Geografia Dos Solos 2

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

A PEDOGÉNISE

Nome

Maxixe, 27 de Março de 2020


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA

A PEDOGÉNISE

Trabalho do módulo de Geografia dos Solos, a ser entregue ao tutor António João Maveneca, do
Departamento de CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO, como 2º teste.

A Estudante O tutor

Nome António João Maveneca


Maxixe, 27 de Março de 2020

Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4

1.1. Objectivo Geral.................................................................................................................4

1.2. Objectivos Específicos.......................................................................................................4

 Contextualização da Pedogenise...........................................................................................4

2. Fundamentação teórica..............................................................................................................5

2.1. Pedogénise.........................................................................................................................5

2.2. Formação do Solo..................................................................................................................5

2.3. Conceito de Solos..............................................................................................................5

2.4. Meteorização......................................................................................................................5

2.5. Factores pedogenéticos......................................................................................................6

2.6. Factores que influenciam na formação do solo.................................................................6

3. Meteorização Fisica..................................................................................................................7

3.1. Mecanismos de meteorização física..................................................................................7

4. Meteorização Quimica..............................................................................................................8

4.1. Mecanismos de meteorização química..............................................................................8

5. Meteorização Biologica............................................................................................................9

Conclusão.......................................................................................................................................10

Referencias Bibliográficas..............................................................................................................11
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1. Introdução
A Terra como conhecemos hoje, nada mais é do que um conjunto de mudanças em todos esses
anos. O solo, parte superficial da crosta terrestre, é um exemplo dessas alterações que ocorreram
no Planeta até a sua formatação como se encontra agora.
Fruto da degradação das rochas e de material orgânico de origem vegetal ou animal, a formação
de origem do solo recebe o nome de Pedogênese.
A pedogênese está diretamente ligada à pedologoia, ciência responsável pelo estudo das pedras,
elementos esses que ao serem passados por processos de erosão dão origem aos diferentes tipos
de solo.
A formação dos solos acontece através de dois mecanismos, são eles: Intemperismos físicos e
intemperismos químicos. Em ambos os processos as rochas sofrem uma decomposição,
transformando-se em partículas cada vez menores. Os responsáveis por essas etapas de
modificação se diferenciam somente pelos agentes transformadores.
É importante entender a pedogênese, pois os solos têm um papel fundamental na vida humana.
Sendo por vezes, a forma de sustento de algumas pessoas, e mais do que isso, local de moradia
de diversos seres na Terra.
Esta pesquisa enquadra-se no âmbito avaliativo da cadeira de Geografia dos Solos o mesmo tem
como objectivo principal falar da pedogenise.

1.1. Objectivo Geral

Estudar a pedogénese (formação dos solos).

1.2. Objectivos Específicos


Contextualização da Pedogenise
Descrer o processo de meteorização física;
Descrever o processo de meteorização química;
Descrer o processo de meteorização biológica.
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2. Fundamentação teórica
2.1. Pedogénise
Pedogênese é o fenómeno que classifica o processo pelo qual o solo é formado a partir da
degradação e composição das rochas e da junção de materiais orgânicos de origem animal e
vegetal.
A origem do solo é estudada por meio da pedologia, ciência responsável pelo estudo das rochas.
Ao passar pelo processo de erosão, as rochas formam diferentes tipos de solo.

2.2. Formação do Solo


O solo é um sistema aberto entre os diversos geoecossistemas do nosso Planeta, que está
constantemente sob acção de fluxos de matéria e energia. Essa condição o torna um sistema
dinâmico, ou seja, o solo evolui, se desenvolve e se forma de maneira contínua no ambiente em
que está inserido.
A formação do solo é dada pela interacção de factores do ambiente ao longo do tempo, conforme
descrito por Jenny (1941):
S = f (m, r, o, c, v, t);
em que f = função; m = material de origem; r = relevo; o = organismos, v = vegetação; t =
tempo.
Este modelo é uma expressão qualitativa, ou semiquantitativa da formação do solo e continua
aceito até hoje, contribuindo para os actuais fundamentos da pedologia, que são expressos pela
interacção dos factores de formação do solo sob a actuação da dinâmica interna do sistema solo e
de processos pedogenéticos específicos para um determinado pedoambiente, resultando em solos
com propriedades e características próprias que exercem suas funções na paisagem em que se
inserem.
As feições morfológicas e as características do solo reflectem a actuação dos processos
pedogenéticos na sua formação.

Os processos pedogenéticos são estudados em duas vias: I) o modelo de processos múltiplos,


baseado em quatro processos básicos de formação do solo: adições, perdas, transformações e
translocações; II) o modelo de processos específicos, que considera as características dos
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diferentes tipos de solos, como resultado da actuação de mecanismos específicos na integração


dos factores de formação dos solos, como por exemplo: laterização, silicificação, ferralitização,
gleização, podzolização, salinização, etc.

A interpretação dos processos pedogenéticos permite entender o solo no seu ambiente de


ocorrência e a organização de sistemas de classificação de solos

2.3. Conceito de Solos


Solo, do latim solum, é um termo que se refere à superfície inferior de certas coisas. Pode-se
dizer que o solo é a superfície da Terra (a parte mais superficial da crosta terrestre) bem como o
local onde se plantam as sementes para as actividades agrícolas. Exemplos: “A seca afectou o
solo, que deixou de ser fértil”, “Preciso de alguns produtos químicos para o solo, pois pretendo
cultivar tomates e não quero que fiquem infestados com as pragas”, “Vou cobrir o solo com una
lona para o proteger do granizo”.

O solo ainda pode ser classificado em:

– Solo arenoso (um tipo de solo em que há grande quantidade de areia). Esse tipo de solo não
possui coesão, assim, os grãos que o formam podem ser separados uns dos outros. Outra
característica desse tipo de solo é que durante a seca ele não forma poeira;
Solo argiloso (também conhecido como “solo pesado” e que é caracterizado por ser um solo
macio e húmido e que possui mais de 30% de argila). Esse tipo de solo, quando entra em contato
com a água, pode ser moldado de maneira fácil, já que o espaço entre os grãos pequenos,
permitindo uma maior retenção da água;
E também o solo siltoso (que é um meio termo entre o solo arenoso e o argiloso, quando há
chuva esse solo forma um barro e quando o clima está quente ele forma um pó.

Há uma ciência que estuda a influência do solo na vida dos seres humanos, animais, e demais
seres vivos, ela é conhecida como “edafologia”.
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Também, existem um processo que é conhecido como Pedogênese, processo pelo qual um
determinado solo é formado (com um processo químico e físico actuando sobre um material
litológico para a formação desse solo).

2.4. Meteorização
Meteorização é o processo essencial para a formação dos solos, pois tem o poder de decompor e
desintegrar as rochas, bem como outros materiais expostos aos agentes externos (Bonna, 2009).
Meteorização – é conjunto de modificações de ordem física (desagregação) e química
(decomposição) que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da terra.
Bonna (2009), diz que nos estágios iniciais da formação dos solos, as características da massa
que se forma submetida ao intemperismo são quase que inteiramente as mesmas existentes no
material originário. Portanto, solos em estágios iniciais de formação são rasos e têm muito das
características litológicas herdadas da rocha matriz.

2.5. Factores pedogenéticos


A formação dos solos envolve quatro processos gerais de formação a saber:

Adição - que pode ser de matéria ou energia;

Remoção - cujo principal agente é a água, através da lixiviação, bem como os processos
erosivos;

Transporte - pode ser ascendente (ex.: realizado pela água sob efeitos da capilaridade7) ou
descendente (ex.: água sob efeitos da gravidade);

Transformação - reacções químicas que podem ocorrer tanto com os minerais primários,
gerando minerais secundários (quimicamente rearranjados), quanto com a matéria orgânica
gerando húmus (Resende et al, 2007).

2.6. Factores que influenciam na formação do solo


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Clima - é muito influente no desenvolvimento do perfil do solo, visto que a temperatura e a


humidade influenciam profundamente sobre a intensidade dos processos físicos e químicos,
portanto, determinando em grau extensivo a natureza do intemperismo.

Os organismos vivos - funcionam como factores activos, pois adicionam matéria (ex.: ácidos
orgânicos) e energia ao solo.

Material de origem - funciona como um factor controlador, em que a composição química e a


estrutura do material originário, além de influenciar características como textura, cor e
fertilidade, determinam a maior ou menor resistência do solo à erosão.

Topografia - funciona como factor controlador, podendo acelerar ou retardar o trabalho das
forças climáticas, em outras palavras, controla a taxa de intemperismo sobre a taxa de erosão.
Tempo - período real em que os materiais de origem tenham sido submetidos ao intemperismo e
aos agentes externos (Buckman & Brady, 1968).

3. Meteorização Fisica
As acções físicas são preponderantes. O material sofre ruptura devido à actuação de agentes de
meteorização mecânica de diversas origens. Os mecanismos mais importantes são: Fissuração e
Desagregação
A fragmentação de um bloco rochoso é acompanhada por um aumento significativo de superfície
exposta à acção dos agentes meteóricos. Podem, portanto, actuar em todo o globo embora com
actuações mais reduzidas do que a actividade química. Iniciam, por vezes, a meteorização de
uma dada rocha pois promovem a fragmentação, a qual abre canais que deixam penetrar a água e
o ar (agentes de meteorização química), facilitando a reacção com os minerais.

3.1. Mecanismos de meteorização física

Encunhamento de gelo – Crioclastia - Este processo de expansão alarga as descontinuidades


iniciais (poros, fissuras das rochas) e cria outras, permitindo a penetração de mais água, que por
sua vez vai gelar.
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É bastante importante em rochas permeáveis em regiões frias de alta montanha acima da zona
com vegetação, onde normalmente existem mudanças bruscas de temperatura em torno do ponto
de congelação.
Efeitos térmicos – termoclastia (insolação) - A alternância de aumentos e diminuições de
temperatura durante um ciclo diurno podem levar, respectivamente à contracção e expansão das
rochas, conduzindo à sua ruptura.
As modificações de temperatura verificam-se em vários aspectos:
 Existência de gradientes de temperatura entre a superfície e o interior da rocha;
 Diferentes coeficientes de expansão térmica dos minerais constituintes;
 Amplas variações de temperaturas diurnas.
Exfoliação - Resulta do alívio da pressão confinante a que estão sujeitas as rochas, devido à
remoção do material suprajacente.
Esta remoção pode ser natural (é o caso da erosão nas montanhas) ou artificial (é o caso das
grandes pedreiras a céu aberto).
A descompressão causada pela saída do material que estava por cima, provoca a expansão do
material e a formação de fracturas subparalelas à topografia.
Haloclastia – cristalização, crescimento e hidratação de sais em espaços confinados - Comum
em regiões quentes desérticas. Nas rochas porosas pode entrar água com sais dissolvidos.
Durante o dia, com o aumento da temperatura pode dar-se a evaporação da água com um
crescimento e cristalização dos sais contidos.
Humedecimento e secagem sucessivos – o processo inicia-se num momento de humedecimento
onde existem simultaneamente, uma camada de água ordenada à volta dos minerais e água
desordenada fora da acção das partículas.

4. Meteorização Quimica
A meteorização química, implica a destruição da estrutura interna dos minerais e a formação de
novas estruturas. Deste modo, a composição química da rocha é alterada, o que provoca
mudanças na sua aparência física. Em todo este processo, a água vai ser o agente principal, com
efeito, ela não só toma parte directa nas reacções químicas, como também funciona como meio
de transporte para os elementos químicos da atmosfera e favorece a remoção da zona alterada
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das rochas, expondo novas superfícies. Assim, o grau de meteorização química vai depender da
taxa de precipitação.

4.1. Mecanismos de meteorização química

Hidratação - Ocorre por atracção entre os dipolos das moléculas de água e as cargas eléctricas
não neutralizadas da superfície dos grãos.
Ex: Formação de minerais argilosos – estes incorporam parte da água (OH)- na sua estrutura.

Dissolução e Solubilização - Os materiais rochosos libertam vários elementos que não reagem
uns com os outros, mas passam directamente para a solução. É muito comum em calcários.

A composição da solução final é igual à Composição do mineral inicial. Se os calcários não


forem puros, vão ficar com muitos resíduos do tipo: minerais argilosos; quartzo; sílex; óxidos de
Fe. Estes são libertados e concentram-se nas fendas/cavidades do calcário, dando origem à Terra-
rossa.

Oxidação - É a reacção entre o oxigénio da atmosfera ou o dissolvido na água, com os minerais.


A nível dos elementos químicos importantes neste tipo de reacções, é de destacar o caso do ferro,
o qual aparece sob a forma de Fe2+ nos silicatos ferro-magnesianos e de Fe3+ quando alterado
em atmosferas oxidantes.

Hidrólise - Consiste na reacção química entre um mineral e a água, formando novos minerais –
minerais secundários – minerais argilosos. A hidrólise ocorre porque a água tem tendência a
dissociar-se: (H2O -----H++OH-). Os iões do mineral vão-se combinar com os iões H+ e OH- da
água. Para além disso, a água da chuva em contacto com o CO2 atmosférico forma ácido
carbónico, tornando as gotas levemente ácidas e, portanto, com maior tendência a dissociar os
minerais.
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5. Meteorização Biologica
A meteorização biológica é o processo de transformação das rochas a partir da acção de seres
vivos, como plantas, bactérias e animais. Nesse processo as raízes das árvores, as acções de
bactérias, a decomposição de organismos ou excrementos, entre outros causam a decomposição
das rochas.
A meteorização biológica é causada pelas bactérias, produzindo a decomposição biótica de
materiais orgânicos. Este tipo de mateorização produz os solos mais férteis do mundo.
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Conclusão
Terminada a pesquisa podemos concluir que Pedogênese é o fenômeno que classifica o processo
pelo qual o solo é formado a partir da degradação e composição das rochas e da junção de
materiais orgânicos de origem animal e vegetal.
A origem do solo é estudada por meio da pedologia, ciência responsável pelo estudo das rochas.
Ao passar pelo processo de erosão, as rochas formam diferentes tipos de solo. No mecanismos da
pedogenise Ao entrar em contacto com a atmosfera, as rochas sofrem alterações em sua
composição química e características físicas, em razão da ação do calor do sol, da água da chuva,
dos ventos e outras causas ambientais.
Em decorrência disso, a formação do solo ocorre através de dois principais mecanismos: o
intemperismo químico (decomposição) e o intemperismo físico (desagregação). Em ambos os
processos as rochas passam por uma alteração e transformam-se em pequenos fragmentos.
A decomposição desses elementos forma um material solto, que é o solo, servindo de habitat
natural para microrganismos, plantas e pequenos animais. Os responsáveis por essas etapas de
modificação diferenciam-se apenas em função dos agentes transformadores.
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Referencias Bibliográficas
BRADY, N. C (1979). Natureza e propriedade dos solos. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos.

BONNA,J.L. Levantamento de solos, relação classe de solos x erosão na bacia do córrego da


prata em santo António do Leite-MG. Trabalho de Conclusão de Curso II. Belo Horizonte. 2009.

BUCKMAN, H.O; BRADY, N. C. Natureza e propriedade dos solos. 2. ed. Rio de Janeiro; São
Paulo: 1968. 647p. Carvalho, A. M. G. (1996). Geologia - Morfogénese e Sedimentogénese;
Universidade Aberta; Lisboa.

MONIZ, A. C. (1975). Elementos de pedologia. Rio de Janeiro: LTC.

SSSA (1997). Glossary of Soil Science Terms 1996. Soil Sci. Soc. Am. Madison.

Mendes, A. & Rebelo, D. (2011). Trabalho prático na educação em Ciências. Cadernos. 1, 3-9.

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