Estudo - Salmos 4

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Os salmos são textos religiosos ou também conhecidos como orações poéticas que são capazes de louvar a Deus,

agradecer, pedir e reconhecer nossas fraquezas que pesam e que nos desanimam. Neste contexto encontramos também
o salmo 4 da Bíblia Sagrada.
Davi, era certamente um dos homens mais poderosos de Israel e que depositou toda a sua confiança e fé no Senhor.
Acreditou em todos os momentos de sua vida Deus distinguiria os ímpios daqueles que realmente andavam no caminho
da salvação.
Confira agora o estudo do salmo 4 completo e após isso a análise de cada versículo.
Salmo 4 Completo

1.Responde-me quando clamo, ó Deus que me faz justiça! Dá-me alívio da minha angústia; Tem misericórdia
de mim e ouve a minha oração.
2.Até quando vocês, ó poderosos, ultrajarão a minha honra? Até quando estarão amando ilusões e buscando
mentiras? Pausa
3.Saibam que o Senhor escolheu o piedoso; o Senhor ouvirá quando eu o invocar.
4.Quando vocês ficarem irados, não pequem; ao deitar-se reflitam nisso, e aquietem-se. Pausa
5.Ofereçam sacrifícios como Deus exige e confiem no Senhor.
6.Muitos perguntam: “Quem nos fará desfrutar o bem? ” Faze, ó Senhor, resplandecer sobre nós a luz do teu
rosto!
7.Encheste o meu coração de alegria, alegria maior do que a daqueles que têm fartura de trigo e de vinho.
8.Em paz me deito e logo adormeço, pois só tu, Senhor, me fazes viver em segurança.

Salmo 4 – Estudo
No sl4 versículo 1 Davi começa seu poema clamando e suplicando a presença de Deus, reconhece que já foi salvo
outras vezes, pois utiliza o termo ” na angústia, me tens aliviado” isso prova que Davi clara para conseguir a
misericórdia do Senhor mais uma vez. Além disso podemos perceber a confiança depositada em Deus.
Seguindo pelo versículo 2, na versão original existe a palavra “Selah” onde demonstra um sentido de pausa no meio do
texto. Em relação a interpretação, é quando os homens precisam tomarem tempo para refletir e entender no seu âmago
as palavras de Davi e continuar assim acreditando não só em seu Reinado mas também voltarem sua fé ao Senhor.
No versículo 3, mostra que Deus sempre fará a justiça. Mesmo quando um homem escolhe o mal, o Senhor estará
escolhendo sempre os bons.
Seguindo pelo versículo 4, ele conversa com o leitor, dizendo que quando ficarem irritados ou perderem o controle da
situação é para se deitar e refletir tudo pelo qual fez ele chegar até onde está: “aquietem-se”. E para completar
no versículo 5 ele diz para esperar a vontade do senhor, deixar de lado toda a agitação e renovar os vínculos com Deus.
Nos versículos 6 e 7 solicita ao Senhor que coloque alegria no coração de todos aqueles que o suplicam e seguem em
tua fé. Que esta alegria seja maior do que abundância e posses.
Finalizando com o – salmo 4 – versículo 8, Davi assumi sua tranquilidade perante a Deus, por se sentir seguro e em
paz.

Fonte: https://www.iquilibrio.com/blog/espiritualidade/oracoes-salmos/salmo4/
SALMO 4 – SETE CONSELHOS PARA INIMIGOS

Você já passou por uma profunda angústia? Já teve um filho revoltado contra a sua autoridade? Já teve inimigos fortes
contra si mesmo, e não sabia o que fazer?

O salmista Davi ainda está escrevendo este outro salmo tendo como fundo sua fuga do palácio, sendo perseguido pelo
seu filho Absalão, liderando uma multidão que conspirava contra ele para destroná-lo, levando-o à morte.

Mas Davi tem 7 Conselhos, 7 Imperativos para dar a seus inimigos. Neste salmo, ele está (1) Falando para Deus; (2)
Falando para homens; (3) Falando dos homens e (4) Falando de si mesmo.

I – FALANDO PARA DEUS (v. 1)

Davi fala para Deus e suplica: “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha justiça” (v. 1).

1 – Davi se encontrava em angústia. Ele tem um histórico contínuo em que Deus o aliviou de suas angústias passadas.
Isso indica duas coisas: (1) Davi era um homem muito atribulado e (2) Deus sempre o livrava das suas tribulações.
Baseado nisso, ele pede a Deus que o livre novamente da angústia pela qual passava no momento em que escrevia este
salmo.

Sabemos que muitas vezes somos atribulados, com privações, e sofrimentos, e com muitas angústias que são partes de
nossa vida. Mas muitas vezes não nos lembramos de ler a Bíblia e rever como Deus livrava aos homens do passado,
com a mesma prontidão com que há de nos atender a nós também. Disse o Senhor Jesus Cristo que não vivemos em um
mar de rosas ao se expressar desse modo: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
(Jo 16:33). Ele nos advertiu que haveremos de passar por situações aflitivas, para que não desanimássemos quando elas
chegassem. Assim como Ele socorreu a Davi, no passado, hoje Ele também pode nos ajudar a sairmos aliviados de
nossas angústias, porque Ele já passou por isso pessoalmente.

2 – Davi se dirige ao Senhor como “Deus da minha justiça”. Esta é uma expressão singular, e é a única vez que
aparece em toda a Bíblia. Os cristãos tem se dirigido a Deus como “Deus Salvador”, “Deus de amor”, “Deus do Céu”,
“Deus excelso”; mas é admirável Davi se dirigir a Deus como “Deus da minha justiça”.

Lutero ansiava muito compreender a mensagem de Paulo aos Romanos, mas havia um problema. Ele o descreve assim:
“Nada me impedia o caminho, senão a expressão: 'justiça de Deus', porque a entendia como se referindo àquela jus tiça
pela qual Deus é justo e age com justiça quando pune os injustos ... Noite e dia eu refletia até que ... captei a verdade de
que a justiça de Deus é aquela justiça pela qual, mediante a graça e a pura misericórdia, Ele nos justifica pela fé. Daí por
diante, senti-me renascer e atravessar os portais abertos do Paraíso. Toda a Escritura ganhou novo significado e, ao
passo que antes 'a justiça de Deus' me enchia de ódio, agora se me tornava indizivelmente bela e me enchia de maior
amor. Esta passagem [Rm 1:17] veio a ser para mim uma porta para o Céu." (Obras de Lutero, vol. 54, p. 179ss.).

Deus é um Deus de justiça, mas precisamos entender que a justiça punitiva já se manifestou na cruz do Calvário, onde
Jesus Cristo pagou pelos nossos pecados; agora, precisamos nos apegar às virtudes de Cristo, pelas quais podemos ter
a justiça salvadora de Deus. Pela fé nos apropriamos da justiça de Cristo, que é a justiça que passa a ser nossa por
imputação, pela qual podemos orar ao Senhor como o “Deus de minha justiça”. Jesus Cristo é chamado como “o
Senhor, Justiça Nossa” (Jr 23:8). Ele é o nosso Advogado que nos defende e nos restitui a justiça, e faz justiça aos Seus
santos que tem sido oprimidos e injustiçados.

3 – Davi pede misericórdia: “tem misericórdia de mim!” é a sua oração que ele deseja ver ouvida. Davi pede
misericórdia ao Deus da justiça. Não parece contraditório? Mas é porque ele confia na justiça de Deus que ele pede a
misericórdia. Se queremos salvação, pedimos primeiro a misericórdia, porque tememos a justiça. Mas se já fomos
salvos, confiamos na justiça, para que se manifeste a misericórdia para conosco na aplicação da justiça sobre os que
estão nos acusando injustamente. Este era o problema do salmista.
4 – Por que Davi pedia misericórdia? Porque necessitava de justiça. Ele havia sido julgado temerária e
implacavelmente por falsos amigos, que falavam mal dele, expondo a sua reputação ao ridículo. De acordo com o salmo
2, os seus patrícios traidores zombavam dele, dizendo que ele não tinha mais salvação, que ele estava completamente
perdido (Sl 2:2). Portanto, nada melhor do que clamar por misericórdia ao Deus da justiça.

II – FALANDO PARA HOMENS (v. 2-5)

1 – Davi faz uma pergunta retórica aos homens, como se estivessem diante dele: “Ó homens, até quando tornareis a
minha glória em vexame, e amareis a vaidade, e buscareis a mentira?” Aqui ele apresenta o seu problema real, aqui está
o conteúdo de sua angústia. Ele estava sendo humilhado, afrontado, afligido por muitos que zombavam de sua primitiva
glória. Eram os seus inimigos que se baseavam na vaidade e na mentira.

Muitos há que não se importam com a reputação dos outros e falam mal deles, sem conhecer os fatos, propalando
mentiras. A mentira sobre o caráter e procedimento dos outros é um veneno cruel que só pode produzir mais angústia
sobre as suas pobres vítimas, muitas vezes indefesas. Mas é um veneno danoso também para os próprios autores da
acusação.

O filósofo francês Rousseau (1712-1778), é um vívido exemplo disto. Quando jovem ele viveu na cidade de Turim, na
casa de uma mulher de Verecelli. Em suas confissões ele escreveu: "Desta casa levo comigo um terrível fardo de culpa
que, depois de quarenta anos, ainda está indelével em minha consciência e, quanto mais velho fico, mais pesado é o
fardo de minha alma''.

Ele havia roubado um objeto de valor da dona da casa. Posteriormente, quando a perda foi descoberta, lançou a culpa
sobre a servente da casa, que, como resultado, perdeu o emprego e a dignidade. Ele continua: "Acusei-a como ladra,
lançando assim uma jovem honesta e nobre na vergonha e na miséria. Ela me disse então: 'O senhor lançou a desgraça
sobre mim, mas eu não desejo estar no seu lugar.'

A lembrança freqüente disto dá-me noites de insônia, como se fosse ontem que tal fato aconteceu. É certo que algumas
vezes minha consciência esteve adormecida, mas agora ela me atormenta como nunca dantes. Este fardo está mais
pesado agora sobre o meu coração; sua lembrança não morre. Tenho que fazer uma confissão."

2 – Davi sugere 7 imperativos que os seus inimigos deviam praticar (V. 3-5). Esses homens difamaram a reputação do
salmista; apegaram-se a vãs maquinações e prosperaram à custa de falsidades. Agora, são aconselhados pelo salmista, a
fim de que possam ter mais êxito, sem prejudicar os outros. Ainda podiam repensar e se arrepender, deixando a revolta
de Absalão. Mas também há lições para nós. Assim devemos agir, quando somos tentados a nos rebelar contra um servo
de Deus:

(1) Sabei. A sabedoria é uma jóia, o conhecimento é necessário, a inteligência é indispensável. O que eles deviam
saber? Que Deus é justo e faz distinção entre aquele que o serve e aquele que não o serve. Ele distingue para Si o
“piedoso”. Piedoso é aquele que tem piedade, respeito pelas coisas religiosas, temor e respeito para com Deus.

Assim era o salmista, e por isso ele podia dizer que Deus o ouvia quando clamava por Ele. Que eles considerem de
novo que aquele que ama a Deus e a quem o Senhor escolhe é guardado por Ele (v. 3a) e será ouvido por Ele em
qualquer emergência (v. 3b). Pode ser que aquele a quem estamos perseguindo seja mui amado de Deus e, portanto,
protegido. O que diríamos nós diante do Soberano de toda a Terra, ao nos achar perseguindo um de Seus servos? Como
ficaria uma ursa roubada de seus filhos?

(2) Irai-vos. A versão antiga diz: “Perturbai-vos”. Entretanto, a palavra hebraica original (râgaz) se traduz melhor, como
dizem as versões estrangeiras, como “Tremei”. Davi não estava aconselhando que os seus inimigos ficassem irados,
porque isso seria um absurdo, mas que tremessem diante da ideia de perseguir o ungido de Deus! Eles deveriam temer o
curso que estavam seguindo, considerar as consequências, a fim de voltar de suas ideias homicidas, e tornar à razão.

De fato, perseguir ou causar dano a um ungido de Deus era algo a se temer. Isso aconteceu com o próprio Davi. Ele
estava escondido numa caverna com os seus homens, e se achegou ao rei Saul, e Davi furtivamente, lhe cortou a orla do
manto, mas logo sentiu o seu coração bater descompassado. E disse: “O Senhor me guarde de que... eu estenda a mão
contra ele, pois é o ungido do Senhor” “... pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique
inocente?” (1Sm 24:5-6; 26:9). Mas o que diríamos de pessoas em nosso tempo que estão difamando e perseguindo
pastores? Não seria de se temer e tremer?

(3) Não pequeis. Salomão disse que “não há homem que não peque” (2Cr 6:36), mas Davi relaciona isso ao temor,
como um antídoto para não pecar. Quando o povo de Israel presenciou aos trovões e relâmpagos do Sinai, quando a Lei
dos Dez Mandamentos foi dada, disseram atemorizados a Moisés que ele lhes falasse, e não Deus, porque estavam
tremendo diante do Seu poder e majestade, com medo da morte. Foi aí que Moisés replicou, dizendo: “Deus veio para
vos provar e para que o Seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.” (Êx 20:20). “Filhinhos meus”, disse
o apóstolo João “estas coisas vos escrevo para que não pequeis!” (1Jo 2:1). Se alguém quer saber o que fazer para não
pecar, aqui está o antídoto para o pecado: o temor de Deus vai nos livrar de pecar.

(4) Consultai. Consultar o coração no travesseiro indica a meditação que temos de fazer, já na cama, antes de pegar no
sono, examinando a nossa consciência, perscrutando os nossos caminhos, a ver se andamos retamente, ou se há algum
caminho mau que devemos abandonar. Temos que fazer um exame de consciência; temos que consultar o nosso coração
em sinceridade. Quais são os nossos planos? Temos ajudado o próximo? Temos iluminado aos que jazem nas trevas do
pecado? Ou temos prejudicado a alguém com nossas palavras? Temos falado bem dos outros? Qual é a nossa influência
sobre as pessoas, boa ou danosa? O que fazemos para enaltecer a reputação dos semelhantes?

(5) Sossegai. Quando perguntarmos algo à nossa consciência, estejamos sérios, calados e esperemos uma resposta. Não
abramos a nossa boca para escusar o pecado; não é hora de falar, é hora de calar e sossegar. Não devemos racionalizar,
mas deixemos a razão prevalecer, a fim de chegarmos à verdade sobre a nossa vida e o nosso procedimento. Nossa
consciência, quando está afinada pela Palavra de Deus, será segura para nos dar uma orientação correta de nossos atos e
teremos a oportunidade de nos arrepender de nossas faltas e corrigi-las. Temos que aprender a sossegar e aquietar-nos
diante da imposição da consciência orientada pela soberania do Espírito Santo.

(6) Oferecei. O 6º imperativo é uma ordem para oferecer “sacrifícios de justiça”. O que significa isso? Aqueles homens
estavam sendo injustos para com Davi, e ele os leva a se apresentar diante de um Deus justo com sacrifícios de justiça
em suas mãos. A linguagem lembra o santuário e seus sacrifícios; os seus inimigos deviam apresentar sacrifícios
adequados e saber que a sua causa era injusta, na revolta de Absalão, e ainda tinham tempo para se arrepender. Os seus
atos deviam ser atos de justiça, seguindo os seus sacrifícios, para que fossem aceitos. Portanto, nosso culto a Deus deve
ser coerente com a reta justiça, ou não será aceito (Mt 5:23-24).

(7) Confiai. Davi tinha muita esperança de que aqueles homens que estavam seguindo a rebelião haveriam de se
arrepender, abandonar os seus maus caminhos e voltar-se para Deus. Ele ainda lhes dá a maior chance, a sua maior
oportunidade: “Confiai no Senhor”. A confiança em Deus traz a maior vitória. Norteia a nossa vida. Desfaz todos os
enganos e traições. Mostra o caminho da sabedoria que temos a palmilhar. A confiança em Deus nos traz a salvação por
toda a eternidade. Ele nunca nos decepciona.

III – FALANDO DOS HOMENS (v. 6)

Agora, Davi deixa de falar aos homens para falar dos homens. Ele diz: “Há muitos que dizem: Quem nos dará a
conhecer o bem? Senhor, levanta sobre nós a luz do teu rosto.” Observando a condição dos súditos do rei, que estavam
sendo enganados pelo seu próprio filho, ele retrata as dúvidas do povo nas palavras: “Quem nos dará a conhecer o
bem?”

A família real estava em crise. Davi cometera um pecado de adultério e homicídio. Logo a seguir, Amnom comete um
incesto, forçando a sua irmã Tamar. Como um resultado, Absalão matou a Amnom, seu irmão, por causa de Tamar, sua
irmã, e fugiu por 3 anos, voltando logo depois para Jerusalém. Então, começou uma conspiração contra o rei Davi, seu
pai. Absalão ganhava o coração do povo, dizendo aos que vinham a Jerusalém para resolver os seus problemas: “Olha, a
tua causa é boa e reta; porém, não tens quem te ouça da parte do rei... Ah, quem me dera ser juiz na terra!” (2sm 15:3,4).

As pessoas estavam confusas. O rei estava muito ocupado com os seus negócios e suas guerras, e o filho se
aproveitava da situação fazendo promessas alvissareiras de reinar com justiça. E agora, uma revolta se insurgiu contra
Davi da parte do povo de Israel, liderados por Absalão, que estava à caça do rei, para lhe usurpar a vida e o trono. A
guerra estava em andamento, e ninguém sabia qual seria o desfecho final de tudo isso. Muitos diziam que Davi estava
perdido, porque pecara gravemente à luz do dia. Possivelmente Deus havia Se apartado dele, assim como fizera com
Saul.

Portanto, muitos estavam dizendo: “Quem nos dará a conhecer o bem?” Quem nos poderá dizer qual será o fim de
nosso reino? Em quem podemos confiar? Como ficaremos nós, se Davi for morto nesta batalha? O que será do povo de
Deus, se cair o pastor de Israel?” E estes mesmos clamavam: “Senhor, levanta sobre nós a luz do Teu rosto!” O Senhor
era a única esperança de luz e orientação para eles.

Considerando as condições de nosso mundo moderno, vemos crimes por todos os lados, assaltos à mão armada,
prostituição em múltiplas formas, revoluções em muitos países, terrorismo ameaçando as maiores potências da terra! O
pecado levanta a sua enorme e hedionda cabeça, ameaçando as massas humanas, que clamam em desespero, em densas
trevas: “‘Quem nos dará a conhecer o bem?’ Quem poderá resolver os grandes problemas do coração violento e
pecaminoso dos habitantes da terra?”’

Observando as condições de nosso mundo hodierno, vemos as multidões confusas diante de muitas religiões, credos e
filosofias, com diferentes promessas, com diferentes doutrinas e dogmas, todas baseadas num livro, num Alcorão, num
“Evangelho segundo o Espiritismo”, num livro Mórmon, ou mesmo numa Bíblia, e as multidões perguntam: “‘Quem
nos dará a conhecer o bem?’ Quem nos revelará a verdade, só a verdade, nada menos do que a verdade?”

Muitos, sim multidões estão em desespero, procurando um meio de libertação de sua própria alma, porque se
encontram escravizados por vícios, drogas, sexo, álcool, e desejam se libertar. Mas como eles ignoram o Libertador, não
sabendo a quem recorrer, clamam à semelhança de Paulo quando estava nesta situação, conhecendo leis sem conhecer o
Salvador: “Desgraçado homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?” (Rm 7: 24).

A resposta está em Jesus que disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!” (Jo 14:6). Breve o Seu povo verá o
Senhor Jesus Cristo vindo em glória e majestade, pela manifestação do Seu reino. Todos os problemas deste agitado
planeta estarão resolvidos. Não mais haverá guerras com todas as suas coisas terríveis. Não mais haverá morte, pranto
ou dor, porque Ele dará a vida eterna a todos os que confiam em Seu poderoso nome, que pode salvar a todos os que Se
chegam a Ele.

IV – FALANDO DE SI MESMO (vs. 7-8)

Davi termina o salmo 4, em um clímax extraordinário, porque conhecemos as terríveis circunstâncias que o envolviam
naquele tempo em que compunha os salmos 3 e 4: fugindo de um exército armado nas trevas da noite, atravessando o
vau de Cedrom, em meio a um rio profundo e caudaloso, seguido por mulheres e crianças. Em meio de condições
desfavoráveis, escapando por sua vida, junto com sua família que restava, e com os seus homens de guerra, Davi
dirigindo-se a Deus, fala de si mesmo, e dos próprios sentimentos.

1 – Davi tinha alegria. “Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e
de vinho.” (V. 7). A alegria é um fruto do Espírito Santo, dado a todos os que se entregam ao Senhor e seguem os Seus
caminhos. Embora os ímpios também tenham alegria em muitas coisas, na abundância de cereal e vinho, em sua festas,
não deixa de ser uma alegria fugaz e passageira. Alegria espiritual, a alegria do cristão, não é de se comparar com a
alegria mundana, porque é imortal. “Alegria eterna coroará a sua cabeça.” (Is 35:10). Isto é muito mais alegria, por
tempo incontável.

2 – Davi tinha paz. “Em paz me deito e logo pego no sono.” Em meio às agruras da fuga, ele podia ter paz. Podia
dormir tranquilamente, embora soubesse que o inimigo estava bem próximo. Quando ele disse: “Confiai no Senhor” (v.
5), ele sabia o que estava dizendo, porque confiava em Deus por experiência própria. Podia dormir e descansar sem
sofrer de insônia. Assim como Cristo dormiu numa tempestade, Davi também podia dormir tranquilo, mesmo
perseguido por inimigos, porque tinha paz.

3 – Davi tinha segurança. Davi podia dizer em meio à maior tempestade de sua vida: “Senhor, só Tu me fazes repousar
seguro!” Segurança é indispensável. Não podemos ter alegria sem segurança. Não podemos ter paz sem segurança. Não
podemos ser felizes sem segurança. Mas os que confiam em Deus estão seguros em Seus braços poderosos. Podemos
dormir e repousar seguros, certos de que o Senhor nos guardará protegidos.

CONCLUSÃO

Certa vez, um navio estava sendo açoitado por um tremendo temporal, e os passageiros em pânico viam a possibilidade
de um iminente naufrágio, e aterrorizados contemplavam o horizonte na esperança de um socorro ou de uma mudança
do vento. Porém, tudo parecia sombrio! E eles pasmados contemplaram uma menina que, indiferente ao perigo,
brincava no tombadilho da embarcação.

Um dos passageiros, assombrado diante de tão grande indiferença face ao perigo, perguntou: "Menina, você não teme a
tempestade? Não se apercebe do perigo a que estamos sujeitos? Você não vê que corremos todos nós risco de vida?” Ela
contemplou aquele senhor de maneira calma e serena, e respondeu laconicamente: "Meu pai está ao leme!" Era a filha
do piloto. Ela conhecia a destreza de seu pai; ela possuía confiança na habilidade daquele velho piloto do mar.

Confiemos em nosso poderoso Deus, mesmo em meio a uma terrível tempestade, em nossa vida. Ele está ao leme. Ele
conduz a nossa frágil embarcação através das procelas de nossa existência e, confiados em Sua direção, haveremos de
chegar às praias alvacentas da eternidade.

Pr. Roberto Biagini


Mestrado em Teologia.
10/07/2009.

Fonte: http://www.iasdemfoco.net/coracao/text/0004.htm

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