Manual 01 Operacoes Com Embarcacoes de Resgate Final
Manual 01 Operacoes Com Embarcacoes de Resgate Final
Manual 01 Operacoes Com Embarcacoes de Resgate Final
1
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CBMERJ, 2019.
ISBN 978-85-68512-02-9
CDD 341.86388
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
AUTORES
MOPBM 4 -001
Rio de Janeiro
2019
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
REALIZAÇÃO
ESTADO-MAIOR GERAL
COORDENAÇÃO
TENENTE-CORONEL BM ALEXANDRE LEMOS CARNEIRO
MAJOR BM EULER LUCENA TAVARES LIMA
MAJOR BM FÁBIO LUIZ FIGUEIRA DE ABREU CONTREIRAS
CAPITÃO BM RAFAELA CONTI ANTUNES NUNES
CAPITÃO BM DIEGO SAPUCAIA COSTA DE OLIVEIRA
COLABORADORES
TENENTE-CORONEL BM RENAN ALVES DE OLIVEIRA
TENENTE-CORONEL BM RICARDO GOMES PAULA
TENENTE-CORONEL BM PAULO NUNES COSTA FILHO
TENENTE-CORONEL BM FELIPE DO VALLE PUELL
MAJOR BM JOSIANE DOS SANTOS DE MELO
REVISORES
CAPITÃO BM ARMANDO AUGUSTO DA CRUZ JUNIOR
1º TENENTE BM FELIPE DE OLIVEIRA KOETTKER
CABO BM THIAGO PIRES HENRIQUES
PROJETO GRÁFICO
1º TENENTE BM DJALMA DE FIGUEIREDO JUNIOR
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SUMÁRIO
SUMÁRIO.................................................................................................................... 6
OBJETIVO................................................................................................................... 9
FINALIDADE ............................................................................................................. 10
......................................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19
......................................................................................................................................
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......................................................................................................................................
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OBJETIVO
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FINALIDADE
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a. Bibliografia:
BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é fácil. 11 ed. Rio de Janeiro:
Marítima, 2001. BRASIL. Marinha do Brasil. Centro de Adestramento
Almirante Marques de Leão. Manual de Combate a Incêndio. Rio de Janeiro,
1999.
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MIRANDA, Geraldo Luiz. Navegar é Fácil. 12. ed. Rio de Janeiro: Catedral da
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Letras, 2006.
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E-BOAT.Diponível em http://www.eboat.com.br/nautica/motorparagon.asp.
Acessado me 01 de ago de 2018
http://www.melhordapesca.com.br/index.php/artigos/embarcacoes-
nautica/124-manutencao-motor-popa-baixa-potencia. Acessado em 01 de ago
de 2018.
http://download.brunswick-
marine.com/filereader/file/pdf/4/ptpt/outboard/2001/seapro%20-
%20marathon/10188h10.pdf
http://allboats.com.br/sites/default/files/rlesta_site_0.pdf.
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DEFINIÇÕES E CONCEITOS
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1 INTRODUÇÃO
2 LEGISLAÇÃO AQUAVIÁRIA
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2.3 R-LESTA
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2.6 Habilitação
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3 FLUTUABILIDADE
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linha d'água
.
Figura 7. Atuação das forças na embarcação
Fonte: www.mar.mil.gov.br
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4 COMBATE A INCÊNDIO
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5 NOÇÕES DE COMUNICAÇÃO
A comunicação dos operadores (via rádio) deverá ser feita com a embarcação
devidamente parada, afastada dos banhistas, por rádios portáteis, telefone celular
ou outros meios adequados ao serviço. São equipamentos de comunicação do
operador/socorrista: apito, Rádio VHF portátil, telefone celular
Contudo, CBMERJ utiliza rádios de comunicações ponto-a-pontos (figura 10),
contudo, é importante, além da bandoleira, a amarração em um objeto que flutue e
fique preso ao colete salva-vidas.
É necessário que o operador fique com um rádio em contato direto com a
SsCO e/ou guarda-vidas da praia, para possíveis ações com o menor tempo-
resposta.
Os equipamentos de comunicações, exceto o apito, possuem os manuais de
operações, que orientam o usuário para a perfeita utilização. Considerando que o
operador constantemente está em conta com a água, algumas recomendações, tais
como, evitar molhar o aparelho, mesmo sendo a prova e/ou resistente a água.
Alguns possuem mecanismos de flutuação, porém, é recomendável que se amarre
algum objeto flutuante no cadarço, tais como, pedaço de isopor, E.V.A, etc.
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7 O SERVIÇO DO OPERADOR
LIDERANÇA
SOCIABILIDADE
Qualidade sociável apresentada pelo militar de forma natural, além da
capacidade de se relacionar cordialmente e respeitosamente com seus pares,
superiores e subalternos hierarquicamente. Os seres humanos, por sua natureza,
são seres sociáveis, de alguma forma todos, mesmo os mais reservados,
necessitam em algum momento relacionar com outros.
EXERCÍCIO DA AUTORIDADE
AUTOCONFIANÇA
CONDICIONAMENTO TECNICO
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8 O EQUIPAMENTO DO OPERADOR
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refletem na água.);
g. Protetor solar (minimiza o efeito do sol sobre a pele.);
h. Protetor labial;
i. Pocket mask (auxilia na ventilação mecânica da vítima)
j. Sapatilha/bota de neoprene (evita o escape dos pés nas embarcações (finca
pé), em caso de necessidade de desembarque evita o contato direto com pedras e
corais, também auxilia na manutenção da temperatura corporal evitando perda da
mesma pelas extremidades.) e luvas (facilita no manejo das embarcações, evitando
escapar a mão, também evita a perda de calor corporal pelas extremidades do
corpo.) são opcionais
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realizada pela CER. Nesse caso, cada comandante da OBM que possuir ER, poderá
requerer junto à CER instruções previamente marcada a fim de capacitar o militar
para o serviço de socorrista. Contudo, o militar que não tiver o COER não poderá
operar a embarcação de resgate.
Os OER em deslocamentos ao local de evento de salvamento no mar,
patrulha, prevenção, busca e apoio às atividades de mergulhos, deverão atentar
quanto à segurança dos banhistas, mantendo a devida distância de segurança.
No atendimento aos eventos, os OER das embarcações de resgate devem
observar os procedimentos operacionais relativos às atividades desempenhadas.
OBS: No início e término do serviço o operador deverá cumprir o estabelecido
no check list de operação da respectiva ER, sendo que qualquer alteração no
equipamento (casco, motor, acessórios, partes pneumáticas, etc.), deverá ser
informada ao supervisor de praia/oficial-de-dia assim como a respectiva seção
operacional da sua respectiva OBM.
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Sempre que for acionado para apoio ou socorro, o OER deverá agir com
presteza e prudência, observando com máxima atenção e cuidado a segurança dos
banhistas, dos guarda-vidas da praia e evitando colisões com outras embarcações.
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ABASTECIMENTO
Normatização de procedimentos de abastecimento:
a. BIR – Por ser dotado de motor de popa 2 tempos faz-se necessário o
abastecimento de combustível misturado com óleo lubrificante para motores náuticos
2 tempos TCW3 na proporção de 50 litros de gasolina para 1 litro de óleo 50:1.
b. AMA – Dotada de motor com injeção eletrônica de 4 tempos utiliza gasolina
comum ou aditivada.
MANUTENÇÃO
Caberá a cada OBM que possuir ER, através do chefe da seção de
operações a coordenação e fiscalização e planejamento das ações de manutenção
preventiva e corretiva. O anexo 13 apresenta os procedimentos de manutenção dos
diversos escalões (BRASIL, 2000).
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10 SEGURANÇA NA NAVEGAÇÃO
20m
30m
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Distância à Frente
A distância a ser respeitada em relação a qualquer banhista ou embarcação à
frente é de 20 metros, quando em baixa velocidade. Em média ou alta velocidade,
esta distância deve aumentar para 40 metros (figura 21) e 50m com a AMA (figura
22). Isto dará ao Operador um espaço suficiente para desviar de sua rota com
segurança, em caso de necessidade.
50m
Distância na popa
Com o motor ligado, engatado ou não, o Operador deve respeitar uma
distância entre 10m a 20m na popa, conforme figura 23. Esta distância é válida
quando a embarcação estiver parada, pois se estiver em movimento, prevalecerá a
distância de 20 metros conforme observado anteriormente.
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10m a
20m
Distância Lateral
A distância lateral a ser respeitada quando a embarcação estiver parada é de
6 metros, ou 20 metros quando em movimento (figura 25). Esta distância é válida
quando um tripulante tiver que se comunicar com um banhista, em uma prevenção,
por exemplo, conforme figura 37. No caso da AMA essa distância será de 20m
(figura 26).
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6m a
20m
Figura 25. Distância lateral
Fonte: Os autores
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Casco em "V"
Casco fabricado com fibra de vidro reforçada, e com acabamento em Gel
Coat Isofitálico com NPG (material especialmente desenvolvido para aplicação
Naval, altamente resistente a ação da água exposição ao calor do sol) e Anti UV
(aditivos juntados ao composto de fibra que tem como objetivo proteger contra os
raios ultravioleta, evitando o amarelamento, a perda do brilho e o envelhecimento
precoce). Seu design com ângulo em “V” obedece a modernos conceitos da
engenharia náutica, garantindo excelente hidrodinâmica. Os modelos de casco
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rígido em fibra de vidro são concebidos para que em uma situação de emergência
possam navegar com todas as câmaras murchas (figura 27).
Válvulas de Ar
As válvulas utilizadas permitem inflar e desinflar os barcos com facilidade e
rapidez. Elas possuem adaptação tipo rosca fêmea para acoplagem da mangueira
da bomba de ar, uma tampa para protegê-la de impurezas e um pino central para
desinflar o bote instantaneamente. (figura 28)
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Câmaras de Ar
Os flutuadores são constituídos de câmaras de ar independentes. A
possibilidade de furar todos os compartimentos é quase nula e se isto acontecer,
nunca vai secar todo o ar, permanecendo entre 40 a 50% de sua flutuabilidade,
possibilitando a navegabilidade do barco. (figura 29)
Tecido
No Brasil são utilizados 02 (dois) tipos de materiais, embora existam outros.
1º Tecido de Poliéster Emborrachado com um composto à base de borracha de
Neoprene e Hypalon.
a. Tecido de Poliéster Plastificado com um composto à base de PVC e Borracha
Nitrílica (60% PVC e 40% Borracha).
b. Hypalon, que é um tipo de borracha altamente resistente a intemperes,
ozônio, ao envelhecimento causado principalmente pela poluição dos nossos mares.
Trata-se de um produto mais econômica e quando usado 100% PVC com o passar
do tempo aproximadamente quatro (quatro) a cinco (cinco) anos sofre uma reação
química provocada pela intemperes que extrai do tecido os óleos plastificantes
responsáveis pela flexibilidade do tecido e que provoca o descolamento, onde a cola
fica com aspecto melado.
A figura 30 apresenta as camadas dos tecidos.
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.
Figura 30. Tecido dos flutuadores.
Fonte: os autores
União do tecido
As “emendas” dos tecidos entre si e com o casco podem ser realizadas por
meio de sistema de vulcanização (colagem) ou soldagem eletrônica, que garante
que os flutuadores sejam absolutamente herméticos. Assim, os barcos poderão ser
guardados inflados, sem que murchem, bastando que se complete o ar (figura 31).
Conservação do BIR
a. Lavar sempre com água e sabão neutro do tipo (lava louça, ou sabão de
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Válvula do Flutuador
A válvula tipo HalKe Roberts é confeccionada com plástico de alta resistência,
com vedações de borracha de silicone, com pino central com mola e inox no centro.
Girando para esquerda trava aberto e girando para direita trava fechado.
Dentro do kit de reparos que acompanha todo bote, você encontrará uma
ferramenta parecida com um cachimbo que se encaixa no centro da válvula. Girando
para esquerda, soltará as partes internas da válvula, ficando presa no corpo do bote
somente a base da válvula, podendo fazer a limpeza sem nenhuma dificuldade. Não
é recomendado o bizuntamento com graxa, silicone ou vaselina na sede de
vedação, sobe pena de aumentar ainda mais o vazamento de sua válvula. A figura
32 apresenta esses componentes
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Finca-pés
São alças presas estrategicamente ao assoalho do bote (figura 33).
Normalmente, algumas são dispostas em uma linha longitudinal e outras são
colocadas especificamente para utilização do operador e do socorrista (ou proeiro).
Como o próprio nome diz, servem para que os guarda vidas encaixem seus pés,
evitando que sejam arremessados para fora do bote durante as manobras realizadas
na zona de arrebentação. Elas também facilitam o resgate da vítima, oferecendo
apoio aos movimentos de alavanca do guarda vidas, necessários ao socorro.
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Cabo de Proa
Cabo preso ao anel de proa da embarcação para que o socorrista mantenha-
se seguro durante a operação. Também é usado em caso de pane do motor na zona
de arrebentação (figura 34).
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Cabo de Reboque
Cabo ligando as alças do espelho de popa utilizado para reboque de
pequenas embarcações ou outros objetos (figura 37).
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Alças de Apoio
São alças colocadas estrategicamente nos flutuadores especificamente para
utilização do operador e do socorrista. Servem como ponto de apoio no caso de
solavancos durante a operação (figura 42).
Bueira Grande
Buraco por onde a água que está dentro do bote escoa para fora. A grande
quantidade de água que entra no bote durante a operação na zona de arrebentação
deve ser escoada através de uma bueira que ofereça grande vazão, diferente da
pequena que vem de fábrica nos botes convencionais (figura 43).
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Protetor de Quilha
Barra de alumínio fixada ao longo de toda quilha do BIR com o objetivo de
proteger o casco do desgaste (lixamento) em decorrência do atrito com a areia,
principalemnte no ato de encalhar com a embarcação (figura 45).
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Protetor de Hélice
O protetor de hélice tem a função de evitar possíveis acidentes causados por
contato do hélice em movimento com o corpo de banhistas, uma vez que o BIR
transita na zona de arrebentação das ondas (Figura 46).
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Carreta Rodoviária
A carreta tem duas funções de grande importância. Ela pode por meio do
engate em automóveis, transportar o bote em rodovias para qualquer lugar desejado
do estado ou do país. Deslocamentos na areia também são possíveis utilizando-se o
quadriciclo, ou pelo próprio guarda vidas. Ela também poderá auxiliar a colocação do
bote na água, bastando retirar o conjunto de iluminação (lanternas e chicote elétrico)
que é fixado por parafusos (figura 47).
Outra função de extrema importância é o acondicionamento do bote inflável
na OBM. O BIR será guardado sobre a carreta, evitando contato com o solo e
quaisquer outros objetos que possam danificá-lo. A carreta para transporte
rodoviário deverá ser fabricada em ferro galvanizado (evita oxidação) e estar dentro
dos padrões estabelecidos pelo Código Nacional de Trânsito.
No entanto, caso a OBM não tenha carreta de rodovia, é recomendado que
coloque o BIR em cima de um pneu.
Carreta de Encalhe
A carreta de encalhe tem o objetivo de transportar o BIR nas atividades
diárias da rotina de trabalho, sendo puxada pelo próprio guarda vidas ou por
quadriciclo. Ela é projetada para atender aos mais diferentes tipos e modelos de
botes existentes no mercado, não tem manutenção, não tem rolamentos, e é toda de
alumínio.
As principais características que a diferencia da carreta rodoviária são o peso
reduzido e a vantagem de poder entrar na água sem sofrer os efeitos da ferrugem
causada pela salinidade, pois é totalmente fabricada com material resistente e não
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Capa de Proteção
A capa protege o barco contra as intempéries, reduzindo seu desgaste
natural. A capa de proteção tem papel fundamental na sua durabilidade. Ela é
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fabricada com tecido 100% acrílico, repelente a água e leve, constituído de fibras
acrílicas, o que proporciona grande resistência à luz e ao desbotamento (figura 50).
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
p. O proeiro deve embarcar com o cabo de proa na mão (ou jogar o cabo para
dentro do BIR) pelo lado esquerdo do BIR, próximo à proa, porém evitar a parte
elevada da mesma, pois dificultará o embarque. O proeiro deve embarcar
rapidamente, uma vez determinado pelo operador, principalmente em praias de
tombo, onde a profundidade pode requerer do proeiro razoável força para embarcar.
Isto deve ser treinado para evitar acidentes;
q. O proeiro, assim que embarcar, deve posicionar um pé ou ambos no finca-
pés, segurar o cabo de proa, podendo segurar também um dos cabos laterais para
dar estabilidade, e projetar seu peso na proa, para que o BIR ganhe velocidade com
a aceleração dada pelo operador;
r. O operador deve acelerar gradativamente buscando atravessar a zona de
arrebentação. Assim que o BIR ganhar velocidade, o proeiro pode tomar a posição
de pé ou a que considerar melhor para a navegação. A figura 51 apresenta os
momentos que a tripulação adentra ao mar
Curvas abertas
A evolução natural do treinamento é a realização de curvas com o BIR.
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Curvas fechadas
O treinamento para realização de curvas fechadas é extremamente
importante para operação de salvamento com o BIR. Na navegação em zona de
arrebentação elas são usadas para retorno rápido do bote, voltando a proa para as
ondas, a fim de enfrenta-las e transpô-las. Elas também são necessárias para
abordagem às vítimas durante o salvamento.
Antes das curvas fechadas o operador deve reduzir a velocidade da
embarcação, procurando diminuir a intensidade da força contrária ao sentido da
curva. Está força é capaz de arremessar a tripulação, e principalmente o proeiro,
para fora do BIR. Após a realização da curva o bote necessita retomar sua
velocidade rapidamente. Nesse sentido, o proeiro deve tomar posição na proa,
fazendo peso sobre ela.
Pane na arrebentação
A pane a que se refere o presente item é o desligamento involuntário do
motor, fazendo com que o BIR perca sua capacidade de navegação.
Com o motor desligado e a ação da correnteza e das ondulações, o bote não
tem propulsão para manter-se aproado para as ondas. Normalmente se o BIR for
colhido por uma onda de frente, ele não irá virar, mas se desestabilizará, podendo
vir a ficar de bordo, e então, se for novamente atingido, poderá virar.
No momento em que o motor desligar, o proeiro, sob o comando do operador,
deverá saltar na água com o cabo de proa na mão. O proeiro deverá ficar a frente do
BIR e manter a embarcação aproada para as ondas, funcionando como uma espécie
de “âncora humana”, mantendo o cabo de proa sempre esticado.
Enquanto o proeiro mantiver a estabilidade do BIR, o operador deve tentar
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Capotamento do BIR
O capotamento do BIR pode ocorrer em duas situações. Uma delas é em
decorrência do impacto de uma onda de través (com a lateral) ou popa do bote
durante a navegação na zona de arrebentação. Outra forma de capotamento é
decorrente do impacto de uma onda pela proa da embarcação. Este último
mecanismo de capotamento acontece devido a pouca ou nenhuma propulsão do
motor necessária a transposição da onda.
Caso haja vítima a bordo, a prioridade é o salvamento dela, não devendo
haver uma preocupação inicial com a embarcação. Caso não haja vítimas, a
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Submersão do motor
Os procedimentos de manutenção para motores de popa que submergem são
de extrema importância para o bom funcionamento do equipamento. Todo operador
de BIR deve conhecer estes procedimentos, que devem ser feitos imediatamente a
um capotamento da embarcação, sob pena de estragar por completo o motor. Caso
esteja longe do posto, encalhe a embarcação na areia, no local mais próximo e
proceda conforme apêndice C do presente manual.
Transpondo a arrebentação
A aceleração no momento da travessia da onda deve ser proporcional ao
tamanho e a força dela, evitando assim saltá-la (muita velocidade), o que
ocasionaria danos à embarcação, ou ser arrastado pra traz (pouca velocidade), o
que ocasionaria perda do controle da embarcação podendo causar,
consequentemente, lesões à tripulação ou a banhistas.
A velocidade ideal é um pouco maior do que a velocidade das ondas, e com a
prática, o piloto desenvolve naturalmente a capacidade de percebê-la.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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motor e simultaneamente levante-o, para que não atinja um banco de areia, o que
poderia quebrar o hélice.
Atente para que o BIR acompanhe o “varrer” da onda na areia, o que o fará
atingir o ponto mais alto possível na praia.
Em caso de praias rasas, este procedimento pode não ser o mais adequado.
Neste caso, o procedimento deve ser idêntico, porém, feito com mais distância da
praia, em uma profundidade segura para o hélice. Assim que o BIR perder o
impulso, mediante comando do piloto, a tripulação deve desembarcar pelos bordos
da embarcação, segurar nos cabos de bordo e conduzi-la até a areia, encalhando-a.
proa, ficará instável, devendo ser manobrado com muito cuidado. Embora não seja
recomendável operar nesta situação dentro da área de arrebentação, caso isto
ocorra, e a onda seja muito grande e sua transposição inevitável, o operador deverá
soltar de seu braço o cordão de segurança do motor, e deslocar-se rapidamente
para a proa e fazer peso, fazendo a função do proeiro, mantendo o equilíbrio do BIR
e evitando que ele capote. Ao passar a onda, deverá retornar para o leme da
embarcação.
O salvamento de uma vítima consciente adota a sequência de procedimentos
abaixo (figura 53).
O operador faz a aproximação da vítima mantendo-a pelo lado de boreste
(lado direito da embarcação – vista de frente para proa), com a embarcação aproada
para as ondas;
a. A embarcação deve estar totalmente perpendicular à vítima;
b. Ao se aproximar da vítima, o piloto deve diminuir sua velocidade, sem,
entretanto, perder o seguimento;
c. O proeiro aborda a vítima de cima do BIR, segurando-a firmemente pelo
tórax, por baixo das axilas;
d. O operador segura as pernas da vítima com sua mão direita, enquanto com a
esquerda guina a embarcação para bombordo (lado esquerdo da embarcação –
vista de frente para proa), fazendo o BIR deslizar levemente no sentido anti-horário
(isto manterá a vítima junto ao bordo da embarcação);
e. O proeiro fará com que a vítima role por sobre o bordo da embarcação,
acomodando-se no casco do BIR;
f. Em caso de emergência (vítima escapa do proeiro) o operador deve guinar a
embarcação para boreste, livrando a vítima do hélice;
g. Durante todo o processo, tanto o operador como o proeiro devem estar com,
no mínimo, um pé fixado no finca-pé, o que dará mais segurança à tripulação;
h. Após a tripulação manejar a embarcação para estabilizá-la, o socorrista deve
analisar a vítima, adotando, se for o caso, os procedimentos previstos no protocolo
de Primeiros Socorros, inclusive iniciando o RCP se necessário.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Salvamento em costão
Em algumas situações a tripulação decidirá por lançar o proeiro na água,
evitando se aproximar da vítima com a embarcação. Esta é uma situação muito
comum em salvamento próximo a pedras, por exemplo.
O lançamento do proeiro deve ser feito da forma mais segura possível. Se
forem águas tranquilas, o motor deve ser colocado em neutro, e a embarcação deve
estar parada. O proeiro deve desembarcar mediante comando do operador, com as
nadadeiras calçadas e flutuador vestido, levado junto ao peito. O lançamento na
água deve ser feito de pé, evitando assim acidentes com águas rasas.
Caso não seja possível parar a embarcação, pela proximidade de costeiras ou
ondas, o operador deve diminuir o seguimento, guinar a embarcação
preferencialmente para o lado de boreste (o que facilita a sua visão), e determinar ao
proeiro que desembarque do lado de dentro da curva, fugindo assim, do hélice do
motor. O lançamento deve ser conforme citado em caso de águas paradas: em pé,
com nadadeiras e flutuador. O EPI (capacete, colete e neoprene) não deve ser
retirado.
O embarque deve ser feito em local seguro, com a embarcação já parada,
sempre por boreste, o que facilitará a visão do operador, bem como seu auxílio.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
priorização das vítimas a serem salvas, adotando o critério de atender primeiro a que
estiver em estado mais grave. Poderá ser utilizado também o rescue tube para
otimizar as ações de salvamento às vítimas conscientes. Esta análise deve ser feita
de forma rápida, e uma vez tomada a decisão de qual vítima será atendida primeiro,
não mais poderá ser mudada. A figura 54 apresenta o método START adaptado
para salvamento com BIR/AMA.
É
Figura 54. Métodos START para múltiplas vítimas de afogamentos
Fonte: Adaptado de Oliveira et al., (2015)
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Socorro às embarcações
Normalmente as marinas mantêm um serviço de socorro ás embarcações de
seus associados. Porém, em algumas situações, caberá ao CBMERJ fazer este tipo
de socorro, ou por se tratar de embarcações não filiadas a uma marina, ou por haver
uma situação de risco real (próximo a costeiras, mar agitado, etc).
A capacidade de reboque de um BIR é limitada às embarcações de pequeno
e médio porte, e em condições adversas de mar esta capacidade fica ainda mais
limitada. Sendo assim, caberá à tripulação somente retirar as pessoas de bordo e
solicitar apoio de outra embarcação maior para o reboque, se for o caso (lanchas do
CBMERJ ou da Capitania dos Portos).
A missão principal do CBMERJ é a preservação da vida, portanto, caso haja a
bordo alguma pessoa com necessidade de um atendimento médico, terá prioridade
em relação ao socorro da embarcação.
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Deve ser colocada uma chave de ignição extra presa ao guidon, próximo
ao interruptor de acionamento do motor. Não é incomum o operador ser
arremessado para fora da embarcação devido ao impacto de uma onda,
causando o desligamento da moto aquática (figura 58). Ao subir novamente na
máquina o operador poderá facilmente acioná-la com a chave extra (que pode ser
feita com um cabo com menor espessura) que já estará próxima ao interruptor.
Cabo de Proa
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.
Figura 59. Cabo de proa
Fonte: CBMERJ
Os equipamentos da moto-aquática
Carreta Rodoviária
A carreta tem duas funções de grande importância. Ela pode por meio do
engate (“pino bola”), transportar a AMA em rodovias para qualquer lugar.
Deslocamentos na areia também são possíveis utilizando-se o quadriciclo, ou
pelo próprio guarda vidas. Ela também poderá auxiliar a colocação do bote na
água, bastando retirar o conjunto de iluminação (lanternas e chicote elétrico) que
é fixado por parafusos. Outra função de extrema importância é o
acondicionamento da AMA na OBM. A AMA será guardada sobre a carreta,
evitando contato com o solo e quaisquer outros objetos que possam danificá-la. A
carreta para transporte rodoviário deverá ser fabricada em ferro galvanizado
(evita oxidação) e estar dentro dos padrões estabelecidos pelo Código Nacional
de Trânsito (figura 61).
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Carreta de Encalhe
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Capa de Proteção
A capa protege a embarcação contra as intempéries, reduzindo seu desgaste
natural. A capa de proteção tem papel fundamental na sua durabilidade. Ela é
fabricada com tecido 100% acrílico, repelente a água e leve, constituído de fibras
acrílicas, o que proporciona grande resistência à luz e ao desbotamento (figura 63).
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Deverá ser feito por dois homens no mínimo. Após soltar as fitas/cabos
que prendem a embarcação à carreta, esta deverá ser levada até o varrido das
ondas e inclinada para que a moto aquática deslize para a água. Nesta situação,
os tripulantes já devem estar com os coletes e capacetes colocados. Em seguida,
o socorrista guarda a carreta e auxilia o operador a levar a moto aquática até uma
profundidade de pelo menos 60 cm.
Importante lembrar que a moto deve estar com a proa voltada para o mar e
que nem operador nem socorrista devem empurrar a embarcação pela popa,
evitando acidentes (as ondas podem jogar a AMA sobre os militares).
Quando estiver em profundidade ideal, e em condições das ondulações
não virar a AMA, o operador sobe na embarcação enquanto o socorrista a segura
pela proa ou lateral. Coloca o cordão da chave de ignição no pulso direito (o
esquerdo deve estar livre para ações de salvamento), figura 63.
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O socorrista também deve manter uma postura ativa, sendo que estando
embarcado na moto, em patrulhamento, deverá manter-se bem próximo do
operador, segurando em seu ombro e em sua cintura, pelo colete. Suas pernas
devem se posicionar de forma idêntica às do operador, acompanhando o
posicionamento de seus pés. Pode ainda optar por permanecer sentado,
segurando no banco ou em uma alça previamente adaptada paraisto.
Ao posicionar-se no sled, o socorrista deverá adotar uma postura de
joelhos ou deitado, acompanhando as manobras da embarcação com o corpo
(postura ativa), jogando seu peso para dentro das curvas quando desejar uma
manobra mais rápida e um menor ângulo. Para isto é necessário uma integração
muito grande entre o operador e socorrista, devendo haver muitotreino.
Quando o operador for efetuar uma aproximação com precisão, deverá
fazer antecipadamente um reconhecimento de toda a área, no que se refere aos
fatores quepossam afetara sua aproximação, tais como:(vento, correntes,
pessoas, etc.), correntezas, ondas, embarcações, visibilidade, profundidade, etc.
Planeje e calcule a sua aproximação, e sua saída antes de iniciar as manobras.
É fundamental optar por uma ação onde o contato visual seja o maior
possível. Finalize a aproximação a uma distância dentro do alcance dos braços
da vítima, e em velocidade apropriada para o tipo de contato pretendido. O motor
deve ser mantido sempre em funcionamento.
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Curvas abertas
Curvas fechadas
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Toda a atenção e cuidado com o banhista deve ser adotado, sendo às vezes
preferível a entrada em local com mais ondas e menos banhistas para evitar
possíveis acidentes. O operador deverá ter uma grande atenção ao vencer a zona
de arrebentação, pois esta é uma área de grande risco para a operação. Para
atravessar uma arrebentação, o operador deve observar e avaliar as condições das
ondas. Identifique as áreas de riscos, como pedras, bancos de areia, número de
séries das ondas, etc.
A área mais segura e de melhor rendimento na zona de arrebentação é o
período entre as ondas. A operação de salvamento realizada nesta área dá tempo
para as manobras antes da embarcação ser atingida pela próxima onda. O melhor
momento para atravessar as ondas é no remanso, acelerando nos períodos e
diminuindo o seguimento em sua base, para vencer as ondas com suavidade,
evitando saltá-las, o que pode causar sérios ferimentos ao Guarda-vidas e danos à
embarcação.
Ondas pequenas podem ser vencidas em ângulo de 45º o que dispensa em
parte a diminuição da velocidade, mas o operador deve ter cuidado redobrado e usar
a postura ativa para manter o equilíbrio da embarcação. A escolha pelo melhor
momento para atravessar uma linha de arrebentação deve ser bem estudada, e o
operador deve contar com a velocidade empreendida pela máquina para evitar
riscos. O operador poderá escolher entre abortar uma abordagem, ou percorrer o
período, paralelamente as ondas, para fazer o “ataque” em um ponto onde ela ainda
não quebrou, ou esteja pequena o suficiente para permitir sua travessia.
É importante também que o operador avalie a série de ondas por completo,
sabendo a dimensão e proximidade da onda que está atrás da que esta
atravessando no momento. É importante também observar que ao atravessar uma
onda quebrada, a embarcação poderá cavitar. Esta situação é muito frequente, e
ocorre em face das bolhas de ar produzidas na quebra das ondas (espumeiro)
entrarem na turbina da embarcação, causando uma considerável perda de potência.
Quanto maior a onda, maior será o espumeiro, portanto, causará mais
cavitação. Isto pode ser perigoso, pois a perda da potência seguida por outras ondas
pode virar a embarcação. Para evitar tal situação, ao atravessar as ondas
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quebradas, até que estejam pequenas o suficiente para que possam ser passadas.
m. Em qualquer das circunstâncias, na área da arrebentação, caso a máquina
perca a força, deve-se ter em mente que o mais importante é preservar a segurança
da tripulação. Neste caso, o operador deve considerar abandonar a embarcação,
para não virar com ela, o que pode causar sérias lesões.
A figura 68 apresenta as situações da AMA adentrando o mar com ondas
grandes.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Atracação na areia
É aconselhável que se evite o encalhe constante na areia, sob o risco de
quebra do calço e deslocamento do motor, que fará interferência no funcionamento
do motor, deixando-o inoperante.
Aproxime-se da praia, mantendo distância da onda da frente. Identifique o
ponto de encalhe e lance o socorrista nas proximidades para que ele isole a área e
faça a segurança do procedimento. Quando a área estiver segura (sem banhistas) o
socorrista sinalizará para que o operador se aproxime. Observe a onda da frente,
seu alcance máximo na areia. O ponto mais longe do varrido das ondas na areia
deve ser o local atingido pela embarcação.
Acelere a embarcação na direção da areia e desligue a máquina quando em
profundidade adequada (irá variar de acordo com o tipo de praia). Escolha a melhor
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Capotamento
Em caso de acidente onde a embarcação permanece emborcada (virada), o
operador e socorrista devem desvirar a mesma o mais rápido possível. O apêndice
D apresenta os procedimentos. A ficha de acidentes com embarcações está no
apêndice E.
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é diferente de outro. Idade, tamanho da vítima, local, etc, tudo deve ser considerado,
avaliado e reavaliado.
Quanto ao operador:
a. Aproxime-se lentamente da vítima;
b. Manobre a embarcação de modo que o sled fique o mais próximo possível da
vítima;
c. Segure o pulso da vítima com a mão esquerda;
d. Deixe o socorrista pegar a vítima e acomodá-la no sled;
e. Auxilie o socorrista, sem se esquecer da navegação;
f. Quando pronto, partir com a embarcação.
Quanto ao socorrista:
a. Fique de joelhos mantendo contato visual com a vítima;
b. Deslize pela esquerda do sled, segurando em suas alças;
c. Solte a mão esquerda para suportar a vítima por sob sua axila, procurando
mantê-la em decúbito ventral;
d. Segure novamente na alça do sled, mantendo a vítima sobre seu braço (o
braço esquerdo vai ficar entre as axilas da vítima);
e. Repita a manobra com o braço direito, de forma a que ele fique por baixo do
abdômen da vítima;
f. Quando ambos os braços estiverem suportando a vítima, e segurando as
alças, a vítima deve ser rolada para sobre o sled;
g. Suba no sled, avalie a vítima (pode ser necessário ventilar a mesma), e a
segure mantendo um de seus joelhos entre as pernas da vítima, para ajustá-la no
sled, e suas as mãos por sob as axilas, segurando nas alças;
h. A cabeça da vítima deve ser suportada pelo rosto do socorrista (face a face);
i. De o sinal para o piloto partir com a embarcação.
OBS: Presume-se que a vítima encontrada com as vias aéreas dentro d’água
pode estar em graus 5 ou 6, dessa forma, é importante que a mesma navegue no
sled em decúbito dorsal.
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corpo para fora. Nesse caso, é importante que o operador retome a velocidade o
mais rápido possível para sair de uma eventual zona de arrebentação. A figura 73
apresenta esse procedimento.
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Figura 75. Resultados apresentados da qualidade da RCP com IC dentro do bote inflável (95%)
Fonte: Barcala et al., (2017)
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Mecanismo do trauma
Uma vez que a embarcação é utilizada somente no meio líquido, não seria
diferente que a maior frequência de atendimentos refere-se ao trauma de
afogamento e o afogamento secundário, contudo, ressalta-se que no seu entorno,
ou até mesmo na água, podemos considerar outros tipos de eventos clínicos,
exemplo: Infarto Agudo no Miocárdio - IAM, Acidente Vascular Cerebral - AVE,
hipoglicemia, hipotensão, etc, bem como eventos traumáticos (Trauma-Raqui-
Medular, Fraturas, Luxações, Entorses) provenientes de esportes náuticos (surfe,
stand up, kite surf, natação no mar) e terrestres (futebol, frescobol, futevôlei, etc.),
em que a tripulação deve estar sempre pronta para tais atendimentos.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Quantidade de vítimas
Em um fim-de-semana de verão, com temperatura quente, férias escolares,
temperatura da água do mar agradável e ondas de um metro seria um cenário em
que a frequência de salvamentos seria muito alta. Entretanto, caso a prevenção
executada pelo guarda-vidas não foi eficiente ou não houve respeito às placas de
avisos de perigo correnteza e aviso sonoro (apito) , culminando em vários banhistas
caírem em uma corrente de retorno, têm-se uma situação de acidente com múltiplas
vítimas (conforme abordado no capítulo 10). A figura 78 apresenta cenários diversos.
Apoio médico
Após verificar o nível de consciência e constatar que a vítima está
irresponsiva, o apoio médico deverá ser acionado, assim como outras situações
(suspeita de IAM, AVE, TRM, gestação, etc.) e a partir do grau 2 de afogamento
(inclusive).
Os demais procedimentos (teste de nível de consciência e exame primários)
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14 CONSIDERAÇÕES GERAIS
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CAPÍTULO I
Disposições Gerais
III - Armador - pessoa física ou jurídica que, em seu nome e sob sua
responsabilidade, apresta a embarcação com fins comerciais, pondo-a ou não a
navegar por sua conta;
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
XIII - Passageiro - todo aquele que, não fazendo parte da tripulação nem sendo
profissional não-tripulante prestando serviço profissional a bordo, é transportado
pela embarcação;
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Art. 4o-A. Sem prejuízo das normas adicionais expedidas pela autoridade
marítima, é obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e quaisquer outras partes
móveis das embarcações que possam promover riscos à integridade física dos
passageiros e da tripulação. (Incluído pela Lei nº 11.970, de 2009)
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CAPÍTULO II
Do Pessoal
IV - proceder:
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CAPÍTULO III
Do Serviço de Praticagem
CAPÍTULO IV
Das Medidas Administrativas
IV - embargo da obra;
Art. 17. A embarcação apreendida deve ser recolhida a local determinado pela
autoridade marítima.
Art. 19. Os danos causados aos sinais náuticos sujeitam o causador a repará-
los ou indenizar as despesas de quem executar o reparo, independentemente da
penalidade prevista.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CAPÍTULO V
Das Penalidades
Art. 23. Constatada infração, será lavrado Auto de Infração pela autoridade
competente designada pela autoridade marítima.
Art. 24. A autoridade a que se refere o artigo anterior disporá de trinta dias para
proferir sua decisão, devidamente fundamentada.
§ 1º Da decisão a que se refere o caput deste artigo caberá recurso, sem efeito
suspensivo, no prazo de cinco dias úteis, contado da data da respectiva notificação,
dirigido à autoridade superior designada pela autoridade marítima, que proferirá
decisão no prazo e forma previstos no caput.
I - multa;
Art. 26. O Poder Executivo fixará anualmente o valor das multas, considerando
a gravidade da infração.
Art. 27. A pena de suspensão não poderá ser superior a doze meses.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
I - reincidência;
Art. 31. A aplicação das penalidades para as infrações das normas baixadas
em decorrência do disposto na alínea b do inciso I do art. 4° desta Lei, cometidas
nas áreas adjacentes às praias, far-se-á:
Parágrafo único. Nos casos de que trata este artigo, é vedada a aplicação das
sanções previstas nesta Lei antes da decisão final do Tribunal Marítimo, sempre que
uma infração for constatada no curso de inquérito administrativo para apurar fato ou
acidente da navegação, com exceção da hipótese de poluição das águas.
IV - o autor material.
Art. 35. As multas, exceto as previstas no inciso I do art. 31, serão arrecadadas
pela autoridade marítima, sendo o montante auferido empregado nas atividades de
fiscalização desta Lei e das normas decorrentes.
CAPÍTULO VI
Disposições Finais e Transitórias
Art. 36. As normas decorrentes desta Lei obedecerão, no que couber, aos atos
e resoluções internacionais ratificados pelo Brasil, especificamente aos relativos à
salvaguarda da vida humana nas águas, à segurança da navegação e ao controle
da poluição ambiental causada por embarcações.
Art. 37. A argüição contra normas ou atos baixados em decorrência desta Lei
será encaminhada à autoridade que os aprovou e, em grau de recurso, à autoridade
à qual esta estiver subordinada.
Art. 40. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta
dias, contado a partir da data de sua publicação.
Art. 41. Esta Lei entra em vigor cento e oitenta dias após a data de sua
publicação.
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DECRETA:
ANEXO
CAPÍTULO I
DO PESSOAL
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navegação interior nos canais, lagoas, baías, angras, enseadas e áreas marítimas
consideradas abrigadas;
CAPÍTULO II
DA NAVEGAÇÃO E EMBARCAÇÕES
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CAPÍTULO III
DO SERVIÇO DE PRATICAGEM
CAPÍTULO IV
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES.
Seção I
Das Disposições Gerais
I - o tripulante;
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VI - o prático;
II - mediante apuração;
Seção II
Das Infrações Imputáveis aos Autores Materiais e das Penalidades
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VIII - descumprir qualquer outra regra prevista, não especificada nos incisos
anteriores:
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ANEXO 6 – RIPEAM
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ANEXO 7 – IALA B
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ANEXO 8 -
PORTARIA Nº 44/CPRJ DE 08 DE MAIO DE 2018, EMITIDA PELA MARINHA DO BRASIL
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ANEXO 10 - FLEXIBILIDADE
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CHECKLIST DE PÓS-OPERAÇÃO
39) Acople o fornecimento de água, ligue o motor e deixe ligado por pelo menos 05 minutos
(adoçamento do sistema de refrigeração)
40) Lavar o casco, os flutuadores, o motor (parte externa) e a carreta com água corrente
abundante (deve-se utilizar sabão neutro)
41) Esperar o motor esfriar e depois lavá-lo (parte interna) retirando todo o sal e sujeira (não
jogar água na entrada de ar do carburador)
42) Secar o motor externa e internamente com pano
43) Extrair a água empoçada na bandeja do motor
44) Guardar o motor na posição vertical em local coberto e sem a tampa para que seque
completamente sem absorver umidade.
45) Lançar as alterações no livro
OBSERVAÇÕES:
1. Ligue o motor por 03 minutos fora da água pelo menos 03 vezes por semana e 30
minutos dentro da água (rios, lagos, lagoas, açudes, mares), pelo menos 01 vez por
semana;
2. O uso do galão/bombona/tonel é melhor que o uso telefone, porém, não se deve
acelerar em ponto morto e não deixe o motor funcionar no galão por mais de 03
minutos, pois a água tende a esquentar o que diminui efetivamente a vida útil do
rotor da bomba de água do motor, responsável pelo fluxo de água que o
refrigera;
3. O uso do "telefone/orelhão” seria a terceira opção, porém seu uso só pode ser efetuado
quando a pressão de água estiver forte, e no máximo por 03 minutos;
4. Não acelerar o motor quando estiver adoçando;
5. Nunca acelerar o motor acima de 1500 RPM em ponto morto;
6. Não engrenar com o giro alto (passar de "A FRENTE"para"RE");
7. Não deixe gasolina parada no tanque por mais de 15 dias, pode formar “borra” e
danificar o sistema de alimentação do motor (caso a gasolina esteja "velha", drenar o
tanque todo).
8. Para motores novos fazer a primeira revisão com 20 horas, após isso, fazer
revisão geral de 50 em 50 horas.
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
21) Verificar o nível de óleo do motor com a moto aquática nivelada (VX SPORT – com o
motor frio retire a tampa do óleo com a vareta e limpe a vareta, coloque a vareta
novamente e feche a tampa, retire a tampa novamente e a ponta da vareta deve estar
molhada, caso não esteja, coloque 200 ml de óleo e verifique novamente até a ponta da
vareta estar molhada, após ligue o motor por 05 segundos, retire a vareta e limpe,
coloque a vareta de volta fechando a tampa, e depois retire a vareta novamente e
verifique se o nível está entre as marcações, caso não esteja, vá adicionando 200 ml de
óleo a cada verificação até que o nível de óleo fique entre as marcações.) – (FX HO –
com o motor frio retire a vareta de marcação de óleo e limpe a vareta, coloque a vareta
novamente, retire e verifique se o nível está entre as marcações, caso não esteja, vá
adicionando 200 ml de óleo a cada verificação até queo nível de óleo fique entre as
marcações). OBS: Basta que o nível de óleo esteja entre as marcações,não
necessitando estar próximo ou na marcação superior.
22) Verificar nível de combustível no tanque
23) Verificar se o purgador de água tem água
24) Verificar o nível do eletrólito da bateria, cintas de fixação, mangueira do suspiro e se as
conexões dos cabos de bateria estão apertadas,.
25) Verificar água empoçada no fundo do casco, caso tenha, secar com um pano até sair toda
a água
CHECKLIST DE OPERAÇÃO
30) Verificar saída de água do sistema de refrigeração
31) Verificar painel multifuncional (combustível / sinais de alerta: combustível - pressão de
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CHECKLIST DE PÓS-OPERAÇÃO
33) Lavar a turbina, esguichando água nas aberturas de entrada e saída de água, verificando
obstruções e sujeiras na grade
34) Adoçar o sistema de refrigeração:
1º - Ligar o motor até 10 segundos;
2º - Ligar a água no conector de entrada de água do sistema de refrigeração (a pressão de
água paraadoçamento do motor deve ser suficiente para que esguiche água pela saída do
sistema derefrigeração durante a marcha lenta);
3º - Deixar o motor ligado por 05 minutos (sem acelerar);
4º - Desligar a água do conector do sistema de refrigeração e deixar o motor
funcionar por mais 05 segundos inclinado a moto aquática e acionando o acelerador
levemente para retirar a água remanescente na descarga;
5º - Desligar o motor.
OBS: CASO CONECTE A ÁGUA ANTES DE LIGAR O MOTOR, PODERÁ
OCORRER CALÇO HIDRÁULICO E TER CONSQUÊNCIAS GRAVES NO
MOTOR
35) Lavar o casco com água corrente (água quente é mais efetiva para limpeza), inclusive o
assento
(deve-se utilizar sabão neutro)
36) Lavar o motor (quando frio) com água doce (deve-se utilizar sabão neutro) sem muita
pressão para retirar a salinidade.
37) Retirar os bujões que ficam na popa, deixar a ambarcação inclinada para sair o
excesso de água em seu interior.
38) Quando esgotar toda a água, seque com o pano o quantidade de água que ficou na
parte interna
39) Secar a moto aquática na sua parte externa com um pano seco.
40) Antes de guardar a moto-aquática, seque o excesso de água e borrife as partes metálicas,
componentes elétricos no compartimento do motor e partes expostos do sistema de
bombeamento com um spray lubrificante que dispersa água para proteção extra contra
corrosão
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
OBS: Ligue a moto aquática por 10 segundos fora da água pelo menos 03 vezes por
semana e 30 minutos dentro da água pelo menos 01 vez por semana. Esses
procedimentos são fundamentais para a manutenção do funcionamento correto da
embarcação.
OBS: Ligue a moto aquática fora da água e pulverize anticorrosivo pela entrada de ar
durante 10 segundos com o motor ligado e levemente acelerado, pelo menos uma vez
por semana. Esse procedimento evita o travamento das válvulas e a conseqüente
inoperância do motor.
OBS: Não deixe gasolina parada no tanque por mais de 15 dias, pode danificar o
sistema de alimentação do motor.
OBS: Quando assumir o serviço, retirar o banco por pelo menos 5’, antes de iniciar a
operação, sob possibilidade de explosão pelo acúmulo de gases no compartimento.
OBS: Após condições severas de uso, dentro das possibilidades de operações, deixar a
moto aquática em lenta por aproximadamente 1 minuto antes de desligar o motor. Isso
vai fazer com que a temperatura do óleo, motor e seus componentes, escapamento e
outros componentes baixem de tempretaura.
OBS: Quando a AMA não tiver em operação na OBM (no período diurno), mesmo de
sobreaviso para ocorrências futuras, em que o tempo esteja ensolarado e/ou nublado,
sem chuvas, é recomendado destravar (não retirar por completo) o assento para ventilar
a parte interna do compartimento do motor a fim de evitar oxidação. Porém, caso a
AMA fique em um ambiente abrigado de chuva/sol, retirar por completo o assento.
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