Recuperação de Matas Ciliares

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NOSSAS ÁRVORES

MAIS UMA DICA ÚTIL


PARA VOCÊ

(Publicado originalmente no site Ambiente Brasil)

RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES

O site Ambiente Brasil publicou este texto sobre


recuperação de matas ciliares (que beiram e protegem os rios como
cílios protegem nossos olhos), que vale à pena conhecer:
 SOBRE MATAS
CILIARES
 TÉCNICAS DE
RECUPERAÇÃO
 INDICADORES DA
RECUPERAÇÃO

 MAIS DICAS SOBRE


ÁRVORES NATIVAS

SOBRE MATAS CILIARES

O processo de ocupação do Brasil caracterizou-se pela falta


de planejamento e conseqüente destruição dos recursos
naturais, particularmente das florestas. Ao longo da história
do País, a cobertura florestal nativa, representada pelos
diferentes biomas, foi sendo fragmentada, cedendo espaço
para as culturas agrícolas, as pastagens e as cidades.
A noção de recursos naturais inesgotáveis,
dadas as dimensões continentais do País,
estimulou e ainda estimula a expansão da 
fronteira agrícola sem a preocupação com o
aumento ou, pelo menos, com uma
manutenção da produtividade das áreas já
cultivadas. Assim, o processo de
fragmentação florestal é intenso nas regiões
economicamente mais desenvolvidas, ou seja, o Sudeste e o
Sul, e avança rapidamente para o Centro-Oeste e Norte,
ficando a vegetação arbórea nativa representada,
principalmente, por florestas secundárias, em variado
estado de degradação, salvo algumas reservas de florestas
bem conservadas. Este processo de eliminação das
florestas resultou num conjunto de problemas ambientais,
como a extinção de várias espécies da fauna e da flora, as
mudanças climáticas locais, a erosão dos solos e o
assoreamento dos cursos d'água.
Neste panorama, as matas ciliares não escaparam da
destruição; pelo contrário, foram alvo de todo o tipo de
degradação. Basta considerar que muitas cidades foram
formadas às margens de rios, eliminando-se todo tipo de
vegetação ciliar; e muitas acabam pagando um preço alto
por isto, através de inundações constantes.
Além do processo de urbanização, as matas ciliares sofrem
pressão antrópica por uma série de fatores: são as áreas
diretamente mais afetadas na construção de hidrelétricas;
nas regiões com topografia acidentada, são as áreas
preferenciais para a abertura de estradas, para a
implantação de culturas agrícolas e de pastagens; para os
pecuaristas, representam obstáculos de acesso do gado ao
curso d'água etc.
Este processo de degradação das formações ciliares, além
de desrespeitar a legislação, que torna obrigatória a
preservação das mesmas, resulta em vários problemas
ambientais. As matas ciliares funcionam como filtros,
retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que
seriam transportados para os cursos d'água, afetando
diretamente a quantidade e a qualidade da água e
conseqüentemente a fauna aquática e a população humana.
São importantes também como corredores ecológicos,
ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando o
deslocamento da fauna e o fluxo gênico entre as populações
de espécies animais e vegetais. Em regiões com topografia
acidentada, exercem a proteção do solo contra os processos
erosivos.
Apesar da reconhecida importância ecológica, ainda mais
evidente nesta virada de século e de milênio, em que a água
vem sendo considerada o recurso natural mais importante
para a humanidade, as florestas ciliares continuam sendo
eliminadas cedendo lugar para a especulação imobiliária,
para a agricultura e a pecuária e, na maioria dos casos,
sendo transformadas apenas em áreas degradadas, sem
qualquer tipo de produção.
É necessário que as autoridades responsáveis pela
conservação ambiental adotem uma postura rígida no
sentido de preservarem as florestas ciliares que ainda
restam, e que os produtores rurais e a população em geral
seja conscientizada sobre a importância da conservação
desta vegetação. Além das técnicas de recuperação
propostas neste trabalho, é fundamental a intensificação de
ações na área da educação ambiental, visando conscientizar
tanto as crianças quanto os adultos sobre os benefícios da
conservação das áreas ciliares.
A definição de modelos de recuperação de matas ciliares,
cada vez mais aprimorados, e de outras áreas degradadas
que possibilitam, em muitos casos, a restauração
realativamente rápida da cobertura florestal e a proteção dos
recursos edáficos e hídricos, não implica que novas áreas
possam ser degradadas, já que poderiam ser recuperadas.
Pelo contrário, o ideal é que todo tipo de atividade antrópica
seja bem planejada, e que principalmente a vegetação ciliar
seja poupada de qualquer forma de degradação.
As matas ciliares exercem importante papel na proteção dos
cursos d'água contra o assoreamento e a contaminação com
defensivos agrícolas, além de, em muitos casos, se
constituírem nos únicos remanescentes florestais das
propriedades rurais sendo, portanto, essenciais para a
conservação da fauna. Estas peculiaridades conferem às
matas ciliares um grande aparato de leis, decretos e
resoluções visando sua preservação.
O novo Código Florestal (Lei n.° 4.777/65) desde 1965 inclui
as matas ciliares na categoria de áreas de preservação
permanente. Assim toda a vegetação natural (arbórea ou
não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de
nascentes e de resevatórios deve ser preservada.
De acordo com o artigo 2° desta lei, a largura da faixa de
mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura
do curso d'água. A tabela apresenta as dimensões das
faixas de mata ciliar em relação à largura dos rios, lagos,
etc.
 
Largura Mínima da Faixa Situação
Rios  com menos de 10 m de
30 m em cada margem
largura
Rios  com 10 a 50 m de
50 m em cada margem
largura
Rios  com 50 a 200 m de
100 m em cada margem
largura
Rios  com 200 a 600 m de
200 m em cada margem
largura
Rios  com largura superior a
500 m em cada margem
600 m
Raio de 50 m Nascentes
30 m ao redor do espelho Lagos ou resevatórios em
d'água áreas urbanas
Lagos ou reservatórios em
50 m ao redor do espelho
zona rural, com área menor
d'água
que 20 ha
Lagos ou reservatórios em
100 m ao redor do espelho
zona rural, com área igual ou
d'água
superior a 20 ha
100 m ao redor do espelho
Represas de hidrelétricas
d'água

Um ecossistema torna-se degradado quando perde sua


capacidade de recuperação natural após distúrbios, ou seja,
perde sua resiliência. Dependendo da intensidade do
distúrbio, fatores essenciais para a manutenção da
resiliência como, banco de plântulas e de sementes no solo,
capacidade de rebrota das espécies, chuva de sementes,
dentre outros, podem ser perdidos, dificultando o processo
de regeneração natural ou tornando-o extremamente lento.
Uma floresta ciliar está sujeita a distúrbios naturais como
queda de árvores, deslizamentos de terra, raios etc., que
resultam em clareiras, ou seja, aberturas no dossel, que são
cicatrizadas através da colonização por espécies pioneiras
seguidas de espécies secundárias.
Distúrbios provocados por atividades humanas têm, na
maioria das vezes, maior intensidade do que os naturais,
comprometendo a sucessão secundária na área afetada. As
principais causas de degradação das matas  ciliares são o
desmatamento para extensão da área cultivada nas
propriedades rurais, para expansão de áreas urbanas e para
obtenção de madeira, os incêndios, a extração de areia nos
rios, os empreendimentos turísticos mal planejados etc.
Em muitas áreas ciliares, o processo de degradação é
antigo, tendo iniciado com o desmatamento para
transformação da área em campo de cultivo ou em
pastagem. Com o passar do tempo e, dependendo da
intensidade de uso, a degradação pode ser agravada através
da redução da fertilidade do solo pela exportação de
nutrientes pelas culturas e, ou, pela prática da queima de
restos vegetais e de pastagens, da compactação e da erosão
do solo pelo pisoteio do gado e pelo trânsito de máquinas
agrícolas.
O conhecimento dos aspectos hidrológicos da área é de
suma importância na elaboração de um projeto de
recuperação de mata ciliar. A menor unidade de estudo a ser
adotada é a microbacia hidrográfica, definida como aquela
cuja área é tão pequena que a sensibilidade a chuvas de alta
intensidade e às diferenças de uso do solo não seja
suprimida pelas características da rede de drenagem. Em
nível de microbacia hidrográfica é possível identificar a
extensão das áreas que são inundadas periodicamente pelo
regime de cheias dos rios e a duração do período de
inundação.
Estas informações são extremamente importantes na
seleção das espécies a serem plantadas, já que muitas
espécies não se adaptam a condições de solo encharcado,
ao passo que outras só sobrevivem nestas condições.

TÉCNICAS DE RECUPERAÇÃO DE MATAS CILIARES

1. Regeneração Natural:
Através da regeneração natural, as florestas apresentam
capacidade de se recuperarem de distúrbios naturais ou
antrópicos. Quando uma determinada área de floresta  sofre
um distúrbio como a abertura natural de uma clareira, um
desmatamento ou um incêndio, a sucessão secundária se
encarrega de promover a colonização da área aberta e
conduzir a vegetação através de uma série de estádios
sucessionais, caracterizados por grupos de plantas quer vão
se substituindo ao longo do tempo, modificando as
condições ecológicas locais até chegar a uma comunidade
bem estruturada  e mais estável.
A sucessão secundária depende de uma série de fatores
como a presença de vegetação remanescente, o banco de
sementes no solo, a rebrota de espécies arbustivo-arbóreas,
a proximidade de fontes de sementes e a intensidade e a
duração do distúrbio. Assim, cada área degradada
apresentará uma dinâmica sucessional específica. Em áreas
onde a degradação não foi intensa, e o banco de sementes
próximas, a regeneração natural pode ser suficiente para a
restauração florestal. Nestes casos, torna-se imprescindível
eliminar o fator de degradação, ou seja, isolar a área e não
praticar qualquer atividade de cultivo.
Em alguns casos, a ocorrência de espécies invasoras,
principalmente gramíneas exóticas como o capim-gordura
(Melinis minutiflora) e trepadeiras, pode inibir a regeneração
natural das espécies arbóreas, mesmo que estejam
presentes no banco de sementes ou que cheguem na área,
via dispersão. Nestas situações, é recomendado uma
intervenção no sentido de controlar as populações de
invasoras agressivas e estimular a regeneração natural.
A regeneração natural tende a ser a forma de restauração de
mata ciliar de mais baixo custo, entretanto, é normalmente
um processo lento. Se o objetivo é formar uma floresta em
área ciliar, num tempo relativamente curto, visando a
proteção do solo e do curso d'água, determina as técnicas
que acelerem a sucessão devem ser adotadas.

2. Seleção de Espécies:
As matas ciliares apresentam uma heterogeneidade
florística elevada por ocuparem diferentes ambientes ao
longo das margens dos rios. A grande variação de fatores
ecológicos nas margens dos cursos d'água resultam em
uma vegetação arbustivo-arbórea adaptada a tais variações.
Via de regra, recomenda-se adotar os seguintes critérios
básicos na seleção de espécies para recuperação de matas
ciliares:
 plantar espécies nativas com ocorrência em matas
ciliares da região;
 plantar o maior número possível de espécies para
gerar alta diversidade;
 utilizar combinações de espécies pioneiras de rápido
crescimento junto com espécies não pioneiras
(secundárias tardias e climáticas);
 plantar espécies atrativas à fauna;
 respeitar a tolerância das espécies à umidade do solo,
isto é, plantar espécies adaptadas a cada condição de
umidade do solo.

Na escolha de espécies a serem plantadas em áreas ciliares


é imprescindível levar em consideração a variação de
umidade do solo nas margens dos cursos d'água. Para as
áreas permanentemente encharcadas, recomenda-se
espécies adaptadas a estes ambientes, como aquelas típicas
de florestas de brejo. Para os diques, são indicadas
espécies com capacidade de sobrevivência em condições de
inundações temporárias. Já para as áreas livres de
inundação, como as mais altas do terreno e as marginais ao
curso d'água, porém compondo barrancos elevados,
recomenda-se espécies adaptadas a solos bem drenados.
A escolha de espécies nativas regionais é importante porque
tais espécies já estão adaptadas às condições ecológicas
locais. Por exemplo, o plantio de uma espécie típica de
matas ciliares do norte do País em uma área ciliar do sul,
pode ser um fracasso por causa de problemas de adaptação
climática. Além disso, no planejamento da recuperação
deve-se considerar também a relação da vegetação com a
fauna, que atuará como dispersora de sementes,
contribuindo com a própria regeneração natural. Espécies
regionais, com frutos comestíveis pela fauna, ajudarão a
recuperar as funções ecológicas da floresta, inclusive na
alimentação de peixes.
Recomenda-se utilizar um grande número de espécies para
gerar diversidade florística, imitando, assim, uma floresta
ciliar nativa. Florestas com maior diversidade apresentam
maior capacidade de recuperação de possíveis distúrbios,
melhor ciclagem de nutrientes, maior atratividade à fauna,
maior proteção ao solo de processos erosivos e maior
resistência à pragas e doenças.
Em áreas ciliares proximas a outras florestas nativas, e
quando não se tem disponibilidade de mudas de muitas
espécies, plantios mais homogêneos podem ser realizados.
Nestas situações, deve ocorrer um enriquecimento natural
da área recuperada, pela entrada de sementes vindas das
florestas próximas. Entretanto, salienta-se que o aumento da
diversidade nestes plantios homogêneos tende a ser muito
lento, podendo ser necessários posteriores plantios de
enriquecimento ou até a introdução de sementes.
A combinação de espécies de diferentes grupos ecológicos
ou categorias sucessionais é extremamente importante nos
projetos de recuperação. As florestas são formadas através
do processo denominado de sucessão secundária, onde
grupos de espécies adaptadas a condições de maior
luminosidade colonizam as áreas abertas, e crescem
rapidamente, fornecendo o sombreamento necessário para o
estabelecimento de espécies mais tardias na sucessão.
Várias classificações das espécies em grupos ecológicos
têm sido propostas na literatura especializada, sendo mais
empregada a classificação em quatro grupos distintos:
pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e
climáticas. A tolerância das espécies ao sobreamento
aumenta das pioneiras e climáticas. Para facilitar o
entendimento das exigências das espécies quanto aos
níveis de luz, adotou-se apenas dois grupos: pioneiras e
não-pioneiras. O grupo das pioneiras é representado por
espécies pioneiras e secundárias iniciais, que devem ser
plantadas de maneira a fornecer sombra para as espécies
não pioneiras, ou seja, as secundárias tardias e as
climáticas.
 

Tabela I - Características de espécies arbóreas nativas do


Brasil,
que compõem os diferentes grupos ecológicos.

Grupo Ecológico
Secundár
Característ Secundária Climática
Pioneiras ias
icas s Tardias s
Iniciais
lento ou
Cresciment muito
rápido médio muito
o rápido
lento
mediament dura e
Madeira muito leve leve
e dura pesada
tolerante
Tolerância muito intolerant
no estágio tolerante
à sombra intolerante e
juvenil
20 a 30 30 a 45
Altura das
4 a 10 20 (alguns até (alguns
árvores (m)
50) até 60)
Regeneraç banco de banco de banco de banco de
ão sementes plântulas plântulas plântulas
restrita
(gravidad
ampla e); ampla
ampla
(zoocoria: (zoocoria
(zoocoria
alta : poucas
Dispersão principalm : grandes
diversidade espécies
de ente pelo animais);
de animais); de
sementes vento restrita
pelo vento, animais);
(gravidad
a grande pelo
e)
distância vento, a
grande
distância
pequeno à
Tamanhos
médio mas grande e
de frutos e pequeno médio
sempre pesado
sementes
leve
Dormência induzida sem sem inata
das (foto ou (imaturid
termorregul ade do
sementes
ada) embrião)
Idade da
relativame tardia
1.° prematura prematur
nte tardia (mais de
reproduçã (1 a 5) a (5 a 10)
(10 a 20) 20)
o (anos)
Muito
muito curto
Tempo de curto (10 longo (25 a longo
(menos de
vida (anos) a 25) 100) (mais de
10)
20)
florestas
florestas
secundár
secundária
florestas ias em
se
secundár estágio
capoeiras, primárias,
ias, avançad
bordas de bordas de
bordas o de
matas, clareiras e
Ocorrência de sucessão
clareiras clareiras
clareiras, ,
médias e pequenas,
clareiras florestas
grandes dossel
pequena primárias
floresta e
s , dossel e
sub-
sub-
bosque
bosque

Tabela II - Espécies indicadas


Na tabela II são apresentadas as espécies nativas indicadas
para a recuperação de matas ciliares, com os respectivos
nomes vulgares, o grupo ecológico a que pertencem e a
tolerância à umidade do solo. Foram incluídas na lista
aquelas espécies que aparecem em destaque na maioria dos
estudos fitossociológicos em matas ciliares, e as que a
experimentação científica tem comprovado sua capacidade
para recuperar estas áreas. Espécies arbustivo-arbóreas,
recomendadas para recuperação de matas ciliares G.E. =
grupo ecológico:  P = pioneira; NP = não pioneira; Si =
secundária inicial. Quanto a indicação: A = áreas
encharcadas permanentemente; B = áreas com inundação
temporária; C =  áreas bem drenadas, não alagáveis.
 
Nome Científico Nome Vulgar G.E. Indicação
Acacia polyphylla DC. angico-branco P B, C
Acrocomia aculeata macaúba,
P B, C
Lodd. ex Mart macaúva
Aegiplila sellowiana tamanqueira,
P C
Cham. papagaio
Albizzia hassleri (Chod.) P
farinha seca C
Burkart (Si)
Albizzia glandulosa
tapiá P B, C
Poepp & Endl.
Alchornea triplinervia
tapiá mirim P A, B
(Spr.) Muell. Arg.
Allophylus edulis (A. ST.
lixeira P C
HIL.) Juss
Amaioua guianensis café do mato,
NP C
Aublet marmelada
Anadenanthera
angico P
macrocarpa (Benth.) C
vermelho (Si)
Brenan
Aniba fimula Mez canelinha NP A
araticum,
Annona cacans Warm. NP B, C
araticum cagão
Apulea leiocarpa Macbr. garapa NP C
Aspidosperma
cylindrocarpum Müell peroba poca NP B, C
Arg.
Aspidosperma
peroba rosa NP C
polyneuron Müell. Arg.
Astronium graveolens guaritá, quebra- P
C
Jacq. machado (Si)
Balfourodendron P
pau marfim B, C
riedelianum Engl. (Si)
P
Bauhinia forficata Link. unha-de-vaca B, C
(Si)
Blepharocalyx
guruçuca NP B, C
salicifolius (Kunth) Berg.
Brossimum gaudichaudii mamica-de-
NP B
Trécul. cadela
Cabrelea canjerana
canjerana NP B, C
(Veloso) Martins
Calophyllum brasiliensis
guanandi, landi NP A, B
Camb.
Campomanesia
gabiroba NP B, C
xanthocarpa Berg.
Cariniana estrellensis
jequitibá branco NP C
(Raddi) O. Kuntze.
Cariniana legalis (Mart.)
jequitibá rosa NP C
Kuntze.
pitumba,
Casearia decandra Jacq. guaçatonga, NP B, C
espeto
guaçatonga,
Casearia sylvestris Sw. P C
erva-de-lagarto
Cassia ferruginea P
canafístula B, C
Schard. ex DC. (Si)
embaúba
Cecropia glaziovi Sneth. P B, C
vermelha
Cecropia hololeuca Miq. embaúba P B, C
branca
Cecropia pachystachya
embaúba P A, B
Trécul.
P
Cedrela fissilis Vell. cedro C
(Si)
Cedrela odorata Ruiz &
cedro do brejo NP A, B
Pav.
Centrolobium
tomentosum Guill. ex araribá P A, B
Benth
Cestrum laevigatum
  P A, B
Schlecht
P
Chorisia speciosa St. Hil. paineira B, C
(Si)
Chrysophyllum
guatambú de P
gonocarpum (Mart. & B, C
leite (Si)
Eichl.) Engl.
Citronella gongonha
congonha NP A, B
(Mart.) Howard
vassourão, P
Clethra scabra Pers A, B
canjuja (Si)
saquaragi
Columbrina glandulosa P
vermelho, C
Perkins (Si)
sobrasil
Copaifera lansdorffii óleo copaíba,
NP B, C
Desf. copaíba
P
Cordia ecalyculata Vell. café-de-bugre B, C
(Si)
barbosa, grão-
Cordia superba Cham. P C
de-galo
Cordia trichotoma Vell. louro-pardo, P
C
ex Steud. canela-batata (Si)
Croton florinbundus
capixingui P C
Spreng.
Croton priscus Müel.
pau-sangue P C
Arg.
sangra d'água,
Croton urucurana Baill. P A, B
aldrago
P
Cupania vernalis Camb. camboatã C
(Si)
Cytharexyllum
pau-viola P A, B
myrianthum Cham.
Dendropanas cuneatum maria-mole, P
A, B
Decne. & Planch. mandioca (Si)
Duguetia lanceolata St.
pindaíba, biribá NP C
HIl.
Endlicheria paniculata
canela do brejo NP A, B
(Spreng.) J. F. Macb.
Enterolobium
tamboril, P
contortisiliquum (Vell.) B, C
orelha-de-negro (Si)
Morang
Erythrina crista-gali L. suinã P A, B
Erythrina falcata Benth. sainã P B
Erythrina speciosa candelabro,
P A, B
Andrews faquinha
Esenbeckia leiocarpa
guarantã NP C
Engl.
Eugenia florida DC. guamirim NP A, B
Eugenia uniflora L. pitanga NP C
palmiteiro,
Euterpe edulis Mart. NP B
jussara
P
Ficus citrifolia Willd. figueira B
(Si)
Ficus guaranitica figueira, figueira P
B
Schodat branca (Si)
P
Ficus insipida Willd. figueira branca A, B
(Si)
Gallesia intergrifolia P
pau d'alho B, C
(Spreng.) Harms (Si)
Genipa americana L. genipapo NP A, B
Geonoma brevispatha
  NP A, B
Barb. Rodr.
Gomidesia affinis
guamirim NP C
(Camb.) D. Legr.
Guapira opposita  (Vell.) P
maria-mole B, C
Reitz. (Si)
Guarea guidonea (L.) marinheiro,
NP A, B
Sjeum. cura-madre
Guarea kunthiana A.
marinheiro NP A, B
Juss
Guatteria nigrescens pindaíba-preta,
NP C
Mart. araticum-seco
Guazuma ulmifolia Lam. mutambo P C
Heliocarpus americanus P
jangada C
L. (Si)
Hyeronima urucurana, P
A, B
alchorneoides Fr. All. licurana (Si)
Hymenaea coubaril L. jatobá NP B, C
Ilex brasiliensis Loes cana da praia NP A, B
Ilex paraguariensis St.
erva-mate NP A, B
Hil.
P
Inga affinis DC ingá, ingá-doce A, B
(Si)
P
Inga fagifolia Willd. ingá, ingá-feijão A, B
(Si)
P
Inga luschnatiana Benth. ingá A, B, C
(Si)
P
Inga marginata Willd. ingá A, B
(Si)
Inga uruguensis Hook. et P
ingá A, B
Arn. (Si)
P
Inga vera Willd. ingá A, B
(Si)
Jacaranda macrantha P
caroba-do-mato A, B
Cham. (Si)
Jacaratia spinosa (Aubl.)
jaracatiá P C
A.DC.
P
Lafoensia pacari St. Hil. dedaleiro B, C
(Si)
P
Lithraea molleoides Engl. aroeira brava B
(Si)
Lonchocarpus P
embira de sapo B, C
muehlbergianus Hass. (Si)
P
Luehea divaricata Mart. açoita-cavalo B, C
(Si)
Luhea grandiflora Mart. & P
açoita-cavalo C
Zucc. (Si)
bico-de-pato,
Machaerium aculeatum P
jacarandá-de- B, C
Raddi (Si)
espinho
Machaerium nictitans bico-de-pato, P
B, C
(Vel.) Benth. jacarandá-ferro (Si)
Machaerium stipitatum P
sapuvinha B, C
Vog. (Si)
Maclura tinctoria (L.) P
amoreira B, C
Don ex Steud. (Si)
Matayba elaeagnoides miguel pintado, P
B, C
Radlk. pau-crioulo (Si)
Mauritia flexuosa L. buriti P A, B
Metrodorea stipularis
carrapateira NP C
Mart.
lanceira,
Myrcia rostrata DC. guamirim- P B, C
miúdo
Myrciaria trunciflora
jabuticabeira NP C
Berg.
Nectandra lanceolata
canela-do-brejo NP A, B
Ness
Nectandra
canelinha,
megapotamica (Spreng.) NP C
canela-preta
Mez
Nectandra rigida (H. B. canela-amarela,
NP B, C
K.) Ness canela-ferrugem
Ocotea beaulahie
canela NP B, C
Baitello
Ocotea odorifera (Vell.) canela
NP C
J.G. Rohwer sassafrás
angico-
Peltophorum dubium P
cangalha, C
(Spreng) Taub. (Si)
canafístula
pau-de-
Pera obovata Baill. sapateiro, NP A, B
cacho-de-arroz
Persea pyrifolia Ness. &
maçaranduba NP C
Mart. ex Ness.
Piptadenia gonoacantha P
pau-jacaré C
(Mart.) Macbr. (Si)
Piptocarpha macropoda pau-de-fumo,
P C
Baker vassoura-preta
Platyciamus regnelli pau-pereira,
NP C
Benth. cataguá
Podocarpus sellowii
pinheiro-bravo NP B, C
Klotz. ex Endl.
P
Protium almecega March. almacegueira A, B
(Si)
amescla,
Protium heptaphyllum P
almíscega,  
(Aubl.) March (Si)
breu-vermelho
Prunus myrtifolia (L.) pessegueiro-
NP A, B
Urb. bravo
Pseudobombax
grandiflorum (Cav.) A. embiruçu P B, C
Rob.
Psidium guajava L. goiabeira P B, C
Psychotria sessilis (Vell.) cafezinho-do-
NP C
Müell. Arg. mato
azeitona-do-
Rapanea ferruginea (Ruiz P
mato, C
& Pav.) Mez (Si)
capororoca
Rapaenea guianensis
capororoca P A, B
Aubl.
Rapanea umbellata (Mart. capororoca- P
A, B, C
ex DC.) Mez branca (Si)
Rheedia gardneriana
bacupari NP B, C
Planch. & Triana
Rollinia sylvatica (A. St. araticum-do- P
B, C
Hil.) mato, cortiça (Si)
Rudgea jasminioides
café-do-mato NP C
(Cham.) Müell.
P
Sapium glandulatum Pax leiteiro B, C
(Si)
Savia dyctiocarpa guaraiúva NP B, C
Kuhlm.
Schefflera morototonii mandioqueiro,
P C
(Aubl.) B. Manguire mandiocão
aroeirinha,
Schinus terebinthifolius
aroeira- P A, B
Raddi
pimenteira
Schyzolobium parahyba ficheira,
P B, C
(Vell.) Blake guapuruvu
Sebastiana brasiliensis
branquilho NP A, B
Spreng
Sebastiana klotzschiana branquilho,
NP A, B
Müell. Arg. capixava
Sebastiana serrata (Baill)
branquilho NP A, B
Müell. Arg.
Seguieria floribunda P
limão bravo C
Benth. (Si)
Sesbania virgata (Cav.) P
  A, B
Pers. (Si)
Sorocea bonplandii
folha de serra NP C
Burger
benjoeiro, P
Styrax pohlii A. D. C. C
estoraque (Si)
Syagrus romanzoffiana jerivá, coquinho P
B, C
(Cham.) Glass. babão (Si)
Tabebuia cassinoides P
caixeta A, B
(Lam.) DC. (Si)
Tabebuia chysotricha P
ipê-tabaco C
(Mart. ex DC.) Stanley (Si)
Tabebuia impetiginosa P
ipê-roxo B, C
(Mart.) Standley (Si)
Tabebuia umbelata ipê-amarelo-do- P
A, B
(Sound.) Sand. brejo (Si)
Talauma ovata St. Hil. pinha-do-brejo NP A
peito-de-pomba, P
Tapirira guianensis Aubl. A, B
pau-pombo (Si)
pau-de-lança,
Terminalia triflora Griseb NP A, B
amarelinho
Trema micrantha Blume crindiúva, trema P C
Trichilia catingua A.
catiguá NP C
Juss.
catiguá
Trichilia clausseni C. DC. NP C
vermelho
Trichilia elegans A. Juss. catiguá miúdo NP C
catiguá
Trichilia pallida Sw. amarelo, baga- NP B, C
de-morcego
Triplaris brasiliana P
pau-formiga B, C
Cham. (Si)
pau-de-fumo,
Veronia difusa Less. vassourão- P C
preto
Virola oleifera (Schott)
bicuíba NP B, C
A.C. Smith
Vitex montevidensis
tarumá NP A, B
Cham.
primenteira, P
Xylopia aromatica Baill. C
pindaíba (Si)
Xylopia brasiliensis (L.) pindaíba, asa-
NP B, C
Spreng. de-barata
P
Xylopia emarginata Mart. pindaíba-d'água A, B
(Si)
Zanthoxylum rhoifolium mamica de P
C
Lam. porca (Si)
Zeyheria tuberculosa ipê-felpudo, P
C
(Vell.) Burn. bolsa-de-pastor (Si)
   
 

INDICADORES DE RECUPERAÇÃO

O sucesso de um projeto de recuperação de mata ciliar deve


ser avaliado por meio de indicadores de recuperação.
Através destes indicadores, é possível definir se o projeto
necessita sofrer novas interferências ou até mesmo ser
redirecionado, visando acelerar o processo de sucessão e
de restauração das funções da mata ciliar, bem como
determinar o momento em que a floresta plantada passa a
ser auto-sustentável, dispensando intervenções antrópicas.
A avaliação da recuperação, através de indicadores, é
função das metas e dos objetivos pretendidos com ela. Não
se pode cobrar uma elevada diversidade biológica em um
projeto cujo objetivo tenha sido o de proteger o solo e o
curso d'água dos efeitos negativos da erosão do solo de
uma área extremamente degradada. Neste aspecto, modelos
de recuperação mais complexos, envolvendo uma
diversidade inicial maior de espécies, tendem a promover
uma recuperação mais rápida da biodiversidade e da
funcionalidade do ecossistema. Vários estudos têm
proposto um conjunto de indicadores de avaliação da
recuperação e da sustentabilidade dos projetos de
restauração e, ou, manejo das florestas.
Os insetos têm sido considerados bons indicadores
ecológicos da recuperação, principalmente as formigas, os
cupins, as vespas, as abelhas e os besouros. Em nível de
solo nas áreas em processos de recuperação, há uma
sucessão de organismos da meso e macrofauna que estão
presentes em cada etapa da recuperação destas áreas,
sugerindo que possam ser encontrados bioindicadores de
cada uma destas etapas. Outros indicadores vegetativos
podem ser medidos como: chuva de sementes, banco de
sementes, a produção de serapilheira e silvigênese. Estes
indicadores apresentam a vantagem de serem de
quantificação relativamente fácil, quando comparados com
outros indicadores biológicos.
1 - Regeneração Natural:
O monitoramento da comunidade jovem, do ponto de vista
estrutural estático e dinâmico, possibilita a identificação do
estágio seral e a evolução da mesma. Assim, as análises da
regeneração natural são essenciais para se avaliar o
sucesso da recuperação. A regeneração natural é analisada
através de medições de diâmetro, no nível do solo, e da
altura das plântulas e plantas jovens, presentes em
pequenas parcelas amostrais, lançadas na floresta. Uma
estratificação vertical auxilia o entendimento da dinâmica da
regeneração natural. Estudos mais detalhados determinam
categorias de tamanho para a análise da regeneração. A
quantificação da regeneração, quando associada com a
classificação sucessional das espécies (pioneiras,
secundárias iniciais, secundárias tardias  e climáticas),
compõe um indicador extremamente útil das condições de
recuperação e de sustentabilidade da floresta ciliar. Quando,
na regeneração natural, espécies típicas dos estágios
iniciais da sucessão (pioneiras e secundárias iniciais)
predominam em número de espécie e, ou, de indivíduos,
percebe-se indicativo de que a sucessão está muito lenta na
área e que as espécies tardias não estão conseguindo
chegar até o local ou, embora estejam chegando, por algum
motivo não estão conseguindo se estabelecer. Neste caso é
necessário algum tipo de intervenção. É claro que a análise
deve levar em consideração o tempo em que a floresta foi
implantada.
 

2 - Banco de Sementes:
O banco de sementes compreende as semenetes viáveis
presentes na camada superficial do solo. Através de uma
moldura de 05 X 0,5 cm, lançada na superfície do solo,
coleta-se toda a serapilheira e o solo, numa profundidade de
0-5 cm, que retém a maior parte das sementes. Transferindo
para a casa de vegetação e livre de contaminações externas,
são forcecidas condições de luz e de umidade necessárias
para a germinação das sementes. Após um determinado
tempo, as sementes germinadas são contadas e as plântulas
identificadas. É importante destacar que o banco de
sementes é formado, principalmente, por espécies pioneiras
que, normalmente, apresentam dispersão a longa distância
e, portanto, não estão, necessariamente, presentes na
vegetação arbórea local. Em condições de boa cobertura
vegetal e com bom sombreamento do solo, espera-se que
estas espécies pioneiras presentes no banco não encontrem
condições favoráveis à germinação e ao estabelecimento, a
menos que ocorra um distúrbio. Contudo, este aspecto não
diminui a importância do banco de sementes como
indicador de recuperação e de sustentabilidade, uma vez
que são as espécies pioneiras que irão desencadear o
processo de colonização de uma área, após um distúrbio. O
importante é determinar a riqueza de espécies do banco de
sementes e a proporção entre espécies nativas e invasoras.
Um banco rico em sementes de espécies invasoras ou
ruderais sugere que, frente a um distúrbio natural, como a
abertura de clareiras, estas espécies poderão vir a colonizar
a área, podendo competir com as espécies nativas, afetando
a sustentabilidade da floresta ciliar.
 

3 - Produção de Serapilheira e Chuva de Sementes:


A serapilheira compreende, principalmente, o material de
origem vegetal (folhas, flores, rasos, casas, frutos e
sementes) e, em menor proporção, o de origem animal
(restos animais e material fecal) depositado na superfície do
solo de uma floresta. Atua como um sistema de entrada e
saída, recebendo entradas via vegetação e, por sua vez,
decompondo-se e suprindo o solo e as raízes com
nutrientes e com matéria orgânica. Este processo é
particularmente importante na restauração da fertilidade do
solo nas áreas em início de sucessão ecológica.
Em comunidades sucessionais, o acúmulo de serapilheira e
o tempo de sua remoção podem produzir mudança radical
na estrutura, afetando a substituição de espécies
dominantes, bem como a riqueza e a diversidade. A
quantificação da serapilheira, ao longo do ano, permite
estimar a produção anual por hectare. Em uma área ciliar em
recuperação, esta informação é muito importante, pois
possibilita a comparação com outros estudos realizados em
áreas ciliares. Se a produção de serapilheira da área em
avaliação está muito baixa em comparação com outras
comunidades ciliares pode estar ocorrendo problemas, em
nível de ciclagem de nutrientes.
A ausência ou a baixa densidade de sementes de espécies
não pioneiras na chuva de sementes significa que estas
espécies terão dificuldades de regeneração na área em
recuperação. Como as espécies pioneiras são mais
importantes na definição da estrutura da floresta, devem ser
tomadas medidas visando estimular sua chegada na área.
 

4 - Abertura do  Dossel:
O dossel da floresta, ou seja a cobertura superior da floresta
formada pelas copas das árvores, em termos ecológicos
apresenta uma grande influência na regeneração das
espécies arbustivo-arbóreas, além de atuar como barreira
física às gotas de chuva, protegendo o solo da erosão. Em
florestas secundárias jovens, o dossel normalmente
encontra-se mais aberto, com grandes espaços entre as
copas das árvores, permitindo maior passagem de luz e,
assim, inibindo a regeneração de espécies não pioneiras,
especialmente as climácicas. Nas florestas maduras, o
dossel é mais fechado, causando maior sombreamento no
sub-bosque e favorecendo a regeneração das espécies
tardias, formadoras de bancos de plântulas.
Numa área ciliar em processo de restauração, espera-se que
o dossel tone-se cada vez mais fechado, à medida em que as
árvores cresçam e que suas copas se encontrem. Contudo,
em áreas em que ocorreu mortalidade elevada de mudas,
sem posterior replantio, o dossel apresentará muitas falhas,
e a regeneração natural de espécies não pioneiras poderá
ser prejudicada. Desta maneira, o nível de abertura do
dossel pode ser  um bom indicador da recuperação de uma
mata ciliar. Porém, cabe ressaltar que este indicador deve
ser combinado com outros principalmente com a
regeneração natural, pois é posível se obter um dossel
muito fechado, com bom sombreamenteo e boa cobertura
do solo em reflorestamentos homogêneos, e que, apesar da
proteção ao solo, não são considerados auto-sustentáveis e
são pouco eficientes na recuperação da biodiversidade.
Existem vários métodos para se estimar a abertura do
dossel, sendo a utilização de fotografias hemisféricas o
método mais prático e preciso. A abertura do dossel também
pode ser estimada através da projeção das copas das
árvores, determinando-se a proporção entre as áreas
cobertas e as abertas. É um método subjetivo, mas que
possibilita uma visão geral do estado de recuperação de
uma floresta, em nível de cobertura do solo.

 
Fonte:www.ambientebrasil.com.br, que produziu este texto com base na
publicação:
"Recuperação de matas ciliares", de Sebastião Venâncio Martins.
Editora Aprenda Fácil. Viçosa - MG, 2001.

 
fonte: http://www.aipa.org.br/viveiro-dicas-6-matas_ciliares.htm

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