1) O documento descreve um projeto educacional na biblioteca que envolve contação de histórias e origami.
2) O projeto foi realizado em uma escola municipal no Espírito Santo e teve como objetivo incentivar a leitura e a criatividade dos alunos.
3) As atividades envolveram a contação de histórias selecionadas da biblioteca, a confecção de origamis relacionados às histórias, e a exposição dos origamis em um painel.
1) O documento descreve um projeto educacional na biblioteca que envolve contação de histórias e origami.
2) O projeto foi realizado em uma escola municipal no Espírito Santo e teve como objetivo incentivar a leitura e a criatividade dos alunos.
3) As atividades envolveram a contação de histórias selecionadas da biblioteca, a confecção de origamis relacionados às histórias, e a exposição dos origamis em um painel.
Descrição original:
Leitura com arte. Projeto que une histórias com origami.
1) O documento descreve um projeto educacional na biblioteca que envolve contação de histórias e origami.
2) O projeto foi realizado em uma escola municipal no Espírito Santo e teve como objetivo incentivar a leitura e a criatividade dos alunos.
3) As atividades envolveram a contação de histórias selecionadas da biblioteca, a confecção de origamis relacionados às histórias, e a exposição dos origamis em um painel.
1) O documento descreve um projeto educacional na biblioteca que envolve contação de histórias e origami.
2) O projeto foi realizado em uma escola municipal no Espírito Santo e teve como objetivo incentivar a leitura e a criatividade dos alunos.
3) As atividades envolveram a contação de histórias selecionadas da biblioteca, a confecção de origamis relacionados às histórias, e a exposição dos origamis em um painel.
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Leitura e Arte.
Contação de História e Origami. O que essa ‘mistura’ pode proporcionar? 1 – ATIVIDADE SOLICITADA
O projeto apresentado, atende a solicitação da
Atividade 1: Tecnologia Educacional na Biblioteca do Módulo I, do Curso Práticas Pedagógicas na Biblioteca – PMVV-2017, oferecido pela UNDIME-ES, na plataforma do e-Proinfo, Ambiente Colaborativo de Aprendizagem do MEC.
O mesmo foi realizado no ano de 2016 pela Biblioteca
da Unidade Municipal de Ensino Fundamental "Leonel de Moura Brizola", Prefeitura de Vila Velha, Estado do Espírito Santo. 2 – PROJETO ESCOLHIDO E PARCERIAS NA ESCOLA
O projeto escolhido para a realização da atividade foi:
Leitura e Arte. Contação de História e Origami. O que essa ‘mistura’ pode proporcionar?
Para desenvolvimento do trabalho, foram estabelecidas
parcerias entre a Bibliotecária, as Pedagogas, Coordenadoras e principalmente com as professoras da Educação Básica, ou seja, do primeiro ao quinto ano da UMEF Leonel de Moura Brizola.
A participação das turmas foi opcional. O Projeto foi
apresentado a cada professora regente de sala e a mesma convidada a participar com sua respectiva turma. Apenas 14 das 21 turmas de primeiro ao quinto ano e a Professora de reforço dos turnos matutino e vespertino aceitaram o convite. Foi explicado para cada professora sobre a importância da participação e apoio do professor no momento da elaboração da oficina, pois sem a presença da mesma seria inviável a realização e o êxito da mesma. Se a professora não apoia e não demonstra interesse no que está acontecendo com a sua presença, os alunos ficam desmotivados e desinteressados.
Para realização da oficina, é necessário criar um
ambiente aconchegante, acolhedor e cooperativo entre a Bibliotecária, os alunos e a professora. Quando existe algum desrespeito aos combinados, por exemplo, é fundamental que a professora regente faça a intervenção no caso de indisciplina e que ajude a envolver os alunos na atividade proposta. A presença da professora no momento da confecção também é importante, pois ao mesmo tempo em que apoia como monitor na oficina, ele também desfruta dos momentos prazerosos ao acompanhar as etapas de contação de história(s) e de elaboração do origami. Desta forma a parceria com a Biblioteca se fortalece e se amplia e outros projetos de incentivo à leitura surgem. 3 – PROJETO
A seguir, o projeto desenvolvido.
3.1 – JUSTIFICATIVA
Contar histórias é uma arte milenar.
O próprio Jesus Cristo, o maior contador de histórias da
humanidade, utilizou as parábolas para expressar seus ensinamentos.
Um jeito sábio de tocar a sensibilidade do povo daquela
época. Seus mandamentos se fizeram ecoar por todos os cantos do mundo até os dias de hoje.
Narrar um fato ou acontecimento é próprio do ser
humano desde as mais primitivas civilizações. O homem lançou mão da narrativa para manutenção e transmissão de seus conhecimentos. Foi cantando e contando que o homem criou seus mitos e espalhou para o mundo seus sentimentos e valores mais significativos.
“Nada é comparável ao prazer da convivência,
de saborear a companhia do outro, da oportunidade de contar e ouvir uma história. Partilhar esse momento é algo contagiante que dificilmente, será proporcionado por alguma máquina”. (JOSÉ, 1989).
Martin Couwski (1995), afirma que histórias contadas
poderão desenvolver nas crianças o hábito de analisar questões, reelaborar formas de pensar, orientar a coerência e sequência dos eventos. Segundo a escritora Maria Antonieta Cunha (apud SALES, 2001), contar histórias é uma arte. Não existem regras, nem formas, até porque, se assim fosse, deixaria de ser arte. “Ouvir histórias desenvolve o interesse pela literatura; ajuda o ouvinte a entrar em contato com suas emoções: medos, incertezas, coragem, ousadia, tristeza, saudade, alegria; aguça a percepção dos sentidos (ouvir, sentir e enxergar com os olhos do imaginário); e principalmente, desperta o potencial crítico e criativo do ouvinte, levando-o a pensar, avaliar, emitir sua opinião, ir além das evidências e, por este caminho ele passa a se conhecer, enquanto agente transformador da sociedade, vendo a vida com todas as suas cores” (SALES, 2001).
Ouvindo histórias podemos aprender muitas coisas e
iniciamos o gosto pela leitura. A busca de novas leituras, o encontro com os autores e a paixão pelas histórias, se dá na medida em que ouvindo histórias, damos vida aos personagens, despertamos emoções, preenchemos o imaginário com ideias, sonhos, lembranças e esperanças. É como se fosse uma viagem por vários mundos. Mundos estes encontrados nas histórias, contados nos livros, que muitas vezes permanecem escondidos sem que nunca tenham sido tocados e, de repente, com um passe de mágica, transformam-se numa linda e emocionante história partilhada.
Para esse projeto, o Origami foi escolhido por ser a arte
mais popular de todos os artesanatos. É muito econômico, pois pode ser feito em qualquer lugar e não requer equipamentos nem instalações além de uma folha de papel e uma superfície plana para trabalhar.
O Origami tem-se revelado como um importante
auxiliar no ensino básico da geometria, além de desenvolver a capacidade motora e criativa do indivíduo. “A transformação de um simples pedaço de papel em um agradável modelo de Origami é um tipo de alquimia, talvez muito mais nos dias de hoje com o crescimento da cultura de apertar botões, controlada por computador e funcionando com bateria”. JACKSON & A’COURT, 1996).
A palavra Origami denomina-se “a arte de dobrar
papel”, atribuindo-lhe as mais diversas formas. É formada por “ori” (dobrar) e “kami” que significa papel ou também Deus (“kami” tornou-se “gami” quando combinado com “ori”).
Os primeiros modelos de Origami foram criados com
propostas simbólicas ou religiosas, não para recreação. O mundo Origami é japonês, e é utilizado no mundo inteiro com o respeito de ancestral da arte caseira. Reúne ricas simbologias, retratando a história e o folclore do Japão. Como recurso didático o Origami teve seu valor reconhecido na era “Meiji” (1868), quando foi introduzido no jardim de infância e nos primeiros anos do curso primário. A partir da era “Taisho” (1912-1926), começaram a surgir os papéis coloridos e quadrados, de aproximadamente 15 cm, difundindo ainda mais os Origamis recreativos e educativos.
Essa arte passou por uma evolução criativa no Japão.
Também do Ocidente surge uma grande quantidade de novos trabalhos, de toda sorte de estilos dispondo da encantadora simplicidade à espantosa complexidade e da expressividade à geometria.
Os temas, antes essencialmente orientais, abrem
espaço para o trabalho de origamistas, que desenvolvem figuras regionais com a utilização de materiais diferentes, abrangendo hoje públicos e objetivos mais diversos. O presente projeto baseia-se na contação de história, confecção de origami e exposição da arte produzida.
Atividades que, além de lúdicas e prazerosas,
incentivam a imaginação e a produção de arte que faz parte da história ouvida.
3.2 – OBJETIVOS
Apresentar algumas obras literárias existentes na
biblioteca da escola através de contação de história para cada turma; Estimular e incentivar a leitura; Produzir uma peça de origami com cada aluno; Expor as dobraduras produzidas, em forma painel e em local de destaque na escola. 3.3 – MATERIAIS NECESSÁRIOS
A quantidade de material varia conforme o número de
turmas, de alunos, o tamanho das dobraduras escolhidas e o tamanho do mural onde o material será exposto. Basicamente será necessário:
Folhas coloridas de papel lustroso, papel
Chameguinho ou Felipinho. Fita dupla face. Durex colorido. Estilete. Régua. Tesoura. Papel cenário branco.
3.4 – METODOLOGIA
Todas as etapas do projeto devem ser planejadas com
as Pedagogas e apresentado às Coordenadoras e Professoras da escola. Esse planejamento viabiliza e torna possível alcançar os objetivos propostos além de proporcionar o envolvimento e interação do grupo.
Um bom tema a ser trabalhado para o painel é a
primavera.
O convite para participar do projeto deve ser extensivo
a todos os professores, mas o professor tem a liberdade de optar por participar ou não da atividade com sua turma.
A estruturação, orientação e coordenação do projeto
ficam sob a responsabilidade da bibliotecária da escola, como também a preparação do material e a contação das histórias. Para cada turma é selecionada uma história de um livro da biblioteca da escola. A dobradura escolhida refere- se a um personagem ou ao contexto da história, levando em consideração as áreas de interesse e a capacidade motora dos alunos, o material disponível na escola e o tema do painel. Todo o material tem que ser preparado com antecedência. Cada dobradura tem um tamanho específico e a cor deve ser pensada com o objetivo de compor visualmente, de forma harmoniosa, a apresentação das peças no painel coletivo.
A fim de alcançar um resultado positivo, no final das
dobras do origami, é necessário que o papel a ser trabalhado esteja em dimensões proporcionais. Como alguns alunos não possuem total domínio da coordenação motora fina para cortar o papel nas dimensões corretas, o ideal é trabalhar a partir da dobra, pois o tempo de uma aula não é suficiente para preparar também o papel. É importante a participação de todos os alunos da turma e também da professora, pois fazendo junto ela motiva e ajuda a explicar para turma como fazer.
O horário utilizado para a confecção do origami e a
contação da história é uma aula de, geralmente, 50 minutos de acordo com o calendário semanal que cada turma utiliza para visitar a biblioteca. A sala de aula é o local mais indicado, pois as mesas individuais e sua disposição facilitam o manuseio do papel no momento das dobras e também a visualização do passo a passo.
É fundamental explicar aos alunos, no início dessa
atividade, todas as etapas do processo, e principalmente sobre a importância deles entregarem as peças e, principalmente, o que será feito com elas. Depois de planejada toda a dinâmica, estrutura e material, cada turma ouve sua história, contada de maneira específica através de: narração, dramatização, história interativa, musicalização e/ou recitação de poesia.
Após a contação da história, o livro de onde foi retirada
a história é apresentado aos alunos. Após a conclusão dessa etapa os alunos recebem orientações básicas de como manusear o papel durante as dobras. Depois todos, inclusive a professora, recebem papel a ser dobrado.
Passo a passo, a peça será dobrada por todos, com
acompanhamento àqueles que apresentavam alguma dificuldade. Ninguém pode ser negligenciado, cada sequencia é explicada e concluída por todos e somente depois pode passar para a próxima. No final, ao concluir a peça de origami, as mesmas são recolhidas e guardadas até que todas as turmas executem. Em algumas turmas os alunos fazem não uma peça inteira, mas partes de um personagem, como por exemplo, as partes do corpo de uma centopeia. Ao montar o painel, todas as peças se juntam.
Num mural de ampla visibilidade e destaque na escola,
as peças de origami são coladas de forma harmoniosa. Ao lado, dele é colocada uma legenda relacionando a peça de origami com a descrição da turma que a confeccionou, além de um resumo do projeto.
3.5 – ETAPAS
Apresentar o projeto às pedagogas e verificar a
viabilidade de execução. Definir com as mesmas as turmas que serão contempladas, o prazo para as etapas, o local para a exposição e o título do mural. Verificar o material disponível junto à coordenação e a disponibilidade de aquisição do material necessário. Apresentar o projeto às professoras e verificar se há interesse da mesma em participar. Caso não haja horário fixo para atendimento às turmas na biblioteca da escola, elaborar e definir junto aos professores e à coordenação um horário para a execução das dobraduras e para a contação de histórias Escolher a peça que será confeccionada e a história que será contada para cada turma, dando preferência aos livros existentes na biblioteca da escola. Fazer um levantamento da quantidade de alunos por turma. Definir a cor de cada dobradura. Solicitar o material necessário para as dobraduras e para a exposição no painel. Cortar os papéis na medida exata necessária para cada peça, conforme a quantidade de alunos por turma. Organizar o passo a passo do origami, a história e os papéis de cada turma. Contar a história e realizar a oficina das dobraduras nas salas de aula. Confeccionar o título do painel. Confeccionar a legenda do painel. Forrar o mural. Colar as dobraduras, o título e a legenda.
3.6 – AVALIAÇÃO
Após a conclusão das etapas do projeto: “Leitura e
arte. Contação de história e origami. O que essa ‘mistura’ pode proporcionar?”, pudemos constatar e observar os seguintes aspectos positivos: * Alegria e ótima receptividade pelos alunos na medida em que os livros e autores eram apresentados; * Envolvimento e entusiasmo das turmas na contação de histórias e confecção do origami; * Esforço e superação diante da dificuldade ou de algo pouco conhecido como, por exemplo, de termos pouco conhecidos ou de dobras mais complexas; * Acolhimento ao novo e diferente; * Agregação de valores no cotidiano dos escolares; * Melhoria da leitura, da escuta, da concentração, da disciplina e da autoestima dos alunos. * Percepção dos benefícios de ouvir e seguir instruções; * Aumento da quantidade de empréstimos na biblioteca; * Aumento da frequência das visitas das turmas na biblioteca; * Envolvimento, iniciativa e procura da biblioteca pelos professores, e ampliação da utilização dos recursos e do espaço disponível; * Descoberta de outras formas lúdicas e prazerosas para trabalhar os temas curriculares; * Valorização, preservação e respeito ao material exposto; * Encantamento percebido nos alunos ao vislumbrar sua obra exposta. * Maior visibilidade das ações desenvolvidas pela biblioteca. 3.7 – EXEMPLO DE TABELA PARA PLANEJAMENTO 4 – REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Fernanda Lopes de Almeida. A margarida
friorenta. 21. ed. São Paulo, 1998.
BRAIDO, Eunice. A violeta e o beija-flor. São Paulo: FTD,
2008.
ALVES, Rubem. Como nasceu a alegria. 14. Ed. São
Paulo: Paulus, 1999.
BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BUSATTO, Cléo. Livro dos números, bichos e flores. São
Paulo: Moitará, 2011. CALDAS, Roberto. A menina das borboletas. São Paulo: Paulus, 2009.
CORADINE, Márcia. Estalo da paixão pela Literatura.
Teia Ambiental. Serra: CST, p. 2, ano 8, nº 55, maio de 2005. CORDEIRO, Bellah Leite. A descoberta da Joaninha. 22. ed. São Paulo: Paulinas, 2002.
DANSA, Lecticia; DANSA, Salmo. O segredo da lagartixa.
São Paulo: FTD, 2000.
GRANDINI, Daniela. Uma viagem ao fantástico mundo da
Arte: Lenda do Baobá, 2016. Disponível em: < http://pontocomarte.blogspot.com.br/2011/02/lenda-do-bao ba.html >. Acesso em 21 de agosto de 2016. HORINCHI, Kazuko. Origami em calendário. Curitiba: Champagnat, 1995.
JACKSON, Paul; A’COURT, Angela. Origami e artesanato
em papel. Erechim: Edelbra, 1996.
JOSÉ, Elias. Histórias narradas pela mídia. Vitória-ES:
PMV/SEME, 1989.
KANEGAE, Mari; HAGA, Alice. Brincando com papel. 9.
ed. São Paulo: Global, 1996. LAGO, Angela. A invasão das borboletas. Belo Horizonte: RHJ, 1990.
_____. A festa no céu. São Paulo: Melhoramentos, 2005.
LOMBARDI, Gláucia. O jardim: brincando com dobradura.
6. ed. São Paulo: Paulus, 2003.
MACHADO, Ana Maria Machado. Dorotéia, a centopeia.
São Paulo: Salamandra, 1994.
MORAES, Vinicius de. A arca de Noé: poemas infantis. São
Paulo: Companhia das Letrinhas, 1991.
OLIVEIRA, Aurélio de. O milagre da vida. São Paulo: Seed
Editorial, [19--].
PAES, Ducarmo. A Joaninha que perdeu as pintinhas.
São Paulo: Noovha América, 2010. RENNÓ, Regina. Onde canta o sabiá. Belo Horizonte: Compor, 2008.
RIBEIRO, Francisco Aurélio. Leve como a folha. Belo
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SALES, Maria Norma. Quem conta um conto... alimenta
um sonho. Caderno Amae: Literatura e biblioteca escola. Belo Horizonte: Fundação Amae para Educação e Cultura. p. 26-28, fevereiro, 2001. Edição Especial.
SOUZA, Herbert de. A zeropéia. São Paulo: Moderna,