu fisicamente
sou parecido com ele. Minha mãe era Pina, Rornior, Scatia e Minleor.
Ela franziu a testa, confusa. — Eu nunca ouvi falar dessas raças alienígenas.
— Eles passaram cinco gerações nas naves que viajaram de seu sistema solar
para encontrar uma casa aqui. A primeira geração teve dificuldade em se
misturar e se relacionar com outras raças com as quais compartilhavam naves.
Seus líderes concordaram em criar uma lei para acasalar com alguém de outra
raça para ter harmonia e paz. Não havia necessidade de lutar se eles cruzassem
seu DNA. Na quinta geração, conseguiram. Não havia Pina, Rornior, Scatia ou
Minleor de sangue puro. Muitos planetas acreditam que é um crime
propositalmente fazer algo assim. Você já esteve na cidade e viu muitos
descendentes deles. Não são parecidos, recebem os traços dessas quatro raças e
outros que se estabeleceram aqui. Muitas culturas não gostam de misturar raças.
São vistos como atrocidades quando suas linhagens são misturadas.
— Sim. Por isso que meu pai se recusou a reivindicar minha mãe. Ele
provavelmente temia que ela nunca fosse aceita em seu planeta e sei que sentia
vergonha de mim, que era o resultado de sua relação.
Sua boca se separou quando ela descobriu o que ele estava dizendo. — Oh.
— Ele ficava entre as pernas das mulheres. Ela sentiu seu corpo responder e
isso a envergonhou um pouco, mas Raff era um alien super sexy. Também
estava nu, e ela estava deitada sobre ele e tocando seu peito quente. Sua mente
foi para lá imaginando como seria se ele quisesse se alimentar dela.
Suas narinas se alargaram e um rosnado baixo veio dele. Isso fez seu peito
vibrar sob ela. — Os humanos são compatíveis com os tryleskianos. — Seus
olhos dourados se estreitaram levemente e sua voz abaixou. — Posso me
alimentar de você.
Ela atraia homens humanos com frequência. Levar as mulheres para cama
parecia um passatempo normal para todos os homens. Qualquer pessoa com
seios se tornava um alvo na Terra. Isso acontecia até mesmo em Bax. Raff não
era apenas um homem. Nem mesmo perto. Ela se sentia confusa, incerta sobre
como reagir ao seu pedido descarado.
— Raff!
Ele deslizou o braço debaixo dela, estendeu a mão para tocar algo na parede
e os lados da cama desceram. Ele desceu, sentando-se e segurou as pernas dela.
Ele as levantou, colocando os pés em seu peito quente. Segurou seu olhar
quando alcançou a cintura de sua calça, soltando-a.
Ela deveria ter lutado, se afastado, mas não conseguia desviar o olhar de seu
intenso olhar dourado. Estava curiosa e mais do que um pouco excitada. Este...
alien... salvou sua vida. Ela confiava nele. Raff teve a oportunidade de machucá-
la muitas vezes, mas não o fez.
Ele abriu a calça que ela usava e começou a puxá-las pelos quadris. Com as
pernas dobradas, ele a moveu pelas pernas até os tornozelos. Ela hesitou quando
ele parou, em seguida, levantou os pés. Ele rasgou a calça completamente,
jogando-a para o lado.
Seu olhar afastou-se e ele agarrou suas coxas com suas mãos grandes e
quentes, as separou. Ela não protestou. Ele não hesitou em abaixar a cabeça
enquanto suas mãos deslizavam para cima até que segurou suas coxas,
prendendo-a. Ela fechou os olhos, não querendo vê-lo. Teve apenas um homem
fazendo isso com ela. Foi estranho e ela não gostou. Seu segundo namorado
gostava de lamber todos os lugares, exceto seu clitóris. Ela se perguntou se Raff
seria assim.
Sua respiração quente tocou sua buceta e então ela sacudiu quando sua
língua grossa e molhada tocou o clitóris. Ela respirou fundo e seus olhos se
abriram, olhando para o teto da nave. Ele fez isso novamente. Ela mordeu o
lábio, engolindo um gemido. Raff sabia onde seu clitóris estava, o tocou e foi
muito bom.
— Raff! — Ela gritou seu nome quando gozou forte, sua mente se sentindo
como se fosse explodir com o clímax intenso.
Parou de lamber seu clitóris e abaixou a boca. Ela quase gemeu quando a
língua dele traçou sua fenda e então a empurrou para dentro de sua buceta. Ela
agarrou o material e ofegou. Ele tinha uma língua grossa que se moveu dentro
dela alguns centímetros e depois saiu. Seu corpo ficou mole até que fez
novamente, lentamente, fodendo-a daquele jeito.
Sua voz estava mais rouca do que já ouviu, áspera. Ela relaxou, ainda
respirando com dificuldade. Levantou a cabeça, olhando-o. Ele levantou a
cabeça também, olhando-a de entre suas pernas. Seus olhos eram incrivelmente
sexys. Ele afastou o olhar e voltou a lamber seu clitóris. Ela tentou se afastar,
sentindo-se supersensível, mas ele a imobilizou.
Ele não parou de lambê-la, fazendo com que ela tomasse o prazer quase
doloroso. Não tinha piedade. Ela soltou os lados da cama e deslizou os dedos
em seu cabelo grosso, levemente raspando as unhas no couro cabeludo. A
textura do cabelo dele era suave, mas diferente de tudo que já sentiu. Mais
grosso, porém suave. Ele começou a rosnar, causando um tipo diferente de
vibração com a língua. Lilly gemeu alto, incapaz de se conter e ofegou. A
segunda vez que a fez gozar, ela gritou seu nome novamente.
Ele passou a língua por sua fenda, mas depois se levantou, soltando as coxas
dela. Ela olhou para ele. Sua expressão parecia dura, quase como se ele estivesse
furioso.
— O que há de errado?
— Nada. Tudo está certo. — Ele segurou sua cintura, jogou a camisa que
cobria seu colo para o lado e de repente agarrou seus quadris. Ele puxou-a pela
superfície plana para mais perto dele. —Você pertence a mim, Lilly. Agora e
sempre.
Sua mente parecia um pouco lenta, provavelmente por ter seu cérebro frito
duas vezes pela língua dele, mas ela tentou entender o que ele estava dizendo.
Ele deslizou as mãos sob os joelhos, levantou as pernas, em seguida, puxou-a
para mais perto. Algo duro e grosso pressionou contra sua buceta e ela percebeu
que era seu pau.
Ele se inclinou para frente, descendo sobre ela e soltou suas pernas. —
Coloque as pernas ao meu redor. Agora.
Ela hesitou.
Sua boca foi para a dela. Ela fechou os olhos e se abriu. Podia provar a si
mesma em sua língua quando ele invadiu sua boca. Raff sabia beijar. Ele
alcançou entre seus peitos e rasgou a camisa emprestada que ela usava. O tecido
se rompeu e ela percebeu que estava um pouco suada quando o ar bateu em sua
pele agora exposta. Ele segurou um dos seios, apertando-o.
Ela passou os braços ao redor do pescoço dele. Ele soltou o seio e desceu
até que a parte superior de seu corpo a prendeu. Abaixou-se, enganchando uma
de suas pernas e puxou-a para o lado de seu quadril. Ela entendeu e envolveu
as pernas ao redor dele.
Ele levantou um pouco, ajustou seus quadris, então ela sentiu seu pau tocar
sua buceta. Ele era muito grosso e isso a assustou. Iria fodê-la. Ela terminou o
beijo, virando um pouco a cabeça e abriu os olhos.
Ele a olhou a centímetros de distância, o dourado deles tão perto que ela
podia ver todos os detalhes. Suas pupilas tinham o formato de uma fenda ao
invés de serem redondas. Havia listras de ouro mais claro na íris. Raff tinha
lindos olhos.
— Raff, eu ...
Ela relaxou, deixando suas mãos tocarem suas costas, onde seguraram seu
pescoço. Sua pele era firme e quente. Adorava a sensação sob as pontas dos
dedos e a palma da mão. Ele cutucou sua buceta e lentamente empurrou para
frente.
Ela olhou em seus olhos, sabendo que os dela se arregalaram com a sensação
de seu corpo resistindo a tomar algo tão grosso. Ela estava molhada, gozou duas
vezes e ele pressionou mais contra ela.
Seu corpo cedeu e a ponta larga de seu pau começou a entrar nela. Um
rugido baixo, como um grunhido veio de Raff, seu peito vibrando contra os
seios que estavam esmagados entre eles. Ele empurrou mais.
Lilly cravou as unhas nas costas dele, ajustando as pernas um pouco mais
acima da cintura dele. Era grande. Podia sentir-se se esticando ao redor da
circunferência de seu pau. Ela sequer viu como ele parecia antes de fazer sexo.
Ele estava muito duro enquanto empurrava mais fundo. Congelou, recuou
um pouco e empurrou de volta. Um gemido saiu com a sensação. Ele era
enorme, mas muito bom. Sem dor.
Não conseguia entender porque era tão apertada ao seu redor. Os machos
humanos deviam ser pequenos ou talvez Lilly nunca tenha estado com um
macho. Ela era linda demais para acreditar que era a primeira opção. Muitos
homens devem tê-la perseguido.
Ele adorou os pequenos gemidos dela, a forma como suas unhas se cravava
em suas costas, massageando sua pele. Ela apertou seus quadris quando ele
levantou as pernas sobre a cama para obter melhor tração para mover os quadris
entre suas coxas.
Ele soltou um pouco seu controle e permitiu que seu traço Rornior
aparecesse. Aprendeu sobre isso nas primeiras vezes em que foi aos bordéis. Ao
mesmo tempo que tinha traços tryleskianos, percebeu logo que também tinha
traços da linhagem de sua mãe.
— O que…
Ele tomou sua boca, beijando-a para silenciar suas perguntas quando
começou a fodê-la lentamente com golpes profundos e longos. Ela gemeu
contra a língua dele, quase gritando quando acelerou. Ele esfregava a ponta de
seu pau contra seu clitóris com cada impulso de seus quadris.
Lilly afastou a boca dele, gritando. Sua buceta apertou seu pau. Ele precisou
lutar para continuar se movendo enquanto sentia seus músculos internos
vibrando, ordenhando-o. Ela estremeceu e ele se entregou as exigências de seu
corpo. Um rugido saiu quando sua semente disparou através de seu pau
profundamente dentro de sua buceta. Ele perdeu a capacidade de pensar, apenas
sentindo cada gota fluindo, fazendo com que experimentasse a mais intensa
euforia de sua vida.
Ele percebeu que seu corpo ficou relaxado e apoiou os braços, certificando-
se de não esmagar Lilly sob ele. Ambos estavam respirando com dificuldade.
Ele sorriu, observando o rosto dela. Ela tinha os olhos fechados, os lábios
entreabertos e a pele em um tom rosa claro. Ela pareceu notar sua atenção e
abriu os olhos. Ele sorriu.
Ela o surpreendeu quando afastou as mãos de suas costas e segurou seu
rosto. — Uau.
— Sexo.
Ela parecia confusa, suas bochechas mais rosadas e ela soltou seu rosto para
colocar as mãos em seu peito. Ele sabia o que ela queria saber. Todas as
trabalhadoras do bordel fizeram a mesma pergunta em outros mundos. Apenas
não em G4, já que outros machos com traços de Rornior tinham a mesma
habilidade sexual.
— Eu gosto de brincar com você, Lilly. — Ele usou o dedo para acariciar
sua bochecha, ajustando seu peso sobre ela.
Ele se recusava a tirar o pau do corpo dela. Gostava de estar dentro dela, de
ter uma parte dela, de estar intimamente ligados. — Quando estou muito
excitado e quase deixando minha semente sair, um inchaço começa na base.
Quando sai causa a pulsação que você sentiu.
— Sim.
— O que foi, Lilly? Você pode me perguntar qualquer coisa. Estamos juntos
para sempre.
Suas mãos se espalharam em seu peito e sua respiração ficou ofegante. Ele
tinha certeza de que era pânico que via em suas feições. Ele sorriu. Ela era
humana e não sabia muito sobre outras raças. Não era verdade, mas não iria
dizer isso. Ela era dele. Iria mantê-la.
— Isso não pode ser. Você quer dizer como ... casados?
Ela empurrou o peito dele. Não que fosse forte o suficiente para movê-lo.
E não era. — Isso não pode ser.
— Eu não sabia!
Ele se inclinou e a beijou. Ela apenas resistiu por uma fração de segundo
antes de aceitar seu beijo e devolvê-lo. Ele amava sua boca e sua pequena língua
rosa. Era suave e doce. Ele se afastou, olhando nos olhos dela.
— Eu serei bom para você, Lilly. Sua felicidade é uma prioridade. Assim,
como o seu prazer. — Ele lentamente começou a se mover dentro dela, seu
eixo endurecendo novamente.
Ele riu quando ela começou a empurrar seus quadris em sintonia com os
dele, pedindo-lhe para fodê-la um pouco mais rápido. — Não, minha pequena
humana. Nunca, mas planejo fazê-la gozar novamente e novamente.
Lilly acordou nua em cima de Raff. Ele subiu os lados da cama depois que a
fodeu quase até o esquecimento e os acomodou para dormir um pouco antes
do amanhecer.
Todos os detalhes retornaram à sua memória. Ela fez sexo com o grande
predador viking leão, pelo menos quatro vezes, mais as duas vezes que ele a fez
gozar com a boca. E foram os melhores orgasmos que ela já experimentou em
toda sua vida. Acima e além de qualquer coisa que poderia imaginar ou esperar.
Seus roncos suaves a despertaram.
Ela abriu os olhos. O interior da nave espacial ainda estava escuro, mas uma
luz fraca aparecia na frente, o suficiente para ela distinguir o peito sob sua
bochecha. Os braços de Raff estavam ao redor dela. Uma de suas mãos em sua
bunda, a outra na parte baixa de suas costas. Ela estava encostada em sua
cintura, suas pernas descansando ao lado das pernas dele.
Ela levantou a cabeça, olhando para Raff. Seus olhos estavam fechados. Ele
não parecia tão perigoso quando dormia, suas feições relaxadas. Ele era bonito.
Não havia como negar que se sentia atraída por ele como nunca se sentiu por
qualquer homem que conheceu. Não parecia importar que ele fosse um
alienígena. Não tinha certeza se isso deveria preocupá-la ou não.
Eles estavam casados, basicamente. Pelo menos foi o que ele implicou. Eles
realmente não falaram sobre isso desde que ele cortou a conversa a fodendo.
Foi provavelmente o melhor desde que ela certamente começou a surtar.
Raff era assim? O esperma dele a mudou em um nível físico? Ela não se
sentia diferente. Apenas um pouco dolorida entre as pernas e cansada. Ambas
as coisas faziam sentido desde que ele era grande e ela percebeu que não dormiu
por muito tempo.
Ele continuou dormindo. Ela agarrou seu ombro, sacudindo-o. Seu ronco
parou e seu corpo ficou tenso sob o dela. Ela olhou para ele e encontrou os
olhos abertos agora enquanto ele a olhava.
Ele moveu as mãos. Um braço indo para sua cintura, o outro alcançando o
lado da nave. A cama começou a se mexer. Ela se agarrou a ele. A parte de trás
se levantou e foi para trás deles. Ele estava transformando em um acento de
novo. Ela olhou para a face dele, uma vez que ela não conseguia distinguir o
que estava fora da nave, sua expressão endureceu quando ele olhou para frente.
Não se parecia muito com uma tartaruga, mas talvez um tatu e um elefante
juntos. Tinha um casco de conchas sobre o corpo grande, uma cauda pequena,
e as presas pareciam pontiagudas, com alguns centímetros de espessura. Cobria
toda a boca aberta, a qual ela deu uma boa olhada quando se virou. Parecia
grande o suficiente para ser capaz de comer uma pessoa em uma mordida. A
coisa aterrorizante deu alguns passos em sua direção.
Ela se agarrou a Raff. Ele esfregou as costas dela e usou a outra mão para
tocar outra coisa nos controles. Um som suave veio de dentro da nave e ela
ficou tensa, observando como a fera lá fora parecia ouvir também. Levantou a
cabeça, três olhos negros pareciam fixar-se diretamente sobre eles, mas depois
veio outro som. Era um silvo. Algo saiu da nave e passou pela fera.
—Você errou.
— Espere.
— Ele caça por som. Eu dei algo alto para ir atrás. Joguei uma pedra longe.
Pedaços dela continuarão caindo por alguns minutos. Isso deve mantê-lo
ocupado.
— Estrangeiros?
— Pessoas que escolheram morar fora das cidades. — Ele agitou o pescoço
e os ombros. — Como você está se sentindo? Ainda temos algumas horas para
esperar. Está com fome?
— Um pouco dolorida.
— Você foi. Já faz um tempo e você é grande. Eu não estou ferida como
pensa.
Ele se inclinou, pegando algo no chão e tirou uma pequena caixa. Ela sentou-
se para colocar espaço entre eles. Era um pouco embaraçoso agora que estava
mais acordada para perceber que estavam nus, ela estava escarranchada no colo
dele e não se limparam depois do sexo na noite passada. Ela se sentia molhada
e não queria pensar em como seu assento precisaria ser limpo.
— Avise uma garota! Nossa! — Ela não lutou, porque o que quer que tinha
em seu dedo dava-lhe uma sensação de frescor e instantaneamente pareceu tirar
a dor leve. Ele tinha um dedo grosso e empurrou para dentro dela
profundamente. — Isso é tão embaraçoso.
Ele riu, retirando o dedo. — Não, não é. Você é minha. Eu sou seu. Não há
nada que não possamos dizer ou fazer um ao outro que cause essa emoção. —
Ele se abaixou novamente, encontrou um pedaço de tecido que deve ter
guardado lá embaixo e limpou o restante do material gelatinoso. Ele jogou o
tecido de lado.
— Deveria.
Ela saiu de cima dele, usando os braços para cobrir os seios para ficar na
área estreita onde a porta estava localizada. Ele rasgou a camisa que ela usava
na noite passada e a tirou completamente quando foram dormir, recusando-se
a permitir que qualquer roupa ficasse sobre ela. Ela viu quando ele estendeu a
mão, abriu um painel que apontou antes.
Ficou chocada quando viu o aparelho. Parecia uma mistura entre uma xícara
grande e uma tigela estreita e curva com um tubo branco conectado a ela. Cobriu
completamente a área da virilha enquanto ele se levantava um pouco,
encaixando-o sobre o pau. Ele ligou o interruptor no cabo e ela ouviu um leve
ruído como um vácuo. Ela desviou o olhar. Ele estava fazendo xixi. Ela se
recusou a assistir.
Raff riu. — Você me diverte, Lilly. É uma função do corpo. Está com o
rosto muito vermelho.
Para sua humilhação, ele segurou-a com uma mão e bateu na coxa dela com
a outra. — Abra um pouco.
Ela fechou os olhos e manteve a cabeça inclinada, mas fez o que ele pedia.
Abriu as pernas. Ele empurrou o dispositivo contra sua buceta e ela ofegou
quando ele ligou. Era um tipo de sucção e água morna bateu em sua bunda,
onde a tigela subiu até o topo de seu monte.
— Ok. — Ela precisou se concentrar para fazer xixi de pé. Foi a coisa mais
estranha e desconfortável que já fez, porque Raff estava segurando o dispositivo
e ela não tinha que olhar para ele para saber que estava assistindo. Precisava
admitir que se sentia melhor depois de fazer xixi. Estava bem apertada. — Feito.
A água cortou o fluxo e o ar quente veio. Ela ficou tensa, mas depois ele
desligou a coisa e a afastou. Ela se sentia limpa com certeza, já que a água a
lavou. E não estava molhada, já que também a secou. Ela se atreveu a abrir os
olhos e viu quando Raff o colocou dentro do painel e lavou as mãos com um
vapor de água que fluía dentro do painel. Também soprava ar quente para secá-
las.
Ele fechou o painel e sorriu para ela. — Precisamos dormir mais. — Ele
estendeu a mão para ela, puxou-a para eu colo e acionou o interruptor que fez
com que o assento se transformasse em cama. Ela mais uma vez acabou sobre
seu corpo. Ele a ajustou até que ficasse confortável, com a cabeça em seu peito
e os braços ao redor.
— Durma, Lilly.
— Não é tão simples assim, Raff. — Ela estava começando a ficar nervosa.
Ele não podia apenas se casar com ela assim. Eles sequer se conheciam. —
Apenas porque fizemos sexo, sexo incrível, não significa que devemos ficar
presos por toda a vida.
Ele riu, segurando-a com mais força. —Você poderia estar grávida do meu
filho.
Isso a fez ofegar e seus olhos se arregalaram. O quê? Isso era possível? Não!
Não podia ser. Ela ficou tensa.
— Eu não sou tão tryleskiano quanto aparento. Meu primo apenas pode ter
uma ninhada com sua humana quando ele está no calor. Eu fiz o androide
médico me testar quando fui para a Vorge. Minha semente é forte e fértil. Não
é apenas para evitar doenças que uso proteção quando vou a bordéis. Eu não
queria arriscar engravidar uma fêmea por acidente. — Ele beijou a cabeça dela
novamente. — Com você eu fiz de propósito.
— Ninhada? — Sua mente estava acelerada. Ela teve um amigo com uma
cadela. Ela teve quatro filhotes. Era isso que ele queria dizer? Ela estava prestes
a hiperventilar com o choque e a indignação. Porra, o pânico a percorreu por
talvez estar grávida de bebês alienígenas. Plural. — Não podemos fazer isso. Eu
nem o conheço!
—Nós nos conhecemos bem. — Ele sorriu, enquanto sua mão em seu
estomago escorregou mais baixo, roçando levemente seu clitóris.
— Porra, Raff.
Ele olhou para ela e depois para a boca. Ela tentou mordê-lo e ele riu mais.
Ele evitou os lábios dela, acariciando seu pescoço com a boca. Ele começou a
beijá-la ali, usando a língua e os dentes. A sensação de suas presas a fez se
acalmar. Ele poderia machucá-la. Quase desejou que ele continuasse beijando-
a. Seus mamilos endureceram e seu corpo começou a responder.
— Traidor.
Ele congelou. — Eu nunca trairia você, Lilly.
Ele riu. — Ele sabe que pertence a mim. Como o meu é seu. — Ele começou
a beijar sua garganta novamente, dando-lhe pequenas mordidas com suas
presas.
Era bom. O alienígena sexy sabia exatamente como tocá-la. Ele soltou seus
pulsos, suas mãos explorando seus seios em vez disso. Ele deu a seus mamilos
pequenos apertos entre os polegares e dedos, fazendo-a sacudir de prazer. Ele
aplicou a quantidade certa de prazer e dor para fazê-la doer entre as pernas.
Ela as abriu mais, permitindo que ele colocasse a parte inferior do corpo
entre elas. Seu pau estava duro e preso entre eles. Ele abaixou-a, deixando beijos
sobre sua clavícula e então soltou seus seios, usando sua boca quente para
chupar cada mamilo.
Ele rosnou em resposta. Ela passou os dedos por seus braços e ombros,
finalmente segurando sua cabeça. Ele era muito bom em tocá-la, sabendo
exatamente como deixa-la irracional. Era tudo desejo e necessidade. Os
alienígenas, pelo menos este, faziam com que esquecesse tudo, menos ele.
Sentiu algo na ponta de seu pau, o que parecia uma crista. Vibrou
diretamente contra seu clitóris. Ela gritou, cravando as unhas em seus ombros.
Ele era como um daqueles brinquedos sexuais que ela comprou, apenas muito
melhor. Seu peito esfregou contra seus seios enquanto ele a apertava com força,
restringindo seus movimentos.
Sua força a excitou mais. Ele a fodeu mais forte. As vibrações aumentaram
com o movimento de seus quadris, o clitóris inchando e a necessidade de se
aproximar.
Gritou seu nome quando o prazer chegou e explodiu. Ela se agarrou a ele,
sentindo o êxtase. Ele pressionou a boca contra o ombro dela, abafando os sons
que fazia e ela pode sentir calor quente enchendo-a.
As vibrações contra seu clitóris a fizeram quase gritar de quão fortes ficaram,
mas se manteve ali, já que ele se recusou a deixá-la sair. Outro clímax veio e ela
perdeu a capacidade de pensar.
Raff acordou com um bipe suave. Ele abriu os olhos e percebeu que estava
sobre Lilly. Dormiu depois que fizeram sexo. O pânico o atingiu quando se
levantou, aterrorizado por tê-la sufocado. Ela era pequena demais para dormir
sob ele. Seu peito subia e descia, seus olhos fechados. Ele sentiu alívio. Outro
bipe chamou sua atenção novamente.
Ele virou a cabeça, percebendo que era o comunicador. Ele se arrastou para
baixo na cama, tomando cuidado para não acordar Lilly e ajustou o volume.
Olhou para fora. O sol já havia nascido e não havia sinais de vida lá fora.
— Raff.
Ele se inclinou para frente, olhando pela janela. Ao longe, ele viu uma nave
baixa na superfície. — Porra.
—Você deve ter sido encantador como sempre. — Marrow riu. — Parece
que os irritou muito levando aquela humana, pelo que ouvi falar. Há mais duas
naves ao leste da sua caverna. Isso são seis naves procurando-o. Você nunca faz
nada sem fazer muitos inimigos, não é?
— Longa história. — Raff não queria dizer a eles que não percebeu que
colocaram no casco um rastreador. — Eu posso voar e pousar sobre a nave se
abrirem para mim.
—Não. — Rosnou Dovis. —Você vai nos prejudicar. Não é tão bom em
voar, Raff. Pode foder na hora do pouso e ambas as naves serão danificadas se
bater na lateral. Nós provavelmente também estaremos sob fogo. Não podemos
remover nossos escudos. Você vai nos matar. Deixe a nave. Onde está? Nós
vamos entrar e pegar vocês dois. Faremos uma manobra em Cregion.
Ele odiava deixar sua nave, mas seu olhar foi para Lilly. Sua fêmea era a coisa
mais importante. Ela com certeza estava exausta desde que ainda dormia mesmo
com eles conversando alto. — Tudo bem. — Ele enviou uma mensagem para
a Vorge, dando sua localização. — Tempo?
Demorou segundos para Marrow responder. — Quatro minutos. Vou
descer rápido, passar e você corre. Entendo que está protegido desde que vejo
apenas rocha.
— Sim.
— Acorde!
Seu tom áspero e alto fez o truque. Ela acordou e sentou-se, parecendo
confusa.
Ele a soltou e jogou a camisa para ela. — Vista isso. Uma nave estará aqui
em minutos.
Ele apertou o botão para converter a cama de volta em uma cadeira e ficou
de lado, precisando se sentar no espaço confinado ao lado da porta. Uma vez
que abrisse, a nave registraria os sensores. Ele olhou para frente da janela,
avistando a maldita nave espacial ainda à distância. Ele realmente queria matar
Prix por não desistir da busca.
Ele sorriu. Marrow era um piloto muito bom e ele se lembrou de quando
ficaram sitiados no planeta Cregion. Ela lançou a nave na superfície, fazendo
todos no chão pensarem que estava prestes a cair e explodir.
Ela não diminuiu a velocidade até que quase fez exatamente isso. Cathian
gritou com ela enquanto caiu no fundo da nave, provavelmente tinha marcas
do chão até hoje.
Ele colocou sua bolsa de viagem no ombro, olhou para fora e viu a forma
volumosa da nave ainda indo diretamente para eles. Marrow provavelmente
estava ouvindo muitos alarmes gritando com avisos iminentes de colisão.
Ele queria rir. Dovis estaria rosnando e xingando. O macho não tinha senso
de humor. Eles provavelmente teriam que substituir o assento em que Dovis
estava sentado por suas garras cravando o material.
Ele agarrou Lilly pela cintura, puxando-a para mais perto e acertou a abertura
da porta. Abriu, soprando ar quente para dentro. O aroma fez cócegas em seu
nariz. Ele saiu, endireitou-se e puxou Lilly para fora. Foi fácil levantá-la e a jogou
sobre o ombro. Ela ofegou, mas depois agarrou a cintura de sua calça. Ele viu
a outra nave à distância começar a se aproximar e o som dos motores ficou mais
alto de cima. Ele olhou para cima, avistando sua tripulação.
Ele correu, segurando firme sua preciosa fêmea sobre o ombro e pulou.
Pousou dentro do porão de carga. Ainda não conseguia respirar desde que a
poeira entrou com eles. Olhou ao redor, viu correias alinhadas na parede oposta
e se lançou para frente para agarrar.
A porta atrás deles se fechou e a nave subiu. Isso fez com que seu corpo se
sentisse ainda mais pesado com a força gravitacional da velocidade com que os
propulsores os levaram para o céu. Com o peso de Lilly e a bolsa, quase caiu de
joelhos. Ele apoiou na parede e se agarrou à sua fêmea e às correias. A poeira
diminuiu e ele respirou fundo, ofegante.
A nave de repente avançou e ele ajustou Lilly, permitindo que seu ombro
levasse a maior parte do impacto quando bateu na parede. As alças cortaram
seus dedos, mas ignorou a dor. Os motores estavam altos no porão de carga,
mas ouviu explosões. Estavam sob ataque.
Um grito veio de Lilly. Ele ficou feliz em ouvir isso. Significava que ela não
tentou respirar através da poeira e sufocou. Soltou a parte de trás de suas pernas
e agarrou a camisa que ela usava, arrastando-a pela frente de seu corpo.
Ela quase caiu, mas ele a pegou, segurando-a com força à sua frente. Ela
colocou os braços ao redor dele. Ele virou mais, empurrando as costas para a
parede e segurou melhor as alças.
— Espere. — Ele gritou. — Sairemos de órbita em breve.
Ela levantou a cabeça enquanto ele a colocava de pé. Seu rosto estava muito
pálido. — Vocês são loucos!
Isso acabou com sua diversão. — Está tudo bem agora. Estaremos na Vorge
em minutos.
— Eu pensei que a nave fosse cair quando a vi e atrás de todo aquele pó!
Ele soltou as correias, tirou a sacola e foi para ela, assim que seus joelhos
cederam. Ele a ergueu em seus braços e caminhou em direção à porta, abrindo-
a e entrou na área de passageiros da nave. Marrow e Dovis estavam sentados na
frente, ambos se viraram para eles.
A Vorge estava à frente enquanto eles voavam em sua direção. Ele viu uma
rajada de luz saindo dela. York estava atirando em quem quer que fosse estúpido
o suficiente para segui-los ao espaço. Ele sorriu para os dois tripulantes à frente,
mas se virou, entrando no banheiro. Ele aproximou-se da pia, virou Lilly em
seus braços e ela vomitou.
Ele a segurou, usando a mão livre para afastar o cabelo preto do caminho.
— Tudo bem, Lilly.
Ela vomitou novamente e ele soube com certeza que era sua companheira,
já que não sentia asco. Preocupava-se com ela. Ela terminou e ele soltou seu
cabelo, estendendo a mão para tocar um painel, abrindo-o. Ele pegou um kit de
limpeza e a colocou no chão.
— Sim.
Ele precisou se esforçar para ouvir a voz dela. — Eu preciso falar com minha
equipe. — Ele gentilmente a soltou, certificando-se de que ela pudesse ficar
sozinha. Seus joelhos a seguraram. Ele recuou. — Estarei de volta em um
minuto.
Ele a observou por longos segundos. Suas mãos tremiam quando ela abriu
o kit, tirando uma escova de dentes da bolsa transparente. Ele se virou, abriu a
porta e saiu do banheiro.
Marrow bufou da frente. — Isso não foi uma viagem espacial. Foi eu
tornando real, o pior pesadelo de cada piloto para salvar a tripulação.
Novamente. E se tivesse errado por cinquenta centímetros, não estaríamos aqui.
Nossas bundas estariam mortas.
Raff se virou para entrar no banheiro para verificar Lilly, mas Dovis agarrou
o braço dele. Ele o soltou instantaneamente. Raff não gostava de ser tocado e
todos sabiam disso. Ele enfrentou Dovis.
— Minha. — Ele repetiu. — Lilly está bem. Ninguém cuidará dela, além de
mim. Qualquer um que tentar levá-la, morrerá.
Dovis revirou os olhos, observando-o. — Entendido.
Raff virou a cabeça, olhando para ela. Marrow estava ocupada acoplando a
Vorge, sem olhá-lo. — Limpe o caminho.
Ela deu um aceno de cabeça. — Por favor, leve-a para ver o androide
médico. Duvido que alguém tenha dado a ela todas as imunizações que precisa.
G4 não é um mundo civilizado.
— Certo.
— Sim.
— Obrigada. — Ela se recusou a olhar para ele. — Sinto muito por vomitar.
— Ninguém nos encontrará até mais tarde. — Ele se concentrou nos Pods,
ordenando que tivessem certeza de que a tripulação os evitasse por um tempo.
—Vamos, Lilly. Você pode andar ou quer que a carregue?
Ele se sentiu orgulhoso dela. Era uma mulher corajosa, mesmo tendo um
corpo tão frágil. Estendeu a mão, oferecendo-a. — Vamos.
Raff encontrou seu olhar. — Tudo será indolor. Estou bem aqui.
— Sempre.
Ela o soltou e deitou de costas. Luzes brilharam sobre seu corpo, uma
corrente azul começando a seus pés. Não doeu. Algo bateu na parte de trás de
sua perna, mas foi muito leve e não doeu. Uma imagem holográfica a assustou
quando pairou sobre ela. Ela olhou para ele, sua boca aberta. Era ela, mas por
dentro. Podia ver seus órgãos, ossos e todas as outras partes sob sua pele.
— Eu não gosto de fazer exames e ver minhas entranhas. Nós temos pele
por um motivo.
Ele sorriu.
— O que há de errado?
Era fácil para ele dizer. Parte do lado da cama se abriu e um painel deslizou
para fora. Os dedos do androide bateram nele e algo a espetou na bunda. Ela
ofegou, querendo rolar. Raff estava lá em um instante, segurando-a. Ele se
inclinou. Outro alarme soou.
— Calma, Lilly.
Ela deu um aceno de cabeça e ele recuou. O alarme parou e ela sentiu outra
picada, desta vez na parte de trás da coxa. Ela fechou os olhos. Algo molhado
rolou pelas costas até sua panturrilha nua. Fez uma careta, mas não se afastou.
Era como se a mesa a lambesse com uma língua de plástico molhada. Acabou.
— Agora sim.
— O que e quem?
Ele a levou em direção à porta. — Pods são outra raça alienígena. Três deles
vivem na nave. Eles têm fortes habilidades telepáticas. São capazes de ouvi-la
se pensar neles. Midgel é a cozinheira.
Outro pensamento ocorreu e rapidamente olhou para ele. — Você não pode
ler minha mente, não é?
Ela virou-se para encara-lo. — Nós ainda não falamos sobre isso,
casamento. Nossa cabine? Eu não disse que moraria com você.
Ele caminhou até ela, envolveu um braço em sua cintura e segurou o rosto.
— Não há nada para falar.
— O androide teria dito se eu estivesse grávida, certo? Isso significa que não
é necessário um casamento forçado.
Ela colocou as mãos no peito firme e quente dele. Ele não estava vestindo
uma camisa e isso a distraía. O homem tinha um corpo incrível. — Não se
preocupe com isso. O androide teria nos ditos se eu estivesse carregando um
bebê ou bebês, certo?
Ele acariciou sua bochecha. — Você não está grávida.
Ela sentiu alívio, tendo o suficiente em seu prato para lidar no momento
com isso também.
— Raff! — Ela empurrou contra seu peito e tentou se afastar. Ele a soltou.
Ela colocou espaço entre eles, caminhando para um sofá e sentando-se. Ele
estava confuso. Ela levantou as mãos, apertando o rosto com elas. O desejo de
chorar ou talvez gritar a percorreu. Não tinha certeza qual deles era mais forte.
Algo rangeu perto dela e olhou para cima quando Raff moveu seu peso, ele
sentou na mesa de café na frente dela ou o que era a versão alienígena de uma.
Ele segurou suas mãos.
Ele assentiu.
— Deixar a Terra era para ser uma aventura, mas não deveria ser para
sempre.
Ela hesitou, mas decidiu contar. — Eu cresci em uma área remota do deserto
em um lugar chamado Nevada. A cidade grande mais próxima ficava a algumas
centenas de quilômetros de distância. Não que tenhamos ido lá. Meus pais e
avós administravam uma usina de energia solar. Às vezes eles contratavam
trabalhadores extras se houvesse danos causados por tempestades, muito para
nós cuidarmos sozinhos, mas éramos apenas nós cinco o ano todo.
Ele ouviu, observando-a, mas não disse nada. Encorajou-a continuar.
— Eles não queriam que eu fosse para a faculdade, também com medo de
que algo ruim acontecesse comigo. Eu tive que brigar para fazer isso e nos
comprometemos. Eles encontraram uma escola em uma cidade menor no
Arizona. Havia apenas alguns milhares de estudantes. Estava muito animada
para ir, mas quando cheguei lá, percebi que não me encaixava.
— Oh, eles eram todos humanos. Apenas que eu tinha zero em comum com
eles. Minhas habilidades sociais eram ruins, como pode imaginar. Eu me
concentrei nos estudos. Namorei alguns rapazes, mas isso se transformou em
desastres.
— Então conheci outro rapaz, nós namoramos e ele disse que me amava.
Até me pediu em casamento. Eu disse sim e o levei para conhecer minha família.
Acontece que ele imaginou que possuir uma fazenda solar significava que
éramos extremamente ricos. Ele me deixou quando descobriu que não era o
caso. A agricultura solar é um trabalho árduo, é uma vida decente, mas nunca o
suficiente para ficar rico. Eu fiquei mais inteligente e parei de confiar nos
homens. Fui muito magoada, mas a maioria deles fez isso com todas as
mulheres. Como se fosse um jogo para ver quantas poderiam ter em suas camas.
Eu não queria fazer parte disso.
— O que é isso?
— Eles não queriam nada sério. Foi como um jogo novamente. Sabe?
Apenas fazer sexo por fazer e ninguém queria entrar em relacionamentos reais.
Eu não queria fazer parte disso e mais uma vez, não me encaixava. Os homens
eram rudes comigo depois que os abandonava.
— Com certeza. A verdadeira razão pela qual deixei a fazenda foi conhecer
um homem. Você sabe como era ver meus pais e avós juntos enquanto eu estava
sozinha? Queria ter o que eles tinham. Alguém para amar e ser feliz pelo resto
da minha vida. Nunca conheci ninguém da minha idade ou mesmo perto dela
na fazenda. Todos os trabalhadores sazonais eram sempre muito mais velhos
ou já eram casados.
— Você me conheceu.
Ela sorriu. — Sim. Você foi a melhor coisa de tudo isso, Raff. — Então ela
sentiu tristeza. — Mas nós não nos conhecemos para nos casarmos ou ter filhos.
Isso também significa que preciso escolher entre um futuro incerto ou tentar
encontrar uma maneira de voltar para minha família. Você disse que a Terra é
um planeta proibido. Dói pensar que nunca poderei vê-los novamente. —
Lágrimas encheram seus olhos.
Ele se moveu da mesa para sentar no sofá ao lado dela e apenas a pegou em
seus braços, colocando-a em seu colo. — Duas coisas, Lilly.
— Nosso futuro não é incerto. Eu não sou como os humanos que você
conheceu. Quero um para sempre com você e filhos. Não haverá outras fêmeas.
Sem jogos. Eu não os faço. Falo muito sério sobre tudo.
Ela se virou para ele e colocou os braços ao redor de seu pescoço. Ele partia
seu coração dizendo que nunca conseguiria abraçar seus pais e avós novamente.
Isso porque era um resumo. Começou a soluçar, mas ele a segurou.
Raff saiu para o corredor e deixou a porta se fechar atrás dele. — Não. —
Ele ameaçou.
— Você vai querer encontrar uma maneira de devolver Lilly à Terra. Eles
estão vendendo suas fêmeas. Ela permanecerá segura comigo.
— Eu não faria isso. Os Pods leram você antes mesmo de pisarem na Vorge
e avisaram que seria um banho de sangue se algum de nós tentasse ficar entre
você e aquela fêmea. Nós não estávamos esperando por você fora do porão de
carga. A área foi liberada para dar privacidade. — Cathian abaixou o bloco e
ficou de pé. — Realmente acha que eu tentaria tirar alguém que é tão importante
para você?
Um sorriso se espalhou pelo rosto de Cathian. — Estou feliz que você tenha
encontrado uma mulher. Chocado. — Seu humor sumiu. — Mas aliviado
também. Three disse que a fêmea está dividida entre querer ficar com você e
tentar voltar para sua família.
Cathian abriu a boca, parecendo furioso, mas fez uma pausa. — Quer dizer
que não é capaz de dar a ela seu segundo coração?
— Bem. Explique-me por que não quer se unir com ela. Isso provará a ela
que está falando sério sobre suas intenções de mantê-la para sempre. Ela tem
dúvidas sobre isso.
— Eu não sabia.
— Eu não contei.
— Conte-me agora.
Raff se virou, preparado para ver pena. Seu primo não mostrava nenhuma.
Apenas curiosidade.
Raff deu um aceno de cabeça, mas sentiu alívio por seu primo não sentir
repulsa.
— Sim.
— Eu não acho que haja uma maneira física de nos unir. — Ele admitiu. —
Em G4 as pessoas decidiam morar juntas e se reproduzir. Quando as crianças
vinham, eles ficavam juntos.
— Sim.
— Nada?
Ele sorriu. — Eu me importei em lhe dar prazer ou sentir o gosto tão bom
dela.
Uma risada escapou de Cathian. — Sim. Eu me alimento em Nara o tempo
todo e não estou mais no calor.
— Boa resposta. — Cathian o soltou. — York fez uma cerimônia para Sara.
Eu vou me sentar com a tripulação e faremos algo especial para vocês dois. Sou
um Embaixador e Capitão de uma nave. Isso me dá certos poderes. Também
preciso informar a nosso planeta sobre os homens que unem sua vida as
mulheres de outros planetas. Farei isso com você e Lilly para torná-lo oficial.
Os Vellar nunca precisam saber que você não tem um segundo coração.
— Foda-se as regras.
— Eu tenho fé em você.
Lilly não pôde deixar de sorrir. Raff estava sendo um amor. Ela tomou
banho e quando saiu, ele preparou uma refeição para eles na cama. Ele pediu
licença para tomar banho antes de se juntar a ela. Eles comeram e ele
compartilhou boas histórias sobre ele e sua mãe.
Quando ele contou sobre como sua mãe foi assassinada, ela sentiu-se mal.
A dor em sua voz fez com que tentasse tocá-lo. Ele até tinha lágrimas nos olhos.
— É por isso que eu estava caçando o grupo. Para acabar com tudo. Em
vez disso, ouviram que eu os estava rastreando e tentaram me matar primeiro.
Minha mãe pagou o preço. Eu não estava lá para protegê-la. Sempre viverei com
essa culpa.
— Você não tinha como saber o que eles fariam, Raff. — Ela hesitou, em
seguida, se moveu pela cama para se aconchegar contra ele. — Você estava
tentando salvar as pessoas.
Ele colocou o braço ao redor dela e apoiou o queixo na cabeça dela. — Foi
um período sombrio para mim depois que eu encontrei o corpo dela. Então
meu primo apareceu. Pensei que fosse um assassino enviado pelo meu pai de
sangue para me matar.
— Ele é um idiota. Sou um grande embaraço para ele. Seria mais fácil se eu
estivesse morto e não foi a primeira vez que ele enviou alguém para me matar.
Quando eu era criança, minha mãe contatou a família para tentar me tirar do
planeta. G4 era um planeta perigoso. Tryleskianos vieram, mas eram assassinos.
Aquela caverna para a qual a levei? Minha mãe e eu moramos lá por alguns anos
até descobrimos que era seguro voltar para cidade.
— Não é apenas um idiota. É muito mais! — Ela sentiu raiva por Raff.
— Ele nunca quis que minha mãe engravidasse e não tem honra desde que
nos abandonou. Cathian descobriu sobre mim quando aceitou o trabalho como
Embaixador. Seu pai o avisou no caso de minha mãe fazer outra reivindicação
ou que eu fizesse. Meu primo tinha ordens de destruir qualquer informação
sobre minha alegada associação à família. Em vez disso, Cathian ficou
enfurecido. Ele me rastreou, pediu desculpas e jurou ficar ao meu lado contra
eles. Então me ofereceu uma nova vida ao seu lado. Foi assim que vim para a
Vorge.
— Você nunca conheceu pessoas como nós. Somos todos... — Ele parecia
lutar para encontrar as palavras certas.
— Especiais?
— O que era?
— Minha?
Ele olhou para ela. — Sim. Você é uma de nós agora que estamos juntos.
— Nós poderíamos gravar e enviar para sua família. Desta forma, eles
conseguirão nos ver unindo nossas vidas de forma oficial. Eu sei que não é o
mesmo que estar lá, mas é o mais próximo possível.
Ela chorou. Raff tinha um jeito de fazer isso com ela. Era atencioso que ele
pensasse em sua família. — Casamento?
— Mesma coisa. Palavra diferente. Para sempre.
— Quais são seus medos? Acha que mudarei de ideia depois de ter feito um
compromisso vitalício com você? Isso não acontecerá. Os tryleskianos unem-
se por toda a vida. O povo da minha mãe também. Ela nunca teve outro amante
depois do meu pai. Eu queria que ela tivesse, mas disse que eles se uniram.
Nenhum outro macho poderia chamar sua atenção. Eu li sobre humanos. —
Ele franziu o nariz e pareceu enojado. — Nós não nos divorciamos.
Ele quase a fez rir. — Você disse que é como uma maldição desagradável.
— Comigo?
— Sim. Seu mundo tem essa palavra. O que a faz pensar que eu não tenho
medo de você me deixar? — Ele passou as mãos pelo corpo dela até que
segurou sua bunda. — Posso mostrar a você o quão bom marido serei e como
nenhum outro macho jamais te dará o que eu posso.
Ela mordeu o lábio, percebendo que ele tinha razão. As taxas de divórcio de
onde vinha subiram para oitenta e quatro por cento. Fora de suas duas raças,
parecia que a dela era a má aposta. — Você se esqueceu dos meus pais e avós.
Unidos para a vida toda.
Ele sorriu e rolou, prendendo-a sob ele. — Eu gosto desse termo. Vida toda.
Nós seremos assim, Lilly.
Ele era tão bonito e ela não conseguia resistir a tocá-lo. — Você faz isso
parecer fácil.
Ele olhou profundamente em seus olhos. — Eu sou ruim em falar, mas você
é a única coisa que é fácil para mim. Eu quero mantê-la. Senti-me protetor e a
quis desde o momento em que a vi correndo dos Rexis e vindo em minha
direção. Cada momento que passei com você até agora, me fez querê-la ainda
mais. Isso nunca será o suficiente. Como a faço se sentir?
— Mesmo?
— Você nunca descobrirá isso. Estou bem aqui e continuarei assim. Pare de
pensar, Lilly. Sobrevivi ouvindo meus instintos. Conte-me como você se sente.
Ele queria que ela fosse honesta. Entendia isso. — Estou me apaixonando
por você, se já não estiver apaixonada.
Seu sorriso era largo e mostrava suas presas afiadas. Elas não mais a
assustavam. Era sexy. Sabia exatamente o quão bem se sentia quando ele roçava
sobre sua pele.
Sua expressão ficou sombria. — Eu não sou. Para você sempre serei. Os
outros devem me temer. Apenas você traz o melhor de mim.
— Fique comigo, Lilly. A vida pode ser difícil, mas se estamos juntos não
será. Nós sempre teremos um ao outro.
Algo que seu avô lhe disse muitas vezes subitamente surgiu em sua memória.
Era o quão difícil foi iniciar a fazenda solar e expandi-la. Sua família nunca ficou
rica, mas ele jurava que não importava quais dificuldades enfrentasse, um beijo
de sua avó fazia tudo desaparecer. Mesmo depois de todos esses anos, eles
estavam juntos.
Raff estava certo. Ela precisava parar de pensar demais em tudo. Sua avó a
incentivaria a dar um salto de fé. Isso foi o que ela fez quando se casou com um
homem que sonhava em aproveitar o poder do sol.
— Sim.
Ele se inclinou para mais perto, seus lábios quase roçando os dela. — Sim
para uma cerimônia de vínculo e me aceitar?
Ela assentiu. — Estou com medo, não tenho ideia de como será, mas sim.
Ele a beijou e ela fechou os olhos, amando o jeito como a fazia se sentir.
Sexy, desejável e extremamente excitada. Ele moveu seu corpo sobre o dela,
levantando a camisa que usava. Ela se mexeu, ajudando-o a tirá-la. Ele recuou e
passou o olhar dourado por seu corpo.
— Você é minha, Lilly. Eu irei engravidá-la. Nós teremos quantos jovens
você quiser.
Ele queria filhos. Era importante para ela. Raff era o certo. Ele podia ser um
alienígena, esta poderia não ser a vida que imaginou ter, mas não importava.
Apenas ele importava.
Ele a deitou na cama, sua boca indo para os seios. Ela o sentiu chutar alguma
coisa e os pratos da refeição bateram no chão enquanto ele se abaixava um
pouco. Ela riu.
Raff estava certo. Estar com ele era fácil. Foi por pensar demais que ela
estragou tudo. Não havia sentido em se preocupar com os se. Era mais sobre se
concentrar no aqui e agora. Essa era uma filosofia que ela poderia se adaptar e
viver.
Raff amava o gosto de sua humana. A pele de Lilly era tão doce quanto sua
personalidade. O mamilo que ele provocou ficou tenso quando o soltou e
suavemente soprou a respiração na ponta. O cheiro de sua excitação provocou
seu nariz enquanto ele passava a mão por sua barriga macia até entre suas
pernas. Ela abriu as pernas para ele e ele traçou a fenda de seu sexo,
encontrando-a molhada. Os sons que ela fazia o excitavam ainda mais. Sua Lilly
gostava de seu toque.
Ele se moveu para baixo, abriu suas coxas mais e começou a se alimentar
dela. Ele poderia não precisar de hormônios femininos como seus irmãos
tryleskianos, mas ela o saciava. Era quase como tomar a bebida mais cara de
Cathian, que ele experimentou durante reuniões importantes. Apenas que Lilly
tinha um sabor melhor.
Seus dedos cravaram em seu cabelo e ele quase sorriu. Ela tinha mãos
pequenas, mas unhas afiadas e ele amava a forma como tocava seu couro
cabeludo. Estava feliz. Tudo nela era bom. O pequeno broto no topo de sua
fenda inchou e ele chupou, seus gemidos ficando mais altos.
Divertia-o a forma como ela sempre tentava pressionar as coxas juntas antes
de gozar. Ele as segurou e rosnou, sabendo que ela amava as vibrações. Então
o fez. Sua Lilly gritou seu nome e puxou seu cabelo. Ele afastou a boca e baixou
mais, lambendo sua fenda. Não conseguia o suficiente do gosto dela.
Levantou-se sobre seu corpo. A cabeça de Lilly se inclinou para trás e ela
soltou seu cabelo para passar as mãos pelos lados de seus braços. Seus olhos
estavam fechados, a boca entreaberta quando tentava recuperar o fôlego. Ele
sorriu agarrando seu pau. Empurrou dentro dela, soltou-se e usou os braços
para segurar a maior parte do seu peso. Era uma preocupação esmagar sua
pequena fêmea. Ela pesava metade dele.
Seus olhos se abriram e ela gemeu quando ele penetrou seu eixo dentro de
seu corpo quente e apertado. Amava o jeito como ela se sentia. Suas mãos se
moveram e ela agarrou seus ombros. Suas pernas se levantaram, abraçaram sua
cintura e o envolveram.
Ele começou a empurrar seus quadris, apertando-os contra ela, enquanto
observava seu rosto. Ela era linda em sua paixão. Ajustou seus quadris,
descobrindo o que ela mais gostava. Os sons que fazia o ajudavam a descobrir.
Logo sua buceta apertou seu pau e ela jogou a cabeça para trás, o nome dele em
seus lábios. Ele seguiu em uma explosão de êxtase, dando-lhe sua semente.
Rolou para longe dela, levando-a com ele, para evitar esmagar seu corpo
menor. Era bom tê-la em seus braços. E não pode deixar de sorrir.
Pods, preparem a cerimônia pela manhã. Algo que uma humana gostaria. Peçam
conselhos a Nara, Mari e Sara.
Ele checaria mais tarde se eles ouviram seus pensamentos. Lilly seria sua
para sempre.
Lilly estava nervosa quando Raff a posicionou na ponte vazia, onde tinha
certeza de que estava a cadeira do Capitão. Ele caminhou até um dos consoles
ao lado, curvou-se e começou a trabalhar. Seu olhar foi para a enorme tela de
visualização. Depois que ela conversasse com sua família, Raff a levaria para o
café da manhã para conhecer a equipe.
Era prestativo de sua parte. Ela estava preocupada sobre como sua família
reagiria ao ver um alienígena. —Você ficará por perto? Eu gostaria que eles o
conhecessem assim que eu contar tudo a eles.
— Manterei a porta aberta. Vire-se e acene para mim quando estiver pronta.
Ficarei longe o suficiente para não ouvir sua conversa. Eu respeito que queira
privacidade para isso.
— Obrigada por isso, Raff. Diga a seu primo que aprecio isso. — Raff
conseguiu a permissão de Cathian para ela fazer a ligação de longa distância. Ele
até esvaziou a ponte.
A tela passou de mostrar o espaço sideral para uma sala iluminada e uma
mulher de cabelos grisalhos usando óculos e olhando para a câmera. — Olá? —
Ela olhou para longe. — Querida, essa maldita coisa está agindo novamente.
Estava tocando e atendi, mas está tudo estático.
— Estou viva. — Ela lutou para segurar suas próprias lágrimas. — Como
vocês estão? Como estão meus pais?
Seu avô virou a cabeça. — Ryan! Dana! Entre aqui. É Lilly! Ela está viva!
Seus avós a encararam e então seus pais apareceram atrás deles. Sua mãe
explodiu em soluços e seu pai se agarrou a ela. — Querida, é você. Eles disseram
que a nave havia explodido e que todas as pessoas a bordo tinham morrido.
Lilly sentiu o peito apertar. — Não. Leia o que escrevi e você entenderá.
Enviarei as cartas e depois vou me casar. Espere um vídeo. Eu queria que
pudessem estar aqui, mas estou feliz. — Ela olhou para sua avó. — Eu dei um
salto de fé, vovô. — Seu olhar fixo em seu avô. — Os beijos de Raff fazem
tudo melhor, vovô. — Finalmente, ela olhou para seus pais. Doía vê-los tão
chateados. — Eu amo muito vocês. Ficará tudo bem. Eu prometo. — Ela se
virou em seu assento e viu Raff parado no corredor, observando-a do lado de
fora da porta.
— Juro que morrerei antes de permitir que algo aconteça com Lilly. Ela é
meu coração.
Ele sorriu para ela. — Sua família é importante para você. Isso os torna
importantes para mim.
— Ele parece que pode protegê-la. — Murmurou seu avô. — Olhe para
aqueles músculos nele. É um homem grande.
Seu pai limpou a garganta. — Quando você voltará para Terra? Queremos
vê-los.
Raff ficou parado, olhando para a tela. — Eu adoraria levar Lilly, mas é
muito perigoso. Sua Terra não está contando tudo a vocês. Estão vendendo
suas mulheres para serem escravas de alienígenas.
Ela viu as bocas de sua família se moverem, mas o som não saiu. Ela colocou
a mão nos lábios e soprou-lhes um beijo. Seu avô levantou a mão, abriu-a e
fingiu pegá-la. Ao corte da comunicação o espaço apareceu na tela mais uma
vez.
Raff colocou o braço ao redor dela. — Eu sabia que não duraria muito. Sinto
muito.
Ele esfregou suas costas e deu um beijo em sua testa. — Enviei as cartas
com a transmissão. Elas chegaram à sua família com a transmissão ao vivo. Nós
nos comunicaremos novamente em breve.
Ela riu. Raff tinha uma maneira de fazer isso quando ela estava se sentindo
triste.
— Por quê?
Alguns deles eram muito estranhos, mas ele a preparou para os Pods. Não
era todo dia que ela conseguia ver alienígenas que se pareciam com ovos. Um
homem grande com muitos músculos e azul. O outro macho alienígena parecia
um pouco assustador, mesmo em sua pele e Raff avisou que às vezes ele ficava
pior desde que era um metamorfo. Parte dela estava animada para ver os dois
lados dele. Sua atenção voltou-se para as mulheres.
Era bom ver três humanas depois de tantos alienígenas no planeta. Isso a
fez se sentir menos fora do lugar. Uma delas deu um pulo e se aproximou deles
rapidamente. Ela sabia que era Nara desde que estava sentada no colo de um
homem que se parecia com Raff.
Raff a soltou e ela quase foi engolida em um abraço de urso. Ela apertou
Nara de volta. Mais duas humanas se aproximaram dela. Raff descreveu a
aparência das mulheres, assim como as coisas que sabia sobre elas. Mari deu-lhe
um sorriso e um aceno. Sara também a abraçou.
As duas mulheres restantes ficaram para trás. A cozinheira era uma pequena
alienígena e extremamente antissocial. A mulher mais alta com a pele felpuda a
estudava com uma expressão séria, mas não era hostil. Estas era a equipe de
Raff e as pessoas com quem ela viveria.
Ele ficou perto, pronto para ajudá-la se isso mudasse. Sua tripulação podia
ser intrometida. Orgulho apertou seu peito ao ver como ela corajosamente
conversava, apesar de seu medo de não fazer amigos.
Lilly se virou para a piloto e sorriu. — Ele conversa até minha orelha cair e
nunca se cala.
A sala inteira ficou quieta, todos os olhares fixos nele. Raff encolheu os
ombros. — Eu gosto de conversar com Lilly.
Raff estreitou o olhar para o macho e tocou a lâmina presa na coxa. York
deu outro passo para trás. Raff riu de repente. — Lilly é meu coração.
York levantou a manga para mostrar uma leve cicatriz. — Ele faria. Este foi
um aviso quando eu tentei fazê-lo cantar comigo. Fiquei feliz por ele não ter ido
para órgãos vitais.
Raff encolheu os ombros. — Foi apenas um aviso de que ele estava sendo
chato. Tentou colocar o braço em volta dos meus ombros. Eu não gosto de
ninguém me tocando.
— Você gosta quando o faço. — Lilly piscou para ele. — Eu posso aceitar
que você esfaqueie pessoas que o tocam. Especialmente se for uma mulher. Eu
sou do tipo ciumenta.
— Eu também.
Dovis rosnou. — Ele terá ajuda se eles olharem para minha Mari também.
— Sim, ele terá. — Concordou York. — Nós temos que proteger nossas
lindas companheiras.
Cathian apenas riu. — Acho que teremos todas as nossas celebrações na
Vorge a partir de agora. Será muito mais seguro para outras raças dessa maneira.
Lilly pareceu surpresa e sua boca se abriu, mas nenhuma palavra saiu.
Raff falou por ela. — Obrigado. — Ele olhou para sua tripulação. —
Apreciamos que tenham preparado uma cerimônia de casamento para nós em
tão curto prazo.
Raff olhou para a cozinheira e ela entrou correndo na cozinha. Lilly puxou
sua mão e ele encontrou seu olhar. Sua sobrancelha se arqueou em dúvida.
Ele desejou poder negar para ficar melhor na frente da Lilly, mas não era um
mentiroso. — Sim.
Lilly levantou-se. — Ele matou pessoas, mas eram os idiotas que me
roubaram da nave e depois tentaram me transformar em uma prostituta. Acho
que você está sendo injusta. Ele não matou ninguém que não merecia. Estou
aqui porque ele me salvou. Posso não conhecer Raff como todos vocês, mas ele
é um homem incrivelmente doce e atencioso. Cuidadoso e maravilhoso. Está
fazendo ele parecer um psicopata que mata as pessoas por diversão. Isso não é
verdade!
Ele sorriu, feliz por ela ter o defendido e a agarrou pela cintura, puxando-a
para o colo dele enquanto se sentava. — Essa é minha fêmea. Defendendo-me
ferozmente.
Ele lançou lhe um olhar de advertência. Ela não falou alto o suficiente para
as humanas ouvirem. A última coisa que precisava era que Lilly questionasse sua
escolha de se relacionar com ele. Marrow deu-lhe um leve aceno de cabeça,
fechando os lábios.
Ele manteve Lilly no lugar quando ela tentou fugir dele para comer. — Eu
gosto de você aqui.
Ela sorriu para ele. — Parece ser um traço familiar. — Ela olhou para seu
primo e Nara.
— Deve ser um traço tryleskiano ter nossas fêmeas no nosso colo. — Ele
abaixou a voz, colocando os lábios perto de sua orelha. — Como se alimentar.
Eu queria que você estivesse sobre esta mesa para eu me deliciar.
— Estou muito feliz. — Declarou York em voz alta. — Olhe para nós.
Nossa família está crescendo. Ele olhou para Sara. — Diga a eles.
Sara olhou para todos e um sorriso se espalhou pelo rosto dela. — Nós
estamos grávidos!
Marrow os abraçou, mas então percebeu que ela saiu do refeitório. Ele
entendia. Era difícil ver tantos casais quando se estava sozinho. Ele esteve lá.
Lilly o salvou disso. Segurou-a um pouco mais apertado. Ela era seu coração.
Raff estava preocupado enquanto esperava na ponte que Lilly fosse trazida
para ele. Ela deixou sua cabine com as outras mulheres uma hora antes para se
preparar para a cerimônia. Era um costume humano não ver a noiva antes do
casamento.
— Pare de acariciar essa faca que você amarrou na sua coxa. — Ordenou
Cathian. — Parece que você está pronto para matar, apesar ter apenas uma arma
em vez de dezenas. Elas estarão aqui em breve.
— E se ela mudar de ideia? — Raff sabia que foi uma decisão difícil para
Lilly concordar em se unir a ele. Ele costumava assustar todo mundo,
especialmente as mulheres.
— Ela não irá. — Dovis chamou sua atenção. — Você salvou sua vida e é
diferente com ela. Mais suave. As fêmeas apreciam isso.
— Tudo bem. Estou surpreso também. Nunca vi isso acontecer, mas soube
no momento em que vi a Lilly, que ela era minha. — Raff passou a mão pela
frente do uniforme que raramente usava. — Puro instinto.
— Deve ser. — Acrescentou Midgel. — Eu não sei por que alguém iria
querer um companheiro se não fosse assim.
As portas se abriram e ele viu quando Mari entrou primeiro, seguida por
Sara e finalmente sua Lilly sendo escoltada por Nara. Essa era outra tradição
humana. Um membro da família costumava levar a noiva até onde o noivo
esperava. Ele perdeu a capacidade de respirar enquanto olhava para sua fêmea.
Lilly sempre foi bonita para ele, mas elas fizeram algo diferente com seu
cabelo negro. Algumas mechas estavam acima de sua cabeça, enquanto longos
cachos enrolados caiam por seus ombros. O vestido branco moldava sua figura,
acentuando cada curva. Seu sorriso era radiante. Umidade inundou seus olhos
e ele precisou piscar rapidamente para limpar sua visão. Não podia acreditar que
ela era realmente dele. Era boa demais, doce demais para ele. Não que quisesse
algo diferente.
Ela riu e saiu do aperto de Nara, correndo para frente. Ele se moveu para
encontrá-la, segurando seus quadris. Eles olharam nos olhos um do outro.
Apenas queria jogá-la sobre o ombro e levá-la para a cabine e tirar sua roupa.
— Sim. — Ele olhou para ela quando respondeu. — Desafio alguém tentar
tirá-la de mim.
York riu. — Para garantir que nada mais aconteça com você.
Lilly pegou o pacote. — É tão leve! — Ela sorriu para ele. — Você me
comprou uma armadura? Eu amei. Obrigada.
Ele sorriu e colocou a mão no bolso, retirando uma pequena aliança de ouro.
Ele ficou de joelhos na frente dela. — Isso não é tudo. Dê-me sua mão
esquerda.
Ela segurou o pacote e o pressionou no peito. Ele notou que ela tremia um
pouco. Segurou sua mão e colocou a aliança no dedo correto. Ele pediu
conselhos a Nara antes quando mandou fazer uma cópia. Ele olhou para ela. —
Eu quero lhe dar tudo.
Seu primo assentiu. — Com toda a minha autoridade, eu uno vocês dois em
casamento e declaro que vocês estão unidos por toda a sua vida. Pode
reivindicar sua fêmea.
Raff a pegou e girou, saindo da sala com ela em seus braços. — Obrigado!
Lilly envolveu seus braços ao redor de seu pescoço e ele sentiu o pacote em
sua mão contra suas costas. — Onde estamos indo?
— Haverá muitos beijos, mas não na frente de todos os outros. Isso significa
que teríamos que parar quando começássemos. Não está acontecendo.
Ele aumentou seu ritmo, querendo levá-la para sua cabine mais rápido. Os
planos incluíam uma refeição especial para compartilharem e mais alguns
presentes. Lilly precisava de muito mais roupas e ele pediu para as outras
mulheres que replicassem algumas. Elas estavam esperando por Lilly para
desembrulha-las. As fêmeas adoravam presentes. Ele iria garantir que Lilly
nunca se arrependesse de tê-lo escolhido.
Marrow entrou na nave e selou as portas. Era seu lugar para escapar da
tripulação e tinha seu próprio sistema de comunicação de longo alcance. Seria
embaraçoso se ela fosse pega conversando com possíveis parceiros no escritório
de Cathian ou na ponte.
Raff encontrou uma companheira. Raff. Ela ainda não podia acreditar. Ele
era o homem menos amigável que já conheceu. Nunca pensou em ir para a cama
com ele. Sua personalidade dava-lhe pesadelos. Até que ela o viu amolecer pela
humana, tinha certeza que ele apenas se excitava matando ou tocando suas
preciosas armas. — Raff. — Ela balançou a cabeça.
— Sem chance.
Ela foi até a próxima mensagem e leu. Este parecia interessante até ela chegar
à sua imagem. Estremeceu. Ele tinha duas cabeças, oito olhos e um metro de
altura. Excluiu esse.
O próximo a fez se inclinar para frente. Ele era um tryleskiano. Ela sorriu.
Eles eram maiores que ela, ficavam com apenas uma fêmea e ela não se
importava com uma pequena cirurgia para unir suas vidas. No campo referente
a carreira constava como fornecedor de bens comerciais e que ele viajava com
frequência. Ele estava procurando por uma mulher que não se importasse de
viver em uma nave. Essa era ela! Excitação aumentou. Ela clicou em sua imagem
e ofegou. Era um rosto que ela conhecia.
Raiva veio em seguida. A informação que ela leu era uma mentira. Jorgan
Reek roubou essa imagem e deveria ser uma fraude. Ele não era o irmão de
ninhada de seu Capitão. Ela tocou na informação de contato, pronta para
ameaçá-lo de morte. A tela na frente dela desceu e se conectou. Não foi
respondida imediatamente, mas então um rosto apareceu.
Ele sorriu. — Já estava na hora. Você não checa suas mensagens, Marrow?
Como encontrará um companheiro se ignora os machos que se aproximam de
você?
— Jorgan Reek?
Ela ficou chocada. Ela e Cavas não se davam bem. Ele estava no exército e
tinha uma personalidade muito controladora. Ela deixou seu mundo natal para
evitar machos como ele. — Você quer se acasalar comigo? — Ela curvou o
lábio para mostrar seu descontentamento com a ideia.
Ele olhou para o lado por um segundo, depois encontrou seu olhar. — Vou
interceptar a Vorge em cerca de seis horas, se você não mudar de rumo. Deixei
esta mensagem para você ontem. Realmente deveria verificá-las com mais
frequência. Fiquei preocupado que não respondesse a tempo.
Marrow ofegou, atordoada. — Mas Crath é seu filho. Você, Cathian e Crath
são da mesma primeira ninhada que sua mãe teve dele. Isso faz com que vocês
três sejam especiais e importantes em sua família.
— Nunca pense que Beltsen Vellar não sacrificará a família. Pergunte a Raff.
Cavas hesitou.
— Disse que confiava em mim. Diga-me o que seu pai mandou você fazer.
Seus olhos dourados brilharam com raiva. — Matar Raff depois que
conseguir alguns documentos que ele tem contra nossa família.
Marrow ofegou. — Eu não o deixarei matar Raff. Ele tem provas de que seu
pai contratou assassinos para vir atrás dele e de sua mãe quando era menino.
— Eu nunca faria isso. Por isso meu pai fez algo com meu irmão mais jovem
de ninhada. Eu recusei! Preciso da ajuda de Cathian para encontrar Crath ou
talvez nunca o recuperaremos.
— O quê?
— Quando eu atracar, quero que você pegue a nave na qual estou e voe até
a Estação Rave para buscá-lo e use-o para viajar para longe da Vorge. Eles
pensarão que sou eu. Faça as malas, Marrow. Você está prestes a tirar férias.
Sua boca se abriu, mas ela se recuperou. — Eu não posso fazer isso.
Precisam de mim aqui. Alguns da tripulação podem pilotar uma nave, mas não
tão bem quanto eu.
— Como se meu irmão perdesse alguém de sua tripulação. Seu trabalho está
seguro. Ele ganhará um bônus uma vez que isso acabar.
— Eu, Marrow. Eu me demiti das forças armadas quando meu pai me pediu
para matar meu primo. — A raiva brilhou em seus olhos dourados novamente.
— Haverá mais um Tryleskian adicionado à sua equipe. — Ele piscou. — Eu a
vejo em breve.
Ela olhou para a tela escura quando ele cortou a comunicação e suspirou.
Não tinha certeza se alguém na Vorge ficaria feliz quando soubessem que Cavas
estava prestes a se juntar a eles. Ela se levantou, desligando o comunicador e
deixou a nave. Precisava desligar os sistemas e arrumar suas coisas.