ICMS BA - Devolução de Mercadorias
ICMS BA - Devolução de Mercadorias
ICMS BA - Devolução de Mercadorias
Resumo: Este procedimento aborda a finalidade do Código de Situação Tributária (CST) que visa aglutinar em grupos homogêneos, na
Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, as operações realizadas pelo contribuinte do ICMS.
Sumário
1. Quadro sinótico
2. Conceito
3. Devolução efetuada por contribuinte
4. Devolução por particular, produtor ou qualquer pessoa não considerada contribuinte
4.1 Devoluções ocorridas no estabelecimento
5. Crédito
5.1 Recuperação da diferença de alíquotas
6. Procedimento referente à mercadoria enquadrada no regime de substituição tributária
6.1 Procedimento alternativo
7. Imposto recolhido por antecipação
8. Modelo de Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe)
9. Escrituração - Principais reflexos na EFD
9.1 Registro C100
9.2 Registro C110
9.3 Registro C170
9.4 Registro C190
10. Infrações e penalidades
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1. Quadro sinótico
É comum aos contribuintes do ICMS promoverem a devolução de mercadorias entradas no estabelecimento para comercialização,
industrialização e/ou para uso ou consumo, bem como para integrar o seu Ativo Imobilizado. Para tanto, é necessária a adoção do
procedimento previamente estabelecido no RICMS-BA/2012 , aprovado pelo Decreto nº 13.780/2012 , uma vez que há implicações
fiscais em virtude das obrigações acessórias, como a escrituração do documento fiscal, relativo à operação originária, e a emissão da nota
fiscal para a realização da operação de devolução de mercadoria.
PRINCIPAIS REGRAS
Devolução é a volta ao estabelecimento de origem de mercadoria ou bem que tenha entrado no estabelecimento que o
Conceito
está devolvendo.em decorrência de defeito, erro de tipo, marca, qualidade, inadimplemento do comprador.
Devolução feita por Na devolução de mercadorias, o contribuinte emitirá nota fiscal com destaque do imposto, se for o caso, mencionando o
contribuinte motivo da devolução, o número, a série e a data do documento fiscal originário.
Devolução feita por não O contribuinte que receber, em desfazimento do negócio, mercadoria devolvida por contribuinte ou não obrigada a
contribuinte emissão de nota fiscal poderá creditar-se do imposto debitado por ocasião da saída da mercadoria.
Na hipótese de devolução de mercadoria cuja entrada tenha ocorrido sem a utilização de crédito fiscal pelo recebedor,
Crédito será permitido a este creditar-se do ICMS lançado na nota fiscal de devolução, desde que em valor igual ao do imposto
lançado no documento originário.
Mercadorias sujeitas a Nas hipóteses de devolução ou desfazimento de negócio relativo a mercadorias recebidas com imposto retido, serão
substituição tributária adotados procedimentos específicos.
Base de cálculo e alíquota Na devolução aplica-se a mesma base de cálculo e a mesma alíquota da operação originária.
Emissão de documento O contribuinte deve emitir nota fiscal e efetuar a EFD respectiva, obrigatória para os contribuintes do ICMS inscritos no
fiscal e Escrituração Fiscal cadastro estadual, exceto para o microempreendedor individual e para os contribuintes optantes pelo Simples Nacional.
Digital (EFD)
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2. Conceito
Devolução é a remessa, ao estabelecimento de origem, de mercadoria ou bem que, embora tenha entrado no estabelecimento que o está
devolvendo, não foi por este utilizado em decorrência de defeito, erro de tipo, marca, qualidade, inadimplemento do comprador ou,
simplesmente, desfazimento da operação.
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Na devolução de mercadorias, o contribuinte inscrito no cadastro emitirá nota fiscal com destaque do imposto, se for o caso, mencionando o
motivo da devolução, o número, a série e a data do documento fiscal originário, e ainda o valor total ou o relativo à parte devolvida, sobre o
qual será calculado o imposto, tomando por base de cálculo e alíquota as mesmas consignadas no documento originário.
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O contribuinte que receber, em virtude de troca ou desfazimento do negócio, mercadoria devolvida por produtor ou extrator ou por qualquer
pessoa física ou jurídica não considerada contribuinte ou não obrigada a emissão de nota fiscal poderá creditar-se do imposto debitado por
ocasião da saída da mercadoria, desde que haja prova inequívoca da devolução.
A nota fiscal (entrada) emitida servirá para acompanhar a mercadoria em seu transporte até o estabelecimento de origem.
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Na hipótese de devoluções ocorridas no estabelecimento, o contribuinte poderá emitir uma única nota fiscal de entrada, englobando todas as
devoluções ocorridas durante o dia ou a semana, devendo especificar a quantidade e a descrição das mercadorias, assim como o número, a
série, a subsérie e a data dos documentos fiscais originários, sem prejuízo dos procedimentos previstos neste tópico.
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5. Crédito
Na hipótese de devolução de mercadoria cuja entrada tenha ocorrido sem a utilização de crédito fiscal pelo recebedor, será permitido a este
creditar-se do ICMS lançado na nota fiscal de devolução, desde que em valor igual ao do imposto lançado no documento originário.
O mencionado documento fiscal correspondente à devolução deverá ser escriturado na EFD, onde, no Registro C110, será apresentado, no
campo "COD_SIT", o código 08, sem destaque do imposto.
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5.1 Recuperação da diferença de alíquotas
No caso de devolução de mercadorias ou bens adquiridos para uso, consumo ou Ativo Imobilizado, já tendo sido paga a diferença de
alíquotas, o valor correspondente será recuperado mediante lançamento no quadro "Crédito do Imposto - Estornos de Débitos" do livro
Registro de Apuração do ICMS, pelo valor nominal, com a observação "Diferença de alíquotas - mercadoria devolvida", a menos que o
imposto relativo à diferença de alíquotas já tenha sido utilizado como crédito.
Aos que realizam a EFD, o valor correspondente será recuperado mediante lançamento no Registro E110 da EFD, pelo valor nominal, no
campo "VL_ESTORNOS_DEB", com a observação "Diferença de alíquotas - Mercadoria devolvida", no campo "DESCR_COMPL_AJ" do Registro
E111.
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Nas hipóteses de devolução ou desfazimento de negócio relativo a mercadorias recebidas com imposto retido, serão adotados os seguintes
procedimentos:
a) o remetente estornará o débito fiscal correspondente à nota fiscal de devolução no quadro "Crédito do Imposto - Estornos de
Débitos" do livro Registro de Apuração do ICMS;
b) para efeito de ressarcimento do imposto anteriormente retido, o remetente emitirá outra nota fiscal, exclusiva para esse fim, em
nome do respectivo fornecedor que tenha retido originariamente o imposto, contendo as seguintes indicações, nos campos próprios,
vedada qualquer indicação no campo destinado ao destaque do imposto:
b.1) o nome, o endereço, o CNPJ e a inscrição estadual do fornecedor;
b.2) como natureza da operação: "Ressarcimento do ICMS";
b.3) a identificação da nota fiscal de devolução, que tiver motivado o ressarcimento;
b.4) o número, a série, se houver, e a data do documento fiscal de aquisição da mercadoria;
b.5) o valor do ressarcimento, que corresponderá ao valor do imposto anteriormente antecipado, total ou proporcionalmente,
conforme o caso;
c) o estabelecimento fornecedor que, na condição de responsável por substituição, houver efetuado a retenção do imposto, ao receber visada
a 1ª via da nota fiscal emitida para fins de ressarcimento, poderá deduzir o valor do imposto retido do próximo recolhimento a ser feito a
este Estado;
d.1) pelo emitente, no livro Registro de Saídas, utilizando-se apenas as colunas "Documentos Fiscais" e "Observações", fazendo constar
nesta a expressão "Ressarcimento de imposto retido";
d.2) pelo destinatário do documento, sendo estabelecido neste Estado, no livro Registro de Apuração do ICMS, em folha subsequente à
destinada à apuração do imposto, referente às operações próprias, e destinada à apuração do imposto por substituição tributária, no quadro
"Crédito do Imposto - Outros Créditos", com a expressão "Ressarcimento de imposto retido".
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Em substituição ao procedimento indicado no tópico 6, o contribuinte que efetuar a devolução poderá utilizar como créditos fiscais ambas as
parcelas do imposto, o normal e o antecipado, constantes no documento de aquisição das mesmas mercadorias, total ou proporcionalmente,
conforme o caso, a serem lançados no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos" do livro Registro de Apuração do ICMS.
O valor do ICMS retido por substituição tributária a ser ressarcido não poderá ser superior ao valor retido quando da operação do documento
originário.
Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido à aquisição do respectivo produto, será tomado o valor do imposto
retido quando da última aquisição do produto pelo estabelecimento, proporcional à quantidade saída.
A nota fiscal emitida para fim de ressarcimento deverá ser visada pelo órgão fazendário em cuja circunscrição se localize o contribuinte,
acompanhada de relação, discriminando as operações, salvo aquelas com combustíveis e lubrificantes, cujas notas fiscais deverão ser visadas
pela Copec.
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Apresentamos, a seguir, o modelo de Danfe relativo a uma devolução de mercadoria. Esclarecemos que o exemplo é apenas ilustrativo. O
contribuinte deve acompanhar as atualizações da legislação.
MODELO DE DANFE
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Ao contribuinte que estiver obrigado à apresentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e apresentada no tópico "8", a título
exemplificativo, apresentamos a seguir o preenchimento dos principais registros/campos.
Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do
Ato Cotepe/ICMS nº 44/2018 , bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI).
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Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento
da seguinte forma:
Registro C100
2 IND_OPER 1 O
3 IND_EMIT 0 O
5 COD_MOD 55 O
6 COD_SIT 00 O
7 SER 1 OC
8 NUM_DOC 320 O
9 CHV_NFE 29160477881437272700550010000003201510602300 O
10 DT_DOC 180420XX O
11 DT_E_S 180420XX OC
12 VL_DOC 400,00 O
13 IND_PGTO 2 O
14 VL_DESC OC
15 VL_ABAT_NT OC
16 VL_MERC 400,00 OC
17 IND_FRT 9 O
18 VL_FRT OC
19 VL_SEG OC
20 VL_OUT_DA OC
21 VL_BC_ICMS 400,00 OC
22 VL_ICMS 72,00 OC
23 VL_BC_ICMS_ST OC
24 VL_ICMS_ST OC
25 VL_IPI OC
26 VL_PIS OC
27 VL_COFINS OC
28 VL_PIS_ST OC
29 VL_COFINS_ST OC
Nota
Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos,
preventivamente, por não apresentá-los nesta matéria.
A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:
|C100|1|0|*Código interno
declarante|55|00|1|320|29160477881437272700550010000003201510602300|180420XX|180420XX|400,00|2|||400,00|9||||400,00|72,00||||||||
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Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo "Informações Complementares" na nota fiscal. Para a NF-e
exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:
Registro C110
1 REG C110 O
A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:
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Este registro destina-se a detalhar os itens do documento fiscal escriturado, sendo que é necessário o lançamento de um Registro C170 para
cada item constante no documento fiscal. Todavia, este registro fica dispensado quando se tratar de NF-e de emissão própria.
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Registro C190
1 REG C190 O
2 CST_ICMS 00 O
3 CFOP 5202 O
4 ALIQ_ICMS 18 OC
5 VL_OPR 400,00 O
6 VL_BC_ICMS 400,00 O
7 VL_ICMS 72,00 O
8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O
9 VL_ICMS_ST 0,00 O
10 VL_RED_BC 0,00 O
11 VL_IPI 0,00 O
A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:
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Legislação Referenciada
RICMS-BA/2012
Lei nº 7.014/1996
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