Metodos e Medidas de Posicionamento Geodesicos Gnss
Metodos e Medidas de Posicionamento Geodesicos Gnss
Metodos e Medidas de Posicionamento Geodesicos Gnss
Geodésico GNSS
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
UNIDADE I
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES.................................................................................................................. 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE POSICIONAMENTO GNSS......................................................... 9
UNIDADE II
REDES DE REFERÊNCIAS....................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 1
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS (3A EDIÇÃO
INCRA/2014).................................................................................................................... 25
CAPÍTULO 2
REDES DE MONITORAMENTO................................................................................................... 37
CAPÍTULO 3
REDES ATIVAS DE MONITORAMENTO RBMC (IBGE) E RIBAC (INCRA).......................................... 43
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DOS SISTEMAS GNSS EM TEMPO
REAL....................................................................................................................................... 51
CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA....................................................................................................................... 55
CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO AO PROGRID, PROCESSAMENTO PPP E AJUSTAMENTO DE REDE GNSS................. 58
UNIDADE III
PROCESSAMENTO DOS DADOS............................................................................................................ 62
CAPÍTULO 1
PROCESSAMENTO PPP............................................................................................................ 62
UNIDADE IV
POSICIONAMENTO GNSS..................................................................................................................... 74
CAPITULO 1
MÉTODOS DE POSICIONAMENTO GNSS................................................................................... 74
CAPÍTULO 2
FONTES DE ERROS E PROCESSAMENTO DE SINAL..................................................................... 78
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 96
4
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
8
CONSTELAÇÃO DE UNIDADE I
SATÉLITES
CAPÍTULO 1
Introdução aos sistemas de
posicionamento GNSS
Dentre os diversos elementos presentes no espaço 24 horas por dia, estão algumas
constelações de satélites artificiais orbitando a terra, a serviço de nos fornecer dados
das mais diversas ordens e para as mais variadas finalidades, tais como a de uso
militar, agricultura, monitoramento ambiental, clima, localização, navegação, aviação,
comunicação, posicionamento diversos entre outros fins.
9
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Logo após, em 1958, os Estados Unidos da América lançou o satélite Vanguard e a partir
desse momento deu-se inicio ao desenvolvimento do sistema NAVSTAR (Navigation
Satellite whith Timing and Ranging).
Nove anos após o lançamento do Vanguard, um sistema de navegação que até então
era utilizado apenas pela marinha americana, foi disponibilizado para uso civil, o qual
era denominado de NNSS (Navy Navigation Satellite System) e também era conhecido
pelo nome de Transit.
O sistema GALILEO por sua vez, surgiu a partir das restrições impostas pelos Estados
Unidos aos demais países quanto a participação no desenvolvimento do sistema GPS.
Dessa forma, em 1999 a União Europeia sugeriu que fosse desenvolvido um sistema
próprio e independente, aberto a participação de demais países, compatível com o
sistema GPS e com o sistema GLONASS, independente e controlado por civis.
Fonte: <www.beidou.gov.cn>.
10
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Sistema GLONASS
O desenvolvimento do sistema GLONASS originou-se na União Soviética no ano
de 1976. Os lançamentos de foguetes iniciaram em 12 de outubro de 1982 até que a
constelação foi concluída em 1995.
Durante a década de 1990, o sistema passou por um declínio até que em 2001, no
governo de Vladimir Putin, o sistema foi restaurado e declarado como prioridade tendo
o financiamento do programa espacial aumentado de forma bastante considerável.
Segundo informações oficiais da Rússia, o sistema GLONASS é o programa mais caro
da Agência Espacial Federal Russa, consumindo um terço do seu orçamento em 2010.
Um novo programa GLONASS para os anos de 2012 a 2020 já foi aprovado em março
de 2012. Dentre as suas principais metas estão a continuidade, modernização e
ampliação do uso nas mais diversas finalidades, bem como tornar o sistema GLONASS
um elemento essencial ao GNSS.
11
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
GLONASS-K - começou em 2011 possuindo mais três tipos: K1, K2 e KM para pesquisa.
Adicionando nessa fase, a terceira frequência para uso civil.
Fonte: <www.glonass-iac.ru>.
12
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Segmento Espacial
Segmento de Controle
»» Um Relógio Central.
Além de toda essa estruturação distribuída ao logo do território Russo, outras seis
estações de monitoramento e medição adicionais estão previstas para começar a operar
em breve.
Segmento de Usuário
Sistema GALILEO
GALILEO é um sistema de navegação global por satélite desenvolvido pela Europa, o
qual visa oferecer um serviço de posicionamento global altamente preciso sob o controle
civil. Ele é compatível com o sistema GPS e o sistema GLONASS.
14
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Fonte: <www.esa.int>.
15
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Sistema GPS
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é um sistema de navegação dos Estados
Unidos da América, com base no espaço, fornecendo confiável serviço de posicionamento,
navegação e cronometria aos usuários civis, de forma livre e desimpedida para todo
o mundo.
O sistema GPS consiste em três segmentos: os satélites que orbitam a Terra (espacial),
monitoramento (controle) de solo e das estações de controle e dos receptores (usuários)
de GPS pertencentes a usuários.
A partir do espaço, os satélites do sistema GPS transmitem sinais que são recebidos
e identificados por receptores GPS em superfície. Estes por sua vez, recebem as
coordenadas tridimensionais de latitude, longitude e altitude, e o tempo preciso local.
O sistema GPS está agora disponível para todos no mercado de pequenos receptores
GPS portáteis. Com estes receptores, os usuários podem determinar com precisão a
sua localização e facilmente navegar para o local onde se deseja ir, seja a pé, dirigindo,
voando ou navegando.
Atividades cotidianas, como serviços de banco, telefonia celular e até mesmo redes de
distribuição de energia, ganham no quesito de eficiência, haja vista à precisão fornecida
pelo GPS.
16
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS voam em órbita terrestre média (MEO) a uma altitude de cerca de
20,200 km (12.550 milhas). Cada satélite orbita a Terra duas vezes por dia.
Fonte: <www.gps.gov>.
Quanto ao arranjo dos satélites da constelação GPS, estes são dispostos em seis planos
orbitais igualmente espaçados em torno da Terra.
»» Bloco I: Onze satélites deste tipo foram lançados entre 1978 e 1985. A
Disponibilidade Seletiva (S/A) não foi implementada e seu peso médio
era de 845 kg. A vida média prevista era de 4,5 anos, embora alguns
deles tenham durado até 10. Eles foram capazes de dar serviço de
posicionamento por 3 ou 4 dias sem nenhum contato com o centro de
controle.
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UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Fonte: <www.gps.gov>.
18
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Fonte: <www.gps.gov>.
Fonte: <www.gps.gov>.
Fonte: <www.gps.gov>.
19
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Fonte: <www.gps.gov>.
Fonte: <www.gps.gov>.
Espacial
Neste segmento inclui os satélites e os foguetes Delta que lançam satélites a partir de
Cabo Canaveral, na Flórida.
20
CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES │ UNIDADE I
Os satélites GPS (mínimo de vinte e quatro satélites) voam em órbitas circulares (seis
planos orbitais) a uma altitude de 10.900 milhas náuticas ou 20.200 km e com um
período de 12 horas.
As órbitas são inclinadas em relação a linha do equador, em 55º para garantir a cobertura
das regiões polares.
Alimentado por células solares, os satélites mantém uma orientação constante a fim de
apontar os seus painéis solares em direção ao sol e sua antena para a Terra. Cada um
dos satélites, posicionados seus planos orbitais, circula a Terra duas vezes por dia.
Controle
21
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
Fonte: <www.gps.gov>.
Uma estação pode localizar até 11 satélites de cada vez. Este check-up é realizado duas
vezes por dia, por cada estação, quando os satélites completam as suas viagens em
torno da Terra.
Usuário
No que diz respeito ao segmento de usuário inclui equipamentos militares e civis que
recebem os sinais GPS. Os equipamentos militares receptores do sinal GPS são os
integrados em equipamentos de caças, bombardeiros, tanques, helicópteros, navios,
submarinos, tanques, jipes e soldados.
Além das atividades básicas de navegação, aplicações militares, o sistema GPS possibilita
a designação de alvos, o apoio aéreo aproximado e as armas “inteligentes”.
Os sistemas de rastreamento GPS são usados para encaminhar e monitorar entrega por
vans e veículos de emergência.
Na agricultura de precisão, o GPS é usado para orientar com precisão máquinas agrícolas
empregadas na lavoura, no plantio, adubação e a colheita.
Para promover este futuro sistema de ATM, o objetivo é estabelecer e manter uma
capacidade de navegação baseada em satélite para todas as fases do voo.
Além disso, o código Y é usado em lugar do código P sempre que o modo de funcionamento
do Antifalsificação (A / S) é ativado.
23
UNIDADE I │ CONSTELAÇÃO DE SATÉLITES
24
REDES DE REFERÊNCIAS UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Norma Técnica para
Georreferenciamento de Imóveis Rurais
(3a Edição INCRA/2014)
Art. 176...
25
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Art. 225...
A lei foi elaborada em substituição a um decreto de 1969 que foi revogado e dessa forma,
quatro anos depois, foi publicado o novo texto legal em questão Lei no 6.015 que, como
já mencionado, versa sobre o registro de imóveis.
No ano de 2001, uma nova lei foi criada para alterar alguns temas da Lei no 6.015. Essa
lei é a no 10.267/2001, a qual representa grande importância pelo fato de atuar, entre
outras coisas, como elemento unificador do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais e o
Registro de Imóveis.
26
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Rede Planimétrica
27
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Rede Altimétrica
No mês de dezembro de 1946, foi efetuada a conexão com a Estação Maregráfica de Torres,
Rio Grande do Sul, permitindo, assim, o cálculo das altitudes das Referências de Nível já
implantadas. Concretizava-se, assim, o objetivo do Professor Allyrio de Mattos de dotar
o Brasil de uma estrutura altimétrica fundamental, destinada a apoiar o mapeamento
e servir de suporte às grandes obras de engenharia, sendo de vital importância para
projetos de saneamento básico, irrigação, estradas e telecomunicações.
Em 1958, quando a Rede Altimétrica contava com mais de 30.000 quilômetros de linhas
de nivelamento, o Datum de Torres foi substituído pelo Datum de Imbituba, definido
28
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
pela estação maregráfica do porto da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. Tal
substituição ensejou uma sensível melhoria de definição do sistema de altitudes, uma
vez que a estação de Imbituba contava na época com nove anos de observações, bem
mais que o alcançado pela estação de Torres.
Ajustamentos da RAAP
Somente no início de 2005, foi possível iniciar o processo que levou ao ajustamento
simultâneo, concluído em maio e disponibilizado em 20 de junho deste ano.
A organização e a preparação de todos os dados da RAAP, observações e memoriais
descritivos, demandaram a geração de programas específicos de crítica dos dados,
no qual foram identificadas e corrigidas as inconsistências encontradas. Assim, foi
possível incluir estações que anteriormente receberam valores preliminares e cerca
de 12.000 que ainda não haviam sido calculadas. Também foram identificadas áreas
que precisam de novas medições, confirmada a necessidade de manutenção de várias
estações geodésicas existentes e construção de novas.
Rede Gravimétrica xz
30
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Com as demandas cada vez maiores da sociedade para a utilização do GPS como
ferramenta, as redes GPS estaduais procuram suprir essas demandas atuais que tendem
a crescer cada vez mais ampliadas devido à utilização das técnicas de posicionamento
por satélites artificiais. Como exemplo dessas necessidades da sociedade, podemos
citar a Lei no 10.267/2001 estabelecida pelo INCRA, visando georreferenciar todas as
propriedades rurais existentes no país, tendo como referência o Sistema Geodésico
Brasileiro - SGB.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
31
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
»» Regulamentação fundiária;
»» Transmissão de energia;
Portanto, o IBGE de 1939 até a presente data, tem acompanhado todo o desenvolvimento
das instalações das redes de monitoramento, no sentido de dotar o país de uma estrutura
planimétrica compatível com o nível de precisão proporcionado pela tecnologia atual.
32
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
»» Coordenadas UTM.
»» Altitude de precisão.
»» Informações de municípios.
A sua materialização se efetiva por meio dos conjuntos de estações, que constituem
as redes:
1ª Passo: Informe o número da estação (ou estações, separadas por vírgula) e clique
no botão “OK”.
33
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
»» Clique em OK.
Fonte: <www.ibge.gov.br>.
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REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Com o uso cada vez maior do Sistemas de Navegação Global por Satélite (GNSS) para o
posicionamento, principalmente na obtenção de altitudes, associado às novas informações
geodésicas e modelos de geopotencial e de terreno disponíveis recentemente, identificou-se
a necessidade de atualização do modelo de ondulações geoidais, possibilitando a conversão
de altitudes geométricas ou elipsoidais (referidas ao elipsoide) em ortométricas (referidas
ao nível médio do mar - NMM) com uma melhor confiabilidade. É com este objetivo que
o MAPGEO2010, assim como os modelos anteriores (MAPGEO92 e MAPGEO2004), foi
concebido e produzido conjuntamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), pela Coordenação de Geodésia (CGED), e pela Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo – EPUSP. O modelo MAPGEO2010 foi calculado com uma resolução de
5’ de arco, e o Sistema de Interpolação de Ondulações Geoidais foi atualizado. Através
deste sistema, os usuários podem obter a ondulação geoidal em um ponto, ou conjunto
de pontos, em coordenadas SIRGAS2000.
Fonte: IBGE.
35
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Para converter a altitude geométrica ou elipsoidal (h), obtida pela GNSS, em altitude
ortométrica (H), utiliza-se a equação:
H = h – N.
Fonte: IBGE.
36
CAPÍTULO 2
Redes de monitoramento
A Geodésia está intimamente ligada a essa necessidade da nossa espécie. Ela foi capital
em muitos processos de desenvolvimento e continua sendo na atualidade; pelo que
podemos observar, cada vez mais. Foi importante, por exemplo, nos descobrimentos
portugueses, no desenvolvimento do cadastro, na corrida espacial e é hoje importante
nas telecomunicações, na agricultura e nas questões ambientais. No caso brasileiro
ela é uma peça chave mais uma vez: na questão do gerenciamento do território e no
encaminhamento para uma solução dos problemas fundiários que assolam este País
por centenas de anos.
Para termos uma simples noção da difusão dos sistemas de posicionamento na era
da globalização basta uma pesquisa com a sigla GPS pela internet. Essa utilidade
geodésica norte-americana se entranhou de tal forma nas atividades humanas que, se
alguém “desligar a chave” poderá causar sérios problemas em todo o planeta, pois ela é
referência de posição e tempo para boa parte da navegação, das telecomunicações, das
operações logísticas militares e civis entre muitas outras atividades.
Rede ativa
Basicamente, uma rede ativa é um conjunto de pontos de coordenadas precisamente
determinadas em um sistema de referência geodésico. Instalados sobre esses pontos
conhecidos, operam receptores de sinais de satélite de posicionamento com sistemas
de comunicação de dados. A operação pode se dar por um período ou continuamente,
gerenciada por um centro operacional responsável por manter o sistema e divulgar os
dados via rede.
Existem as redes ativas que produzem dados para após o processamento, ou seja, o
usuário realiza a sua coleta de dados e depois obtém os dados da rede ativa e processa
os seus em conjunto. Há ainda redes com capacidade para tempo real (RTK), ou seja,
numa determinada área de ação, menor que a anterior, o usuário com receptor integrado
ao sistema de telemetria, recebe dados do sistema ativo e obtém um posicionamento
em tempo real mais preciso do que aquele conseguido pelo método absoluto.
Algumas conforme o objetivo, podem também divulgar correções DGPS para navegação
mais precisa em tempo real.
As redes que se destinam a proporcionar precisão a uma gama mais ampla de usuários
devem ser realizadas com monumentos estáveis, geralmente pilares próprios com fundação,
construídos em locais mais protegidos e com adequada visibilidade para a constelação.
Os pontos devem ser monitorados para que seja assegurado que o vértice não alterou a
sua posição ou para acompanhar as alterações .
Para exemplificar tal necessidade podemos tomar o caso de num dos vértices da rede
do Ordnance Survey do Reino Unido que, instalado em um farol e após um período de
chuvas intensas sofreu um deslocamento devido à movimentação da encosta. Por causa
do monitoramento diário este evento foi detectado e os usuários informados.
Existem redes mantidas por instituição pública ou por privada, rede regional ou
mundial, tal como é o caso da rede do International GNSS Service IGS.
38
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Fonte <www.igscb.jpl.nasa.gov>.
Fonte <www.ngs.noaa.gov>.
Podemos verificar pela legenda da figura acima que a rede do NGS é composta por
sub-redes de várias instituições, conferindo maior abrangência e racionalização de
recursos. Para que isso seja mais eficiente as estações devem possuir uma padronização
mínima.
Também contamos com uma estrutura geodésica deste gênero no Brasil, que vem sendo
mantida e ampliada pelo IBGE, desde 1994, em parceria com diversas instituições
39
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Fonte <www.ibge.gov.br>.
Paralelamente à RBMC, temos outras redes ativas mantidas por Órgãos Públicos
como o INCRA e a Marinha ou por entidades particulares, tal como empresas que
comercializam equipamentos. As características dessas redes podem diferir daquela da
RBMC, por exemplo, a do INCRA, denominada Rede INCRA de Bases Comunitárias
RIBaC, emprega receptores com uma frequência, mas o órgão pretende melhor
adequá-la aos conceitos necessários.
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que o vértice
estabelecido para a estação ativa, deva fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro
(SGB). Sem este princípio básico a utilização é limitada e os valores determinados
exclusivamente a partir dela não possuem as características necessárias a atividade
como por o georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo.
Desde 1994, o IBGE mantém a RBMC, utilizada pelos usuários para diversos
fins. As estações da RBMC e de outras redes homologadas estruturam o
georreferenciamento no Brasil.
40
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Portanto, as entidades que mantêm estações ativas vêm procurando homologá-las junto
ao IBGE, o que requer que seja realizado um projeto adequado. Para tanto, o instituto
disponibiliza normas em seu site.
Homologada a estação geodésica, esta se equipara a uma obra pública, nos termos do
Decreto Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967, capítulo VII: Dos Marcos, Pilares e
Sinais Geodésicos; artigo 13o, devendo ser de livre acesso e estando “protegido por Lei
(Código Penal e demais leis civis de proteção aos bens do patrimônio público).”
Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que
o vértice para a estação ativa deve fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro.
No momento atual do Brasil, o seu papel é chave, frente à vigência da Lei no 10.267, de 28
de agosto de 2001, e demais documentos legais pertinentes. Embora possamos contar
com as Redes Geodésicas Estaduais, as estações ativas da RBMC e demais estações
homologadas proporcionam um importante arcabouço para o georreferenciamento.
O acesso aos equipamentos pode ser dado por meio de linhas especiais de crédito e os
bens adquiridos serão pagos pelos serviços prestados pelo profissional.
Avaliando o que tem ocorrido no mundo nas últimas seis décadas, falando principalmente
em termos de Geodésia, o observador percebe que será cada vez maior a difusão do uso
desses sistemas de posicionamento e, com eles, as redes ativas. Talvez em pouco tempo
possamos contar no Brasil com um sistema mais abrangente, combinando as redes
ativas em operação, modernizando e ampliando as redes públicas existentes.
42
CAPÍTULO 3
Redes ativas de monitoramento RBMC
(IBGE) e RIBAC (INCRA)
Sobre a RBMC
A utilização da tecnologia GNSS (Global Navigation Satellite System) provocou uma
verdadeira revolução nas atividades de navegação e posicionamento. Os trabalhos
geodésicos e topográficos passaram a ser realizados de forma mais rápida, precisa e
econômica. À medida que as técnicas de posicionamento evoluem, diversas aplicações
em tempo real e pós-processado têm surgido, tornando o papel da RBMC cada vez
mais amplo.
O RBMC aplica-se:
Caracterização
43
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Operação
Mesmo com a tecnologia avançando para melhorar os trabalhos, ainda ocorrem, algumas
perdas de dados devido a problemas de conexão de Internet e de falta de energia quando
acontecem logo são imediatamente comunicados pelo Twitter da RBMC <http://
twitter.com/IBGE_RBMC> e na página de informações <http://www.ibge.gov.br/home/
geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>.
44
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Podemos concluir que a RBMC constitui uma estrutura de referência nacional com mais
precisão, integrando diversas estruturas globais, com uma referência que é a utilização
do novo sistema de coordenadas SIRGAS 2000.
Estações
Figura 22. Rede brasileira de monitoramento contínuo. Estações estabelecidas (coordenadas aproximadas).
Fonte: IBGE.
45
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
46
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
47
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
48
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Fonte: IBGE.
Fonte: IBGE.
Informações:
»» Estações Inoperantes.
»» Estações Atualizadas.
»» Estações Atualizadas.
»» Estações Novas.
»» Estações Desativadas.
49
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>
50
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – Rede Brasileira de
Monitoramento Contínuo dos Sistemas
GNSS em tempo real
É um serviço para posicionamento em tempo real a partir das estações da RBMC, para
usuários que fazem uso da técnica RTK (relativo cinemático em tempo real) ou DGPS
(GPS diferencial) nos seus levantamentos. Os dados são disponibilizados via protocolo
Internet conhecido por Networked Transport of RTCM via Internet Protocol (NTRIP),
em formato RTCM. O NTRIP foi projetado para disseminar a correção de dados
diferencial ou outros tipos de dados GNSS para usuários, móveis ou estacionários,
pela Internet, permitindo conexões simultâneas de computadores, Laptops e PDAs que
possuem acesso a Internet sem fio, como, por exemplo, GPRS, GSM ou modem 3G.
51
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Fonte: IBGE.
O servidor pode ser acessado pelo endereço IP 186.228.51.52 e opera na porta 2101.
A porta 2101 é reservada para a transmissão das correções diferenciais obtidas pelos
programas cliente NTRIP, citados anteriormente. Acessando em qualquer navegador
de Internet <http://186.228.51.52:2101>, é possível visualizar as informações sobre as
estações no servidor «caster « do IBGE.
52
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
Sendo assim, para a realização do PPP em tempo real o usuário deve dispor de um
receptor que envie os dados para um PC, pelo formato RTCM 3.0, e ter acesso aos fluxos
de correção, à órbita e ao relógio disponibilizados por meio do servidor «caster «do IBGE.
Os fluxos de correção são usados para realizar o processamento juntamente com o fluxo
de dados GNSS que está sendo recebido no aplicativo cliente BNC (BKG NTRIP Client)
no PC. O aplicativo BNC está disponível em <http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download>.
Fonte: IBGE.
Vale lembrar que não é recomendado que o usuário utilize uma rede corporativa
protegida por firewall ou que necessite de um proxy para acessar à Internet, pois dessa
forma o serviço pode não funcionar.
53
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
54
CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA
Fonte:<www.mundogeo.com>.
55
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
Fonte:<www.incra.gov.br>.
Cadastramento
O cadastramento para acesso à Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS – RIBaC
– começa pela solicitação do de cadastramento para acesso aos dados da Rede e para
tanto é necessário o fornecimento dos dados pessoais que deverão ser adotados para
acessar o sistema.
Dados Pessoais
1 – CPF (somente números)*
2 – Senha **
3 – Nome completo
4 – Profissão
5 – Empresa
6 – Cidade/Estado
7 – (DDD) Telefone
8 – E-mail
* Usuário
** Criada pelo usuário, devendo possuir pelo menos 06 (seis) caracteres alfanuméricos
Considerar que o software faz diferença entre letras maiúsculas e minúsculas.
Fonte: IBGE.
56
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
57
CAPÍTULO 6
Introdução ao PROGRID, processamento
PPP e ajustamento de rede GNSS
58
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
59
UNIDADE II │ REDES DE REFERÊNCIAS
os dados para entrada e saída incluem formatos populares de arquivos, como por
exemplo o GML.
›› Método pelo qual se deve entrar as coordenadas (os dados podem ser
informados ao ProGriD pelo teclado ou por um arquivo de texto formatado).
Fonte: IBGE.
60
REDES DE REFERÊNCIAS │ UNIDADE II
61
PROCESSAMENTO DOS UNIDADE III
DADOS
CAPÍTULO 1
Processamento PPP
Caso o usuário não saiba o tipo de antena que possui, ele deve consultar o arquivo
<http://igscb.jpl.nasa.gov/igscb/station/general/rcvr_ant.tab> para identificar a sua
antena. Se a opção “Não alterar RINEX” for à escolhida pelo usuário, o IBGE-PPP irá
usar a identificação da antena encontrada no arquivo RINEX. Caso esta identificação
não seja a mesma adotada pelo IGS, o IBGE-PPP não aplicará a correção de centro
de fase da antena do receptor. Isso poderá ocasionar erros de alguns decímetros nos
resultados, principalmente altimétricos.
5o Passo: Inserir um endereço eletrônico válido para que o processamento possa ser
realizado. Isso é importante porque caso algum erro seja detectado, o usuário poderá
ser contatado e submeter novamente os dados ao IBGEPPP.
Informação da antena
Para obter as coordenadas precisas em um posicionamento GNSS, deve-se considerar
no processamento a distância vertical da referência do ponto (marco) ao plano de
referência da antena (ARP), e a distância do ARP ao centro de fase da antena (APC).
ARP até o marco (Altura da antena): distância vertical entre o ponto de referência
do marco e o plano de referência da antena 2 e é determinada em função da instalação
da antena. Se conhecida, ela deverá ser informada em unidades de metro e preenchida
como componente H na linha «ANTENA: DELTA H/E/N» do cabeçalho do arquivo
RINEX, e/ou no processamento com o IBGE-PPP. As componentes E e N, mesmo se
não forem zero não serão consideradas no processamento.
APC para ARP: distância entre o plano de referência da antena e o centro de fase e é
dependente das características eletrônicas da antena com relação as observáveis (L1 ou
L2). O IBGE-PPP usa os valores de calibração do centro de fase publicados pelo IGS ou
pelo NGS. A nomenclatura adotada pelo IGS para a identificação do modelo da antena
deverá ser usada para identificá-la no campo «ANT # / TIPO» do cabeçalho RINEX, e/
ou selecionando-a pela lista de modelos de antena apresentadas.
pelo IGS / NGS, o processamento será realizado sem a correção do centro de fase, e neste
caso, aparecerá no arquivo SUM a informação “NÃO ENCONTRADO”.
O arquivo de extensão POS possui a estimativa das coordenadas época a época, ao longo
do tempo de rastreio. Ele é útil para um levantamento realizado no modo cinemático
ou para o acompanhamento da convergência dos resultados quando as coordenadas do
cabeçalho do arquivo RINEX são de boa qualidade.
Arquivo KML para ser visualizado no Google Earth. Vale ressaltar que a posição do
ponto apresentado na imagem do Google Earth, pode não coincidir com a sua verdadeira
posição, devido à precisão associada à imagem, que em alguns casos pode chegar a
dezenas de metros.
64
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
65
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
Os itens a seguir detalham cada uma das seções e tópicos apresentados no arquivo SUM
do IBGE-PPP.
Informações gerais
Cabeçalho com informações sobre o nome do serviço, versão do programa executável,
data de compilação do programa, instituição responsável pela manutenção do serviço
e seu contato, e instituição responsável pelo desenvolvimento do programa CSRS-PPP.
66
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
Parâmetros de transformação
Informa os parâmetros de transformação utilizados para relacionar uma realização
do ITRF (IGb00, IGS05, IGS08 ou IGb08) na época da observação com o referencial
SIRGAS2000.
67
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
Modelo troposférico
As correções dos efeitos troposféricos são calculadas em função dos atrasos na
componente seca ou hidrostática (Modelo Davis- GPT) e da componente úmida (Modelo
Hopfield-GPT) e função de mapeamento GMF (Global Map Function).
Sumário do processamento
Esta seção reporta as opções selecionadas no processamento, assim como os resultados
de sua execução, conforme os subitens:
»» opções de processamento;
Opções de processamento
No processamento GNSS utilizando o IBGEPPP, há três tipos de entrada de
informações: SELECIONADAS PELO USUÁRIO, obtidas do ARQUIVO RINEX,
68
PROCESSAMENTO DOS DADOS │ UNIDADE III
69
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
diretamente no IBGE-PPP pelo usuário, neste caso não serão utilizadas as informações
constantes no cabeçalho do arquivo RINEX.
Seção que fornece as coordenadas estimadas para a época do levantamento, nos sistemas
CARTESIANO (XYZ) e ELIPSOIDAL, para os referenciais: SIRGAS e ITRF, além
da precisão estimada para um nível de confiança de 95%. Outra informação que é
apresentada nesta seção é a diferença entre as coordenadas determinadas em SIRGAS
e ITRF.
71
UNIDADE III │ PROCESSAMENTO DOS DADOS
no zênite (em metros); desvio padrão (em metros) da latitude (SLAT), longitude
(SLON) e altitude; desvio padrão do erro do relógio do receptor (SCLK); desvio padrão
do atraso troposférico no zênite; latitude (grau, minuto, segundo); longitude (grau,
minuto, segundo); altitude em metros.
O arquivo de extensão KML é utilizado para visualização dos resultados no Google Earth.
Em um levantamento realizado no modo ESTÁTICO apenas um ponto é apresentado
na imagem do Google, e em um levantamento realizado no modo CINEMÁTICO é
apresentado o trajeto do levantamento. Vale ressaltar que a posição do ponto apresentado
na imagem do Google Earth pode não coincidir com a sua verdadeira posição, devido
à precisão associada à imagem, que em alguns casos pode chegar a dezenas de metros.
Nas redes geodésicas obtidas por GPS a análise da matriz variância covariância das
observações é importante quando ocorre a rejeição do teste global, pois os desvios
padrão contidos nesta matriz podem estar super ou subestimados.
CAPITULO 1
Métodos de posicionamento GNSS
O posicionamento por GNSS pode ser realizado por diferentes métodos e procedimentos.
Neste Caderno de Estudo e Pesquisa serão abordados apenas aqueles que proporcionam
precisão adequada para serviços de georreferenciamento de imóveis rurais, tanto para
o estabelecimento de vértices de referência, quanto para o posicionamento de vértices
de limites (artificiais e naturais).
Nos próximos tópicos é feita uma breve descrição sobre cada um dos métodos de
posicionamento por GNSS, aplicados aos serviços de georreferenciamento de imóveis
rurais.
Posicionamento relativo
No posicionamento relativo, as coordenadas do vértice de interesse são determinadas a
partir de um ou mais vértices de coordenadas conhecidas. Neste caso é necessário que
dois ou mais receptores GNSS coletem dados simultaneamente, no qual ao menos um
dos receptores ocupe um vértice de referência no posicionamento relativo podem se
usar as observáveis: fase da onda portadora, pseudodistância ou as duas em conjunto.
Sendo que a fase da onda portadora proporciona melhor precisão e por isso ela é a
única observável aceita na determinação de coordenadas de vértices de apoio e vértices
situados em limites artificiais. O posicionamento relativo utilizando a observável
pseudodistância só é permitido para a determinação de coordenadas de vértices
situados em limites naturais.
74
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
RTK E DGPS
O conceito de posicionamento pelo RTK (Real Time Kinematic) e DGPS (Differential
GPS) baseia-se na transmissão instantânea de dados de correções dos sinais de
satélites, do(s) receptor(es) instalado(s) no(s) vértice(s) de referência ao(s) receptor(es)
que percorre(m) os vértices de interesse. Desta forma, proporciona o conhecimento
instantâneo (tempo real) de coordenadas precisas dos vértices levantados.
RTK convencional
No modo convencional os dados de correção são transmitidos por meio de um link de
rádio do receptor instalado no vértice de referência ao(s) receptore(s) que percorre(m)
os vértices de interesse. A solução encontrada é uma linha de base única.
Um fator que limita a área de abrangência para a realização de levantamentos por RTK
convencional é o alcance de transmissão das ondas de rádio. Basicamente, o alcance
máximo é definido em função da potência do rádio e das condições locais em termos de
obstáculos físicos.
76
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
RTK em rede
No RTK em rede, ao invés de apenas uma estação de referência, existem várias estações
de monitoramento contínuo conectadas a um servidor central, a partir do qual são
distribuídos, por meio da Internet, os dados de correção aos receptores móveis Com este
método de posicionamento é possível obter mais de um vetor, dependendo do número
de estações de referência envolvidas, e com isso efetuar o ajustamento das observações,
proporcionando maior precisão e controle.
O IBGE disponibiliza um serviço on-line de PPP que processa dados no modo estático
e cinemático em <http://www.ppp.ibge.gov.br/ppp.htm>.
77
CAPÍTULO 2
Fontes de erros e processamento de sinal
Neste momento serão descritos alguns dos erros contidos no segmento espacial do
sistema GNSS (Global Navigation Satellite System) que tem como principais fontes
erros relacionados à órbita de navegação, aos relógios dos satélites, à relatividade, ao
atraso de ondas e não menos o centro de fase da antena.
Erros orbitais
As efemérides são informações que são transmitidas frequentemente pelos satélites
e funciona como identificação, pois cada satélite transmite sua própria efeméride.
Nelas estão contidos parâmetros de informações de um determinado satélite como sua
posição, data, hora.
As coordenadas dos satélites calculadas a partir das efemérides são fontes de erros, pois
todos os processos de ajustamento dos dados dos satélites por mais que seja cuidadoso
antes do lançamento a sua orbita de destino é passível de erro, contudo esses erros
são propagados até o usuário, erro que é quase repassado diretamente na obtenção de
coordenadas por meio de posicionamento no módulo estacionário (absoluto), mas já no
posicionamento relativo estes erros são desprezíveis. Porém alguns erros permanecem,
assim diminuindo a acurácia do sistema conforme a distância da linha-base.
As informações orbitais podem ser obtidas por meio das efemérides que podem ser
transmitidas ou pós-processadas, caracterizando-se como precisas. Mas hoje já é possível
adotar efemérides preditas pelo IGS (o International GPS Service for Geodynamics).
78
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
Sendo que antes da S.A ser desativada a função polinominal não conseguia adequar de
modo aceitável os erros do relógio no satélite. Bem que para anular os erros dos relógios
do satélite são utilizados métodos de posicionamento relativo, que ao formar duplas
diferenças os erros dos relógios se anularam.
Efeitos da relatividade
Os erros de relatividade não são inerentes somente dos satélites e sua órbita, mas também
são encontrados na propagação do sinal e nos relógios dos respectivos receptores, como
os relógios dos satélites e dos receptores estão em campo gravitacionais diferentes,
apresentam uma alteração na velocidade da propagação do sinal, com densidades
diferentes as ondas eletromagnéticas têm como característica alterar a forma de sua
frequência consequentemente a sua velocidade em meios diferentes. Isso provoca uma
alteração entre os relógios do satélite e o receptor.
Para atenuação destes erros no segmento espacial, antes dos lançamentos dos
satélites é reduzida a frequência nominal nos relógios dos satélites em alguns hertz,
porém há presença de erros remanescentes, que podem ser eliminados pelo método de
posicionamento relativo.
Já nos receptores existem algumas equações que auxiliam o usuário a compensar esses
erros, no caso de utilizar receptores dotados apenas da portadora L1, necessita-se
79
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
O IGS disponibiliza um arquivo chamado Antex, que possui correções do centro de fase
e dimensões das antenas relacionadas à posição do Ponto de Referência das Antenas
(ARP).
As antenas devem ser alinhadas com o norte verdadeiro para padronizar as medições
em diferentes estudos e de modo que a localização do centro de fase da antena seja
modelada corretamente. Esta não coincidência do centro de fase eletrônico (no qual
o sinal GPS é efetivamente recebido) com o eixo de simetria (no qual é padronizada
a tomada de medição do sinal) é uma característica das antenas GPS que se deve às
diferenças construtivas de cada antena. Este deslocamento chama-se offset do centro
de fase médio.
Além das coordenadas de interesse, esses modelos permitem que outros parâmetros
sejam determinados, como, por exemplo, os referentes à atmosfera.
80
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
Em qualquer um dos casos é recomendável realizar uma consulta ao BDG para conseguir
as informações atualizadas das estações do SGB envolvidas no planejamento. Não
devem ser utilizadas de forma alguma estações consideradas clássicas, ou seja, estações
cujas coordenadas não foram determinadas com GPS, pois estas podem introduzir
erros na determinação das linhas de base.
81
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
Posicionamento relativo
82
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
83
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
Materiais e metodologia
»» IGBE-PPP.
Dados
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POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
Posicionamento relativo
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UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
obtidas por meio do posicionamento GNSS relativo, que foi realizado para estimar o
valor numérico de suas componentes ∆X ∆Y ∆Z. Assim, a MVC das observações
tem estrutura bloco-diagonal 3 X 3. Cada uma das 20 linhas-base possui uma
matriz 3 X 3, relativa às variâncias e covariâncias de suas componentes (∆X ∆Y
∆Z). Na MVC ainda constam as variâncias e covariâncias das coordenadas dos
pontos de controle injuncionadas de forma relativa no ajustamento.
Resultados e análises
86
POSICIONAMENTO GNSS │ UNIDADE IV
Verifica-se que o valor médio de diferença, em UTM, entre os valores obtidos pelo
PPP e os valores das coordenadas oficiais do IBGE foi de aproximadamente 7,9
milímetros, na coordenada Leste e de 13 milímetros na coordenada Norte. Todos
os valores de diferença para a coordenada Norte foram da ordem de 5 milímetros,
com exceção da estação RSAL cujo valor de diferença é 6,2 centímetros, cerca de
dez vezes maior que para as outras estações.
Considerações finais
87
UNIDADE IV │ POSICIONAMENTO GNSS
<http://www.dsr.inpe.br/sbsr2015/files/p0032.pdf>.
88
Para (não) Finalizar
Os limites das propriedades rurais, quase sempre apresentam algum problema referente
a sobreposição de sua área com outra área limítrofe. Para isso é possível que se faça
uma análise prévia comparando a localização das coordenadas do imóvel em questão,
com a localização dos imóveis vizinhos já certificados.
1ª - Escolha de um software.
89
PARA (NÃO) FINALIZAR
Fonte: Autor.
A figura anterior na qual apresenta o endereço eletrônico para ter acesso ao download
do software, apresenta três etapas para esse procedimento, sendo eles:
90
PARA (NÃO) FINALIZAR
A segunda etapa que consiste na localização da área do imóvel, pode ser realizada
pelo acesso à página do INCRA <www.incra.gov.br> no qual se deve localizar a opção
Acervo Fundiário encontrada na parte inferior da página.
A opção acima mencionada irá funcionar com a interface do i3Geo, o qual irá reproduzir
todos os lotes rurais do Brasil. Caso já se conheça a localização do imóvel, basta
apenas usar a ferramenta de aproximação para se chegar até o referido imóvel, caso
não se tenha conhecimento da localização, basta digitar as coordenadas utilizando as
seguintes opções:
2
3
4
5
1
Fonte: INCRA.
4. Digite as coordenadas.
Feito os procedimentos acima elencados, o programa irá apontar para a área desejada.
Feito isso, basta abrir as informações dos imóveis desejados para adquirirmos alguns
dados de interesse.
91
PARA (NÃO) FINALIZAR
2
1
Fonte: INCRA.
Observe que nas opções da página foram selecionados apenas os imóveis certificados
pelo SIGEF, podendo também fazer uso de outras seleções conforme a necessidade de
cada trabalho.
Feito a cópia do Código da Parcela para área de transferência, basta acessar a página do
SIGEF no endereço <www.sigef.incra.br>, escolher a aba consultar.
1
2
3 4
Fonte: SIGEF.
92
PARA (NÃO) FINALIZAR
As opções de geometrias são pontos para os vértices, linha para os limites e área para o
polígono do imóvel.
Os formatos dos arquivos são do tipo Shapefile, KML e CSV. Escolha a opção Shapefile
e a geometria Polígono, conforme ilustrado na figura a seguir, e finalize o download.
Fonte: SIGEF.
Feito o download dos arquivos necessário, vamos a quarta e última etapa da análise
preliminar de sobreposição, fazendo agora o uso do software que instalamos na
primeira etapa.
Abra o programa pelo ícone QGIS Desktop e observe a sua interface com as mais
diversas opções de ferramentas. Todas são bastantes simples de utilizar, bem como são
bastante intuitivas.
93
PARA (NÃO) FINALIZAR
A figura a seguir, ilustra de forma bastante didática as funções das principais opções de
ferramentas do programa.
Fonte: Autor.
Para realizar a análise geoespacial das áreas dos polígonos referentes aos imóveis rurais,
a fim de observar sobreposições, utilize primeiramente a ferramenta do item 2 da figura
acima para abrir os arquivos baixados da plataforma do SIGEF. Repita a operação sempre
que necessário, conforme a quantidade de arquivos.
94
PARA (NÃO) FINALIZAR
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Referências
IBGE. RBMC - Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS. 2014.
Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS –
APPS) para Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações
da RBMC. Gaea - Journal of Geoscience, v. 6, no 2, pp. 90-98, 2010.
Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS –
APPS) para Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações
da RBMC. In: Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da
Geoinformação, 3., 2010, Recife. Anais...Porto Alegre: UFRGS, 2010. Artigos, pp.
001-007. On-line. ISBN 978-85-63978-00-4.
Site
<http://www.ufpe.br/cgtg/SIMGEOIII/IIISIMGEO_CD/artigos/Cad_Geod_Agrim/
Geodesia%20e%20Agrimensur a/A_216.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014.
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