Cap3 Rebites2006

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Capítulo 3: Ligações Rebitadas

Informações gerais

As ligações rebitadas são ligações em que se utilizam peças adicionais designadas


“rebites”. O rebite tem uma haste que se introduz em furos executados nas peças.
Posteriormente, deforma-se plasticamente a extremidade saliente da haste para constituir a
ligação.

Apesar de serem relativamente pouco utilizados por causa do desenvolvimento de


outras técnicas de junção de peças, as ligações rebitadas têm alguns méritos que convém
analisar.

As ligações rebitadas foram muito utilizados para a construção de caldeiras, barcos,


pontes, edifícios (estruturas) e podem ser encontradas na aviação, fabrico de mobiliário e
outras aplicações .

As ligações rebitadas fazem parte das ligações fixas (não desmontáveis), apesar de
ser possível destruir os rebites para separar as peças.

O processo de fixação do rebite nas peças, com formação da segunda cabeça,


chama-se “rebitagem” ou “cravação”.

Geralmente, a cravação do rebite começa com a abertura de furos coincidentes nas


peças a unir. Por estes furos faz-se passar a haste do rebite e golpea-se a extremidade da
haste do rebite de forma que esta se deforme e comprima fortemente as peças a unir.
Durante este golpeamento, forma-se uma segunda cabeça, chamada cabeça de
travamento, cabeça golpeada ou cabeça rebitada. A cabeça existente antes da cravação
chama-se cabeça original, cabeça primitiva ou cabeça de assentamento. Deve-se notar que
existem diferentes técnicas de cravação de rebites.

A cravação do rebites pode ser feita a quente ou a frio. Quando os rebites são feitos
de aço, com diâmetro até 10...12mm ou quando os rebites são feitos de cobre, latão ou ligas
leves, a rebitagem pode ser feita a frio. Os rebites de aço de maiores diâmetros são
aquecidos até ao rubro claro.

A rebitagem pode ser manual (com martelo) ou mecanizada. Quando se rebita


usando uma máquina a qualidade da rebitagem melhora e o processo é mais económico e
mais rápido. Porém, é preciso usar um sujeitador.

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fig. 2 – Rebitagem manual
fig. 1– Rebitagem à máquina
1 – cabeça rebitada ou golpeada
1 – haste 2 – haste
2 – cabeça golpeada (de travamento ) 3 – cabeça original ou de assentamento
3 – cabeça original (de assentamento) 4 – assento (suporte, maçacoto)

Quando a rebitagem é feita a quente, a união das peças fortalece devido à


contracção térmica do rebite durante o arrefecimento, podendo atingir-se o limite de
escoamento do material em alguns pontos do rebite.

Vantagens e Desvantagens

As vantagens mais notórias das ligações rebitadas são:

• Bom comportamento na presença de cargas pulsantes acentuadas, melhor que as


ligações soldadas.

• Execução geralmente simples e pouco dispendiosa.

• Possibilidade de utilização para unir peças de materiais distintos, difíceis de soldar e para
materiais que não toleram o calor da soldadura.

• Controle de qualidade simples (o som resultante do percussão).

• Possibilidade de desfazer a ligação em caso de necessidade, cortando as cabeças dos


rebites (tornandao a ligação “desmontável”).

• A destruição de um rebite não se propaga aos restantes rebites da ligação.

Dentre as desvantagens contam-se:

• Relativamente grande gasto de metal e de mão-de-obra para operações complementares


(furar, marcar, mandrilar os furos).

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• Um maior gasto de metal, em comparação com as ligações soldadas: 3,5 ... 4% da massa
de construção atribui-se aos rebites, ao posso que nas ligações soldadas só é 1 ... 1,5%.

• Redução da resistência do material (debilitação) por causa dos furos: 13 ... 42%, o que é
maior que nas ligações soldadas: 10 ... 40%

• Menor produtividade que a soldadura.

Classificação

As ligações por rebites podem ser classificados em dois/três grandes grupos:

* Ligações resistentes

* Ligações estanques (herméticas)

* Ligações resistentes-herméticas

As ligações estanques devem garantir a hermeticidade e são tipicamente usadas em


reservatórios de baixa pressão.

As ligações resistentes devem suportar cargas de trabalho significativas (conjuntos de


máquinas, pontes, estruturas metálicas de construções, etc.).

Há ligações que devem ser simultaneamente herméticas e resistentes: são as


ligações resistentes-herméticas (caldeiras, colectores de gás, tanques de pressão, etc.)

As ligações rebitadas também podem ser classificadas de acordo com a disposição


mútua das peças ligadas:

- Juntas de topo (com cobre-junta)

- Juntas sobrepostas

As ligações rebitadas podem ser monofilares ou multifilares

Também se pode classificar segundo a disposição das filas de rebites:

- disposição em filas

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- disposição alternada

Nas ligações sobrepostas ou com uma cobre-junta os rebites estão sujeitos ao corte
simples (fig. 8.2 a ...f). Nas de duas cobre-juntas estão sujeitos ao corte-duplo e por isso
são mais resistentes (fig. 8.2 g ...i)

Tipos de rebites.

Os tipos de rebites podem ser distinguidos utilizando diferentes critérios. Em função da


secção transversal da haste podem ser diferenciadas em maciços (inteiriços), ocos e
semi-ocos. Há muitos tipos de cabeças de rebites.

fig. 3 - Tipos de rebites

a) cabeça redonda
b) cabeça contra-punçoada abaulada
c) cabeça contra punçoada plana
d) rebite tubular (oco) com rebordos recurvados
e) rebites ocos
f) rebites explosivos (semi-ocos)

O material dos rebites deve ser o mesmo que o das peças a unir, se possível. Isto
evita a formação de pares galvânicos que podem acelerar a corrosão electroquímica.

O coeficiente de dilatação térmica do material influi na resistência de ligações,


especialmente quando há cargas dinâmicas, pois pode ocorrer o alívio do aperto. Por
isso também, convém que o material do rebite seja o mesmo que o das peças a unir.

Os rebites são feitos de aços macios dos tipos Aço 2, Aço 3 . Também se podem
empregar aços mais resistentes mas a sua rebitagem é mais difícil. Na aviação, é muito
comum o uso de rebites de duralumínio. Nas ligações de vários materiais pouco
resistentes também se empregam rebites de alumínio, cobre, latão e outras ligas, que
podem ser cravados a frio.

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Os rebites mais empregues são de aço com cabeça semi-esférica (fig. 3-a). O raio
de curvatura da cabeça é R (0,8 ...1) ⋅ d e o diâmetro é D = (1,6 ...1,75) ⋅ d. A altura da
cabeça é h = (0,6 ...0,65) ⋅ d, onde "d" é o diâmetro da haste do rebite.

Quando não é possível formar a segunda cabeça segundo os procedimentos


normais, podem ser usados os rebites semi-ocos (explosivos). A cravação destes rebites
é feita colocando uma peça de encosto (maçacoto) quente na cabeça do rebite, de forma
que esse é aquecido depois de introduzido no orifício. O calor da peça de encosto acaba
por detonar a mistura explosiva na extremidade oposta da haste, expandindo-a e
cravando o rebite no lugar. Os rebites explosivos podem ser de duralumínio, aço ao
crómio-molibdénio ou aço ao carbono especial.

Tal como para os rebites explosivos, os rebites com vareta interior também se usam
quando não há acesso do outro lado, para formar a segunda cabeça. Estes rebites são
ocos e têm no seu interior uma vareta com uma extremidade avolumada e uma haste
com ou sem concentrador de tensões, na forma de uma ranhura. Durante a cravação, a
vareta é puxada para o exterior, expandindo as paredes internas do rebite e formando,
deste modo, a segunda cabeça. Quando a expansão da haste do rebite na parte interior
da peça atinge o limite, a vareta rompe-se automaticamente, deixando a parte
avolumada dentro da segunda cabeça. A vareta rompe na zona em que se situa o
concentrador de tensões, se existir. Uma das variantes do processo é usada para os
rebites ocos normais em que a parte avolumada dilata a extremidade do rebite mas
acaba por deslizar para o exterior (fig. 3-e). Os rebites ocos podem ter rebordos
recurvados (fig. 3 d), sendo utilizados para unir peças de materiais finos ou pouco
resistentes como couro, telas de tecido, etc. Os rebites ocos podem ter paredes de 0,25
a 1,5 mm. Tanto podem ser obtidos por transformação de tubos (para ligações vulgares)
ou por meio de maquinagem (para ligações importantes). O rebites ocos podem ser de
aço, cobre, alumínio ou outros materiais.

Estrutura das Uniões e Carga

fig. 4 – Disposição dos rebites em relação à força

É comum projectar-se a união sabendo-se qual é o número de rebites mas também se


pode calcular o número de rebites necessários. A disposição dos rebites tem implicações
na distribuição das cargas entre os mesmos (fig. 4)

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a) Quando os rebites estão dispostos numa fila, perpendicular à linha de acção das
forças, consegue-se uma boa distribuição de carga entre os rebites mas é preciso ter
uma grande largura da peças ligadas. (fig. 4-a)

b) Quando os rebites se dispõem numa fila paralela à linha de acção das forças, a
largura necessária das peças é pequena mas a distribuição da carga é irregular (fig. 4-b,
10-b)

c) A disposição em linhas e colunas é um caso intermédio (fig. 4-d,c,e) – tanto em


termos de tensões como em termos de dimensões.

Sempre que possível, deve-se reduzir o efeito negativo da redução da secção de


trabalho das peças por causa dos furos. Um dos meios de conseguir isto é a alternação
das posições dos rebites em filas consecutivas. De igual modo, convém colocar os
rebites em posições que reduzem os momentos complementares. Por exemplo, nas
barras que funcionam com forças de tracção e compressão, convém colocar os rebites
de forma a estarem próximos do centro de gravidade da secção transversal fig. 6, ou
colocá-los em planos que envolvam a posição do centro de gravidade. Isto é mais
importante para perfis de maiores dimensões e conjugado com a necessidade de alinhar
os perfis de elementos ligados de forma a ter os centros de gravidade alinhados ou a
cruzarem-se num ponto de terminado (para ligações de mais de 2 barras fig. 5).

fig. 5 – Coincidência das linhas dos centros de


fig. 6 - Deslocação do rebite em relação ao centro
gravidades das secções.
de gravidade, respectivamente.

Quando se aplica uma carga na ligação rebitada, o seu comportamento pode ser
distinto, dependendo da presença ou ausência de folga. Em muitas cravações a frio, a
ligação não tem folga e por isso, logo que se inicia o carregamento surgem pressões
sobre as superfícies de contacto entre o rebite e as peças e o rebite tendo a cisalhar (fig.
7). A força de atrito contribui para resistir à força, mas sempre em adição ao efeito da
pressão no contacto e tendência ao cisalhamento.

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fig. 7 – Compressão das peças e cisalhamento do rebite com 2 cobre-juntas

Quando o rebite é colocado com folga, no início do carregamento só se registam


forças de atrito entre as superfícies apertadas pelo(s) rebite(s), mas a haste não contribui
para a resistência inicial. Quando a força aplicada supera a força de atrito há
deslizamento relativo entre as peças e a haste do rebite acaba por entrar em contacto
com as peças e começa a sofrer tanto a pressão de esmagamento como a tensão de
cisalhamento. Por esta razão, nas ligações em que não se admite deslizamento entre as
peças, usam-se rebitagens a frio ou então usam-se rebitagens a quente e depois
recalca-se a cabeça do rebite.

A carga nos rebites não é uniformemente distribuida mas a carga externa é igual ao
somatório das cargas nos rebites. A carga em cada rebite depende do alongamento local
das peças ligadas, que por sua vez está associado às características da ligação,
incluindo a posição dos rebites e os módulos de elasticidade das peças ligadas, que
devem ser preferivelmente próximos.

Não se recomenda o uso de rebites com carregamento por tracção, ao longo do eixo
da haste do rebite.

Tipos de Destruição e Cálculo das Ligações Rebitadas

As hastes das rebites podem ser destruidos por cargas estáticas que provocam
cisalhamento. Independentemente do tipo de ligação (com ou sem folga) o cisalhamento
pode provocar a rotura das hastas e da ligação (fig. 8-a)

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fig. 8

As vibrações poderam causar a rotura de rebites cravados a quente, por acção


conjunta de esforços de tracção e flexão. (fig. 8 - b)

Quando a bainha da ligação (distância até ao rebordo, "e") é pequena, as peças


podem romper-se por insuficiência na resistência ao cisalhamento (linhas ab e cd, fig. 8 -
c)

Se a distância entre os rebites for pequena, a secção remanescente das peças pode
romper por insuficiência na resistência à tracção (linha ck, fig. 8-c).

Quando as peças têm uma pequena espessura pode ocorrer o esmagamento dos
rebites ou das peças, por excesso de compressão. (fig. SHIGLEY)

O cálculo das ligações rebitadas é feito com base em recomendações, nas quais se
escolhem os passos dos rebites (t), os diâmetros (d), as espessuras das cobrejuntas ( δ1)
e as bainhas (e) (fig. 7)

Supondo que há uma carga Ft que age sobre o conjunto de peças a ligar, cada
rebite está sujeito a uma carga:

Ft
F0 =
z

onde z - é o número de rebites que repartem a força Ft, na ligação (possivelmente não todos
os rebites, se houver cobre-junta)
A tensão normal na secção debilitada será maior que a tensão numa secção sem
furos. Na ausência de furos (secção a-a) – fig. 7:

F0
F0 = σ ' ⋅ t ⋅ δ ou σ ' =
t ⋅δ

Na secção debilitada pelos furos (secção b-b) - fig. 7:

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F0
σ= ≤[σ ]
(t − d ) ⋅ δ
A relação entre estas duas grandezas de tensão é chamada "coeficiente de
resistência" e expressa a debilitação da ligação devida aos furos:

σ' t−d
= =ϕ ϕ ≤1 (REB. 1)
σ t

Para construções normalizadas ϕ ≈ 0, 65 o que corresponde a uma perda de


resistência das peças ligadas na ordem dos 35%. O valor ϕ pode ser aumentado por
aumento do número de filas de rebites. (fig. 9): Isto diminui o número de rebites por cada
fila.

fig. 9 – Transmissão da carga de um elemento ao outro

O uso de pequenos diâmetros de rebites também aumenta o coeficiente de


resistência da ligação. O mesmo acontece quando a largura ou a espessura das peças é
deliberadamente aumentada.
Para a resistência ao corte dos rebites:

4 ⋅ Ft
τ cis = ≤ [τ ] (REB. 2)
π ⋅d 2 ⋅ z ⋅i

A resistência ao corte pode ser aumentada com a provisão de mais planos de


cisalhamento.
Para a resistência ao esmagamento dos rebites/peças:

σ esm = σ c =
Ft
d ⋅ δ min ⋅ z
[ ]
≤ σ esm (REB. 3)

Para a resistência das peças ao corte:


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Ft
τ cis = ≤ [τ ] (REB. 4)
2 ⋅ e ⋅ δ min ⋅ z

Para a resistência das peças à tracção:

F0
σ tr = ≤ [σ tr ] (REB. 5)
(t − d ) ⋅ δ min
Ft
σ tr = ≤ [σ tr ] (REB. 6)
(b − z ⋅ d ) ⋅ δ min
onde: z - é o número de rebites que repartem a força (nem sempre é o número total)
i - é o número de planos cisalhantes.
δmin - é a espessura da peça mais fina na ligação
b ou l - é a largura das peças unidas
t – é o passo entre os rebites
Ft – é a força total sobre a ligação
F
F0 – é a força por cada rebite da ligação = t
z

Transmissão de carga e sua distribuição

A transmissão de carga de um elemento a outro numa ligação rebitada depende da


presença ou ausência de folga entre os rebites e as paredes dos furos nas peças unidas.
Quando a rebitagem é feita a quente, o rebite contrai, depois de ser cravado, tanto na
direcção axial como sua direcção radial da haste. O resultado desta contracção é a
geração de grandes forças de aperto entre as peças unidas e o surgimento de folga
entre as hastes e os furos. Graças a este fenómeno as peças resistem ao deslizamento
mútuo por meio da enorme força de atrito e são rígidas. Se a carga externa ultrapassar a
força de atrito as peças começam a deslizar, sem aumento da tensão na ligação, até que
as paredes dos furos contactem com o rebite. Quando tal ocorre, começa a registar-se
uma compressão mútua entre os rebites e as peças unidas (ou cobre-juntas), ao mesmo
tempo que os rebites sofrem uma tensão cisalhante que pode culminar na destruição da
ligação. Quando a deformação plástica inicia, a força de aperto entre as peças diminui e
isso reduz as forças de atrito entre as peças unidas.

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fig. 10

Quando a ligação rebitada não tem folga, como acontece quando a rebitagem é feita
a frio, a compressão mútua entre as hastes dos rebites e os furos começa logo que se
aplica a carga externa e conjuga-se com a força de atrito. Assim, as ligações com rebites
cravados a frio são resistentes e rígidas.
Numa ligação rebitada com várias filas de rebites, a carga não se distribui
uniformemente pelas filas a não ser que se tomem medidas para o efeito. O fenómeno é
similar ao que ocorre nas ligações soldados com cordões laterais longos. Os pontos mais
externos das ligações tendem a alongar mais sob o efeito da carga, o que tem como
consequência uma maior tensão nas extremidades. Os rebites das filas intermédias
estão numa posição menos deformada das peças, visto que uma parte da carga já está
transferida para a outra peça conjugada pelos rebites exteriores. Uma das soluções para
a irregularidade excessiva na distribuição das tensões é o aumento deliberado da
flexibilidade das peças unidas nas extremidades (figs. 9 e 10 - d). (fig. 2.5.5. IVANOV)

Cargas Variáveis

Quando a ligação rebitada está sujeita a cargas cíclicas, as tensões admissíveis


devem ser reduzidas. Para o efeito, multiplica-se o valor admissível para carga estática
por um coeficiente de correcção γ , para cargas com reversão:

1
γ = (REB. 7)
Qmin
1 − 0,3 ⋅
Qmax

onde Qmin e Qmax são cargas com sinais opostas, que são considerados na fórmula.

Cisalhamento de um grupo de rebites sujeito a cargas excênctricas

Quando um grupo de rebites (ou parafusos) é carregado por uma força cuja linha de
acção não passa pelo centro do grupo considera-se que a força é excêntrica. O centro do
grupo é um ponto pelo qual a linha de acção de uma força não gera momentos resultantes.
Este ponto chama-se centróide. Todas as forças que não passem pelo centróide criam
momentos que tendem a girar uma peça relativamente à outra em redor do centróide.
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Assim, as reacções totais que se observam nos rebites têm que contrabalançar não só as
forças excêntricas como também os momentos gerados por estas. Assim, a força de
cisalhamento em cada rebite será a soma das reacções à força e ao momento.
As reacções a uma força cisalhante externa são paralelas e têm direcção contrária à
da força externa. Porém, as reacções ao momento têm direcções diferentes que dependem
da posição de cada rebite relativamente ao centróide. Estas reacções são perpendiculares
ao raio-vector r que vai desde o centróide 0 ao centro do rebite (A, B, C e D na fig. 11).
Pressupondo que os rebites são semelhantes, as reacções à força cisalhante externa
podem ser determinadas, com uma boa aproximação, como a razão entre a força externa e
o número de rebites:

Ft
FFi = (REB. 8)
z
onde:
FFi – é a reacção no rebite i devida ao efeito cisalhante da força externa;
Ft – é a força total externa
z – é o número total de rebites que aparam a força externa
i – é a designação do rebite dado (por exemplo A, B, C, etc. )

As reacções ao momento FMi têm valores desconhecidos. Sabe-se que a soma dos
momentos de cada reacção é igual ao momento reactivo total, cujo valor é igual ao
momento externo. Esta afirmação pode ser expressa por:

M = FMA ⋅ rA + FMB ⋅ rB + FMC ⋅ rC + ... + FMN ⋅ rN (REB. 9)

Usando a lei da elasticidade pode-se concluir que a reacção é proporcional ao


deslocamento em cada no rebite, que corresponde à magnitude de esmagamento mútuo
entre as peças e os rebites. Uma vez que as peças tendem a girar em redor do centróide,
pode-se inferir que as reacções nos rebites são proporcionais à distância até ao centróide,
ou seja:

FMA FMB F
= = ... = MN = constante (REB. 10)
rA rB rN

Assim sendo, qualquer uma das reacções pode ser usada para representar as outras. Por
exemplo, se se escolher a reacção FMB pode-se escrever:

FMB F F F
FMA = ⋅ rA ; FMB = MB ⋅ rB ; FMC = MB ⋅ rC ; … FMN = MB ⋅ rN (REB. 11)
rB rB rB rB

o que significa que o momento externo será contrabalançado pela reacção:

FMB F F F
M = ⋅ rA ⋅ rA + MB ⋅ rB ⋅ rB + MB ⋅ rC ⋅ rC + ... + MB ⋅ rN ⋅ rN
rB rB rB rB

Isolando a reacção FMB e considerando um caso genérico pode-se escrever:

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M ⋅ rB
FMB =
( r + r + rC2 + ...rN2
2
A
2
B )
o que, genericamente, é:

M ⋅ ri
FMi = (REB. 12)
(
r + r + rC2 + ...rN2
2
A
2
B )
Desta forma determina-se a magnitude da reacção devida ao momento em qualquer dos
rebites.

O passo a seguir é adicionar as reacções geometricamente usando o método do


paralelogramo ou outro método gráfico ou analítico para somar vectores. Desta forma
consegue-se identificar o rebite mais carregado, para o qual se fazem os cálculos
projectivos.

Tensões admissíveis em ligações rebitadas

Tipo de tensão Tratamento do furo Tensão admissível em MPa

Aço 0 e Aço 2 Aço 3

De cisalhamento, τ Brocagem 140 140


Punçoamento 100 100

De esmagamento, σ esm Brocagem 280 320


Punçoamento 240 280
De tracção σ tr
________ 160 160

NOTAS: - Para cargas variáveis pode-se calcular a tensão admissível como sendo 10 ...20%
inferior aos valores tabelados

- Para metais não ferrosos pode-se usar o seguinte conjunto de recomendações:


[τ ] = (0,25...0,3) ⋅ σ e
[σ esm ] = (0,6...1,0) ⋅ σ e
[σ tr ] = (0,4...0,5) ⋅ σ e
onde σe é o limite de escoamento do material.

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Problemas sobre grupo de rebites
1. Rebites com distribuição uniforme

Uma ligação rebitada tem 6 rebites de 8 mm de diâmetro, dispostos uniformemente numa


circunferência de 120 mm de diâmetro. Os furos são brocados e os rebites são de Aço 3. A
peça ligada é a flange de um volante sujeito a um momento torsor estático. Calcule:
a) o momento torsor máximo admissível para funcionamento normal;
b) a força cisalhante máxima que poderia ser aplicada na ausência do momento torsor;
c) o momento torsor máximo na presença de uma força cisalhante, se a carga devida ao
momento for igual à carga devida à força cisalhante.

Resolução:
∅120

•A Primeiro desenha-se o esquema de cálculo, onde os rebites são


designados A ... F, com disposição num raio. As reacções ao
F• • B momento são designadas RTA, RTB, RTC, ...RTF. As reacções às força
° cisalhante são designadas RFA, RFB, RFC, ...RFF. para fazer os cálculos
considera-se que os valores das reacções ao momento e à força
E• • C externa em cada rebite são iguais mas a resultante depende do
•D ângulo entre elas. Assim, |RTA| = |RTB| = ... |RTF| = .|RTa)| (a última
designação significa “reacção ao momento para a alínea a)”). Para as
reacções À força externa pode-se escrever, mesmo na forma
vectorial, RFA, = RFB, = RFC = ... = RFF ... = RFb). A última designação significa “reacção à
força externa para a alínea b)”.
As fórmulas de cálculo da resistência dos rebites ao corte e ao esmagamento são
(reb. 2) e (reb.3):
4 ⋅ Ft
τ cis = ≤ [τ ] (REB. 2)
π ⋅d 2 ⋅ z ⋅i

σ esm = σ c =
Ft
d ⋅ δ min ⋅ z
[
≤ σ esm
'
] (REB. 3)

onde Ft deve ser subsituida pela força externa total (para os 6 rebites), quer seja devida ao
cisalhamento quer seja devida ao momento torsor.

a) cálculo de resistência ao momento torsor


A força tangencial máxima admissível, que corresponde à
•A reacção ao momento torsor máximo recomendável (ou admissível),
F• • B calcula-se usando as duas fórmulas acima. O menor valor
admissível corresponde ao valor crítico. Antes, porém, escolhem-se
° os valores das tensões admissíveis ao esmagamento e ao corte, da
E• T • C tabela:
[σesm] = 320 MPa, para Aço 3 em furo brocado;
•D
[τcis] = 140 MPa, , para Aço 3 em furo brocado.
Calcula-se a força tangencial suportada por um só rebite, a partir
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transformação das fórmulas (REB. 2) e (REB. 3). Nesta resolução opta-se por considerar
z=1; depois multiplica-se a força por 6 para achar o momento total:

π ⋅ d 2 ⋅ z ⋅i π ⋅ 82 ⋅1 ⋅1
Ft _ τ = ⋅ [τ ] = ⋅ 140 = 7037 N
4 4

Ft _ σ = d ⋅ δ min ⋅ z ⋅ [σ esm ] = 8 ⋅ 10 ⋅ 1 ⋅ 320⋅ = 25600 N

Comparando os valores das forças que podem ser suportadas por cada rebite, nota-
se que as tensões críticas são as de cisalhamento, ou seja, nas condições dadas, o rebite
resiste menos ao cisalhamento. Assim, os cálculos na base das tensões de esmagamento
são escusados.

O momento torsor máximo recomendável é igual ao produto da força tangencial de


reacção em cada rebite pelo raio de disposição dos rebites:

Tτ cis = 6 ⋅ (Ft _ τ ⋅ r ) = 6 ⋅ 7037 ⋅ 60 = 2.533.320 ≈ 2,5 MN ⋅ mm


(apenas para comparação: Tσ esm = 6 ⋅ (Ft _ σ ⋅ r ) = 6 ⋅ 25600 ⋅ 60 ≈ 9,2 MN ⋅ mm )

b) cálculo de resistência às forças externas cisalhantes


A força tangencial máxima admissível, que corresponde à
•A reacção à força cisalhante externa F é calculada apenas com
F• •B base nas tensões de corte, uma vez sabido que as tensões de
F esmagamento não são críticas. Conhecida a força que cada
° rebite pode suportar (7037 N), calcula-se a força externa
E• • C admissível por:
•D F = 6 ⋅ Ft _ τ = 6 ⋅ 7037 ≈ 42 kN

c) cálculo de resistência ao momento torsor máximo na presença de uma força cisalhante,


se a carga devida ao momento for igual à carga devida à força cisalhante
Se a carga devida ao momento é igual à carga devida
•A à força cisalhante então pode-se concluir que a resultante
F• • B máxima é igual ao dobro de qualquer uma destas grandezas
F (no esquema, a resultante máxima verifica-se no rebite A), onde
se ° tem RFA = RTA o que dá R A = RFA + RTA = 2 ⋅ RFA . Como a carga
E• T • C máxima suportável em cada rebite foi calculada ( Ft _τ = 7037 N
N), •D uma das reacções (à força cisalhante e ao momento torsor,
respectivamente) é igual à metade da carga máxima suportável:
Ft _ τ
RFA = RTA = ≈ 3,52 kN
2
O momento respectivo é de F = 6 ⋅ RTA ⋅ rA = 6 ⋅ 3,52 ⋅ 10 3 ⋅ 60 ≈ 1,27 MN ⋅ mm

Para fins práticos, não é necessário fazer o cálculo desta alínea uma vez que se sabe que a
força devida ao momento nesta alínea é metade da máxima. Bastaria multiplicar o momento
achado para a alínea a) por 0,5.
Manual de Órgãos de Máquinas I - Ligações rebitadas - Rui V. Sitoe 2005 Página 69

2. Rebites com distribuição não uniforme
Uma ligação rebitada tem dois perfis de 200 mm de largura formando um L. Um dos perfis
tem 5 mm de espessura e o
outro 10 mm. Os furos são
brocados. Os rebites e os perfis
325 são de Aço 2. O diâmetro dos
rebites é de 10 mm. Na
extremidade do perfil horizontal,
A B a 125 mm do rebordo inferior do
perfil e 325 mm do perfil
vertical, aplica-se uma força
estática F, inclinada em +45º,
C relativamente ao plano
horizontal. Os rebites são 3 e
situam-se a 25 mm dos
rebordos, formando um
triângulo equilátero cujos lados iguais têm 150 mm. Calcular o valor máximo da força que se
aplica na extremidade tendo em vista:

a) a resistência ao corte do rebites.


b) a resistência ao esmagamento;

O peso da estrutura é desprezado.

Resolução:

Compõe-se o esquema de cálculo em que os rebites têm as designações A, B e C,


no qual se acrescentam os pormenores relativos ao cálculo abaixo.
RMA
50

A B
α rB
rA
RFA RFB RMB
•0

rC

Acha-se a força resultante em cada RMC rebite Rpara


FC
se determinar qual é o rebite mais
carregado, para o qual se fará o cálculo projectivo. Para tal, determina-se a reacção em
cada rebite, como resultado do efeito das forças e dos momentos externos. Para simplificar

Manual de Órgãos de Máquinas I - Ligações rebitadas - Rui V. Sitoe 2005 Página 70


a análise, desloca-se a única carga externa para o centróide da ligação e substitui-se o
efeito do momento desta carga por um momento equivalente, aplicado no centróide.

Reacção à força

Nas ligações rebitadas é comum considerar-se que a força externa reparte-se


uniformemente por todos os rebites. Por isso, a reacção em cada rebite devida à força
externa sem consideração do momento é:

F
R AF = RBF = RCF =
3
As reacções à força são representadas no sentido oposto ao da força externa, por
conveniência. Assim, não é preciso fazer quaisquer decomposições.

Reacção ao momento

Para determinar as reacções ao momento é preciso representar as mesmas nos rebites


respectivos, com uma direcção perpendicular ao raio vector que parte do centróide ao centro
do rebite em causa e sentido contrário ao sentido de rotação do momento da força externa.
Os valores das reacções são proporcionais aos comprimentos dos raios-vectores e são
dados por (fórmula 12):

M ⋅ rA M ⋅ rB M ⋅ rC
RMA = RMB = RMC =
(r + rB2 + rC2 ) ;
2
A (r + rB2 + rC2 ) ;
2
A (r + rB2 + rC2 )
2
A

Os valores dos raios-vectores são determinados usando princípios da geometria do


triângulo. A posição do centróide é o centro de gravidade do triângulo, que se situa sobre as
bissectrizes, a 1/3 da linha que vai de qualquer uma das bases até ao vértice oposto à base,
estando mais próximo da base. Assim, o centróide estará a 50 mm do AB e também a 50
mm do lado BC (estas coordenadas são suficientes para a determinação inequívoca da
posição do centróide num plano). Embora não seja necessário, usam-se relações
trigonométricas para determinar o comprimento de cada vector. O ângulo entre a linha que
une o vértice A ao centróide 0 e a base AB do triângulo é dado por:

BC 150 1 1
tgα = = = ou seja α = arctg = 26,56º
2 ⋅ (A B ) 2 ⋅ 150 2 2

Se o centróide é considerado como ponto 0, a distância deste até ao rebordo do


perfil é de 150/3+25 = 75 mm. Assim, a distância até ao ponto de aplicação da força é
75+325=400 mm. É o braço horizontal desta (o braço vertical fica à discrição do estudante).
Para os raios-vectores dos pontos A, B e C, relativos ao centróide, tem-se:

150 1
0 A = rA = ⋅ = 111,8 mm ;
3 sen 26,56
50
0 B = rB = = 70,71 mm ;
sen 45

Manual de Órgãos de Máquinas I - Ligações rebitadas - Rui V. Sitoe 2005 Página 71


50
0 C = rC = = 111,8 mm .
sen 26,56

mas bastaria utilizar as relações dos triângulos rectângulos:

0 A = rA = 100 2 + 50 2 = 111,8 mm ;
0 B = rB = 50 2 + 50 2 = 70,71 mm ;
0 C = rC = 100 2 + 50 2 = 111,8 mm.

Designando por Fv a componente vertical da força externa (Fv=F⋅sen 45º) e notando


que:

( ) ( ) ( )
rA2 + rB2 + rC2 = 100 2 + 50 2 + 50 2 + 50 2 + 100 2 + 50 2 = 30.000

as equações das reacções devidas ao momento ficam:

M ⋅ rA F ⋅ ⋅ rA 400 400
RMA = = v = Fv ⋅ ⋅ rA = Fv ⋅ ⋅ 111,8 = 1,49 ⋅ Fv ;
(r + rB + rC ) 30000
2
A
2 2
30000 30000
M ⋅ rB 400 400
RMB = 2 = Fv ⋅ ⋅ rB = Fv ⋅ ⋅ 70,71 = 0,94 ⋅ Fv ;
(rA + rB + rC )
2 2
30000 30000
M ⋅ rC 400 400
RMC = 2 = Fv ⋅ ⋅ rC = Fv ⋅ ⋅ 111,8 = 1,49 ⋅ Fv ;
(rA + rB + rC )
2 2
30000 30000
Assim:
RMC = RMA = 1,49 ⋅ Fv = 1,49 ⋅ (F ⋅ sen 45) = 1,05 ⋅ F

NOTA: O uso de Fv em vez de F para o cálculo dos momentos é explicado após a


determinação do momento da força horizontal.

Resultante da reacção à força e ao momento no rebite mais carregado

Os rebites mais carregados pelo momento são os rebites A e C. Como o efeito


cisalhante da força externa reparte-se equitativamente pelos rebites, o rebite mais
carregados é um dos que têm maior reacção ao momento (A e C). Dentre estes, o rebite
mais carregado é o que tem as reacções ao efeito cisalhante e ao momento flector mais
paralelas (C). Da análise da disposição de linhas perpendiculares às reacções depreende-se
que o ângulo entre as reacções no rebite C é de 45-26,56º = 18,43º. Assim, a força
resultante no rebite C é:

Rc = RMC
2
+ RFC
2
+ 2 ⋅ RMC ⋅ RFC ⋅ cos 18,43 = 1,37 ⋅ F

Resistência ao corte

A resistência ao corte é expressa pela fórmula, na qual a incógnita é a força que


causa a rotura:
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4 ⋅ Ft
τ cis = ≤ [τ ]
π ⋅d 2 ⋅ z ⋅i

Nesta fórmula, o papel da força cisalhante é desmpenhado pelo valor máximo da força no
rebite, RC. O número de rebites é z=1 (só se considera o rebite C) e só há um plano de
cisalhamento (i=1). A tensão admissível é seleccionada da tabela [τ]=140 MPa. Assim, a
força máxima no rebite segundo a condição de resistência ao cisalhamento fica:

π ⋅d2 ⋅ z ⋅i π ⋅ 10 2 ⋅ 1 ⋅ 1
Ft = RC ≤ ⋅ [τ ] = ⋅ 140 = 11 ⋅ 10 3 N
4 4

Resistência ao esmagamento

A resistência ao esmagamento é expressa pela fórmula 4:

Ft
σ esm = σ c = ≤ [σ esm ]
d ⋅ δ min ⋅ z

o que, aplicando o valor admissível tabelado da tensão de esmagamento, dá:

Ft = Rc ≤ d ⋅ δ min ⋅ z ⋅ [σ esm ] = 10 ⋅ 5 ⋅ 1 ⋅ 280 = 14 ⋅ 10 3 N

Conclusão

Dos cálculos deduz-se que a condição mais crítica é a resistência ao corte, que
confere a menor força limite na extremidade da barra:

RC 11 ⋅ 10 3
F= = = 8 ⋅ 10 3 N . ♦
1,37 1,37

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