Bactérias Patogênicas
Bactérias Patogênicas
Bactérias Patogênicas
Vários gêneros de bactérias patogênicas são de importância particular para o homem. Espécies
do gênero Streptococcus estão associadas com a escarlatina, febre reumática e outras infecções.
A bactéria da escarlatina produz seus sintomas e toxinas fatais somente se ela estiver infectada
com o bacteriófago apropriado. O gênero Staphylococcus é um dos principais responsáveis pela
infecções hospitalares.
A síndrome do choque tóxico é causada por algumas linhagens de Staphylococcus aureus. Esta
doença caracteriza-se por febre, erupções cutâneas, que aparecem primeiro nas palmas das mãos
e nas solas dos pés e depois espalham-se para outras partes do corpo, e queda brusca de pressão.
Aproximadamente 85% dos casos de síndrome do choque tóxico registrados nos Estados Unidos
ocorreram em mulheres menstruadas, que estavam usando absorventes internos na época em que
apareceram os sintomas. No entanto, homens e mulheres podem contrair esta doença.
Muitas doenças bacterianas são dispersas pelo alimento ou água, como por exemplo a disenteria
bacilar, e as febres tifóide e paratifóide. A disenteria bacilar é causada por algumas espécies do
gênero Shigella. As febres tifóide e paratifóide são doenças intestinais infecciosas agudas
causadas pelas bactérias Salmonella typhi e Salmonella enteridis, respectivamente.
A bactéria Brucella abortus causa a doença chamada brucelose, também conhecida como febre
ondulante, no homem, e aborto contagioso, no gado. O contágio se dá através da ingestão de leite
oriundo de gado contaminado. Como as bactérias são destruídas pelo processo de pateurização
do leite, esta doença está se tornando rara.
O cólera é uma gastroenterite causada pela bactéria Vibrio cholerae, que é transmitida pelo
contato com águas ou alimentos contaminados pelas excreções de pacientes ou de portadores
convalescentes. Os sintomas compreendem vômitos e fezes diarréicas profusas (aspecto de água
de arroz), os quais dão lugar a uma severa desidratação, com perdas de eletrólitos e acidose,
muitas vezes fatais.
A legionelose (ou doença dos Legionários) é uma das doenças bacterianas mais recentemente
detectadas, afetando um grande número de pessoas nos Estados Unidos. É causada pela bactéria
Legionella pneumophyla e desenvolve-se como uma forma severa de pneumonia.
Esporos
Algumas bactérias Gram positivas, mas nunca bactérias Gram negativas, como o gênero Bacillus (p. ex.,
Bacillus anthracis) e Clostridium (p. ex., Clostridium tetani ou botulinum) (bactérias do solo), são
produtoras de esporos. Sob condições ambientais inóspitas, como a privação nutricional, essas bactérias
podem se converter do estado vegetativo para o estado de dormência ou esporo. A localização do
esporo dentro da célula é característica das bactérias e pode ser útil na sua identificação.
O esporo é uma estrutura de múltiplas capas, desidratada que protege e permite que a bactéria exista em
“estado de animação suspenso”. Este contém uma cópia completa do cromossomo, as concentrações
mínimas essenciais de proteínas e ribossomos e uma alta concentração de cálcio ligado a ácido
dipicolínico. O esporo tem 1 membrana interna, 2 camadas de peptidoglicano e 1 revestimento proteico
externo semelhante à queratina. O esporo parece refrator (brilhante) à microscopia. A estrutura do esporo
protege o DNA genômico do calor intenso, radiação, e do ataque por muitas enzimas e agentes
químicos. De fato, os esporos são tão resistentes a fatores ambientais que estes podem existir por séculos
como esporos viáveis. É, também, difícil a descontaminação de esporos com o uso de desinfetantes
padrão.
Desenvolvimento da quimioterapia
O primeiro antibiótico foi descoberto acidentalmente por Alexandre fleming em 1928 em cultura molde.
Os primeiros antibióticos eram extraídos de bolores e fungos, mas actualmente podem ser obtidos
directamente por síntese química.
As principais fontes de antibióticos usados hoje em clínica são produtos naturais: fungos (Penicillium
produtor de Penicilina) ou bactérias. No entanto, há já alguns anos, existem antibióticos totalmente
sintéticos (como as sulfamidas).
Os antibióticos estão indicados em diversas patologias, todas elas tem em comum o fato de serem
causadas por microrganismos. Podemos citar a pneumonia, infecção urinária, amigdalite, meningite e
tuberculose, só para ficar nos mais comuns.
Antimicrobiano é um termo genérico que pretende englobar todas as substâncias químicas com actividade
sobre os diferentes microrganismos: antibióticos ou antibacterianos (quando actuam em bactérias).
Os antibióticos mais comuns e mais antigos são do grupo da penicilina, descoberta em 1928, mas só
usada com sucesso em humanos em 1942. Hoje existem várias classes de antibióticos, com características
diferentes que as tornam mais ou menos eficientes, dependendo da bactéria que está causando a infecção.
Não existe um antibiótico que cubra todas as bactérias. Por isso, existem várias classes desta droga. De
acordo com a bactéria responsável pela infecção, nós médicos escolhemos um tipo de antibiótico mais
indicado.
Os antibióticos são prescritos para o tratamento de doenças causadas por bactérias e não para as causadas
por vírus. A gripe é causada por vírus e não por bactérias. Portanto, não devem ser tomados antibióticos
em casos de gripe. Quando usados com precaução os antibióticos são uma ferramenta importante a nível
médico para impedir ou tratar doenças infecciosas. Assim, o seu uso está indicado apenas em infecções
diagnosticadas como bacterianas e seguindo rigorosamente as indicações da prescrição médica.
Os antibióticos poderão ter uma actividade “bactericida” se matam as bactérias ou uma actividade
“bacteriostática” se apenas inibem a multiplicação e o crescimento bacteriano. Neste último caso, o
hospedeiro infectado tem tempo para activar a sua resposta imunitária e eliminar o agente infeccioso,
enquanto que em casos de doentes com sistemas imunitários debilitados e incapazes de destruir o agente
bacteriano são preferencialmente utilizados os antibióticos com acção bactericida.
Em qualquer dos casos, os antibióticos actuam atacando a parede bacteriana, a membrana celular ou
outros constituintes bacterianos necessários para a vida e reprodução bacteriana.
Os antibióticos são usados em medicina humana e veterinária para tratar doenças causadas por bactérias
e, nalguns casos, para prevenir infecções bacterianas (por exemplo: antes de intervenções cirúrgicas).
Tipos de antibióticos
Das substâncias 100 mais antibiótico produzido naturalmente ou sinteticamente, muito poucos têm sido
provada segura e eficaz. Os tipos de antibióticos comumente utilizados são:
Penicilinas
Cefalosporinas
Aminoglicosídeos
Macrolídeos
Sulfonamidas
Fluoroquinolonas
Tetraciclinas
Polipeptídeos
Penicilinas: Penicilinas é um antibiótico que destrói as paredes celulares das bactérias , enquanto eles
estão no processo de reprodução. Penicilinas é um grupo de agentes bactericidas que compreende a
penicilina G, penicilina V, ampicilina, ticarcilina, cloxacilina, oxacilina, amoxicilina e nafcilina. As
pessoas podem ser alérgicas à penicilina, ou pode até mesmo desenvolver rash ou febre, devido à
hipersensibilidade para o antibiótico. Muitas vezes, penicilinas são administrado em combinação com
vários outros tipos de antibióticos.
Cefalosporinas: Este grupo engloba antibiótico agentes bactericidas, como cefadroxil, cefapirina,
cephradine, cefazolina, cefalexina e cefalotina. Cefalosporinas, como as penicilinas, interfere com a
formação da parede celular das bactérias durante a reprodução. Em casos, onde as pessoas são sensíveis
às penicilinas, cefalosporinas estes são administrados. No entanto, na maioria dos casos, quando se é
alérgico à penicilina, em seguida, um é alérgico a cefalosporinas também. Erupções cutâneas e febre são
os efeitos secundários adversos destes antibióticos. O sódio, cefalosporina cefotaxima, é administrado a
pessoas com infecções graves nos ossos após a cirurgia.
Macrolídeos: Estes antibióticos, assim como os outros tipos de antibióticos, interfere com a formação de
proteínas de bactérias invasoras. Estes são normalmente dministrados para tratar pacientes que são
altamente sensíveis para a penicilina. Macrolídeos abranger azitromicina, claritromicina e eritromicina.
Tetraciclinas e Polipeptídeos: As tetraciclinas são antibióticos utilizados para tratar infecções oculares
diversos e compreendem tetraciclina, doxiciclina e minociclina. Por outro lado, polipeptídeos
compreendem bacitracina, polimixina B e colistina. Polipeptídeos são bastante tóxicos, portanto,
utilizados principalmente na superfície da pele apenas.
Os médicos prescrevem antibióticos com base no tipo de infecção ocorrendo. O agente mais eficaz
antibacteriano será então prescritos. Casos, em que o agente causador não é conhecido, uma cultura da
infecção é enviado para a identificação das bactérias invasoras. Depois de identificar o organismo
causador, o médico verifica a sensibilidade do paciente aos antibióticos e escolhe cuidadosamente a partir
de vários tipos de antibióticos. Eficácia do tratamento depende de quão bem a droga é absorvida pela
corrente sanguínea, quanta droga entra na fluidos corporais e de quão rápido o corpo elimina a
droga. Além disso, a escolha de um antibiótico depende também de seus efeitos colaterais, reações
alérgicas e do custo do medicamento.
A resistência aos antibióticos ocorre quando estes perdem a capacidade de controlar o crescimento ou
morte bacteriana; ou seja, é a forma que as bactérias encontram para neutralizar o efeito do antibiótico.
Assim, uma bactéria é considerada resistente a determinado antibiótico quando continua a multiplicar-se
na presença de níveis terapêuticos desse antibiótico.
Há bactérias que são naturalmente resistentes aos antibióticos, pois adaptaram-se para sobreviver na sua
presença, desenvolvendo os mecanismos necessários para tal.
Os mecanismos de resistência são hereditários, isto é, uma bactéria transmite à sua descendência a
resistência aos antibióticos; mas pode ainda transmiti-lo às bactérias circundantes que coabitam com a
bactéria resistente. É desta forma que as bactérias que vivem no corpo humano sem nos causar problemas
(comensais) se tornam resistentes.
Um problema que existe é que os antibióticos não diferenciam entre as bactérias que coabitam connosco
(comensais) e as bactérias agressivas (as patogénicas, que causam as infecções).
As bactérias patogénicas podem já ser resistentes aos antibióticos quando entram no nosso organismo.
Como as bactérias comensais não podem defender-se, quando tomamos inutilmente um antibiótico este
pode eliminá-las, embora sejam necessárias ao nosso organismo.
A resistência pode surgir por aquisição de mutações espontâneas (devido à modificação da informação
genética "endógena") ou por aquisição de material genético de outras bactérias (“exógeno").
A resistência que aparece após a introdução de um agente antimicrobiano no meio ambiente normalmente
resulta de um processo seletivo, ou seja, o antibiótio seleciona em favor das linhagens que possuem o
gene de resistência. A resistência pode se desenvolver em uma única etapa ou pode resultar do acúmulo
de mutações múltiplas.
Mecanismos de Resistência