Jorge Adoum - O Átomo Da Vida

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JORGE ADOUM

O ÁTOMO
DA VIDA
O GRÂNULO DA VIDA
UNIVERSALISMO

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O ÁTOMO DIVINO
O Grânulo da Vida

A lagarta morre antes que nasçam suas crias. Quando a fêmea se sente
fecundada, começa a preparar o ninho, acumulando víveres, para que ao
morrer fique tudo arrumado, de forma que seus vermículos, que nascerão
meses depois, tenham ao seu alcance o que necessitem, inclusive carne
fresca. Para isso, os pais armazenam o alimento suficiente para que os insetos
presos se nutram até o momento em que os filhinhos das lagartas estejam em
condição de devorá-los.

Depois que a fêmea expele os germens de seus filhotes, fecha com seu próprio
cadáver a porta, pela qual, uma vez decomposto o seu corpo, as novas
lagartas sairão na próxima primavera. Tudo isso acontece sob uma
transcendência maravilhosa.

Tudo bem. Mas se os pais morrerem antes dos filhos nascerem? Como esses
aprendem a se alimentar de forma minuciosa?

Os sábios de nossos tempos chamam esta inteligência de INSTINTO. Os


antigos a chamavam de ARQUÉTIPO. Daí se deduzir que há uma inteligência
imanente em cada espécie e em cada indivíduo de cada espécie.

Então, a ORDEM que governa o mundo e suas diferenças é UNA. Porém,


quando se trata do ser humano, ainda que o princípio de formação seja UNO,
que dá vida a cada ser de uma mesma forma, sem dúvida existem seres que
são diferentes das lagartas, possuem um grau de saber muito superior e
diferenciado um do outro. Comparando-me com o filósofo, por exemplo,
encontro uma enorme diferença entre ele e eu pela disparidade de nossos
trabalhos.

A filosofia materialista julga os dois como duas árvores: uma teve seu solo e
ambiente adequados, enquanto que a outra foi privada disso, e assim se
explica a disparidade entre o filósofo e eu. Esta claro? E se afirmo que sou um
irmão gêmeo do filósofo e que tive, como ele, a mesma educação, o mesmo
cuidado, a mesma família, a mesma religião etc... e, sem dúvida, somos
completamente opostos em tudo, quem contestará? Sempre se encontrará
uma saída.
A religião também nos diz algo diferente do materialismo: são DESÍGNIOS DE
DEUS que são doados a uns e privados a outros etc...

A ciência e algumas religiões, exceto a filosofia materialista, concordam que a


vida do homem se expressa em três planos: o físico, o mental e o espiritual. No
primeiro, TRABALHAMOS, no segundo, PENSAMOS e, no terceiro
SENTIMOS. Cada um é indispensável aos outros dois para que os três possam
expressar os atributos contidos em nosso ARQUÉTIPO – o princípio da
formação.

Como tudo isso acontece?

A ciência comprovou que a CÉLULA SEMINAL, em suas transformações, se


converte no ser humano. Mas a ciência se deterá a perguntar: existe algum ser
anterior à CÉLULA SEMINAL primitiva que coordena os elementos que formam
a célula e a estimula a evoluir?

Todos os nossos conhecimentos nos conduzirão a questionar o seguinte:

1o Nossa existência manifestada começa na CÉLULA SEMINAL.

2o Essa célula está preparada nos testículos e na próstata do homem.

3o Essa célula, que tem a forma de serpente, decapita-se ao penetrar no óvulo


materno. 4o Dentro do óvulo começa a crescer pela multiplicação de si mesma
e pela assimilação de elementos nutritivos. 5o Passando por longa série de
transformações que duram desde a gestação até o parto, termina por
transformar-se no infante, adolescente, jovem homem e ancião que
conhecemos.

6o Em cada etapa de suas transformações sabe sempre utilizar os meios de


que dispõe e realiza, por próprio impulso, os movimentos que lhe permitem
alcançar os fins a que se dispõe.

7o Neste caso, evidencia-se que em sua vida há três partes proporcionais dos
três planos referidos anteriormente, que lhe permitem sentir, pensar e
trabalhar.

E daí, que nome podemos dar a este algo que existe em nós e QUE SABE?

Esse “que sabe” é o poder primário e é anterior ao infante, ao feto, ao embrião,


ao óvulo, ao espermatozóide e à célula seminal.
Quem formou a primeira partícula de cromatina, produziu o primeiro
cromossoma, ordenou o primeiro centro nuclear e transformou tudo isso em
uma célula vivente, infinitamente pequena, mas com o poder de converter-se
em homem, nadar debaixo da água, voar através do espaço, dominar os
elementos, explorar o Universo e fazer milagres?...

Algumas religiões explicam que o sopro de vida não está no espermatozóide


nem no óvulo, mas, sim, no pai e na mãe que o comunicam ao novo ser, no
momento de procriá-lo; porém, a moderna fecundação artificial comprovou o
contrário e, assim, se demonstrou que AQUELE QUE SABE, EM NÓS, está na
célula seminal, é o princípio de formação que dá vida à célula e faz com que
essa tenha potencialmente tudo aquilo que o ser humano é e será.

De onde vem este princípio e até onde vai? Cientificamente não sabemos.

Quais forças o movem e qual é a forma pela qual as libera?

Supõe-se que se trate de um átomo resplandecente que projeta seus raios em


três direções e faz com que a luz de uma delas se reflita nas outras e a de
todas volta ao ponto de partida, e assim o mental se funde no físico, o físico no
mental e ambos no espiritual, sem que nunca se modifique a torrente da luz.
Desta forma, vemos que todo este saber está concentrado em um grânulo
chamado ÁTOMO DIVINO ou GRÂNULO DA VIDA, e é ele que dá alento a
nosso ser e a todos os seres; nele estão, potencialmente, todas as partes que
compõem o homem, todos os que foram seus antepassados e os que serão
seus sucessores.

MAS QUE É O GRÂNULO DA VIDA? O Grânulo da vida, não é o


espermatozóide; é uma espécie de ÁTOMO que se acha aninhado na cabeça
da célula espermatozóide. Esse átomo, o “vermículo”, é o ninho que contém o
futuro ser, cresce no ventre materno, começando seu crescimento pela cabeça
da criança e alcança sua plenitude na idade madura do homem.

À medida que se vai desenvolvendo faz com que se desenvolvam também as


partes que constituem o homem desde o nascimento até a morte. Todas as
faculdades e tudo o que forma o homem como indivíduo não são, senão, mais
do que a extensão do minúsculo ser que se aninha em nossa massa
encefálica.

Esse pequeno ser se manifesta através de uma espécie de eflúvio vaporoso


que penetra na matéria cerebral como a luz penetra na água; respira com
nossa respiração e percebe a mesma vida que nós percebemos. A ciência
moderna, depois de descobrir os mistérios do átomo, tende a confirmar esta
afirmação, conforme foi dito anteriormente. Esse grânulo de vida tem, através
do cérebro, uma íntima relação com os dez centros de entendimento,
chamados, pela ciência arcana, A ÁRVORE DA VIDA ou o Arquétipo que
resume o saber contido em todos os signos.

O homem pode interpretá-los à medida que vão nascendo nele as partes que
lhe facilitam a interpretação do conteúdo em cada uma delas.

O homem não nasce de uma vez: as partes vão nascendo progressivamente


segundo a extensão progressiva do grânulo da vida e, assim, o latente no
Arquétipo humano se deixa expressar em partes proporcionais de todos eles
ao longo da existência.

O grânulo da vida desenvolve seus poderes em seus veículos físicos, que os


formou e que são nossos órgãos a que chamamos nossa mente e nosso corpo;
pela primeira move o segundo e, por ambos, completa sua própria progressão.

Este progresso se efetua através dos dez centros de formação que existem em
nosso organismo e que foram a expressão dos outros dez que existem no
vermículo em nosso cérebro E COM OS QUAIS TÊM CORRESPONDÊNCIA E
SE DESENVOLVEM NOS TRÊS PLANOS: o físico, o mental e o espiritual.
ENTÃO, A INTELIGÊNCIA TEM SUA FONTE NO GRÂNULO DA VIDA, ESTE
GRÂNULO DA VIDA SE EXPRESSA DIRETAMENTE ATRAVÉS DO PLANO
ESPIRITUAL E, POR MEIO DESSE PLANO SE EXPRESSA E, POR MEIO
DOS OUTROS DOIS QUE PRODUZEM EM NÓS AS INSPIRAÇÕES, OS
IMPULSOS E MOVIMENTOS QUE COMPLETAM AS OBRAS DE NOSSA
VIDA DIÁRIA.

O VERBO ESTÁ NO PLANO ESPIRITUAL, plano que encerra a essência


substancial do gérmen da vida. Esse plano é como uma chispa de luz que
penetra e enche todo nosso ser. Essa luz tem dez centros de emanação
refulgente que são no homem os dez princípios pelos quais o ser humano
manifesta o saber que está nele encerrado, mas devemos sempre nos recordar
e compreender que estes dez centros chamados pelos antigos “A árvore da
vida”, se compunham destes dez atributos:

1) Verbo Divino;

2) Sabedoria;

3) Compreensão;

4) Misericórdia;

5) Força;
6) Beleza;

7) Vitória;

8) Glória;

9) Fundamento e

10) Reino.

Quando se chega a decifrar este mistério, o Ser Interno percebe, sem dúvida, o
significado da divina frase: E O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE
NÓS. Quanta grandeza e verdade absoluta encerram estas palavras!

Agora vemos que o saber sintetizado no grânulo da vida, chamado pelos


antigos, ARQUÉTIPO, é o que alenta o nosso ser, e sua existência está
baseada nos princípios gerais a seguir:

1o Todos os seres da mesma espécie estão formados de acordo com o


Arquétipo ou tipo-padrão.

2o O Arquétipo de cada espécie modula tudo o que são ou serão os indivíduos


que a compõem.

3o O Arquétipo é forçosamente anterior e posterior aos indivíduos a quem dá o


ser.

Há duas teorias que explicam a existência dos Arquétipos: A primeira


pressupõe que sempre existiu um para cada espécie. A Segunda diz e afirma
que os Arquétipos de cada espécie são emanações de um Arquétipo único,
que os abrange e ilumina completamente e, que por decomposição de sua luz,
cria os infinitos grânulos que formam as espécies e os indivíduos, à
semelhança da luz do sol; una, em sua origem e essência, e infinitamente
variada, segundo o corpo em que se reflita e ASSIM SE EXPLICA A
DIFERENÇA QUE EXISTE ENTRE O FILÓSOFO E MIM MESMO.

Sem dúvida, as duas teorias concordam que há Arquétipos diferenciados: raios


e grânulos que possuem certa frequência vibratória cumprem funções
especiais e funções afins ou díspares, conforme a consonância dos respectivos
ritmos. Segundo as duas, a formação do ser humano teria lugar nas seguintes
formas:
1o O Arquétipo deve se aninhar necessariamente em um grânulo de cromatina,
para vivificá-lo e para atrair outros grânulos até formar a célula primária.

2o A célula primária, pela produção de si mesma, cria o espermatozóide.

3o Pela fusão do espermatozóide com o óvulo materno vão se formando os


cinco elementos básicos que formam os cinco sistemas orgânicos – os quais
aparecem conforme a seguinte ordem:

a) O sistema de nutrição, que ajuda o gérmen a assimilar.

b) O da circulação, que o desenvolve.

c) O sistema nervoso, que o capacita a sentir.

d) O sistema muscular, que o possibilita mover-se.

e) O esqueleto, que lhe dá a forma e consistência. 4o Do princípio ao fim o


Arquétipo efetua seu trabalho automaticamente e não pode fazer outra coisa
senão isso.

Daí se deduz que uma grande parte da atividade de cada um de nossos planos
está governada pelo mesmo princípio, do átomo até o sol.

Já vimos que o Arquétipo humano é o centro ao redor do qual se agrupa a


matéria, primeiramente como coágulo protoplasmático, depois célula, embrião,
feto, criança, jovem e ancião e possui o saber desde os primeiros até os
últimos instantes.

Como sabe e como expressa seu saber?

Há duas questões para essa pergunta: a primeira é fatalista e afirma que tudo
esta escrito; a Segunda é a de causa e efeito, assegurando que toda ela se vai
escrevendo.

A primeira afirma que o caminho ao nascer está traçado e, assim, temos de


ficar nas condições que o correspondem.

De acordo com a Segunda, o caminho se delineia por partes e o estado atual é


o efeito inevitável de uma causa anterior. Disto se depreende que tanto a
primeira como a segunda afirmam o produto do saber que o Arquétipo
expressa. Mas devemos também saber que em cada tipo individual existe, em
potencialidade, a soma do saber que a humanidade é capaz de liberar em seu
conjunto. Em mim pode produzir-se a mesma luz que na mente de qualquer
filósofo, sem dúvida necessito das facilidades que tornam possível a
iluminação.

Facilidades e liberação do saber são da mais diferente ordem e estão sujeitas a


infinitas contingências, umas relacionadas com a pessoa em si mesma, e
outras com tudo o que a afeta desde o exterior. Por esse motivo se
compreende que não há dois habitantes iguais entre os bilhões que povoam o
mundo.

Também não existem dois estados exatamente iguais no mesmo indivíduo,


nem dois momentos exatamente iguais no mesmo estado. Sem dúvida, esta
permuta não faz nem desfaz o que somos, mas sim estimula os elementos
existentes em nós, para que eles o façam por si mesmos. Quero dizer que todo
ato necessita de coordenação interna que torna útil tudo o mais.

O conhecimento não está determinado pelo externo. Conhecemos algo porque


no íntimo de nosso ser já existe a noção que o interpreta, como ocorre com as
invenções de coisas que antes não existiam.

ENTELÉQUIA: segundo Aristóteles, Entelequia é um princípio de formação que


fazendo possível as coisas em seus mais perfeitos detalhes, carece de poder
para fazê-las por si mesmo ou para opor-se às imperfeições que lhe
comunicam os agentes de que se vale. Isto explica porque, estando animado o
sábio pelo mesmo arquétipo como eu estou, nem eu sou como o sábio, nem o
sábio procede como tal em todas as coisas.

Para que o homem fosse perfeito necessitaria de veículos perfeitos em seu


grânulo de vida. Mas como isso é impossível em nossa natureza de ser, o
homem então se assemelha a um espelho no qual reflete as imagens dos
objetos. Sua mente, veículo de EU SOU, não conhece as coisas em si, mas
somente no efeito que produzem na consciência. Na mente vê, somente, as
imagens dos objetos, porém não os objetos. Assim como o espelho parece que
tem os objetos dentro dele, mas são imagens, também o Conhecedor percebe
as imagens refletidas como se fossem objetos.

SEM DÚVIDA, O QUE ACONTECE NA MENTE NÃO É REFLEXO, PORQUE


A IMAGINAÇÃO É UMA REPRODUÇÃO DO OBJETO, E PORQUE A
MATÉRIA MENTAL ASSUME A FORMA DO OBJETO E O CONHECEDOR
REPRODUZ, POR SUA VEZ, ESTA SEMELHANÇA.

O Grânulo da vida é como o Sol, mora e atua no imensurável, servindo-se do


que não tem corpo para formar e atuar no que o tem na formação do ser,
aproveitando o que são chamados éteres intermoleculares para formar os
fluídos, os líquidos, e com estes os pastosos e destes os sólidos, assim
seguindo sua evolução do nascimento à morte.

O veículo que o Grânulo da vida fabrica é constituído por inúmeros processos e


uma complicadíssima rede de centros de comando, sendo uns, complementos
de outros e, ao mover-se um, têm que se mover todos os demais.
Este veículo, para responder à finalidade do Grânulo da vida, tem que dispor
de muita ajuda. Podemos citar, entre outras, as seguintes:

1 – Duas correntes fluídicas: a dinâmica e a nervosa.

2 – Duas correntes líquidas: a sanguínea e a linfática.

3 – Dois sistemas de centros vitais: o glandular de secreção interna e o dos


plexos.

4 – Duas classes de neurônios: os sensitivos e os motores.

5 – Dois processos de renovação: o anabólico e o catabólico.

6 – Dois processos de nutrição: o de assimilação e o de desassimilação.

7 – Dois de transmutação: o ácido e o alcalino.

8 – Dois sistemas nervosos: o simpático e o parassimpático.

9 – Dois centros de comando: o cerebral e o medular.

10 – Duas classes de matéria nestes centros: a cinzenta e a branca.

11 – Duas classes de inteligência nessa massa: a consciente e a


subconsciente.

12 – Duas funções nessa inteligência: a voluntária e a involuntária.

A harmônica ação de todas essas colaboradoras faz com que o veículo cumpra
com suas funções, começando pela emoção até chegar à ideia e da ideia até o
ato que adquire realidade.

Do exposto se deduz que não há inteligência sem saber, e o que se sabe,


necessariamente, deve morar em nós e todos os agentes internos e externos
que transmutam a emoção em ideia e a ideia em ato, todos estes agentes
estão sujeitos, não à subconsciência nem à consciência, mas à
superconsciência, que possui a síntese do SABER EM NÓS, ao GRÂNULO
DIVINO DE VIDA.

A INTELIGÊNCIA DUAL

A lagarta que prepara os alimentos para os filhos antes que nasçam; o trabalho
que a semente tem para converter-se em árvore, que dá flores e frutos, o
grânulo de vida de toda espécie e indivíduo têm de ser forçosamente dirigidas
por uma inteligência. Existe inteligência em todo ser animado e inanimado,
porque cada coisa tem em si mesma o mecanismo que a permite manifestar
essa inteligência para um fim determinado.

Sem dúvida, essa inteligência não pode fazer nada por si mesma, posto que
depende inteiramente dos meios através dos quais atua, e, se estes são
modificados, também se modificará automaticamente o resultado.

Os canais estão pré-determinados pela inteligência que deve fluir através


deles? Sim. Modificam-se quando preenchem certas medidas? Sim. Pode-se
saber que a presença de uma inteligência especial que faz as modificações em
uns faz também com que se produzam em outra, e esta dualidade rege o
organismo humano. Desta forma, não se sabe onde começa o espontâneo ou
termina o involuntário, nem ainda se pode limitar a diferença entre a inteligência
consciente e a subconsciente, nem entre o homem moderno e o primitivo, com
uma separação essencial.

No ser humano, a fonte original é una para ambas as inteligências, mas os


canais, através dos quais flui sua água, são os que são chamados:
subconsciente e consciente. Cada uma tem seus centros especiais de mando e
certa missão a cumprir, mas ao cumpri-la deve ser autorizada pela outra.

O SUBCONSCIENTE E SUAS FUNÇÕES:

A inteligência subconsciente é aquela parte do saber que é consubstancial à


nossa natureza e que pratica as funções necessárias que nos animam.

Vimos que a lagarta tem uma inteligência instintiva ou subconsciente, que a


guia para buscar alimento para suas larvas e para prover do quanto essas
necessitam, até alcançar o desenvolvimento que as permita buscá-lo por si
mesmas.

No homem, o subconsciente é tudo o que nele é fundamental: o que move o


organismo, atende sua economia, determina seu desenvolvimento, perpetua os
instintos, conserva as inclinações, alimenta os desejos, coordena e dá eficácia
aos sentidos e, finalmente, o faz igual em atributos e o obriga a ter as mesmas
necessidades e a tratar de satisfazê-las.

Essa inteligência nos seres superiores e nos inferiores cumpre suas funções
perfeitamente, mas é incapaz de se dar conta dos efeitos que produz. O
zangão o persegue subconscientemente ou instintivamente a rainha para
praticar suas núpcias com ela, mas sem se dar conta de que depois de
fecundá-la está destinado a morrer durante suas mesmas funções nupciais.

No homem, o subconsciente tem seu assento no cerebelo e ao longo da coluna


dorsal.

O TODO ESTÁ EM TUDO.

Segundo estudos realizados, este automatismo da subconsciência não se


origina unicamente pelos centros diretores, mas também pela mesma natureza
dos órgãos que executam as ordens. Alexis Carrel conservou um coração que
continuou batendo ritmicamente durante longos anos. Este fato demonstra
claramente que a Inteligência Primária ou o Subconsciente, não só tem seus
centros diretores no cerebelo e na medula espinhal, mas também conta com
elementos secundários de todos os órgãos que são capazes de realizar, sem
auxílio exterior, atos que exigem um esforço inteligente e trabalhar
isoladamente. Aqui nos defrontamos com a grande MÁXIMA:

O TODO ESTÁ EM TUDO – que os antigos nos legaram.

O ARQUÉTIPO agrega elementos de diferentes ordens que, por multiplicação


de si mesmos, têm de formar os diferentes órgãos, mas a construção
prossegue de acordo com a imagem que o ARQUÉTIPO tem.

Pelo trabalho automático, uns elementos se dedicam a construir o sistema da


nutrição, outros constroem o da circulação, uma terceira classe, o nervoso;
uma quarta, o muscular; a quinta, o esqueleto e assim sucessivamente, cada
órgão e parte de órgão realiza uma função especial, sob o cuidado de
trabalhadores especializados. Dessa forma, todo o veículo está dirigido pelo
conjunto de séries que entram na formação de um homem, realizando cada
trabalhador o que lhe corresponde, sem intervir na ação dos outros.

O Arquétipo elimina, às vezes, as células desnecessárias e as substitui por


elementos novos, que o corpo não tinha antes e, assim, por menor que seja
certa parte do corpo há, nela, quantidades proporcionais de todas as séries
primárias e NOS EXPLICAM NOVAMENTE QUE TUDO ESTÁ NO TODO, E
QUE CADA FRAGMENTO DO “TODO” É CAPAZ DE PROVOCAR OS
FENÔMENOS DE QUE É CAPAZ O CONJUNTO, como vimos na conservação
do coração.

Para nosso estudo, desse tema se destacam sete pontos a seguir:

1o – Os corpúsculos primários, além de possuírem aptidão para realizar certos


trabalhos, contam com energia potencial própria para realizá-las.

2o – Cada órgão possui séries proporcionais de corpúsculos de distinta ordem,


segundo os trabalhos que devem desempenhar.

3o – Os corpúsculos de certa ordem dispensam energia na mesma proporção


que o fazem os de séries distintas

4o – A liberação dessa energia se efetua mais por estímulos que por causa
externa.

5o – Toda expressão de energia é acompanhada por um movimento que é


necessário a certo trabalho.

6o – Todo trabalho exige a assistência de corpúsculos ou energia de variadas


ordens.

7o – A cooperação dos átomos e corpúsculo automática; os primeiros a


representam por estimulo internos ou externos, e os últimos em resposta à ar
iniciada pelos outros.

Isto que dizer, por exemplo, que o coração possui certas classes de
corpúsculos em seus nervos e, outras, em seus músculos; cada classe está
encarregada de contribuir com uma parte para a execução do mesmo
movimento. Este princípio tem sido aproveitado na medicina para influir no
interior, depois no exterior, ativando a vitalidade de uns órgãos pelos estímulos
que se distribuem para os outros, por meio da GALVANOTERAPIA E DA
REFLEXOCULTURA.

OS ATOS REFLEXOS NO AUTOMATISMO

O ARQUÉTIPO se serve do veículo que está formado de corpúsculos de


diferente ordem que, além de receber ordens da potência central que os
mantém unidos, exerce, também, uma ação reflexa em que uma determina a
ação da outra. São alcançados, no homem, múltiplos movimentos, refletindo-se
em umas partes, ao atuar diretamente em outras. Por exemplo:
1o – Perante um movimento ameaçador diante do olho, dá-se o pestanejar.

2o – Ao mastigar, há secreção automática da saliva.

3o – Quando o alimento chega ao tubo digestivo se produzem movimentos


peristálticos no estômago e nos intestinos.

4o – Ao se bater nas costas há uma contração do abdômen.

5o – Se se pressionar o globo ocular, o coração reduz os batimentos. Não é


necessário enumerar mais, diremos apenas que estes reflexos podem ser
neutralizados pela vontade, ainda que outros não dependam dela.

As substâncias químicas também podem intensificar estes reflexos ou debilitá-


los, como por exemplo: o éter e o clorofórmio reduzem vários deles, enquanto
que a morfina, a cafeína e a atropina aumentam todos.

A medicina aproveitou esta propriedade do organismo para a exploração clínica


no diagnóstico, como a comprovação de que se tem diabetes pela grande
sensibilidade no tato que as pontas dos dedos sentem. E um outro objetivo é o
que trata de curar as doenças determinadas em certos órgãos por estímulos
que ocorrem em certas partes do corpo ou das vértebras da coluna dorsal.
Para esse último processo temos que dividir a coluna vertebral em quatro
setores, estabelecendo a relação que existe entre cada vértebra e os órgãos
que a correspondem.

Setor Cervical

1o – A primeira vértebra influi na massa encefálica, no couro cabeludo, nas


orelhas, nos olhos, nos condutos superiores das fossas nasais e no estômago.

2o – A segunda influi nos olhos, nos ouvidos, nas narinas, no couro cabeludo e
no coração.

3o – A terceira influi no nariz, nos dentes, nas gengivas, na língua, no


diafragma e no estômago.

4o – A quarta influi no plexo solar, no coração, no estômago, no diafragma, no


cérebro, nos dentes, nas gengivas, nos olhos, nos ouvidos, no nariz e nos
pulmões.

5o – A quinta influí na faringe, na glândula tireóide, amígdalas, no coração, no


diafragma, no fígado e no estômago.
6o – A sexta influi na traquéia, na faringe, no coração, na tireóide, nas
amígdalas, no esôfago e nos braços.

7o – A sétima influi nas glândulas mamarias, na tireóide, na traquéia, nos


brônquios, no coração e na voz.

Setor Dorsal

1o – A primeira vértebra dorsal influi na laringe, na faringe, nas glândulas


mamarias, na traquéia, no coração e na tireóide.

2o – A segunda influi nos olhos, no coração, nos pulmões, nos ouvidos, na


pleura, nos brônquios e na atividade cardíaca.

3o – A terceira influi nos pulmões, nos brônquios, no diafragma, nos ouvidos e


nos olhos.

4o – A quarta influi no cérebro, no coração, no estômago, nos pulmões e na


pressão sanguínea.

5o – A quinta influi nas glândulas lacrimais, nos olhos, nas orelhas, nas mamas,
no estômago, no cérebro, no diafragma, no coração e nas amígdalas.

6o – A sexta influi no baço, no coração, no estômago e nos pulmões.

7o – A sétima influi no fígado, no pâncreas, no estômago e nos rins.

8o – A oitava influi no baço, no pâncreas, no fígado, no estômago e nos rins.

9o – A nona influi nas glândulas renais, no epitélio, nos rins, no baço, no fígado,
na bílis e no estômago.

10o – A décima influi nas glândulas renais, nos rins, no pâncreas, no ureter, no
globo ocular e nos cílios.

11o – A décima primeira influi nos testículos, nos ovários, no diafragma, no


pâncreas, na vesícula biliar e nos rins.

12o – A décima segunda influi na bexiga, nos intestinos, na próstata, nas


glândulas salivares, nas gengivas, no reto, nos testículos e nos ovários.
Setor Lombar

1o – A primeira vértebra do setor lombar influi no peritônio, nos rins, na


próstata, na aorta, nos órgãos genitais externos, no ureter e no cérebro.

2o – A segunda influi nos órgãos sexuais internos, na bexiga, nos intestinos, no


peritônio e na próstata.

3o – A terceira influi no útero, na bexiga, na próstata, no apêndice, nos


intestinos, no reto e no cérebro.

4o – A quarta influi nos órgãos sexuais, nos intestinos, no reto, na próstata e na


bexiga.

5o – A quinta influi na vagina, na trompa de Falópio, na pélvis, no reto e no


sistema linfático.

Setor Sacro

O setor sacro influi em todo o sistema da espécie e nas extremidades


inferiores. E assim vemos que uma vértebra serve para atuar em setores
diferentes e cada vértebra está associada a uma ação e reação especial e
tende a influir em corpúsculos de diferente ordem, emanando certa classe de
energia para efetuar determinados trabalhos. A inteligência primária ou o
Subconsciente libera seu saber por automatismo e, ao fazê-lo, move
diretamente umas partes e este movimento incita reações reflexas em outras.
Os corpúsculos que compõem o ser humano formam uma cadeia cerrada e
qualquer de suas cadeias pode colocar em movimento toda a cadeia, pela ação
reflexa que se alcança em algumas partes. Por exemplo: Ao pressionar o globo
ocular ocorre o retardamento do ritmo cardíaco, mas isto não se deve
unicamente aos estímulos locais que uma zona transmite a outra, e sim, que o
olho comunica ao cérebro e este modifica e repede ordens aos músculos
encarregados de regular o ritmo do coração.

Em muitos outros casos, a comunicação não é direta mas, sim, indireta e se


estabelece entre o cérebro e as diferentes zonas.

O cérebro é a chave do Subconsciente, que abre e fecha a comunicação sem a


intervenção da inteligência consciente ou da vontade.

SEM DÚVIDA, O SUPER-HOMEM PODE, POR MEIO DE SEUS


PENSAMENTOS, ANSEIOS E DESEJOS E POR MEIO DE CERTOS
EXERCÍCIOS FÍSICOS, RESPIRAÇÕES E PALAVRAS, INFLUIR NO
SUBCONSCIENTE E OBRIGÁ-LO A EFETUAR PODERES QUE
POSSIBILITAM O ALCANCE DE DETERMINADOS OBJETIVOS.

Temos, por conseguinte:

1o – O subconsciente ou a inteligência instintiva primária é o elo de união entre


o ARQUÉTIPO e os corpúsculos que dão forma ao que somos.

2o – Esta inteligência tem um mecanismo que expressa o saber em cada


momento.

3o – A expressão tem efeito automático cada vez que entram em ação as


partes do mecanismo vinculados a certa classe do saber.

O ARQUÉTIPO TEM TODO O SABER, MAS É IMPRESCINDÍVEL QUE, ALÉM


DO MECANISMO, ENTREM EM FUNÇÃO OS CENTROS VITAIS QUE
CORRESPONDEM À CLASSE DO SABER POR EXPRESSAR.

O funcionamento pode ser obra de qualquer das seguintes contingências:

1o – Pela atuação da mente subconsciente.

2o – Por estímulos exteriores.

3o – Pela ação reflexa, seja externa ou interna, do mecanismo do


subconsciente. Assim, vemos que cada ideia determina um movimento
especial, que, uma vez realizado, manifesta na mente a noção que o identifica,
dando lugar, assim, à atualização de infinitas noções. Ainda que essas ajudas
variem em cada indivíduo, em linhas gerais as mais importantes são as
seguintes:

1o – O centro cerebral ou nervoso que sintonizou com a força cósmica que


prevalecia no momento de nascer.

2o – Aquele que disponha de zonas sensíveis aos atos reflexos.

3o – Aquele que a atividade física e mental esteja continuamente perfeita.

4o – Aquele que a própria atividade proporciona maior satisfação ao indivíduo.

5o – Aquele que possui maiores facilidades para transmutar as noções


subconscientes e atos conscientes. O Misterioso Laboratório do Subconsciente
tem uma infinidade de outros fatores que têm capital importância em muitas
ocasiões, do mesmo modo (que) acontece com o condensador de um rádio,
bastando ser movido um milímetro para captar um novo aparato transmissor de
rádio com um novo programa.

Ao longo da vida, as emoções, as ideias, os impulsos, os atos diretos ou


reflexos, todos terminam gravados no mecanismo subconsciente e chega um
momento em que flutuam e têm sua realidade. NISTO CONSISTE A CIÊNCIA
DA SUGESTÃO E DA AUTOSUGESTÃO.

O que somos

O que somos e o que seremos, a linha de conduta, o caráter, a sorte e o


destino enfim, têm raízes na profundeza de nosso ser.

Ainda que a mente consciente estenda sua ação até o subconsciente, jamais
poderá deter seu crescimento nem anular as forças que a animam, e a sorte
depende da linha de conduta e os desta de acordo com o caráter, os do caráter
de acordo com a interação das forças a que somos sensíveis. Que haverá
nesta mente subconsciente, que tem suas raízes no mais profundo de nossa
natureza, para que as coisas ocorram de tal forma?

Consciente e subconsciente

A vida subconsciente está formada pelos elementos primários de que se serve


nosso princípio de formação para cumprir as próprias funções. A vida
consciente está formada pela síntese do saber acumulado por experiências e
pelo mecanismo que o homem desenvolveu para expressar esse saber e
comportar-se segundo sua própria experiência. Pela primeira, somos como a
lagarta, que prepara o ninho quando está fecundada, acumulando víveres ao
depositar os gérmens de suas larvas e cerrando a porta com seu próprio
cadáver, de onde devem sair as novas lagartas, quando se decompõe o
cadáver da mãe, na primavera seguinte; tudo isso sem conhecer a
transcendência de seus atos, cumprindo cada um a ordem matemática que lhe
corresponde e sabendo o que vai fazer pelo que já fez. ESTA É A TEORIA DE
TUDO O QUE ESTÁ ESCRITO.

A OUTRA TEORIA QUE DIZ, TUDO SE VAI ESCREVENDO, explica os fatos


de forma similar, mas fazendo depender cada um de causas anteriores.

A MENTE CONSCIENTE, como vimos, difere da primeira. Não é filha do


automatismo que nos obriga a sentir e trabalhar segundo os processos, a
realizar os atos que correspondem exatamente ao relacionado. Pela mente
consciente, ao contrário, o homem freia seus estímulos quando são nocivos e,
assim, se converte em ser consciente, com uma vontade livre e uma
capacidade de cometer ou não certa ação. MAS ATÉ QUE PONTO O HOMEM
POSSUI O LIVRE ARBÍTRIO OU A VONTADE LIVRE? EM QUE PONTO A
CONSCIÊNCIA SE DESLIGA DA SUBCONSCIÊNCIA?

Cérebro e cerebelo

Também o grânulo da vida tem em si a massa encefálica como corpo do


mecanismo cerebral. Esse corpo tem um mecanismo complicadíssimo, com
uma rede de nervos que se estende em todas as direções e em alguns setores
se unem como coroas radiantes. Compõe-se de duas matérias: uma cinzenta e
outra branca e têm propriedades diferentes. A primeira é estritamente sensitiva
e a segunda é uma perfeita condutora. A matéria cinzenta recolhe as
sensações, a branca as transmite a todo o corpo por meio de células de forma.

No cérebro estão as faculdades superiores que respondem à vontade; no


cerebelo estão os centros que regem a atividade subconsciente.

Em virtude de que princípio se produz o pensamento? Não se sabe.

De acordo com os estudos desenvolvidos para estes fins, sabemos que o olho
vê a imagem de algo, o nervo ótico transmite a sensação ao centro visual do
cérebro, este a reexpede instantaneamente a todos os demais, e se grava uma
placa que contém as particularidades para o que contribui o sentido e, assim,
se constituem uma caudal que a memória entesoura para futuros serviços.

Saber é recordar

Sem a memória não há lembranças e sem recordações não pode haver


conhecimento ou sabedoria, por isso disse Platão: SABER É RECORDAR. No
homem, existe o recordar e o conhecer e ele os atualiza nas diferentes etapas
da vida e o denomina PLANO DE MANIFESTAÇÃO, e este plano de
manifestação rege os três planos que formam nossa unidade: o físico, o mental
e o espiritual. Os três planos têm no Centro Psíquico seu ponto de interseção e
no automatismo desse Centro se encontra o elemento que regula a atividade
de cada um. ESTA É A MANEIRA DE SER DE CADA INDIVÍDUO. De que
matéria está formado este CENTRO PSÍQUICO?

Ninguém sabe, mas existe.

A UNIDADE DO HOMEM ESTÁ REPRESENTADA PELO ARQUÉTIPO QUE É


O MESMO EM CADA INDIVÍDUO.
ESTA UNIDADE SE EXPRESSA EM TRÊS PLANOS DE CADA PESSOA.
CADA PLANO DISPÕE DE DUAS INTELIGÊNCIAS: UMA PRIMÁRIA, OU
SUBCONSCIENTE E OUTRA SECUNDÁRIA, OU CONSCIENTE, AMBAS
COMUNS A TODOS OS HUMANOS.

A SUBCONSCIÊNCIA SE EXPRESSA ATRAVÉS DO CEREBELO E A


CONSCIÊNCIA ATRAVÉS DO CÉREBRO, DA MESMA FORMA EM TODOS
NÓS.

Do dito, depreende-se cientificamente que: O ARQUÉTIPO É UNO E TEM


DUAS INTELIGÊNCIAS; MANIFESTA-SE EM TRÊS PLANOS, através de um
mecanismo que possui numerosas cadeias e centros nervosos, encarregados,
cada um, de um trabalho específico. Finalmente, TODO ESSE MARAVILHOSO
MUNDO ESTÁ ENCERRADO, LATENTE E MANIFESTADO PELO GRÂNULO
DA VIDA...

PONTE DE VARÓLIO

Há um feixe nervoso composto por muitas variadas classes de neurônios que


une o cérebro ao cerebelo e, conectando o subconsciente com o consciente,
faz com que exista uma constante comunicação entre a vontade e o instinto.
Este feixe se chama PONTE DE VARÓLIO, que é o ponto para onde
convergem as sensações que entram de fora para dentro e, da mesma forma,
pelo qual flui o que sai de dentro para fora. É a porta de entrada e de saída das
emoções.

NO GRÂNULO DA VIDA ESTÃO A LEMBRANÇA E O SABER

O Universo é uma escala de repetições progressivas, determinadas por leis e


forças preexistentes. No primeiro degrau devem existir os demais degraus
latentes com as particularidades proporcionais daquilo que há de existir nas
causas dos efeitos vindouros.

A seu tempo, também os efeitos se convertem em causas de outros efeitos e,


assim, sucessivamente. A vida, então, não é mais que um eterno recordar e
saber ou um eterno intuir e recordar, QUE SE GRAVAM IDELEVELMENTE NO
GRÂNULO DA VIDA. ESSA MESMA PRÁTICA É A QUE FAZ O MESTRE.

Essas sucessivas repetições são as que formam ou determinam o automatismo


psíquico em todos os indivíduos, mas com particularidades diferentes em cada
um. O sábio desenvolveu algumas partes da massa cerebral devido à sua
consciente vontade de trabalhar e, por isso, ele é sensível a determinados
estímulos mais do que eu. Na célula seminal primitiva estão, em partes iguais,
os elementos masculinos e femininos, e a diferença está em que os elementos
de certa classe alcançam maior desenvolvimento. A diferenciação se dá em
virtude da maior atividade dos elementos que produzem hormônios de certas
classes e que dependem de muitos fatores, como, por exemplo, a temperatura,
a luz, a presença no interior de determinados ácidos, de certos sais minerais,
da força vital que aviva a ação de uns elementos e conserva outros em
equilíbrio estável, etc... No grânulo da vida está, em potência, o conhecimento
destas fórmulas e a subconsciência e consciência possuem os órgãos físicos
que permitem liberá-lo, porém falta-nos a chave mestra que nos abra
totalmente a porta da SUPERCONSCIÊNCIA. Que é a superconsciência? É a
consciência que sabe sem pensar e trabalha sem equívoco.

Que nos falta para obter esta chave mágica?

É necessário alcançar três objetivos:

1o – Disciplina física: Submeter-se a um regime racional e adequado de dietas


e exercícios musculares e respiratórios, até alcançar um domínio sobre si
mesmo.

2o – Disciplina mental: Instruir-se nas ciências humanas, aprender e conhecer a


unidade da vida e das ideias com as formas, até fazer-se apto para
compreender e fazer-se compreensível.

3o – Disciplina espiritual: Penetrar nos mistérios da criação, nas leis de causa e


efeito, nos processos de transmutação e veículos que unem o mental ao
espiritual até que se identifique e se faça um com o todo.

Estas disciplinas dão ao adepto o poder de abrir conscientemente suas portas


internas e fazer com que sua consciência leia os arquivos da subconsciência e,
assim, libere sua superconsciência ou Onisciência, e se converta em
SACERDOTE DO SABER, vendo o passado, o presente e o futuro. A ALMA
QUE SABE SE CONSOME NO DESEJO DE SABER MAIS. A QUE
VISLUMBRA DEUS SE CONSOME NO DESEJO DE CHEGAR A ELE... disse
a TORAH.

A UNIDADE TRINA DO ÁTOMO DA VIDA

Comprovamos que o grânulo da vida se manifesta no homem por meio de uma


trindade: ESPÍRITO, ALMA E CORPO. Estes três aspectos da vida estão em
recíproca dependência; se se altera um deles a alteração repercute nos outros
dois e o EU deixa de expressar “SUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO
NO CÉU”. Assim, vemos que uma dor no corpo coloca o homem de mau
humor, irascível e sem desejo de trabalhar. O Arquétipo elaborado pelo Átomo
da vida não é masculino nem feminino, mas os átomos físicos uterinos são
masculinos e femininos. Nos masculinos, a força flui do mundo da alma ou
mental e vai ao físico e, nos femininos, a força vem do mundo físico e
desaparece no mundo mental.

Quando se extirpa um membro do corpo, não se amputa seu relativo no


grânulo da vida e, por tal motivo, persistem as dores depois de cortado o
membro do enfermo e os médicos o atribuem ao SUBCONSCIENTE, mas já
estudamos antes que a SUBCONSCIÊNCIA é um aspecto da Trindade da
ONISCIÊNCIA que possui o Grânulo da vida. A debilidade da mente do homem
não é motivada pela debilidade do Arquétipo, mas pelo desgaste do corpo
físico.

A MENTE

Já explicamos anteriormente que a mente se manifesta no homem por meio de


sua Trindade, assim como se manifesta seu progenitor, o Grânulo da vida.

A mente subconsciente é a que influi e está influenciada por cada unidade


separada da consciência, da mesma forma que o homem que coloca diante de
seus olhos um vidro colorido. A mente é a criadora da ilusão, diz o livro dos
preceitos de ouro.

A mente consciente é aquela parte da mente que estuda as coisas tal como
são em seu aspecto fenomênico, mediante suas vibrações. A mente
Superconsciente é a terceira parte que sabe sem pensar e trabalha sem
duvidar. Os três aspectos estão no Grânulo da vida ou NO QUE SABE NO
GRÂNULO DA VIDA. A mente não é mais que a atuação da Providência por
meio do corpo da alma no corpo físico. Logo, o corpo físico é uma unidade
composta por vários aparelhos ou sistemas, os que, por sua vez, constam de
órgãos compostos de células viventes e estas constam de átomos vivos que
recebem a inteligente influência do Arquétipo por meio da mente, cuja ação
incessante determina o funcionamento dos órgãos.

As células não fazem o mesmo trabalho; sem dúvida, o trabalho de cada célula
está intimamente relacionado com o trabalho de todas as demais.

Deduz-se daí, que todos os órgãos estão relacionados entre si e, por isso,
quando um órgão adoece, todos os demais se ressentem.
O trabalho das células de cada órgão está regido por um ou por vários nervos e
estes nervos têm sua origem comum NO CÉREBRO, como uma central de
telefones que distribui por meio da espinha dorsal todas as suas ordens a todos
os departamentos do corpo. Disso se depreende que o cérebro é o órgão
próprio da mente e a Mente, com seus três aspectos, é o instrumento do
Grânulo da vida, pelo qual se relaciona com o mundo exterior. Por meio do
cérebro O Arquétipo expressa sua energia mental que é peculiar àquele que
procede pela natureza do mesmo Arquétipo, que é como PRIMEIRO
PRINCÍPIO DIFERENCIADO DA PROVIDÊNCIA.

Então a ação mental do Grânulo da vida pode transmitir-se a partir do cérebro,


por meio dos nervos, até todas as partes, órgãos, células e átomos do corpo.
Logo, todos os órgãos com suas células estão relacionados com a mente e
podem receber sua influência em maior ou menor grau. Esta influência é
algumas vezes fraca e inconsciente e outras, voluntárias e conscientes. Isto
nos induz a afirmar que o pensamento produz um efeito material, como o fluxo
da saliva ao pensar no suco de limão, sem intervenção da vontade.

Se isso acontece independente da vontade do indivíduo, o que ocorreria se o


homem concentrasse sua vontade e pensamentos em determinado órgão?...
Que aconteceria ao homem se se dedicasse a cultivar um vício por meio de
seus pensamentos e desejos?... Por isso, dissemos e afirmamos novamente
que a vontade e os pensamentos do homem podem afetar o Grânulo da vida,
transmitindo-lhe uma corrente de vibrações desordenadas e discordantes que
perturbam as atividades das células, cujo trabalho será deficiente e nocivo. E
OS FILHOS NÃO SERÃO NOSSOS FILHOS MAS SIM OS FILHOS DE
NOSSAS PAIXÕES. O Átomo da vida é de origem divina mas os elementos
são fabricações humanas E ASSIM COMO PENSA O HOMEM EM SEU
CORAÇÃO ASSIM ELE É. Podemos acrescentar: E ASSIM SERÃO SUAS
OBRAS E SEUS FRUTOS.

Já foi dito que “o homem é o rei da criação” e isso é verdade, pois todo o
progresso tinha como objeto a manifestação do estado latente por meio de
transformações que conduzirão as realizações cada vez mais úteis até a
perfeição indefinida.

O homem é considerado o grau mais alto do progresso, logo o homem é o


instrumento mais apto para a expressão do Arquétipo na matéria, pois possui
uma rapidez considerável que o leva até a perfeição indefinida. A Perfeição
Indefinida é o centro de atração de todos os seres e de todas as ações ou atos
materiais e morais do universo. ESSA PERFEIÇÃO INDEFINIDA EMANA DO
ARQUÉTIPO OU ÁTOMO DA VIDA E VOLTA AO MESMO.
Para atingir seu objetivo eterno, o TUDO EM TUDO comunicou seu espírito
eterno à matéria eterna, para produzir nela o movimento. Logo, o movimento
não é outra coisa senão a ação do Arque-Espírito sobre a matéria, com vista a
um feito que deve obter um resultado. O movimento físico é o objeto material
do Universo, mas como a moral caminha paralelamente com o material, tudo o
que tem um objetivo material deve ter um objetivo moral. Também uma
finalidade moral é igual e paralela à finalidade material. Logo, o Arquétipo tem
um objetivo moral paralelo a seu objetivo material. O objetivo físico é o
movimento e o objetivo moral é o progresso.

Se a finalidade do Universo é o Progresso, a finalidade de cada homem, parte


do Universo, deve ser também o progresso.

Toda ação posterior possui todas as qualidades da anterior de onde surgiu sua
origem, com mais uma qualidade. Cada qualidade acrescida às qualidades
antigas apresentará mais um grau de perfeição à ação anterior. Então, todo
fato é o resumo de todos os fatos precedentes, com mais uma propriedade,
logo todas as ações de hoje serão motivo dos resultados de amanhã e todos os
de amanhã o serão dos de depois de amanhã. Assim, o Espírito e a matéria
que compõem o Arquétipo contêm em si mesmos, desde o começo, o gérmen
das ações materiais e morais que são e que serão no futuro.

A manifestação ou transformação será a consequência necessária de um


princípio existente em estado latente em uma ação anterior. Desde a ação do
Espírito sobre a matéria nada foi produzido sem ser em estado latente desde o
princípio, se assim nos é permitido empregar essa expressão.

O HOMEM MICROCOSMO

O homem é a miniatura do universo, por isso o chamam Microcosmo, porque


contém todas as qualidades que foram dadas a todos os seres antes dele,
MAS TODAS FORAM FECHADAS OU OCULTAS NO ARQUÉTIPO. Tudo o
que foi feito até a aparição do homem o foi para o homem. O ARQUÉTIPO
POSSUI A QUINTA-ESSÊNCIA DE TODAS AS QUALIDADES ANTERIORES
EXPERIMENTADAS POR SEUS ANTECESSORES. O homem é o rei da
criação. Se o homem não é a última palavra da perfeição no caminho do
progresso, é, sem dúvida, o mais perfeito da escala no estado atual. Todos os
seres anteriores ao homem foram organizados para servir-lhe em suas
necessidades no caminho do seu progresso.
GENEALOGIA CÓSMICA

A formação dos corpos deve ter começado pela organização mais simples e
mais imperfeita, porque os corpos que se aproximam da perfeição são os mais
organizados. Logo, todo corpo de uma organização simples é sempre anterior
àquele cuja organização é mais complexa, pois uma organização complexa
não pode ser senão a síntese de muitas organizações simples.

Logo o Arquétipo é a síntese do progresso manifestado no estado atual... O


homem não poderá existir sem animais, sem vegetais, sem terra, sem água,
sem atmosfera, sem a ação do calor que produz o esfriamento do gás, dos
líquidos e sem a coesão dos minerais no planeta, sem a ação do sol sobre os
sólidos e, finalmente, SEM A AÇÃO DO ESPÍRITO SOBRE A MATÉRIA E,
POR ÚLTIMO, SEM A AÇÃO DO SUBCONSCIENTE, DO CONSCIENTE E DO
SUPERCONSCIENTE.

POR CONSEGUINTE, TUDO ESTÁ NO HOMEM.

Sendo o homem um microcosmo ou miniatura do Universo, deve, por


conseguinte, descender em linha reta e direta da ação do Espírito sobre a
matéria, passando pelo calórico, pelo sólido, pelo gás, pelo líquido, pelo
mineral, pelo vegetal e pelo animal. Assim, o Espírito ao trabalhar na matéria
nela se incorpora, até chegar à organização do homem.

O INSTINTO É A CONSERVAÇÃO

A diferença entre o homem e o animal é como a diferença que existe entre o


progresso e a conservação ou entre a consciência e o instinto. O meio de
conservação foi dado ao homem, ao animal e ao vegetal e é o instinto (no
homem se chama subconsciente). Sem esse Dom seria inútil a existência,
porque não teria existido nenhum meio de conservar-se.

O instinto é o meio de conservação e está no Arquétipo de todo ser animado. É


fatal, instintivo ou irreflexivo. A abelha constrói seu reino sem consciência; ela
trabalha sob a pressão de uma necessidade de sua natureza à qual deve
obedecer. Seus trabalhos são, desde os tempos mais remotos, uniformes,
segundo a necessidade que lhe foi imposta. O instinto irreflexivo acarreta o
defeito do progresso. Se o instinto pudesse refletir, ele poderia comparar; se
ele pudesse comparar, poderia melhorar, se pudesse melhorar, poderia
progredir e se pudesse progredir desejaria conservar-se; pois o instinto não
seria mais instinto e, sim, a intuição da consciência.
Se o instinto chegasse a desaparecer da natureza material, esta deixaria de
existir, pois logo que um progresso seja cumprido, não haveria outra força de
resistência capaz de conservar o primeiro progresso para fazer dele a base de
um segundo. O instinto é, então, uma força de inércia que modera o salto
impetuoso do progresso; por isso se diz:

A NATUREZA NÃO DÁ SALTOS

Se não existisse o Instinto ou o subconsciente no Átomo da Vida que forma o


arquétipo e a célula seminal, não haveria conservação nem existiria a
consciência, condição do progresso; nem haveria razão para a existência do
corpo humano que vive materialmente pelo instinto e não poderia conservar
sua vida animal que é indispensável à vida moral da alma. E assim a matéria
se desagrega; todas as esferas voltam a ser átomos; as almas retornam ao
estado de puro espírito e a lei do progresso se detém. A Providência teria que
recomeçar o trabalho da organização universal e o Espírito teria que trabalhar
de novo sobre a matéria. Esta é a lei da desintegração e da transformação:
Quando um corpo ou uma esfera deixa de ser útil à lei do progresso se
desintegra, porque se deteve no caminho da evolução... Se a natureza não dá
saltos em seu trabalho, muito menos pode deter-se em seu avanço.

O instinto é o correspondente da consciência. Sem instinto não há consciência,


assim como não haveria vida sem matéria. O instinto é para a vida material
como é a consciência para a vida moral. O instinto é feito para a consciência
como a vida material é feita para a vida moral. O Espírito é o princípio do
progresso. A matéria é o princípio da conservação; o Grânulo da vida contém
ambos. A consciência é a condição do progresso. O instinto é a condição da
conservação. Ambos os princípios estão no grânulo da vida. A consciência
supõe a liberdade. O instinto supõe fatalidade ou naturalidade. Ambas as
faculdades se encontram no Grânulo da vida. A liberdade exige
responsabilidade, ainda que a fatalidade ou naturalidade não a tenha. Assim,
todo ser que segue seu destino cumpre a lei natural e não pode ser por ela
responsabilizado, embora aquele que abusa de sua liberdade seja responsável
pelos seus atos.

O animal possui apenas o espírito, não tem consciência e vive sempre uma
vida material. O instinto é o resultado de um conjunto de funções que
pertencem ao corpo material e desaparecem com ele, mesmo que as funções
continuem latentes no Arquétipo do Grânulo da Vida.
DA PERFEIÇÃO

Somente o homem é passível de perfeição, porque é livre e não necessita de


nenhum agente externo para sua perfeição. A matéria inerte e sem iniciativa
não é capaz de aperfeiçoar-se. O animal também não o é, porque ele carece
de liberdade e de vontade. Só o homem pode aperfeiçoar-se. O homem é
perfectível e suscetível ao progresso, porque o progresso é o caminho que
conduz à perfeição indefinida.

A inteligência, que alguns cientistas atribuem a certos animais inferiores, é


apenas o instinto que o arquétipo de cada espécie possui em grau diferente. O
instinto é desenvolvido de acordo com sua ordem de superioridade. O instinto
se desenvolve mais nos animais que têm mais necessidade para conservar sua
existência. Não causa surpresa que os animais que estão mais próximos do
homem, servindo-o, tenham certa compreensão que os capacita a serem mais
aptos para cumprir sua missão. Só o homem pode educar o animal, ainda que
esse animal não possa transmitir ao outro a educação que recebeu. A
educação não muda a natureza, e, sim, a forma.

FORMAÇÃO DO HOMEM

Já vimos que o Grânulo de Vida é a origem do homem. É um gérmen que o


homem deposita no óvulo da mulher. O gérmen se desenvolve e se organiza,
pouco a pouco, até chegar a ser embrião, feto, criança etc... A mãe o alimenta
diretamente.

Assim, Grânulo de Vida – origem do homem – contém em si o espírito, a alma


e o corpo que devem compor o homem. O corpo é uma parte da matéria e a
alma é uma parte do Espírito E ASSIM O VERBO SE FÊZ CARNE EM NÓS.
No Grânulo da Vida está encerrada a essência do saber: no vegetal e no
animal está o subconsciente; no homem, o consciente; e no super-homem o
homem-Deus O SUPER-CONSCIENTE.

A alma deve conduzir o corpo ao caminho do progresso sem deixá-lo desviar-


se.

Todo desvio do caminho do progresso é um abuso de liberdade; logo, cada


alma é uma parte do Espírito Infinito e tem por finalidade APERFEIÇOAR O
CORPO PARA QUE O HOMEM MANIFESTE, POUCO A POUCO, OS ALTOS
GRAUS DA SUPERAÇÃO OU PERFEIÇÃO.

O Grânulo da Vida não se modifica; os corpos mais ou menos se modificam,


conforme a alma se manifeste. A manifestação da alma consciente não é
senão o resultado da ação da alma sobre os centros e as glândulas do corpo
que, pensando bem, não são mais que a obra do progresso cujo resultado é o
aperfeiçoamento do ser humano.

HARMONIA ENTRE OS ELEMENTOS HUMANOS

No Grânulo da Vida há uma harmonia perfeita entre os elementos do corpo


humano.

O bem é o resultado da harmonia que existe entre os elementos humanos,


entre a alma e o corpo, então o homem se torna bom. O mal existe quando os
atos conduzem à desarmonia e o homem se torna mau, perverso.

O corpo não faz a alma perversa, ele somente pode impedir sua manifestação
em um ponto ou em outro. Onde a alma não manifesta a moral, o corpo
manifesta o egoísmo ou o instinto animal desenfreado.

Quando o corpo impede a manifestação da moral, o homem se apresenta


semelhante ao bruto, à besta selvagem e não terá senão instintos animais aos
quais obedece.

A educação tem por objeto remediar, dentro do possível, as inclinações


perversas; a instrução e o autodomínio podem diminuir os desejos
desenfreados e trocá-los por elevadas aspirações. Já se constatou,
historicamente, que cérebros de grandes homens trocaram de conformação, a
partir do momento em que novas ideias ocuparam sua mente.

FORMAÇÃO DO HOMEM

Como já sabemos, o corpo humano se forma por uma série de transformações


de corpos heterogêneos em corpos assimiláveis e pela sua associação.

O Grânulo de vida comunica ao corpo e a seus elementos o poder de


conservação, renovando-se sem cessar, isto é, a inteligência subconsciente o
associa a novas partículas para renovar as que perde continuamente. A ciência
constatou que a cada sete anos o corpo humano renova totalmente todas as
suas partículas.

A vida material não é mais que uma longa série de transformações.


MATERIAL E MORAL

A vida material é anterior à vida moral e até se pode dizer que a vida moral do
homem não é mais que o resultado da vida material. Em princípio, o homem
não nasceu com a vida moral, porque não podia comparar os acontecimentos
nem distinguir o bem do mal. As faculdades da memória e da inteligência de
apropriar-se, de comparar, de gozar e de escolher bem, como a razão e a
consciência não despertam no homem, senão lentamente. Cada faculdade é a
base de outra: porém uma faculdade não nasce de outra, se não após largo
intervalo.

DESENVOLVIMENTO DOS ÓRGÃOS

Toda função que tem ao seu dispor órgãos especiais, materiais e sensíveis, na
administração do corpo humano pertencem à vida material. De cada função da
vida material nasce, sucessivamente, uma nova, de acordo com a ordem de
sua utilidade e necessidade.

O Átomo de vida formador do arquétipo, faz nascer neste e, também, no


homem, todos os órgãos, ainda que rudimentares no princípio, com os quais
pouco a pouco cumpre todas as missões de sua vida animal. O homem, ao
usar o instinto, ao mesmo tempo usa os órgãos que são indispensáveis à sua
conservação. Aqueles órgãos dos quais terá necessidade mais tarde ficam
adormecidos ou paralisados, esperando chegar sua vez, na criança, para seu
desenvolvimento material. A criança, nos seus primeiros dias, não tem
necessidade senão de coisas muito simples e fáceis de encontrar. À medida
que aumentem suas necessidades, ela estará mais capacitada para procura-
las – até que adquira o movimento de poder buscar tudo para si mesma,
necessita dos cuidados de sua mãe ou de outra pessoa que ocupe o lugar
dela. QUEM INFUNDIU A TERNURA, O CARINHO E O AMOR NO CORAÇÃO
DA MÃE PARA CUIDAR, DEFENDER E SACRIFICAR-SE PARA SALVAR O
FILHO?... E ESTE SENTIMENTO É SUBCONSCIENTE, CONSCIENTE OU
SUPERCONSCIENTE?

Não sabemos responder, mas podemos afirmar que este sentimento se


encontra no Grânulo da vida. Se algumas vezes vemos certos seres
desnaturalizados é por defeito do instrumento corpo e não por defeito na Lei. O
Grânulo da vida, antes de tudo, prepara na criança as funções da respiração (E
O HOMEM TORNOU-SE ALMA VIVENTE). Depois, desenvolvem-se nele,
espontaneamente, as funções da nutrição, porque são indispensáveis em todas
as épocas da existência. Não é necessário aprender a fazer. A necessidade é o
solo móvel e o INSTINTO é a sua lei. Desde o momento que sai do ventre a
criança respira e busca o alimento, e o absorve, como se estivesse
acostumada a isso no ventre materno.

Todas as faculdades acessórias à nutrição se desenvolvem, logo que é sentida


a necessidade. Os sentidos, que são, apenas, acessórios de grandes funções
de conservação, se desenvolvem à medida que cada uma delas tenha
necessidade de sua ajuda.

FUNÇÕES DE CONSERVAÇÃO

Defender-se para conservar-se não é um ato racional, é um ato inevitável, isto


é, natural do instinto que o Grânulo da vida proveu o ser como necessidade
imperiosa, igual a de respirar, de comer e de dormir.

A vida em sociedade, o amor conjugal ou do animal para sua fêmea, a


educação das crianças, o trabalho para atender às necessidades, aproveitar os
frutos do trabalho, tudo isto é INSTINTO, isto é, urgência da vida material, tudo
isto é inevitável, faz-se debaixo da pressão da necessidade, porque é comum
entre todos os homens. TUDO ISSO É FEITO TENDO EM VISTA A
CONSERVAÇÃO DO INDIVÍDUO. Assim, tudo o que é da vida material é
fatídico, ou seja, NATURAL. Tudo o que é fatal-natural pertence ao corpo físico
e tem por finalidade a conservação. O Grânulo de vida outorga ao homem duas
categorias de funções de conservação:

1o – a alimentação e a proteção;

2o – a atração da matéria simpática e a repulsa da antipática.

Os sentidos são os instrumentos da conservação inevitável e espontânea. A


respiração é anterior à alimentação e a alimentação é anterior à proteção.

O gosto e o olfato pertencem à alimentação. A vista, o ouvido e, tudo mais, à


proteção. Cada sentido, em si mesmo, ao ter relação com o objeto o toca
consciente ou subconscientemente. ESSE TOCAR ESTÁ COMPOSTO DE
CINCO VARIEDADES, RESPONDENDO A CADA UM DOS CINCO
SENTIDOS DO CORPO.

Mas, como explicamos ou interpretamos aquele outro sentido interno que nos
faz prever os acontecimentos antes de sua realização?

Qualquer alimento se nos apresenta com seu sabor e aroma. Se é contrário ao


gosto e ao aroma estes o declaram como inimigo e o rechaçam, porque em
cada sentido existe uma inteligência sábia. Sucede a mesma coisa com o
ouvido de acordo com o som; com a vista, segundo sua forma e contato
conforme sua aspereza. NO ARQUÉTIPO ENCONTRA-SE O MÁXIMO DO
SABER que o comunica a cada sentido e a cada órgão do corpo, como vimos
anteriormente.

O Grânulo da vida constrói no homem os cinco sistemas e os cinco sentidos


para completar o sistema geral de conservação do Indivíduo.

A criança, desde seus primeiros dias, tem uma linguagem natural, sensível.
Como suas necessidades são poucas e delicadas, sua linguagem é muito
pouco desenvolvida, mas é compreendida pelos que a rodeiam. O pranto é a
primeira linguagem, o riso é a segunda, seguindo-se, imediatamente, os gestos
e os gritos e, por último, a linguagem artificial, que ocupa o lugar do natural,
quando a criança se torna homem.

A VIDA MORAL

O Grânulo da vida, quando se torna criança, passa a ser o possuidor de uma


alma e de um corpo. Mas em seus primeiros dias somente seu instinto se
manifesta, ainda que sua alma esteja em estado latente. No homem, o
desenvolvimento do instinto é primordial, para que haja a expansão da
consciência, porque o instinto deve preceder o progresso como o agente da
conservação. Assim, a condição material deve vir primeiramente para que se
manifeste o resultado moral.

Todo progresso SE MANIFESTA POR UMA MELHORIA MATERIAL. Daí ser


necessário possuir órgãos materiais com sentidos desenvolvidos antes de
serem suscetíveis de progresso; porque todo progresso seria inútil e não
existiria se não se encontrasse em expansão no órgão que o manifesta.

ASSIM, AS FACULDADES DA ALMA SE EXPANDEM EM RAZÃO


PROPORCIONAL AO DESENVOLVIMENTO DO INSTINTO “COM E EM”
SEUS PRÓPRIOS ÓRGÃOS. Por sua fraqueza, o homem primitivo, diante dos
perigos, teve que se associar aos seus semelhantes e viver em sociedade.
Essa é a origem da sociedade. Na sociedade, houve necessidade de meios
para o entendimento e também da voz e dos símbolos que produziram a
linguagem.

A vida moral se compõe de deveres. Antes dela o homem praticava seus


direitos, sendo o instinto seu único guia.

O homem foi jogado na vida moral contra sua vontade, por força da imperiosa
necessidade material: A NECESSIDADE DE VIVER.
O destino do homem é o progresso e, sem vida moral, não pode haver
progresso e ele jamais seria superior ao animal que compartilha a vida material
“com” e “como” ele. Assim, existe no homem uma super-inteligência que lhe
deu faculdades morais para executá-las. O homem nada alcança se não tiver
objetivo. As faculdades materiais comparadas às morais devem dar frutos
paralelos e correlatos e, assim, como os materiais constituem o conjunto da
vida material, do mesmo modo, os resultados morais o (conjunto) da vida
moral. Desta forma, o homem está na natureza para viver em sociedade e
seguir a corrente do progresso indefinido.

DAÍ, O GRÂNULO DA VIDA SER O CÍRCULO QUE CONTÉM O PASSADO, O


PRESENTE E O FUTURO; E A VIDA MATERIAL E A VIDA MORAL SÃO
APENAS UMA SÉRIE DE TRANSFORMAÇÕES NO GRÂNULO DA VIDA.

LOGO, TODA CAUSA TEM SEU EFEITO E TODO EFEITO, POR SI MESMO,
É UMA NOVA CAUSA. COISA ALGUMA VEM DO NADA E NADA PODE SER
DESTRUÍDO. POR ISSO, A ALMA ESTÁ NO CORPO ENQUANTO ESTE
SERVE DE PONTO DE PROGRESSO E O ABANDONA QUANDO SE APAGA
O INSTINTO DE CONSERVAÇÃO, ISTO É, A ÂNSIA DE EVOLUIR.

LIBERDADE E DESTINO OU NECESSIDADE

O princípio da vida moral é o Espírito e por meio DELE ela exerce sua
liberdade (CONSCIENTE).

O princípio da vida material é a matéria e seu meio é o destino ou necessidade


(SUBCONSCIENTE).

Logo, ambas as vidas – moral e material – são correlatas e paralelas entre si,
como o são o Espírito e a Matéria, a liberdade e a necessidade ou fatalidade.
Podemos dar uma ideia de suas principais características e estabelecer o
paralelismo:

Veja a seguir
PRINCÍPIOS
Vida Moral... ESPÍRITO ALMA
Vida Material... Matéria Corpo

MEIOS
Vida Moral... Consciência Liberdade Escolha
Vida Material... Instinto Fatalidade Obediência

OBJETIVOS
Vida Moral... Progresso Melhoramento
Vida Material... Conservação Estabilidade
CARACTERÍSTICAS
Vida Moral... Praticada só pelo homem.
Vida Material... Praticada por tudo o que tem vida.

Vida Moral... Não pode existir sem a vida material.


Vida Material... Pode existir sem a vida moral.

Vida Moral... Nasce no homem depois da vida material.


Vida Material... Nasce no homem antes da vida moral.

Vida Moral... Tem como agente o dever.


Vida Material... Tem como agente o direito.

Vida Moral... Vida dos homens em sociedade que regula suas relações.
Vida Material... Vida dos homens separadamente, sem relações sociais.

Vida Moral... Vida de harmonia, abnegação e fraternidade.


Vida Material... Vida de egoísmo, amor próprio e rivalidade.

Vida Moral... Útil, confortável, abundante.


Vida Material... Indispensável, reduzida, necessária.

Vida Moral... Diversas sociedades segundo os indivíduos.


Vida Material... Uniforme em todas as sociedades e todos os indivíduos.

Vida Moral... Responsável quando abusa de sua liberdade contra o direito alheio-Sanção.
Vida Material... Não há liberdade, não há responsabilidade quando ela desobedece - Sanção Natural.

Vida Moral... Ideal moral. O verdadeiro. Progresso - Ideal Material - O belo - Aperfeiçoamento
Vida Material... Trabalho mecânico - Copiar - Nenhum aperfeiçoamento

Do exposto, compreendemos que o Grânulo da vida é dual, ou melhor, possui


dois fatores correlatos que têm por objetivo uma produção comum que se
diferencia de seus fatores; dessa maneira, compreende-se que o dualismo é a
fonte de qualquer manifestação no universo.

Assim, o Grânulo da vida tem pólos para se manifestar, mas só possui uma
maneira de proceder.

O ATO DA REPRODUÇÃO

A procriação é o mesmo jogo da ação do Espírito sobre a matéria. O Grânulo


da vida na célula seminal encerra em si todos os mistérios do Espírito e da
matéria, mas como o Espírito não se manifesta senão através da matéria,
assim também o Grânulo da vida só se manifesta no útero da mulher. Sem a
dualidade, sem a união do masculino com o feminino, do macho com a fêmea,
nada poderia ser criado, produzido ou manifestado.
LIBERDADE E FATALIDADE (DESTINO)

Os filósofos disseram, sem nenhuma reserva: O HOMEM É LIVRE. Com esta


frase, eles negaram a natureza material do homem. Dizer que o homem é livre,
é dizer que ele não tem nada de fatal, é negar o instinto de sua natureza, de
suas necessidades; é como se dissesse que o homem é um Espírito puro.
Essa afirmação é errada. O homem não é totalmente livre. O homem se
compõe de duas naturezas opostas: uma é material e a outra moral. A natureza
material está submetida à fatalidade ou à necessidade para a manifestação; o
instinto é o sentimento que o obriga a produzir; ele não é livre e, por
conseguinte, não é responsável. Muito bem, no que se relaciona com sua
natureza moral, o homem raciocina, julga, escolhe, logo, é livre e responsável.
O homem não é livre em sua vida material, isto é, nas funções de sua
moderação que estão sujeitas aos órgãos sensíveis. Dessa forma, o homem
não é livre para ter ou não ter fome; seu instinto o obriga a senti-la e, se ele
não obedece e satisfaz sua necessidade, trabalha contra a lei fatal da natureza,
abusa de sua liberdade e, consequentemente, sofrerá.

Contradizer e fugir à razão da lei fatal da natureza à qual todos os seres devem
obedecer, causa desordem em seu controle corporal; neste caso, o ser moral é
responsável pelo crime que comete contra o ser material. O animal, que tem
apenas o instinto, não se deixa morrer de fome. Se o homem, que tem a
consciência sobre o instinto, se deixa morrer de fome, a culpa não é do instinto,
mas sim da consciência que apaga a voz do instinto, impedindo-o e privando-o
de seu direito.

Este crime da consciência contra o instinto é um crime da liberdade contra a


fatalidade ou necessidade; do ser moral contra o material. Neste caso, o ser
moral é o único responsável.

O HOMEM É LIVRE SOMENTE EM SUA NATUREZA MORAL OU IDEAL.

A natureza ideal do homem é o estado que o diferencia do bruto. É a


manifestação superior e perfeita de um fato material ou moral. É, enfim, o
aperfeiçoamento dos anteriores, unidos à nova evolução.

O animal e o homem têm as mesmas funções matorinis, mas o homem é


passível de perfeição enquanto que o animal não o é.

O homem busca o belo pela paciência. Do ideal do belo atinge o verdadeiro. O


verdadeiro é um progresso que antecede o princípio. Sem dúvida, nunca se
chega ao belo e ao verdadeiro absoluto, porque o belo contém outro ideal mais
belo, e o verdadeiro encerra outro ideal mais verdadeiro. Na vida, o objetivo do
homem é encontrar um ideal. O homem e o animal possuem o amor brutal ou
animal, e o sentimento instintivo, mas o animal obedece ao instinto, enquanto
que o homem obedece à sua consciência – esta é a diferença entre o animal e
o homem. A natureza instintiva, como acabamos de explicar, é fatal e
necessária, enquanto que a natureza moral é racional e consciente. O amor
instintivo é um amor vagabundo, frívolo, sem constância, sem consciência,
enfim, é uma paixão animalesca. O amor ideal, concentrado em um único ser, é
o amor elevado e puro, é o único digno do nome de amor e digno do homem.

LOGO, O HOMEM É LIVRE EM SUA VIDA OU NATUREZA IDEAL OU MORAL


E TEM A ABSOLUTA LIBERDADE DE ESCOLHA ENTRE O ÁTOMO BRUTAL
E O IDEAL; RESUMINDO, O HOMEM É LIVRE EM TUDO O QUE DIZ
RESPEITO À VIDA OU À NATUREZA MORAL...

OS TRÊS ELOS

O Sentir é anterior ao Pensar e o Pensar é anterior ao Produzir.

A vida emotiva, vinculada ao elo espiritual, é pois, um elemento primário que


modela a matéria que nos compõe, as ideias que nos caracterizam e os atos
que realizamos. Pela disciplina, podemos nos identificar com o que existe em
nós de espiritual (aquele que conhece o que vai dentro de nós). E O EU SE
IDENTIFICA COM O SABER UNIVERSAL.

A SABEDORIA ETERNA

Diz Aristóteles: O saber é anterior ao sábio e o sábio é anterior ao discurso,


através do qual ele expressa seu saber.

Logo, o que em nós é O QUE SABE é anterior ao que sabemos, e o sabido é


anterior ao discurso que expressamos e aos motivos que nos levam a fazê-lo.

COMO SABEMOS?

No Grânulo da vida que nos dá o ser, existem, em potencial, todas as


disposições inerentes à espécie a que pertencemos. Isso acontece com todos
os indivíduos, e, em todos, com igual capacidade para trabalhar de múltiplas
maneiras, sendo que, cada um faz seu trabalho segundo os meios de que
dispõe e de acordo com os estímulos que recebe em cada momento. Este
Grânulo da vida, o Arquétipo humano, tem as virtudes que nos unem e nos
diferenciam; todos nós somos feitos, basicamente, do mesmo molde, mas, ao
mesmo tempo, somos formados com materiais em diferentes proporções. O
Arquétipo é O QUE SABE em nós e expressa seu saber na matéria que nos
compõe e nos estímulos que recebemos.

SOMOS IGUAIS?

Todos nós somos filhos do mesmo tipo padrão, com igual capacidade para
atualizar os poderes inerentes à nossa espécie, porém somos diferenciados
por nossa experiência e facilidades com que contamos para abrir as portas do
Saber Infinito e nos identificarmos com Ele. A DISCIPLINA é o único meio que
permite à inteligência consciente se identificar com a subconsciente e as duas
com a Superconsciente, conseguindo-se o que chamam de realização
espiritual.

Ainda que o arquétipo, que anima todos os seres, seja o mesmo em cada
pessoa, sem dúvida a identificação tem uma extensa série de graus e
diferenças no caminho da superação.

INTELIGÊNCIA INDIVIDUAL E INTELIGÊNCIA UNIVERSAL

O Grânulo da vida que nos serve de Arquétipo contém, em potencial, todo o


saber de que é capaz a espécie em seu conjunto, expressando-o em cada
pessoa, segundo as facilidades mentais e físicas de que essa dispõe para fazê-
lo. A EVOLUÇÃO, o processo evolutivo, é a liberação que permite a nossa
inteligência pessoal estar apta para que flua, através dela uma parte do SABER
UNIVERSAL.

INTELIGÊNCIA UNIVERSAL

A Inteligência Universal é o máximo do Saber Latente, isto é, o mais atual


possível, existente no Universo, graças ao qual o sábio é anterior ao discurso e
a sabedoria anterior a ambos. Dessa Inteligência, o Arquétipo extrai tudo o que
necessita para cumprir as funções que lhe são inerentes. Ele toma uma parte
inseparável do Todo que busca sua PRÓPRIA REALIZAÇÃO ATRAVÉS DAS
INTELIGÊNCIAS INDIVIDUAIS QUE COMPÕEM A CRIAÇÃO.

Nosso saber é o contato que resulta do que existe em nós, entre o QUE SABE
E O SABER UNIVERSAL.

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