Curso de TEOLOGIA

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ACADEMIA TEOLÓGICA DA GRAÇA DE DEUS

CURSO BÍBLICO (EXTENSÃO)

REITOR: PASTOR RICARDO APARECIDO DOS SANTOS

APOIO: IGREJA INTERNACIONAL DA GRAÇA DE DEUS

PRESIDENTE: MISSIONÁRIO R. R. SOARES

Rua Silveira Martins, 20 – Praça da Sé — São Paulo – SP


Tel.: (11) 3115-0819 — Fax: (11) 3106-3042
e-mail: [email protected] e [email protected]

1
ÍNDICE

BOAS VINDAS ................................................................................................................. 3


LIÇÃO I — A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS ..................................................... 4
LIÇÃO II — COMO MANUSEAR A BÍBLIA ............................................................... 10
LIÇÃO III — A ESTRUTURA DA BÍBLIA ................................................................... 16
1. Antigo Testamento ........................................................................................ 17
2. Novo Testamento .......................................................................................... 18
LIÇÃO IV — BREVE HISTÓRIA DA BÍBLIA ............................................................ 21
O Novo Testamento .......................................................................................... 23
Sobre os Autores dos Livros ............................................................................. 23
A Bíblia no Brasil ............................................................................................. 24
LIÇÃO V — A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS ....................................................... 27
1. A Época Pré-Abraâmica ............................................................................. 28
LIÇÃO VI — A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.) .......................................... 33
2. A Época de Israel (1) ................................................................................... 33
LIÇÃO VII — A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.) ......................................... 40
A Época de Israel (2) ......................................................................................... 40
LIÇÃO VIII — A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.) ........................................ 46
3. A Época do Cristianismo .............................................................................. 46
LIÇÃO IX — USOS E COSTUMES DO POVO DE DEUS ............................................. 51
A Vida Comum ................................................................................................. 51
Significado de Algumas Expressões ................................................................. 53
LIÇÃO X — PARTICULARIDADES DA BÍBLIA .......................................................... 59
Nos Dois Testamentos ...................................................................................... 61
Seitas Político-religiosas do Novo Testamento ................................................ 61
Pesos, Medidas e Moedas Comuns................................................................... 63

2
Boas Vindas

Caro professor, a paz do Senhor.

Seja bem vindo à Academia Teológica da Graça de Deus, a AGRADE.

Essa apostila tem como propósito ensinar o aluno a “APRENDER A MANEJAR A PALAVRA DE
DEUS”, e você será o facilitador desse aprendizado. Para isso, você poderá utilizar suas experiências
com Deus e seu conhecimento das Escrituras para contar histórias, dar exemplos e ajudá-los a entender
melhor cada lição.
Nesta apostila do professor, você encontrará dicas que poderão ajudá-lo a transmitir o
conteúdo aos alunos, além de atividades que poderão ser feitas em casa ou na própria escola no horário
de aula, à sua escolha.
Lembre-se: sempre que puder trazer o conteúdo à realidade, você estará facilitando o
aprendizado de seus alunos, mas não deixe de utilizar o nosso material que é a base de nossos estudos.
E para sua aula ficar dinâmica, estude o conteúdo antes.
Observação: Constantemente, incentive o seu aluno a estudar, dedicar-se e ter perseverança
para terminar o curso que está iniciando. Ajude-o em suas dificuldades e encare tudo como
Ministério. As pessoas de um modo geral têm a tendência de começar uma atividade e não
terminar. Ex.: A leitura de um livro, um curso, a reforma da casa, etc.
Não se esqueça de sempre preparar e incentivar os seus alunos para a grande Formatura de
final de curso.
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus,
possais alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não
tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém,
não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação
da alma. (Hb 10.36-39)

Deus abençoe você e seus alunos. Bom Curso!

EQUIPE AGRADE
Obs.: Tudo que estiver em vermelho é dica para você professor. O restante é a apostila normal.

3
LIÇÃO I

A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

Boas Vindas
Ao iniciar o Curso Bíblico, dê as boas vindas aos seus alunos, fale do projeto e da importância do
estudo teológico e do sonho do Missionário R. R. Soares e do Pr. Ricardo Santos. Apresente-se à eles e
convide a cada um para vir à frente e também se apresentar, falando inclusive o porquê resolveram
fazer o curso. Logo após, peça que façam uma redação dizendo qual a expectativa que têm do curso,
porquê decidiram fazê-lo e o que pensam que Deus espera da vida deles.
Obs. Se preferir, você pode pedir para que escrevam no quadro-negro ao invés de fazer uma redação
que pode ser vista como uma tarefa difícil para o primeiro dia de aula. Se for assim, o professor deverá
anotar o nome do aluno em seu caderno e o que ele escreveu no quadro para reflexão futura.
Sugerimos a dinâmica abaixo:
Material:
- Diversas pedras pontiagudas, disformes, ásperas e de tamanhos diferentes.
- Algumas pedras redondinhas e lisas (tipo castelo), sem falhas.
Desenvolvimento:
Entregue para ir passando de mão em mão as primeiras pedras para que eles sintam a textura de cada
uma. Depois de um tempo entregue as pedras lisas para que através do tato identifiquem a diferença.
Depois que todos tiverem contato com os dois tipos de pedras, pergunte o que sentiram, ou seja, qual a
impressão que tiveram dos dois tipos diferentes de pedra.
Finalização:
Fale com eles que todos que estão ali são diferentes, cada um tem seus costumes, suas idéias, sua
cultura. Cada qual vem ao Curso com suas manias, imperfeições, falhas e até desvios de caráter,
igualando-se às primeiras pedras. Por isso, todos que estão ali devem se colocar nas mãos de Deus e
crer que você professor é um instrumento do Senhor para que eles sejam polidos e moldados como as
pedras lisas. Dê o exemplo de Davi que foi ao riacho buscar pedras lisas (através do tempo foram
lapidadas pela água do rio) para derrotar o gigante Golias.
Dinâmica 2:
Levar um espelho, colocar os alunos em círculo (onde for possível) e pedir para cada um falar de suas
características olhando para o espelho, tirando assim os olhos dos outros alunos que podem inibi-lo.
Agora, vamos lá, mãos à obra! Deixe Deus te usar!!!

A primeira verdade que se pode dizer da Bíblia é que ela é, acima de todas as coisas, A
PALAVRA DE DEUS.
4
Na Bíblia, Deus supervisionou, dirigiu, ditou e moveu os autores humanos, de modo que o resultado
foi um livro que é a própria redação de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus em um sentido que nenhum
outro livro do mundo pode ser. O Espírito Santo ungiu, como um sopro (inspiração), os seus escritores,
capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina, sem mistura ou erro. Apesar do tempo e dos
acontecimentos, Deus sabe cuidar do que é dEle.
A palavra Bíblia (livro) entrou para as línguas modernas por intermédio do francês, anteriormente pelo
latim bíblia, com origem no grego biblos. Era o nome dado à casca de um papiro do séc. XI a.C. Por
volta do séc. II d.C., os cristãos usavam a palavra para designar seus escritos sagrados. Os manuscritos
originais eram conhecidos como “autógrafos”.
A Bíblia é também um livro no qual Deus Se revela, ou seja, Se dá a conhecer aos homens de modo
natural ou sobrenatural. Vejamos a diferença entre INSPIRAÇÃO e REVELAÇÃO:

 INSPIRAÇÃO: Deus fala através dos homens.


Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso os faz sábios.(Jó 32.8)
Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir,
para instruir em justiça. (2 Tm 3.16)
Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de
Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. (2 Pe 1.21)

 REVELAÇÃO: Deus fala aos homens.


E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por
concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de ti. (Gn 17.7)
Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós, tendes visto que eu falei
convosco desde os céus. (Êx 20.22)
As primeiras coisas desde a antiguidade as anunciei; sim, pronunciou-as a minha boca, e eu as fiz
ouvir; apressuradamente as fiz, e passaram. (Is 48.3)

A revelação plena de Deus se dá em Jesus Cristo, que é o Verbo, ou seja, a Palavra. Pudemos
conhecer a Deus vendo Jesus curando, perdoando e amando as pessoas.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (Jo 1.1)
O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. (Cl 1.15)
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. (Cl 2.9)
A inspiração plena se dá por intermédio do Espírito Santo, que é o próprio sopro de Deus. Ele
nos usa (Mt. 10.20).
(Mt 10.20) - Visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito do nosso Pai é quem fala em nós.

5
As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito
Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. (1 Co 2.13)
Espírito do Senhor falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. (2 Sm 23.2)
E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o
Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías. (Atos 28.25)

Leia Hebreus 1.1.


(Hb 1.1) - Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.
Aqui os alunos podem ser questionados do porque crêem na Bíblia, e até mesmo o que é a Bíblia para
eles. Você, professor, ouve e anota, não discute nem entra em detalhes, pois as opiniões servirão de
base para avaliar o nível de conhecimento dos alunos acerca da Bíblia e mesmo idéias erradas que
precisam ser reconstruídas no transcorrer do curso. Para ficar muito claro que acreditamos que a
Bíblia é a Palavra de Deus use o exemplo 7 (abaixo) como modelo.
Dinâmica:
Sugira que a turma faça uma história coletiva. Funciona assim: Em círculo, um aluno começa a
contar uma história, ao comando do professor, a pessoa da direita continua a história do colega e assim
por diante, até o último. Antes de começar deve-se pedir que a história tenha sentido. Eles vão
perceber como é difícil contar uma história sendo apenas pessoas diferentes, com idéias diferentes e
não desconhecidos e de culturas diferentes como os autores da Bíblia. Pergunte então ao primeiro
aluno se foi a história que ele imaginou que acabou saindo. Certamente a resposta será não. Então,
conclua tentando mostrar que se nós, nos vendo e ouvindo uns aos outros tivemos muita dificuldade, se
a Bíblia não fosse regida por Deus, jamais teria a coerência que tem.

Razões Pelas Quais a Bíblia É a Palavra de Deus

1. Deus, como Criador, teria de revelar-Se às Suas criaturas. A Bíblia é o único livro do mundo digno
de crédito neste assunto.
2. O próprio Jesus Cristo leu a Bíblia, ensinou-A, chamou-A “A Palavra de Deus” e cumpriu-A (Lc
4.17; 24.27,44; Mc 7.13).
(Lc 4.17) – Então lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava
escrito.
(Lc 24. 27) – E começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu
respeito constava em todas as Escrituras.
(Lc 24. 44) – A seguir Jesus lhes disse: São essas as palavras que vos falei, estando ainda conosco, que
importava que se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos
Salmos.
6
(Mc 7.13) – Invalidando a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós mesmos transmitistes, e fazeis
muitas outras coisas semelhantes.

3. Seus escritores reconheceram a ação do Espírito Santo quando liam ou produziam seus escritos (2
Pe 1.21 e Is 6.8).
(2 Pe 1.21) – Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens
(santos) falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.
(Is 6.8) – Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.
4. A história dos outros povos dá testemunho dos acontecimentos descritos na Bíblia. A própria
História universal apanha emprestado da Bíblia registros e fatos para a sua complementação.
5. As descobertas científicas cada vez mais confirmam a verdade da Bíblia. A cada descoberta se
valoriza mais a narrativa bíblica.
6. Espírito Santo fala ao coração do cristão dizendo que a Bíblia é a Palavra de Deus. Os que são
dirigidos por Ele mostram ao mundo — através do caráter, da moral e do amor — o resultado das
Suas palavras.
7. Embora tenha sido escrita em 16 séculos por cerca de 40 escritores, em épocas, lugares e
circunstâncias diferentes, a Bíblia parece ter sido redigida por uma só pessoa. Seus 66 livros
formam um só, do Gênesis ao Apocalipse.
8. As profecias da Bíblia se cumprem fielmente. Muitas profecias do Antigo Testamento se
cumpriram no próprio Antigo Testamento, outras se cumpriram no Novo Testamento, e outras
estão-se cumprindo com o passar dos séculos (Jr 1.12).
(Jr 1.12) – Disse-me Jesus: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.
9. A Bíblia é sempre nova e inesgotável. Leia a Bíblia 1.000 vezes e na próxima vez que a ler
encontrará milhares de entendimentos novos.
10. A Bíblia é o único livro no mundo que só tem verdades. Se há mentiras, não são dela, apenas foram
registradas. Há mais verdades na Bíblia do que todas as verdades produzidas pelo homem durante
os séculos.
11. A Bíblia é familiar a todos os homens em todas as nações. Ao lermos a Bíblia, temos a impressão
de que ela foi escrita para nós. Se fosse um produto humano, não se ajustaria às línguas e aos
costumes de todas as nações.
12. É a única palavra que tem poder. Jesus usou a Palavra para derrotar o diabo, expulsar os demônios,
curar os enfermos, dominar as tempestades, perdoar aos pecadores, ressuscitar os mortos e
alimentar as multidões, dentre outras ações.

7
É necessário usar a Palavra de Deus para lutar contra todas as forças que dominam o
entendimento das pessoas que sofrem. A Palavra de Deus é, acima de tudo, um instrumento da fé, e
não da razão, como muitos pensam.
~~~~~~
Referência Bibliográfica
OSBORN, T.L., A palavra que liberta, Graça Editorial, RJ. 2004

Atividade I
1 – ASSOCIE:
A – Inspiração
B – Inspiração Plena
C – Revelação
D – Revelação Plena
( C ) “... Vós tendes visto que eu falei convosco desde os céus” (Ex. 20.22)
( D ) “No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1)
( B ) O intermediário é o Espirito Santo, o Sopro de Deus.
( A ) Deus fala através dos homens.

2 – MARQUE V(VERDADEIRO) OU F (FALSO).


A - ( F ) As profecias da Bíblia se cumprem parcialmente.
B - ( V ) A Bíblia tem poder e foi utilizada para derrotar o diabo, expulsar demônios, curar enfermos...
C - ( F ) A Bíblia não é o único livro no mundo que só tem verdades.
D - ( V ) Deus chamou a Bíblia de: “ A Palavra de Deus”.
E - ( F ) A Bíblia foi escrita em lugares diferentes e circunstâncias diferentes por apenas 16 escritores
em 5 anos.
F - ( V ) A Bíblia é inesgotável, podemos ler várias vezes e sempre encontrar milhares de
entendimentos novos.

3 – CITE UM VERSÍCULO QUE DEMONSTRE SER JESUS A REVELAÇÃO PLENA DE DEUS.


R – Jo 1.1 – No principio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
4 – O QUE JESUS USOU COMO ARMA NA SUA PRIMEIRA LUTA CONTRA O DIABO?
R – A Palavra de Deus.

8
LIÇÃO II

COMO MANUSEAR A BÍBLIA

Dica: - Enfatize cada tópico estudado com os alunos, mostrando como está escrito na Bíblia, e
interagindo com eles. Por exemplo: fale um versículo para eles dizerem a referência; cite algumas
abreviaturas dos nomes dos livros bíblicos para eles dizerem qual é o livro; e assim por diante.
Outra dica é o “levantar a espada” como dinâmica, pois uma das maiores dificuldades iniciais de todos
os alunos das turmas é saber os livros da Bíblia em ordem, com suas abreviações. O “levantar a
espada” é uma brincadeira que o professor usa para treinar a localização rápida dos livros da Bíblia. O
professor fala: Levantar a espada; todos levantam as Bíblias para o alto. O professor fala uma
referência, os alunos a procuram e o que a achar primeiro levanta e lê o versículo, marcando ponto.
Peça também uma cópia a mão de todos os livros da Bíblia com as respectivas abreviações de 2 letras.
Use o CD do Missionário R. R. Soares para que decorem os livros da Bíblia.

A Bíblia é uma coleção de livros agrupados por assuntos. Para facilitar a sua consulta, ela é
dividida em capítulos, versículos e parágrafos. A existência de inúmeras versões da Bíblia nos obriga a
uma pesquisa para podermos manusear o livro de Deus com facilidade.

Divisão em capítulos e versículos – A primeira grande divisão da Bíblia é a que a divide em


dois testamentos: o Antigo e o Novo. O Antigo contém 39 livros, de Gênesis a Malaquias; e o Novo,
27 livros, de Mateus ao Apocalipse. Para facilitar a consulta, a Bíblia foi publicada, a partir de 1555,
em capítulos e versículos. A primeira Bíblia que trouxe essa divisão foi a Vulgata Latina.
Os capítulos são identificados pelos números maiores no início dos textos; e os versículos,
pelos números menores.

Referência – É a indicação do livro, capítulo, versículo e outras informações necessárias a serem


achadas na Bíblia. Exemplo: Rm 11.17

Rm = Nome do Livro (abreviatura de Romanos).


11 = O primeiro número depois do nome do livro é do capítulo.
17 = O número a seguir é o do versículo.
Assim, temos: Rm 11.17 = Carta aos Romanos, capítulo 11, versículo 17.
Dica – Passe no quadro algumas referências e peça que algum aluno responda.

9
Abreviaturas – O sistema usado pela Sociedade Bíblica do Brasil é o mais indicado, pela sua
simplicidade e rapidez. Os livros da Bíblia são abreviados com duas letras e sem ponto.
 A primeira letra da abreviatura é maiúscula. Ex.: Jn = Jonas.
 Entre capítulo e versículos usa-se apenas um ponto. Ex.: Jn 1.3
 Os versículos são separados por vírgulas. Ex.: Jn 1.3,4
 Os capítulos são separados por ponto e vírgula. Ex.: Jn 1;3.
 Usa-se o hífen para indicar o prosseguimento de um capítulo ou versículo a outro.
Ex.: Jn 1.3-6 (Jonas, capítulo 1, versículos 3 a 6). Jn 1-3 (Jonas, capítulo 1 a 3).
Dica – Exponha algumas abreviaturas para que cada aluno responda.

Divisão em parágrafos – Existe nas versões ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA (ARA) e


na ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA (ARC). Os textos que encerram um assunto são iniciados
com a letra em negrito. Veja por exemplo o Salmo 2, que tem 4 parágrafos.

Títulos dos capítulos – São preparados pelos editores e nem sempre estão de acordo com o
texto. Servem para, numa rápida passagem, identificar o assunto.
É por isso que muitos pensam que o sermão da montanha é composto apenas pelas bem-aventuranças.
Na verdade, o sermão é registrado nos capítulos 5, 6 e 7 de Mateus.

Palavras em itálico – São palavras escritas com um tipo de letra diferente. Não constam dos
originais, mas são necessárias para complementar o sentido do texto. Em português, a versão
ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA editada pela Imprensa Bíblica Brasileira e a publicada pela
Sociedade Bíblica do Brasil possuem palavras em itálico. Como exemplo, veja a palavra acerca em Mateus 2.7.

Palavras entre parênteses ou colchetes – A Bíblia na versão ALMEIDA REVISTA E


CORRIGIDA traz palavras entre parênteses que também não estão nos originais, mas servem para
complementar o sentido do texto. Em algumas versões estrangeiras essas palavras aparecem entre
colchetes. Veja, por exemplo, Marcos 5.7-8. Isso só acontece no Novo Testamento.

Explicações nas margens – Uma letrinha encontrada ao lado de uma palavra remete à margem,
onde vai ser encontrado um sinônimo para aquela palavra, ou uma explicação que se julgue necessário.

Referências marginais – Um numerozinho ao lado de uma palavra remete à margem onde se


encontram outras referências. Trata-se de outras passagens bíblicas que falam sobre o mesmo assunto.
Dica – Se possível dê o exemplo mostrando na Bíblia como é. Amplie uma página da Bíblia ou
coloque no projetor ou retroprojetor ou mesmo só uma cópia amplificada e mostre a todos essas
referências e explicações.
Indicações nas referências – São informações necessárias para consultar a Bíblia.
10
“a” = Parte inicial do versículo – Rm 11.17a.
“b” = Parte final (ou segunda parte) – Rm 11.17b.
“c”, “d” etc. = Terceira parte, quarta parte etc. (ou parte final) — Is 53.3c.; Is. 53.3d.
“ss.” = Indica os versículos seguintes – Rm 11.17 ss.
“v.” ou “vv.” = Versículo ou versículos.
“q.v.” = Recomendação “queira ver”, para que veja a referência.
“cf.” = Confira ou confronte.
“i.e.” = Isto é.
“vd.” = Vide ou veja.
“cap.” = Capítulo (s).
Dica – Escreva no quadro algumas dessas “Indicações” e peça que alguns alunos expliquem o
significado.

Siglas ou abreviaturas das principais versões em português

ARC = Almeida Revista e Corrigida – Imprensa Bíblica Brasileira e Sociedade Bíblica do Brasil
ARA = Almeida Revista e Atualizada - Sociedade Bíblica do Brasil.
SOARES = Matos Soares – Versão popular dos católicos brasileiros.
Vulg. = Vulgata Latina
TB, VB, EB = Tradução Brasileira de 1917.
LXX = Septuaginta ou Versão dos Setenta.
JERUS = Bíblia de Jerusalém, Edições Paulinas – versão católica.
FIG = Antônio Pereira de Figueiredo – Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira — versão católica
usada no Brasil pelos protestantes no início do século.

Outras siglas / abreviaturas

SBB = Sociedade Bíblica do Brasil


IBB = Imprensa Bíblica Brasileira
a.C. = antes de Cristo
d.C. = depois de Cristo.
A.D. = Vem do Latim “Ano Domini”, ano do Senhor. O mesmo que d.C. (depois de Cristo)
gr. = grego
heb. = hebraico
aram. = aramaico.

11
Dica – É importante que os alunos saibam essas abreviaturas, por isso brinque um pouco com eles.
Peça que fechem à apostila e você cita algumas delas e eles vão respondendo.

Referência Bibliográfica

ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia Shedd – Antigo e Novo Testamento (RAB) - Informações
específicas. Ed. Vida Nova, pag. Vii, 1998.
~~~~~~~
Atividade – Lição II

1 – O que significam as siglas?


A.D. -
Resposta - Vem do Latim “Ano Domini”, ano do Senhor. O mesmo que d.C. (depois de Cristo)
“q.v.” –
Resposta - Recomendação “queira ver”, para que veja a referência.
“vd” –
Resposta - Vide ou veja.
LXX –
Resposta - Septuaginta ou Versão dos Setenta.
“ss” –
Resposta - Indica os versículos seguintes.
Heb. -
Resposta – hebraico.

2 – Qual é a referência bibliográfica do versículo abaixo?


Hc 1-2.3,18-20; 3.1ss
Resposta – Livro de Habacuque do capítulo 1 até o capítulo 2 versículo 3 e do versículo 18 ao 20.
Capítulo 3 versículo 1 e seguintes.

3 – Complete as casas abaixo.

A – As palavras que têm suas letras escritas diferentes são as palavras em ...

I T Á L I C O

12
B – Quando as frases iniciam-se em negrito, significam novos ...

P A R Á G RA F O S

C – São palavras que ficam dentro de ..., com o intuito de completar o sentido do texto.

P A R Ê N T E S E S

O U

C O L C H E T E S

D – Referências que tratam-se de outras passagens bíblicas que falam sobre o mesmo assunto.

M A R G I N A I S

E – Servem para identificar o assunto, numa rápida passagem e são separados pelos editores.

T Í T U L O S

F – Uma letra que te leva a encontrar explicações que se julguem necessárias.

M A R G E N S

4 – O que é uma referência?


R – É a indicação do livro, capítulo e versículo citados em alguma obra a ser achada na Bíblia.

13
LIÇÃO III

A ESTRUTURA DA BÍBLIA

Dinâmica
Material:
Papel tamanho ofício branco e lápis de cor.

Ambiente:
Coloque as carteiras em círculo.

Desenvolvimento:
- Dê uma folha para cada um e peça que coloquem o nome na parte de trás da folha.
- Explique que cada um irá imaginar um desenho e que irá começar a desenhá-lo e quando você falar:
troque - é para cada colega trocar seu desenho com o colega da direita e o seu colega irá continuar seu
desenho. Isso ocorrerá até que o desenho passe por pelo menos 3 colegas até chegar no dono outra vez.
Depois que ocorrer isso, peça que cada um veja como ficou seu desenho. E peça que alguns falem o
que iriam desenhar e como ficou seu desenho depois de ter passado por todos os colegas.

Finalização:
Fale com os alunos como o desenho ficou todo diferente do que tinham imaginado que ficaria. Mostre
para eles como é difícil saber o que outro colega queria desenhar sem perguntar ou conversar com ele
antes.
Finalize falando da perfeição de Deus que conseguiu escrever a Bíblia toda, utilizando pessoas
diferentes, em lugares e tempo diferentes, sem alterar Seus mandamentos e todos os livros terem
ligação um com o outro e completarem-se um ao outro.
Essa atividade serve também para você professor, dar aula do começo ao fim do Curso, pois se as aulas
forem ministradas por você e depois por outra pessoa, por mais capacitada que seja, ela pode não dar
continuidade ao que você começou ou planejou e ainda vir a acabar com o curso.

A palavra “bíblia” vem do grego “biblos” e significa “livros” em português. Um sinônimo de “A


Bíblia” são “As Escrituras”, do grego “tagramata” ou “haigraphai”.
Dica: Peça que um aluno leia para você os versículos abaixo.
Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta
por cabeça do ângulo; pelo Senhor foi feito isto, e é maravilhoso aos nossos olhos? (Mt 21.42)

14
Ainda não lestes esta Escritura: A pedra, que os edificadores rejeitaram, essa foi posta por cabeça da
esquina. (Mc 12.10)

Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir,
para instruir em justiça. (2 Tm 3.16)

A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT).
A palavra “testamento” significa pacto, aliança ou acordo. A Bíblia contém 66 livros, sendo 39 no AT,
e 27 no NT. Esses livros foram escritos num período em torno de 16 séculos e por cerca de quarenta
escritores, os quais exerceram as mais variadas profissões e atividades. Viveram e escreveram em
países, regiões e continentes diferentes, entretanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita. Isso
prova que UM só os dirigia no registro da revelação divina.
A Bíblia não é um compêndio de ciências, mas, quando trata de assuntos científicos em seu ensino,
o faz sem cometer erros. Ela não é um compêndio de História, mas, sempre que a História secular se
cruza com a História sagrada em suas páginas, a Bíblia faz referência a ela sem cometer erro. Se a
Bíblia não fosse inerrante e não estivesse certa nas questões factuais, empíricas, comprováveis, de que
maneira seria possível confiar nela em questões espirituais, não sujeitas a testes? Como disse Jesus a
Nicodemos: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das
celestiais?” (Jo 3.12).

1. ANTIGO TESTAMENTO. Escrito em hebraico com algumas passagens escritas em


aramaico (Exemplo: Ed 4.8 até 6.18). Divide-se em quatro grandes grupos: LEI, HISTÓRIA,
POESIA E PROFECIA.

1.1. LEI – Os cinco primeiros livros, também chamados de Pentateuco — do Gênesis a


Deuteronômio.
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
1.2. HISTÓRIA – Doze livros — de Josué a Ester.
Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
1.3. POESIA – Cinco livros — de Jó a Cantares.
Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
1.4. PROFECIA – Dezessete livros — de Isaías a Malaquias. Subdividem-se em duas partes:

1.4.1. Profetas Maiores — 5 livros — de Isaías a Daniel.


Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel e Daniel.

15
1.4.2. Profetas Menores (menores porque seus escritos foram pequenos, mas sua importância
é a mesma) — 12 livros — de Oséias a Malaquias.
Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
#
2. NOVO TESTAMENTO – Escrito em grego, com exceção do livro de Mateus e da Carta aos
Hebreus, que foram escritos originalmente em hebraico. O grego do Novo Testamento é o “koiné”,
um dialeto grego popular, falado nos tempos de Jesus. Contém 27 livros, classificados em quatro
grandes grupos: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, EPÍSTOLAS E PROFECIA.

2.1. BIOGRAFIA – São os quatro Evangelhos. A palavra “evangelho” significa “boas novas” ou
“boas notícias”. Os três primeiros (Mateus, Marcos e Lucas) também são chamados Sinóticos
(resumo), devido ao paralelismo entre eles. Os evangelhos eram conhecidos pela Igreja
Primitiva como “O Evangelho”. A razão de haver quatro se compreende pelo seguinte:

2.1.1. Mateus — Dirige-se aos judeus e apresenta Jesus como O MESSIAS, o libertador de
Israel.

2.1.2. Marcos – Dirige-se aos romanos e apresenta Jesus como o REI VITORIOSO E
VENCEDOR. É o menor deles.

2.1.3. Lucas – Escrito aos gregos, apresenta Jesus como O FILHO DO HOMEM. É o mais
meticuloso e mais completo.
2.1.4. João — Dirige-se à Igreja e apresenta Jesus como O FILHO DE DEUS. É o mais
espiritual.
Dica: Enfatize com o aluno como cada um dos evangelistas apresentava Jesus.

2.2. HISTÓRIA — Atos dos Apóstolos.

2.3. EPÍSTOLAS ou cartas — São 21 — de Romanos a Judas. Contêm a DOUTRINA da Igreja.


Subdividem-se da seguinte maneira:

2.3.1. Eclesiásticas (Ekklesiastes – em grego, “aquele que fala ao povo”, “o pregador”) – São
9. Dirigidas à Igreja — de Romanos à 2 Tessalonicenses.

16
Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e I e II
Tessalonicenses.
2.3.2. Individuais – São 4. Dirigidas a indivíduos — de 1 Timóteo a Filemon.
I e II Timóteo, Tito e Filemon.
2.3.3. Coletiva – A carta aos Hebreus. Dirigida aos judeus-cristãos.

2.3.4. Universais – São 7. Dirigidas a todos, indistintamente. Embora 2 e 3 João sejam


dirigidas a pessoas, enquadram-se nesta classificação — de Tiago a Judas.
Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas.

2.4. PROFECIA – O livro do Apocalipse. Trata da volta pessoal do Senhor à terra e das
ocorrências que precederão esse glorioso evento.

Os livros da Bíblia não estão organizados em ordem cronológica, ou seja, na ordem do tempo
em que foram escritos. Estão arrumados por assuntos. Da mesma forma acontece com os escritores e
sua seqüência dentro de cada livro. Nem sempre se apresentam em ordem cronológica.

Referência Bibliográfica

LINDSAY, Gordon; Os profetas menores – Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas e Miquéias – Série
heróis do Antigo Testamento - Retratos dos personagens notáveis, V 35, Graça Editorial, RJ 2004.

LINDSAY, Gordon; Os profetas menores – Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
– Série heróis do Antigo Testamento - Retratos dos personagens notáveis, V 36, V 35, Graça Editorial,
RJ 2004.

ALMEIDA, João Ferreira de; Bíblia de referência Thompson com versículo em cadeia temática. Ed.
Vida, V. 5, pag. 1437 e 1438, (descrição sinóptica de Cristo).

~~~~~~~

Atividade – Lição III

17
1 – Faça a associação:

A – Mateus ( B ) Apresenta Jesus como Rei Vitorioso.


B – Marcos ( D ) Apresenta Jesus como Filho de Deus.
C – Lucas ( C ) Apresenta Jesus como Filho do Homem.
D – João ( A ) Apresenta Jesus como Messias.

2 - Cite:

A – Quatro livros que se dirigem à igreja.


Resposta – Podem ser: Romanos, I e II Corintios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses e I e II
Tessalonicenses.

B – Dois livros que se dirigem à todos, indistintamente.


Resposta – Podem ser: Tiago, I e II Pedro, I II e III João e Judas.

18
LIÇÃO IV

BREVE HISTÓRIA DA BÍBLIA

Os livros da Bíblia foram escritos por muitos autores diferentes, durante um período de cerca de
1600 anos, em três línguas diferentes (grego hebraico e aramaico). Como foram os 66 livros da Bíblia
colocados juntos? Como foram reconhecidos como inspirados?

Dica: Faça essas perguntas aos alunos.

A palavra “cânon” é usada em referência aos livros reconhecidos como componentes da Bíblia.
O termo vem do grego “kanon” e significa “vara”, dando a idéia de uma vara reta que era usada para
medir a retidão de objetos.

A canonização dos livros das Escrituras foi sucedendo aos poucos. Deus dirigiu de tal maneira a
redação do Seu livro que, no decorrer dos anos e séculos da História bíblica, os líderes religiosos
foram reconhecendo a inspiração dos livros até completar o cânon.

Realmente, quando homens de Deus falaram no Antigo Testamento, suas vozes foram
reconhecidas como sendo inspiradas. A lei dada a Moiséis no Monte Sinai foi reconhecida como vinda
de Deus e aceita como tal. Com o passar dos anos, sempre que o povo violava a lei era acusado de
rebeldia contra a Palavra do Senhor. Ex.: 24.4; Is 30.8; Jr 26.2; Jo 10.35; Lc 24.44; Dt 18.18; 4.2; Nm
26.10.

(Ex. 24.4) – Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado pela manhã de
madrugada, erigiu um altar ao pé do monte, e doze colunas, segundo as doze tribos de Israel.
(Is 30.8) – Vai, pois escreve isso em uma tabuinha perante eles, escreve-o num livro, para que fique
registrado para os dias vindouros, para sempre, perpetuamente.
(Jr 26.2) – Assim diz o Senhor: Põe-te no átrio da casa do Senhor e dize a todas as cidades de Judá, que
vêm adorar à casa do Senhor, todas as palavras que eu te mando lhes digas; não omitas nem uma
palavra sequer.
(Jo 10.35) – Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a Escritura não
pode falhar,

(Lc 24.44) – A seguir Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco,
que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos
Salmos.
(Dt 18.18) – Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as
minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhes ordenar.

19
(Dt 4.2) – Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os
mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu vos mando.
(Nm 26.10) – quando a terra abriu a sua boca, e os tragou com Coré, morrendo aquele grupo; quando o
fogo consumiu duzentos e cinqüenta homens, que serviram de advertência.
Também tirou da casa do Senhor o ídolo do bosque para fora de Jerusalém até o ribeiro de
Cedrom, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom, e o desfez em pó, e lançou o seu pó sobre as
sepulturas dos filhos do povo. (2 Reis 23.6)

Alguns teólogos de hoje acham que o Cântico de Débora, no livro de Juízes, é o mais antigo
trecho literário do AT. Pertence ao século doze antes de Cristo. Esses, situam Jó do século VI ao III
tradicionalmente ou ainda X a.C. As narrativas dos historiadores proféticos apareceram nos séculos
nono e oitavo a.C., enquanto os livros de Isaías, Oséias, Amós e Miquéias apareceram entre 765 e 701
a.C.

A expansão das Escrituras judaicas não parou com a lei e os Profetas. Os judeus, inspirados por
Deus, nos mais variados estilos, foram formando, desde a literatura prática e devocional, os hinos,
sermões e histórias curtas (Rute, Ester e Jonas, por exemplo). Apareceram discussões filosóficas da
religião como Jó e Eclesiastes, elegias fúnebres como Lamentações, e poesia amorosa como o Cântico
dos Cânticos. O livro de Salmos, ao mesmo tempo hinário e livro de oração do segundo templo, foi a
grande unidade central nesta literatura religiosa secundária.

O livro de Daniel brotou no meio da perseguição aos judeus pelo rei da Síria, a quem eles
estavam sujeitos.

Quando, pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no
lugar santo; quem lê, atenda. (Mt 24.15)

Cerca de sessenta e seis vezes o livro de Daniel tem sua linguagem repetida no Apocalipse.

Esdras e Neemias contam a história dos judeus do fim do exílio na Babilônia, onde ficaram
cativos por quase 70 anos. Do livro de Malaquias, último profeta do AT, até o livro de Mateus, houve
cerca de 400 anos de silêncio divino, caracterizado pela cessação da Revelação Bíblica. Durante esse
período, também chamado de Interbíblico, nenhum profeta se levantou em Nome de Deus.

Alguns livros foram escritos nesse período, porém destituídos de inspiração divina. Os judeus
nunca os reconheceram como canônicos. A Igreja Católica enxertou alguns deles na Bíblia por
conterem algo que dá margem a algumas das suas falsas doutrinas. É certo que alguns deles como, por
exemplo, os de Macabeus, são valiosos em algumas informações históricas, entretanto, perigosos para
serem incluídos junto com os livros da Bíblia. São chamados Apócrifos por não terem inspiração
divina.

20
O Novo Testamento

Logo depois da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão, os que haviam sido testemunhas
oculares de Sua glória foram a todos os lugares pregando o Evangelho. De boca em boca, anunciaram
as boas novas que o Mestre havia trazido. Com o passar dos anos, surgiu a necessidade de registrar o
que ensinavam. Foi então que os livros do Novo Testamento começaram a ser escritos. O ambiente de
perseguição no qual foram escritos ratifica que o Novo Testamento foi escrito com sangue. Desde o
sangue vertido na cruz do Calvário até o sangue dos apóstolos.

As Epístolas de Paulo foram os primeiros escritos do Novo Testamento, num total de 13. Foram
escritas entre 52 e 67 A.D. As de Hebreus a Judas, entre 68 a 90 A.D.

O livro de Atos dos Apóstolos foi escrito em 63 A.D; os Evangelhos, entre os anos 60 a 65
A.D.; o de João, em 85 A.D. Algumas das epístolas de Paulo foram escritas depois dos evangelhos
sinóticos. O Apocalipse é o mais novo livro do NT. Foi escrito em 96 A.D. durante o reinado do
Imperador Domiciano.

Sobre os Autores dos Livros

Os livros da Bíblia são, do ponto de vista literário, registros de fatos e acontecimentos, tradições,
costumes e histórias do povo de Deus. Nesse aspecto, devemos considerar que fica muito difícil
atribuir, na maioria dos livros, a autoria. Os livros costumam levar o nome de seu personagem
principal e, com raras exceções, pode-se afirmar que foi aquele personagem quem o escreveu.

Não existe um original da Bíblia ou de um livro bíblico; cremos que para evitar a idolatria. São
centenas e às vezes milhares de fragmentos que foram reunidos para se compor determinado livro. Os
manuscritos antigos são, por isso, chamados de originais ou autógrafos.

Existem vários estudos sobre a composição da literatura bíblica. Modernamente, os mais aceitos
pela área acadêmica são os da crítica literária moderna ou “alta crítica”. Os estudiosos dessa corrente
admitem para o Pentateuco, por exemplo, várias escolas literárias que produziram textos paralelos e
que, depois, houve uma tentativa de harmonizar os textos produzidos em um só, formando então os
livros. Para o Novo Testamento, principalmente em relação aos Evangelhos, a teoria é semelhante. Por
mais sério que possam ser esses estudos, não podemos desconsiderar o fato de que são apenas
21
“teorias”. Os cristãos de todos os tempos têm preferido aceitar o Plano de Deus na revelação e
inspiração da Bíblia, aceitando o que Ela diz literalmente.

A Bíblia no Brasil

João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa, de pais católicos romanos, em 1628. Mudou-se para
Djacarta, capital da Indonésia, onde aceitou a fé da Igreja Reformada Holandesa e se tornou zeloso
pregador do Evangelho.

Durante sua longa vida pastoral, escreveu e publicou várias obras religiosas, dentre as quais a
versão portuguesa da Bíblia. Almeida traduziu o Antigo Testamento até Ezequiel 48.21, quando
faleceu em 1691. Missionários amigos seus complementaram a tradução, especialmente Jacob Opden
Akker.

A Sociedade Bíblica Americana e a Sociedade Britânica e Estrangeira muito contribuíram para a


distribuição da Bíblia no Brasil. A Bíblia completa de Almeida foi publicada pela Sociedade Bíblica
Britânica e Estrangeira em 1819.

A edição Revista e Corrigida (ARC) foi uma revisão da Bíblia de Almeida entre 1894 e 1925. O
primeiro exemplar da Bíblia Corrigida foi publicado pela Imprensa Bíblica Brasileira (organização
Batista independente) em 1951.

A edição Revista e Atualizada (ARA) é uma atualização da versão de Almeida feita entre 1945 e
1955 por uma comissão de especialistas brasileiros. O NT foi publicado em 1951, e o AT, em 1958,
pela Sociedade Bíblica do Brasil.

O Brasil ocupa o segundo lugar do mundo na distribuição de Bíblias. Existem algumas


traduções mais modernas como A Bíblia na Linguagem de Hoje, da Sociedade Bíblica do Brasil, e A
Bíblia Viva, da Liga Bíblica Mundial, que tencionam apresentar a Bíblia em uma linguagem mais
moderna e acessível. Ambas têm um ponto negativo muito importante: São traduções do inglês e não
nos satisfazem plenamente nesse intuito.

Outra tradução que entrou no mercado é a Nova Versão Internacional, tradução esta que tem
conseguido muita penetração no meio cristão.

Dica: Peça para os alunos levarem, na próxima aula, Bíblias com traduções diferentes. Ex.: ARA
(Almeida revista e atualizada), ARC (Almeida revista e corrigida), Linguagem de Hoje, Viva, NVI
(nova versão internacional) para que todos vejam as diferenças na escrita bíblica. No início da próxima
aula os alunos poderão ver as Bíblias dos colegas.

22
~~~~~~~

Atividade – Lição IV

1 – Peça uma pesquisa, valendo nota, do período Interbíblico, incluindo os livros da Bíblia que foram
escritos neste período, chamados apócrifos.

23
LIÇÃO V

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS


1. A Época Pré-Abraâmica

Você encontra uma linha de tempo e um mapa da história na Bíblia de Estudos Thompson.
Para efeito de estudo, podemos dividir a história do povo de Deus em épocas e períodos, como se
segue:

1. A ÉPOCA PRÉ-ABRAÂMICA
1.1. Período antediluviano
1.2. Período do Dilúvio a Abraão

2. A ÉPOCA DE ISRAEL
2.1. Período Patriarcal
2.2. Israel no Egito
2.3. Israel no Deserto
2.4. A Conquista de Canaã
2.5. Período dos Juízes
2.6. Monarquia
2.7. Período do Reino Dividido
2.8. Cativeiro e Restauração
2.9. Período Interbíblico

3. A ÉPOCA DO CRISTIANISMO
3.1. Os dias da vida de Cristo
3.2. Os dias do Novo Testamento
3.3. Após os dias do Novo Testamento

OBS.: NOMES DO POVO DE DEUS:


 Israelitas = descendentes de Israel (aquele que luta com Deus = Jacó), nome espiritual da
nação hebraica.
 Hebreus — Héber = o que vem do outro lado, referindo-se a Abraão.
 Judeus = moradores de Judá e depois todo o povo de Deus. Também se chamam assim os
praticantes do judaísmo.
24
1. A ÉPOCA PRÉ-ABRAÂMICA
Vai da criação de Adão até a chamada de Abraão. Gênesis 1 a 11.

Dica: Conte para os alunos um pouco da história pré-abraâmica e fale para os alunos lerem os
versículos em casa.

1.1. NO PERÍODO DE ADÃO AO DILÚVIO, encontramos os seguintes fatos importantes:

1.1.1. A criação do homem (Gn 2.4-25)


1.1.2. A entrada do pecado no mundo (Gn 3.4-24).
1.1.3. A perversidade do Velho Mundo (Gn 6).
1.1.4. O dilúvio, castigo de Deus (Gn 6.17).

1.2. NO PERÍODO DO DILÚVIO A ABRAÃO (Gn 9.20 a Gn 12.5), encontramos os seguintes fatos
mais importantes:
Gn 9.20 – E começou Noé a ser lavrador da terra e plantou uma vinha.
Gn 12.5 – E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e toda a sua fazenda, que
haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e
vieram à terra de Canaã.

1.2.1. Profecia de Noé acerca do futuro das três raças-tronco da humanidade: Semitas,
Camitas e Jafetitas.
E disse: maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos. E disse: Bendito seja
o Senhor Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo. Alargue Deus a Jafé, e habite nas
tendas de Sem;e seja-lhe Canaã por servo. (Gn 9.25-27)

1.2.2. A Dispersão das Raças

E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e
façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificaram; E
disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é que começam a fazer;
e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos, e
confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor

25
os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. (Gn 11.4-
8)

Na dispersão, os descendentes de Noé se espalharam por toda a terra, cumprindo assim a


vontade de Deus.

E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei


a terra. (Gn 9.1)
Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e multiplicai-vos
nela. (Gn 9.7)

A escrita mais antiga descoberta pelos arqueólogos corresponde a uma raça conhecida
como a Suméria, cujo idioma não pertence à família camita. É possível, não obstante, que
corresponda ao idioma empregado antes da confusão das línguas, associada à Torre de
Babel (confusão).

Os Semitas – Fixaram-se nos vales do Tigre e Eufrates e regiões próximas do leste da


Ásia. Algumas civilizações: Elamitas, Assírios, Caldeus, Sírios, Árabes, Judeus, Lídios e
Arameus. Sem (Gn 10.21-31).
DICA: Leia a referência com os alunos.

Os Camitas – Ocuparam a Arábia Meridional, o leste do Mediterrâneo, o sul do Eufrates e


o leste da Ásia, além da África. Algumas civilizações: Os egípcios, os babilônicos, os
hindus (primitivos) e a maior parte da Ásia Oriental, incluindo o Japão.
Cão ou Cam – calor (Gn 10.6-12).
DICA: Leia a referência com os alunos.

Os Jafetistas – Povoaram a Europa. Algumas civilizações: russos, gregos, alemães,


holandeses, suecos, ingleses, medos, persas, celtas e etc.
Jafé – engrandecimeto (Gn 10.2).
DICA: Os filhos de Jafé são: Gomer, e Magogue, e Madai, e Javã, e Tubal, e Meseque, e
Tiras.

26
O PLANO DE DEUS PARA O HOMEM

O plano de Deus para o homem, de acordo com a Sua Palavra, é que este vivesse eternamente
com saúde, paz, alegria e felicidade. Ele preparou um paraíso para ser a habitação dos Seus filhos.
Adão e Eva, bem como seus descendentes, viveriam em completa abundância se apenas dessem
ouvido à Sua Palavra.
A entrada do pecado na vida dos filhos de Deus veio mudar o rumo da História. Mas o que é
pecado? Deixando de lado por enquanto as discussões teológicas sobre o assunto, podemos entendê-lo
como a ação do diabo na vida do ser humano. Essa ação é pecado porque depende do consentimento
do homem para ser realizada. Em suma: pecado é aquilo que é contrário à vontade e à Palavra de
Deus.
Adão e Eva poderiam ter resistido ao diabo. Poderiam duvidar dele, negar as suas “verdades”,
repreendê-lo e crer apenas na Palavra de Deus. Infelizmente fizeram o contrário de tudo isso.
Deus não desistiu do Seu Plano para a vida das pessoas. Ao lermos as Escrituras, podemos
acompanhá-lo na história humana revelando-Se e chamando os homens para a vida plena sob Seus
cuidados. De um modo geral os homens têm rejeitado o Seu convite. São egoístas, incrédulos e têm
preferido os banquetes de Satanás à mesa que Deus põe diante deles.
A revelação máxima de Deus se deu em Jesus Cristo, como estaremos estudando nas próximas
lições.
No período antediluviano, mesmo depois da entrada do pecado, os homens ainda possuíam
longevidade. Viviam às vezes séculos. Acontece que o pecado, responsável pelas enfermidades e pela
morte, ainda estava começando a causar os seus danos. Vd. Gn 6.3 e Sl 90.10.
(Gn 6.3) - Então disse o Senhor: O meu Espirito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e
os seus dias serão cento e vinte anos.
(Sl 90.10) – Os dias da nossa vida sobem a setenta anos, ou, em havendo vigor, a oitenta: neste caso o
melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos.

Referência Bibliográfica

ALMEIDA, João Ferreira – Bíblia Shedd – Antigo e Novo Testamento(RAB) - Informações


Específicas, Ed. Vida Nova, pag.vvii, 1998.
ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Mapas Bíblicos. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1747. 1996.

27
LINDSAY, Gordon; Adão e Eva – Série Heróis do Antigo Testamento - Retratos dos personagens
notáveis, V. 1, Graça Editorial, RJ, 2001.

LINDSAY, Gordon; Enoque e Noé – Patriarcas do dilúvio – Série Heróis do Antigo Testamento -
Retratos dos personagens notáveis, V.2, Graça Editorial, RJ, 2001.

LINDSAY, Gordon; Abraão – o amigo de Deus – Série Heróis do Antigo Testamento - Retratos dos
personagens notáveis, V.3, Graça Editorial, RJ, 2001.

LINDSAY, Gordon; Josué, o conquistador de Canaã – Série Heróis do Antigo Testamento - Retratos
dos personagens notáveis, V.2, Graça Editorial, RJ, 2001.

~~~~~~~

Atividade - Lição V

28
1 – Responda:

A – Em que período Deus castigou o velho mundo, após ter-se arrependido de ter criado o homem?
Resposta – No período de Adão ao dilúvio ou Período antediluviano.

2 – Depois que houve a dispersão das raças, os descendentes de Noé se espalharam por toda a terra e
criaram novas civilizações. Quem formou os hindus, os egípcios, o Japão, e a Babilônia?
Resposta – Foram os Camitas.

3 – Qual é a relação que existe entre pecado e Satanás?

Resposta – O pecado autoriza a ação de Satanás na vida do ser humano.

4 – Por que os homens têm rejeitado o convite de Deus?

Resposta – Porque são egoístas, incrédulos e preferem o banquete de Satanás à mesa que Deus põe
diante deles.

29
LIÇÃO VI

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.)


2. A Época de Israel (1)

Dica: Divida a turma em quatro grupos, onde cada um ficará responsável por dois tópicos dessa
lição, dê um tempo para os alunos estudarem um pouco sobre o assunto (ou já combine na aula
anterior) e peça que apresentem para os demais colegas. A última lição você mesmo explicará.

Israel é o centro da História bíblica. A história de Israel se divide em nove períodos. Vai da
chamada de Abraão até o nascimento de Jesus Cristo, num período de aproximadamente 2000 anos,
segundo a cronologia bíblica.

2.1. PERÍODO PATRIARCAL – Nome dado aos primeiros chefes de família no A.T. Ex.:
Abraão, Isaque, Jacó e seus 12 filhos. Antes de Moisés receber a Lei no Sinai, cada patriarca
servia como sacerdote na sua própria casa.

Relato – Gênesis 12 a 50.


Duração – De 1921 a 1635 a.C., ano da morte de José. — 286 anos.
Local – Terra de Canaã.

2.1.1. Fatos Importantes:


Aliança de Deus com Abraão (Gn 17.7)
O livramento de Ló (Gênesis 18.19)
A história de Isaque (Gênesis 25.19-27)
A ida de Israel para o Egito (Gênesis 46)
Gn. 17.7 – E estabelecerei o meu conserto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas
gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
Gn. 18.19 – Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele,
para que guardem o caminho de Senhor, para agirem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir
sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
Dica: Peça para um aluno ler os outros dois versículos.

2.2. ISRAEL NO EGITO


Relato – Gênesis 46 a Êxodo 12

30
Dica: Conte resumidamente para o aluno, a história de Israel no Egito.

Duração – De 1635 a 1491 a.C. Da morte de José ao Êxodo, 244 anos.


Local – Terra de Gósen no Egito (Gênesis 46.34).
Gn. 46.34 – Então direis: Teus servos foram homens de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto
nós como os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque todo o pastor de ovelhas é
abominação para os egípcios.
2.2.1. Fatos importantes:
As pragas (Êxodo 7.14 a 11.10).
A Instituição da Páscoa (Êxodo 12.1-28).
A partida do Egito (Êxodo 12.51).
Ex.7.14 – Então, disse o Senhor a Moisés: O coração de Faraó está obstinado; recusa deixar ir o povo.
Ex. 12. 1-28 – Leia com os alunos
Ex. 12.51 – E aconteceu, naquele mesmo dia, que o Senhor tirou os filhos de Israel da terra do Egito,
segundo os seus exércitos.
No momento preciso, Deus tirou o Seu povo do Egito por meio de Moisés, homem que ele
mesmo preparara no deserto nos quarenta anos que antecederam ao Êxodo. Dos seus 120 anos,
Moiséis passou 40 na corte de Faraó, recebendo instrução universitária (At 7.22) 40 no deserto sendo
preparado por Deus e 40 conduzindo o povo de Deus à terra prometida.
(At 7.22) - Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras.

2.3. ISRAEL NO DESERTO


Relato – Êxodo 13.17 a Números 22.1.
Ex. 13. 17 – e aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo cominho
da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que, porventura, o povo não se
arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito.
Duração – De 1491 a 1451 a.C. — 40 anos.
Local – Deserto da Arábia até Sitim, nas planícies de Moabe (Josué 2.1).
Js. 2.1 – E enviou José, filho de Num, dois homens desde Sitim a espiar secretamente,
dizendo: Andai e observai a terra e a Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta,
cujo nome era Raabe, e dormiram ali.
2.3.1. Fatos importantes:
Fundação da nação de Israel (Êxodo 13.8-17).
Dica: Leia com os alunos o versículo ou peça para alguém ler para você.
A promulgação da Lei (Êxodo 20).
Dica: Leia com os alunos o versículo ou peça para alguém ler para você.
31
A construção do Tabernáculo ou Tenda que servia de templo (Êxodo 25.1 a 31.11. vd. Êx
40; Lv 8.10).
Dica: Indique a leitura para casa.

Israel peregrinou quarenta anos no deserto para, nesse tempo, o Senhor purificar o seu povo.
Morreram os murmuradores que tentaram ao Senhor (Nm 13;14; 26.63-65). Deus declarou que todos
os judeus de 20 anos para cima morreriam no deserto; não entrariam na terra prometida (Nm 32.8-15).
Nm. 13.14 – as tribo de Naftali, Nabi, filho de Vofsi;
Dica: Leia com os alunos os outros versículos citados ou indique a leitura para casa.
Trinta e oito anos estiveram dando voltas. Três meses após a saída do Egito e por onze meses, os
israelitas estiveram no Sinai (Êx 19.1). Trinta e oito anos depois, Israel chega ao mesmo lugar, sem ter
encontrado a Terra Santa. O período termina com a morte de Moisés e com Israel acampando nas
Campinas de Moabe, a leste do Jordão, ao norte do Mar Morto (Nm 33.49).
(Ex. 19.1) - No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês,
vieram ao deserto do Sinai.
(Nm 33.49) - E acamparam-se junto ao Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim, nas campinas de
Moabe.
2.4. A CONQUISTA DE CANAÃ
Relato – Josué 1.2 até o cap. 24.
Duração – De 1451 a 1444 a.C. — 7 anos.
Local – Canaã. .Gilgal foi a base da operação de Israel durante a conquista.

Dica: Conte a história da conquista de Canaã para os alunos destacando os fatos importantes que estão
descritos abaixo e peça que eles leiam em casa.

2.4.1. Fatos importantes:


A missão dos espias – Josué 2.1-24.
A travessia do Jordão – Josué 3.14 a 4.18.
Primeira etapa: Jericó e Ai (6.1 a 8.35).
Segunda etapa: A campanha do Sul (9.1-10).
Terceira etapa: A campanha do Norte (11.1-23).
A divisão das terras – 13.1-22.
A terra de Canaã vivia sob o clima de moral baixíssima. Ali adoravam vários deuses. Deus
determinou que Israel destruísse os cananeus, com o fim de preservar o povo da idolatria e das práticas
vergonhosas daquele povo.

32
O que não fez de Canaã a “terra que mana leite e mel” para os israelitas, foi o fato de Israel não
tê-la conquistado totalmente. Foi uma falha de Israel (Josué 13.1) e que trouxe em conseqüência
castigos e sofrimentos (Juízes 1.27-36; 2.1-5).
Js. 13.1 – Era, Josué, porém, já idoso, entrado em dias; e disse-lhes o Senhor: Já estás velho, entrado
em dias, e ainda muitíssima terra ficou para se possuir.
Jz. 1.27- 36; 2.1-5 – Ler com os alunos.
A bênção de Deus deve ser conquistada totalmente porque ela já nos é dada antecipadamente.
Conquistar, então, significa tomar posse. O grande erro foi não tomar posse daquilo que já lhe tinha
sido dado, e, com essa atitude, os israelitas estavam indiretamente tomando outra: Devolvendo ao
inimigo aquilo que não lhe pertencia. Por isso o povo sofreu, e a História da humanidade tem
mostrado que os judeus sofrem até hoje os castigos da negligência. Somente no nosso século, em 1948,
foi dado a Israel um Estado onde pudesse se instalar oficialmente. Até hoje, disputa com os palestinos
o direito a uma terra que já lhe pertenceu e que não soube dela se apossar.

2.5. PERÍODO DOS JUÍZES


Relato – Josué 24.29-33 a 1 Samuel 12.
Duração – De 1425 a 1093 a.C. — 332 anos.
Local – Siló (centro religioso desse período).

2.5.1. Fatos importantes:


A infelicidade dos israelitas (Juízes 2.11-15).
A instituição dos juízes (Jz 2.16).

Juízes eram pessoas levantadas por Deus dentre o povo, para interceder diante dEle. Deus não
queria que o Seu povo tivesse um rei como às demais nações. Ele mesmo queria ser o Rei de Israel.
Por isso não instituiu a monarquia num primeiro momento. Acontece que, pela desobediência do
povo, os Juízes acabaram tornando-se pessoas especiais para livrá-lo dos ladrões e salteadores, bem
como dos opressores com os quais Israel havia inclusive feito alianças (Juízes 2.18).
Jz. 2.18 – Quando o Senhor lhes suscitava juízes, era com o juiz, e os livrava da mão dos inimigos,
todos os dias daquele juiz; porquanto o Senhor se compadecia deles ante os seus gemidos, por causa
dos que os apertavam e oprimiam.
O período dos Juízes foi marcado por anarquias, guerras civis, idolatria, invasões estrangeiras e
opressões, nas quais cada um fazia o que parecia certo aos seus olhos (Juízes 21.25). O maior líder
espiritual do período foi Samuel, como Juiz, sacerdote e profeta (1 Samuel 3.20; 7.9 a 15).
Corresponde ao período da morte de Josué até Samuel.

33
Jz. 21.25 – Naqueles dias não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto.
1 Samuel 3.20 – Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como
profeta do Senhor.
1 Samuel 7.9-15 – Abra a Bíblia e leia com os alunos.

Obs: Lembre-se de incentivar seu aluno a continuar o Curso, mesmo se ele estiver com
dificuldade. Diga-lhe que todo começo é difícil.
“Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais
alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. Mas
o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos
daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma. (Hb.
10.36-39)

Referência Bibliográfica

ALMEIDA, João Ferreira – Bíblia Shedd – Antigo e Novo Testamento(RAB) – Cronologia Bíblica Ed.
Vida Nova, pag.1789.

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Mapas Bíblicos. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1747. 1996.

LINDSAY, Gordon; Abraão – o amigo de Deus – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.3, Graça Editorial, RJ, 2001.

LINDSAY, Gordon; Ló e sua Esposa – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos personagens
notáveis, V.4, Graça Editorial, RJ, 2001.

LINDSAY, Gordon; Moisés o Libertador – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.9, Graça Editorial, RJ, 2002.

LINDSAY, Gordon; Moisés e a igreja no deserto – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.2, Graça Editorial, RJ, 2003.

~~~~~~~

34
Atividade - Lição VI

1 – Escreva em qual período ocorreu.


A – Período em que Deus declarou que não entrariam na terra prometida todos os judeus com mais de
20 anos.
Resposta – Israel no Deserto.
B – Período em que Israel foi para o Egito e ocorreu o livramento de Ló.
Resposta – Período Patriarcal.

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C – Período marcado por anarquias, idolatia, invasões estrangeiras, onde cada um fazia o que lhe
parecia correto.
Resposta – Período dos Juízes.
D – Foi o período que durou da morte de José ao Êxodo. Foi quando houve a Instituição da Pascoa.
Resposta – Israel no Egito.
E - Período que Deus resolveu preservar o povo da idolatria e das práticas vergonhosas.
Resposta – A conquista de Canaã.

2 - Onde ocorreu o centro da história bíblica?


( ) Babilônia
( ) Jerusalém
( x ) Israel
( )Egito

3 – Quem é o centro da história Bíblica?


R - Israel

4 – Quem foram os juízes?

R – Foram pessoas levantadas por Deus dentre o povo para interceder diante dele.

LIÇÃO VII

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.)


2. A Época de Israel (2)

Dica: Essa lição é grande assim como a anterior, por isso, para facilitar o aprendizado, conte as
histórias dos fatos importantes com suas próprias palavras. Estude em casa e faça um resumo para
auxiliá-lo na hora de ministrar a aula. E o capítulo da Bíblia que relata toda a história, pode ficar como
uma atividade para casa.

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2.6. A MONARQUIA – Forma de governo onde todos os poderes se concentram em uma só
pessoa: o Rei.

Formas de Governo: República ou Monarquia.


Sistemas de Governo: Parlamentarismo ou Presidencialismo.

Relato – 1 Samuel 9 a 1 Reis 12.


Duração – De 1097 a 975 a.C. — 120 anos.
Local – Jerusalém.

2.6.1. Fatos Importantes:


A construção do templo (1 Reis 6.38).
A divisão do Reino (1 Reis 11.11-12).

1 Reis 6.38 - E no ano undécimo, no mês de bul, que é o oitavo, se acabou esta casa com todas as suas
dependências, tal como devia ser. Levou Salomão sete anos para edificá-la.

1 Reis 11.11-12 – Por isso disse o Senhor a Salomão: Visto que assim procedeste e não guardaste a
minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este reino, e o darei a teu servo.
Contudo não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai; da mão de teu filho o tirarei.

Deus mesmo queria ser o Rei do povo de Israel. Israel achou melhor ter um rei escolhido dentre
os homens. Para isso, elegeu o que lhe parecia mais bonito, mais forte, o mais alto e formoso. Saul foi
o primeiro rei de Israel. Uma lástima. Dentre outras coisas, acabou perdendo-se na feitiçaria e
suicidou-se (suicídio assistido – 1 Sm 31.4).
(I Sm. 31.4) - Então, disse Saul ao seu escudeiro: Arranca a tua espada e atravessa-me com ela, para
que, porventura, não venham estes incircuncisos, e me traspassem, e escarneçam de mim. Porém o seu
escudeiro não o quis, porque temia muito; então, Saul tomou da espada e se lançou sobre ela.

Davi o substituiu. Era um homem, apesar das suas fraquezas, segundo o coração de Deus. Foi
substituído por seu filho Salomão. Os reinados de Davi e Salomão foram de largo domínio (1Reis
4.24) e de muita riqueza, muito embora a maioria do povo continuasse muito pobre. Israel foi
engrandecida como nação.
(1Reis 4.24) - Porque dominava sobre toda a região e sobre todos os reis aquém do Eufrates, desde
Tifsa até Gaza, e tinha paz por todo o derredor.

37
2.7. REINO DIVIDIDO
Relato – 1 Reis 12 a 2 Crônicas 10-36.
Duração – De 975 a 606 a.C. — 370 anos.
Local: Jerusalém e Samaria.

2.7.1. Fatos Importantes


Roboão, filho de Salomão, provoca a divisão predita por Aías (1 Reis 11.11-12)
A divisão do Norte se chamou Israel, também chamado Efraim ou Samaria (nome da
capital). Teve dez tribos, e seu primeiro rei foi Jeroboão.
A divisão do Sul se chamou Judá. Teve duas tribos: Judá e Benjamim, embora alguns
judeus de outras tribos tenham também se unido a Judá (2 Crônicas 15.9). Seu primeiro
rei foi Roboão.
(1 Reis 11.11-12) - Por isso, disse o SENHOR a Salomão: Visto que assim procedeste e
não guardaste a minha aliança, nem os meus estatutos que te mandei, tirarei de ti este
reino e o darei a teu servo. Contudo, não o farei nos teus dias, por amor de Davi, teu pai;
da mão de teu filho o tirarei.
(2 Crônicas 15.9) - Congregou todo o Judá e Benjamim e também os de Efraim, Manassés
e Simeão que moravam no seu meio, porque muitos de Israel desertaram para ele, vendo
que o SENHOR, seu Deus, era com ele.
Judá – Sua capital continuou sendo Jerusalém. Durou pouco mais de cem anos após o
cativeiro do reino do Norte. A religião oficial do Reino de Judá era o culto a Deus,
entretanto, afundou na impiedade e em outras práticas cananéias, indo parar no cativeiro
babilônico. Teve a mesma sorte do reino do Norte. Dos 20 reis, apenas Ezequias, Josias e
Joás foram tementes a Deus. O pior de todos foi Atália, filha de Jezabel, mulher de Jorão
(2 Reis 8.18). Reinou por 6 anos e foi morta em uma insurreição de sacerdotes em favor
de Joás (2 Reis 11.4-16).
(2 Reis 8.18) - Andou nos caminhos dos reis de Israel, como também fizeram os da
casa de Acabe, porque a filha deste era sua mulher; e fez o que era mau perante o
SENHOR.
(2 Reis 11.4-16) – Abra sua Bíblia e leia com os alunos.

2.8. CATIVEIRO E RESTAURAÇÃO


Relato – Encontramos nos seguintes livros: Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel,
Esdras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias.
Duração – De 606 a 536 a. C. — 70 anos.
Local – Babilônia.

38
2.8.1. Fatos Importantes:
Em 606 a.C., Nabucodonosor saqueou o templo e levou cativos os membros da família real
(Daniel 1.1-3,6).
Volta de Nabucodonosor em 597 a.C. Saqueia o templo e leva cativo cerca de 10.000
judeus (2Reis 24.10-17 e 2 Crônicas 36.9-10).
Destruição de Jerusalém após 18 meses de cerco. Os que não foram mortos à espada foram
levados cativos.
Fim do cativeiro, Decreto de Ciro (Esdras 1.1-2; Jr 25.12; 29.10).
Os judeus regressaram falando em aramaico, idioma falado na época em toda a
Mesopotâmia. Quando as Escrituras eram lidas em hebraico, era preciso fazer a tradução
(Neemias 8.8)

2.9. PERÍODO INTERBÍBLICO


Relato – Descrito profeticamente em Daniel 11 a 12.4.
Duração – De 430 a 5 a. C. (425 anos). De Malaquias ao advento de Cristo.
Local – Palestina.

2.9.1. Fatos Importantes:


O Período Medo-Persa – Após Neemias e Malaquias, a Palestina continuou sob o
domínio dos persas por mais quase 100 anos, até 330 a.C, quando a Grécia venceu a Pérsia.
O Período Grego-Macedônico (Dn 2.39; 7.6) – Alexandre Magno, fundador da cidade de
Alexandria, 336 a.C. dominou o mundo e, conseqüentemente, a Palestina. Após sua morte,
o império foi dividido entre quatro dos seus mais famosos generais.
Em 198 a.C., Antíoco Epifânio reconquistou a Palestina para a Síria. Ele foi violentamente
rancoroso para com os Judeus devastando Jerusalém e perseguindo as Escrituras, dando
motivos à revolta dos Macabeus, uma das mais heróicas façanhas da História.
Dn 2.39 – Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de
bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra.
Dn 7.6 – Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e
tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhes
dado domínio.
O Período Macabeus – Judas Macabeus, filho de Matatias, é o personagem mais
importante deste período. Foi um período de revoltas contra o jugo de Antíoco Epifânio.
Ganhando batalha após batalha, Judas e seus compatriotas reconquistaram Jerusalém em
165 a.C., purificaram e reedificaram o templo, dando origem à festa da Dedicação (João

39
10.22-23). Os fatos acontecidos neste período estão registrados em 1 e 2 Macabeus, livros
apócrifos que fazem parte do cânon das Bíblias católicas. São 4 livros dos Macabeus,
sendo que 2 apenas é que foram incluídos.
Jo 10.22-23 – Celebrava-se em Jerusalém a festa da dedicação, era inverno.
Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.
O Período Romano – No ano de 63 a.C. a Palestina foi conquistada pelos romanos. O
grande nome desse período foi Herodes, o Grande, que foi rei da Judéia durante mais de
trinta anos. Foi o rei do nascimento de Jesus. Herodes derrubou o velho templo e construiu
um novo talvez com maior magnificência do que o de Salomão. Na Bíblia aparecem cerca
de seis Herodes:
Herodes Agripa I – At 12.2,23
Herodes Agripa II – At 26
Herodes Magno – Lc 1.5; Mt 2.16; At 12.23
Herodes Arquelau – Mt 2.22
Herodes Antipas – Mt 14.1; Lc 3.1; Mt 14.3,10; Mc 23.8.
~~~~~~~

Referência Bibliográfica

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. Ed.
Vida, V. 5. Pag. 1376, 1996.

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Mapas Bíblicos. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1747, 1996.

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia Shedd – Antigo e Novo Testamento(RAB) – Cronologia Bíblica
Ed. Vida Nova, pag.1789, 1990.

LINDSAY, Gordon; O Profeta Samuel – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos personagens
notáveis, V.17, Graça Editorial, RJ, 2003.

LINDSAY, Gordon; Saul, o primeiro rei de Israel – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.18, Graça Editorial, RJ, 2003.

40
LINDSAY, Gordon; Salomão e Roboão – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.24, Graça Editorial, RJ, 2004.

LINDSAY, Gordon; Os primeiros reis de Israel – Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.26, Graça Editorial, RJ, 2004.
LINDSAY, Gordon; Os 400 anos de silêncio - Série Heróis do Antigo Testamento Retratos dos
personagens notáveis, V.37, Graça Editorial, RJ, 2004.

Atividade - Lição VII

1 – Cite onde ocorreu cada período:


A – Período do reino dividido.
Resposta - JERUSALÉM E SAMARIA
B – Período Interbíblico.
Resposta - Palestina
C – Período da Monarquia.
Resposta - Jerusalém
D – Período do Cativeiro e Restauração.
Resposta - Babiloônia
2 – Quem foi o primeiro rei de Israel?

41
R - Foi Saul
3 – Quem levou o povo de Israel cativo para a Babilônia?
R- O rei Nabucodonosor
4 – Quem foi o grande nome do período romano?
R – Herodes, o Grande

LIÇÃO VIII

A HISTÓRIA DO POVO DE DEUS (cont.)


3. A Época do Cristianismo

A Época do Cristianismo começa com o nascimento de Cristo e estende-se aos dias atuais. Se
considerarmos a época do Cristianismo como história da Igreja, podemos considerá-la iniciando-se
com o dia de Pentecostes. Podemos, para fim de estudo, dividir essa época em três períodos.

3.1. Os dias da vida de Cristo


3.2. Os dias do Novo Testamento
3.3. Após os dias do Novo Testamento

3.1. OS DIAS DA VIDA DE CRISTO


O período dos dias da vida de Cristo foi o período áureo da História Bíblica. Jesus Cristo, o
Filho de Deus, estava fisicamente entre nós. Desde o anúncio de Seu nascimento, o mundo foi
abalado. Seu ministério foi o da manifestação do poder de Deus. Ele curava os enfermos
anunciando a vontade de Deus em relação à vida física do homem, libertava os oprimidos
pelos demônios anunciando a vontade do Pai para a alma dos Seus filhos e anunciava o Reino
de Deus promovendo a verdadeira vida que um filho de Deus deve viver.
42
Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João narram os fatos da vida de Jesus. Cada qual o
apresenta sob certa característica, mas todos eles revelam o que Ele veio fazer no mundo:
O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres,
enviou-me para curar os quebrantados do coração, para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos  e apregoar o ano
aceitável do Senhor. (Lucas 4.18-19)

3.2. OS DIAS DO NOVO TESTAMENTO


Esse período está descrito no livro de Atos dos Apóstolos, que é o único livro do Novo
Testamento acerca da história da Igreja. Podemos estudá-lo sob dois aspectos:

3.2.1. A Igreja em Jerusalém. Visto em Atos até o capítulo 12. A descida do Espírito Santo;
Estevão; Saulo transformado em Paulo.
3.2.2. Período da Igreja Missionária. Visto em Atos 13 em diante e em algumas referências
nas epístolas (3 viagens missionárias de Paulo).

A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO


Dica: Destaque bastante esse tópico e leia todos os versículos com os alunos.
É inegável a presença e a importância da ação do Espírito Santo na Igreja Primitiva. Já no dia de
Pentecostes, o Espírito Santo foi enviado, segundo a promessa de Jesus Cristo. Os discípulos reunidos
em Jerusalém foram batizados com o Espírito Santo e receberam dons extraordinários para realizarem
a obra de Deus.
Foi o cumprimento da profecia de Joel (Atos 2.17-21). Pouco mais adiante, falando sobre o
resultado da pregação de Pedro, lê-se: Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito
Santo (Atos 2.38).
Em Atos 4.31 está escrito que, tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos, ficaram
todos cheios do Espírito Santo e anunciavam com poder a Palavra de Deus.
At. 4.31 - Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito
Santo, e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus.
Os candidatos a obreiros deveriam ser cheios do Espírito Santo e de sabedoria (Atos 6.3).
Simão, o mago, desejou ter o mesmo poder à custa do dinheiro e, por isso, foi condenado pelos
apóstolos (Atos 8.19-24).
At. 6.3 – Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria.
At. 8.19-24 – Abra sua Bíblia e leia com os alunos.

43
Praticamente em todo o livro de Atos, o Espírito Santo aparece agindo numa igreja que foi
sensível à Sua direção e, por isso, recebeu dEle os dons necessários ao cumprimento de sua missão.
Quando as pessoas se comprometiam com Cristo, os discípulos tinham logo uma grande
preocupação: Recebeste, porventura, o Espírito Santo? (Atos 19.2). Os apóstolos, particularmente,
impunham as mãos sobre os novos convertidos, e eles eram batizados com o Espírito Santo, após o que
falavam línguas e profetizavam (Atos 19.1-6).
At. 19.2 – Perguntou-lhes: Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando crestes? Ao que lhe
responderam: pelo contrário, nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo.
At. 19.1-6 – Leia com seus alunos os versículos.

3.3. APÓS OS DIAS DO NOVO TESTAMENTO


Após os dias do Novo Testamento, a Época do Cristianismo pode ser estudada dentro de
quatro períodos da História:
3.3.1. O Período Romano – Esse período durou até a queda de Roma em 476 A.D. O fato
mais importante foi a aceitação do cristianismo como religião oficial do Império.
Começou com grandes perseguições aos cristãos, com Herodes perseguindo Jesus, e
terminou com a glória da Igreja Romana, que veio depois a se tornar católica. (Igreja
Católica, comum a todos Apostólica, dizem que veio dos apóstolos, em especial de
Pedro Romana, nascida em Roma.)
3.3.2. O Período Medieval – Da queda de Roma ao fim do Império Romano do Oriente (476-
1453 A.D.). É o período da chamada Idade Média. A igreja se transformou na Igreja
Católica Apostólica Romana e inegavelmente se desviou dos princípios mais elementares
de Jesus Cristo. Dentre outras coisas, adotou o culto aos santos, elevou Maria, mãe de
Jesus, à categoria de deusa, adotou doutrinas estranhas como, por exemplo, a oração pelos
mortos, a existência do purgatório, e a salvação apenas pelas obras. Por isso, dentre tantas
outras coisas, se tornou uma religião fria e vazia, centralizada nos bispos e no papa e nas
suas confissões de fé (credos). Foi o período mais rico e, ao mesmo tempo, o mais vazio
da História da igreja cristã. A Igreja já não podia dizer “ouro e prata não tenho”, mas
também já não podia mais dizer “em nome de Jesus Cristo, levanta e anda”.
3.3.3. O Período Moderno – Do fim do Império Romano do Oriente até a Revolução Francesa
(1453 a 1789 A. D.). O fato mais importante desse período foi, sem dúvida, a Reforma
Protestante desencadeada por Lutero, Calvino e outros, depois de um bom período no qual
muitos homens de Deus deram as suas vidas buscando uma transformação na Igreja. A
data fixada pelos historiadores como início da Reforma foi registrada como 31 de outubro
de 1517, data na qual Martinho Lutero afixou na Catedral de Wittenberg um pequeno
pergaminho que continha noventa e cinco teses que atacavam a autoridade do papa. Em
44
quase todas as teses havia o relacionamento com a venda de indulgências (uma espécie de
vale, vendidas obedecendo a uma tabela que, segundo a igreja, dava direito a diminuir as
penas no purgatório). Dizia-se que, com a venda das indulgências, se construiria a grande
catedral de São Pedro (O Vaticano de hoje é um estado católico, e a Catedral de São
Pedro é a maior do mundo). É a sede da igreja, onde está o papa.
3.3.4. O Período Contemporâneo – De 1789 aos nossos dias. Como está a Igreja cristã em
nossos dias? Quais as análises que podemos fazer acerca dela? Não estaremos exagerando
se afirmamos que, apesar das grandes divisões e do esfriamento de muitos cristãos, está
havendo um novo derramamento do Espírito em todo o mundo. Deus está trabalhando
neste mundo, levantando pessoas e igrejas em toda parte com uma nova velha mensagem:
a mensagem do poder do Espírito sobre todos os poderes deste mundo.
~~~~~~~

Referência Bibliográfica:

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Chave do esboço da vida de Jesus e harmonia dos evangelhos. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1462 e 1463, 1996.
ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Mapas Bíblicos. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1747, 1996.

45
Atividade - Lição VIII

1 – Quando começou a Época do Cristianismo?


R – Começou com o nascimento de Cristo

2 – Quem aparece agindo em praticamente todo o livro de Atos?


R – O Espírito Santo

3 – Qual foi o fato mais importante do período Romano?


R – A aceitação do cristianismo como religião oficial do Império

4 – Qual o único livro do NT destinado a descrever a história da igreja?


R – Atos dos Apóstolos

46
LIÇÃO IX

USOS E COSTUMES DO POVO DE DEUS

É interessante levar figuras para que os alunos vejam do que você está falando. Elas podem ser
retiradas de livros ou da internet.

O que descrevemos neste capítulo se refere à Palestina no tempo de Jesus Cristo. Entretanto, o
judeu, tradicionalista como ninguém, ainda guardava naquele tempo os mesmos hábitos e costumes
dos tempos do Antigo Testamento.

A VIDA COMUM

Vivendo em um país que tem seis meses de chuvas durante o ano, o povo da Palestina, durante
a estação seca, passava a maior parte do tempo ao ar livre. Amante das flores e dos pássaros, quando
em casa, trabalhava e comia nos pátios e nos eirados.
No tempo da colheita, era mais agradável dormir no campo, em tendas ou barracas feitas de
galhos folhudos, do que ficar na vila. Extrovertido e hospitaleiro, o povo judeu contagiava os
mercadores estrangeiros devido à sua alegria e à sua religiosidade.
O pôr-do-sol era a hora de interromper o trabalho no campo e voltar para casa. Alguns
permaneciam no campo; os judeus nunca se esqueceram dos dias em que a tribo de Israel vivia em
tendas. Até hoje é comum esse costume entre os judeus na Palestina.

Dica: Escolha alguns dos seus alunos para apresentarem os tópicos abaixo, assim, não fica repetitivo.

As Casas – Eram de áreas irregulares e amontoadas, devido à preferência pelos lugares


rochosos (Mateus 7.24). Faziam o alicerce de pedras brutas, e grossas paredes também de pedras ou
tijolos de barro secos ao Sol. As paredes eram rebocadas com barro margoso (à prova d’água). Veja
Levíticos 14.42. As casas mais comuns tinham cômodos pequenos e baixos, construídos em torno de
um pátio onde se plantavam árvores e flores.
Dica: Após o aluno falar sobre a casa, leia o versículo citado.

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Mt. 7.24 – Todo aquele, pois, que houve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um
homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;

O Teto – Era feito de barro margoso, espalhado sobre juncos apoiados sobre traves. Rolos
cilíndricos eram usados para amassar o barro, conservando-o hermético à água. Esses rolos eram
feitos de pedra. Assim, podemos entender melhor Marcos 2.4. O eirado (terraço), quase sempre à
sombra de árvore, era freqüentemente usado no verão. Era usado como alpendre, armazém, local de
encontro da família e lugar de brincadeiras para as crianças (Deuteronômio 22.8; 20.5).
Mc. 2.4 – E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto
correspondente ao em que ele estava e, fazendo uma abertura, baixaram o leito em que jazia o doente.
Dt. 22.8 – quando edificares uma casa nova, far-lhe-ás um terraço com parapeito, para que nela não
ponhas culpa de sangue, se alguém de algum modo cair delas.
Dt. 20.5 – Os oficiais falarão ao povo, dizendo: qual o homem que edificou casa nova e ainda não a
consagrou? Vá, torne-se para sua casa, para que não morra na peleja e outrem a consagre.

As Roupas – Uma espécie de túnica usada sobre a camisola, que no homem ia até o tornozelo,
e na mulher, até os pés, com um largo cinto sobre a cintura, era a roupa comum do povo. As vestes
femininas tinham diferenças nos enfeites e no tipo da fazenda (Deuteronômio 22.5), ceroulas
compridas eram usadas por baixo da camisola. As crianças pobres andavam nuas até a puberdade. As
mulheres e moças protegiam a cabeça com véus coloridos. Andavam descalços a maior parte do
tempo. Apenas nas viagens longas, usavam uma sandália de couro com finas tiras de pele que iam até
os tornozelos.
Dt. 22.5 – Não haverá trajo de homem na mulher, e não vestirá o homem vestes de mulher; porque
qualquer que faz isto abominação é ao Senhor, teu Deus.
Dada a poeira das estradas, era comum entre os judeus o lava-pés. As famílias mais abastadas
tinham até um servo para esse trabalho (Mc 6.11; Jo 11.2; 13.5; 1Tm 5.10).
Tipos de tecido: Linho, lã, pano de saco (pêlo de cabra) e algodão.
Mc 6.11 – E quando alguns vos não receberem, nem vos ouvirem, saindo dali, sacudi o pó que estiver
debaixo dos vossos pés, em testemunho contra eles. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância
no Dia do Juízo para Sodoma e Gomora do que para os daquela cidade.
Jo 11.2 – E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com ungüento e lhe tinha enxugado os pés
com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo.
Jo 13.5 – Depois pôs água em uma bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhes com
a toalha com que estava cingido.
1 Tm 5.10 – tendo testemunho de boas obras, se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os
pés aos santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda boa obra.

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A Água – Era recolhida em cisternas durante a chuva, ou retirada dos poços das vilas. Havia
vendedores de água em Jerusalém e nos vilarejos que gritavam: “Ó todos os que têm sede, venham e
bebam” (Jo 7.37). O poço de água corrente era denominado “água viva”, e feliz era o lugarejo que
possuía um desses poços.
Jo 7.37 – E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus põs-se em pé e clamou, dizendo: Se
alguém tem sede, que venha a mim e beba.
As mulheres e moças eram as carregadoras de água da família. Apenas rapazes sem irmãs ou
empregados deviam ir ao poço da vila. Era um local de encontros e novidades. Os pastores, à tarde,
dessedentavam seus rebanhos nesses poços, na volta do campo.

As Crianças – Gostavam de ir ao mercado com seus pais. Ser levado ao templo era o sonho de
muitos meninos pobres. Como as crianças de hoje, imitavam a vida ao seu redor. Uma das brincadeiras
favoritas era a do casamento. Brincavam de pega-pega e, entre os diversos jogos infantis, já havia a
bola-de-gude feita de pedras redondas. Aprendiam a ler nas sinagogas e, quando terminavam o curso,
eram levados a aprender nas escolas dos rabinos no templo.

Alimentos – Constavam de pão fresco de cevada ou farinha de trigo, feito pelas mulheres da
família, queijo, figos e tâmaras, além de uma bebida azeda feita de leite desnatado. As pessoas mais
prósperas cozinhavam guisados de cordeiro ou carneiro em panelas redondas de barro, sobre o braseiro
de carvão. Galinhas, pombas, uvas, passas, amêndoas, romãs, azeitonas e melões faziam parte da
alimentação. O povo comia também peixe, preparado de diversas maneiras. Em lugar de açúcar, era
usado o mel, no qual molhavam os pedaços de pão na hora de comer. Dificilmente faltava vinho na
mesa. O pai dava graças no começo e no fim das refeições.

SIGNIFICADO DE ALGUMAS EXPRESSÕES

JURAR COM A MÃO SOB A COXA (Gn 24.2; 47.29-31) — Significava então submissão,
obediência irrestrita. Por isso, Deus tocou a coxa de Jacó (Gn 32.24-32). Dali para a frente, Jacó
tornou-se outro.

Gn 24.2 – E disse Abraão ao seu servo, o mais velho da casa, que tinha o governo sobre tudo o que
possuía: Põe agora a tua mão debaixo da minha coxa.
Gn 47.29-31 – Abra a sua Bíblia e leia com os alunos.
Gn 32.24-32 – Lei a com os alunos essas passagens.
RASGAR AS VESTES (Gn 37.34) — Era demonstração de luto, lamento, tristeza. Os sacerdotes não
podiam fazer isso (Lv 10.6); o de Mateus 26.65 o fez sem razão. Havia regras para isso.

SEMEADURA DE SAL – Significava desolação perpétua sobre o local, castigo perene (Juízes 9.45).
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Gn. 37.34 – Então, Jacó rasgou suas vestes, e pôs pano de saco sobre os seus lombos, e lamentou a seu
filho muitos dias.
Lv. 10.6 – E Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças,
nem rasgareis vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a
congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu.
UM ODRE NA FUMAÇA (Sl 119.83) — Odres são vasilhas feitas de peles para o transporte de
líquidos. Eram colocados sobre a fumaça, para ficarem endurecidos pelo calor. Também
aumentava a espessura do couro devido ao encolhimento. Fala do estado da alma de Davi.

Sl. 119.83 – Pois fiquei como odre na fumaça; mas não me esqueci dos teus estatutos.

CAMINHO DE UM SÁBADO (At. 1.12) — Era o caminho permitido no dia de sábado, a distância
que ia da extremidade do arraial das tribos até o Tabernáculo, quando no deserto.
Aproximadamente 1.200 m a 1.480 m. Pela Lei, não podiam sair de onde estavam, mas os escribas
fixaram esta distância para o povo ir ao Tabernáculo.

At. 1.12 – Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de
Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.

CINGIR, CINGIR OS LOMBOS (Sl 18.5; Lc 12.35; Jz 3.16; Is 11.5) — Pôr à cintura, apertar, ligar,
vestir.

Sl 18.5 – Cordas do inferno me cingiram, laços de morte me surpreenderam.


Lc 12.35 – Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.
Jz 3.16 – E Eúdu fez uma espada de dois fios, do comprimento de um côvado, e cingiu-a por debaixo
das suas vestes, à sua coxa direita.
Is 11.5 – E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.

ACHAR GRAÇA (Gn 6.8; Lc 1.30) — Graça não é apenas um favor que se recebe, mas também que
se dispensa. Achar graça diante do Senhor significa receber o favor de Deus e dispensar favores a
Deus.

Gn 6.8 – Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.

VESTIR-SE DE SACO – Falava de humilhação diante do Senhor (1 Rs 20.31; Ne 9.1; Et 4.1; Sl


35.13). Tratava-se de um tecido grosseiro, fabricado de pêlo de bode, também chamado cilício.
Era de cor negra (Gn 37.34; 2 Sm 3.31; Ap. 6.12).

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1 Rs 20.31 – Então, lhes disseram os seus servos: Eis que já temos ouvido que os reis da casa de Israel
são reis clementes; ponhamos, pois, panos de saco aos lombos e cordas às cabeças e saiamos ao rei de
Israel; pode ser que guarde em vida a tua alma.
Ne 9.1 – E, no dia vinte e quatro deste mês, se ajuntaram os filhos de Israel com jejum e com pano de
saco e traziam terra sobre si.
Et. 4.1 – Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado, rasgou Mardoqueu as suas vestes, e
vestiu-se de um pano de saco com cinza, e saiu pelo meio da cidade, e clamou com grande e amargo
clamor;
Sl 35.13 – Mas, quanto a mim, quando estavam enfermos, a minha veste era pano de saco; humilhava a
minha alma com o jejum, e a minha oração voltava para o meu seio.
Gn 37.34 – Então, Jacó rasgou as tuas vestes, e pôs pano de saco sobre os seus lombos, e lamentou a
seu filho muitos dias.
2 Sm 3.31 – Disse, pois, Davi a Joabe e a todo o povo que com ele estava: Rasgai as vossas vestes; e
cingi-vos de panos de saco e ide pranteando diante de Abner. E o rei Davi ia seguindo o féretro.
Ap. 6.12 – E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol
tornou-se negro como de cilício, e a lua tornou-se como sangue.
BRASAS SOBRE A CABEÇA DO INIMIGO (pecador, transgressor) – (Rm 12.20; Lv. 16.12). Na
cerimônia de expiação (um paga pelos pecados de muitos), o sacerdote elevava o incensário cheio
de brasas sobre a cabeça das pessoas. Era uma cerimônia que simbolizava a reconciliação do
homem com Deus após a purificação da mente.

Rm 12.20 – Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Lv 16.12 – Tomará também o incensário cheio de brasa de fogo do altar, de diante do Senhor, e os seus
punhos cheios de incenso aromático moído e o meterá dentro do véu.
OS PASTORES – Caminhavam adiante do seu rebanho e freqüentemente tocavam flauta pastoril para
suas ovelhas. Levavam um cajado para erguer as ovelhas quando escorregavam, e uma vara com
grande prego na ponta para protegê-las dos animais selvagens ou ladrões.

À noite, conduziam suas ovelhas para um redil (pedaço de terra cercado por um muro de pedras
com apenas uma porta de entrada). Ficavam em pé na porta contando uma a uma, e depois se
deitavam atravessados na porta. Mesmo dormindo, guardavam o rebanho.

AS PLANTAÇÕES – O cereal, as uvas e azeitonas eram as colheitas principais dos judeus. O trigo e a
cevada eram a fonte de renda normal; as uvas também tinham grande valor. Era comum construir
barracas de galhos copados ou de folhas de palma nos campos, para nelas viver vigiando a

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plantação (Cantares 2.15). As primícias da terra eram enviadas, por um representante de cada vila,
ao templo de Jerusalém como oferta ao Senhor.

Ct 2.15 – Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas
estão em flor.

AS FESTAS – Havia três divisões na classificação das festas.

1. As do Sábado

1.1. O próprio Sábado – Lv. 23.3

1.2. A Lua Nova – Nm 28.11-15

1.3. A Sétima Lua Nova (Festa das Trombetas) – Lv 23.24

1.4. Ano Sabático – Lv. 25.1-7

1.5. Ano do Jubileu – Lv 25.8-18

Lv 23.3 – Seis dias obra se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação;
nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações.

Nm 28.11-15 – Abra sua Bíblia e leia com os alunos.


Lv 23.24 – Leia os versículos
Lv 25.1-7 – Leia os versículos
Lv 25.8-18 - Leia os versículos
2. As Três Grandes Festas Anuais

2.1. A Páscoa (passagem) ou Festa dos Pães Asmos – Lv. 23.4-8


Lv 23.4-8 – Leia com os alunos os versículos.
2.2. Festa das Primícias ou do Pentecoste (significa qüinquagésimo, pois essa festa se
comemorava 50 dias depois do segundo dia da Páscoa. Também conhecida como Festa das
Semanas) – Lv. 23.15-25

Lv 23.15-25 – Leia com os alunos os versículos.


2.3. Festa dos Tabernáculos ou das Tendas (ou Festa da Colheita), para agradecer a Deus a
colheita do ano, de trigo. A festa durava 7 dias, e era somente entre homens (Lv. 23.34-
43).
Lv. 23.34-43 - Leia com os alunos os versículos.
3. O Dia da Expiação (humilhação nacional)

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O sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos. Era feito com dois bodes. Um era oferta e o
outro era levado ao deserto com os pecados de todos. Daí a frase: “Estão me fazendo de bode
expiatório”. (Lv 23.26-32)

Lv 23.26-32 - Leia com os alunos os versículos.

Depois do cativeiro babilônico, surgiram mais duas festas:

Purim - pur – sorte pelos judeus não terem sido destruídos. (Ester 9.20-28)

Et. 9.20-28 - Leia com os alunos os versículos.

Dedicação – 8 dias em dezembro pelo Templo purificado. (João 10.22)

Jo 10.22 – E em Jerusalém havia a Festa da Dedicação, e era inverno.

NOTA: 1 Co 5.8 – A Santa Ceia era considerada uma festa (ágape).

1 Co 5.8 – Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade
e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade.
~~~~~~~

Atividade - Lição IX
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1 – Faça a associação:

A – Os vendedores gritavam: “Ó todos os que têm sede, venham e bebam (Jo 7.37).
B – Eram feitas de pedras, tijolos de barro secos ao sol.
C – Faziam parte: as galinhas, uva, passas, pombas, amêndoas, romãs e melões.
D – As mulheres usavam até os pés e os homens até os tornozelos.
E – Uma das brincadeiras favoritas era a do casamento.
F – Para fazer, era preciso utilizar rolos cilíndricos feitos de pedra.

( B ) As casas
( F ) O teto
( D ) As Roupas
( A ) A água
( E ) As crianças
( C ) Alimentos

2 – Responda a que expressão as frases se referem:


A – Significava receber um favor de Deus e dispensar favores à Deus.
Resposta – Achar Graça.
B – Obediência irrestrita, submissão.
Resposta – Jurar com a mão sobre a coxa.
C – Freqüentemente tocavam flauta pastoril para suas ovelhas e caminhavam adiante com suas ovelhas.
Resposta – Os pastores.
D – É dividido em três: As do sábado, as anuais e a do dia da expiação.
Resposta – As festas

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LIÇÃO X

PARTICULARIDADES DA BÍBLIA

Dica: Peça para que os alunos acompanhem, vendo na Bíblia os passos abaixo.

1. Divisão em capítulos – Foi feita talvez em 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade
dominicano, falecido em 1263, ou por Stephen Langton, professor da Universidade de Paris e,
mais tarde, Arcebispo da Cantuária, falecido em 1228.

2. Divisão em versículos – Foi feita em duas vezes: O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; O NT em
1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris, que publicou a primeira Bíblia dividida em
capítulos e versículos em 1551, sendo esta a Vulgata Latina.

3. A Bíblia possui 1.189 capítulos e 31.101 versículos

4. O maior livro é o de Salmos; e o menor, 2 João.

5. O maior capítulo é o Salmo 119.

6. O menor capítulo é o Salmo 117.

7. O maior versículo é Et. 8.9.

8. O menor versículo depende da tradução: ARA: Jo 3.2; ARC: Lc 20.30; TB: Lc 20.30;
Outras: Jo 11.35 ou Êx 20.13.

9. O versículo central da Bíblia é o Salmo118.8, ou seja, está bem no meio da Bíblia.

10. Os livros de Ester e Cantares não mencionam a palavra “Deus”.

11. A vinda do Senhor é referida 1845 vezes, sendo 1527 no AT e 318 no NT.

12. Em certa tradução, foram contadas 3.586.483 letras e 773.693 palavras.

13. A frase “Não temas” aparece 366 vezes na Bíblia, o que daria uma para cada dia do ano.
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14. A Bíblia já está traduzida, no todo ou em parte, para mais de 1600 idiomas ou dialetos. Todos
os anos é o livro mais vendido do mundo.

15. Os números 3 e 7 predominam em toda a Bíblia.

16. O cap. 19 de 2 Reis é igual ao 37 de Isaías. No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8,15,21 e 31.

17. Todos os versículos do Salmo 136 terminam com a mesma frase.

18. O Antigo Testamento encerra-se citando a palavra “maldição”; o Novo Testamento encerra-se
citando “a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

19. As primeiras palavras do livro de Gn falam da Criação de Deus; as últimas, de um caixão no


Egito.

20. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo após a invenção do prelo, em Mainz, na
Alemanha.

21. O menor livro do mundo tem cerca de 18 mm de comprimento por 12 de largura. Trata-se de
um Novo Testamento, impresso nos Estados Unidos em 1895. Contém 860 páginas.

22. O VERSÍCULO ÁUREO DA BÍBLIA: Jo 3.16


Jo 3.16 – Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Dê com trabalho para casa a tarefa de escreverem, à mão, numa folha para entregarem na aula
seguinte, 10 vezes a referência e o versículo!

NOS DOIS TESTAMENTOS

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO


39 livros 27 livros
929 capítulos 260 capítulos

56
23.144 versículos 7.957 versículos
Cerca de 30 autores Cerca de 9 autores
Versículo Central: 2 Cr 20.8 Versículo Central: Rm 13
Livro Central: Provérbios Livro Central: 2 Ts
Menor Versículo: Êx. 20.13 ou Jô 3.2 Menor Versículo: Jo 11.35; Lc 20.30
Maior Versículo: Et 8.9 Maior Versículo: Ap. 20.4
Mensagem: O Messias virá Mensagem: O Messias (Jesus) já veio.
Velha Aliança: Êx. 24.8; Jr 31.33 Nova Aliança: Hb 9.14-15; 12.24

Seitas Político-religiosas do Novo Testamento

1. Escribas – Existiram no AT, porém, no NT, apareceram formando uma classe religiosa.
Quando voltaram da Babilônia, Esdras e Neemias tornaram-se grandes escribas. Quando
apareceram os fariseus e saduceus, os escribas ficaram com os primeiros. Nos dias de Jesus,
eram chamados “doutores da lei”. Os que se ocupavam do ensino eram chamados rabi ou
rabinos.

2. Fariseus – A palavra significa “separados”. Observavam rigidamente os preceitos das Leis de


Moisés, tanto a oral como a escrita. Nos dias de Jesus, gozavam de grande prestígio entre o
povo. Eram considerados grandes mestres e homens piedosos. No seu zelo fanático pela lei das
purificações e as regras que a tradição lhes acrescentara, evitavam todo contato com os
“pecadores”, pessoas que, segundo eles, violavam a Lei.
Jesus denunciou os pecados dessa seita e responsabilizou-a por tantos crimes e injustiças, bem
como pela hipocrisia nos seus dias. Acreditam na ressurreição e na imortalidade da alma.

3. Saduceus – A seita dos saduceus era pequena, porém muito conceituada, pois os membros que
a integravam eram ricos e influentes. Eram mais políticos que religiosos e desfrutavam de
bastante conceito entre os romanos. Eram os céticos, os materialistas, os livres pensadores dos
dias de Jesus. Não acreditavam na ressurreição, na imortalidade da alma, nos anjos, na
providência divina; rejeitavam a tradição oral e interpretavam a lei e os profetas diferentemente
dos outros. Fariseus e saduceus, por sua política e seu credo religioso, eram irreconciliáveis. O
apóstolo Paulo tirou partido dessas divergências quando estava sendo julgado no Sinédrio
(Atos 23.1-10).
Dica: Abra a Bíblia e leia o versículo com os alunos.

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4. Essênios – Depois dos fariseus, os essênios eram os mais numerosos entre os judeus. Eram
separatistas e formavam uma verdadeira congregação distinta do judaísmo, assim como de
outras seitas existentes. Não são mencionados no Novo Testamento; habitavam a região
ocidental do Mar Morto e eram ascetas e místicos. Em doutrinas, eram parecidos com os
fariseus e odiavam os saduceus. Viviam em comunidade separada.

5. Herodianos – Formavam um partido mais político do que religioso. Uma espécie de


fraternidade em honra a Herodes, começada com a morte de Herodes, O Grande. Pregavam
incondicional fidelidade a Herodes quanto ao pagamento dos tributos. Julgavam que a Lei de
Moisés podia ser violada quando os imperadores desejassem, porque os consideravam divinos.
Aliaram-se aos fariseus contra Jesus, que preveniu seus discípulos contra o “fermento de
Herodes” e o fermento dos fariseus (Mc 8.15).

Mc 8.15 – Preveniu-os Jesus, dizendo: Vede, guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento
de Herodes.

6. Zelotes - Descendem de Judas de Gâmala, que incitou os judeus a uma revolta contra Roma em
6 AD. Eram chamados Zelotes pelo zelo excessivo da Lei de Moisés, o que faziam à custa de
espada. Tinham também o nome de Sicários, que deriva de sica, arma romana que usavam na
defesa da Lei. Não pagavam tributo aos romanos. Foram degenerando-se até se tornarem um
grupo de bandidos e salteadores (At. 5.37).

At. 5.37 – Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos
consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos.

7. Publicanos – Eram uma classe imposta pelos dominadores romanos com a missão de lhes
coletarem os impostos. Como funcionários romanos, eram odiados e escorraçados. Muitos
judeus eram publicanos devido à rentabilidade da profissão. O chefe dos publicanos em Roma
impunha uma taxa; os chefes dos portitores dos países dobravam essa taxa e a distribuíam aos
seus subordinados que, por sua vez, quadruplicavam as taxas e assim sucessivamente. Daí a
razão de serem conhecidos como ladrões e exploradores (Lc 3.12-13). A atitude de Zaqueu está
ligada a essa prática (Lc 19.8).

Lc 3.12-13 – Foram também uns publicamos para serem batizados, e perguntaram-lhe: Mestre o
que havemos de fazer? Respondeu-lhes: Não cobreis mais do que o estipulado.

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Lc 19.8 – Entrementes, Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a
metade dos meus bens; e, se nalguma cousa tenho defraudado alguém restituo quatro vezes mais.

Samaritanos – Era a classe mais odiada pelos judeus. Sargão, rei da Assíria, levou cativos os judeus
do Norte e, para Samaria, levou o povo estrangeiro (2 Rs 17.24-41). Esse povo era pagão e idólatra.
Nos tempos de Jesus, a rivalidade era maior, em virtude da construção de um templo rival em Samaria,
no monte Gerizim. Para ilustrar o amor ao próximo aos orgulhosos judeus, Jesus usou a figura do
samaritano (Lc 10.25,37 e Lc 17.16). O monte a que se referia a samaritana era o Gerizim (Jo 4.20).

Dica: Leia os versículos com os alunos.

Pesos, Medidas e Moedas Mais Comuns

Dica: Peça que cada aluno abra em um desses versículos abaixo e leiam para você.

Alqueire – Para secos: 22 kg. Para molhados, cerca de 9 litros. Era também o nome dado a uma vasilha
qualquer com essa capacidade (Mt 5.15; Mc 4.21)
Arrátel – (Libra), 327,45 g (Jo 12.3; 19.39)
Cana ou vara – 3.30m (Ez 40.3)
Côvado – Cerca de 44,4 cm (Dt 3.11; Jo 21.8). O côvado romano media 54,9 cm.
Denário – Um dia de trabalho (Mt 20.2). Dessa palavra grega deriva “Dinheiro”.
Dracma – Igual a um denário (Lc 15.8)
Efa – Igual a um alqueire para secos (22 kg) Am 8.5
Estádio – 184,9 m (Lc 24.13; Jo 6.19)
Mina – Cerca de 500 g (Lc 19.20)
Siclo – 9,5 gr (Gn. 23.15) ou 4 denários
Talento – No tempo de Jesus havia 4 espécies:
De prata fraco – 21.821 g
De prata forte – 43.642 g
De ouro fraco – 24.559 g
De ouro forte – 38.118 g
(1 Rs 20.39; Mt 18.24; 25.15; Êx 38.24; 1 Cr 29.7)

Obs: Dê os parabéns aos alunos, pois já conseguiram terminar a primeira apostila. E lembre-os
que: “Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais
59
alcançar a promessa. Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tardará. Mas
o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos
daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma. (Hb
10.36-39)
Além disso, avise que a prova será na próxima aula e se coloque à disposição para esclarecer as
dúvidas.
Veja se você já tem a prova em branco (do aluno) e a com gabarito e dê também uma conferida
se todos os alunos estão em dia com as mensalidades!
Antes de terminar a aula, dê um vislumbre dos assuntos da próxima Apostila Módulo 2.

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Referência Bibliográfica

ALMEIDA, João Ferreira de – Bíblia de referência Thompson com versículos em cadeia temática. –
Tabela de pesos e medidas no Antigo e no Novo Testamento. Ed. Vida, V. 5. Pag. 1462 e 1463.

Atividade - Lição X

1 – Quantas vezes a Bíblia se refere à vinda do Senhor?


R – 1845 vezes

2 – Quem eram os samaritanos?


R – Era a classe mais odiada pelos judeus. Eram pagãos e idólatras.

3 – Qual a medida de uma Cana ou Vara?


R – 330m

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4 - Em que ano apareceu o primeiro exemplar da Bíblia dividida em capítulos e versículos?
R – Em 1555.

Parabéns!!!
Uma etapa foi cumprida. Agora é só avançar e fazer discípulos como Cristo ensinou.
A próxima apostila é muito boa e você verá muitos milagres acontecendo, bem como grandes
transformações em você e em seus alunos.
Paz.
Equipe AGRADE.
COLABORARAM: Professoras FERNANDA MARTINS PINTO RESENDE GONTIJO E KARINA
VIANA PEREIRA COSTA

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