Artigos Lista 02 - Núcleo.

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Língua Portuguesa – Gramática 2020/01

PROFESSOR: Paulo Ricardo


ALUN@:_______________________________________________
DATA: ______/________/2020.

NÚCLEO EMPREENDIMENTOS EDUCACIONAIS


Rua Dr. Pina Júnior nº145 Qd.2 Lt.28a Jundiaí Anápolis Goiás – (62) 3702-0004 Pá gina 1
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DIGA NÃO ÀS
Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de
"experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa
leve, disse que era de "raiz", "natural", "da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do
"Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira;
mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais frequente, comecei a chamar todo
mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez. Lembro que cheguei na loja e pedi: __ Me
dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo
diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda
Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o
Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria
mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer o traseiro
como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um CD do "Harmonia
do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por
ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e
você começa a querer cada vez mais, mais, e mais... Comecei a frequentar o submundo e correr atrás
das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos
"Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.
Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em
função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de
positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam
uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados,
sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e
pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível! Eu já não pensava mais! Meu senso crítico
havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado,
não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar
da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e
"Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas, pedia
tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais
estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o
"caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser
dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam
ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e
Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e
Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de
droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam
sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e
distante; vai perder as referências e definhar mentalmente. Em vez de encher a cabeça com porcaria,
pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: Não ligue a
TV no Domingo a tarde; Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo; Não entre
em carros com adesivos "Fui..."; Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa
da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; Mulheres gritando histericamente é outro indício; Não
compre nenhum CD

que tenha mais de 6 pessoas na capa; Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; Não compre qualquer CD que tenha
vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e Não escute nada que o autor não consiga uma

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concordância verbal mínima. Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela! Eu sei que
você consegue! Diga não às drogas.
Luís Fernando Veríssimo

Texto 2:

Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"), narcótico,
entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias químicas que produzem
alterações dos sentidos, em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de
substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo, há um uso corrente mais restritivo do termo
(surgido após quase um século de repressão ao uso de certas substâncias), remetendo a qualquer produto
alucinógeno (ácido lisérgico, mescalina etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a
qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um
sinônimo assim para entorpecentes.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Droga (Acesso em 27/10/2010.)

01) Todas as palavras têm um significado próprio (às vezes mais de um), que se encontra no dicionário,
para permitir a comunicação entre os falantes, entretanto, o sentido usual de uma palavra ou expressão
pode modificar-se, o que proporciona novos significados, interpretações a essa palavra ou expressão.

a) Tanto o texto 01, quanto o 02 trabalham com possíveis definições do termo droga. Comente sobre
essas definições em cada um desses textos apresentados, levando em consideração os conceitos de
conotação e denotação. (2,0)
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02) O texto 01 intitulado “Diga não as drogas” de Luís Fernando Veríssimo é uma crônica, pois tem
como tema situações do cotidiano, apresentadas em uma linguagem simples e despojada. Assinale
abaixo um tipo de texto que tem por finalidade contar a vida de alguém ou a própria.

a) biográficos b) instrucionais c) jornalísticos d) didáticos

03) (Fgv 2009)  Considere as frases:

I. "O rapaz estava chateado, pois chegou à moça e disse que não era mais possível continuar o namoro".
II. "O rapaz estava chateado, pois chegou a moça e disse que não era mais possível continuar o
namoro".

a) Que interpretação se pode dar a cada uma das frases, levando em conta as expressões "à moça" e "a
moça"?
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b) Do ponto de vista sintático, qual a função que exercem as expressões "à moça" e "a moça"? (1,0)
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04) Leia a tirinha de Hagar, o Horrível, para responder à questão:

Em “eu também não obedecia à minha mãe”,


analise a questão que melhor justifique o
emprego da crase:

a) Antes de pronomes possessivos masculinos


há o uso obrigatório da crase.
b) O uso da crase é opcional, pois geralmente o
acento indicador da existência de crase é
facultativo antes de pronomes possessivos
femininos.
c) Para saber se há crase antes do pronome
possessivo feminino, basta substituí-lo por um
pronome possessivo masculino: se no
masculino aparecer ao ou aos, então não haverá
crase no feminino.
d) A crase nunca deverá ser empregada antes
de pronomes possessivos femininos.

05) (UFMS 2010) contexto.


Avalie as duas frases que seguem: 4) A primeira frase significa que alguém
I. Ela cheirava à flor de romã. exalava o perfume da flor de romã.
II. Ela cheirava a flor de romã. 8) A segunda frase significa que alguém tem o
perfume da flor de romã.
Considerando o uso da crase, é correto afirmar: 16) O “a” da segunda frase deveria conter o
1) As duas frases estão escritas adequadamente, acento indicativo da crase.
dependendo de um contexto.
2) As duas frases são ambíguas em qualquer Qual a somatória das assertivas corretas.
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06) (UNICAMP 2007 – Readaptada)
“Matte a vontade. Matte Leão”
Este enunciado faz parte de uma propaganda afixada em lugares nos quais se vende o chá Matte Leão.
Observe as construções abaixo, feitas a partir do enunciado em questão.
I – Matte à vontade.
II – Mate a vontade.
III – Mate à vontade.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S):
1) No item I, a expressão indica que o leitor pode tomar chá Matte o quanto quiser.
2) Nos itens II e III possuem o mesmo sentido, indicando que o leitor deve consumir bastante o chá
mate.
4) Os itens I e III são categóricos ao afirmar que o leitor precisa matar o desejo de ingerir o chá.
8) No item II, a frase sugere que o leitor realize o seu desejo, que mate essa vontade que o
martiriza.
16) O item II diz respeito ao ato de matar, ou seja, tirar a vida de um ser humano.
32) No item III, a sugestão é de matar, referindo-se a provocar a morte de um ser vivo.

Qual a somatória das assertivas corretas. _____________.

07) Analise as duas orações que seguem e atenda ao propósito de responder ao seguinte
questionamento:

O prêmio foi entregue a um garoto.


Na biblioteca havia apenas um garoto estudando.

Quanto à classe morfológica, os termos em destaque possuem a mesma classificação? Justifique.


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08) Marque a alternativa que não apresenta erro no emprego do artigo.


a) Sempre me deu uma dó dela!
b) Você não trouxe o óculos hoje?
c) Ainda não dei a telefonema que você me pediu.
d) Não falarei com as pessoas cujo o nome não conste dessa lista.
e) A personagem Capitu é uma das mais conhecidas da literatura brasileira.

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