FUTSAL PARA CEGOS A Importância Do Futsal Na Reabilitação Do Deficiente Visual

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FACULDADE UNIÃO DE GOYAZES

CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA

FUTSAL PARA CEGOS: a importância do futsal na reabilitação do


deficiente visual

Fábio Silva Cunha


Lorram Manuel Oliveira Gonçalves e Silva
Tiago Barros de Jesus

ORIENTADOR: Prof. Me. Ali Kalil Ghamoum.

Trindade - GO
2015
FACULDADE UNIÃO DE GOYAZES
CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA

FUTSAL PARA CEGOS: a importância do futsal na reabilitação do


deficiente visual

Fábio Silva Cunha


Lorram Manuel Oliveira Gonçalves e Silva
Tiago Barros de Jesus

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Faculdade União de
Goyazes como requisito parcial à
obtenção do título de Bacharel em
Educação Física.

Orientador: Prof. Me. Ali Kalil Ghamoum

Trindade - GO
2015
Fábio Silva Cunha
Lorram Manuel Oliveira Gonçalves e Silva
Tiago Barros de Jesus

FUTSAL PARA CEGOS: a importância do futsal na reabilitação do


deficiente visual

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora
durante Seminário de Apresentação
do Trabalho de Conclusão de Curso
como requisito parcial para obtenção
do grau de bacharel em Educação
Física, aprovada pela seguinte
banca examinadora:

________________________________________________
Prof. Me. Ali Kalil Ghamoum
Faculdade União de Goyazes

________________________________________________
Prof. Esp. Divino Eterno Bruno Alves
Escola Est. Dom Prudêncio

________________________________________________
Prof.ª Esp. Aneci Neves da Silva Delfino
Faculdade União de Goyazes

Trindade - GO
10/12/15
4

FUTSAL PARA CEGOS: a importância do futsal na reabilitação do


deficiente visual

Fábio Silva Cunha1


Lorram Manuel Oliveira Gonçalves e Silva1
Tiago Barros de Jesus1
Ali Kalil Ghamoum2

RESUMO

O futsal é o esporte que tem sua prática ligada ao futebol de campo, o esporte
mais popular do Brasil. A prática do futebol por pessoas com deficiências
visuais e cegas teve sua origem em meados da década de 1920 na Espanha,
nas escolas e instituições especializadas ao atendimento desse público, como
forma de recreação dos alunos. Este trabalho tem como principal objetivo
compreender o futsal de cegos com sua história, e como o esporte ajuda na
reabilitação do deficiente visual. O método utilizado nesta pesquisa foi o
levantamento bibliográfico com artigos selecionados que variam de 1995 até o
ano de 2007, tendo como base autores conhecidos pela literatura acadêmica e
com influência no esporte. Constatou se que o futsal na reabilitação de
deficiente visual apresenta melhoras nos aspectos físicos e motor, melhora a
condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a
coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor.

PALAVRAS-CHAVE: Futsal de cegos. Cegos. Deficiência.

FUTSAL FOR THE BLIND: the importance of futsal in the rehabilitation of


the visually impaired

ABSTRACT

The indoor soccer is the Sport that hás his practice linked to soccer Field, the most
popular Sport in brazil. The soccer practive by visually impaired and blind people had
its origin in the midde of the decade of 1920 in spain,at schools and specialized
agencies in this public service , as formo of secreation students. This paper amis
understan fustsal blind and its history and how the Sport helps in the rehabilitation of
the visually impaired. The method used in this survey was the literutine with selected
articles vary from 1995 until 2007, based on known anthores by literatude with some
influence in Sport. Found that futsal in the rehabilitation of the visually impaired shows
improvemnt in the physical and motor aspects , improves cardiovascular condition of
the pratitioners ,improves strength, the agility, motor coordination, balance and motor
repertoire.

KEY-WORDS: Futsal blind, Blind, Rehabilitation


1 Acadêmicos do curso de Educação Física da Faculdade União de Goyazes.
2 Orientador: Prof. Me. Ali Kalil Ghamoum, Faculdade União de Goyazes.
5

INTRODUÇÃO

O futsal é um esporte que tem suas características muito próximas ao


futebol de campo, sendo este considerado hoje o esporte mais popular do
Brasil. A história do futsal remonta o ano de 1934 o qual foi criado em
Montevidéu pelo professor de educação física Juan Carlos Ceriani que “buscou
uma alternativa que captasse menos atletas e pudesse ser praticado em um
espaço menor, já que para a prática do futebol de campo oficial há a
necessidade de campo com grandes dimensões” (CORREIA, LIMA JUNIOR,
MENDES, 2013).
O futsal teve a sua popularização por todo o Brasil no ano de 1950 com
a elaboração das regras e o surgimento de federações e confederações. Como
em outros esportes o futsal fundamenta-se em ações táticas de ataque e
defesa com movimentações e ações das duas equipes e tendo como objetivo
”realizar o maior número de gols contra a equipe adversária e impedir que a
mesma marque gols contra o seu time” (CORREIA, LIMA JUNIOR, MENDES,
2013).
Segundo dados do IBGE (2010), no Brasil, o futsal ocupa o 1º lugar
entre os esportes mais praticados por todas as classes sociais não apenas por
não necessitar de muito espaço e quantidade de atletas como no futebol mas
também pela maneira simples com que é jogado e por não exigir de seus
praticantes nenhum material sofisticado, somente a bola, jogadores e as traves.

O futsal atrai desde crianças até idosos e sua prática tem início cada
vez mais cedo. Ele ocupa o primeiro lugar entre os esportes mais
praticados no Brasil em todas as classes sociais, inclusive, pessoas
com deficiência visual. (CORREIA, LIMA JUNIOR, MENDES, 2013).

A prática do futebol por pessoas com deficiências visuais e cegas teve


sua origem em meados da década de 1920, na Espanha, em escolas e
instituições especializadas ao atendimento desse público como forma de
recreação dos alunos (IBSA, 2006). Dentro do futsal para deficientes visuais,
temos toda uma equipe e planejamento para suprir várias necessidades
exigidas pelo esporte durante sua pratica, inclusive de um professor (apoiador)
6

específico para ajudar e contribuir para uma melhor qualidade de ensino e até
mesmo uma melhora significante na reabilitação do deficiente visual através do
esporte.
O futebol de cinco serve justamente como um campo de estimulação, de
forma que o aluno possa adquirir mais autoconfiança, através do conhecimento
de seu próprio corpo. É o que afirma Cutsforth (1969), citado por Junior e
Santos (2001), que para a criança que possui visão normal se desenvolver, ela
precisa de um campo de estimulação cada vez maior. Já a criança deficiente
visual deve buscar esse campo de estimulação no seu próprio corpo, esse é o
motivo pelo qual as crianças praticam o esporte em busca de uma melhor
reabilitação.
Nos aspectos físico e motor, o esporte melhora a condição
cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a coordenação
motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, o esporte
proporciona a oportunidade de sociabilização com pessoas portadoras e não
portadoras de deficiências, torna o indivíduo mais independente para a
realização de suas atividades diárias e faz com que a sociedade conheça
melhor as potencialidades dessas pessoas especiais. (SOUZA, 2011)
Assim, com relação às informações adquiridas, com diversos autores,
este trabalho tem como principal objetivo compreender o futsal de cegos com
sua história e como o esporte ajuda na reabilitação do deficiente visual.

HISTÓRIA DO FUTSAL

O futsal é um dos esportes mais praticados em todo o mundo. Todos os


dias, observamos nas ruas adolescentes jogando pelas quadras da cidade,
adultos levarem os filhos para assistirem os pais jogarem uma partida com os
colegas de serviço, ou comentando nos bares sobre as jogadas fantásticas dos
atletas consagrados, campeonatos escolares levando vários jovens às
quadras, onde também são realizados campeonatos estaduais, brasileiros e
mundiais de futsal. (CORREIA, LIMA JUNIOR, MENDES, 2013).
7

A história do esporte criado em Montevidéu no ano de 1934, mostra que


o professor de educação física Juan Carlos Ceriani buscou uma alternativa que
captasse menos atletas e pudesse ser praticado em um espaço menor, já que
para a prática do futebol de campo oficial há a necessidade de campo com
grandes dimensões. O nome inicial do futsal, dado pelo professor foi de Indoor-
Foot-Ball (VIEIRA & FREITAS, 2007).
O presidente da confederação brasileira de futebol, Álvaro Melo Filho,
iniciou em setembro de 1988 um movimento com o presidente da FIFA
(Federation Internationale de Football Association) João Havelange e o
secretário geral Joseph Blater, o presidente daquele ano, para que assim, a
entidade número um do futebol mundial “encampasse” a FIFUSA (Federação
Internacional de Futebol de Salão) e passasse a comandar o futsal em âmbito
mundial. Foram realizados até 2015 dez campeonatos mundiais e o Brasil se
consagrou campeão em sete edições (CORREIA, LIMA JUNIOR, MENDES,
2013).
Assim, o futsal começou a desenvolver-se recebendo novas entidades,
tnovos campeonatos foram criados, e as regras foram modificadas com o
passar do tempo. Já no ano de 2007 a modalidade futsal foi incluída nos jogos
Pan Americano realizado no Rio de Janeiro (CORREIA, LIMA JUNIOR,
MENDES, 2013).
Com o passar do tempo, o futsal passou a ser conhecido e praticado
mundialmente por vários indivíduos, não só na prática, mas também em suas
estruturas organizacionais como técnicos, preparadores físicos, dirigentes,
dentre outros, também praticado em entidades de amparo aos deficientes, em
específico o cego.

FUTSAL PARA CEGOS

Existem relatos que no Brasil, na década de 50, cego jogavam futebol


com latas ou garrafas, mais tarde com bolas envolvidas em sacolas plásticas
nas instituições de ensino e de apoio a estes indivíduos, como o Instituto
Benjamin Constant, no Rio de Janeiro; Instituto Padre Chico, em São Paulo e
8

Instituto São Rafael, em Belo Horizonte. Em 1978, nas Olimpíadas das APAEs,
em Natal, aconteceu o primeiro campeonato de futebol com jogadores
deficientes visuais no Brasil. A primeira Copa Brasil foi em 1984,na capital
paulista. Contudo, o IPC (Comitê Paraolímpico Internacional) reconhece como
primeiro campeonato entre clubes o acontecido na Espanha, em 1986.
(FONTES, 2006)
No Brasil existem relatos da prática do futebol desde a década de 1950 t
em escolas e instituições especializadas. Segundo Fontes (2006), as primeiras
instituições a praticar o futebol para cegos foram a Instituição Santa Luzia, em
Porto Alegre; Instituição Padre Chico, em São Paulo; e a Instituição Benjamim
Constant, no Rio de Janeiro.
O futebol para cegos atualmente tem as regras baseadas no futsal, com
algumas alterações. A International Blind Sports Federation (IBSA), que foi
criada em 1981, na Espanha, gerencia a modalidade e todas as outras
modalidades esportivas para cegos em nível mundial e a Confederação
Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC) gerencia em nível nacional.
Em alguns casos, as crianças com deficiência visual e cega começaram
a praticar a modalidade em ambientes informais pela convivência com outras
crianças que não possuíam esta deficiência (ITANI, 2004).
O primeiro campeonato brasileiro de futebol para cegos foi disputado em
1986, mesmo ano do primeiro campeonato espanhol. Foi organizado pela
Associação Brasileira de Desportos para Cegos (ABDC), atual CBDC (CBDC,
2006). Antes disso, aconteceram alguns campeonatos organizados pela antiga
Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE) e pela Associação
de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Nas Olimpíadas das APAEs a
modalidade futebol para cegos era disputado por instituições convidadas
(FONTES, 2006; ITANI, 2004). Em 1994, a IBSA deu origem ao subcomitê de
futebol para cegos, fato importantíssimo para a regulamentação da
modalidade, já que cada país propunha as suas próprias regras. Isso permitiu a
disputa de campeonatos internacionais, apesar de os países já terem disputado
um torneio internacional na Espanha antes dessa unificação em 1988
(FONTES, 2006).
9

O primeiro campeonato mundial foi organizado aqui no Brasil, em


Paulínia-SP em 1998. O Brasil foi bicampeão mundial (1998 e 2000) nas quatro
vezes em que o título foi disputado. O Brasil venceu em 1998 (Brasil) e em
2000 (Espanha). É também campeão paraolímpico, título conquistado nas
Paraolimpíadas de Atenas em 2004, quando a modalidade foi disputada pela
primeira vez (CBDC, 2006). A Argentina venceu os outros dois campeonatos:
2002, no Brasil e 2006 na Argentina (IBSA, 2006).
No Brasil existem competições nacionais e regionais organizadas pela
CBDC. As equipes são formadas por associações ou entidades que atendem
pessoas com deficiência visual e cega. Os regionais respondem às divisões
geográficas do nosso país com algumas adaptações em virtude da variação do
número de equipes participantes em cada região. O campeonato nacional tem
as seguintes divisões: A (primeira divisão) e B (segunda divisão) (CBDC,
2006).
Existem competições ou outros eventos, também informais, realizados
pelas federações estaduais, instituições especializadas, secretarias de esporte
das prefeituras e outros órgãos públicos e privados.
O peso dessa influência pode ser demonstrado pela busca das próprias
pessoas com a cegueira por adaptações ao jogo de futebol, antes mesmo da
regulamentação da modalidade. Eles colocavam tampa de garrafa na parte
externa de uma bola ou a revestiam com saco plástico; jogavam com latas ou
com suas tampas; colocavam pedras dentro de garrafas de plástico;
inventavam “bolas” que produzissem som quando estava em deslocamento
(FONTES, 2006; ITANI, 2004; MATARUNA et al., 2005).
A vontade de jogar futebol serviu de motivação para a fundação de
entidades e associações para o atendimento de pessoas com a cegueira, não
somente em relação ao esporte, mas também ao atendimento em outros
âmbitos (ITANI, 2004).
De acordo com Souza (2002), a criação do gol a gol pelos alunos do
Instituto Benjamim Constant, no Rio de Janeiro, que era um jogo no qual não
tinha número certo de pessoas para jogar, era praticado nos intervalos das
aulas, com a utilização de bolas envoltas com saco plástico no espaço
demarcado pelas pilastras e teto do pátio da instituição. Cada equipe tentava
10

marcar gol na meta adversária respeitando um aviso verbal do oponente para a


autorização do chute.
Por mais que as pessoas cegas se incluam numa cultura que preconiza
tanto o sentido visual (e que, por isso, pode ser considerado o maior difusor do
patrimônio existente entre os sentidos utilizados normalmente), elas percebem
e participam do mundo que as rodeia de maneira específica, diferente da
maneira vivenciada pelas pessoas que possuem o sentido visual integralmente
e, portanto, não deixam de ser influenciada pelos fenômenos existentes e
relevantes para as culturas dos quais fazem parte (SACKS, 1995).
Sabe-se que metade do córtex cerebral é dedicado à visão (SACKS,
1995) e 80% dos receptores dos sentidos do corpo humano estão localizados
nos olhos (ACKERMAN, 1996). Sendo assim, são as particulares percepções
sobre um mesmo fenômeno que criam as diferentes formas de lidar com ele.
Nesse sentido, apesar da especificidade do futebol para cegos e de suas
diferenças em relação ao futebol ou ao futsal, ele é expressão desse fenômeno
nas possibilidades das pessoas com deficiência visual. É, portanto ao mesmo
tempo, uma nova modalidade, sem deixar de ser futebol (MATARUNA et. al.
2005).

CARACTERÍSTICAS DA CEGUEIRA

Uma das características da cegueira é a visão que o cego tem do


mundo. É de uma riqueza única, incomparável e deve passar a ser vista como
uma apreensão integral da realidade, não uma carência de visão, não uma
castração de um órgão, mas sim a existência suficiente de um ser humano
completo que incorpora todos os aspectos de moral a ser humano (MONTE
ALEGRE, 2003, p.12)
A cegueira é uma deficiência visual, vem como uma limitação de uma das
formas de apreensão de informações do mundo externo. Trata-se da perda
total ou parcial da visão, visão reduzida ou ainda o daltonismo que é uma
espécie de cegueira. Isto pode ser causado por inúmeros fatores, tais
como traumas oculares ou patologias oftalmológicas que se agravem por falta
de tratamento adequado ou gravidade da doença ocular. A cegueira pode ser
congênita ou adquirida ao longo da vida do indivíduo. Além da cegueira
11

encontramos em diversos indivíduos a baixa visão. (THOMAS J. CARROLL,


2002).
Embora haja quem acredite ser o termo “cego” preconceituoso ou
pejorativo, não compartilhamos dessa premissa. Utilizamos a palavra por seu
caráter descritivo: cego é aquele que é privado de visão, segundo o dicionário
Houaiss e é dessa realidade que estamos tratando. Não há preconceito na
utilização do termo cego. O preconceito está em pressupor que o cego é um
sujeito menos capaz. (THOMAS J. CARROLL, 2002).

DEFICIÊNCIA VISUAL

Certamente a visão é o sentido mais importante que possuímos, pois


permite nos orientarmos por todo e qualquer lugar em qualquer ambiente em
que estivermos. Segundo GIL (2000, p. 7), a visão é o canal mais importante
de relacionamento do indivíduo com o mundo exterior, bem como a audição
que também é outro sentido importante, pois ele capta os registros próximos ou
distantes e permite organizar as informações trazidas pelos órgãos dos
sentidos.

Classificação dos deficientes visuais

A visão abrange um amplo espectro de possibilidades, desde a visão


perfeita até a cegueira total, para tanto, podemos classificar as pessoas com
deficiência visual em dois grupos, cegueira e visão subnormal.

De acordo com GIL (2000, p.6):

Chama-se visão subnormal (ou baixa visão, como


preferem alguns especialistas) a alteração da capacidade
funcional decorrente de fatores como rebaixamento
significativo da acuidade visual, redução importante do
campo visual e da sensibilidade aos contrastes e
limitações de outras capacidades. Uma definição simples
de visão subnormal é a incapacidade de enxergar com
clareza suficiente para contar os dedos da mão a uma
distância de 3 metros, à luz do dia; em outras palavras,
trata-se de uma pessoa que conserva resíduos de visão.
12

Ainda de acordo com Gil (2000), a visão subnormal é uma redução da


visão e da sensibilidade a qual dificulta a capacidade do indivíduo de enxergar
com clareza, podendo chegar, inclusive, na cegueira total. Assim, ele terá
dificuldades em realizar suas tarefas diárias, atividades físicas e até mesmo o
esporte, como o futsal de cegos.

REGRAS DE FUTSAL DE CEGOS

A quadra de jogo3

A quadra e suas características estão determinadas na figura a seguir:


Largura: máximo 22 metros mínimo 18 metros

Fig. p.1 – A quadra. Fotos: Márcio P. Morato.

A quadra de jogo deve ser sempre descoberta para melhor acústica dos
jogadores. Em situações climatológicas fora de controle do comitê organizador,
(chuvas persistentes, ventos fortes e outros) deve se contar, em segundas
instâncias, com uma quadra de jogo coberta com umas características
similares, a qual também poderá ser de madeira, borracha sintética ou similar,
com o objetivo de assegurar a continuação da competição.

3Todas as informações sobre as regras do futsal para cegos foram retiradas da revista URECCE, disponível em: <
http://urece.org.br/site/esportes/futebol-para-cegos/regras-do-futebol-para-cegos/>.
13

Essa segunda opção de quadra deve ser vistoriada e aprovada pelo


delegado técnico da IBSA e o comitê organizador antes do início da
competição. O delegado técnico da IBSA e o comitê organizador se certificarão
que a iluminação artificial da quadra seja adequada para a disputa de partidas
noturnas.

Dimensões

A quadra deve ser retangular e seu comprimento deve ser sempre


maior que a sua largura.

Partidas Internacionais

Comprimento: 42 metros (máxima) 38 metros (mínima)


Largura: 22 metros (máxima) 18 metros (mínima)

Marcação

A quadra deve ser marcada com linhas. Tais linhas pertencem às áreas
que elas demarcam.
As duas linhas laterais de jogo são chamadas de bandas laterais e
marcadas com bandes ao longo de toda sua extensão e um metro além de
ambas as linhas de meta nos dois lados da quadra. As bandas devem ter entre
um metro e um metro e vinte de altura e devem ter uma angulação máxima de
10° para fora da quadra.
As duas linhas mais curtas recebem o nome de linhas de meta.
Todas as linhas devem ter oito centímetros de largura. A superfície esta
dividida em duas metades por uma linha média denominada linha do meio de
campo.
O centro da superfície deve estar indicado por um ponto situado no
centro da linha do meio de campo, ao redor da qual se traça um círculo com
um raio de três metros.
14

Marcação das áreas de orientação

Nas bandas laterais, a de dez metros aproximadamente das linhas de


meta, são marcadas na parte superior, linhas de oito centímetros de largura, de
forma que a quadra fique em três áreas de orientação.

Área Penal

A área penal, situada em ambos extremos da quadra será demarcada da


seguinte forma:
São traçadas duas linhas imaginárias de seis metros de comprimento,
desde o exterior de cada trave e perpendiculares à linha de meta; ao final
dessas linhas será traçado um quadro de círculo em direção à banda lateral
mais próxima que terá, cada um, um raio de seis metros a partir da parte
exterior da trave. A parte superior de cada quarto de círculo se unirá mediante
a uma linha de 3,16 metros de comprimento, paralela à linha de meta entre as
traves.

Área do Goleiro

São traçadas duas linhas imaginárias de 1 m de comprimento, desde o


exterior de cada trave e paralela à linha de meta, estas linhas estarão unidas
com duas linhas paralelas de 2 m de comprimento até o interior da quadra de
jogo e unida a esta estará uma linha reta de 5,16 m de comprimento e paralela
à linha de meta.

Fig. p.4 – A área do goleiro. Fotos: Márcio P. Morato


15

Marca do Pênalti

É desenhada uma marca a 6 m de distância do ponto médio da linha


entre as traves e equidistantes destas.

Marca do duplo pênalti

É desenhada uma segunda marca a 8 m de distância do ponto médio da


linha entre as traves e equidistantes destas.

Área do chamador

Atrás do gol tem uma área livre de obstáculos para o deslocamento dos
chamadores.

Marca do tiro de canto

Na junção da banda lateral com a linha de meta em direção ao gol tem a


marcação de uma linha de 8 cm de largura e 20 cm de comprimento, saindo da
linha de meta ao exterior da quadra de jogo.

Área de substituição

As substituições serão realizadas por uma porta central situada em


frente à mesa do cronometrista ou pela linha de meta de seu gol, no caso de
não existir a porta central.

A Bola

Fig. p.3 – A bola oficial. Fotos: Márcio P. Morato


16

Propriedades e medidas da bola:

• Deve ser esférica;


• deve ser de couro ou outro material adequado;
• tem circunferência mínima de 60 cm e máxima de 62 cm;
• tem um peso superior a 510 g e inferior a 540 g no início da partida;
• tem uma pressão equivalente a 0,4 – 0,6 atmosferas (400 – 600 g/cm2) ao
nível do mar;
• sistema de som deve ser interno para permitir uma trajetória regular da bola
de maneira que quando este gire sobre si mesmo ou em forma centrífuga,
mantenha o som e a segurança dos jogadores.

O número de jogadores

A partida deve ser disputada por duas equipes formadas por no máximo 5
jogadores cada uma (4 serão cegos totais (B-1) e 1 goleiro que pode ser
vidente ou deficiente visual (B-2 ou B-3)), que também atuará como um guia
(ver anexo II).
A inscrição de cada equipe deve estar composta por 13 representantes com as
seguintes funções: 8 jogadores (B1), 2 goleiros, 1 técnico, 1 assistente técnico,
1 médico ou fisioterapeuta.

A DURAÇÃO DA PARTIDA

Tempo de jogo

A partida é de dois tempos iguais de 25 minutos cada um. A cronometragem é


feita por um cronometrista, cujas funções estão especificadas na regra 7. A
duração de cada período deve se prolongar para permitir a execução de um
pênalti ou duplo pênalti.
17

A autoridade do arbitro

Cada partida é controlada por um árbitro, o qual tem a autoridade total para
cumprir as regras do jogo naquela partida em que foi nomeado, desde o
momento em que ele entra no recinto onde se encontra a quadra até o
momento em que o abandona.

O início e o reinício do jogo

 É lançada uma moeda e a equipe que ganhar o sorteio decide em


qual direção atacar durante o primeiro tempo da partida.
 A outra equipe efetua o tiro de saída para iniciar a partida.
 A equipe vencedora do sorteio executa o chute de saída para
iniciar o segundo tempo.
 No segundo tempo da partida, as equipes trocam de lado e
atacam em direção oposta.
 Os reservas e oficiais das equipes se situam do lado da quadra
onde sua equipe atua como defensora.

A bola em jogo ou fora de jogo

A bola fora de jogo

A bola estará fora do jogo se:


• ultrapassar completamente por uma linha de meta, tanto pelo ar ou pelo solo,
ou ainda por uma das bandas laterais, pelo ar;
• jogo foi parado pelo árbitro;
• tocar ou encostar o teto.

A bola em jogo

A bola estará em jogo em todos os outros momentos, inclusive se:


• rebater nas traves ou travessão e se manter dentro da quadra;
18

• rebater nos árbitros enquanto estes estiverem dentro de quadra;


• rebater nas bandas laterais e permanecer na quadra.

Forma de pontuação gol marcado

Um gol é marcado caso a bola ultrapasse totalmente a linha de meta entre as


traves e por baixo do travessão, sem que tenha sido levada, lançada ou
golpeada intencionalmente com a mão ou braço por qualquer jogador da
equipe atacante, incluindo o goleiro, e sempre que a equipe marcadora do gol
não tenha contrariado previamente as regras do jogo.

Equipe vencedora

A equipe que marcou o maior número de gols durante a partida é a equipe


vencedora. Se ambas equipes marcarem o mesmo número de gols ou não
marcarem nenhum, a partida terminará empatada.

Função dos chamadores

A função dos chamadores deve ser exercida de forma discreta e responsável,


sem chegar a prejudicar a atuação dos jogadores.

Técnico

Este fica situado no banco de reservas de sua equipe. Dessa localização pode
orientar seus jogadores. O setor destinado e conveniente para esta função será
o terço médio da quadra.
Chamador

Este fica situado atrás do gol da equipe rival com o objetivo de orientar os
jogadores atacantes. O setor destinado e conveniente para esta função é o
ultimo terço da quadra de ataque de sua equipe. Ele não entrará na quadra de
jogo para desempenhar sua função e em nenhum caso estará autorizado a
19

dirigir-se aos árbitros para protestar suas decisões. Podem bater de forma
audível as traves antes da cobrança de algum lançamento com bola parada.

Goleiro

Guia a sua equipe no primeiro terço da quadra correspondente a sua defesa.


Pode, a critério dos árbitros, quando a bola estiver parada, guiar e localizar
seus companheiros na cobrança dos tiros livres, pênaltis e duplo pênalti, assim
como também localizar a barreira e colocar seus jogadores em caso de
lançamentos contra a sua área de gol, porém não pode fazer além do seu terço
defensivo.

Os tiros livres

Tipos de tiros livres

Os tiros livres podem ser diretos ou indiretos.

Tanto para os tiros livres diretos ou indiretos, a bola deve estar imóvel e o
cobrador não pode voltar a tocar a bola antes que ela tenha sido tocada por
outro jogador.
O tiro livre direto: é concedido o gol se a bola introduzir diretamente ao gol.
O tiro livre indireto: é concedido o gol se a bola tocar em outro jogador antes de
entrar ao gol.

Voy

Ao contrário do que se imagina, a modalidade tem muitas jogadas plásticas,


com jogadas de efeito inclusive. Muitos toques e chutes a gol. Os jogadores
são obrigados a falar a palavra espanhola Voy (vou em português), sempre que
se deslocarem em direção a bola, na tentativa de se evitar choques. Quando o
juiz não ouvir, ele marca falta contra a equipe cujo jogador não disse o Voy.

Divisões dos atletas do futebol de 5


20

Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B
(blind, cego em inglês).

 B1 – Cego total: de nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos


até a percepção de luz, mas com incapacidade de reconhecer o formato
de uma mão a qualquer distância ou direção.
 B2 – Jogadores já têm a percepção de vultos: capacidade em
reconhecer a forma de uma mão até a acuidade visual de 2/60 e/ou
campo visual inferior a 5 graus.
 B3 – Os jogadores já conseguem definir imagens: acuidade visual de
2/60 a acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e
menos de 20 graus.

A IMPORTÂNCIA DO FUTSAL NA REABILITAÇÃO DO DEFICIENTE


VISUAL

Antes de se iniciar um trabalho em longo prazo com o deficiente visual


dentro do futsal para cegos, devemos levar em conta algumas características
que esse aluno possui como consequência de sua limitação, entre elas estão
os problemas posturais, marcha, coordenação motora, socialização, dentre
outras limitações. Apesar de todas essas dificuldades, o que tem maior
relevância na dificuldade de desenvolvimento motor da criança deficiente visual
é a restrição das oportunidades (FILHO et al, 2006).
De acordo com WINNICK, (2004), essa dificuldade de socialização vem
dos próprios pais, professores ou pessoas até mesmo distantes que causam
uma superproteção exagerada, isso faz com que a criança cresça dependente
e desconfiada de seu próprio potencial.
Para Diehl (2006), as crianças deficientes visuais, recebem pouco
estímulo e uma educação de um modo geral não muito boa, por isso,
apresenta um déficit na parte motora, cognitiva e social afetiva comparado às
pessoas que não possuem essa deficiência.
Segundo Cutsforth (1969), citado por Junior e Santos (2007), o futsal
para cegos entra como fator importantíssimo no campo de estimulação do
deficiente visual, através dele, os praticantes pouco a pouco vão compensando
as necessidades através do ganho de confiança e até mesmo obtendo um
21

maior conhecimento do próprio corpo isso traz uma reabilitação considerável se


comparada à criança que não pratica nenhum esporte. Assim ela começa a
descobrir seu ambiente, descobrindo em si mesmo o que as outras crianças de
visão normal encontram no ambiente: a motivação e o estímulo para realizar
qualquer tipo de ação.

COMO O ESPORTE AJUDA NA REABILITAÇÃO DO PORTADOR DE


DEFICIÊNCIA

O esporte ajuda nesta reabilitação em diversos aspectos, tais como:


físico e motor, auxilia na condição cardiovascular, obtém-se ganho de força,
agilidade, coordenação motora, equilíbrio e repertório motor. Levando em conta
o aspecto social, o praticante ganha uma oportunidade de sociabilização muito
ampla, traz uma maior independência e traz uma nova visão da sociedade para
com os deficientes. No aspecto psicológico, o esporte auxilia na autoestima e
na autoconfiança, fazendo com que os deficientes sintam-se mais seguros
para buscarem seus objetivos (CUTSFORTH, 1969).
Dentro do futebol de cinco, deve haver uma atenção especial quando se
fizer um trabalho de orientação e mobilidade, pois a locomoção é uma das
maiores dificuldades do deficiente visual. Orientação essa ao uso dos sentidos
remanescentes para estabelecer a posição do corpo relacionando-o de uma
maneira simples ao ambiente e seus objetos. A mobilidade está ligada a
resposta através do movimento a estímulos internos e externos. (JUNIOR e
SANTOS, 2007).
Distúrbios de ordem motor, perceptivos um aspecto comportamentais
que se referem a movimentos inquietos, movimentos limitados, movimentos
retardados, rígidos e sem energia, falta de equilíbrio, distúrbios de
concentração. Os movimentos perceptivos referem-se à falta de orientação
espaço-temporal no esquema corporal, falta de percepção de formas e
estruturas e comportamentais como medo agressividade, indiferença e grande
necessidade de contato físico (JUNIOR e SANTOS, 2007).
22

Com isso temos conclusão de alta recuperação de toda a parte física


motora e toda parte psicológica, essencial na medida em que o esporte esta na
vida do deficiente visual.

MATERIAIS E MÉTODOS

A pesquisa científica é o resultado de uma metodologia na qual se


adquire conhecimento. Cada trabalho científico obtém um elo de conhecimento,
o qual forma uma rede de resultados sobre um determinado assunto. Portanto,
o método utilizado nesta pesquisa foi o levantamento bibliográfico, desde então
foi extraído o máximo de informações fundamentadas na história do futsal, na
cegueira e, principalmente, em como o futsal para cegos ajuda na reabilitação
de quem o pratica.
A pesquisa bibliográfica é uma etapa fundamental em todo trabalho
científico e influencia em todas as etapas na medida em que a fundamentação
teórica é capaz de dar a sustentabilidade em todo o trabalho.
Consistem também no levantamento, seleção, fichamento e
arquivamento de informações relacionadas à pesquisa (AMARAL, 2007). Para
Lakatos e Marconi (1987,p.66) a pesquisa bibliográfica trata-se do
levantamento e da documentação de toda bibliografia já publicada sobre o
assunto que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins,
monografias, teses, dissertações e material cartográfico com o objetivo de
colocar o pesquisador em contato direto com todo o material já escrito sobre o
mesmo. Diante de diversos artigos publicados, desde os mais antigos aos mais
novos elaboramos este trabalho com base em publicações comprovadas. Os
mais antigos artigos selecionados variam do ano de 1995 até o ano de 2007,
tendo como base autores conhecidos pela literatura com influência no esporte.
De acordo com os estudos publicados por estes autores, demos ênfase, em
palavras-chaves como: futsal, futsal para cegos e reabilitação.
Assim, foi realizado um estudo de caráter bibliográfico, sendo este,
elaborado através de informações coletadas a partir de diversos artigos
23

publicados em revistas científicas que nos mostram detalhadamente as


especificações e as vantagens que o deficiente obtém no futsal para cegos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O futsal é um poderoso fator para o desenvolvimento humano, pois ele


contribui no aspecto decisivo, para ter a formação física e intelectual de vários
indivíduos (WIPERT, 2005) como respeito ao próximo, individualidade,
cooperação, trabalho em grupo, disciplina, liderança, proporcionando uma boa
formação aos indivíduos envolvidos no processo.
Na área do esporte há varias modalidades que contribuem para facilita
a inclusão de novos praticantes. Mas nenhum desses esportes supera o
futebol. Ele atrai olhares, despertar sonhos entre aquelas quatro linhas, chama
atenção das comunidades para desfrutar do prazer de jogar futebol. (CRUZ,
2003) O futsal quando incentivado, seja em periferias ou centros urbanos faz
com que os seus praticantes se sintam valorizados em relação ao local em que
vivem, dando-lhes o sentimento de pertencerem a uma sociedade
integrada. Essa preocupação com o processo de inclusão social é uma
crescente na sociedade moderna, a reintegração social através do esporte,
principalmente o futebol, que é uma modalidade que possui uma linguagem
universal.
Na sociedade moderna, na qual recebemos estímulos visuais em todo
momento, o indivíduo com deficiência visual além de estar em desvantagem,
também passa por muitas dificuldades em vários aspectos como: social, motor
e emocional. A inclusão e o esporte tem seu papel fundamental na reabilitação
do cego. Através de prática do esporte, o cego terá auto estima para que ele
dedicar-se ser bom e ter sucesso na vida, terá seus sentidos e suas valências
melhorando tanto quanto quem enxerga, fazendo ele sentir o espírito de
socialização e interação com todos. (CORREIA, LIMA JUNIOR, MENDES,
2013).
Os estudos mostram que o trabalho de futsal com deficiente visual traz
bons benefícios. De várias formas. Nos aspectos físico e motor, melhora a
24

condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade, a


coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor desse deficiente visual.
Melhora e desenvolve a autoestima e a autovalorização, tem grande
influencia na independência e na socialização com outros grupos. (CORREIA,
LIMA JUNIOR, MENDES, 2013).
De acordo com SOUZA, (1994), o futsal para cegos produz ganhos de
força e resistência muscular de uma maneira geral, além de melhorar a
velocidade, o equilíbrio estático e dinâmico, prevenção de outras deficiências,
desenvolve habilidades motoras e funcionais, o que traz um auxilio no dia a dia
e consequentemente isso provoca uma reabilitação no individuo praticante, de
um modo que ele inicie o esporte de um jeito, com dificuldades e até mesmo
com medo, passando a ser uma pessoa autoconfiante e mais interagido dentro
da sociedade.

CONCLUSÃO

De acordo com os dados coletados sobre as pesquisas citadas acima


constatou se que o futsal na reabilitação de deficiente visual apresenta
melhoras nos aspectos físico e motor, melhora a condição cardiovascular dos
praticantes, aprimora a força, a agilidade, a coordenação motora, o equilíbrio e
o repertório motor. No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de
sociabilização com pessoas portadoras e não portadoras de deficiências, além
de tornar o indivíduo mais independente para a realização de suas atividades
diárias.

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