Sacramentosresumo
Sacramentosresumo
01
Introdução
CULTO CRISTÃO
Por meio dos sacramentos, “Cristo manifesta, torna presente e comunica a sua obra
de salvação pela liturgia da sua Igreja” (CCE 1076).
Nascer Batismo
Crescer e
robustecer-se Confirmação
curar-se Penitência
governar-se Ordem
Sociedade
perpetuar-se Matrimónio
Os Sacramentos podem classificar-se em três grupos
Sacramentos de cura
Ordem Matrimónio
Sinal sacramental
1 Ninguém senão Deus pode dar a uns meros sinais a capacidade de conferir a graça
sobrenatural
Autor principal: Cristo com a sua divindade
Autor instrumental: Cristo com a sua humanidade
A CCE 1127: “conferem a graça que significam. Eles são eficazes, porque neles é o próprio
Cristo que opera”.
Comunicam a graça ex opere operato. Mas não automatismo.
B Efeitos principais:
Graça santificante
Graça sacramental
Caráter em alguns
C Outros efeitos:
expressar e fortalecer a fé
prestar culto a Deus
realizar a santificação dos homens
criar e manifestar a comunhão eclesiástica
EFEITOS DOS SACRAMENTOS
A GRAÇA SANTIFICANTE
= selo pelo qual o cristão participa do sacerdócio de Cristo e forma parte da Igreja
segundo estados e funções diversas.
2 Podem reviver os que só se podem receber uma só vez ou muito poucas vezes.
Não revivem a eucaristia nem a penitência.
O ministro deve ter a intenção de fazer o que a Igreja faz e de realizar devidamente
o sinal sacramental.
ATENÇÃO DO MINISTRO
B Não é lícito administrar um sacramento a um sujeito indigno, a não ser que haja
uma causa gravíssima. (indigno: excomungado, herege, pecador público,
sem estar em estado de graça para um sacramento de vivos, etc.)
Duas regras:
I Negar ao pecador público do qual não conste o arrependimento,
e ao pecador oculto que os peça privadamente;
Os cristãos viram-nos:
- na salvação do dilúvio de oito pessoas na arca de Noé;
- na passagem do Mar Vermelho;
- na passagem do Jordão;
- no rito da circuncisão.
OS PADRINHOS
Têm de ser católicos, estar confirmados, ter recebido a primeira comunhão, viver uma
vida cristã e ter feito 16 anos.
MINISTRO DO BAPTISMO
Solene (com todas as cerimónias prescritas): Bispo, sacerdote ou diácono. MAS reserva-
se ao pároco a sua administração (qualquer outro: precisa da sua autorização para a
licitude).
Não solene (ex.: caso urgente com perigo de morte): qualquer pessoa que tenha a
intenção de fazer aquilo que a Igreja faz, mesmo que nem sequer seja cristão.
Neste caso: rito essencial.
SUJEITO
Sujeito capaz de o receber: “todo e só o homem ainda não batizado” (CIC 864).
SUJEITO ADULTO
LICITUDE:
Catecumenato.
SUJEITO CRIANÇA
Não o administrar aos filhos de pais que não deem o seu consentimento
ou se não houver esperança de educação na fé.
Fetos abortivos e não nascidos que se prevê que não vão nascer vivos:
devem ser batizados e, se houver dúvida de vida, fazê-lo condicionalmente.
EFEITOS
1 Regenera para a vida nova, pela qual o homem se torna filho de Deus: confere a
graça santificante, acompanhada das virtudes infusas e dos dons do Espírito Santo.
NECESSIDADE
NECESSIDADE
“Quanto às crianças que morrem sem Batismo, a Igreja não pode senão confiá-las à
misericórdia de Deus, como o faz no rito do respetivo funeral. De facto, a grande
misericórdia de Deus, «que quer que todos os homens se salvem», e a ternura de Jesus
para com as crianças, que O levou a dizer: «Deixai vir a Mim as criancinhas, não as
estorveis», permitem-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que
morrem sem batismo. Por isso, é mais premente ainda o apelo da Igreja a que não se
impeçam as crianças de virem a Cristo, pelo dom do santo Batismo” (CCE 1261).
03
Confirmação
INSTITUIÇÃO
TESTEMUNHOS ANTIGOS
Atos dos Apóstolos: diácono Filipe = enviaram Pedro e João para que os que batizasse e
recebessem o Espírito Santo.
Diversidade de nomes:
SINAL SACRAMENTAL
Forma no rito latino: N. “recebe por este sinal o dom do Espírito Santo”.
MINISTRO
SUJEITO
EFEITOS
3. Caráter: selo do Espírito Santo que “marca a pertença total a Cristo, a entrega para
sempre ao seu serviço” (CCE 1296).
NECESSIDADE
CCE 1285: “é preciso explicar aos fiéis que a receção deste sacramento
é necessária para a plenitude da graça batismal”.
“Os fiéis estão obrigados” a recebê-lo “no tempo oportuno” (CIC 890).
04
Eucaristia
PÁSCOA: a festa mais importante do calendário judeu. Recordam como o sangue de
cordeiro com que tinham assinalado as suas casas os tinha livrado do castigo.
Era o anúncio de outra Páscoa na qual o sangue do “cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo”, Jesus Cristo, nos libertaria da escravidão do demónio e do pecado.
Em 4. Jesus disse: “isto é o Meu Corpo”. Em 5.: “este é o Meu Sangue”. Não se fez 7:
“recitado o hino, saíram...” (Mt 26, 30).
Ao dar o cálice, disse: “Fazei-o em Minha memória”.
PRESENÇA REAL
MATÉRIA
PÃO: - de trigo.
SACRIFÍCIO DA MISSA, 1
Identidade missa-cruz:
SACRIFÍCIO DA MISSA, 3
Cruz Missa
SACRIFÍCIO DA MISSA, 4
A comunhão do sacerdote não pertence à essência da missa, ainda que sim à integridade
do rito: por isso há de consumir ambas as espécies.
OBRIGAÇÃO DE CELEBRAR MISSA
Por razão do ofício eclesiástico, obrigação de dizê-la e oferecê-la pelo povo todos os
domingos e dias importantes assinalados em geral e para cada diocese.
São quatro:
1) latrêutico (adoração)
2) eucarístico (ação de graças)
3) propiciatório (desagravo pelos pecados)
4) impetratório (petição)
São quatro:
O sacrifício da cruz é sempre atual: renova-se em cada Missa por meio dos sinais
sacramentais (tornam realmente presente o Corpo e o Sangue de Cristo e
misticamente os separam, como se separaram fisicamente na sua morte).
No altar, o sacerdote ministro faz as vezes de Cristo, atua em seu nome e pessoa.
ESTRUTURA DA MISSA, 2
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 1
ORAÇÕES EUCARÍSTICAS, 3
RECEÇÃO DA EUCARISTIA, 1
RECEÇÃO DA EUCARISTIA, 2
Rito latino: desde o século XII, não se dá a comunhão às crianças antes do uso de razão.
Também não aos dementes e aos que estão sem consciência.
Se há consciência de pecado mortal, não basta para comungar fazer um ato de contrição
perfeito, a não ser no caso de necessidade grave, o que raramente sucede.
Jejum eucarístico
RECEÇÃO DA EUCARISTIA, 4
É necessário in voto, isto é, desejar recebê-la, para o cristão batizado com uso de razão.
Com necessidade de preceito divino: algumas vezes na vida e ante a iminência da morte.
Com necessidade de preceito eclesiástico: que todos os católicos que fizeram a primeira
comunhão a recebam ao menos uma vez ao ano, e precisamente no tempo pascal, se isto
é possível (desde a quarta-feira de Cinzas até ao domingo da Santíssima Trindade).
RECEÇÃO DA EUCARISTIA, 5
Perigo de morte: basta que sejam capazes de distinguir o Corpo de Cristo do alimento
comum e de receber a comunhão com reverência.
RECEÇÃO DA EUCARISTIA, 5
CIC 934-944)
05
Penitência
2 a modo de juízo,
5 e que os confessou.
INSTITUIÇÃO
Por isso, o ministro há de conhecer a causa que julga: o penitente deve dar-lhe
a conhecer os seus pecados e as suas disposições mediante a sua confissão.
Quanto ao confessor:
A absolvição deve:
1 ser oral;
2 dar-se ao penitente estando ele presente;
3 ser condicionada só se houver razões graves
(dúvida de se o penitente está vivo ou morto,
de se tem suficiente uso de razão, ...).
NECESSIDADE, 1
NECESSIDADE, 2
“Aquele que tem consciência de haver cometido um pecado mortal, não deve receber a
sagrada Comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente
recebido a absolvição sacramental; a não ser que tenha um motivo grave e não lhe seja
possível encontrar-se com um confessor” (CCE 1457). E, neste caso, tenha presente que
está obrigado a fazer um ato de contrição perfeito, que inclui o propósito de se
confessar quanto antes.
EFEITOS
ACTOS DO PENITENTE, 1
São três:
1 arrependimento,
2 confissão,
3 satisfação.
ATOS DO PENITENTE, 2
ARREPENDIMENTO, 1
ser interno,
ACTOS DO PENITENTE, 4
ARREPENDIMENTO, 3
ACTOS DO PENITENTE, 5
CONFISSÃO, 1
Necessária por preceito divino: sacramento instituído por Cristo à maneira de juízo,
e não se pode julgar o que se desconhece.
secreta
ACTOS DO PENITENTE, 7
CONFISSÃO, 3
ACTOS DO PENITENTE, 8
CONFISSÃO, 4
1 Impossibilidade física: Ex.: moribundo sem falar; pessoa muda ou que ignora
a língua; falta de tempo em perigo de morte; ignorância ou esquecimento
invencíveis.
4 Se está seguro que é pecado mortal, mas duvida se já o confessou ou não: deve
confessá-lo, a não ser que o motivo da dúvida fosse muito débil.
ACTOS DO PENITENTE, 10
SATISFAÇÃO
CCE 1459: “O pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como as suas relações
com Deus e com o próximo. A absolvição tira o pecado, mas não remedeia todas as
desordens causadas pelo pecado. Aliviado do pecado, o pecador deve ainda recuperar a
perfeita saúde espiritual.
Ele deve, pois, fazer mais alguma coisa para reparar os seus pecados:
«satisfazer» de modo apropriado ou «expiar» os seus pecados. A esta satisfação
também se chama «penitência»”.
MINISTRO, 1
MINISTRO, 2
Está feito para casos muito excecionais. Os fiéis que tenham recebido uma
absolvição geral estão obrigados a confessar individualmente, quanto antes,
os pecados que lhes foram absolvidos. Não se cumpre, deste modo, o preceito
de confessar os pecados graves ao menos uma vez por ano.
06
Unção dos enfermos
NATUREZA E INSTITUIÇÃO
CCE 1511: “A Igreja crê e confessa que, entre os sete sacramentos, há um, especialmente
destinado a reconfortar os que se encontram sob a provação da doença: a Unção dos
enfermos”.
Novo Testamento:
insinuado por S. Marcos (6, 7-13);
recomendado e promulgado por Tiago (5, 14-15).
RITO ESSENCIAL
Administra-se:
a. Aos gravemente doentes,
b. Ungindo-os na fronte e nas mãos com azeite de oliveira
devidamente benzido,
c. Pronunciando uma só vez a fórmula.
= “O fiel que, tendo atingido o uso da razão, por motivo de doença ou velhice,
começa a encontrar-se em perigo de vida” (CIC 1004).
“começa”:
MINISTRO E CELEBRAÇÃO
EFEITOS
O SACERDÓCIO CRISTÃO, 1
Jesus Cristo é o “único mediador entre Deus e os homens” (1 Tim 2, 5).= único
sacerdote da Nova Lei, que nos redimiu mediante o seu sacrifício.
O SACERDÓCIO CRISTÃO, 2
Lumen gentium 10: “Ainda que a sua diferença é essencial e não só em grau,
estão ordenados um para o outro”.
O SACERDÓCIO CRISTÃO, 3
CCE 1536: “A ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo
aos apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos”.
OS BISPOS
OS DIÁCONOS
“No grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais se lhes impõe as mãos para
realizar um serviço e não para exercer um sacerdócio” (Lumen gentium 29).
SUJEITO, 1
SUJEITO, 2
Cabe pensar que com esta decisão Cristo quis realçar que o sacerdote celebra
a Missa in persona Christi e que, pelo simbolismo sacramental, convém que
haja uma semelhança natural entre ele e Cristo, que foi e permanece varão.
SUJEITO, 3
Implica:
1) maior entrega a Cristo,
2) maior entrega à Igreja e a todas as almas,
3) testemunho escatológico.
EFEITOS
CCE 1601; CIC 1055: “O pacto matrimonial, pelo qual o homem e a mulher constituem
entre si a comunhão íntima de toda a vida, ordenado por sua índole natural ao bem dos
cônjuges e à procriação e educação da prole, entre os batizados, foi elevado por Cristo
Senhor à dignidade de sacramento”.
Tanto o estado matrimonial como a maneira de entrar neste estado são essencialmente
iguais para o cristão e para o que não o é. Outros efeitos.
INSTITUIÇÃO
O matrimónio natural não é uma invenção humana, mas foi instituído por Deus.
CCE 1644: “Pela sua própria natureza o amor dos esposos exige a unidade e a
indissolubilidade da sua comunidade de pessoas, a qual engloba toda a sua vida... Esta
comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus
Cristo, conferida pelo sacramento do Matrimónio.”
PROPRIEDADES, 2
UNIDADE
O matrimónio não é válido mais que com a primeira mulher ou com o primeiro marido.
PROPRIEDADES, 3
INDISSOLUBILIDADE
Gaudium et spes 48: “por sua própria natureza, a instituição mesma do matrimónio
e o amor conjugal estão ordenados à procriação e educação da prole e com elas são
coroados como a sua culminação”.
AJUDA DA GRAÇA
MINISTRO
CELEBRAÇÃO, 1
CELEBRAÇÃO, 2
Quando não se pode observar a forma eclesiástica ordinária, nem se pode recorrer
sem incomodidade grave a algum ordinário ou pároco ou seus delegados, é válida e
lícita a forma extraordinária de celebração do matrimónio, meramente ante duas
testemunhas.
Isto pode acontecer em caso de perigo de morte, em tempo de perseguição em
lugares com muito poucos sacerdotes onde houvesse que esperar mais de um mês,
etc.
CONSENTIMENTO MATRIMONIAL
JURISDIÇÃO, 1
JURISDIÇÃO, 2
= esta é a opinião mais comum e concorda com a praxe da cúria romana (mas há autores
que pensam que a parte batizada recebe um verdadeiro sacramento).
A potestade da Igreja estende-se indiretamente ao não batizado
(os mesmos efeitos do contrato para os dois).
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 1
= certas circunstâncias que por afetar as pessoas dos contraentes, as fazem juridicamente
incapazes para contrair validamente o matrimónio (=“dirimentes”).
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 a
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 b
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS, 2 c
DISPENSAS
Quando se verifica que um matrimónio foi contraído invalidamente, pode haver quatro
soluções:
SUBSANAÇÃO NA RAIZ
2. privilégio petrino.
Bibliografia
Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciação Teológica da Editorial
Rialp (editados em português pela editora Diel)
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09
Ortodoxos
BAPTISMO
CONFIRMAÇÃO
EUCARISTIA
Consideram ilícito o uso do pão ázimo (alguns defenderam mesmo a sua invalidez).
PENITÊNCIA
2. Rejeitam como efeito a consolação da alma nas lutas da agonia. Não fazem
menção da supressão das relíquias do pecado e da remissão da pena temporal.
Não negam os efeitos sobrenaturais de perdoar os pecados,
mas não como efeito primário.
ORDEM
MATRIMÓNIO
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Communicatio in sacris
CIC 844
CIC 844, § 2
CIC 844, § 3 - 4
2. Para os restantes cristãos separados (além das anteriores, condições mais severas):
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