ACT em Grupo de Clientes Com Dor Crônica - Michaele-Terena-Saban
ACT em Grupo de Clientes Com Dor Crônica - Michaele-Terena-Saban
ACT em Grupo de Clientes Com Dor Crônica - Michaele-Terena-Saban
São Paulo
2013
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
Dissertação apresentada à
banca examinadora da
Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo
como exigência parcial
para obtenção do título de
MESTRE em Psicologia
Experimental: Análise do
Comportamento sob
orientação da Profa. Dra.
Nilza Micheletto.
São Paulo
2013
Banca Examinadora
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DEDICATÓRIA
Muito obrigada!
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!
AGRADECIMENTOS
Obrigada Kali Marina Saban, pelos desafios que você me faz enfrentar e
as dificuldades que me faz superar, lhe agradeço muito minha irmã querida!
!
Cruz, à Maria Dinalva Cazzoalato (que não era da turma do mestrado mas era
como se fosse, muito obrigada Di, por todo o apoio e carinho), ao Thomas
Woelz, e a todos os outros que tive a satisfação de dividir esses anos de
mestrado, com muita felicidade. Obrigada!
Obrigada, Maria Luisa Guedes, aprendi muitas coisas com você Ziza.
Ética, respeito e principalmente o compromisso como professora. Nunca me
esquecerei de como você, sem nem me conhecer, me deu a mão e o braço
para estudar (algo que na época você nem gostava tanto). Significou muito
para mim, Ziza, obrigada!
#!
!
Obrigada à Jacqueline Pistorello, ao Steven Hayes, ao Benjamin
Schoendorff, à Marie-France Bolduc, à Ingrid Ord, ao Juha Nieminen, ao
Akihiko Masuda, ao Robert Brockman, e a tantos outros que encontro nos
congressos da ACBS. Obrigada por todo o conhecimento, pela alegria e honra
de poder estudar com vocês, muito obrigada!
Obrigada aos meus clientes. Aprendo muito com vocês e é uma honra
fazer parte de suas histórias de vida.
!
Obrigada, Heidi, por toda luz, criação, geração, transformação e
transmutação! Muito obrigada!
#""!
!
Sumário
INTRODUÇÃO.................................................................................................1
Dor e Tratamento...................................................................................2
Objetivos.................................................................................................11
MÉTODO...........................................................................................................13
Participantes............................................................................................13
Material e Instrumentos...........................................................................14
O protocolo de tratamento............................................................14
Instrumentos.................................................................................15
Local........................................................................................................17
Procedimento..........................................................................................17
2. Entrevista inicial........................................................................18
4. Intervenção...............................................................................21
Medidas...................................................................................................43
RESULTADOS...................................................................................................45
Medidas secundárias..............................................................................45
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!
1. Dor............................................................................................45
2. Ansiedade e depressão............................................................48
3. Qualidade de vida.....................................................................50
Medidas primárias...................................................................................55
4. Seqüência de respostas...........................................................69
DISCUSSÃO......................................................................................................76
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................86
REFERÊNCIAS.................................................................................................88
ANEXOS............................................................................................................90
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LISTA DE FIGURAS
Figura 5. Intensidade da dor medida numa escala de 0 (sem dor) a 10 (pior dor
possível) no decorrer das semanas da pesquisa. A linha corresponde à média
semanal da intensidade da dor registrada no diário da dor, os marcadores
isolados correspondem às informações retiradas do Breve Inventário de Dor
Crônica. A linha pontilhada indica o início das sessões; a linha contínua, o fim;
o asterísco, semanas sem sessão devido à feriados; e as setas marcam as
faltas de cada participante.................................................................................47
!
Figura 8. Pontuação no Questionário de Aceitação da Dor Crônica no decorrer
das semanas da pesquisa. A linha pontilhada indica o início das sessões; a
linha contínua, o fim; e o asterísco, semanas sem sessão devido aos
feriados..............................................................................................................54
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!
sessão devido à feriados; e as setas marcam as faltas de cada
participante........................................................................................................72
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LISTA DE TABELAS
Tabela 10. Sumarização dos dados do participante A das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento positivo............................................................119
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Tabela 11. Sumarização dos dados do participante A das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento negativo.........................................................120
Tabela 12. Sumarização dos dados da participante J das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento positivo............................................................121
Tabela 13. Sumarização dos dados da participante J das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento negativo..........................................................122
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Saban, M. T. (2013). Análise dos efeitos da Terapia de Aceitação e
Compromisso em grupo de clientes com dor crônica. Dissertação de mestrado.
Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experimental: Análise do
Comportamento, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 112 págs.
RESUMO
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!
Saban, M. T. (2013). Analysis of the effects of Acceptance and Commitment
Therapy in group of clients with chronic pain. Masters Dissertation. Program of
Post Graduate Studies in Experimental Psychology: Behavior Analysis,
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 112 pages.
ABSTRACT
The objective of this study was to analyze the effect of the protocol adaptation
"Live with Chronic Pain: An Acceptance-based Approach" (Vowles & Sorrell,
2007), based on Acceptance and Commitment Therapy (1999) in three
participants with chronic pain who attended the Rehabilitation Centre and Day
Hospital Psychiatry Institute of a public hospital in São Paulo. A multiple
baseline design was used, where intervention was initiated to two participants at
a time and the last participant to four weeks later. The forms of measurement
data were questionnaires (Profile Questionnaire, Questionnaire History of Pain,
Brief Pain Inventory, WHOQOL-Brev, HAD Scale and Chronic Pain Acceptance
Questionnaire) applied an initial interview, before the intervention, during, and
6-9 weeks follow-up depending on participant; observation time speech of the
participants in the session; and an auto registration contingency in which the
participant fulfilled when was in pain for a week before the intervention and
during the weeks that occurred in the eight sessions. The results demonstrate
that the intervention was benefit to participants, particularly in the reduction of
pain episodes, reduction of medication use and rest due to pain. Comparing
pre-intervention and follow-up, all participants improved in relation to anxiety
and social relationships. The auto record was the instrument that yields
information about the therapeutic process and was methodologically the most
interesting option for measuring in this search.
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!
O presente trabalho é uma investigação dos efeitos de uma intervenção
terapêutica em grupo para clientes com dor crônica. A dor crônica se
caracteriza por uma dor persistente após a cura da lesão que a originou ou
relacionada a processos patológicos crônicos (Carvalho, 1999), de causas
variadas (doenças, tecidos danificados, ou não específicas, entre outras). Além
da origem da dor, ela pode ser influenciada em sua evolução, implicações e
duração por aspectos psicológicos, sociais, culturais e ocupacionais (Carvalho,
1999).
!
vida, como relações de oposição, distinção, comparação, hierarquia,
temporalidade, espacialidade, condicionalidade e causalidade e relações
dêiticas (localização no tempo e espaço) (Hayes, Barnes-Holmes, & Roche,
2001). Esta capacidade de relacionar estímulos, segundo a RFT, amplifica a
estimulação aversiva vivenciada na história de vida nas relações construídas
por meio da linguagem e propicia um repertório de fuga e esquiva destes. A
ACT busca diminuir esse repertório de fuga e esquiva, motivar e treinar outras
respostas alternativas reforçadas positivamente.
Dor e tratamento
“A dor pode ser uma relação reflexa, pode ter que ser observada e
descrita de maneira precisa para que os profissionais da saúde possam
dar assistência ao cliente, e/ou ser uma solicitação de atenção ou de
liberação de tarefas e condições aversivas.” (Welenska e Banaco, 2010,
p. 420)
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!
acompanhado por alguma consequência seja reforçadora positiva como
atenção ou negativa como liberação de tarefas e algum remédio para a dor.
Nesses casos a dor é um estímulo na mesma classe de equivalência à palavra
“dor”, ou é um estímulo discriminativo para a resposta de descrição da dor, ou
é uma operação motivadora em que a resposta verbal é uma fuga ou esquiva
do estímulo aversivo dor (Welenska e Banaco, 2010).
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!
Pesquisas envolvendo ACT e dor crônica
!
no grupo de ACT do que o CBT. Comparando o grupo de ACT do segundo
estudo com o primeiro, obtiveram um efeito médio na aceitação e dor, uma
melhora grande na depressão, na ansiedade relacionada à dor e
incapacidades. O grupo CBT obteve resultados com magnitude menores que o
grupo ACT com exceção da aceitação que teve um efeito grande.
!
Quanto ao número de atendimentos médicos, não houve diferença
significativa entre um mês antes do tratamento e no mês do tratamento, porém
houve diminuição das visitas médicas no seguimento de seis meses com média
de 2,36 para 1,9 para o grupo da ACT e tratamento médico usual e de 3,75
para 15,1 no grupo de tratamento médico usual.
Quanto à crença dos sintomas de dor serem causados pelo trabalho não
houve diferença significativa dentre as condições.
!
Comparando as medidas antes e depois do tratamento houve uma redução na
dor de 18,3% (medida numa escala de intensidade da dor de 0 a 10), na
depressão de 41,2% (medida pelo The Beck Depression Inventory - BDI; Beck,
Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh, 1961), na ansiedade relacionada á dor de
18,3% (utilizando o questionário Pain Anxiety Symptoms Scale Short Form,
McCracken & Dhingra, 2002), na incapacidade física de 25%, nas
incapacidades psicossociais de 39,3% (as incapacidades físicas e
psicossociais foram medidas pelo questionário Sickness Impact Profile - SIP;
Bergner, Bobbitt, Carter, & Gilson, 1981), no tempo de descanso de 61,8%, e
no desempenho físico de 15,9% na velocidade da caminhada (medida pelos
segundos gastos para percorrer 10 metros), e 48,2% de desempenho ao sentar
e levantar (medido pela frequência de sentar e levantar durante um minuto).
!
Vowles, McCracken e Eccleston (2007) utilizaram um tratamento
interdisciplinar semelhante à McCracken, Vowles e Eccleston (2005) e também
fizeram um estudo de correlação avaliando efeitos de variáveis independentes
em variáveis dependentes utilizando regressão múltipla (analisam a variação
conjunta dos índices medidos). O tratamento consistia em condicionamento
físico, treinamento de habilidades, em manejo de atividades e orientações
médicas e psicológicas (baseadas na ACT). Dados foram coletados antes do
início do tratamento, ao término e três meses depois.
! Nas medidas antes, após o tratamento e no seguimento de três meses
houve redução significativa nos índices de depressão (medida pelo The Beck
Depression Inventory - BDI; Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh, 1961,
com médias de 20,2, 11,8 e 15, respectivamente), ansiedade relacionada á dor
(medida pelo Pain Anxiety Symptoms Scale - PASS; McCracken, Zayfert, &
Gross, 1992, com médias de 87,5, 69,2 e 69,3), incapacidades físicas (médias
de 0,2, 0,13 e 0,14) e psicológico (ambas medidas pelo Sickness Impact Profile
- SIP; Bergner, Bobbitt, Carter, & Gilson, 1981, com médias de 0,28, 0,16 e
0,18), reclamação sobre dor (medida pelo questionário Pain Catastrophizig
Scale - PCS; Sullivan et al., 1995, com médias de 24,7, 16,8 e 17,7) e dor
(medida numa escala de 0/nenhuma dor a 10/máximo de dor, com média 6,9, 6
e 6); e de melhora significativa na aceitação (medida pelo Chronic Pain
Acceptance Questionnaire - CPAQ; Geiser, 1992, com médias de 50,6, 65,8 e
65,2), na velocidade da caminhada (médias de 17,6, 10,7 e 12,6 segundos
para percorrer 10 metros) e na frequência de sentar e levantar em 1 minuto
(médias de 10,3, 17,9 e 19).
,!
!
Gallimore e McCall (2007). O procedimento da pesquisa consistia em
apresentar para cada participante individualmente uma instrução gravada,
seguida por um teste físico, outra instrução gravada e novamente o teste físico.
Os pares de instruções gravadas eram de três tipos: baseadas em aceitação
da dor, baseadas em controle da dor ou atenção placebo (orientação de
continuar na tarefa). Os momentos de coleta dos dados foram uma a duas
semanas antes do procedimento, após a primeira e após a segunda gravação
(testes físicos). O grupo de ACT apresentou um melhor desempenho físico
(Physical Impairment Index - PII; Waddell, Somerville, Henderson, & Newton,
1992) do que os outros dois grupos (controle da dor e atenção placebo), com
16,3% de melhora no grupo de aceitação comparado com o primeiro teste,
piora de 8,3% no grupo controle e melhora de 2,5% no de atenção placebo.
Na terapia há diversas contingências ocorrendo na interação entre
terapeuta e cliente. Para estudar essas relações, os pesquisadores elegem a)
variáveis hipoteticamente relevantes na mudança, as variáveis independentes
– os elementos que podem produzir mudança e b) variáveis dependentes,
comportamentos ou indicadores de mudanças almejadas na terapia – o
objetivo terapêutico. Na Tabela1 são apresentadas as variáveis independentes,
as variáveis dependentes e quais foram os instrumentos de medida utilizados
nas pesquisas citadas.
As variáveis dependentes, isto é, os indicadores de resultado na terapia
foram número de dias doente, de visitas médicas, medicações, horas
descansando ou dormir em momento que tem dor, desempenho físico,
presença na escola, habilidades gerais de funcionamento no cotidiano,
incapacidades físicas e psicossociais, qualidade de vida, dor, depressão e
emoções estressantes em geral, ansiedade relacionada à dor, esquiva da dor,
aceitação da dor crônica e reclamação sobre a dor. E os resultados indicaram
que as intervenções baseadas na ACT promoveram menos dias doentes (Dahl,
Wilson & Nilsson, 2004), menos utilização de recursos médicos (Dahl, Wilson &
Nilsson, 2004 e McCracken, Vowles & Eccleston, 2005), melhora no
funcionamento emocional, social e físico (McCracken, Vowles & Eccleston,
2005), melhora na depressão, na ansiedade relacionada à dor, nas
incapacidades físicas e emocionais (Vowles, McCracken & Eccleston, 2007),
-!
!
Tabela 1 – Variáveis independentes e dependentes manipuladas em estudos que
avaliaram os efeitos da ACT sobre dor crônica
Pesquisa Variáveis independentes Variáveis dependentes
Wicksell, Melin Sessões semanais e individuais de Medicações (Pontuação numa escala de 0 a 3, 0- quase nunca; 1- utilizou medicação de 1 a 3 vezes por mês; 1 a 3 vezes por
e Olsson (2007) ACT por 14.4 semanas em média semana; quase todos os dias)
Reclamações sobre a dor (Pain Coping Questionnaire - PCQ Reid et al., 1998)
Dor (De 0 a 10, a intensidade e quanto o impediu de fazer atividades)
Depressão e emoções estressantes em geral (Children’s Depression Inventory - CDI Kovacs, 1985)
Habilidades gerais de funcionamento no cotidiano (Functional disability inventory- child form - FDI Walker and Greene, 1991)
Presença na escola (Pontuação numa escala de 0 a 3, 0- sem faltas; 1- 4h de ausência por mês; 2- 5 a 10h por mês; 3- mais de 10h
por mês)
Dahl, Wilson e Dois grupos: Dias doente (Número de faltas no trabalho por motivos de doença)
Nilsson (2004) 1. quatro sessões semanais e Visitas médicas (Número de visitas a médicos, especialistas e fisioterapeutas)
individuais de ACT e tratamento Qualidade de vida (Life Satisfaction Questionnaire - LSQ, Carlsson, Hamrin, & Lindquist, 1999)
médico usual (consulta médica, de Estresse (Instrumento para dor Linton Screening (Linton & Hallden, 1998)
especialistas e fisioterapia) ou Dor (De 0 - sem dor - a 10 - dor insuportável - retirado do Instrumento para dor Linton Screening, Linton & Hallden, 1998)
2. apenas tratamento médico usual Credibilidade dos sintomas serem causados pelo trabalho (Questões retiradas do Linton Screening - Linton & Hallden, 1998,
questionário sobre a crença dos sintomas serem causados pelo trabalho)
Vowles, Tratamento de 3 a 4 semanas, em Performance física (Tempo em segundos para andar 10 metros e número de vezes que consegue levantar e sentar num intervalo de 1
McCracken e grupo, cinco a seis vezes por semana minuto)
Eccleston que consistia em condicionamento Depressão e emoções estressantes em geral (The Beck Depression Inventory - BDI; Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh,
(2007) físico, treinamento de habilidades de 1961)
manejo de atividades, orientações Ansiedade relacionada à dor e evitação (Fear of Pain Questionnaire-Short Form, Kennedyet al., 2001, e Pain Anxiety Symptoms
médicas e psicológicas (baseadas na Scale-20, McCracken & Dhingra, 2002)
ACT) Incapacidades físicas e psicossociais (Sickness Impact Profile - SIP; Bergner, Bobbitt, Carter, & Gilson, 1981)
Dor (De 0 - sem dor - a 10 - dor insuportável - retirado do Instrumento para dor Linton Screening, Linton & Hallden, 1998)
Aceitação da dor crônica (Chronic Pain Acceptance Questionnaire - CPAQ; Geiser, 1992)
Reclamações sobre a dor (Pain Catastrophizig Scale - PCS; Sullivan et al., 1995)
Vowles, McNeil, Três grupos: Dor (McGill Pain Questionnaire-Short Form; Melzack, 1987)
Gross, 1. instruções gradas baseadas em Performance física (Physical Impairment Index - PII; Waddell, Somerville, Henderson, & Newton, 1992)
McDaniel, aceitação da dor, ou Depressão e emoções estressantes em geral (The Beck Depression Inventory - BDI; Beck, Ward, Mendelson, Mock, & Erbaugh,
Mouse, Bates, 2. baseada em controle da dor ou 1961)
Gallimore e 3. grupo de atenção placebo Ansiedade relacionada à dor e evitação (Fear of Pain Questionnaire-Short Form, Kennedyet al., 2001, e Pain Anxiety Symptoms
McCall (2007) (orientação de continuar na tarefa) Scale-20, McCracken & Dhingra, 2002)
Aceitação da dor crônica (Chronic Pain Acceptance Questionnaire, McCracken, Vowles, & Eccleston, 2004)
Vowles, Estudo 1: somente um grupo Aceitação da dor crônica (Chronic Pain Accptance, McCracken, Vowles, & Eccleston, 2004)
Wetherell e recebendo oito sessões de tratamento Dor (McGill Pain Questionnaire Short Form, Melzack, 1987)
Sorrell (2008) psicológico baseado na ACT Depressão (Center for Epidemiological Studies-Depression Scale, Weissman, Sholomskas, Pottenger, Prusoff, & Lock, 1977)
semanalmente. Ansiedade relacionada à dor (Pain Anxiaty Symtoms Scale Short Form, McCracken & Dhingra, 2002)
Estudo 2: semelhante ao estudo um Incapacidades (Pain Disability Index, Pollard, 1984)
com mais um grupo recebendo
tratamento psicológico baseado em
terapia cognitivo comportamental, em
mesma quantidade.
%.!
!
na dor (Vowles, McCracken & Eccleston, 2007 e Wicksell, Melin & Olsson,
2007), na aceitação (Vowles, McCracken & Eccleston, 2007), na performance
física (Vowles et al., 2007, e Vowles, McCracken & Eccleston, 2007), nas
habilidades gerais de funcionamento no cotidiano, na presença na escola e na
reclamação sobre a dor (Wicksell, Melin & Olsson, 2007). As variáveis
independentes correlacionadas, isto é, que variaram conjuntamente com os
resultados foram aceitação da dor crônica (McCracken, Vowles & Eccleston,
2005, e Vowles, McCracken & Eccleston, 2007) e reclamação sobre a dor
(Vowles, McCracken & Eccleston, 2007).
Objetivos
%%!
!
%&!
!
MÉTODO
Participantes:
Participante L
Participante A
Participante J
%'!
!
Mulher de 47 anos, com dor à 13 anos no lado esquerdo do corpo, de
intensidade 10. Casada e mora com o marido e filho de 27 anos. Trabalhava
cuidando de roupas para eventos, teve um acidente de trabalho em que caiu no
ônibus e foi aposentada pelo INSS. Hoje sua rotina é acordar às 5 horas, faz
comida, cuida da casa, faz crochê, cuida da neta de três anos o dia inteiro, às
vezes anda com ela pelo bairro, dorme umas duas horas à tarde, dá banho na
neta, janta e assiste TV com o marido e filho à noite. Suas atividades de lazer
são assistir TV, viajar e fazer excursões.
Material e Instrumentos
O protocolo de tratamento
%(!
!
atividades que foram realizadas em casa estão agrupadas no caderno Diário
do Participante, junto com o Diário da Dor (ANEXO A).
Instrumentos
• dor
! Questionário de Histórico da Dor - questionário baseado no protocolo da
equipe de psicologia do grupo de dor do ambulatório de ortopedia do
Hospital das Clínicas de São Paulo, voltado para obtenção de dados sobre o
tipo de dor, frequência, fatores que influenciam a intensidade da dor, início e
evolução (ANEXO C),
o Inventário Breve de Dor - questionário desenvolvido pelo grupo de
pesquisa sobre dor do WHO Collaborating Centre for Symptom Evaluation in
Cancer Care (Centro colaborativo WHO para avaliação de sintomas no
cuidado do câncer) desenvolvido para avaliar a dor quanto à sua localidade,
intensidade e influência em outras atividades. A adaptação feita para esta
pesquisa foi a retirada de perguntas quanto a tipologia da dor, por se tratar
de questões médicas (ANEXO D),
%)!
!
o qualidade de vida - WHOQOL-BREV - questionário desenvolvido pelo
Grupo WHOQOL (Grupo de Qualidade da Vida da divisão de Saúde Mental
da Organização Mundial de Saúde, 1992) que mede a qualidade de vida em
relação à dor nos domínios físicos, psicológico, relações sociais e meio
ambiente (ANEXO E). As perguntas números 3, 4, 10, 15, 16, 17 e 18
referem-se ao domínio físico, são somadas e divididas por 7; as perguntas
números 5, 6, 7,11, 19 e 26 são o domínio psicológico, soma-se e divide por
6; as perguntas números 20, 21 e 22 avaliam as relações sociais, soma-se e
divide por 3; e as perguntas 8, 9, 12, 13,14, 23, 24 e 25 são referentes ao
meio ambiente, soma-se e divide por 8. A pontuação de cada domínio é
interpretada como necessitando melhorar quando é inferior a 2,9; de 3 a 3,9
é considerado regular; de 4 a 4,9 é bom; e acima de 5, muito bom.
!
5 a 1 e 6 a 0). A soma do valor das duas sub escalas é o total de aceitação
da dor crônica.
Local
Procedimento
2.Entrevista inicial
%+!
!
Os participantes passaram individualmente por uma entrevista para a
aplicação do Questionário de Perfil, Questionário de Histórico da Dor,
Inventário Breve de Dor, WHOQOL-BREV, a Escala HAD e o Questionário de
Aceitação da Dor Crônica.
%,!
!
A escala HAD forneceu uma medida de ansiedade e depressão e o
Questionário de Aceitação da Dor Crônica mostrou-se de difícil aplicação por
sua escala de 0 a 6, em que 0 representa que a afirmação nunca é verdade e
6, sempre é verdade. Os participantes tiveram problemas em entender a escala
assim como as afirmações.
!
O delineamento de linha de base múltipla utilizado nessa pesquisa é um
delineamento de sujeito único em que a introdução de variáveis independentes,
no caso o protocolo “Live with Chronic Pain: An Acceptance-based Approach”
(Vivendo com Dor Crônica: Uma Abordagem Baseada em Aceitação, Vowles &
Sorrell, 2007), é feita em dois momentos diferentes: primeiro para o grupo
1(composto de dois participantes) da semana 2 à 12 e depois para o grupo 2
(com uma participante) da semana 6 a 15 (Figura 1). Assim podemos avaliar o
efeito do protocolo caso as medidas se alterarem conforme a introdução dele, e
não em virtude de outras variáveis. A Figura 1 representa o delineamento da
pesquisa, os momentos de aplicação dos questionários e as faltas dos
participantes.
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Grupos
Sessão 5 (L faltou)
Sessão 7 (L faltou)
Grupo 1 (L e A)
e Questionários
e Questionários
(L e A faltaram)
Questionários
Questionários
Questionários Questionários
Questionários Questionários
Questionários Sessão 4
Sessão 6
Sessão 8
sessão 2
Questionários sessão 3
Sessão1
Questionários
Questionários
Sessão 2 e 3
Grupo 2 (J)
Sessão 4, 5
e sessão 1
sessão 6
sessão 7
sessão 8
Feriado
Feriado
Feriado
Feriado
Falta
Falta
&.!
!
Para o grupo 2, o protocolo foi introduzido apenas na 6ª semana, a
condição de linha de base com a entrevista e aplicação dos questionários na 4ª
semana. As oito sessões de intervenção ocorreram da semana 6 a 15, com
aplicação dos questionários além da 1º sessão, na 5º (semana 12) na última
(semana 15) e na semana 21.
4. Intervenção
Sessão 1
&%!
!
da intervenção proposta e seu objetivo, e c) descrição de comportamentos
passados para eliminar a dor.
Este programa considera, que a dor é real, mesmo que não se possa vê-
la ou medi-la, que a dor o impede de fazer coisas que gostaria ou precisa
fazer, e que as pessoas neste programa estão dispostas a fazer
mudanças para diminuir o impacto negativo da dor em suas vidas.
(Vowles & Sorrell, 2007, p. 3)
&&!
!
Tabela 2. Análise dos tratamentos para a dor – custos e benefícios
Lição de casa
Reserve de dez a quinze minutos em cada dia para perceber o que você
pode fazer. Se a dor estiver presente pelo resto da sua vida, o que você
poderia fazer então? Tente ser o mais específico possível. Repare em
cada dia o que você pode fazer mesmo na presença da dor. Caso se
sinta preso na idéia de eliminar a dor e não veja opções, tente lembrar o
&'!
!
que fez no passado em momentos de dor que te surpreendeu. Ou
mesmo pense no que faria se a dor não estivesse presente.
Dia Dia da O que fez no Quais são suas opções (o que pode
semana passado que o fazer mesmo na presença da dor)?
surpreendeu?
1
2
3
4...
(Adaptado de Vowles & Sorrell, 2007, p. 7)
Sessão 2
Na segunda sessão são feitas: a) descrição de respostas emitidas na
presença da dor e possíveis alternativas de comportamento durante a dor
(revisão da lição de casa); b) apresentação do modelo utilizado de análise da
dor; e c) atividade de observar o próprio corpo (atenção dirigida).
&(!
!
como esta se relaciona com o estresse e outros estados de humor. Em
seguida, cada um preenche o Figura 2 relacionando a uma dor recente que
teve. A dor (como estímulo aversivo) deve ser descrita no espaço atividade
fisiológica; as emoções sentidas no episódio devem ser descritas no espaço
humor, estresses e emoção; e seu impacto nas funções diárias, como se
alteraram as atividades cotidianas durante este episódio devem ser descritas
no espaço função diária.
&)!
!
do “bolo de chocolate” (Hayes, Strosahl e Wilson, 1999), em que os estímulos
verbais da descrição do bolo eliciam respostas como salivação e evocam
pensamentos, mesmo sob a instrução de não pensar sobre o bolo de
chocolate.
!
anterior escolhendo prestar atenção em alguma parte do corpo em que a
respiração é sentida mais claramente e de forma vívida. Solicita-se que
observe esta sensação por alguns momentos e, a seguir, há uma pausa para
feedback.
Lição de casa
É pedido como lição de casa que o participante observe seu próprio corpo
(atenção dirigida) e descreva a experiência segundo a tabela abaixo. Os
participantes são instruídos a praticarem a atividade de observar uma vez ao
dia e anotarem o que aconteceu:
Sessão 3
!
presença de estímulos aversivos (aceitação da dor crônica), b) levantamento
de quais são ou poderiam ser as classes de estímulos reforçadores (atividades
dos valores e lição de casa), c) observação e levantamento de respostas de
esquiva (discussão da aceitação da dor crônica e segunda parte do exercício
dos valores) e d) treino de observação do próprio corpo (atenção dirigida).
&,!
!
“Por alguns momentos, pense em como tem vivido em relação a estes
valores, você age de acordo com eles? Você tem feito as coisas que são
importantes para você? Quais são realmente suas prioridades? Se sim,
como tem feito isso. Se não, o que o impede de fazer as coisas que são
importantes para você?”
Lição de casa
Para cada valor, enumere quanto ele é importante para você (de 1- muito
importante a 10- pouco importante), o sucesso em viver de acordo com
esse valor no último mês (de 1 - muito sucesso a 10 - não vive de acordo
com o valor), e por fim enumere os valores em ordem de importância de
&-!
!
acordo com o que você está disposto a se empenhar agora (de 1 para o
mais importante até o menos importante).
Família
1.
2.
Relaçõe
s1.
2.
Amizad
e
1.
2.
Trabalh
o
1.
2.
Saúde
1.
2.
Aprendi-
zagem
1.
2.
(Adaptado de Vowles & Sorrell, 2007, p. 19)
Sessão 4
'.!
!
reforçamento positivo, ou seja, condições que dificultem a emissão de tais
comportamentos (alcançar objetivos) e c) treino de observação do próprio
corpo.
!
O terapeuta descreve as características dos objetivos: específicos,
observáveis, realísticos (possíveis, de acordo com as capacidades do
indivíduo), consistentes com os valores identificados, e fornece exemplos como
modelo.
Lição de casa
Sessão 5
'&!
!
sem ou com pouca dor e pouca ou nenhuma atividade nos períodos de dor
mais intensa. O terapeuta mostra a possibilidade de se estabelecer um ciclo
vicioso exemplificado pelos Figuras 3 e 4 e, por meio de perguntas sobre a
vivência dos participantes, modela a descrição do ciclo vicioso.
''!
!
(para que não variem juntas) e estabelecer ações que possam ocorrer de forma
constante, isto é, mais atividades nos períodos de maior dor e menos
atividades do que de costume nos períodos de pouca ou nenhuma dor –
atividade consistente por longo tempo.
!
descrições que envolvem eventos privados relacionados à dor e ações do
indivíduo guiadas pelos seus valores (por exemplo, “eu iria fazer tal atividade,
mas estou com dor” para “eu irei fazer tal atividade e estou com dor”). Esta
mudança pode acarretar uma relação inclusiva entre esses eventos verbais
(relatos de “dor” e relatos de “fazer tal atividade”) e diminui a respostas de fuga
e esquiva frente ao evento aversivo privado.
')!
!
e) Treino de observação (atenção dirigida) consiste de respostas de
observação, instruídas pelo terapeuta, que podem ser do próprio corpo, de uma
paisagem, de alguma resposta específica do indivíduo como comer, andar, etc.
Lição de casa
'*!
!
Sessão 6
'+!
!
A seguir, abordam-se principalmente os eventos aversivos nas
contingências de respostas alternativas, perguntando como é colocar em
prática as ações guiadas por valores. O terapeuta fornece uma metáfora para
exemplificar as características das ações alternativas como um pulo, em que se
pode ler a respeito, planejar, mas na situação a resposta tem que ser
simplesmente ir e pular (ação). Outra metáfora é a do coelho que descreve a
situação do estímulo aversivo estreitando o repertório (em que só existe a toca
e o leão para o coelho que o avista), destacando nas descrições dos
participantes a tendência de focar nas barreiras e parar de perceber os outros
eventos que estão ocorrendo.
!
d) Prática das respostas alternativas, a ser realizada na lição de casa, consiste
em praticar as ações discutidas na atividade “ok, você está certo”, descrevê-las
na tabela abaixo e praticar a atenção dirigida.
Dia Resultado
Sessão 7.
!
como pensamentos e sentimentos. O terapeuta indica que os últimos podem
ser alterados e que isto pode ocorrer quando agimos e produzimos
consequências reforçadoras positivas na presença da dor, em vez de emitir
respostas de esquiva que gerariam outros aversivos com a restrição do
repertório.
Sessão 8
!
divididos em dupla e a instrução é que um da dupla diga seus valores e o outro
observa a declaração como observaram estímulos nas atividades de atenção
dirigida, e dar feedback caso percebam alguma fraqueza na emissão da
resposta verbal. Depois a dupla troca de função.
(%!
!
Com base nas situações de risco que os participantes levantarem, o terapeuta
apresenta quatro passos para identificar e melhor responder a essas situações:
!
valores. Esses planos podem ser ligar para um amigo ou familiar, praticar
alguma atividade que o relembre de seu valor, caminhar, ouvir música, etc.
Medidas
('!
!
- Diário da Dor (ANEXO A) – número de atividades que o participante
relata realizar na presença da dor. O Diário da Dor é preenchido
cotidianamente pelos participantes desde a entrevista inicial até a última
sessão de intervenção.
((!
!
RESULTADOS
4. Seqüência de respostas
Medidas secundárias
1. Dor
()!
!
Participante L
Participante A
Participante J
A pior, melhor, média e dor atual foram 0 para as duas medidas antes da
intervenção. Durante a intervenção, a dor pior e a melhor aumentaram, e
voltaram a 0 após a intervenção e no seguimento. A dor média manteve-se em
0 antes do tratamento, aumentou durante e depois (intensidade 10), e no
seguimento voltou para 0.
(*!
!
Figura 5: Intensidade da dor medida numa escala de 0 (sem dor) a 10
(pior dor possível) no decorrer das semanas da pesquisa. A linha corresponde
à média semanal da intensidade da dor registrada no diário da dor, os
marcadores isolados correspondem às informações retiradas do Breve
Inventário de Dor Crônica. A linha pontilhada indica o início das sessões; a
(+!
!
linha contínua, o fim; o asterísco, semanas sem sessão devido à feriados; e as
setas marcam as faltas de cada participante.
2. Ansiedade e depressão
Participante L
(,!
!
Figura 6: Nível de ansiedade e depressão medidos pela escala HAD no
decorrer das semanas da pesquisa. De 0 a 8 pontos não é considerado que a
pessoa tenha depressão ou ansiedade, acima disso sim. A linha pontilhada
(-!
!
indica o início das sessões; a linha contínua, o fim; e o asterísco, semanas sem
sessão devido à feriados.
Participante A
Participante J
3. Qualidade de vida
Participante L
).!
!
As medidas domínio físico e psicológico estavam em índices
classificados como necessita melhorar antes da intervenção, durante e após,
mas no seguimento aumentou e passou a ser regular. A medida meio ambiente
manteve-se regular em todos os momentos da aplicação do questionário. As
relações sociais necessitavam melhorar antes e durante a intervenção, após a
intervenção ficaram regulares, e no seguimento aumentou para boas.
Participante A
Participante J
!
Figura 7: Pontuação no questionário WHOQOL-BREV no decorrer das
semanas da pesquisa. Nessa escala, o domínio que tiver de 0 a 2,9 necessita
melhorar, de 3 a 3,9 está regular, de 4 a 4,9, bom, e 5, muito bom. A linha
pontilhada indica o início das sessões; a linha contínua, o fim; e o asterísco,
semanas sem sessão devido à feriados.
)&!
!
Comparando a primeira aplicação do questionário (antes da intervenção)
e o seguimento, todos os domínios de L melhoraram, com exceção do meio
ambiente, que se manteve na mesma faixa, o domínio físico e as relações
sociais de A, mantiveram-se na mesma faixa e o domínio psicológico e o meio
ambiente pioraram, e todos os domínios de J mantiveram-se na mesma faixa
com exceção do domínio psicológico que melhorou. Para todos os participantes
as relações sociais melhoraram, mesmo não mudando de faixa para A e J.
Participante L
Participante A
Participante J
)'!
!
!
)(!
!
A aceitação da dor crônica diminuiu da primeira aplicação de
questionário para a segunda, aumentou durante a intervenção, continuou
aumentando após a intervenção e diminuiu no seguimento, ficando menor do
que na primeira aplicação de questionário.
Medidas primárias
))!
!
de atividade”, esta categoria também aparece como situação antecedente e
subseqüente à sensação de dor.
)*!
!
As perguntas no diário da dor referentes às respostas após a sensação
da dor (o que pensou e sentiu, o que fez frente à dor e o que aconteceu depois)
foram agrupadas em dois conjuntos de categorias: as categorias que indicam
possibilidade de reforçamento positivo (respostas de atividade, respostas de
pensar em atividades, respostas emocionais prazerosas e respostas de
expressão emocional) e as que indicam possibilidade de reforçamento negativo
(respostas de medicação, respostas de repouso, respostas de pensar na
eliminação da dor e respostas emocionais aversivas). Esses dois conjuntos
serão referenciados neste trabalho como RPRP (respostas potencialmente
reforçadas positivamente) e RPRN (respostas potencialmente reforçadas
negativamente). Na Figura 9, estão representados, para cada uma dos
participantes, estes dois conjuntos de respostas nas semanas da pesquisa
(painéis das esquerda) e o total de episódios de dor e média semanal da
intensidade da dor (painéis da direita). A linha pontilhada indica o início das
sessões; a linha contínua, o fim; o asterísco, semanas sem sessão devido à
feriados; e as setas marcam as faltas de cada participante.
. Participante L
)+!
!
RPRP e RPRN, e em 8 das 11 semanas entre o número de episódios de dor e
a média semanal da intensidade da dor.
),!
!
Essas relações indicam que L oscila entre situações em que emitiu mais
respostas potencialmente reforçadas positivamente (RPRP) após a sensação
de dor quando o número de episódios de dor aumentava e sua intensidade
diminuía. E quando a intensidade da dor era maior, ocorriam menos vezes e
ela emitia mais RPRN.
. Participante A
)-!
!
(RPRN) e intensidade da dor tiveram variações semelhantes com o número de
episódios de dor em 9 das 11 semanas, e as respostas potencialmente
reforçadas positivamente (RPRP) tiveram variações semelhantes com o
número de episódios de dor em 6 das 11 semanas. Em geral quando A tinha
dor com mais frequência, aumentava sua intensidade, suas RPRP e
principalmente suas RPRN.
*.!
!
- após a sessão 5 (em que L faltou) até a sessão 7 há um pequeno
aumento de RPRP e uma pequena diminuição de RPRN após as sessões (5 e
e uma pequena diminuição de RPRP e um pequeno aumento de RPRN após
os feriados, como observado em todos os feriados durante a intervenção.
Essas relações são observadas com os valores de RPRP e RPRN em
proporção (ANEXO I), os valores absolutos (Figura 9) apontam diferenças nas
RPRN (aumentam após as sessões 5 e 6 e diminuem após o feriado entre
essas sessões). Nesse período entre após a sessão 5 até a 7, os valores em
proporção de RPRP ficam levemente superiores à linha de base (e abaixo se
considerado os valores absolutos), e a proporção de RPRN está a cima da
linha de base (e abaixo chegando próximo da linha de base em valores
absolutos). Cabe destacar que o número de episódios de dor por semana que
passa a aumentar após a sessão 5 até a última semana de coleta do Diário da
Dor, com exceção do feriado seguinte a sessão 5 em que diminui. Mesmo com
esse aumento do número de episódios de dor após a sessão 5, A apresentava
55 episódios de dor por semana antes da intervenção e termina a com 43.
Considerando que nas últimas semanas de intervenção A estava com a bomba
de morfina desativada e não sabia, este resultado tem uma relevância para
compreensão dos dados.
. Participante J
*%!
!
Na Figura 10 está representado o número das diferentes respostas que
foram reunidas na Figura 9 como respostas potencialmente reforçadas
positivamente (RPRP) e as respostas reunidas como potencialmente
reforçadas negativamente (RPRN) nas semanas da pesquisa. As respostas
analisadas como potencialmente reforçadas positivamente (RPRP) - respostas
de atividade, respostas de expressão emocional, respostas emocionais
prazerosas e respostas de pensar na atividade - são apresentadas nos painéis
da esquerda. As respostas analisadas como potencialmente reforçadas
negativamente - respostas de repouso, respostas de tomar medicação,
respostas emocionais aversivas e respostas de pensar sobre a eliminação da
dor – são apresentadas nos painéis da direita. A linha pontilhada indica o início
das sessões; a linha contínua, o fim; o asterísco, semanas sem sessão devido
à feriados; e as setas marcam as faltas de L e J. Um aspecto a ser destacado é
a diferença dos valores dos eixos relativos ao número de respostas. O gráfico
do participante A tem valores muito maiores que os dos outros participantes
dado o maior número de registros trazido por ele.
. Respostas de atividade
*&!
!
Figura 10: Número de respostas emitidas após a sensação de dor
registradas no diário da dor por semana que indicam a possibilidade de
reforçamento positivo (paineis da esquerda) e a possibilidade de reforçamento
negativo (paineis da direita) no decorrer das semanas da pesquisa. A linha
pontilhada indica o início das sessões; a linha contínua, o fim; o asterísco,
semanas sem sessão devido à feriados; e as setas marcam as faltas de cada
participante.
*'!
!
. Respostas de expressão emocional
. Respostas de repouso
*(!
!
após a sessão e diminuírem depois do feriado. Este aumento, exceto após a
última sessão, nunca chega a números superiores aos de linha de base. Para
A, as respostas de repouso aumentam após a primeira sessão, diminuem até
depois da sessão 3, e passam a aumentar, com exceção dos dois últimos
feriados em que diminui um pouco e como para L apenas na última sessão o
número de resposta é superior ao de linha de base. J apenas apresenta
respostas de repouso depois de sua primeira falta.
!
em que diminui mais (para 16 ocorrências) e após a sessão 5 volta a aumentar
e se mantém entre 37 e 48 até o fim da intervenção. A foi um participante com
grande número de registro em todas as categorias. Para estas respostas foram
observados valores muito superiores às suas outras respostas (o que exigiu
alteração do valor do eixo). Essa oscilação indica que após as intervenções de
aceitação (vide pg. 35) na sessão 5, A passa a emitir mais respostas
emocionais aversivas. J emitiu apenas uma resposta emocional aversiva após
sua segunda falta.
**!
!
Figura 8: Número de respostas de atividade e repouso antecedentes à
sensação de dor por semana (painéis da esquerda) e número de episódios de
dor e sua intensidade média (painéis da direita) por semana. A linha pontilhada
indica o início das sessões; a linha contínua, o fim; o asterísco, semanas sem
sessão devido à feriados; e as setas marcam as faltas de cada participante.
. Participante L
L teve dor mais vezes quando estava emitindo uma resposta classificada
como atividade do que em repouso. Isto se inverte apenas nas duas semanas
*+!
!
em que L faltou. São nestas duas semanas que são registrados maiores
intensidade de dor.
. Participante A
!
diminuição após o feriado na semana seguinte, um aumento após a sessão 6 e
o próximo feriado, e uma diminuição após a sessão 7 (24, 29, 34 e 32). As
situações de dor quando está em repouso após a sessão 5 seguem um padrão
de aumentarem após as sessões e diminuírem após os feriados.
. Participante J
4. Seqüência de respostas
. Participante L
*-!
!
Quando a dor se iniciava em momentos de repouso, geralmente tinha
maior intensidade (6 a 8 na escala de 10) e gerava uma seqüência de
repouso, respostas emocionais aversivas, algumas respostas de pensar em se
livrar da dor, respostas de se medicar e mais respostas de repouso. L teve ao
todo 79 episódios de dor em 78 dias. Dentre eles, 27 foram de episódios de dor
intensa (maior ou igual a 6), apenas 7 envolviam respostas de atividades (todos
a partir da primeira sessão). Destes 7 episódios de dor forte com atividades,
em 5 a dor iniciou-se quando L emitia respostas de atividade, e destes apenas
em um caso ela terminou o episódio repousando, nos demais se manteve em
atividade. Os 2 episódios que se iniciaram com repouso e após a dor L emitiu
respostas de atividade envolviam respostas de se medicar em que a dor
passava. A ocorrência de dor amena (menor ou igual a 5) em repouso foi 7
episódios. Com base nesses dados para a participante L, a ocorrência de
respostas de repouso mostrou-se ocasião em que ocorria dor intensa. Quando
a dor intensa iniciou-se em uma atividade, foi mais provável que L se
mantivesse na atividade do que emitisse respostas de repouso (4 episódios
para 1).
. Participante A
+.!
!
respostas de repouso e terminavam com de atividade, todos caracterizando
situações em que a dor não influenciou no que A fazia (seja atividade ou
repouso), ou situações em que embora estivesse em repouso e com dor, A
emitiu respostas de atividade.
. Participante J
+%!
!
A seqüência de resposta de atividade, sensação de dor e resposta de
repouso (seqüência ADR) é a típica seqüência de esquiva em que o
participante está em atividade, sente a dor e para sua atividade para repousar.
Essa seqüência é considerada problemática pois indica que a dor está
restringindo as atividades do participante. No caso da dor crônica, que é
presente no cotidiano, esse padrão ADR prejudica a qualidade de vida.
!
linha contínua, o inicio das sessões para o grupo 2 (J); o asterísco, semanas
sem sessão devido à feriados; e as setas marcam as faltas de cada
participante.
!
de A diminui um pouco, sobe novamente na sessão 7 em que está apenas ele,
e volta a cair com a presença de L na sessão 8.
!
J mantém sua porcentagem de fala na sessão próximos a 50%, com um
aumento na sessão 7 (83%) e uma diminuição na sessão 8 (62%).
+)!
!
DISCUSSÃO
!
intervenção em semana posterior não há alteração na maioria das medidas. A
melhora na intensidade da dor também foi observada nos estudos de Vowles,
McCracken e Eccleston (2005 e 2007), Dahl, Wilson e Nilsson (2004), Vowles,
Wetherell e Sorrell (2008) e Wicksell, Melin e Olsson (2007). Nesses estudos
há apenas a mensuração da dor numa escala de 0 a 10.
!
domínios com exceção do meio ambiente que se manteve igual. A manteve-se
na mesma faixa no domínio físico e nas relações sociais, e piorou o meio
ambiente e o domínio psicológico; e J manteve-se igual com exceção do
domínio psicológico que melhorou.
+,!
!
. Repouso – Em geral a intervenção diminuiu a ocorrência de respostas
de repouso após a sensação de dor. Para L, das 10 semanas de intervenção,
apenas na última teve um valor maior do que a linha de base (12 ocorrências e
10 na linha de base). Para A, das 10 semanas que ocorreram a intervenção,
em 7 A apresenta números menores de respostas de repouso após a sensação
de dor do que na linha de base (24 ocorrências por semana). J teve uma
resposta de repouso após a dor depois da primeira sessão e 13 na semana
seguinte em que faltou, depois não apresentou mais esse tipo de resposta.
Como não teve episódios de dor antes da intervenção, essas duas semanas
foram acima da linha de base. Com exceção de J, esses achados são
compatíveis com a pesquisa de McCracken, Vowles & Eccleston, (2005), em
que a intervenção diminuiu as horas descansando ou dormindo devido à dor.
.L
+-!
!
- aumentou as RPRP até a sessão 5 em que faltou, a partir desse ponto
só tem uma semana (a do segundo feriado) em que emite RPRP em maior
número do que o da linha de base. De qualquer forma, teve valores maiores do
que na linha de base em 6 das 10 semanas de intervenção;
.A
,.!
!
- não teve efeito quanto à depressão;
.J
!
- aumentou a intensidade da dor segundo o Diário da Dor (em 3 das 10
semanas comparando com antes da intervenção), em relação ao Breve
Inventário de Dor Crônica, a intensidade manteve-se em 0 antes da
intervenção e no seguimento;
- melhorou a depressão;
,&!
!
A intervenção teve efeitos distintos entre os participantes, e o
delineamento de base múltipla não foi útil para a observação do efeito dessa
variável pelo número de participantes, pela diferença dos participantes
pertencentes ao grupo 1 e o registro escaço da participante J no Diário da Dor.
,'!
!
Esses padrões de comportamento nas sessões, feriados e faltas podem melhor
serem observados no anexo J, que consta duas tabelas (uma com os índices
referentes a variáveis que podem indicar reforçamento positivo, e outra com os
índices referentes a variáveis que podem indicar reforçamento negativo) para
cada participante com a relação de quanto aumentou ou diminuiu cada índice
medido na pesquisa em cada sessão, feriado e faltas.
,(!
!
anteriores foram num canto da sala de espera). A hipótese é que falar de algo
significativo e com privacidade provavelmente aumentou a emissão de
respostas após a sensação de dor, tanto RPRP como RPRN. Na sessão 4
houve várias interrupções por motivos de consultas médicas dos participantes
e A falou mais quando estava sozinho com a terapeuta do que quando L estava
presente. A sessão seguinte, 5, foi individual com A em virtude da falta de L.
Nessa sessão foi trabalhados exercícios práticos de aceitação. A demonstrou-
se bastante impactado. Dessa sessão em diante o efeito esperado de aumento
de RPRP e diminuição de RPRN após as sessões foi observado, mesmo que
pequeno, com exceção da última semana de coleta, após a sessão 7 em que
estava apenas A, e que há um efeito inverso.
,)!
!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
!
investigação dos processos terapêuticos e para a análise das situações alvo de
intervenção.
,+!
!
REFERÊNCIAS
,,!
!
Saban, M. (2008) Uma Leitura Behaviorista Radical da Terapia de Aceitação e
Compromisso. Trabalho de Conclusão de Curso em Psicologia.
Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. 136 p.
Wicksell, R., Melin, L., & Olsson, G. (2007). Exposure and acceptance in the
rehabilitation of adolescents with idiopathic chronic pain – A pilot study.
European Journal of Pain 11, 267–274.
!!!
!!!!
,-!
!
-.!
LISTA DE ANEXOS
ANEXO E - WHOQOL-BREV............................................................................98
-.!
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B&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&!B!
-+!
!
-,!
WHOQOL-BREV
Instruções:
Este questionário é sobre com você se sente a respeito de sua qualidade de vida, saúde e
outras áreas de sua vida. Por favor, responda todas as questões. Se você não tem certeza
sobre que resposta dar em uma questão,por favor,escolha entre as alternativas a que lhe
parece mais apropriada.Esta,muitas vezes,poderá ser a sua primeira escolha.
Por favor, tenha em mente seus valores, aspirações, prazeres e preocupações. Nós
estamos perguntando o que você acha de sua vida,tomando como referência as duas últimas
semanas. Por exemplo,pensando nas duas últimas semanas,uma questão poderia ser
1 2 3 4 5
Você deve circular o número que melhor corresponde ao quanto você recebe dos outros o
apoio que você necessitou nestas duas ultimas semanas. Portanto,você deve circular o 4 se for
“muito” apoio.Você deve circular o número 1 se você recebeu “nada” de apoio.
Por favor, leia cada questão, veja o que você acha e circule no número que lhe parece a
melhor repostas.
1 2 3 4 5
-,!
!
--!
1 2 3 4 5
As questões seguintes são sobre quanto você tem sentido algumas coisas nas últimas
duas semanas.
3.Em que medida você acha que sua dor (física) impede você de fazer o que você precisa?
1 2 3 4 5
4.O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar a sua vida diária?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
6.Em que medida você acha que sua vida tem sentido?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
--!
!
%..!
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de
fazer certas coisas nas últimas duas semanas.
1 2 3 4 5
1 2 3 4
1 2 3 4 5
13.Quão disponíveis estão para você as informações que precisa no seu dia-a-dia?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
As questões seguintes perguntam sobre quão satisfeito você se sentiu a respeito de vários
aspectos de sua vida nas ultimas duas semanas.
1 2 3 4 5
%..!
!
%.%!
1 2 3 4 5
17.Quão satisfeita você está com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu dia-a-
dia?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
22.Quão satisfeito você está com o apoio que recebe dos seu amigos?
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
%.%!
!
%.&!
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
26.Com que frequência você tem sentimentos negativos tais como mau
humor,desespero,ansiedade,depressão?
1 2 3 4 5
%.&!
!
%.'!
Nome:
____________________________________________________________________________
______
! O;1:! ?@:;1"48G5"4! 0d@905G! 0! E4>C5::89:5! E4>4! #4EN! :;1G! ;:! ;:81"894L! ! `:"0!
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:>!?@:!;:!C:8;0!>@"14L!T05?@:!0C:80;!@>0!5:;C4;10!C050!E090!C:5R@810L!
( ) De vez em quando
( ) Nunca
( ) Só um pouco
!
%.(!
( ) De vez em quando
( ) Raramente
6. Eu me sinto alegre.
( ) Nunca
( ) Poucas vezes
( ) Muitas vezes
( ) Muitas vezes
( ) Poucas vezes
%.(!
!
%.)!
( ) Nunca
( ) Quase sempre
( ) Muitas vezes
( ) De vez em quando
( ) Nunca
aperto no estômago.
( ) Nunca
( ) De vez em quando
( ) Muitas vezes
( ) Quase sempre
( ) Completamente
( ) Sim, demais
( ) Bastante
( ) Um pouco
%.)!
!
%.*!
12. Fico animada (o) esperando as coisas boas que estão por vir.
( ) Quase nunca
( ) Várias vezes
( ) De vez em quando
( ) Quase sempre
( ) Várias vezes
( ) Poucas vezes
( ) Quase nunca!
%.*!
!
%.+!
Instrução: abaixo encontra-se uma lista de frases. Por favor, enumere as frases de
acordo com a seguinte escala. Por exemplo, se você acha que uma frase é ‘sempre’
verdade, escreva 6 ao lado dela.
0 1 2 3 4 5 6
Nunca é Muito Raramente Às vezes Normalmente Quase Sempre é
verdade raramente é verdade é verdade é verdade sempre é verdade
é verdade verdade
1. Eu estou seguindo com minha vida não importa quanta dor eu tenha…..
2. Minha vida está indo bem, mesmo eu tendo dor crônica.....
3. Tudo bem sentir dor….
4. Eu sacrificaria facilmente coisas importantes em minha vida para controlar
melhor esta dor….
5. Não é necessário para mim controlar minha dor para lidar bem com minha vida
....
6. Apesar das coisas terem mudado, eu estou vivendo uma vida normal mesmo
com a dor crônica….
7. Eu preciso me concentrar para me livrar da minha dor….
8. Há muitas atividades que eu faço quando sinto dor....
9. Eu posso ter uma vida plena apesar de ter dor crônica....
10. Controlar a dor é menos importante do que qualquer outro objetivo em minha
vida….
11. Meus pensamentos e sentimentos sobre dor devem mudar antes que eu possa dar
passos importantes na minha vida….
12. Apesar da dor, eu estou permanecendo com um certo rumo em minha vida….
13. Controlar meu nível de dor é a primeira prioridade toda vez que eu estou
fazendo alguma coisa….
14. Antes de fazer qualquer plano sério, eu tenho que conseguir controlar minha
dor.….
%.+!
!
%.,!
15. Quando minha dor agrava, eu ainda posso tomar conta das minhas
responsabilidades….
16. Eu terei melhor controle sobre minha vida se eu puder controlar meus
pensamentos negativos sobre dor….
17. Eu evito estar em situações onde minha dor pode agravar-se…..
18. Minhas preocupações e medos sobre o que a dor fará comigo são verdadeiros....
19. É um alivio perceber que eu não preciso mudar a minha dor para seguir em
frente com a minha vida….
20. Eu tenho que lutar para fazer as coisas quando eu tenho dor….
%.,!
!
%.-!
_________________________________________________________________
BAIRRO:.........................................................CIDADE........................................................
CEP:.........................................TELEFONE:DDD(............).................................................
2.RESPONSÁVEL LEGAL
............................................................................................................
_______________________________________________________________________________________
_________
!
%%.!
%%.!
!
%%%!
Você está sendo convidado a participar de um grupo que irá aprender a aplicar esta
terapia em sua vida. Ela tem sido usada com muitos pacientes com dor crônica e tem
ajudado as pessoas a melhorar sua qualidade de vida.
!
%%&!
%%&!
!
%%'!
Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que
foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Análise dos efeitos da Terapia de
Aceitação e Compromisso em grupo de clientes com dor crônica”.
Eu discuti com Michaele Terena Saban ou Francisco Lotufo Neto sobre a minha
decisão em participar nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos
do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as
garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro
também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso
a tratamento hospitalar quando necessário. Concordo voluntariamente em participar
deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou
durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu
possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.
-------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------
-------------------------------------------------------------------------
!
%%'!
!
%%(!
%%(!
!
%%)!
%%)!
!
%%*!
%%*!
!
%%+!
RPRP proporção 1,8 0,9 6,7 -6,6 0,3 -0,7 -2,4 2,8 -1,7 0,4 -1 -1,4 3,5 -3,4
-8
RPRP 15 4 5 -7 5 -5 -17 17 -10 5 -13 27 -25
Respostas de
12 5 5 -7 8 -7 -16 19 -11 6 -10 -15 33 -26
atividade
Respostas de
pensar sobre 3 0 2 -1 0 0 -4 4 -2 0 -1 -1 4 -5
atividade
Diário da
Dor Respostas
emocionais 2 0 1 -1 -1 0 -1 0 0 1 -1 0 0 -2
prazerosas
Respostas de
expressão 2 1 -3 0 0 0 0 0 0 0 0 -2 0 0
emocional
Antecedente em
4 1 1 -2 2 -1 -4 6 -3 2 -4 -4 10 -8
atividade
Porcentagem de
38,7 21 -9,6 -8,9 -1,8 10,9 11,6
fala na sessão
Observação
Porcentagem de
fala com outro 1 3 -4 9 -4,4 1,3 4,9
participante
Meio ambiente
3,3 -0,2 0 -0,1 -0,3
Total de 58 1 -8 3 -4
aceitação
Aceitação
da dor Engajamento em
40 -5 7 1 3
crônica atividades
Aceitação 18 6 -15 2 -7
!
%%+!
!
%%,!
Respostas
10 -4 -4 3 -2 3 2 -8 8 -1 3 6 -11 5
de repouso
Respostas
de pensar
em 5 -1 -1 -1 1 1 -2 -1 2 -1 0 0 -1 -2
eliminação
da dor
Respostas
emocionais 5 1 -2 -1 -1 0 1 -3 4 -3 2 2 -7 3
aversivas
Diário da
Dor Respostas
de tomar 5 -1 -2 0 0 1 2 -3 4 -3 3 2 -6 5
medicação
Resposta de
atividade,
dor e 1 -1 0 0 1 0 -1 0 2 -1 -1 1 0 -2
resposta de
repouso
Antecedente
em repouso 4 -2 -1 1 -1 2 0 -3 3 0 3 3 -4 3
Frequência 8 -1 0 -1 1 0 -4 3 0 2 -1 -2 6 -5
da dor
Intensidade
5,3 0,3 -1,5 0,4 -0,5 0,7 2,5 -3,3 2,7 -1,2 1,9 2,6 -5 4,4
da dor
Pior 5 0 2 2
Breve
Melhor 2 0 5 1 6
Inventário
de Dor
Média 6 0 -1 2 1
Crônica
Agora 4 0 -2 -2 -4
Ansiedade 9 1 2 -5 -2
HAD
Depressão 7 2 -5 3 0
!
%%,!
!
%%-!
Tabela 10. Sumarização dos dados do participante A das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento positivo!
Efeito Efeito
antes depois
Valor
1 2 3 F 4 5 F 6 F 7 8 Seguimento Sessões Feriados da da
inicial
sessão sessão
5 5
RPRP 0,9 -0,2 -0,1 0,1 -0,2 0,4 0,2 -0,1 0 -0,1 -0,2 0,2 -0,4 0,2 0
proporção
Respostas de
27 6 -18 3 8 2 18 4 7 4 -9 9 16 -7 16
atividade
Respostas de
pensar sobre 2 -2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -2 0 -2 0
Diário da atividade
Dor
Respostas
emocionais 6 4 -9 0 0 -1 2 -2 0 0 1 -3 -2 -6 3
prazerosas
Respostas de
expressão 15 -8 -4 0 0 3 5 -4 3 -6 3 2 -10 -9 11
emocional
Antecedente
42 13 -37 5 -3 -8 18 -6 5 5 -2 -6 -4 -27 21
em atividade
Porcentagem
- - 0,1 (- -7,6
de fala na 27,4 -6,6 1,3 5,4 11,5 36,5 -7,5
10,2 45,4 55,7) (48)
sessão
Observação
Porcentagem
de fala com -
0 2,3 -2,3 2,9 14,8 7,6 2,9 4,7
outro 10,1
participante
Âmbito
3,3 0,2 -0,2 0,5 0,5 0,2 0,3
psicológico
Qualidade
de vida Relações
4 0 -1,4 1,7 0,3 0 0,3
sociais
Meio
4 -0,8 0,1 0,5 -0,2 -0,8 0,6
ambiente
Total de
46 6 -9 22 19 6 13
aceitação
Aceitação
Engajamento
da dor 43 -9 -1 10 0 -9 9
em atividades
crônica
Aceitação 3 15 -8 12 19 15 4
!
!
%%-!
!
%&.!
Tabela 11. Sumarização dos dados do participante A das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento negativo!
Efeito Efeito
antes depois
Valor
1 2 3 F 4 5 F 6 F 7 8 Seguimento Sessões Feriados da da
inicial
sessão sessão
5 5
RPRN -
1,7 -0,1 -0,2 0,2 0,3 1,3 -0,1 0,2 -0,1 0 0,1 0,1 0,5 1,2
proporção 0,1
Respostas de
23 10 -15 -7 2 -3 6 -3 10 -7 24 30 -8 -15 40
repouso
Respostas de
pensar em
9 -4 -5 1 -1 0 0 0 0 0 0 0 -1 -8 0
eliminação da
dor
Respostas
emocionais 51 10 -30 0 1 -15 26 -5 2 9 -1 31 5 -35 27
aversivas
Respostas de
Diário
tomar 24 7 -22 8 -1 -6 12 -1 8 1 -3 17 -1 -13 17
da
medicação
Dor
Resposta de
atividade, dor
3 11 -11 1 0 3 -1 0 1 -2 8 12 -2 4 8
e resposta de
repouso
Antecedente
em repouso
11 1 1 -5 1 -4 2 -1 4 -3 6 5 -3 -7 12
Frequência
55 14 -38 0 -4 -12 20 7 9 2 4 -3 5 -36 33
da dor
Intensidade 0,
7 0,8 -0,8 1 0,7 -1,4 0,4 -0,4 0,1 0 0,1 0,7 -0,4 0,5
da dor 4
Pior 8 0
1,5 -0,5 1 0 1
Breve Melhor 1 2
3 -1 4 2 2
Invent
ário
de Média 5 2
1 0 3 2 1
Dor
Crônic
a Agora 5 0
1 -2 -1 0 -1
Ansiedade 13 -3
1 0 -2 -3 1
HAD
Depressão 6 2
1 -3 0 2 -2
!
%&.!
!
%&%!
Tabela 12. Sumarização dos dados da participante J das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento positivo!
Valor 2e 4e
F 1 Falta F F Falta 6 7 8 Seguimento Sessões Feriados Faltas
inicial 3 5
RPRP
0 0 0 0,1 -0,1 0 0 0 0 0 0 0 -0,1 0,1
proporção
0 0 0 1 -1 0 0 0 0 0 0 0 -1 1
RPRP
Respostas 0 0 1 0 -1 0 0 0 0 0 0 1 -1 0
de atividade
Respostas
de pensar 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
sobre
atividade
Respostas
Diário da
emocionais 0 0 0 1 -1 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Dor
prazerosas
Respostas
de
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
expressão
emocional
Antecedente
0 0 1 0 -1 0 0 0 0 0 0 1 -1
em atividade
Porcentagem
Observação de fala na 53,6 -6,9 2,4 33,5 -20,3 8,7
sessão
Qualidade Âmbito
2 0,8 0,5 0,3 -0,5 1,1
de vida psicológico
Total de 15 16 4 -2 -8 10
aceitação
Aceitação
Engajamento
da dor 18 -12 11 8 -15 -8
em
crônica
atividades
33 4 15 6 -23 2
Aceitação
!
%&%!
!
%&&!
Tabela 13. Sumarização dos dados da participante J das variáveis que indicam
possibilidade de reforçamento negativo!
Valor 2e 4e
F 1 Falta F F Falta 6 7 8 Seguimento Sessões Feriados Faltas
inicial 3 5
RPRN
0 0 1 1,1 -2,1 0 0 1 -1 0 0 0 -2,1 2,1
proporção
0 0 1 14 -15 0 0 1 -1 0 0 0 -15 15
RPRN
Respostas
de pensar
0 0 1 5 -6 0 0 0 0 0 0 1 -6 5
em
eliminação
Diário da da dor
Dor
Respostas
0 0 0 0 0 0 0 1 -1 0 0 -1 0 1
emocionais
aversivas
Respostas
0 0 0 1 -1 0 0 0 0 0 0 0 -1 1
de tomar
medicação
Resposta
de
atividade, 0 0 1 0 -1 0 0 0 0 0 0 1 -1 0
dor e
resposta de
repouso
Antecedent
e em 0 0 1 4 -5 0 0 0 0 0 0 1 -5 4
repouso
Frequência 0 0 1 6 -7 0 0 1 -1 0 0 0 -7 7
da dor
%&&!