Efeito Termionico

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

EFEITO TERMOIÔNICO

Relatório apresentado como requisito para o


aproveitamento da disciplina: Laboratório de
Estrutura da Matéria 02, turma 02, do
Departamento de Física, na Universidade
Federal de Sergipe, ministrada pelo professor
Frederico Guilherme de Carvalho Cunha.

Discentes:
Jonathan Uendler Oliveira Cruz
Juerlane de Lima Soares
Layra Souza de Oliveira
Renatha Dias Dantas

São Cristóvão/SE
2018
1. Introdução
O efeito termoiônico consiste na emissão de elétrons por uma superfície metálica
devido ao aumento de sua temperatura. Os primeiros indícios deste fato foram observados
por Charles DuFay em meados do século XVIII. Ele percebeu que um gás ao ser colocado
próximo a um sólido aquecido, conduzia eletricidade.

A explicação da emissão termiônica se baseia no modelo de Drude e também no modelo


de elétrons livres, o qual fundamenta-se na estatística de Fermi-Dirac. Os elétrons livres, os
quais se movem na rede cristalina do material O inglês Frederick Guthrie descreveu esse
efeito no ano de 1873. Ele observou comportamentos diferenciados em esferas de metal
carregadas e com temperaturas elevadas, relativo a sua descarga. Este efeito foi
acidentalmente redescoberto por Thomas A. Edison, enquanto tentava descobrir a razão
para a ruptura de filamentos da lâmpada incandescente no ano de 1880. Ele construiu um
bulbo com a superfície interior coberta por uma folha de metal, conectou a folha ao
filamento da lâmpada e a um galvanômetro. Filamento, são emitidos devido a esse aumento
elevado da temperatura e são atraídos por um potencial positivo na placa metálica, gerando
dessa maneira a corrente termiônica.

A densidade de corrente depende das características do material, sendo uma delas a


função trabalho  , a qual é a energia mínima necessária para arrancar o elétron do metal.
Para o tungstênio o valor é de aproximadamente 4,52 eV.
Assim, a densidade de corrente obtida pelo efeito termoiônico obedece a lei de Richardson-
Dushman dada por:


j  AT e2 k BT
,
(1)
onde j é a densidade de corrente, A é uma constante dos metais,  é a função trabalho, k B

, a constante de Boltzmann (8,617  10 5 eV/K) e T a temperatura do filamento. Para se


obter uma expressão para a corrente coletada pelo anodo, faz-se necessária a análise de toda
a dinâmica que vai desde da emissão do elétron pelo catodo até a sua absorção pelo anodo.
Portanto, fatores como a geometria do catodo, a forma do potencial elétrico entre o catodo
e o anodo, como também a presença de outros elétrons emitidos devem ser levados em
consideração. Para eletrodos planos a densidade de corrente é dada pela lei de Child,
segundo a equação:

3
j  BV ,
2
(2)

onde B é uma constante relacionada à geometria dos eletrodos e V é a diferença de


potencial entre o cátodo e o ânodo.
A determinação da temperatura de um corpo pode ser feita através de diversas maneiras.
A mais simples é a utilização de um termômetro, ou de um termopar. No caso em questão
esta possibilidade é claramente inviável. Para altas temperaturas o instrumento mais
utilizado é o pirômetro óptico. Na falta deste instrumento, será necessária uma medida
indireta da temperatura através da sua correlação com alguma outra grandeza física mais
facilmente mensurável. Para este fim utilizaremos a relação entre a resistência do filamento
e a sua temperatura que pode ser dada por:

𝑅(Ω) =R0(1 + 𝛼(𝑇 − 𝑇0)) (3)

𝑅 1
𝑇=( − 1) + 𝑇0 (4)
𝑅0 𝛼

Onde R0 corresponde à resistência medida à temperatura T 0 (ambiente). Para o


filamento de tungstênio, o valor do coeficiente de temperatura da resistividade,  é 450 x
10-5 oC -1 .

2. Objetivo
Estudar a dependência da quantidade de elétrons livres (ou emitidos termoionicamente)
com a temperatura.
3. Procedimento experimental

Figura 01- Aparato experimental

3.1 Para realização do experimento foi necessário a utilização dos seguintes


materiais:

1- Fonte de tensão de aquecimento;


2- Multímetro medidor de corrente do circuito;
3- Placa do circuito;
4- Válvula de termiônica com filamento de tungstênio;
5- Multímetro medidor de tensão de aquecimento;
6- Multímetro medidor de corrente termiônica;
7- Fonte de tensão de aceleração.

A figura 1 apresenta o aparato experimental devidamente montado. Através da fonte de


tensão, variamos a voltagem de maneira uniforme, fizemos simultaneamente medições da
tensão de aquecimento (Vaq) (tensão do circuito) e corrente do circuito. A tensão de
aquecimento (Vaq) e a corrente no circuito foram medidas, respectivamente, pelos
multímetros.
Parte 1 - Temperatura do filamento

Na etapa inicial foi medida a temperatura do filamento termoiônico de forma indireta,


isto é, através da medida da resistência do material, de acordo com a equação (3) e (4).

Parte 2 - Verificação da Lei de Richardson – Dushman

Na segunda etapa A Lei de Richardson-Dushman relaciona diretamente a temperatura


com a densidade de corrente termiônica através da equação (1). Baseados em valores de áreas
de filamentos geralmente encontrados na literatura, supomos que o valor da área do nosso
filamento é da ordem de 106 m2 . Sendo assim, dividimos os valores da corrente termoiônica
por 106 m2 a fim de obtermos os valores das densidades de corrente j (A/m2).

Parte 3 - Verificação da Lei de Child

A lei de Child é uma expressão obtida empiricamente e que relaciona a corrente


termoiônica. Com a voltagem aceleradora. Naturalmente que esta corrente depende da
temperatura e esta relação deverá ser aqui determinada. A lei de Child é dada pela seguinte
equação (2). Nesta etapa foram medidos valores de tensão de aceleração e de corrente
termoiônica.
4. Resultados e discussões

4.1. Determinação da temperatura do filamento

Para este fim utilizaremos a relação entre a resistência do filamento e a sua temperatura
que pode ser dada por:

𝑅(Ω) =R0(1 + 𝛼(𝑇 − 𝑇0))

𝑅 1
𝑇=( − 1) + 𝑇0
𝑅0 𝛼
Para tanto, medimos as correntes e as tensões correspondentes e calculamos as
resistências através da 1ª Lei de Ohm.

R = I ∙V

Sabendo que a medida da temperatura ambiente foi de 270 C e a resistência R0 para esta mesma
temperatura foi 0,7 Ohms.

Todos esses valores estão representados na tabela 1.

Tabela 01: valores da tensão de aquecimento, corrente e resistência que determinam a temperatura do
filamento.

Tensão(V) I(A) R(Ω) T(℃) 𝜎𝑉 (𝑉) 𝜎𝐼 (𝐴) 𝜎𝑅 (Ω) 𝜎𝑇 (℃)


0,5 0,47 1,06383 142,5015 0,1 0,01 0,213967 67,92589
1 0,58 1,724138 352,1232 0,1 0,01 0,174958 55,54211
1,5 0,67 2,238806 515,5098 0,1 0,01 0,152948 48,55508
2 0,75 2,666667 651,3386 0,1 0,01 0,137993 43,80719
2,5 0,83 3,012048 760,9836 0,1 0,01 0,125829 39,94559
3 0,9 3,333333 862,9788 0,1 0,01 0,117121 37,1814
3,5 0,96 3,645833 962,1852 0,1 0,01 0,110874 35,198
4 1,03 3,883495 1037,633 0,1 0,01 0,104152 33,06397
4,5 1,09 4,12844 1115,394 0,1 0,01 0,099254 31,50921
5 1,14 4,385965 1197,148 0,1 0,01 0,095786 30,40812
5,5 1,2 4,583333 1259,804 0,1 0,01 0,091669 29,10136
6 1,25 4,8 1328,587 0,1 0,01 0,088739 28,17102
6,5 1,3 5 1392,079 0,1 0,01 0,086003 27,30242
7 1,36 5,147059 1438,765 0,1 0,01 0,082698 26,25321
7,5 1,4 5,357143 1505,458 0,1 0,01 0,081033 25,72462
8 1,45 5,517241 1556,283 0,1 0,01 0,078766 25,00499
8,5 1,48 5,743243 1628,03 0,1 0,01 0,077918 24,73596
9 1,53 5,882353 1672,191 0,1 0,01 0,075829 24,07265
9,5 1,58 6,012658 1713,558 0,1 0,01 0,073851 23,44469
10 1,62 6,17284 1764,409 0,1 0,01 0,072542 23,02913

1800

1600

1400
Temperatura (Celsius)

1200

1000

800

600

400

200

0
0 2 4 6 8 10
Tensão (V)

Figura 02: Gráfico temperatura x tensão para a primeira parte do experimento.

Figura 03: Dados do ajuste linear da Figura 02.

Foram usados os dados do ajuste linear para obter a temperatura como função da
tensão de aquecimento na segunda parte do experimento. Onde o coeficiente angular é b =
114,038 ± 2,211 e o coeficiente linear é a = 640,82 ± 16,95.
4.2. Verificação da Lei de Richardson – Dushman

Nesta etapa adotamos quatro valores distintos de tensão de aceleração e utilizamos os


valores da temperatura obtidos na tabela 1 em todos os quatro casos, a fim de verificarmos a
validade da lei de Richardson-Dushman que relaciona a densidade de corrente termoiônica com
a temperatura do filamento (equação (1)).



j  AT e 2 k BT
,

a função trabalho ∅ e sua respectiva incerteza que serão dadas por:


𝑏= => ∅ = 𝑏𝐾,
𝐾

b é coeficiente angular encontrado nos ajustes e 𝐾 = 1,371 x 10−23 J/K.

As tabelas e os gráficos referentes aos procedimentos desta etapa do experimento


encontram-se dispostos a seguir:

300 Vac = 210 V

250

200
j (A/m2)

150

100

50

1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100


Temperatura (K)

Figura 04: Gráfico da densidade de corrente x temperatura para Vac = 210 V.


Figura 05: Dados do ajuste da Figura 04.

Tabela 02: valores da tensão de aquecimento, corrente, temperatura e densidade de corrente para Vac =
210 V.

Vaq (V) I (A) T(K) 𝑗 (𝐴/𝑚2 )


4 0,000002 1370,079 2
4,5 0,00001 1427,093 10
5 0,000033 1484,107 33
5,5 0,000079 1541,121 79
6 0,000138 1598,135 138
6,5 0,00018 1655,15 180
7 0,000203 1712,164 203
7,5 0,000235 1769,178 235
8 0,000245 1826,192 245
8,5 0,00026 1883,206 260
9 0,000275 1940,22 275
9,5 0,00029 1997,234 290
10 0,0003 2054,248 300
Vac = 240 V
400

j (A/m2)

200

1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100


Temperatura (K)

Figura 06: Gráfico da densidade de corrente x temperatura para Vac = 240 V.

Figura 07: Dados do ajuste da Figura 06.


Tabela 03: valores da tensão de aquecimento, corrente, temperatura e densidade de corrente para Vac
= 240 V.

Vaq (V) I (A) T (K) 𝑗 (𝐴/𝑚2 )


4 0,000003 1370,079 3
4,5 0,000011 1427,093 11
5 0,000035 1484,107 35
5,5 0,000099 1541,121 99
6 0,000147 1598,135 147
6,5 0,000235 1655,15 235
7 0,000273 1712,164 273
7,5 0,000302 1769,178 302
8 0,000327 1826,192 327
8,5 0,000349 1883,206 349
9 0,000373 1940,22 373
9,5 0,00039 1997,234 390
10 0,000408 2054,248 408

600
Vac = 270 V
500

400

300
j (A/m2)

200

100

1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100


Temperatura (K)

Figura 08: Gráfico da densidade de corrente x temperatura para Vac = 270 V.


Figura 09: Dados do ajuste da Figura 08.

Tabela 04: valores da tensão de aquecimento, corrente, temperatura e densidade de corrente para Vac
= 270 V.

Vaq (V) I (A) T (K) 𝑗 (𝐴/𝑚2 )


4 0,000004 1370,079 4
4,5 0,000013 1427,093 13
5 0,000042 1484,107 42
5,5 0,000102 1541,121 102
6 0,000218 1598,135 218
6,5 0,0003 1655,15 300
7 0,000357 1712,164 357
7,5 0,000402 1769,178 402
8 0,000438 1826,192 438
8,5 0,00047 1883,206 470
9 0,000494 1940,22 494
9,5 0,000526 1997,234 526
10 0,000554 2054,248 554
800 Vac = 300 V
700

600

500
j (A/m2)

400

300

200

100

-100
1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000 2100
Temperatura (K)

Figura 10: Gráfico da densidade de corrente x temperatura para Vac = 300 V.

Figura 11: Dados do ajuste da Figura 10.

Tabela 05: valores da tensão de aquecimento, corrente, temperatura e densidade de corrente para Vac
= 300 V.

Vaq (V) I (A) T (K) 𝑗 (𝐴/𝑚2 )


4 0,000003 1370,079 3
4,5 0,000012 1427,093 12
5 0,000045 1484,107 45
5,5 0,000113 1541,121 113
6 0,000231 1598,135 231
6,5 0,000346 1655,15 346
7 0,000401 1712,164 401
7,5 0,000456 1769,178 456
8 0,0005 1826,192 500
8,5 0,000547 1883,206 547
9 0,000589 1940,22 589
9,5 0,000629 1997,234 629
10 0,000749 2054,248 749

O valor real da função trabalho é de aproximadamente 4,52 eV, assim, foram calculados
os erros da função trabalho que foi obtida neste experimento.

Tabela 06: valores da função trabalho e seu erro para alguns valores da tensão de aceleração.

Vac (V) b 𝜎b ∅ (eV) 𝜎∅ (eV) Erro ∅ (%)


210 18802,11 346,2815 1,61 0,029672 64,38
240 18198,04 320,3361 1,56 0,027449 65,49
270 17597,98 303,4881 1,51 0,026005 66,59
300 17179,69 255,75 1,47 0,021915 67,48

O resultado obtido distanciou-se consideravelmente do valor teórico para o tungstênio.


Desta forma, conseguimos determinar a função trabalho com baixa precisão, indicando
possíveis erros na execução do experimento ou problemas nos equipamentos utilizados. Para
que um fóton seja capaz de arrancar um elétron do filamento de tungstênio por meio do efeito
fotoelétrico, ele deve possuir no mínimo uma energia igual à função trabalho do tungstênio
 4,52eV  . Essa energia corresponde à energia de fótons com frequência da ordem de 1015 Hz
(ou comprimento de onda   300nm ) que, de acordo com o espectro eletromagnético,
corresponde à radiação ultravioleta (UV).

Portanto, não é necessário um ambiente escuro para a realização do experimento do


efeito termoiônico visto que não há risco de elétrons serem arrancados do filamento por fótons
de luz visível. Já que o fóton mais energético do espectro visível possui um comprimento de
onda de 300nm , que corresponde a uma energia de aproximadamente 3, 09eV . Bem menor

que a função trabalho  4,52eV  .


4.3. Verificação da Lei de Child

Nesta etapa, fixamos tensões de aquecimento cujas temperaturas foram subtraídas da tabela

02. Como vimos, a lei de Child relaciona a densidade de corrente termoiônica  j com a tensão de

aceleração Vac  de acordo com a equação (2):

j  B Vac3/ 2

Por ser uma função exponencial, o gráfico dessa equação é um tanto complicado de se analisar.
No entanto, aplicando-se o logaritmo na equação acima obtemos a seguinte expressão:

3
ln j  ln B  ln Vac 10
2

Que é muito mais simples de ser analisada graficamente, pelo fato de ser uma função linear

onde 3/2 é o coeficiente angular e ln B é o coeficiente linear.

Todos os gráficos desta etapa foram obtidos com base na equação (10) e a validade da lei de
Child foi testada através dos coeficientes angulares e lineares obtidos nas curvas.

As tabelas e os gráficos correspondentes ao descrito acima estão dispostos logo abaixo:

6,4
Vaq = 8V
6,2

6,0

5,8
ln(j)

5,6

5,4

5,2

5,0
5,2 5,4 5,6
ln(Vac)

Figura 12: Gráfico de ln(j) x ln(Vac) para Vaq = 8V.


6,6
Vaq = 9V
6,4

6,2

6,0
ln(j)

5,8

5,6

5,4

5,2
5,2 5,4 5,6
ln(Vac)

Figura 13: Gráfico de ln(j) x ln(Vac) para Vaq = 9V.

7,0 Vaq= 10 V
6,8

6,6

6,4

6,2
ln(j)

6,0

5,8

5,6

5,4

5,2
5,2 5,4 5,6
ln(Vac)

Figura 14: Gráfico de ln(j) x ln(Vac) para Vaq = 10V.


Vaq = 11 V
6
ln(j)

4
4,9 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6
ln(Vac)

Figura 15: Gráfico de ln(j) x ln(Vac) para Vaq = 11V.

Tabela 07: valores da tensão de aceleração, corrente e densidade de corrente para Vaq = 8V.

Vac (V) I(A) 𝑗 (𝐴/𝑚2 ) Ln(j) Ln(Vac)


190,8 0,000173 173 5,153292 5,251226
200,8 0,000201 201 5,303305 5,302309
210,8 0,000227 227 5,42495 5,35091
220,8 0,000251 251 5,525453 5,397257
230,8 0,000276 276 5,620401 5,441552
240,8 0,000302 302 5,710427 5,483967
250,8 0,000339 339 5,826 5,524656
260,8 0,000361 361 5,888878 5,563754
270,8 0,000409 409 6,013715 5,601381
280,8 0,000449 449 6,107023 5,637643
290,8 0,000493 493 6,200509 5,672636
292,7 0,000505 505 6,224558 5,679148
Tabela 08: valores da tensão de aceleração, corrente e densidade de corrente para Vaq = 9V.

Vac (V) I(A) 𝑗 (𝐴/𝑚2 ) Ln(j) Ln(Vac)


190,8 0,000212 212 5,356586 5,251226
200,8 0,00024 240 5,480639 5,302309
210,8 0,000267 267 5,587249 5,35091
220,8 0,000295 295 5,686975 5,397257
230,8 0,000325 325 5,783825 5,441552
240,8 0,000359 359 5,883322 5,483967
250,8 0,000394 394 5,976351 5,524656
260,8 0,000429 429 6,061457 5,563754
270,8 0,00047 470 6,152733 5,601381
280,8 0,000516 516 6,246107 5,637643
290,8 0,000595 595 6,388561 5,672636
300 0,000615 615 6,421622 5,703782

Tabela 09: valores da tensão de aceleração, corrente e densidade de corrente para Vaq = 8V.

Vac (V) I(A) 𝑗 (𝐴/𝑚2 ) Ln(j) Ln(Vac)


190,8 0,00022 220 5,393628 5,251226
200,8 0,000248 248 5,513429 5,302309
210,8 0,00028 280 5,63479 5,35091
220,8 0,000312 312 5,743003 5,397257
230,8 0,000345 345 5,843544 5,441552
240,8 0,000384 384 5,950643 5,483967
250,8 0,000425 425 6,052089 5,524656
260,8 0,000471 471 6,154858 5,563754
270,8 0,000521 521 6,25575 5,601381
280,8 0,000668 668 6,504288 5,637643
290,8 0,000918 918 6,822197 5,672636
292 0,000989 989 6,896694 5,676754

Tabela 10: valores da tensão de aceleração, corrente e densidade de corrente para Vaq = 11V.

Vac (V) I(A) 𝑗 (𝐴/𝑚2 ) Ln(j) Ln(Vac)


190,8 0,00025 250 5,521461 5,251226
200,8 0,00028 280 5,63479 5,302309
210,8 0,000314 314 5,749393 5,35091
220,8 0,000353 353 5,866468 5,397257
230,8 0,000392 392 5,971262 5,441552
240,8 0,000439 439 6,084499 5,483967
250,8 0,000493 493 6,200509 5,524656
180,8 0,000223 223 5,407172 5,197391
170,8 0,000193 193 5,26269 5,140493
160,8 0,000163 163 5,09375 5,080161
150,8 0,000097 97 4,574711 5,015954
140,8 0,000075 75 4,317488 4,94734

Tabela 11: valores da temperatura, coeficiente angular, coeficiente linear e erro relativo para alguns
valores de Vaq.

Vaq (V) T(K) a (coeficiente angular) Ln(b) Erro de a (%)


8 1826,192 2,43398 ± 0,03556 -7,61803 ± 0,19537 62,26
9 1940,22 2,35714 ± 0,04176 -7,03196 ± 0,22951 57,14
10 2054,248 3,24212 ± 0,27415 -11,74199 ± 1,5061 116,14
11 2259,673 3,03468 ± 0,1989 -10,49209 ± 1,04706 102,31

Da tabela 11 infere-se que, com a variação da temperatura, o coeficiente também variou


e se afastou ainda mais do valor esperado que era de 1,5. Quanto ao valor de ln(b), que deveria
manter-se constante, variou (entre -7 e -11,8). A ocorrência dessas discrepâncias se deve às
limitações físicas do aparato experimental.

Os resultados obtidos para a densidade de corrente em função da tensão de aceleração,


para as 4 temperaturas, são mostrados na figura 16:

1000 Vaq= 8V, T= 1826,19 K


Vaq= 9V, T = 1940,22 K
800 Vaq= 10V, T = 2054,25 K
Vaq= 11V, T = 2259,67 K

600
j(A/m2)

400

200

0
180 200 220 240 260 280 300
Vac (V)

Figura 16: Gráfico de j x Vac para diferentes temperaturas.


A partir da figura 16, percebe-se claramente que quanto maior a temperatura, maior é a
densidade de corrente termoiônica. E este fato está de acordo com a predição que evidencia o
efeito termoiônico apesar de haver uma anomalia na curva da Vaq = 11(V) que a partir de
determinado ponto apresenta uma densidade de corrente menor que as temperaturas mais
baixas. Esta última constatação é atribuída aos erros no procedimento experimental.

5. Conclusões

Através da parte 1 deste experimento, foi possível demonstrar uma maneira de calcular
a temperatura de um filamento a partir de sua resistência. Na parte 2, calculamos
experimentalmente a função trabalho do tungstênio, dada pela Lei de Richardson-Dushman,
embora não tenha sido encontrado um valor próximo do esperado.
Com os resultados da Parte 3, plotamos vários gráficos relativos à Lei de Child, e
constatamos que não foi possível encontrar um valor que fosse próximo do ideal para o
coeficiente angular. Também não conseguimos um valor constate para o coeficiente linear (B).
Com o gráfico 16, foi possível evidenciar de forma clara a variação da densidade de
corrente termoiônica com o aumento da temperatura. Apesar das discrepâncias encontradas na
parte 3, foi possível, através do nosso experimento, estudar e comprovar a existência do efeito
termoiônico.
6. Referências Bibliográficas

(1) ALONSO, M; FINN, E. J. Fisica. Volumen III : Fundamentos Cuanticos y Estadisticos.

Edicion Revisada y Aumentada. Wilmigton: Addison-Wesley Iberoamericana, 1986.

(2) https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_termi%C3%B4nico

Você também pode gostar