29 - Maciel Alves de Oliveira - PROJETO DE ANTENAS E SUPERFÍCIES SELETIVAS DE FREQUÊNCIA A PARTIR DE TRANSFORMAÇÕES POLARES PDF

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Maciel Alves de Oliveira

PROJETO DE ANTENAS E SUPERFÍCIES SELETIVAS


DE FREQUÊNCIA A PARTIR DE TRANSFORMAÇÕES
POLARES

João Pessoa – PB
Fevereiro de 2017
Maciel Alves de Oliveira

PROJETO DE ANTENAS E SUPERFÍCIES SELETIVAS


DE FREQUÊNCIA A PARTIR DE TRANSFORMAÇÕES
POLARES

Dissertação de Mestrado submetida ao


Programa de Pós-graduação em Engenharia
Elétrica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Paraíba, como requisito
necessário à obtenção do grau de Mestre em
Ciências no Domínio da Engenharia Elétrica.

Área de Concentração: Eletromagnetismo Aplicado

Paulo Henrique da Fonseca Silva, Dr.


Orientador

Elder Eldervitch Carneiro de Oliveira, Dr.


Coorientador

João Pessoa – PB, fevereiro de 2017


© Maciel Alves de Oliveira – [email protected]
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP
Biblioteca Nilo Peçanha – IFPB, campus João Pessoa

O48p Oliveira, Maciel Alves de.


Projeto de antenas e superfícies seletivas de frequência a
partir de transformações polares / Maciel Alves de Oliveira. –
2017.
154 f. : il.
Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) – Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba – IFPB
/ Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica,
2017.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Henrique da Fonseca Silva.
Coorientador: Prof. Dr. Elder Eldervitch Carneiro de Oliveira.
1. Antena patch de microfita. 2. Arranjos de antenas patch.
3. Superfícies Seletivas de Frequência - FSS. 4. Comunicação
sem fio. I. Título.
CDU 621.396.67
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Maciel Alves de Oliveira

PROJETO DE ANTENAS E SUPERFÍCIES SELETIVAS


DE FREQUÊNCIA A PARTIR DE TRANSFORMAÇÕES
POLARES
Dissertação de Mestrado submetida ao
Programa de Pós-graduação em Engenharia
Elétrica do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Paraíba, como requisito
necessário à obtenção do grau de Mestre em
Ciências no Domínio da Engenharia Elétrica.

Dissertação de Mestrado defendida e aprovada em 10/02/2017.

BANCA EXAMINADORA

Orientador

Elder Eldervitch Carneiro de Oliveira, Dr. – UEPB


Coorientador

Examinador externo

Examinador interno

______________________________
Glauco Fontgalland, Dr. – UFCG
Examinador externo

João Pessoa – PB
Fevereiro de 2017
P á g i n a | ii

Aos meus pais Manoel Gomes de Oliveira e Maria do Socorro Alves de Oliveira onde,
desde o dia que se uniram pelo voto matrimonial dedicam a suas vidas a formação de uma
família estruturada, principalmente afetivamente, DEDICO.
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AGRADECIMENTOS

O Deus, sem a vontade do qual nada é possível. Por todas as oportunidades a mim dadas
principalmente de evolução intelectual e moral;

Ao professor Paulo Henrique da Fonseca Silva, pela orientação, constante motivação, e


continuado processo de ensinamentos;

Ao meu professor coorientador Elder Eldervitch da UEPB, pela orientação,


conhecimentos compartilhados, compreensão e grande apoio;

Aos demais professores e funcionários do Programa de Pós-graduação em Engenharia


Elétrica do IFPB, que contribuíram diretamente ou indiretamente com este estudo e que
participaram de algum modo desta trajetória;

Ao PRPIPG pelo apoio financeiro;

Agradeço aos colegas do mestrado pelo companheirismo e apoio nos momentos de


trabalho e pesquisa. De uma forma geral foi possível perceber o espírito de solidariedade e
cooperação mútua num ambiente acadêmico, digo, o Mestrado em Engenharia Elétrica do
IFPB.

A meu irmão (in memoriam), embora fisicamente ausente, sentia sua presença ao meu
lado, dando-me força;

Aos meus familiares, que me encorajaram com incentivos e compreensão ou que de


algumas formas contribuíram com esta realização, em especial a minha irmã Marinalva e seu
cônjuge Silvano por acolhe-me em seu lar.

Enfim, sou grato a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização
deste trabalho.
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Quando uma criatura humana


desperta para um grande sonho e
sobre ele lança toda a força de sua
alma, todo o universo conspira a seu
favor.

Johann Wolfgang von Goethe


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RESUMO

Desde os primórdios da civilização humana, o homem desenvolve diferentes formas e


meios de se comunicar. O fim do século XX e início do século XXI foi marcado pela evolução
das comunicações sem fio. Hoje em dia, as vidas econômicas, sociais e cotidianas das pessoas
estão diretamente conectadas, dependentes e modificadas com o surgimento de novas
tecnologias sem fio, sendo a antena um dos principais dispositivos dessas tecnologias sem fio.
Esse documento descreve o projeto de antenas, arranjos de antenas e superfícies seletivas de
frequência por meio de transformações polares. As transformações geométricas obtidas a partir
de funções polares assemelham-se de certa forma aos fractais nos seguintes aspectos: sua
definição matemática é simples; o processo de geração de uma figura polar é iterativo; e
conforme o número de iterações aumenta, o perímetro de um elemento polar aumenta, enquanto
sua área total ocupada permanece constante. O uso das transformações polares no projeto de
antenas e superfícies seletivas de frequência (FSS) possibilita o desenvolvimento de
dispositivos decorativos e camuflados. Os arranjos de antena patch foram construídos com
elementos dissimilares agrupados nas configurações de arranjo unidimensional com elementos
1 x 2 e 1 x 4. A fim de aumentar a largura de banda dos arranjos para cobrir a banda 2,400-
2,483 GHz requerida em aplicações IEEE802.11b, g, os valores dos raios dos elementos patch
dissimilares foram escolhidos para obter frequências ressonantes ligeiramente deslocadas. As
simulações foram realizadas com o software comercial ANSYS® Designer™, e os resultados
comparados com resultados experimentais, observando-se uma boa concordância entre os
mesmos. Os arranjos dissimilares propostos apresentaram uma largura de banda de impedância
maior que a de projeto de 83,5 MHz. Propriedades de irradiação apresentadas endereçado pelo
arranjo 1 x 2 foram combinadas para sintetizar o diagrama de ganho através de configuração
do arranjo 1 x 4. Outro dispositivo desenvolvimento foram as superfícies seletivas de frequência
a partir de transformações polares inclusive uma FSS dual-band operando nas faixas das redes
locais sem fio nas frequências de 2.45 GHz e 5.8 GHz.

Palavras-Chave: Antenas patch de microfita; arranjos de antenas patch; superfícies seletivas de


frequência; transformações polares; comunicação sem fio.
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ABSTRACT

From the beginnings of human civilization, man has developed different forms and
means of communication. At the end of the 20th century and the beginning of the 21st the
evolution of wireless communications marked century. Nowadays, people's economic, social,
and everyday lives are directly connected, dependent and modified with the emergence of new
wireless technologies, with antenna being one of the main devices of these wireless
technologies. This document describes the design of antennas and frequency selective surfaces
from polar transformations. The geometric transformations obtained from polar functions
resemble in a certain way the fractals in the following aspects: its mathematical definition is
simple; The process of generating a polar figure is iterative; As the number of iterations
increases, the perimeter of a polar element increases, while its total occupied area remains
constant. The use of polar transformations in antennas and selective frequency surfaces (FSS)
leads to decorative, camouflaged and low visual impact devices. Patch antenna array with
dissimilar elements are arranged in one-dimensional array configurations with 1 x 2 and 1 x 4
elements. To increase the bandwidth of the array to cover the 2,400-2,483 GHz band required
in IEEE802.11b, g applications, the radius values of the dissimilar patch elements were chosen
to obtain slightly shifted resonant frequencies. Numerical results, obtained with the simulation
with the ANSYS® Designer™ software, are presented, being compared with experimental
results, observing a good agreement between them. The proposed dissimilar array had an
impedance bandwidth greater than the 83.5 MHz design band. Irradiation properties presented
addressed by the 1 x 2 array were combined to synthesize the gain diagram through arrangement
of the 1 x 4 array. Development of frequency selective surfaces from polar transformations with
aesthetic appearance of low visual impact, as well as a dual-band FSS in 2.45 GHz and 5.8
GHz.

Keywords: Microstrip patch antennas; patch antenna arrays; frequency selective surfaces, polar
transformations, wireless communications.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 2.1 – Antena de microfita [2]. ......................................................................................... 7


Figura 2.2 – Formas geométricas mais usadas em antenas de microfita [32]. ........................... 8
Figura 2.3 – Eficiência e largura de banda versus altura do substrato em frequência de
ressonância constante para patch microfita retangular para dois substratos diferentes
[2], [33]. .......................................................................................................................... 9
Figura 2.4 – Alimentação por linha de microfita...................................................................... 10
Figura 2.5– Alimentação por cabo coaxial. .............................................................................. 12
Figura 2.6 – Alimentação via acoplamento por abertura.......................................................... 13
Figura 2.7– Alimentação via acoplamento por proximidade. .................................................. 13
Figura 2.8 – Linha de microfita: (a) vista isométrica (b) vista frontal. .................................... 15
Figura 2.9 – Antena patch: distribuição de carga e densidade de corrente. ............................. 17
Figura 2.10– Antena de microfita com patch circular [28]. ..................................................... 18
Figura 2.11 –Técnicas de casamento de impedâncias para antena patch circular: (a) inset–fed;
(b) transformador de quarto de onda; (c) híbrida. ......................................................... 20
Figura 2.12 – Arranjo de dois elementos: a) campo próximo, b) campo distante [11]. ........... 21
Figura 2.13 – Campo distante de um arranjo de antenas uniformemente espaçadas com N
[11]. ............................................................................................................................... 22
Figura 2.14 – Arranjo planar [11]............................................................................................. 22
Figura 2.15 – Sistemas de alimentação: (a) em série na linha; (b) em série fora da linha; (c) em
paralelo; (d) série /paralelo. ........................................................................................... 24
Figura 2.16 – Transformador de quarto de onda entre duas linhas de transmissão. ................. 25
Figura 2.17 – Divisor de potência de três portas. ..................................................................... 25
Figura 2.18 – Descontinuidade em linhas de microfita: (a) mitered bend e (b) mitered bend
90º e (c) junção T [35]. ................................................................................................. 26
Figura 2.19 – Rede de alimentação em série fora da linha com transformadores de quarto de
comprimento de onda [11]. ........................................................................................... 27
Figura 3.1 – Coordenadas polares ............................................................................................ 29
Figura 3.2 – Curva r  cos(2 ) , 0  q  2 (rosa de quatro pétalas). .................................... 30
Figura 3.3 – Ilustração de curvas geométricas ......................................................................... 31
Figura 3.4 - Ilustrações de transformações fractais. ................................................................. 32
Figura 3.5 – Fotos de antenas bioinspiradas desenvolvidas por alunos de pós-graduação do
IFPB: a) trevo, [47]; b) cana-de-açúcar, [48]; c) algodão ............................................. 33
Figura 3.6 – Exemplo de iterações polares. .............................................................................. 34
Figura 3.7 – Interações polares pela frequência em antenas. ................................................... 34
Figura 3.8 – Exemplos de elementos, FSS. .............................................................................. 35
Figura 3.9 – Interações polares pela frequência em FSS. ......................................................... 35
Figura 3.10 – Exemplos de elementos de FSS obtidos a partir da superfórmula de Gielis. ..... 36
Figura 4.1 – Tipos de elementos de FSS: (a) elementos abertura; (b) elementos condutores
[61]. ............................................................................................................................... 49
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Figura 4.2 – Geometrias aplicadas em FSS: (a) Dipolo cruzado, (b) Espiral quadrada dupla,
(c) Patch quadrado, (d) e (e) Combinações................................................................... 50
Figura 4.3 – Sistema para medição de uma FSS com material absorvedor.............................. 52
Figura 4.4 – Sistema de medição de uma FSS com lentes Gaussianas [67]. ........................... 53
Figura 4.5 – FSS usada como antena refletora (dual band). ..................................................... 54
Figura 4.6 – Ilustração da janela seletiva de frequência. .......................................................... 54
Figura 4.7 – Duas portas de rede com ondas incidentes e refletidas ........................................ 55
Figura 4.8 – Gráfico de fluxo do sinal da rede de duas portas ................................................. 55
Figura 5.1 – Imagens dos resultados da utilização de dois processos de fabricação de circuitos
impressos. ..................................................................................................................... 58
Figura 5.2– Antenas patch circulares: (a) inset-fed; (b) transformador de λ/4 e (c) híbrida .... 59
Figura 5.3 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
inset-fed; (b) transformador de λ/4; (c) alimentação híbrida. ....................................... 61
Figura 5.4 – Impedância sobre a carta de Smith para antenas patch circular: (a) inset–fed; (b)
transformador de λ/4; (c) alimentação híbrida. ............................................................. 63
Figura 5.5 – Diagramas 2D e 3D simulados para antenas patch circular: (a) inset-fed, (b)
transformador de λ/4; (c) alimentação híbrida. ............................................................. 64
Figura 5.6 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²): (a) inset-fed; (b)
transformador de λ/4; (c) alimentação híbrida .............................................................. 65
Figura 5.7 – Permissividade dielétrica relativa do material (constante dielétrica). .................. 66
Figura 5.8 - Perda dielétrica relativa do material. .................................................................... 67
Figura 5.9 - Setup de medição. ................................................................................................. 67
Figura 5.10 - Antena patch circular. ......................................................................................... 67
Figura 5.11 - Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): Antena
patch circular. ............................................................................................................... 68
Figura 5.12 – Impedância sobre a carta de Smith para antena patch circular: (a) simulado; (b)
medido. ......................................................................................................................... 68
Figura 5.13 – Antena patch circular diagramas de ganho 2D e 3D simulados......................... 69
Figura 5.14 – Antena patch circular: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J,
A/m²); (b) Campo distante. ........................................................................................... 69
Figura 5.15 – Antena trevo de quatro folhas: (a) folha trevo [74]; (b) MATLAB; (c) ANSYS
Designer e (d) protótipo. ............................................................................................... 70
Figura 5.16 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
antena trevo de quatro folhas (b) faixa maior. .............................................................. 72
Figura 5.17 – Impedância sobre a carta de Smith para antena trevo de quatro folhas. ............ 73
Figura 5.18 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena trevo de quatro folhas. .................. 73
Figura 5.19 – Antena trevo de quatro folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente
superficial (J, A/m²); (b) Campo distante. .................................................................... 74
Figura 5.20 – Antena trevo de seis folhas: (a) MATLAB; (b) ANSYS Designer® e (c)
protótipo. ....................................................................................................................... 74
Figura 5.21 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão: (a) antena
trevo de seis folhas; (b) faixa maior. ............................................................................ 76
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Figura 5.22 – Impedância sobre a carta de Smith para antena trevo de seis folhas: (a)
simulado; (b) medido. ................................................................................................... 77
Figura 5.23 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena trevo de seis folhas........................ 77
Figura 5.24 – Antena trevo de seis folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente
superficial (J, A/m²); (b) Campo distante. .................................................................... 78
Figura 5.25 – Antena borboleta: (a) borboleta [75]; (b) MATLAB; (c) ANSYS Designer® e
(d) Protótipo. ................................................................................................................. 79
Figura 5.26 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
antena borboleta; (b) faixa maior. ................................................................................. 80
Figura 5.27 – Impedância sobre a carta de Smith para antena borboleta: (a) simulado; (b)
medido. ......................................................................................................................... 81
Figura 5.28 – Antena borboleta diagramas 2D e 3D simulados. .............................................. 81
Figura 5.29 – Antena borboleta: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J,
A/m²); (b) Campo distante. ........................................................................................... 82
Figura 5.30 – Antena Folhas: (a) ANSYS Designer®; (b) protótipo. ....................................... 83
Figura 5.31 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena
Folhas. ........................................................................................................................... 83
Figura 5.32 – Impedância sobre a carta de Smith para antena Folhas: (a) simulado; (b)
medido. ......................................................................................................................... 84
Figura 5.33 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena Folhas. .......................................... 85
Figura 5.34 – Antena folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²);
(b) Campo distante. ....................................................................................................... 85
Figura 5.35 – Antena Lótus: (a) ANSYS Designer®; (b) protótipo. ........................................ 86
Figura 5.36 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena lótus.
...................................................................................................................................... 87
Figura 5.37 – Impedância sobre a carta de Smith para antena lótus: (a) simulado; (b) medido.
...................................................................................................................................... 88
Figura 5.38 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena lótus............................................... 88
Figura 5.39 – Antena lótus: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b)
Campo distante. ............................................................................................................ 89
Figura 5.40 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis: (a) ANSYS Designer®; (b)
protótipo. ....................................................................................................................... 89
Figura 5.41 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena
desenvolvida pela superformula de Gielis. ................................................................... 90
Figura 5.42 – Impedância sobre a carta de Smith para antena Gielis: (a) simulado; (b) medido.
...................................................................................................................................... 91
Figura 5.43 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena desenvolvida pela superformula de
Gielis. ............................................................................................................................ 91
Figura 5.44 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis: (a) Distribuição de densidade
de corrente superficial (J, A/m²); (b) Campo distante. ................................................. 92
Figura 5.45 – Projeto arranjo de antena com patch circular dissimilares ................................. 93
Figura 5.46 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB) para o
arranjo 1x2 patch circular. ............................................................................................ 94
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Figura 5.47 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo patch circular 1x2: (a)
simulado; (b) medido. ................................................................................................... 95
Figura 5.48 – Diagramas 2D simulados para o arranjo patch circular 1x2: (a) arranjo
simulado (b) arranjo construído. ................................................................................... 95
Figura 5.49 – Diagramas 3D simulados para o arranjo patch circular 1x2: (a) arranjo simulado
(b) arranjo construído. .................................................................................................. 96
Figura 5.50 – Diagramas 3D de campo distante simulados para o arranjo patch circular 1x2:
(a) arranjo simulado (b) arranjo construído .................................................................. 96
Figura 5.51 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo patch
circular 1x2: (a) arranjo simulado com elementos iguais; (b) arranjo dissimilar ......... 97
Figura 5.52 – Projeto arranjo 1x2 trevo de 4 folhas. ................................................................ 98
Figura 5.53 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): Antena
trevo de quatro folhas. ................................................................................................ 100
Figura 5.54 – Impedância sobre a carta de Smith: (a) arranjo 1x2 trevo de 4 folhas (b) arranjo
1x2 trevo de 4 folhas dissimilar. ................................................................................. 101
Figura 5.55 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2 ;
(b) arranjo 1x2 dissimilar........................................................................................... 102
Figura 5.56 – Diagramas 3D simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2 ;
(b) arranjo 1x2 dissimilar........................................................................................... 102
Figura 5.57 – Diagramas 3D de campo distante simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4
folhas: (a) arranjo 1x2; (b) arranjo 1x2 dissimilar. ..................................................... 102
Figura 5.58 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo 1x2
trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2; (b) arranjo 1x2 dissimilar. .................................... 103
Figura 5.59 - Projeto para os arranjos 1x2 trevo de seis folhas. ............................................. 104
Figura 5.60 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. ................ 105
Figura 5.61 – Impedância sobre a carta de Smith para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6
folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. .................................................... 106
Figura 5.62 – Diagramas 2D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b)
arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. .................................................................... 107
Figura 5.63 – Diagramas 3D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b)
arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. .................................................................... 107
Figura 5.64 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo
de 6 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. ............................................ 108
Figura 5.65 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para arranjos: (a)
arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar. ................ 108
Figura 5.66 - Projeto para os arranjos 1x2 borboleta. ............................................................ 109
Figura 5.67 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo 1x2 borboleta dissimilar. ...................................... 111
Figura 5.68 – Impedância sobre a carta de Smith para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b)
arranjo 1x2 borboleta dissimilar. ................................................................................ 112
Figura 5.69 – Diagramas 2D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo
1x2 borboleta dissimilar. ............................................................................................ 113
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Figura 5.70 – Diagramas 3D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo
1x2 borboleta dissimilar. ............................................................................................ 113
Figura 5.71 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2
borboleta; (b) arranjo 1x2 borboleta dissimilar. ......................................................... 113
Figura 5.72 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para arranjos: (a)
arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo 1x2 borboleta dissimilar. ...................................... 114
Figura 5.73 – Arranjo de antena com patch circular dissimilares .......................................... 115
Figura 5.74 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): arranjo
patch circular 1x4. ...................................................................................................... 115
Figura 5.75 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo patch circular 1x4; ............ 116
Figura 5.76 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x4 circular. .................................... 117
Figura 5.77 – Diagramas 3D simulados para arranjo 1x4 circular. ........................................ 117
Figura 5.78 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjo 1x4 circular,
simulação na frequência 2427 MHz. .......................................................................... 117
Figura 5.79 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo 1x4
patch circular. ............................................................................................................. 118
Figura 5.80 - Projeto arranjo borboleta 1x4 ........................................................................... 119
Figura 5.81 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a)
arranjo borboleta 1x4; (a) arranjo borboleta 1x4 dissimilar. ...................................... 121
Figura 5.82 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b)
arranjo borboleta dissimilar. ....................................................................................... 122
Figura 5.83 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b) arranjo
borboleta dissimilar. ................................................................................................... 122
Figura 5.84 – Diagramas 3D simulados para arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b) arranjo
borboleta dissimilar. ................................................................................................... 123
Figura 5.85 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjo 1x4 borboleta: (a)
arranjo 1x4; (b) arranjo 1x4 dissimilar. ...................................................................... 123
Figura 5.86 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²): (a) arranjo 1x4
borboleta; (b) arranjo 1x4 borboleta dissimilar. ......................................................... 124
Figura 5.87 - Célula unitária da FSS lótus. ............................................................................ 125
Figura 5.88 – Protótipo da FSS lótus...................................................................................... 126
Figura 5.89 - Configuração dos equipamentos utilizados na medição. .................................. 126
Figura 5.90 - Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS. .......................... 127
Figura 5.91 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2) da FSS lótus. ....................... 127
Figura 5.92 - Célula unitária da FSS folhas. .......................................................................... 128
Figura 5.93 – Protótipo da FSS folhas. ................................................................................... 129
Figura 5.94 - Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS. .......................... 129
Figura 5.95 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2). ............................................. 130
Figura 5.96 - Célula unitária. .................................................................................................. 131
Figura 5.97 - Protótipo FSS. ................................................................................................... 131
Figura 5.98 - Configuração dos equipamentos utilizados na medição. .................................. 132
Figura 5.99 - Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS. .......................... 132
Figura 5.100 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2): FSS dual bend. ................. 133
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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Eficiência e largura de banda versus altura do substrato em frequência de


ressonância constante. ..................................................................................................... 8
Tabela 2.2 – Vantagens e Limitações das Antenas de microfita ................................................ 9
Tabela 2.3 – Quadro comparativo das características das técnicas de alimentação [35]. ........ 14
Tabela 3.1 – Exemplos de superformas com n1 = 0,5.............................................................. 37
Tabela 3.2 – Antenas bioinspiradas em plantas e animais. ...................................................... 39
Tabela 4.1 – Limites e interpretações físicas de parâmetros de duas portas de rede S ............ 57
Tabela 5.1 – Dimensões dos protótipos de antenas patch circular (mm) ................................. 60
Tabela 5.2– Antena patch circular – Resultados medidos e simulados. ................................... 62
Tabela 5.3– Antena Patch Circular – Parâmetros de Irradiação. .............................................. 65
Tabela 5.4 – Dimensões da antena construída protótipo (mm) ................................................ 68
Tabela 5.5 – Dimensões do protótipo de antena patch trevo de quatro folhas (mm) ............... 71
Tabela 5.6 – Antena trevo de quatro folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. .... 72
Tabela 5.7 – Antena trevo de quatro folhas – Parâmetros de Irradiação. ................................. 73
Tabela 5.8 – Dimensões do protótipo de antena patch trevo de seis folhas (mm) ................... 75
Tabela 5.9 – Antena trevo de seis folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. ........ 76
Tabela 5.10 – Antena trevo de seis folhas – Parâmetros de Irradiação. ................................... 77
Tabela 5.11 – Dimensões do protótipo de antena borboleta (mm) ........................................... 79
Tabela 5.12 – Antena borboleta – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. ...................... 80
Tabela 5.13 – Antena borboleta – Parâmetros de Irradiação. ................................................... 81
Tabela 5.14 –Dimensões do protótipo de antena patch folhas (mm) ....................................... 83
Tabela 5.15 – Antena Folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. .......................... 84
Tabela 5.16 – Antena Folhas – Parâmetros de Irradiação. ....................................................... 85
Tabela 5.17 – Dimensões do protótipo de antena patch lótus (mm) ........................................ 86
Tabela 5.18 – Antena Lótus – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. ............................ 87
Tabela 5.19 – Antena lótus – Parâmetros de Irradiação. .......................................................... 88
Tabela 5.20 – Dimensões do protótipo de antena patch Gielis (mm)....................................... 90
Tabela 5.21 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis – Resultados medidos e
simulados, 2–3 GHz...................................................................................................... 90
Tabela 5.22 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis – Parâmetros de Irradiação. 92
Tabela 5.23 – Dimensões da antena construída protótipo (mm) .............................................. 93
P á g i n a | xiii

Tabela 5.24 – Arranjo 1x2 patch circular – Resultados medidos e simulados. ........................ 94
Tabela 5.25 – Arranjo patch circular 1x2 – Parâmetros de Irradiação. .................................... 96
Tabela 5.26 – Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm) .......... 98
Tabela 5.27 – Arranjo 1x2 trevo de 4 folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz. 100
Tabela 5.28 – Arranjos 1x2 trevo de 4 folhas – Parâmetros de Irradiação............................. 103
Tabela 5.29–Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm) .......... 104
Tabela 5.30 – Arranjos 1x2 trevo de 6 folhas – Resultados medidos e simulados. ............... 106
Tabela 5.31 – Arranjos – Parâmetros de Irradiação. .............................................................. 108
Tabela 5.32–Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm) .......... 109
Tabela 5.33 – Arranjos 1x2 borboleta – Resultados medidos e simulados. ........................... 111
Tabela 5.34 – Arranjos – Parâmetros de Irradiação. .............................................................. 114
Tabela 5.35 – Dimensões da antena construída protótipo (mm) ............................................ 115
Tabela 5.36 – Arranjo 1x4 circular – Resultados medidos e simulados................................. 116
Tabela 5.37 – Arranjo 1x2 – Parâmetros de Irradiação. ......................................................... 118
Tabela 5.38 – Dimensões da antena construída protótipo (mm) ............................................ 119
Tabela 5.39 – Arranjo borboleta 1x4 – Resultados medidos e simulados.............................. 121
Tabela 5.40 – Arranjo 1x4 borboleta – Parâmetros de Irradiação. ......................................... 123
Tabela 5.41 – Comparação dos resultados obtidos para a frequência de ressonância. ........... 127
Tabela 5.42 – Comparação dos resultados obtidos para as frequências de ressonância. ....... 129
Tabela 5.43 – Comparação dos resultados obtidos para as frequências de ressonância. ....... 133
P á g i n a | xiv

Siglas e Símbolos

WLAN – Wireless Local Area Network – Rede Local Sem Fio


ISM – Industrial Scientific and Medical – Médico, Industrial e Científico
UWB – Ultra Wideband – Banda Ultralarga
CPW – Coplanar Wave Guide – Guia de Ondas Coplanar
DSRC – Dedicated Short–Range Communications – Comunicação Dedicada de Curto
Alçance
MIMO – Mulpile Input/Multiple Output – Múltiplas Entradas e Múltiplas Saídas
HPBW – Half–Power Beamwidth – Largura de Feixe de Meia Potência
VNA – Vectorial Network Analyzer – Analisador de Redes Vetorial
F/B – Front–to–Back – Relação Frente Costas
BW – Bandwidth – Largura de banda
VSWR – Voltage Standing Wave Ratio – Coeficiente de Onda Estacionária
RL – Return Loss – Perda de Retorno
BW% – Bandwidth factionary – Largura de banda francionária
WiMAX – Worldwide Interoperability for Microwave Access – Interoperabilidade Mundial
para Acesso de Micro–Ondas
λ0 – Comprimento de onda no espaço livre
c – Velocidade da luz no vácuo, aproximadamente 3.108 m/s
fr – Frequência de ressonância
r – Radio em coordenas esféricas
θ – Ângulos em coordenas polares
εr – Permissividade relativa de um dielétrico
εreff – Permissividade relativa efetiva
j – Parte imaginária de um número complexo j =√−1
E – Intensidade de campo elétrico (V/m)
H – Intensidade de campo magnético (A/m)
𝜂0 – Impedância da onda no espaço livre – √𝜇0 /𝜀0
𝜇0 – Permeabilidade do espaço livre
𝜀0 – Permissividade do espaço livre
Plano–E – corte paralelo ao campo elétrico
Plano–H – Corte perpendicular ao campo elétrico
P á g i n a | xv

O – Origem das coordenadas polares


ur – Vetor unitário na direção r
Pr – Potência irradiada
PT – Potência total irradiada:
S – Superfície próxima ao campo irradiado
G – Ganho
ηa – Eficiência
D – Diretividade
ZA – Impedância da antena.
RA – Parte real ou resistiva da impedância da antena
XA – Parte imaginária da impedância da antena
RL – Perda ôhmica
Rr – Perda de radiação
Vg – Diferença de potencial de um gerador
P – Potência do gerador
ℜ – Parte real do número completo
I – Corrente do circuito
I* – conjugado complexo de I
Γ – Coeficiente de reflexão
|Γ| – Módulo do coeficiente de reflexão
f1 – Frequência mais baixa banda em –10 dB
f2 – Frequência mais alta menos em –10 dB
d – Distância entre os elementos de arranjo de antenas
λg – Comprimento de onda guiado
G1 – Condutância em um slot de uma antena de microfita
G12 – Condutância mútua nos slots de uma antena de microfita
Z’0 – Impedância de um transformador de um quarto de onda
LGP – Comprimento de um plano de terra
WGP – Largura de um plano de terra
g – separação entre o plano de terra e o elemento irradiante
L0 – Comprimento de uma linha para 50Ω
W0 – Largura de uma linha para 50Ω
Rent – Resistência de entrada de uma antena
P á g i n a | xvi

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1
2.1. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ............................................................................................... 5
2. ANTENAS E ARRANJOS DO TIPO PATCH DE MICROFITA ............................................. 6
2.1. ANTENAS DE MICROFITA ................................................................................................. 6
2.2. TIPOS DE ALIMENTAÇÃO ............................................................................................... 10
2.2.1. Alimentação por linha de microfita ............................................................................... 10
2.2.2. Alimentação via cabo coaxial (ponta de prova) ............................................................ 12
2.2.3. Alimentação via acoplamento por abertura ................................................................... 12
2.2.4. Alimentação por acoplamento por proximidade ........................................................... 13
2.3. MÉTODOS DE ANÁLISE ................................................................................................... 14
2.3.1. Métodos de onda completa ............................................................................................ 14
2.3.2. Métodos aproximados ................................................................................................... 15
2.3.2.1. Método da linha de transmissão ................................................................................ 15
2.3.2.2. Método da cavidade .................................................................................................. 17
2.4. ANTENA DE MICROFITA TIPO PATCH CIRCULAR .................................................... 18
2.5. ARRANJOS DE ANTENAS ................................................................................................ 20
2.5.1. Arranjo linear com dois elementos ................................................................................ 21
2.5.2. Arranjo linear com N elementos ................................................................................... 21
2.5.3. Arranjo planar ............................................................................................................... 22
2.6. ARRANJOS DE ANTENAS DE MICROFITA ................................................................... 23
2.6.1. Redes de alimentação .................................................................................................... 23
3. ANTENAS COM FORMATOS POLARES E BIOINSPIRADAS .......................................... 28
3.1. EQUAÇÕES POLARES ....................................................................................................... 28
3.2. GEOMETRIA FRACTAIS E POLARES ............................................................................. 31
3.3. A FÓRMULA DE GIELIS ................................................................................................... 36
3.4. ANTENAS BIOINSPIRADAS ............................................................................................. 38
4. SUPERFÍCIES SELETIVAS DE FREQUÊNCIA .................................................................... 49
4.1. MÉTODOS DE ANÁLISE ................................................................................................... 50
4.2. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO ................................................................................................. 52
4.3. APLICAÇÕES ...................................................................................................................... 53
4.4. ANALISADOR DE REDES ................................................................................................. 55
5. RESULTADOS ............................................................................................................................ 58
5.1. RESULTADOS ANTENAS ................................................................................................. 58
P á g i n a | xvii

5.1.1. Resultados antenas circulares ............................................................................................ 59


5.1.1. Resultados antena circular híbrida .................................................................................... 66
5.1.2. Resultados antena trevo de quatro folhas .......................................................................... 69
5.1.3. Antena trevo de seis folhas................................................................................................ 74
5.1.4. Resultados antena borboleta .............................................................................................. 78
5.1.5. Antena folhas..................................................................................................................... 82
5.1.6. Antena lótus....................................................................................................................... 86
5.1.7. Antena desenvolvida pela superformula de Gielis ............................................................ 89
5.2. RESULTADOS ARRANJOS ............................................................................................... 92
5.2.1. Resultados arranjo 1x2 patch circular dissimilar............................................................... 92
5.2.2. Resultados arranjo 1x2 trevo de 4 folhas .......................................................................... 97
5.2.3. Resultados arranjo 1x2 trevo de seis folhas .................................................................... 103
5.2.4. Resultados arranjos 1x2 borboleta .................................................................................. 109
5.2.5. Resultados arranjo 1X4 patch circular dissimilar ............................................................ 114
5.2.6. Resultados arranjo borboleta 1x4 .................................................................................... 119
5.3. RESULTADOS DAS SUPERFÍCIES SELETIVAS DE FREQUÊNCIAS – FSS ............. 125
5.3.1. Resultados FSS lótus ....................................................................................................... 125
5.3.2. Resultados FSS folhas ..................................................................................................... 128
5.3.3. Resultados FSS dual-band ............................................................................................... 130
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 134
6.1 - CONCLUSÕES ................................................................................................................... 134
6.2 - TRABALHOS FUTUROS .................................................................................................. 136
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 137
Página |1

1. INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da civilização humana, o homem desenvolve diferentes formas e
meios de se comunicar. No século XIX surgiu a necessidade de comunica-se a distâncias cada
vez maiores. Atualmente, a revolução tecnológica, a Internet das Coisas, a fim de conectar
dispositivos eletrônicos utilizados no dia-a-dia a Internet [1], cujo desenvolvimento depende da
inovação tecnológica em campos tão importantes como os sensores wireless. E um dos
dispositivos de fundamental importância para essa evolução tem sido a antena. Segundo [2],
“uma antena é definida como um dispositivo para a irradiação e para recepção de ondas de
rádio”.
O fim do século XX e início do século XXI foi marcado pela evolução das comunicações
sem fio. Hoje em dia, com o surgimento de novas tecnologias sem fio, a vida econômica, social
e cotidiana das pessoas necessita de dispositivos para comunicações, que sejam, confiáveis,
compactos e de baixo custo e que permitam, por exemplo, a união de diferentes tecnologias
sem fio em um único dispositivo portátil [3]. Esse processo de evolução recebeu um intenso
impulso com trabalhos de pesquisas inovadoras, avançados dispositivos de telecomunicações e
no desenvolvimento de protocolos e normas para o uso do espectro eletromagnético.
As tecnologias de comunicação sem fio abrangem diversas faixas de frequências com
normas específicas para regularem seu uso. Uma das tecnologias mais difundidas é a de rede
local sem fio (Wireless Local Area Network – WLAN). As normas da tecnologia WLAN foram
desenvolvidas nos anos de 1980 pelo grupo do IEEE 802, nas faixas de frequências indicadas
para as bandas ISM (Industrial Scientific and Medical – Médico, Industrial e Científico), 900
MHz (902 – 928 MHz), 2,4 GHz (2,4 – 2,835 GHz), e 5 GHz, (5,15 – 5,35 GHz e 5725 – 5875
MHz) [4].
Uma tendência na aplicação de antenas para sistemas sem fio modernos é a utilização
de antenas compactas com cobertura de irradiação estável sobre uma ampla gama de
funcionamento [5]–[8]. As antenas devem ser compactas em muitas situações: antenas
embutidas, antenas portáteis, antenas camufladas, etc., no entanto, mais frequentemente uma
antena eletricamente pequena restringe a largura de banda de impedância, ganho reduzido ou o
desempenho de irradiação e limites do padrão de controle [5]–[8].
Uma antena impressa em microfita tem um patch de condução impresso sobre um
substrato dielétrico e um plano de terra em baixo do dielétrico. Devido suas características
atraentes, antenas patch e arranjos de baixo perfil são bem adequados para atender às demandas
Capítulo 1-Introdução Página |2

de aplicações sem fio fixas ou móveis. As antenas patch de microfita convencionais sofrem
com largura de banda estreita, baixo ganho e baixa capacidade de potência [5]–[11]. Um desafio
para os projetistas de antenas patch é aumentar a largura de banda de impedância sem
comprometer suas propriedades de irradiação. Uma variedade de técnicas de banda larga para
antenas patch de microfita é encontrada na literatura, por exemplo, usando abertura ou
alimentação capacitivamente acoplada, vários ressonadores, estruturas empilhadas, inserir
ranhuras ou aberturas no elemento irradiante [5]–[8].
Alternativamente, elementos patch discretos podem ser associados em arranjos de
antena versáteis para melhorar a largura de banda de impedância, enquanto aumentar a
diretividade ou para sintetizar um padrão de irradiação [5]–[11]. Elementos em um arranjo de
antena podem ser alimentados por uma única linha de microfita na rede de alimentação em série
ou por múltiplas linhas paralelas como uma rede de alimentação corporativa [10], [11]. Arranjos
de elementos dissimilares podem produzir múltiplas ressonâncias [12]. Um arranjo log-
periódico de banda larga com cinco elementos patch quadrados de tamanhos diferentes é
descrito em [6]. Recentemente, arranjo dual-band proposto com o uso de tamanhos diferentes
para os elementos patch retangulares [13]. Patch circulares e em forma de cúpula também têm
sido utilizados no projeto de arranjo de banda dupla [14], [15].
As antenas possuem formas, tamanhos e materiais de composição diferentes
dependendo de sua aplicação, faixa de frequência, local de uso e proximidade de sistemas
elétricos ou mesmos de seres vivos. Diversas geometrias são utilizadas para o desenvolvimento
de antenas, dentre elas podem ser destacadas: as Euclidianas, com o uso de geometrias
quadriláteras, triangulares, circulares, elípticas; as não-Euclidianas, cuja principal referência é
a geometria fractal. A inspiração para o estudo dos fractais teve origem na observação de
padrões e formas irregulares encontradas na natureza. O termo fractal foi introduzido por
Mandelbrot (1982) para descrever uma classe de objetos com formas autossimilares complexas
[16].
Em particular, as transformações geométricas obtidas a partir de funções polares
assemelham-se de certa forma às fractais nos seguintes aspectos: sua definição matemática é
simples; o processo de geração de uma figura polar é iterativo; conforme o número de iterações
aumenta, o perímetro de um elemento polar aumenta, enquanto sua área total ocupada
permanece constante. Esse fato motivou a escolha das funções polares. O gráfico de uma
equação polar r  f ( ) , ou de forma mais geral f (r , )  0 , em que f é uma função definida e
contínua em coordenadas polares, consiste em todos os pontos P que tem, pelo menos, uma
Capítulo 1-Introdução Página |3

representação polar (r , ) . O estudo de dispositivos de micro-ondas com formatos curvos é


algo comum de se encontrar como as antenas espirais, patch circular e elíptico, Vivaldi, etc.
O aspecto estético é outra motivação para o uso das antenas obtidas a partir das
transformações polares leva a aplicações como antenas vestíveis (wearables antenas) para a
tecnologia WPAN (Wireless Personal Area Network) que é uma rede de sensores para fins
especiais, concebidos para funcionar de forma autônoma para conectar vários sensores e
dispositivos médicos, localizados no interior e no exterior do corpo humano [17]. E as antenas
camufladas as quais são utilizadas técnicas para camuflar as antenas. As estações rádio base de
comunicação celular, por exemplo, são camufladas como uma árvore, como palmeiras,
pinheiros ou cactos, se misturando assim com a flora local, sendo praticamente imperceptível
para os usuários. Outra técnica é a pintura da parábola ou invólucro da antena com as cores do
local onde está posicionada, que faz parte dos serviços de customização de antenas criados para
tentar harmonizar a aparência dos dispositivos com o ambiente [18].
As formas bioinspiradas são baseadas em formas e padrões encontrados na natureza. Os
sistemas naturais possuem harmonia e regularidade em suas partes e configurações, cuja
organização pode ser transformada em linguagem matemática. O homem ao longo dos séculos
observa a natureza e dela obtém soluções para os seus problemas cotidianos e aplicações
práticas. Entre as tentativas realizadas na busca de modelar as geometrias encontradas na
natureza destacam-se: o número de ouro, a série de Fibonacci, os fractais, a superfórmula de
Gielis, entre outras, como as geometrias geradas pelo sistema de Lindenmayer, as diversas
curvas geradas pelas equações polares, etc.
As pesquisas em antenas com formas bioinspiradas, apesar de recentes, têm apresentado
trabalhos com aplicações em diversos sistemas, isto é, algo que motiva a utilização das
transformações polares. As supershaped antennas (superantenas) – são antenas construídas
com geometrias bioinspiradas que utilizam a superfórmula de Gielis [19]. A empresa holandesa
Antenna Company desenvolveu antenas utilizando a superfórmula de Gielis. Ela promete
antenas com desempenho, de seis a oito vezes, maiores que as antenas utilizadas em
smartphones ou roteador sem fio, com a vantagem da possibilidade de maior alcance, melhor
uso da largura de banda disponível e maior eficiência no consumo de energia [20], [21].
As superfícies seletivas de frequência (FSS - Frequency Seletive Surfaces) têm sido
objeto de extensivos estudos nos últimos anos, devido às suas várias aplicações como filtros
espaciais eletromagnéticos para micro-ondas, sinais ópticos e FSS com comportamento
metamaterial. Esses dispositivos são usados em absorvedores de micro-ondas, sistemas de
Capítulo 1-Introdução Página |4

antenas refletoras, radomes, aeronaves. Os principais parâmetros que irão determinar a resposta
em frequência global de uma FSS incluem: as propriedades dielétricas do substrato, a geometria
e forma do elemento, a periodicidade ou tamanho da célula unitária, e o ângulo da radiação
incidente na superfície [22]–[25].
A utilização das transformações polares em superfície seletiva de frequência (FSS) leva
a dispositivos decorativos, por exemplo, desenvolver uma FSS em um papel de parede. A FSS
é uma matriz periódica de patch metálicos ou aberturas, para passagem de ondas
eletromagnéticas, usadas como filtros passa-faixa ou rejeita-faixa [22]–[29].
Esse documento descreve o projeto de antenas e superfícies seletivas de frequência a
partir de transformações polares. Arranjos de antena patch com elementos dissimilares são
arranjados nas configurações de arranjo unidimensional com elementos 1 x 2 e 1 x 4. A fim de
aumentar a largura de banda dos arranjos, os valores dos raios dos elementos patch dissimilares
foram escolhidos para obter frequências ressonantes ligeiramente deslocadas. Propriedades de
irradiação apresentadas endereçado pelo arranjo 1 x 2 foram combinadas para sintetizar o
padrão de ganho através de configuração do arranjo 1 x 4. Outro dispositivo elétrico
desenvolvimento foram as superfícies seletivas de frequência a partir de transformações
polares, inclusive uma FSS dual-band em 2.45 GHz e 5.8 GHz.
Capítulo 1-Introdução Página |5

2.1. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO


Esse trabalho encontra-se distribuído em 6 capítulos, buscando-se evidenciar todo o
referencial teórico e bibliográfico para o estudo das estruturas em questão, em seguida,
apresenta-se uma análise dos resultados obtidos na caracterização das novas antenas com
formatos polares inovadores.
O Capítulo 2 apresenta um estudo bibliográfico a respeito de teoria de antenas patch de
microfita, situando-a no contexto histórico de evolução, evidenciando suas características,
vantagens e limitações em relação às antenas de micro-ondas convencionais, além das técnicas
de alimentação e os métodos gerais de análise.
O Capítulo 3 apresenta um estudo bibliográfico mais específico na teoria de antenas
polares e bioinspiradas, antena de estudo desse trabalho, evidenciando suas características.
O Capítulo 4 faz referência ao estudo das superfícies seletivas de frequência,
evidenciando suas características, as mais diversas formas existentes, bem como os métodos de
análise e suas aplicações.
No Capítulo 5 são apresentados os resultados simulados e medidos dos projetos e
protótipos desenvolvidos. Parâmetros como, frequência de ressonância, perda de retorno, carta
de Smith, diagrama de irradiação, distribuição de corrente superficial e os campos elétricos e
magnéticos dessas antenas são investigados.
No Capítulo 6, são abordadas as considerações finais desse trabalho, além da proposta
para trabalhos futuros.
Página |6

2. ANTENAS E ARRANJOS DO TIPO


PATCH DE MICROFITA

Antenas são dispositivos transdutores que transformam ondas guiadas em linhas de


transmissão em ondas no espaço livre e vice-versa. Constituem um dispositivo para enviar
informação a curtas e longas distâncias, sendo por isso uma ferramenta indispensável na
revolução das comunicações que atualmente ocorre, envolvendo, dentre outros dispositivos,
celulares, smartphones, tablets, satélites e computadores [11]. Os tipos de antenas mais
conhecidas são: antena filamentares, antenas de abertura, antenas de microfita, antenas com
refletores e arranjo de antenas.
Segundo [2] a descrição do desempenho de uma antena é dada pela definição de seus
parâmetros fundamentais. Os parâmetros fundamentais indicam as principais características
observadas em uma antena. Dentre outros podem ser destacados o diagrama de irradiação, a
diretividade, ganho e a largura de banda.

2.1. ANTENAS DE MICROFITA

As primeiras publicações a respeito de antenas de microfita ocorreram na década de 50


com Deschamps [30] nos Estados Unidos e com Gutton e Baissinot na França [31]. As
pesquisas envolvendo antenas planares ganharam destaque a partir da década de 70, com o
trabalho de Byron. Pesquisadores como Howell e Munson construíram as primeiras antenas de
microfita de utilização prática. O desempenho e funcionamento das antenas de microfita
dependem principalmente da geometria do elemento irradiante e das características do
substrato.
Uma Antena de microfita consiste em um elemento metálico irradiador, o patch,
depositado em um substrato dielétrico, sobre uma camada de metal chamada plano de terra,
Figura 2.1. Geralmente a espessura do patch ( t ) possui dimensões muito menor que o

comprimento de onda ( t  0 ), em que 0 é o comprimento de onda no espaço livre na

frequência de operação. A espessura típica do dielétrico ( h ) é de uma fração de 0 na faixa de


Capitulo 2-Antenas e Arranjos Página |7

0,0030  h  0,050 . Para antenas retangulares, usualmente o comprimento L situa-se na

faixa de 0 3  L  0 2 .

Patch

Figura 2.1 – Antena de microfita [2].

Quando o elemento irradiador é excitado por linha de alimentação, a carga é distribuída


no plano de terra, que fica na parte inferior do patch. Logo em seguida o patch é carregado
positivamente e o plano de terra negativamente. Uma característica desse processo é a grande
quantidade de carga estabelecida entre as duas superfícies, todavia, uma força nas cargas
positivas do patch atrai cargas em direção à margem. Esse efeito é chamado de fringing,
associado à radiação [11].
O patch pode assumir diversos formatos geométricos, o que possibilita a obtenção de
antenas com diferentes características de irradiação, pois a geometria influência na distribuição
de corrente e, consequentemente, na distribuição do campo na superfície da antena, tendo como
mais habituais às formas geométricas regulares, tais como: quadrada, circular, elíptica,
triangular, anel e os fractais, Figura 2.2.
Capitulo 2-Antenas e Arranjos Página |8

Figura 2.2 – Formas geométricas mais usadas em antenas de microfita [32].

Na escolha do substrato dielétrico devem ser observadas as seguintes características:

permissividade dielétrica relativa (  r ), tangente de perdas ( tan  ) e a espessura ( h ). Essas


características interferem nos parâmetros da antena como a sua eficiência (  ), largura de
banda (BW – bandwidth) e nas dimensões físicas, conforme a Tabela 2.1 e Figura 2.3. O
aumento da espessura do substrato gera um aumento da largura de banda e uma diminuição

da eficiência. Um aumento da r do substrato causa a diminuição da largura de banda e da

eficiência da antena, isto porque r modifica o valor em relação à permissividade do vácuo

 r  1 . Os valores da permissividade relativa (  r ) de substratos mais utilizados no


desenvolvimento de antenas estão entre 2,2 e 12.

Tabela 2.1 – Eficiência e largura de banda versus altura do substrato em frequência de ressonância constante.

VALORES r tan  h

menores Maior  Maior  Maior 

maiores Menores dimensões Maior BW Maior BW


Capitulo 2-Antenas e Arranjos Página |9

1.0 15
r = 2.2
0.80 ecdsw
ecdsw

Largura de banda, %
r = 10 10
0.60 r = 2.2

Eficiência

0.40
BW
5
BW r = 10
0.20

0.00 0
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10
Altura do substrato h/λo

Figura 2.3 – Eficiência e largura de banda versus altura do substrato em frequência de ressonância constante para
patch microfita retangular para dois substratos diferentes [2], [33].

A Tabela 2.2 apresenta as vantagens e limitações das antenas de microfita em relação


às outras antenas na faixa das micro-ondas [11] [31].

Tabela 2.2 – Vantagens e Limitações das Antenas de microfita

VANTAGENS LIMITAÇÕES

Pequenas dimensões (pouco volume e leve); Largura de banda estreita.

Baixo custo de produção; Baixo ganho.

Possibilidade de polarização linear e circular pode ser


Perdas devido capacitância parasita num conjunto de
conseguida, em alguns casos, pela simples troca da
antenas.
posição do ponto de alimentação;

Dupla Polarização e frequência de ressonância Complexas estruturas de alimentação são necessárias


podem ser facilmente obtidas; para conjunto de antenas de alto desempenho.

Podem facilmente ser projetadas para operar em


Fraca radiação end–fire.
conjunto com circuitos integrados de micro-ondas;

Fabricação simultânea das linhas de alimentação e


Radiação indesejável pelas estruturas de alimentação,
circuitos de casamento de impedâncias com a
junções e possíveis circuitos de casamentos;
estrutura da antena.

Configuração de perfil plano, permitindo adaptação à


Excitação de ondas de superfície;
superfície de montagem

Ausência de construção de cavidades externas (cavity Baixa capacidade de potência, devido às próprias
backing), na maioria dos casos; características da estrutura.
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 10

O interesse pelas aplicações das antenas patch de microfita tem se focado nos
dispositivos sem fio. Essas antenas podem ser usadas em aplicações de mísseis, aeronáuticas,
de satélite; e com fins comerciais como: rádio móvel e comunicação sem fio, como, por
exemplo, o GSM (Global Service Mobile), o WLL (Wireless Local Loop), o GNSS (Global
Navigation Satellite Systems) e o WLAN (Wireless Local Area Network) [11].

2.2. TIPOS DE ALIMENTAÇÃO

Os tipos de alimentação são diversos e podem ser usados para adequar um melhor
funcionamento do patch nas antenas de microfita. Os mais populares são: linha de microfita,
cabo coaxial, acoplamento por abertura, acoplamento por proximidade.

2.2.1. Alimentação por linha de microfita

A estrutura da linha de microfita se constitui numa fita condutora, com largura muito
menor que a do patch, impressa sobre o mesmo plano do substrato, Figura 2.4. Isso permite
que a estrutura da antena permaneça totalmente planar, o que a torna adequada em aplicações
de circuitos integrados de micro-ondas.

Figura 2.4 – Alimentação por linha de microfita.

As dimensões da linha de microfita podem ser obtidas por meio de modelos clássicos.

Inicialmente é feito o cálculo da impedância característica, Z 0 (2.1), e da permissividade elétrica


Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 11

relativa efetiva,  reff (2.2), para a relação w / h < 1, em que w é a largura da linha e h é a

espessura do substrato.

60  8h w
Z0  ln   0,25 ,
 
eff
12
w h
(2.1)

no qual

 r  1  r  1  12h   w 
1 2 2

 reff   1    0,0411    . (2.2)


2 2  w   h  

Para a relação w / h ≥ 1, tem-se:

120 1
Z0  
 
,
12
w w  (2.3)
 h  1,393  0,667  ln  h  1,4444 
reff

  

com

1 2
 r 1  r 1 12h 
 reff   1   . (2.4)
2 2  w 

Definindo o projeto, para A < 1,52, tem–se:

w 2  1  0,61 
 B  1  ln 2 B  1  r ln B  1  0,39  ,
 r  
(2.5)
h  2 r 

com A e B calculados por:

Z0   r 1  r 1 0,11 


12

A     0,23  ,
 r 
(2.6)
60  2   r 1

com B dado por:


Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 12

377
B . (2.7)
2Z 0 ( r )1 2

2.2.2. Alimentação via cabo coaxial (ponta de prova)

A alimentação por cabo coaxial apresenta simplicidade de projeto e baixo custo de


construção. O ajuste do nível da impedância de entrada e feito pelo posicionamento do ponto
de alimentação [34]. O conector N–coaxial é fixado na antena microfita como indicado na
Figura 2.5.

Figura 2.5– Alimentação por cabo coaxial.

2.2.3. Alimentação via acoplamento por abertura

Os métodos anteriores usam uma conexão direta, física, entre as estruturas, gerando
modos de ordens superiores, os quais produzem irradiação de polarização cruzada. Para
suplantar esse problema, adotaram-se técnicas de alimentação indireta, como o uso do
acoplamento.
O acoplamento por abertura, Figura 2.6, consiste em dois substratos separados por um
plano de terra. Na parte inferior há uma linha de microfita, na qual a energia é acoplada à
plaqueta através de uma fenda no plano de terra, separando os dois substratos. Ele proporciona
a otimização que não depende do mecanismo de irradiação [2].
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 13

Figura 2.6 – Alimentação via acoplamento por abertura.

Normalmente, o substrato inferior é composto por um material que apresenta alta


constante dielétrica. O dielétrico superior e mais espesso e possui uma baixa constante
dielétrica. O isolamento entre a fonte e o elemento irradiador minimizando assim a irradiação
espúria, influenciando na formação do diagrama e na pureza de polarização. Todavia, existem
limitações em termos de fabricação nas múltiplas camadas e a estreita largura de banda.

2.2.4. Alimentação por acoplamento por proximidade

Esta técnica se resume a uma linha de alimentação posta entre dois substratos dielétricos,
conforme a Figura 2.7.

Figura 2.7– Alimentação via acoplamento por proximidade.


Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 14

A Tabela 2.3 apresenta um quadro comparativo de algumas características das


técnicas de alimentação.

Tabela 2.3 – Quadro comparativo das características das técnicas de alimentação [35].
ACOPLAMENTO
ALIMENTAÇÃO LINHA DE ACOPLAMENTO
CARACTERÍSTICAS POR
COAXIAL MICROFITA POR ABERTURA
PROXIMIDADE

Espúrios de Radiação Maior Maior Menor Médio

Boa (depende da
Confiabilidade Ótima Boa Boa
solda)

Casamento de
Fácil Fácil Fácil Fácil
Impedância

Fabricação Fácil Fácil Difícil Difícil

Largura de
2–5% 2–5% 2–5% 13%
Banda

2.3. MÉTODOS DE ANÁLISE

Diversos são os métodos de análise relatados na literatura para a caracterização das


antenas de microfita. Eles são classificados em dois grandes tipos: métodos analíticos e de onda
completa. No primeiro grupo, os métodos de onda completa que são baseados na distribuição
de corrente elétrica no patch condutor e no plano terra. No segundo grupo, os métodos
aproximados, são baseados na distribuição de corrente magnética equivalente ao redor das
margens do campo [10].

2.3.1. Métodos de onda completa

Os modelos de onda completa estão baseados na distribuição de corrente elétrica no


condutor do patch e no plano de terra. Apresentam rigorosas formulações matemáticas e maior
esforço computacional e analítico, porém, fornecem resultados mais precisos, inclusive em altas
frequências podendo ser utilizados em elementos simples, arranjos finitos e infinitos, elementos
empilhados, elementos de forma arbitrária e acoplamentos. Algumas técnicas de onda completa
são fundamentadas em métodos numéricos que discretizam as equações de Maxwell para
resolve-las. Dentre os métodos existentes podem ser citados:
 Método dos Momentos (MoM – Method of Moments);
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 15

 Método dos Elementos Finitos (FEM – Finite Element Method);


 Método das Diferenças Finitas no Domínio do Tempo (FDTD – Finite Difference Time
Domain);

2.3.2. Métodos aproximados

Apresentam algumas simplificações no que diz respeito ao mecanismo de radiação da


antena, com precisão limitada pelas frequências específicas. À medida que a frequência
aumenta, a precisão no desempenho da antena é reduzida, principalmente na faixa de
frequências correspondente a ondas milimétricas. Esses métodos não consideram fenômenos
como a propagação de ondas de superfície e a dispersão. Dentre os modelos aproximados,
destacam-se:

2.3.2.1. Método da linha de transmissão

O modelo da linha de transmissão é adequado para análise de antenas de microfita com


patch retangular ou quadrado. O elemento irradiador de microfita tem seu campo somente
variando no comprimento (os campos transversais). A radiação ocorre principalmente nos
campos de franja no final do circuito aberto. Nesse método a antena é separada por duas fendas
estreitas, com largura ∆L e separados por uma distância L, igual ao elemento irradiador. A linha
de baixa impedância pode ser carregada nas duas extremidades com cargas de alta impedância.
Possibilita a determinação de diversos parâmetros da antena, como a frequência de ressonância,
o diagrama de radiação e a impedância de entrada [36].

L L

(a)

Patch

r

(b)
Figura 2.8 – Linha de microfita: (a) vista isométrica (b) vista frontal.
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 16

A largura w do elemento irradiador é dada por (2.8):

1 2 v 2
w  0 , (2.8)
2 f r  0 0 0 1 2 fr 0 1

A constante dielétrica efetiva da antena é determinada por (2.9).

1 2
 r 1  r 1 12h 
 reff   1   . (2.9)
2 2  w 

A partir de 3.57 é possível determinar a extensão de comprimento gerada pelos


campos de bordas (2.10).

L
 reff  0,3    0,264 
w 
 0,412 h 
, (2.10)
h
 reff  w
 0,258    0,8 

h 

em que L é a variação de comprimento da antena.

O verdadeiro comprimento da antena (L) é dado pela Equação.

1
L  2L . (2.11)
2 f r  reff  0 0

O comprimento efetivo da antena ( Leff ) é finalmente calculado pela Equação.

Leff  L  2L . (2.12)

A frequência de ressonância fr é expressa pela Equação 2,13 para o modo dominante

TM 010 .
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 17

v0
fr  , (2.13)
2L  0
em que v 0 é a velocidade das ondas eletromagnéticas no espaço livre;

2.3.2.2. Método da cavidade

Modelo da cavidade pode ser empregado em antenas com patch de qualquer geometria.
A antena é considerada como uma cavidade, apresentando paredes elétricas no topo e na base,

e paredes magnéticas nos contornos laterais, em substratos finos h   . Os campos na região


interior não variam muito na direção do eixo z . O campo elétrico é orientado na direção z , e o
magnético possui componentes transversais pelo elemento irradiador e o plano de terra [36].
Os campos na antena são considerados como sendo os campos na cavidade, dessa
forma, serão expandidos em termos de modos ressonantes na cavidade, na qual cada modo
tem a sua frequência de ressonância dada por (2.14), em que os índices m, n e p representam
os modos de propagação [2].

 m   n   p 
2 2 2
1
Frmnp        . (2.14)
2   h   L   w 

Quando a antena é energizada surge uma distribuição de cargas tanto no patch quanto
no plano de terra, controlada por mecanismos de atração e repulsão [36]. Devido à pequena
espessura do substrato, as forças de atração se sobressaem em relação às de repulsão,
tornando a densidade de corrente abaixo do patch mais significativa. À medida que a
espessura do substrato e da antena diminui, um modelo mais próximo de antena ideal é
alcançado, o que permitiria modelar as paredes magnéticas como condutores magnéticos
perfeitos. A Figura 2.9 apresenta a distribuição de carga e densidade de corrente na antena.

+ + ++ J t
+ + ++
Jb r

++++++++ – – – – – – – –

Figura 2.9 – Antena patch: distribuição de carga e densidade de corrente.


Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 18

2.4. ANTENA DE MICROFITA TIPO PATCH CIRCULAR

O patch circular, Figura 2.10, é uma configuração bastante utilizada e tão popular quanto
o patch retangular. Os modos suportados pelas antenas patch circular podem ser determinados
tratando o patch, o plano de terra e o substrato como uma cavidade circular. Assim como no

patch retangular, os modos TM z são os suportados pelas antenas com patch circular cuja altura
do substrato é muito pequena, em que z é tomado como a direção perpendicular ao patch.

'
'

r

Figura 2.10– Antena de microfita com patch circular [28].

Com relação às dimensões, o patch circular possui apenas uma dimensão que pode ser
facilmente alterado, o raio do patch. Diferentemente do patch retangular onde os modos de
propagação podem ser alterados à medida que as dimensões, largura w e comprimento L , são
variadas, o patch circular não sofre nenhuma alteração nos modos de propagação, uma vez que
apenas a frequência de ressonância é modificada. Em [11] é apresentada uma metodologia para
projetar uma antena patch circular, a qual, foi utilizada nesse trabalho. O valor aproximado do
raio (a) do patch circular é calculado a partir de (2.15) e (2.16),

F
a 1
,
 2h   F   2
(2.15)
1   2h
ln    1,7726 
  r F    

com F dado por:

8,791  10 9
F . (2.16)
fr  r
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 19

Em geral, a alimentação direta de uma antena patch por linha de microfita de 50  leva
a um descasamento de impedâncias, devido ao elevado valor da impedância de entrada do patch
irradiante, causando reflexões indesejáveis dos sinais na entrada da antena. Para corrigir esse
efeito faz uso de técnicas de casamento como por exemplo: a técnica inset-fed, com a inserção
de fendas (slots) aproxima-se o ponto de alimentação do centro do patch circular, Figura
2.11(a).
No modelo utilizado, as larguras do slot e da linha de microfita são iguais, x0=w0. Um
valor inicial aproximado para o comprimento do slot (y0) no patch circular é dado por (2.17) e
(2.18), em termos do comprimento (L) e da resistência de entrada (Rin) de uma antena patch em
2,4 GHz  G1 é a autocondutância; G12 é a condutância mútua entre os slots [2].

 50 
y 0 0 
L
a cos .
   (2.17)
 R 0
 in 

Rin 0 
1
2G1  G12 
. (2.18)

Na técnica de casamento com transformador de λ/4, Figura 2.11(b), considera-se uma


seção de linha de comprimento igual a um quarto do comprimento de onda guiado (λg) dado
por (5), [12]. A largura da linha é obtida a partir de sua impedância característica (Z0) calculada
em (6) com Zin=50  e ZL=Zant.
A aplicação da técnica com transformador de /4 resulta em valores pequenos para a
largura da seção de linha de /4. De acordo com a frequência de ressonância e do substrato
dielétrico usado, resultam valores de largura b<0,5 mm, que é uma limitação desta técnica, por
exemplo, em termos de fabricação da seção de linha de /4 de microfita.

3 10 8
0  . (2.19)
f r  reff

Z 0  Z in Z L . (2.20)

A técnica híbrida proposta, cuja geometria é ilustrada na Figura 2.11(c), é uma


associação das duas técnicas de casamento já mencionadas. O uso da técnica híbrida leva ao
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 20

aumento da largura da seção de linha de /4. Com o uso da técnica híbrida obteve-se uma
redução da área total da antena e das dimensões dos slots no patch circular irradiante, Figura
2.11(c).

y0
λg
x0
4

(a) (b) (c)


Figura 2.11 –Técnicas de casamento de impedâncias para antena patch circular: (a) inset–fed; (b) transformador
de quarto de onda; (c) híbrida.

2.5. ARRANJOS DE ANTENAS

De modo geral, estruturas formadas por apenas um elemento irradiante apresenta um


Diagrama de Irradiação relativamente largo e, consequentemente, uma baixa diretividade. Essas
características são desfavoráveis para algumas aplicações que necessitam de valores maiores
de diretividade para o fornecimento dos serviços adequadamente, por exemplo, radiodifusão e
rádio enlaces.
As antenas podem ser combinadas entre si em uma disposição geométrica ao longo de
um eixo ou de uma superfície, compondo novas estruturas, conhecidas como arranjos que tem
como intuito obter melhores características de irradiação da antena, aumentando a diretividade
e consequentemente o seu ganho. Geralmente os elementos do arranjo são idênticos, apresentam
a mesma ordem espacial e são alimentados na mesma fase e amplitude [6]–[8].
A direção de ganho máximo do arranjo é controlada pelo ajuste da fase do sinal nos
diferentes elementos. Portanto, para que o arranjo tenha uma alta diretividade, os sinais em uma
determinada direção, na qual se deseja máximo ganho, são somados em fase e destrutiva nas
outras direções. Isso resulta em um ganho do arranjo, que é aproximadamente a soma dos
ganhos individuais dos elementos naquela direção [9]–[11].
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 21

2.5.1. Arranjo linear com dois elementos

O arranjo pode ser avaliado de acordo com seu número de elementos. O arranjo linear
mais simples é o arranjo com dois elementos. A Figura 2.12 apresenta um arranjo de dois
dipolos infinitesimais dispostos lineamente ao longo do eixo-z, com representação no campo
próximo e distante.

(a) (b)
Figura 2.12 – Arranjo de dois elementos: a) campo próximo, b) campo distante [11].

2.5.2. Arranjo linear com N elementos

A Figura 2.13 representa a generalização para o caso de um arranjo linear com N


elementos, onde se observa os elementos dispostos, igualmente espaçados sobre o eixo.
Assume-se que os elementos têm amplitudes iguais, todavia cada elemento é aumentado
sucessivamente na fase β, conduzindo a uma excitação de corrente diferente. Não obstante, o
elemento precedente na qual β representa a fase de corrente em cada elemento, conduzindo a
corrente do mesmo.
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 22

Figura 2.13 – Campo distante de um arranjo de antenas uniformemente espaçadas com N [11].

2.5.3. Arranjo planar

Os elementos irradiantes de um arranjo planar normalmente são dispostos em um plano


x–y. Na Figura 2.14 é apresentado o exemplo de um arranjo planar de N elementos
uniformemente espaçados.

Figura 2.14 – Arranjo planar [11].


Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 23

2.6. ARRANJOS DE ANTENAS DE MICROFITA

Considerando-se que os efeitos de borda são submetidos a todos os elementos, a


concepção de arranjo finito requer agrupamento dos elementos patch em um padrão simétrico
de modo que a radiação na direção desejada é obtida. Isso só pode ser alcançado quando os
campos devido aos elementos individuais se combinam na fase na direção desejada e anular-se
mutuamente em todas as outras direções. Em outras palavras, cada saída de cada elemento é
combinada para obter os campos irradiados pelo arranjo. O padrão original do patch indivíduo
fica multiplicado pelo fator de arranjo que leva em consideração as amplitudes e fases da
corrente de alimentação.
No entanto, devido à maior proximidade entre os elementos do arranjo existe interação
entre eles. Uma vez que cada elemento de emenda induz correntes para os outros elementos
adjacentes, que conduz ao acoplamento entre os patch que irradiam. A localização do elemento
e o espaçamento entre eles no arranjo afeta o padrão de radiação, bem como parâmetros de
antena.

2.6.1. Redes de alimentação

Existem alguns tipos de sistemas de alimentação, por exemplo: in–line series feed (em
série na linha) Figura 2.15(a); out-of-line series feed (em série fora da linha) Figura 2.15 (b);
parallel feed (em paralelo) Figura 2.15 (c); serie /paralled feed (série /paralelo) Figura 2.15 (d).
Para os arranjos, aqui propostos, foi utilizado o sistema de alimentação em paralelo.

(a)

(b)
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 24

(c)

(d)
Figura 2.15 – Sistemas de alimentação: (a) em série na linha; (b) em série fora da linha; (c) em paralelo; (d) série
/paralelo.

A configuração fundamental de uma alimentação em paralelo unidimensional consiste


de uma única porta de entrada, uma rede ramificada de múltiplas linhas de alimentação em
paralelo com divisores de potência de duas vias em que, se a distância a partir da porta de entrada
para cada elemento é idêntica, a posição do feixe é independente quando a frequência e a
alimentação são de banda larga [37]. Com a incorporação de extensões de linha para cada
elemento, a direção do feixe pode ser controlada para ângulos desejados. A vantagem desse
projeto inclui design mais simples, o espaçamento elemento flexível e larguras de banda larga.
No entanto, a desvantagem é que ela exige mais linhas de transmissão entre elementos de
irradiação e a porta de entrada, e a perda de inserção da rede de alimentação pode ser grande
[37]. Esta concepção da rede de alimentação consiste de divisores de potência idênticos e
transformadores de quarto de onda, que são geralmente utilizados para combinar impedância na
junção de divisor de potência.
Transformador de  4 : Para o transformador de impedância de  4 , Figura 2.16,
considera-se uma seção de linha de comprimento igual a um quarto do comprimento de onda

guiado (  g ) dado por (2.22). A largura da linha é obtida a partir de sua impedância característica

( Z 0 ) calculada em (7) com Z in  50 . O transformador de  4 é usado tanto, na rede de

alimentação do arranjo como na técnica de casamento híbrida, nesse caso Z L  Z ant .

g Z2
Z in ( L  ) 0 (2.21)
4 ZL
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 25

3x10 8
g  f r  reff
(2.22)

Figura 2.16 – Transformador de quarto de onda entre duas linhas de transmissão.

Divisor de potência T: Por definição, um divisor de -3 dB potência é idealmente passivo,


sem perdas, é um dispositivo de três portas recíproca que divide a potência igualmente em
magnitude e fase de saídas iguais. Para esse projeto da rede de alimentação do arranjo, uma
linha de entrada com 50Ω é dividida em duas linhas de saída de 100Ω. As entradas e as saídas
são assumidas a estarem conectadas as LTs com impedâncias características de,

respectivamente, Z 01 , Z 02 e Z 03 , Figura 2.17.

Figura 2.17 – Divisor de potência de três portas.

1 1 1
  (2.23)
Z 01 Z 02 Z 03

Z 01
I2  I1 (2.24)
Z 02

Z 01
I3  I1 (2.25)
Z 03
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 26

I 2 Z 03
 (2.26)
I 3 Z 02

Estudo experimental de curvas de microfita tem sido feito para descobrir que tipo de
técnica de flexão são úteis em ambientes de antena a fim de ter baixas perdas de reflexão e de
inserção [38]. As curvas de microfita mitered bend, mitered bend 90° e junção T podem ser
observadas na Figura 2.18.

Figura 2.18 – Descontinuidade em linhas de microfita: (a) mitered bend e (b) mitered bend 90º e (c) junção T
[35].

D
(b) 2 W (2.27)

 1, 35
W


X  D. 0,53  0,65e h  , para W  2,75 ,
  r  25 (2.28)
  h

 D
A  2  x   (2.29)
 2

Em [39] é apresentada uma metodologia para projetar um arranjo com uma rede de
alimentação em paralelo corporativa que faz uso de seções com transformador de impedâncias
quarto de onda, Figura 2.19. Tal metodologia foi utilizada nesse trabalho.
Capitulo 2-Antenas e Arranjos P á g i n a | 27

Figura 2.19 – Rede de alimentação em série fora da linha com transformadores de quarto de comprimento de
onda [11].
P á g i n a | 28

3. ANTENAS COM FORMATOS


POLARES E BIOINSPIRADAS

3.1. EQUAÇÕES POLARES

As coordenadas polares foram usadas para estudo de curvas particulares antes de terem
sido apreciadas como uma ferramenta geométrica geral. O primeiro escritor usa-las foi
Bonaventura Cavalieri, que as utilizava para encontrar a área dentro de uma espiral de
Arquimedes, relacionando a uma parábola. Pascal utilizava a mesma transformação para
calcular o comprimento de uma parabólica, um problema anteriormente resolvido por Roberval,
mas, a sua solução não era universalmente aceita como válida. James Gregory tinha uma
transformação similar entre duas curvas individuais, em que as áreas foram relacionadas,
enquanto Pierre Varignon utilizada uma transformação ligeiramente diferente para o estudo das
espirais [37]–[40].
O primeiro escritor que utilizou coordenadas polares como um meio de fixação de
qualquer ponto no plano foi Newton. Ele, no entanto, considerou-as juntamente com Cartesiano,
bipolar e outros sistemas. Seu único interesse era mostrar como a tangente pode ser determinado
quando a equação da curva for dada a um outro sistema. Um interesse mais profundo foi
mostrado por Jacob Bernoulli, que escreveu uma expressão para o raio de curvatura quando a
equação da curva for dada na forma polar [37]–[40].
O primeiro escritor a pensar em coordenadas polares em três dimensões foi Clairaut,
mas, ele apenas menciona a possibilidade de tais coisas. O primeiro a desenvolvê-los foi Euler
a quem devemos as coordenadas polares e o raio-angular. Uma modificação interessante desse
último foi desenvolvida por Ossian Bonnet [37]–[40].
Um sistema de coordenadas polares ( O , r ,  ) em um plano consiste de um ponto O ,
denominado polo, de uma semirreta OA , com origem em O , denominada eixo polar, e de uma
unidade de comprimento utilizada para medir a distância de O a um ponto qualquer do plano.
Um ponto P do plano é representado em coordenadas polares, conforme indicado na Figura
3.1(a), através de dois valores, P  (r , ) , em que, r é a distância de P a O ;  é o ângulo do
eixo polar para a semirreta OP . Se r  0 , o ponto (r , ) situa-se no mesmo quadrante de  ;
se (r  0) , situa-se no quadrante oposto pelo polo, Figura 3.1(b) [43], [44].
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 29

(a) (b)
Figura 3.1 – Coordenadas polares

A expressão de um ponto como um par ordenado (r , ) é conhecido como notação


polar, à equação de uma curva expressa em coordenadas polares é conhecida como uma
equação polar, e um gráfico de uma curva em coordenadas polares é conhecido como um
diagrama polar.
O gráfico de uma equação polar r  f ( ) , ou de forma mais geral f (r , )  0 , f é uma
função definida e contínua em coordenadas polares, consiste em todos os pontos P que tem,
pelo menos, uma representação polar (r , ) cujas coordenadas satisfazem a equação. Figura
3.2 representa o esboço para curva r  cos(2 ) , 0    2 (rosa de quatro pétalas). A Figura
3.3 ilustra algumas curvas matemáticas conhecidas na literatura especializada.
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 30

Figura 3.2 – Curva r  cos(2 ) , 0  q  2 (rosa de quatro pétalas).


Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 31

Figura 3.3 – Ilustração de curvas geométricas

3.2. GEOMETRIA FRACTAIS E POLARES

A origem da Geometria Fractal remonta aos estudos realizados por Karl Weierstrass
sobre funções contínuas em todo o seu domínio, mas em nenhuma parte diferençável. A
inspiração para o estudo dos fractais teve origem na observação de padrões e formas irregulares
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 32

encontradas na natureza, que estão fora da abrangência da linguagem geométrica tradicional. O


termo fractal foi introduzido por Mandelbrot (1982) para descrever uma classe de objetos com
formas autossimilares complexas [16]. Desde o trabalho pioneiro de Mandelbrot, os fractais já
foram aplicados em diversas áreas da ciência e tecnologia. Em geral, para a geração de fractais
geométricos são usados o sistema de Lindenmayer (sistema-L) e o sistema de funções iteradas
(IFS  Iterated Function System) [45], [46]. A Figura 3.4 ilustra algumas transformações
fractais adotadas em trabalhos publicados em periódicos internacionais.

Figura 3.4 - Ilustrações de transformações fractais.

Em relação aos projetos anteriores, esta proposta não se restringe ao uso dos fractais
geométricos. Outras classes de fractais podem ser abordadas, como os definidos por relações
recursivas no plano complexo (conjuntos de Júlia), fractais aleatórios, árvores fractais, etc. O
estudo de dispositivos de micro-ondas com contornos curvos foi inicialmente motivado por
artigos desenvolvidos por alunos da disciplina de Antenas do PPgEE-IFPB sobre as antenas
bioinspiradas em formas de folhas Figura 3.5.
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 33

(a) (b) (c)


Figura 3.5 – Fotos de antenas bioinspiradas desenvolvidas por alunos de pós-graduação do IFPB: a) trevo, [47];
b) cana-de-açúcar, [48]; c) algodão

A partir do uso de algoritmos de processamento de imagem disponíveis em MATLAB®,


a metodologia adotada permite a análise precisa de um elemento planar com contornos curvos
definidos a partir de funções matemáticas. Especificamente, as imagens dos elementos obtidos
a partir de transformações geométricas fractais e polares são convertidas em arquivos DXF
(Drawing Exchange Format), que podem ser importados em softwares comerciais de CAD e
de análise de onda-completa.
Em particular, as transformações geométricas obtidas a partir de funções polares
assemelham-se de certa forma às fractais nos seguintes aspectos: sua definição matemática é
simples; o processo de geração de uma figura polar é iterativo; conforme o número de iterações
aumenta, o perímetro de um elemento polar (como uma rosácea, por exemplo) aumenta,
enquanto sua área total ocupada permanece constante. Esse fato motivou a escolha das funções
polares. Um exemplo de transformação polar que atende a esses requisitos é definida pela
função paramétrica em (3.1) – (3.4), em que: r e  são as coordenadas polares e 0  t  k. A
Figura 3.6 apresenta os resultados obtidos em MATLAB® para até k = 64 iterações polares.
Após isso, foi utilizado o software ANSYS Designer para simulações de antenas com as
interações polares e na Figura 3.7 é apresentada a relação entre o numero de interações polares
pela frequência de ressonância.

cos t 
r  1 . (3.1)
2

2t  sen2t 
 . (3.2)
k

x(t )  r cos( ) . (3.3)


Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 34

y(t )  rsen( ) . (3.4)

K=8 K= 12 K = 16 K = 24

K = 32 K = 48 K = 56 K = 64

Figura 3.6 – Exemplo de iterações polares.

3,00
2,90
2,80
Frequência, GHz

2,70
2,60
2,50
2,40
2,30
2,20
2,10
2,00
5 15 25 35 45 55 65
Interações polares, K
Figura 3.7 – Interações polares pela frequência em antenas.

Na Figura 3.9 é apresentada a relação entre o numero de interações polares pela


frequência de ressonância em uma FSS espira, Figura 3.8, gerada pela fórmula de Gielis.
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 35

m=0 m=4 m=8 m=16

m=24 m=32 m=40 m=48

Figura 3.8 – Exemplos de elementos, FSS.

3,50

3,00
Frequência, GHz

2,50

2,00

1,50

1,00
0 10 20 30 40 50
Número de interações polares

Figura 3.9 – Interações polares pela frequência em FSS.

Um exemplo particular de transformação polar a ser abordada nesse trabalho é a


superfórmula de Gielis: “Uma transformação geométrica genérica que unifica uma ampla
gama de formas naturais e abstratas”. A superfórmula de Gielis em sua forma geral é
definida em (3.8). A Figura 3.10 mostra alguns elementos de FSS obtidos a partir de
estudos preliminares utilizando a superfórmula de Gielis: patch, espiras, rosáceas e
elementos compostos.
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 36

Figura 3.10 – Exemplos de elementos de FSS obtidos a partir da superfórmula de Gielis.

3.3. A FÓRMULA DE GIELIS

Gabriel Lamé a partir do trabalho de Piet Hein, generalizou o conceito de uma elipse a
uma super-elipse [49]. Estas curvas são definidas conforme as expressões dadas em (3.5) e
(3.6), respectivamente.

2 2
x y
  1. (3.5)
a b

n n
x y
  1. (3.6)
a b

A super-elipse pode ser definida de forma equivalente em coordenadas polares.


Substituindo-se x  r  cos( ) e y  r  sen( ) em (3.7) e resolvendo em r  f ( ) , tem-se:

1
 cos( ) n sen( ) n
n
r    (3.7)
 a b 
 
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 37

Gielis [50] a partir da expressão polar (3.7), desenvolveu uma expressão, chamada por
ele de superfórmula para representar formas de plantas e animais. Com a fórmula é possível
gerar diversas geometrias, as quais ele denomina de supercírculos, superelípses e
superquadráticos, com a superfórmula na forma:

1
r  f ( )
n2 n3
1 m  1 m 
  cos       sen   
(3.8)
n1
a  4     4  
 b

Na superfórmula são considerados valores distintos para os expoentes n1 , n2 , n3 e é


acrescentado um fator m / 4 do ângulo 𝜃 que promove o uso de coordenadas polares em m
setores com simetria rotacional, assim é proposto uma equação polar para 𝑟 (𝜃), em que 𝑛 e 𝑚
pertence ao conjunto dos números reais positivos, com os parâmetros 𝑎 e 𝑏 são números reais
positivos diferentes de zer [50] o. A Tabela 3.1 apresenta alguns exemplos de formas geradas
pela superfórmula.

Tabela 3.1 – Exemplos de superformas com n1 = 0,5

n2 = n3 m=1 m=2 m=3 m=4

0.1

0.3

0.5

0.7
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 38

10

3.4. ANTENAS BIOINSPIRADAS

As pesquisas com geometrias bioinspiradas em plantas e animais, procuram na natureza


soluções ótimas e análogas às situações encontradas nos problemas de engenharia, assim, tanto
os projetos que utilizam partes de animais, quanto partes de plantas buscam analogias na
natureza, para desenvolver modelos e ajustar os parâmetros necessários para o funcionamento
dos projetos.
As geometrias das plantas são estruturas otimizadas pela natureza com o objetivo
principal de captação de energia de luz, transformando-a em energia química. A maioria das
plantas são organismos fotossintéticos que utilizam sistemas de antenas nos centros de captação
da luz, transferindo a energia captada para os centros de reação, local onde ocorre o processo
fotoquímico. Esta função é análoga às antenas com refletores parabólicos, em cujo foco são
captadas as ondas eletromagnéticas. As geometrias das plantas são estruturas eficientes,
otimizadas por milhares de gerações para absorver a maior quantidade energia luminosa em seu
ambiente e assim perpetuar sua espécie [51].
Além disso, a geometria das plantas tem apresentação estética que podem ser utilizado
em roupas, sacos, e outros acessórios. Juntamente com a forma bioinspiradas em plantas, os
dispositivos desenvolvidos devem ter baixo custo e facilidade de fabricação. Vários estudos
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 39

têm tirado proveito da geometria das plantas para o desenvolvimento de antenas com o uso em
diferentes bandas.
As pesquisas na área das antenas com formas bioinspiradas em plantas utilizam as
plantas ou parte delas (caule; folhas) para o desenvolvimento de antenas. As antenas
bioinspiradas em animais procuram avaliar órgãos internos ou partes externas de animais, que
atuam de forma análoga ao funcionamento das antenas utilizadas nos sistemas de
comunicações, com faixa de operação em diversas tecnologias.
A seguir são apresentados os trabalhos encontrados em pesquisa bibliográfica que utilizam a
geometria de partes de plantas e animais no desenvolvimento de antenas, Tabela 3.2.

Tabela 3.2 – Antenas bioinspiradas em plantas e animais.

ANO REFERÊNCIA DESCRIÇÃO IMAGEM

Antena monopolo impressa


bioinspirada em uma borboleta, para
operação na faixa UWB (3 – 12 GHz),
Armed e Sebak
2011 alimentação via linha de transmissão,
[52]
com abertura circular no elemento
irradiante para corte na faixa WLAN
(5.0 – 5.83 GHz).

Antena CPW bioinspirada em antenas


2013 Ebnabbasi [53] de abelhas com faixa de operação em
2,4 GHz.

Antena tipo monopolo impressa com a


Fakharian; geometria bioinspirada da cabeça e
2015 Rezaei; Azadi orelhas morcego, aberturas no
[54] elemento patch para cortes na faixa
WiMAX, WLAN e DSRC.

Antena tipo monopolo com


alimentação via cabo coaxial,
2008 Leyestanak [55] geometria de uma trevo de 4 folhas,
com largura de banda superior a 4 GHz
(4 – 8 GHz).
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 40

Estudo paramétrico de uma antena tipo


monopolo impressa com geometria de
Askanpour,
uma trevo de tulipa com largura de
2008 Gholipour,
banda superior a 5 GHz, com abertura
Faraji–dana [56]
no elemento irradiante para rejeição na
faixa de 5,8 GHz.

Antena tipo monopolo impressa com


geometria da folha do acero canadense,
Ahmed e Sebak operando na faixa UWB (3 – 14 GHz),
2009
[57] alimentação via linha de transmissão,
com cortes no elemento irradiante para
rejeição na faixa WLAN (5 – 6 GHz).

Simulação de uma antena patch com


abertura na geometria de uma folha
2013 Singh [58]
com frequência de ressonância em 4
GHz, 6 GHz e 7,8 GHz.

Antena monopolo impressa com


Lemos; Silva;
2014 geometria de um trevo de quatro folhas
Paiva e Silva [47]
operando na faixa UWB (3 – 11 GHz).

Simulação de uma antena MIMO CPW


com complementaridade, geometria
Patre e Singh bioinspirada em uma folha, com
2015
[59] largura de banda superior a 11 GHz
(2,2 – 13,1 GHz), operando na banda
UWB.

Desenvolvimento metodológico de
antenas monopolo impressas com
Silva Júnior; refletor e geometria bioinspirada na
2016 Silva; Serres; planta de cana–de–açúcar para faixa
Silva; Freire [48] 4G em 700 MHz, com largura de banda
cobrindo a faixa (698 – 806 MHz) e
ganho máximo de 7,7 dBi.
Capitulo 3-Antenas Polares e Bioinspiradas P á g i n a | 41

Desenvolvimento de uma antena tipo


monopolo impressa bioinspirada em
Silva Jr.; Freire; uma planta de gyngko biloba, com
2016 Serres; Silva; substrato em denim, operando nas
Silva [60] faixas de 2G, 3G e 4G, com medições
realizadas junto ao corpo e ganho de 3
dBi.
P á g i n a | 49

4. SUPERFÍCIES SELETIVAS DE
FREQUÊNCIA

Uma superfície seletiva de frequência – FSS (Frequency Selective Surface) é um arranjo


periódico de elementos aberturas ou patch condutores [22], [61]. Uma superfície periódica é
basicamente um conjunto de elementos idênticos dispostos bidimensionalmente formando um
arranjo infinito [22]. Como se pode observar na Figura 4.1, a FSS com elementos do tipo
abertura trabalha como um filtro passa-faixa. Por outro lado, a FSS com elementos condutores
funciona como um filtro rejeita-faixa.
Uma FSS pode ainda ser definida como um anteparo-fino ou anteparo-espesso,
dependendo da espessura do elemento. O termo FSS anteparo-fino, usualmente, refere-se a um
anteparo com elementos do tipo circuito impresso, isto é, elementos tipo patch ou abertura, que
possuem espessura menor que 0,001𝜆0 , onde 𝜆0 é o comprimento de onda para a frequência de
ressonância do anteparo. FSS do tipo anteparo espesso possui uma camada de metalização mais
espessa ou uma dupla camada de metalização, consistindo em duas FSS idênticas separadas por
um dielétrico [62].

(a) (b)
Figura 4.1 – Tipos de elementos de FSS: (a) elementos abertura; (b) elementos condutores [61].
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 50

Dentre os tipos de geometria dos elementos encontrados na literatura podemos dividi-


los em quatro grupos [61], [62], [25], sendo eles:
Os elementos do Grupo 1 são os N–polos conectados pelo centro. Eles podem ser vistos
na Figura 4.2(a) e as formas mais comuns são: o dipolo fino, o dipolo cruzado, a cruz de
Jerusalém e o tripolo.
O Grupo 2 é ilustrado na Figura 4.2(b) e é formado pelos elementos do tipo espira,
dentre os quais podemos citar: as espiras quadradas, as espiras quadradas duplas, as espiras
quadradas com grade e as espiras duplas concêntricas como os elementos mais comuns.
O Grupo 3 é composto pelos elementos sólidos e os mais comuns são: os patch
retangulares, os patch circulares e os patch hexagonais, como ilustrado na Figura 4.2(c).
Por fim, o Grupo 4 é formado a partir de uma modificação ou combinação dos elementos
típicos. A Figura 4.2(d) e (e) ilustram duas das inúmeras combinações possíveis.

(a) (b) (c)

(d) (e)
Figura 4.2 – Geometrias aplicadas em FSS: (a) Dipolo cruzado, (b) Espiral quadrada dupla, (c) Patch quadrado,
(d) e (e) Combinações.

4.1. MÉTODOS DE ANÁLISE

Na literatura observam-se vários métodos de análise para determinar as características


de transmissão e reflexão de uma FSS. Estas técnicas se subdividem métodos aproximados e
métodos de onda completa.
Para os métodos aproximados destaca-se o método do circuito equivalente (MCE)
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 51

como o mais utilizado em análises de FSS, pois esta técnica usa uma aproximação quase-
estática para calcular as componentes do circuito e permite uma rápida resposta
computacional [25]. Para o cálculo de campo o MCE focaliza os processos de transporte
elétrico no meio, utilizando a equação de continuidade e a teoria de circuitos elétricos para
obter, a partir de modelos matemáticos apropriados, um sistema de equações algébricas para
a distribuição de potenciais elétricos num espaço discretizado de elementos de volume [63].
Nesta análise os vários segmentos de fita condutora que formam o elemento patch, em um
arranjo periódico, são modelados como componentes indutivos ou capacitivos em uma linha
de transmissão. Da solução desse circuito, são encontradas as características de transmissão
e reflexão da FSS [64].
Os métodos de onda completa, dentre as quais podemos destacar o método das
Diferenças Finitas no Domínio do Tempo (FDTD – Finite-Difference Time-Domain). Esta
técnica possibilita a análise de qualquer tipo de elemento, bem como a análise de perdas
dielétricas e/ou magnéticas e a análise de estruturas não homogêneas [61]. Além disso, pelo
fato do FDTD ser um método que utiliza um algoritmo baseado em Equações Diferenciais
Parciais (EDP), permite o estudo da onda em todo seu espectro de frequências e em ambientes
complexos. Para limitar o custo computacional, nas simulações, utilizam-se as condições de
contorno na região modelada. As condições de contorno mais utilizadas são planos
condutores (magnéticos ou elétricos) perfeitos, em função do grau de simetria do problema,
ou em situações mais comuns, a camada perfeitamente casada (Perfect Matched Layer –
PML) proposto por Berenger. Com isto pode-se limitar o custo computacional e diminuir
reflexões indesejadas.
Outro método empregado é o da expansão modal, que permite uma análise capaz de
fornecer detalhes das respostas em frequências e da polarização [61]. O método dos
momentos ou a técnica do gradiente conjugado é usado no método da expansão modal e é
verificado um grande esforço computacional, sendo desaconselhável para a análise de FSS
com elementos mais complexos, como por exemplo, espiras quadradas duplas [63].
Em conjunto com esses métodos, podem ser utilizadas técnicas de inteligência
artificial, como algoritmos genéticos ou redes neurais, para análise e/ou síntese de FSS [61].
O Método das Ondas ou WCIP (Wave Concept Interactive Procedure), trata-se de
outro método usado na análise de FSS, que apresenta uma reduzida necessidade de esforço
computacional e flexibilidade quanto à forma da estrutura planar [65], [66].
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 52

4.2. TÉCNICAS DE MEDIÇÃO

Uma técnica de medição é ilustrada na Figura 4.3. O sistema de medição faz uso de
duas antenas cornetas de ganhos padronizados como transmissora e receptora. As antenas
são separadas por uma distância de modo que a onda incidente esteja na região de campos
distante. A medição é feita usando-se um medidor de campo e um gerador de varredura.
Entretanto, ese método pode produzir resultados não tão precisos comparados com
outros métodos. Estas imprecisões podem ser decorrentes de difrações ocasionadas nas
bordas do painel de testes [61]. Estas difrações podem ser atribuídas a grande largura do feixe
das antenas cornetas e a pequena espessura da FSS. Entretanto, a adição de absorvedores nas
bordas das estruturas pode reduzir esse problema.

Figura 4.3 – Sistema para medição de uma FSS com material absorvedor.

Outro método seria montar o sistema anterior dentro de uma câmara anecóica. Os
absorvedores da câmara anecóica eliminam as reflexões no solo e nas paredes da câmara,
enquanto os absorvedores na estrutura eliminam as difrações nas bordas da FSS dessa
maneira tornado a medição mais precisa [61].
Outra configuração de medição é o uso de antenas cornetas e lentes, ilustrado na
Figura 4.4. Esse modo pode ser usado para medições, que exigem uma maior precisão, do
desempenho de transmissão e reflexão de ondas na FSS. Essas lentes dielétricas transformam
a onda esférica das cornetas em um feixe colimado de ondas planas.
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 53

Figura 4.4 – Sistema de medição de uma FSS com lentes Gaussianas [67].

4.3. APLICAÇÕES

Originalmente introduzido como filtros espaciais, as FSS, foram utilizadas em uma


variedade de outras aplicações. Uma aplicação típica da FSS está em radomes de antena. Um
radome é uma estrutura que protege a antena e que é transparente para a frequência de
funcionamento e opaco para os sinais fora da banda de operação. O radome pode ser
projetado para uso acoplado a superfícies de automóveis ou aeronaves, para garantir um
espalhamento mínimo de sinal [68]. Assim, dependendo do radome os sinais fora da banda
de operação podem ser refletidos para reduzir a seção transversal de radar [22].
Um exemplo perfeito de blindagem eletromagnética na vida diária é o forno de micro-
ondas. Um forno de micro-ondas tem uma porta de metal com buracos circulares. Ele atua como
um filtro passa faixa que bloqueia a frequência de micro-ondas e permite que a luz visível passe
para poder monitorar o progresso de cozimento. Por isso, a porta do forno é opticamente
transparente e ao mesmo tempo atua como um escudo metálico fechado para a transmissão de
micro-ondas interna.
A Figura 4.5 ilustra FSS sendo usadas como antenas refletoras do tipo banda dupla
(dual-band). O alimentador 2 é colocado no ponto focal do refletor principal, enquanto que o
alimentador 1 é colocado no ponto focal do sub-refletor, que é formado por uma FSS. Esse
anteparo é projetado para refletir a faixa de frequência do alimentador 1, mas é totalmente
transparente para a faixa de frequência do alimentador 2 [61].
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 54

Figura 4.5 – FSS usada como antena refletora (dual band).

Nos últimos anos, FSS encontra a sua aplicação em sistemas de comunicação sem fio.
FSS é usado nas paredes dos edifícios, como teatros, hospitais, celas de prisão ou bibliotecas
públicas para bloquear os sinais de celulares, por exemplo.
Outro uso de FSS em moderno sistema de comunicação são as janelas de frequência
seletivas, como mostrado na Figura 4.6. Usando uma camada fina de metal na janela tornou-se
popular nos dias de hoje, devido às suas propriedades de isolamento térmico. Esses blocos
metálicos de revestimento a radiação de aquecimento para aumentar a eficiência energética das
janelas. Essas janelas são comumente conhecidas como janelas eficientes de energia ou janelas
de baixa emissividade e são transparentes para a parte visível do espectro EM.

Janela de frequência
seletiva

Luz visível

Sinal móvel
De celular

Figura 4.6 – Ilustração da janela seletiva de frequência.


Capitulo 4-FSS P á g i n a | 55

Na figura acima é ilustrado a funcionalidade da janela de frequência seletiva. A radiação


infravermelha (ou térmica) é bloqueada pela janela, mas que é transparente à luz visível e
frequências de rádio celular. O comprimento de onda do espaço livre da radiação térmica é de
1 mm a 750 nm, da luz visível é de 380 nm a 780 nm, e de rádio de onda varia de milhares de
quilómetros até 0,1 mm [69]. Basicamente, janelas seletivas de frequência são produzidas
através da criação de estruturas FSS no revestimento metálico das janelas. Investigação [67]–
[70] nesse campo de janelas seletivos de frequência para a propagação das ondas de rádio
incidentes.

4.4. ANALISADOR DE REDES

A análise da FSS baseia-se em uma rede de duas portas como mostrado na Figura 4.7 e

o gráfico que mostra o fluxo de sinal na Figura 4.8, a i é identificado com uma onda de entrando

na porta i , enquanto bi é identificado com uma onda refletida na porta i . A tensão eficaz e
técnicas atuais para a análise de baixa frequência não pode ser aplicado diretamente a circuitos
de micro-ondas. O analisador de rede comumente mede a reflexão e transmissão da rede de
micro-ondas em termos do parâmetro S .

Rede de
duas
portas
[S]

Figura 4.7 – Duas portas de rede com ondas incidentes e refletidas

Figura 4.8 – Gráfico de fluxo do sinal da rede de duas portas

Os parâmetros S de uma rede de duas portas relacionar a onda incidente e refletida em


todas as portas, e pode ser medido diretamente a partir de um analisador de rede. Os parâmetros

S são definidos em termos de variáveis de onda na Figura 4.7, S11 e S 22 são os coeficientes
Capitulo 4-FSS P á g i n a | 56

de reflexão visto olhando para a porta 1 e porta 2, respectivamente. O S12 é o coeficiente de

transmissão da porta 2 para a porta 1 e S 21 é o coeficiente de transmissão da porta 1 para a

porta 2, ai  0 implica em um perfeito casamento de impedâncias na porta i .

b1 b1
S11  S12 
a1 a2  0
a2 a1  0

(4.1)

b2 b2
S 21  S 22 
a1 a2  0
a2 a1  0

Os parâmetros S também podem ser escritos como um conjunto de equações lineares


na matriz apontada como dispersão de matriz:

b1   S11 S12   a1 


b    S S 22  a 2 
(4.2)
 2   21

Existem dois casos especiais para a matriz de dispersão, para uma rede recíproca é simétrica
(3) e para uma rede sem perdas é unitário (4).

S ij  S ji para todo i, j (4.3)

S
k 1
ki S kj  S ij (4.4)

Sendo S ij  1 se i  j e S ij  0 se i  j

Os limites físicos e interpretações dos parâmetros S são definidos na Tabela 4.1.


Capitulo 4-FSS P á g i n a | 57

Tabela 4.1 – Limites e interpretações físicas de parâmetros de duas portas de rede S

S11 S12 S 21 S 22
Transmissão total Transmissão total
Reflexão total Reflexão total
0 dB A parti da porta 2 A parti da porta 1
da porta 1 da porta 2
para 1 para 2

Transmissão total Transmissão total


Transmissão total Transmissão total
  dB A parti da porta 2 A parti da porta 1
através da porta 1 através da porta 2
para 1 para 2
P á g i n a | 58

5. RESULTADOS

Nessa seção são apresentados os resultados obtidos para as propriedades ressonantes e


de irradiação das antenas abordadas. Os dados coletados a partir dos resultados de medição e
simulação foram reunidos em gráficos do MATLAB®.

5.1. RESULTADOS ANTENAS

A fabricação das antenas patch de microfita foram realizadas duas técnicas da tecnologia
de circuitos impressos: corrosão com percloreto de ferro e com uma fresadora, modelo LPKF
ProMat S103. A Figura 5.1 pode ser visualizada as imagens ampliadas das curvas de microfita
e junções em T na simulação e feitas usando corrosão química e fresadora, cujos resultados de
fabricação são mais precisos.

LPKF Corrosão

Figura 5.1 – Imagens dos resultados da utilização de dois processos de fabricação de circuitos impressos.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 59

5.1.1. Resultados antenas circulares

Os protótipos das antenas circulares com técnicas de casamento de impedâncias: inset-


fed, transformador de λ/4 e alimentação híbrida, podem ser observados na Figura 5.2. As
antenas foram simuladas considerando-se um plano de terra finito, com as dimensões (WGP x
LGP) indicadas na Tabela 5.1. As antenas de patch circular simples são projetadas considerando
um material dielétrico de fibra de vidro (FR4), com espessura h = 1,5 mm, constante dielétrica,
 r = 4,4 e tan  = 0,02. Para as simulações das antenas foi utilizado o software comercial
ANSYS Design®. Os resultados medidos foram obtidos usando um analisador de rede vetorial
(modelo S5071C, Agilent Technologies). As antenas foram projetadas para o mais próximo
possível da frequência de 2441,75 MHz que é a frequência central da faixa desejada
(2400 – 2483,5 MHz).

a WGP

y0
L GP
λg λg
λg x0 4 4 b
2 λg λg
4 4
W0

(a) (b) (c)


Figura 5.2– Antenas patch circulares: (a) inset-fed; (b) transformador de λ/4 e (c) híbrida
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 60

Tabela 5.1 – Dimensões dos protótipos de antenas patch circular (mm)

ANTENAS PATCH CIRCULAR  TÉCNICAS DE CASAMENTO


PARÂMETROS
Inset-fed λ/4 Híbrida

A 18,120 17,070 17,14

B  0,795 1,100

x0 2,827  1,4135

w0 2,827 2,827 2,827

y0 10,900  4,633

λg/2 29,266  
λg/4  14,633 14,633

WGP 46,240 44,144 44,820

LGP 70,506 68,410 64,453

Na Figura 5.3(a) podem ser visualizados esses resultados para o protótipo da antena
inset–fed patch circular. Nesse caso, a largura de banda medida foi de 69,7 MHz, 2,24% maior
que o valor simulado, porém insuficiente para a faixa de frequências desejada
(2400 – 2483,5 MHz). A frequência ressonante medida de 2443,8 MHz apresentou um desvio
de 0,14% em relação ao valor simulado, com uma perda de retorno de 27,81 dB, Erro! Fonte
de referência não encontrada..
Os resultados medido e simulado para antena patch circular com transformador de λ/4
são comparados na Figura 5.3(b). A largura de banda medida foi de 88,5 MHz, 49,74% maior
que o valor simulado, o suficiente para a faixa de frequências desejada. A frequência ressonante
medida de 2452,5 MHz apresentou um desvio de 0,50% em relação ao valor projetado, com
uma perda de retorno de 26,33 dB, Tabela 5.2.
Os resultados obtidos para antena patch circular alimentada com a técnica híbrida são
apresentados na Figura 5.3(c). A largura de banda medida foi de 84,3 MHz, 37,74% maior que
o valor simulado, cobrindo toda a faixa desejada (2400 – 2483,5 MHz). A frequência
ressonante medida de 2440,0 MHz apresentou um desvio de 0,07% em relação ao valor
projetado, com uma perda de retorno de 31,32 dB, Tabela 5.2.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 61

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, E5071C
-40 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(a)
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Analisador de Rede, E5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(b)
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30
IEEE80211b,g
-35 Analisador de Rede, E5071C
MoM, ANSYS Designer
-40
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(c)
Figura 5.3 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) inset-fed; (b)
transformador de λ/4; (c) alimentação híbrida.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 62

Tabela 5.2– Antena patch circular – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS

TÉCNICA RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2440,3 2409,4 2471,5 62,1 -40,59


Inset–fed
medido 2443,8 2408,8 2478,5 69,7 -27,81

simulado 2440,3 2410,8 2469,9 59,1 -42,29


¼λ
medido 2452,5 2409,6 2498,1 88,5 -26,33

simulado 2441,7 2410,1 2471,3 61,2 -37,84


Híbrida
medido 2440,0 2399,7 2484,0 84,3 -31,32

Na Figura 5.4 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith  valores medidos e simulados para as técnicas de casamento: inset-fed,
Figura 5.4(a); transformador de λ/4, Figura 5.4(b); híbrida, Figura 5.4(c). Verificou-se que as
antenas patch são de banda estreita, com uma pequena faixa, na qual, as impedâncias estão
próximas ao centro da carta. A resistência de entrada medida para antena inset-fed patch foi de
45,84 Ω na frequência de 2443 MHz; 47,75 Ω para antena com transformador de λ/4 na
frequência de 2453 MHz; 48,26 Ω para antena com alimentação híbrida na frequência de 2441
MHz.

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00
50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00

-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a)
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 63

90
110 100 1.00
80 70
120 60
130 0.50 2.00
50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00

-130 -50
-120 -1.00
-60
-110-100 -80 -70
-90

(b)

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50

140 40

150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10

-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30

-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00 -70
-100 -90 -80

(c)
Figura 5.4 – Impedância sobre a carta de Smith para antenas patch circular: (a) inset–fed; (b) transformador de
λ/4; (c) alimentação híbrida.

Os diagramas de ganho simulados em 2D e 3D para as antenas abordadas são


apresentados na Figura 5.5. As antenas foram simuladas considerando-se um plano de terra
finito, com as dimensões (WGP x LGP) indicadas na Tabela 5.3. Os seguintes parâmetros de
irradiação foram considerados: largura de feixe de meia potência (Half Power Bandwidth –
HPBW), ganho direcional máximo e relação frente-costas (Front to Back Ratio – FB), Erro!
Fonte de referência não encontrada.. Constata-se que a forma dos diagramas de irradiação
permanece praticamente inalterado, independente da técnica de casamento de impedâncias
utilizada.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 64

0
-30 30
6,26
-49 49
-60 60

98°
-90 90

-38.00

-26.00

-120 120
-14.00

-12,23
-2.00  =0º
-150 150  =90º
180

(a)

0
-30 30
6,02
-50 50
-60 60

100°
-90 90

-38.00

-26.00

-120 120
-14.00

-10,88
-2.00  =0º
-150 150
 =90º
-180

(b)

0
-30 30
6,19
-51 51
-60 60

102°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 120
-14.00

-10,37
-2.00  =0º
-150 150  =90º
-180

(c)
Figura 5.5 – Diagramas 2D e 3D simulados para antenas patch circular: (a) inset-fed, (b) transformador de λ/4;
(c) alimentação híbrida.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 65

Tabela 5.3 – Antena Patch Circular – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
TÉCNICAS DE Jmáx
ALIMENTAÇÃO Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Inset–fed 6,26 7,00 98º 18,49 18,11

λ/4 6,02 6,68 100º 16,90 16,23

Híbrida 6,19 6,55 102º 16,56 16,23

A Figura 5.6 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²),


para uma fonte senoidal em 2,44 GHz, no instante em que seu valor é máximo na superfície do
patch circular. Na escala de cores da Figura 5.6(a), observa-se um máximo (azul claro) e dois
mínimos (azul escuro) na linha de microfita alimentada pela fonte senoidal. Há uma
concentração da densidade de corrente nos slots e no contorno da antena inset-fed patch, Figura
5.6(a). Na Figura 5.6(b) e a Figura 5.6(c) os valores de densidade de corrente são maiores nas
linhas de alimentação, devido às reflexões no degrau entre a seção de linha de 50  e o
transformador de λ/4 de largura b. Nas superfícies dos patch circulares, as distribuições de
corrente são similares, concentrando-se ao longo do diâmetro horizontal. Na Tabela 5.3 são
dados os valores máximos de J, em A/m².

(a) (b) (c)


Figura 5.6 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²): (a) inset-fed; (b) transformador de λ/4;
(c) alimentação híbrida
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 66

5.1.1. Resultados antena circular híbrida

Devido a utilização de um novo material foi necessário projetar uma outra antena patch
circular com a técnica de casamento híbrida para em seguida projeta os arranjos com dois e
quatro elementos circulares e comparação com antenas polares bioinspiradas. A antena foi
projetada considerando um material dielétrico de fibra de vidro, livre de halogênio (MCL-BE-
67G tipo (H), Hitachi Chemical), com espessura h = 1,5 mm e constante dielétrica,  r = 4,78.
Para simulação da antena foi utilizado o software comercial ANSYS Design®. Os resultados
medidos foram obtidos usando um analisador de rede vetorial (modelo S5071C, Agilent
Technologies).
A caracterização da constante dielétrica relativa (𝜀𝑟′ ) Figura 5.7, e do fator de perda
dielétrica relativa (𝜀𝑟′′ ) Figura 5.8, foram realizadas utilizando o VNA (Vector Network
Analyzer) modelo S5071C, através de uma ponta de prova coaxial juntamente com o Software
Dieletric Probe 85070, fabricados pela Keysight, na faixa de frequências de 1 GHz a 8 GHz.
Na Figura 5.9 pode ser observado setup de medição.

5,0
4,9
4,8
4,7
4,6
'r

4,5
4,4
4,3
4,2
4,1
4,0
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência,GHz
Figura 5.7 – Permissividade dielétrica relativa do material (constante dielétrica).
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 67

0,34
0,29
0,24
0,19
''r

0,14
0,09
0,04
-0,01
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
Figura 5.8 - Perda dielétrica relativa do material.

Figura 5.9 - Setup de medição.

O protótipo da antena circular com técnica de casamento de impedâncias híbrida, pode


ser observado na Figura 5.10, tal antena foi construída na LPKF.

WGP
a1

x0
LGP
y0
λg
4 b1

λg
50
4

W0
Figura 5.10 - Antena patch circular.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 68

Tabela 5.4 - Dimensões da antena construída protótipo (mm)

PARAMETROS
ANTENA
a1 b1 xo yo WGP LGP

Patch circular 16.85 2.10 1,312 3,94 104.36 67.66

A Figura 5.11 mostra que a antena patch circular tem uma largura de banda, menos de
3%, que é insuficiente para cobrir a banda necessária para aplicações em IEEE 802.11 b,g. O
valor medido de | S11 | = -47 dB indica uma boa adaptação de impedância para o protótipo
construído. Os valores simulados e medidos da impedância para a frequência de ressonância
são mostrados no gráfico de Smith na Figura 5.12. Além disso, inserções retangulares com
dimensões (x0 = 1,312 mm, y0 = 3,94 mm) são aplicadas no irradiador circular para ajustar sua
impedância de entrada.
0

-10

-20
|S11|, dB

-30

-40
IEEE80211b,g
Network Analyzer, S5071C
-50 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Figura 5.11 - Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): Antena patch circular.

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.12 – Impedância sobre a carta de Smith para antena patch circular: (a) simulado; (b) medido.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 69

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e 3D para as antenas abordadas são


apresentados na Figura 5.13. A Figura 5.14 demostra as distribuições de densidade de corrente
(J, A / m2) simuladas.

0
-30 6.12 30

51 51
m1 m4
-60 60

102°

-90 90
-38.00

-26.00

-120 -14.00 120


-9.86
 =0º
-150
-2.00
150  =90º
-180

Figura 5.13 – Antena patch circular diagramas de ganho 2D e 3D simulados.

(a) (b)
Figura 5.14 – Antena patch circular: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b) Campo
distante.

5.1.2. Resultados antena trevo de quatro folhas

Na Figura 5.15 pode-se obsevar alguns passos do projeto para a antena trevo de quatro
folhas. O primeiro passo para o projeto das antenas é a busca de inspiração nas formas da
natureza, Figura 5.15(a) trevo com quatro folhas. Em seguida, gerar essa geometria através de
uma equação polar, Equação (5.1) em que: r é a coordenada polar e 0  t  2, fazendo uso do
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 70

software MATLAB®, Figura 5.13(b). Continuando, passa-se para a parte da simulação,


importando a imagem gerada no MATLAB® para o software ANSYS Designer®, Figura
5.15(c). A antena foi simulada considerando-se um plano de terra finito, com as dimensões WGP
= 38,22 mm e LGP = 58,83 mm; o raio (a) = 14,12 mm e b = 0,56 mm, Tabela 5.5. E por fim a
construção do protótipo, Figura 5.13(d).
O trevo com as quatro folhas é resultado de uma anomalia genética, na qual a planta que
deveria ter apenas três folíolos, acaba originando um folíolo a mais. O verdadeiro trevo de
quatro folhas é formado a partir de plantas da família: Fabaeae, do gênero: Trifolium sp. O
nome já diz: tri = três e folium = folha. Existem estudos sobre a essa anomalia no Trifolium sp
e ainda não se sabe ao certo se é causada por fatores genéticos, ambientais ou ambos.
Alternativamente, o trevo de quatro folha pode ser causado por uma mutação somática ou de
um erro do desenvolvimento de causas ambientais. Na verdade, os Trifoliuns podem ter até
mais que quatro folhas, ou seja, é possível encontrar com cinco, seis ou até mais folhas [74].

(a) (b)

WGP
a
°
82

LGP
b

(c) (d)
Figura 5.15 – Antena trevo de quatro folhas: (a) folha trevo [74]; (b) MATLAB; (c) ANSYS Designer e (d)
protótipo.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 71

r  4.4  min( abs(tan(2t   / 1)) / 10,3) (5.1)

Tabela 5.5 – Dimensões do protótipo de antena patch trevo de quatro folhas (mm)

LGP WGP a b

58,83 38,22 14,12 0,56

A antena foi projetada considerando um material dielétrico de fibra de vidro, livre de


halogênio (MCL-BE-67G tipo (H), Hitachi Chemical), com espessura h = 1,5 mm e constante
dielétrica,  r = 4,78. Para simulação da antena foi utilizado o software comercial ANSYS
Design®. Os resultados medidos foram obtidos usando um analisador de rede vetorial (modelo
S5071C, Agilent Technologies).
Os resultados medido e simulado para antena trevo de quatro folhas são comparados na
Figura 5.16. Nesse caso, a largura de banda medida foi de 42 MHz, 10,64% menor que o valor
simulado. A frequência ressonante medida de 2440 MHz igual ao valor projetado, com uma
perda de retorno de 16,82 dB, Tabela 5.6. A antena apresentou uma característica dual-band no
intervalo de 1 a 8 GHz com uma segunda ressonância em 5445 MHz com uma perda de retorno
de 28,87 dB.

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(a)
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 72

-5

-10
|S11|, dB

-15

-20

-25

-30 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-35
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.16 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) antena trevo de quatro
folhas (b) faixa maior.

Tabela 5.6 – Antena trevo de quatro folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2440 2417 2464 47 -45,94

medido 2440 2419 2461 42 -16,82

Na Figura 5.17 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith  valores medidos e simulados. A resistência de entrada medida para antena
foi de 62 Ω na frequência de ressonância.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 73

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-1.00
-110 -70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.17 – Impedância sobre a carta de Smith para antena trevo de quatro folhas.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e 3D para a antena é apresentado


na Figura 5.18. As simulações foram feitas para a frequência de ressonância. Os seguintes
parâmetros de irradiação foram considerados: largura de feixe de meia potência (Half Power
Bandwidth – HPBW), ganho direcional máximo e relação frente–costas (Front to Back Ratio –
FB), Tabela 5.7.

0
m1
-30 30
5.91

-53 54
-60 m3 m4
60

107°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 -14.00
120
m2

-11.74
-2.00  =0º
-150 150  =90º
-180

Figura 5.18 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena trevo de quatro folhas.

Tabela 5.7 – Antena trevo de quatro folhas – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
5,91 6,3 107º 17,75 171
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 74

A Figura 5.19 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²),


para uma fonte senoidal em 2440 MHz, no instante em que seu valor é máximo na superfície
do patch circular. Na Tabela 5.7 é dado o valor de máximo de J, em A/m². As simulações foram
feitas para a frequência de ressonância.

(a) (b)
Figura 5.19 – Antena trevo de quatro folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b)
Campo distante.

5.1.3. Antena trevo de seis folhas

O protótipo da antena trevo de seis folhas pode ser visualizada na Figura 5.20 bem como
a imagem patch gerada no MATLAB através da Equação (5.2). As dimensões do protótipo
estão dispostas na Tabela 5.8.

WGP
a
55°

LGP
b

(a) (b) (c)


Figura 5.20 – Antena trevo de seis folhas: (a) MATLAB; (b) ANSYS Designer® e (c) protótipo.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 75

r  5.4  min( abs(tan(3t   / 1)) / 10,3 (5.2)

Tabela 5.8 – Dimensões do protótipo de antena patch trevo de seis folhas (mm)

LGP WGP A b

58,83 38,22 14,15 0,44

O resultado para o coeficiente de reflexão da antena trevo de seis folhas é apresentado


na Figura 5.21. A largura de banda medida foi de 52 MHz, 10,64% maior que o valor simulado.
A frequência ressonante medida de 2449 MHz apresentou um desvio de 0,33% em relação ao
valor projetado, com uma perda de retorno de 26,2 dB, Tabela 5.9. A antena com quatro folhas
apresentou duas ressonâncias já a antena com seis folhas apresentou mais três (3656, 5646 e
7370 MHz, valores medidos) ressonâncias além da ressonância de projeto.

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(a)
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 76

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30
IEEE80211b,g
-35
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.21 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão: (a) antena trevo de seis folhas;
(b) faixa maior.

Tabela 5.9 – Antena trevo de seis folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

Simulado 2441 2416 2463 47 -46,95

Medido 2449 2422 2474 52 -26,28

Os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre as cartas de Smith  valores


medidos e simulados são apresentados na Figura 5.22. A resistência de entrada medida foi de
54 Ω na frequência de ressonância.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 77

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.22 – Impedância sobre a carta de Smith para antena trevo de seis folhas: (a) simulado; (b) medido.

Na Figura 5.23 são apresentados os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e


3D para a antena trevo de seis folhas. Tabela 5.10apresenta os valores para os parâmetros de
irradiação: HPBW, FB, ganho e densidade de corrente superficial. As simulações foram feitas
para a frequência de ressonância.

0
m2
m1
-30 30
5.88

-54 54
-60 m3 m4 60

108°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 -14.00 120

-10.74
 =0º
 =90º
-2.00
-150 150
-180

Figura 5.23 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena trevo de seis folhas.

Tabela 5.10 – Antena trevo de seis folhas – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
5,88 6,38 108º 16,62 85,14
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 78

A distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²), Figura 5.24. Na Tabela


5.10 é dado o valore máximo de J, em A/m².

(a) (b)
Figura 5.24 – Antena trevo de seis folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b)
Campo distante.

5.1.4. Resultados antena borboleta

O protótipo da antena borboleta é apresentado na Figura 5.25(d) e sua geometria gerada


pela Equação (5.3) no MATLAB. As dimensões do protótipo estão dispostas na Tabela 5.11.

(a) (b)
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 79

WGP
a

LGP

(c) (d)
Figura 5.25 – Antena borboleta: (a) borboleta [75]; (b) MATLAB; (c) ANSYS Designer® e (d) Protótipo.

r  9  0.5sen(t )  2.5sen(3t )  2sen(5t )  1.7 sen(7t ) 


(5.3)
3 cos(2t )  2 cos(4t )  0.4 cos(16t )

Tabela 5.11–Dimensões do protótipo de antena borboleta (mm)

LGP WGP a b

55,53 44,14 17,7 0,60

Na Figura 5.26 podem ser visualizados os resultados de medição e simulação para o


coeficiente de reflexão. Nesse caso, a largura de banda medida foi de 47 MHz, 6% menor que
o valor simulado, insuficiente para a faixa de frequências desejada. A frequência ressonante
medida de 2442 MHz coincidiu exatamente com o valor simulado, mas, com uma perda de
retorno de 18,19 dB, Tabela 5.12. A antena apresentou uma uma segunda ressonância em 6250
MHz, valor medido, com perda de retorno de 27,4 dB.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 80

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40

-45 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
-50 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
(a)
0

-5

-10
|S11|, dB

-15

-20

-25

-30 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-35
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.26 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) antena borboleta; (b)
faixa maior.

Tabela 5.12 – Antena borboleta – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2442 2418 2468 50 –51,18

Medido 2442 2419 2466 47 –18,19

Na Figura 5.27 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith. A resistência de entrada medida para antena borboleta foi de 63 Ω.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 81

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-90

(a) (b)
Figura 5.27 – Impedância sobre a carta de Smith para antena borboleta: (a) simulado; (b) medido.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e 3D para a antena borboleta é


apresentado na Figura 5.28. Os valores para os parâmetros de irradiação (HPBW, FB, ganho)
são apresentados na Tabela 5.13.

0
m2
m1

-30 30
6.31
-51 51
m3 m4
-60 60

102°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 -14.00 120


-12.31
-2.00  =0º
-150 150  =90º
-180

Figura 5.28 – Antena borboleta diagramas 2D e 3D simulados.

Tabela 5.13 – Antena borboleta – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
6,31 6,44 102º 18,62 33,92

A Figura 5.29 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²) o


seu valor máximo numérico é apresentado na Tabela 5.13.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 82

(a) (b)
Figura 5.29 – Antena borboleta: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b) Campo
distante.

5.1.5. Antena folhas

O protótipo da antena folhas pode ser visualizada na Figura 5.30. As dimensões do


protótipo estão dispostas na Tabela 14. A transformação polar que gera a antena folhas é
definido pela função paramétrica em (5.4) – (5.6), em que: r e  são as coordenadas polares e 0
 t  k.

cos t 
r  1 (5.4)
2

2t  sen2t 
 (5.5)
k

x(t )  r cos( ) (5.6)


Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 83

WGP
a

LGP

b
g
4
W0
(a) (b)
Figura 5.30 – Antena Folhas: (a) ANSYS Designer®; (b) protótipo.

Tabela 5.14 –Dimensões do protótipo de antena patch folhas (mm)

LGP WGP a b

65 45 19 0,55

O resultado para o coeficiente de reflexão da antena Folhas é apresentado na Figura


5.31. A largura de banda medida foi de 53 MHz, 5,66% maior que o valor simulado. A
frequência ressonante medida de 2443 MHz apresentou um desvio de 0,37% em relação ao
valor projetado, com uma perda de retorno de 55,31 dB, Tabela 15.

0
-5
-10
-15
-20
|S11|, dB

-25
-30
-35
-40
-45 IEEE80211b,g
-50 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-55
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Figura 5.31 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena Folhas.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 84

Tabela 5.15 – Antena Folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2443 2418 2468 50 -42,54

Medido 2434 2406 2459 53 -55,31

Os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre as cartas de Smith  valores


medidos e simulados são apresentados na Figura 5.32. A resistência de entrada medida foi de
49,64 Ω na frequência de ressonância.

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00
50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.32 – Impedância sobre a carta de Smith para antena Folhas: (a) simulado; (b) medido.

Na Figura 5.33 são apresentados os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e


3D para a antena Folhas. Tabela 16 apresenta os valores para os parâmetros de irradiação:
HPBW, FB, ganho e densidade de corrente superficial.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 85

0
-30
m1
30  =0º
6.18
 =90º
-52 52
m3 m4
-60 60

104°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 -14.00
120
m2

-11.95
-2.00

-150 150
-180

Figura 5.33 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena Folhas.

Tabela 5.16 – Antena Folhas – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
6,18 6,46 104º 18,14 101,09

A distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²), Figura 5.34. Na Tabela


16 é dado o valore máximo de J, em A/m².

(a) (b)
Figura 5.34 – Antena folhas: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b) Campo distante.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 86

5.1.6. Antena lótus

O protótipo da antena lótus pode ser visualizada na Figura 5.35 o patch é gerado no
MATLAB por meio da Equação (5.2). As dimensões do protótipo estão dispostas na Tabela 17.

WGP
a

LGP

b
g
4
W0
(a) (b)
Figura 5.35 – Antena Lótus: (a) ANSYS Designer®; (b) protótipo.

4  (((abs(cos(t  4)))  (0.25  (abs(cos(t  4   / 2)))  2


r (5.7)
(a  abs(cos(t  8   / 2))  8))

Tabela 5.17 –Dimensões do protótipo de antena patch lótus (mm)

LGP WGP a b

65 50 19,8 0,5

O resultado para o coeficiente de reflexão da antena Lótus é apresentado na Figura 5.36.


A largura de banda medida foi de 54 MHz, 11,11 % maior que o valor simulado. A frequência
ressonante medida de 2492 MHz apresentou um desvio de 2,45 % em relação ao valor projetado
apesar de ser um valor matematicamente pequeno, mas, é suficiente para deslocar a frequência
para fora da faixa de projeto (2400 – 2483,5 MHz) com uma perda de retorno de 37,95 dB,
Tabela 18.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 87

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40 IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequency, GHz
Figura 5.36 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena lótus.

Tabela 5.18 – Antena Lótus – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2431 2408 2456 48 -48,15

Medido 2492 2465 2519 54 -37,95

Os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre as cartas de Smith  valores


medidos e simulados são apresentados na Figura 5.37. A resistência de entrada medida foi de
54 Ω.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 88

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00
50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.37 – Impedância sobre a carta de Smith para antena lótus: (a) simulado; (b) medido.

Na Figura 5.38 são apresentados os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e


3D para a antena Lótus. Tabela 19 apresenta os valores para os parâmetros de irradiação:
HPBW, FB, ganho e densidade de corrente superficial.

0
 =0º
m1

-30 30
-6.28
-50 50
 =90º
m3 m4

-60 60

100°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 m2
120
-13.86
-2.00
-150 150
-180

Figura 5.38 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena lótus.

Tabela 5.19 – Antena lótus – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
6,08 6,18 110º 20,14 101,09

A distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²), Figura 5.39. Na Tabela


19 é dado o valore máximo de J, em A/m².
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 89

(a) (b)
Figura 5.39 – Antena lótus: (a) Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²); (b) Campo distante.

5.1.7. Antena desenvolvida pela superformula de Gielis

O protótipo da antena desenvolvida pela superformula de Gielis pode ser visualizada na


Figura 5.40 o patch é gerado no MATLAB por meio da Equação (5.8). As dimensões do
protótipo estão dispostas na Tabela 20.

WGP
a

LGP

b
g
4
W0
(a) (b)
Figura 5.40 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis: (a) ANSYS Designer®; (b) protótipo.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 90

1
r  f ( )
n2 n3
1 m  1 m 
  cos       sen   
(5.8)
n1
a  4   b  4  
 

Tabela 5.20 – Dimensões do protótipo de antena patch Gielis (mm)

LGP WGP a b

55 40 14,45 0,67

O resultado para o coeficiente de reflexão da antena Gielis é apresentado na Figura 5.41.


A largura de banda medida foi de 51 MHz, 10,64% maior que o valor simulado. A frequência
ressonante medida de 2449 MHz apresentou um desvio de 0,36% em relação ao valor projetado,
com uma perda de retorno de 37,11 dB, Tabela 21.

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40 IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Figura 5.41 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, antena desenvolvida pela
superformula de Gielis.

Tabela 5.21 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

simulado 2449 2427 2473 46 -47,66

Medido 2440 2414 2465 51 -37,11


Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 91

Os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre as cartas de Smith  valores


medidos e simulados são apresentados na Figura 5.42. A resistência de entrada medida foi de
54 Ω.

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00
50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20
170 10
0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.42 – Impedância sobre a carta de Smith para antena Gielis: (a) simulado; (b) medido.

Na Figura 5.43 são apresentados os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e


3D para a antena desenvolvida pela superformula de Gielis. Tabela 22 apresenta os valores para
os parâmetros de irradiação: HPBW, FB, ganho e densidade de corrente superficial.

0
m1

-30 30
6.08  =0º
-55 55
 =90º
-60 m3 m4 60

110°

-90 90

-38.00

-26.00

-120 120
-14.00
m2

-9.20-2.00
-150 150
-180

Figura 5.43 – Diagramas 2D e 3D simulados para antena desenvolvida pela superformula de Gielis.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 92

Tabela 5.22 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
6,08 6,18 110º 15,28 101,09

A distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²), Figura 5.44. Na Tabela


22 é dado o valore máximo de J, em A/m².

(a) (b)
Figura 5.44 – Antena desenvolvida pela superformula de Gielis: (a) Distribuição de densidade de corrente
superficial (J, A/m²); (b) Campo distante.

5.2. RESULTADOS ARRANJOS

5.2.1. Resultados arranjo 1x2 patch circular dissimilar

Na concepção dos arranjos de antena com patch circular dissimilares ilustrado Figura
5.45 foi estabelecida duas frequências de funcionamento: 2420,88 MHz e 2462,62 MHz com o
objetivo de aumenta a largura de banda. Como estas duas frequências de operação são muito
próximas, os raios de patch circulares diferem apenas de 0,5 mm: a1 = 16,85 mm e a2 = 16,35
mm.
A partir da linha de alimentação com comprimento λg / 4, a rede de alimentação do
arranjo 1x2 foi projetada inserindo um divisor de alimentação de junção T (50  para 100 ),
transformadores de um quarto de onda 70.7  e mitered bends 50 . A Figura 5.45 (a) ilustra
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 93

o arranjo 1x2 com elementos patch igualmente alimentada pela rede corporativa de
alimentação.

WGP

a1 a2

LGP
b1 λg b2 4
4 ℓ 100 70.71
50
λg λg
4 50
4
W0
d
Figura 5.45 – Projeto arranjo de antena com patch circular dissimilares

Tabela 5.23 - Dimensões da antena construída protótipo (mm)

PARAMETROS
ANTENA
a1 a2 b1= b2 ℓ d WGP LGP
Arranjo 1x2
16,85 16,35 2,10 6,97 61,10 104,36 67,66
patch circular

A Figura 5.46 mostra a comparação entre os resultados medido e simulado para o


coeficiente de reflexão do arranjo. O valor medido de | S11 | = -36,11 dB para a frequência
ressonante medida de 2479 MHz. A largura de banda medida foi de 110 MHz, 2,73% menor
que o valor simulado.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 94

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Network Analyzer, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequencia, GHz
Figura 5.46 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB) para o arranjo 1x2 patch
circular.

Tabela 5.24 – Arranjo 1x2 patch circular – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS

ANTENA RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)
2430 -52,87
simulado 2393 2506 113
Arranjo 2469 -50,39
1x2 2448 -23,00
medido 2408 2518 110
2479 -36,11

Na Figura 5.47 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith  valores medidos e simulados para o arranjo patch circular 1x2. Na
frequência de ressonância, a resistência de entrada medida foi de 51,49 Ω.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 95

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-100 -90 -80

(a) (b)
Figura 5.47 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo patch circular 1x2: (a) simulado; (b) medido.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D, 3D e campo distante são


apresentados na Figura 5.48, Figura 5.49 e Figura 5.50 na devida ordem. Os protótipos dos
arranjos 1x2 dissimilares construídos ficaram com o elemento patch maior na posição 1x1 e o
patch menor na posição 1x2. No caso do arranjo patch circular 1x2 foi feita uma simulação
com posição dos elementos invertidas para análise e comparação de seus parâmetros de
irradiação com os parâmetros simulados do protótipo. Os valores obtidos são apresentados na
Tabela 5.25.
O comportamento observado de corrente alternada nos patch diferentes do arranjo 1x2
leva a um desvio no ganho padrão a partir da direção broadside. Alterando a posição do
elemento de maior tamanho no arranjo de 1x2, pode ver-se que ocorre desvio de ganho padrão
na gestão do elemento circular maior.

-12 0 12 -12 0 14
-30 8.03 30 -30 8.03
m5
30
42 -41
m4

-60 60 -60 60

54° 55°
-90 90 -90 90

-38.00 -38.00

-26.00 -26.00

-120 m2 -14.00 120 -120 -14.00 m2 120

-5.56 -2.00  =0º -2.00 -5.78


-150 150  =90º -150 150
-168 -180 -180 168

(a) (b)
Figura 5.48 – Diagramas 2D simulados para o arranjo patch circular 1x2: (a) arranjo simulado (b) arranjo
construído.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 96

(a) (b)
Figura 5.49 – Diagramas 3D simulados para o arranjo patch circular 1x2: (a) arranjo simulado (b) arranjo
construído.

(a) (b)
Figura 5.50 – Diagramas 3D de campo distante simulados para o arranjo patch circular 1x2: (a) arranjo simulado
(b) arranjo construído

Tabela 5.25 – Arranjo patch circular 1x2 – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO
Jmáx
ARRANJO Ganho 2D Ganho 3D FB (A/m²)
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x2
8,03 8,46 54º 13,59 24,5
simulado
Arranjo 1x2
8,03 8,43 55º 13,81 24,8
construído
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 97

A Figura 5.51 mostra as distribuições simuladas de densidade de corrente (J, A /m2),


2,44 GHz para uma fonte sinusoidal. Na escala de cores, existe máximo (azul claro) e mínimos
(azul escuro).
A partir das simulações para arranjo de antenas patch circulares de tamanhos iguais que
encontramos os valores máximos de densidade de corrente ocorrem simultaneamente em todos
os patch, Figura 5.51(a). No entanto, para elementos diferentes, verificou-se que os valores
máximos ocorrem alternativamente, conforme ilustrado na Figura 5.51(b) para o arranjo patch
circular 1x2 dissimilar.

(a)

(b)
Figura 5.51 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo patch circular 1x2: (a)
arranjo simulado com elementos iguais; (b) arranjo dissimilar

5.2.2. Resultados arranjo 1x2 trevo de 4 folhas

O projeto para os arranjos 1x2 trevo de 4 folhas é apresentado na Figura 5.52 e suas
dimensões estão dispostas na Tabela 5.66.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 98

WGP

a1 a2

LGP
b1 b2

Figura 5.52 – Projeto arranjo 1x2 trevo de 4 folhas.

Tabela 5.26 – Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm)

ARRANJO LGP WGP a1 a2 b1 b2

Arranjo 1x2 63,69 64,23 14,14 14,14 0,76 0,76


Arranjo 1x2
97,73 97,83 14,41 14,00 1,51 1,57
dissimilar

Os resultados medido e simulado para o arranjo 1x2 são comparados na Figura 5.53. A
Figura 5.53(a) apresenta coeficiente de reflexão para o arranjo 1x2 com elementos iguais e a
Figura 5.53(b) o resultado para o arranjo dissimilar. Na medição o arranjo dissimilar ficou com
81 MHz de BW 19% menor que a simulação. Na Tabela 5.27 pode ser visualizado o valor de
| S11 | para os dois arranjos. Observa-se que os arranjos assim como o elemento único apresenta
duas ressonâncias com a segunda em 5804 MHz com uma perda de retorno de 35,3 dB e para
o arranjo dissimilar em 5638 MHz com uma perda de retorno de 49,08 dB.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 99

0
-5
-10
-15
-20
|S11|, dB

-25
-30
-35
-40
-45
IEEE80211b,g
-50
Analisador de Rede, S5071C
-55 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30
IEEE80211b,g
-35
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz

(a)
0
-5
-10
-15
-20
|S11|, dB

-25

-30
-35
-40
-45 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
-50 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 100

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.53 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) Antena trevo de quatro
folhas; (b) Antena trevo de quatro folhas dissimilar.

Tabela 5.27 – Arranjo 1x2 trevo de 4 folhas – Resultados medidos e simulados, 2–3 GHz.

PARÂMETROS

ARRANJO RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

Arranjo simulado 2442 2417 2467 50 -55,97


1x2 medido 2434 2414 2455 31 -18,37

Arranjo 2425 -51,01


simulado 2394 2494 100
1x2 2462 -44,65
dissimilar medido 2437 2409 2490 81 -39,98

Os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre as cartas de Smith são


apresentados na Figura 5.54.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 101

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(a)
100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-100 -90 -80

(b)
Figura 5.54 – Impedância sobre a carta de Smith: (a) arranjo 1x2 trevo de 4 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 4
folhas dissimilar.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e 3D para as antenas abordadas são


apresentados na Figura 5.55 e Figura 5.56, na devida ordem. Observa-se que ocorreu um desvio
de 13 graus no diagrama de irradiação em relação a direção broadside. Apesar do desvio, o
HPBW é praticamente o mesmo, mas, houve uma pequena diminuição no ganho para o arranjo
dissimilar, Tabela 5.18. Os diagramas de campo distante podem ser vistos na Figura 5.57.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 102

0m1 -13 0 13
-28
-30
2830 -30
m1

30
m3
8.4 7.9
m4

m4
-42
m3

-60 60 -60 60
54° 55°
m5

-90 90 -90 90

-38.00 -38.00

-26.00 -26.00
-16.3
-120 -14.00
120 -120 120
-14.00 m2

-2.00  =0º -9-2.00


-150 150  =90º -150 150
-180 -180

(a) (b)
Figura 5.55 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2 ; (b) arranjo 1x2
dissimilar.

(a) (b)
Figura 5.56 – Diagramas 3D simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2 ; (b) arranjo 1x2
dissimilar.

(a) (b)
Figura 5.57 – Diagramas 3D de campo distante simulados para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2;
(b) arranjo 1x2 dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 103

Tabela 5.28 – Arranjos 1x2 trevo de 4 folhas – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO Jmáx


ARRANJO (A/m²)
Ganho 2D Ganho 3D FB
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x2 8,4 8,63 55º 24,70 142,24
Arranjo 1x2
7,9 8,24 54º 16,90 177,55
dissimilar

A Figura 5.58 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²)


para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a) arranjo 1x2; (b) arranjo 1x2 dissimilar.

(a)

(b)
Figura 5.58 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo 1x2 trevo de 4 folhas: (a)
arranjo 1x2; (b) arranjo 1x2 dissimilar.

5.2.3. Resultados arranjo 1x2 trevo de seis folhas

O projeto para os arranjos 1x2 trevo de seis folhas é apresentado na Figura 5.59 e suas
dimensões estão dispostas na Tabela 29.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 104

WGP

a1 a2

LGP
b1 b2

Figura 5.59 - Projeto para os arranjos 1x2 trevo de seis folhas.

Tabela 5.29 – Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm)

LGP WGP a1 a2 b1 b2
Arranjo
65,66 99,36 14,15 14,15 0,63 0,63
1x2
Arranjo
1x2 66,66 100,36 14,40 13,95 1,29 1,28
dissimilar

Na Figura 5.60 são comparados os resultados medido e simulado para o arranjo 1x2
trevo de 6 folhas. O arranjo com elementos iguais, Figura 5.60(a), e o arranjo dissimilar na
Figura 5.60(b). A largura de banda medida para o arranjo dissimilar foi de 81 MHz, 22,12%
menor que o valor simulado. Na Tabela 5.30 estão os valores para os parâmetros ressonantes
dos arranjos.

0
-5
-10
-15
-20
|S11|, dB

-25

-30
-35
-40
-45 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
-50 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 105

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz

(a)
0

-10

-20
|S11|, dB

-30

-40

-50
IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
-60 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz

(b)
Figura 5.60 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) arranjo 1x2 trevo de 6
folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 106

Tabela 5.30 – Arranjos 1x2 trevo de 6 folhas – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS

ARRANJO RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

Arranjo simulado 2444 2418 2470 52 –50,89


1x2 medido 2472 2445 2498 31 –22,44

Arranjo 2418 –61,63


simulado 2388 2492 104
1x2 2460 –55,49
dissimilar medido 2456 2429 2507 81 –48,04

Na Figura 5.61 são apresentados os gráficos da impedância sobre as cartas de Smith 


valores medidos e simulados para o arranjo 1x2 trevo de 6 folhas, Figura 5.61(a), arranjo 1x2
trevo de 6 folhas dissimilar, Figura 5.61(b). A resistência de entrada medida foi de 49,55 Ω e
51,49 Ω para o arranjo dissimilar.

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-90
(a)
100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

180 0.00
0.00
0.20 0.50 1.00 2.00 5.00
0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-1.00
-110 -70
-100 -90 -80

(b)
Figura 5.61 – Impedância sobre a carta de Smith para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b) arranjo 1x2
trevo de 6 folhas dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 107

Na Figura 5.62 e Figura 5.63 estão apresentados os diagramas de ganho direcional


simulados em 2D e 3D, respectivamente. Os arranjos apresentam o mesmo valo de HPBW e
como no arranjo com quatro folhas tem um desvio de 13 graus no diagrama de ganho direcional
para o arranjo dissimilar. Os valores obtidos são apresentados na Tabela 5.31.

0m5 -13 0 14
-28 2730 m1

-30 8.44 -30 m4 30


m3 m4 7.83
-43
m3

-60 60 -60 60
55° 57°

-90 90 -90 90

-38.00 -38.00

-26.00 -26.00
-16.3 m6
-120 120 -120 120
-14.00 -14.00 m2

-2.00  =0º -8.3


 =90º
-2.00
-150 150 -150 150
-180 -180

(a) (b)
Figura 5.62 – Diagramas 2D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6
folhas dissimilar.

(a) (b)
Figura 5.63 – Diagramas 3D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6
folhas dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 108

(a) (b)
Figura 5.64 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas (b)
arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar.

Tabela 5.31 – Arranjos – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO Jmáx


ARRANJO (A/m²)
Ganho 2D Ganho 3D FB
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x2 8,44 8,73 55º 24,47 73,5
Arranjo 1x2
7,78 8,72 55º 17,4 76,0
dissimilar

A Figura 5.65 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²),


Tabela 5.20. As simulações foram feitas para a frequência de ressonância.

(a)

(b)
Figura 5.65 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para arranjos: (a) arranjo 1x2 trevo de 6
folhas (b) arranjo 1x2 trevo de 6 folhas dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 109

5.2.4. Resultados arranjos 1x2 borboleta

O projeto para os arranjos 1x2 borboleta pode ser visualizado na Figura 5.66 e suas
dimensões estão dispostas na Tabela 5.21.

WGP
a1 a2

LGP
b1 b2

Figura 5.66 - Projeto para os arranjos 1x2 borboleta.

Tabela 5.32 – Dimensões dos protótipos de antena patch trevo de quatro folhas (mm)

LGP WGP a1 a2 b1 b2

61,10 105,56 17,10 17,10 0,81 0,81

62,33 105,87 17,35 16,85 1,35 1,56

Na Figura 5.67(a) podem ser visualizados os resultados para os protótipos dos arranjos
1x2 borboleta. Nesse caso, a largura de banda medida foi de 46 MHz para o arranjo com
elementos iguais, 13,21% menor que o valor simulado. A largura de banda medida foi de 96
MHz para o arranjo dissimilar, 4% menor que o valor simulado, mas, o suficiente para cobrir a
faixa desejada (IEEE802.11b,g 2,400 – 2,835 GHz). Na Tabela 5.33 pode ser visualizado os
valores dos parâmetros ressonantes para os dois arranjos. Em relação a antena borboleta os
arranjos rejeitaram a segunda ressonância. Podemos observa uma boa concordância entre os
resultados simulados e medidos apesar, da intensidade do |S11| não ser a mesma na frequência
de ressonância.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 110

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

IEEE80211b,g
-35
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(a)
0

-5

-10

-15

-20
|S11|, dB

-25

-30

-35

-40
IEEE80211b,g
-45 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-50
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 111

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.67 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) arranjo 1x2 borboleta;
(b) arranjo 1x2 borboleta dissimilar.

Tabela 5.33 – Arranjos 1x2 borboleta – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS

ARRANJO RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)

Arranjo simulado 2442 2416 2469 53 -44,32


1x2 medido 2441 2419 2465 46 -17,65
2430 -47,60
simulado 2396 2496 100
Arranjo 2462 -45,90
1x2 dissiminar 2433 -20,89
medido 2406 2502 96
2473 -18,52

Na Figura 5.68 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith  valores medidos e simulados para os arranjos: arranjo 1x2 borboleta, Figura
5.68(a); arranjo1x2 borboleta dissimilar, Figura 5.68(b). Na frequência de ressonância, a
resistência de entrada medida para o arranjo1x2 borboleta foi de 49,55 Ω e 51,49 Ω para o
arranjo1x2 borboleta dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 112

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-1.00
-110 -70
-100 -90 -80

(a)

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00 0


180 0.00

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -60
-110 -1.00
-70
-90

(b)
Figura 5.68 – Impedância sobre a carta de Smith para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo 1x2
borboleta dissimilar.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D, 3D e campo distante para os


arranjos abordadas são apresentados na, Figura 5.69, Figura 5.70 e Figura 5.71,
respectivamente. Os valores obtidos para os parâmetros de irradiação são apresentados na
Tabela 5.34.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 113

0m1 -13 0 12
-27 26 -30
m1

30
-30 8.73 30 m4

m3 m4
40 8.42
m3

-60 60 -60 60
53° 52°

-90 90 -90 90

-38.00 -38.00

-26.00 -26.00

m2
-120 m2
120 -120 -14.00 120
-13.15
 =0º -6.79
 =90º
-2.00
-2.00

-150 150 -150 150


-180 167

(a) (b)
Figura 5.69 – Diagramas 2D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo 1x2 borboleta
dissimilar.

(b1) (b2)
Figura 5.70 – Diagramas 3D simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo 1x2 borboleta
dissimilar.

(a) (b)
Figura 5.71 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta; (b) arranjo
1x2 borboleta dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 114

Tabela 5.34 – Arranjos – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO Jmáx


ARRANJO (A/m²)
Ganho 2D Ganho 3D FB
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x2 8,73 8,82 53º 21,88 24,5
Arranjo 1x2
8,42 8,64 52º 15,21 24,46
dissimilar

A Figura 5.72apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m). As


simulações foram feitas para a frequência de ressonância.

(a)

(b)
Figura 5.72 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para arranjos: (a) arranjo 1x2 borboleta;
(b) arranjo 1x2 borboleta dissimilar.

5.2.5. Resultados arranjo 1X4 patch circular dissimilar

A Figura 5.73 ilustra o arranjo 1x4 com elementos patch igualmente alimentada pela
rede corporativa de alimentação.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 115

WGP

a2 a1 a1 a2

LGP b2 b1 b1 b2

λg λg
2 4 ℓ 100 70.71
50
λg
50
4

W0
d
Figura 5.73 – Arranjo de antena com patch circular dissimilares

Tabela 5.35 - Dimensões da antena construída protótipo (mm)

PARAMETROS
ANTENA
a1 a2 b1 b2 ℓ D WGP LGP
Arranjo 1x2
16.85 16.35 2.624 2,20 16.60 122,20 226.53 83.38
patch circular

Os resultados medido e simulado para o arranjo1x4 são apresentados na Figura 5.74 A


largura de banda medida foi de 104 MHz, 0,96% menor que o valor simulado, suficiente para
a faixa de frequências desejada, porém houve um desvio na frequência de corte em -10 dB de
1,25% em relação ao valor projetado. A primeira frequência ressonante medida de 2457 MHz
apresentou um desvio de 1,25% em relação ao valor projetado, com uma perda de retorno de
34,52 dB, Tabela 5.25.

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Network Analyzer, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequencia, GHz
Figura 5.74 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): arranjo patch circular
1x4.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 116

Tabela 5.36 – Arranjo 1x4 circular – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS

ARRANJO RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|

(MHz) (dB)
2427 -45.14
simulado 2393 2498 105
Arranjo 2462 -49.39
1x4 dissimilar 2458 -34.52
medido 2422 2526 104
2490 -35.18

Na Figura 5.75 são apresentados os gráficos da impedância de entrada das antenas sobre
as cartas de Smith  valores medidos e simulados para o arranjo 1x4. Na frequência de
ressonância, a resistência de entrada medida 48,7 Ω para o arranjo 1x4 na frequência 2458
MHz.

Figura 5.75 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo patch circular 1x4;

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D, 3D e campo distante para o arranjo


patch circular 1x4 são apresentados na Figura 5.76, Figura 5.77 e Figura 5.78, na devida ordem.
Os valores obtidos para os parâmetros de irradiação são apresentados na Tabela 5.36. Nos
diagramas 2D e 3D foram feitas simulações na frequência 2427 MHz, Figura 5.76(a) e Figura
5.77(a), e para a frequência 2462 MHz Figura 5.76(b) e Figura 5.77(b).
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 117

-16 0 16 -13 0 13
m1

-30 8.33 30 -30 m3


7.42 m4 30

-60 60 -60 60
32° 26°

-90 90 -90 90
-38.00 -38.00

-26.00 -26.00

-120 -15.65 -14.00


120 -120 -14.35 -14.00 120

-2.00  =0º -2.00


-150 150  =90º -150 150
-180 -180

(a) (b)
Figura 5.76 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x4 circular.

(a) (b)
Figura 5.77 – Diagramas 3D simulados para arranjo 1x4 circular.

Figura 5.78 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjo 1x4 circular, simulação na frequência
2427 MHz.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 118

Tabela 5.37 – Arranjo 1x2 – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO Jmáx


ARRANJO (A/m²)
Ganho 2D Ganho 3D FB
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x2 8,33 8,72 32º 23,98 18,77

A Figura 5.79 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²) na


frequência de ressonância.

Figura 5.79 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²) para o arranjo 1x4 patch circular.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 119

5.2.6. Resultados arranjo borboleta 1x4

O projeto para os arranjos 1x4 borboleta pode ser visualizado na Figura 5.80 e suas
dimensões estão dispostas na Tabela 5.37.

WGP
a1 a2 a2 a1

LGP b2 b1
b1 b2

Figura 5.80–Projeto arranjo borboleta 1x4

Tabela 5.38–Dimensões da antena construída protótipo (mm)

PARAMETROS
ANTENA
a1 a2 b1 b2 ℓ d WGP LGP
Arranjo 1x4
17,1 17,1 1,05 1,05 16.60 122,20 230 76,6
patch borboleta
Arranjo 1x4
patch borboleta 16,75 17,45 1,9 1,75 16.60 122,20 228,6 78
dissimilar

Na Figura 5.81 podem ser visualizados os resultados de medição e simulação para o


coeficiente de reflexão para os protótipos dos arranjos: Figura 5.81(a) arranjo borboleta 1x4;
Figura 581(b) arranjo borboleta 1x4 dissimilar. A largura de banda medida para o arranjo
borboleta 1x4 foi de 46 MHz e a frequência ressonante medida de 2435 MHz apresentou um
desvio de 0,3% em relação ao valor projetado, com uma perda de retorno de 34,10 dB, Tabela
5.38. No arranjo borboleta 1x4 dissimilar a largura de banda medida foi de 89 MHz (2398 a
2487 MHz), cobrindo além da faixa desejada (IEEE802.11b,g 2,400 – 2,835 GHz). As
frequências ressonantes medidas: 2423 MHz e 2462 MHz ficaram bem próximos das duas
frequências ressonantes estabelecidas: 2420,88 MHz e 2462,62 MHz.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 120

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
0

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

IEEE80211b,g
-35
Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(a)
0
-5
-10
-15
-20
|S11|, dB

-25
-30
-35
-40
-45
-50 IEEE80211b,g
Analisador de Rede, S5071C
-55 MoM, ANSYS Designer
2 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9 3
Frequência, GHz
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 121

-5

-10

-15
|S11|, dB

-20

-25

-30

-35
IEEE80211b,g
-40 Analisador de Rede, S5071C
MoM, ANSYS Designer
-45
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
(b)
Figura 5.81 – Resultados de medição e simulação para o coeficiente de reflexão, (dB): (a) arranjo borboleta 1x4;
(a) arranjo borboleta 1x4 dissimilar.

Tabela 5.39 – Arranjo borboleta 1x4 – Resultados medidos e simulados.

PARÂMETROS
ARRANJO RESULTADO f0 f1 f2 BW |S11|
(MHz) (dB)
Arranjo simulado 2442 2415 2472 53 -4,32
1x4 medido 2435 2412 2458 46 -34,10
2429 -47,60
simulado 2396 2496 100
Arranjo 2461 -45,90
1x4 dissimilar 2423 -50,12
medido 2398 2487 89
2462 -27,76

Os valores medidos e simulados da impedância sobre as cartas de Smith são


apresentados nos gráficos da Figura 5.82. Na frequência de ressonância, a resistência de entrada
medida para antena patch circular foi de 49,55 Ω; 51,49 Ω para o arranjo 1x2; 48,72 Ω para o
arranjo 1x4.
100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30

160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20

-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80
(a)
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 122

100 90 80
110 1.00 70
120 60
130 0.50 2.00 50
140 40
150 30
160 0.20 5.00 20

170 10

0.00 0.20 0.50 1.00 2.00 5.00


180 0.00 0

-170 -10
-0.20 -5.00
-160 -20
-150 -30
-140 -40
-0.50 -2.00
-130 -50
-120 -1.00
-60
-110 -70
-100 -90 -80

(b)
Figura 5.82 – Impedância sobre a carta de Smith para o arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b) arranjo borboleta
dissimilar.

Os diagramas de ganho direcional simulados em 2D e 3D para as antenas abordadas são


apresentados na Figura 5.83 e Figura 5.84, na devida ordem. As simulações das antenas foram
feitas considerando-se um plano de terra finito, com as dimensões indicadas na Tabela
5.37Tabela 5.. Os seguintes parâmetros de irradiação foram considerados: largura de feixe de
meia potência (Half Power Bandwidth – HPBW), ganho direcional máximo e relação
frente/costas (Front–to–Back – F/B). Os valores obtidos são apresentados na Tabela 5.39.

-14 0 14 0
-15 m1 15
-30 m1
30 -30 m3
9.44 m4
30
m3 m4
11.24

-60 60 -60 60
28° 35°

-90 90 -90 90

-44.00 -38.00

-28.00 -26.00
-14.77
-120 m2 120 -120 -16.21 m2
-14.00
120
-12.00

4.00  =0º -2.00

-150 150  =90º -150 150


-180 -180

(a) (b)
Figura 5.83 – Diagramas 2D simulados para o arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b) arranjo borboleta
dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 123

(a) (b)
Figura 5.84 – Diagramas 3D simulados para arranjo 1x4: (a) arranjo borboleta; (b) arranjo borboleta dissimilar.

(a) (b)
Figura 5.85 – Diagramas 3D de campo distante simulados para arranjo 1x4 borboleta: (a) arranjo 1x4; (b) arranjo
1x4 dissimilar.

Tabela 5.40 – Arranjo 1x4 borboleta – Parâmetros de Irradiação.

PARÂMETROS DE IRRADIAÇÃO Jmáx


ARRANJO (A/m²)
Ganho 2D Ganho 3D FB
HPBW
(dBi) (dBi) (dB)
Arranjo 1x4 11,24 11,58 28º 26,10 19,5
Arranjo 1x4
9,44 9,70 35º 25,65 23,5
dissimilar

A Figura 5.86 apresenta a distribuição da densidade de corrente superficial (J, A/m²),


para uma fonte senoidal em 2,44 GHz, no instante em que seu valor é máximo na superfície do
patch circular. Na escala de cores da Figura 5.86(a), observa-se um máximo (azul claro) e dois
mínimos (azul escuro) na linha de microfita alimentada pela fonte senoidal. Nas superfícies dos
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 124

patch, as distribuições de corrente são similares, concentrando-se horizontalmente. Na Tabela


5.39 são dados os valores máximos de J, em A/m².

(a)

(b)
Figura 5.86 – Distribuição de densidade de corrente superficial (J, A/m²): (a) arranjo 1x4 borboleta; (b) arranjo
1x4 borboleta dissimilar.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 125

5.3. RESULTADOS DAS SUPERFÍCIES SELETIVAS DE FREQUÊNCIAS – FSS

5.3.1. Resultados FSS lótus

A FSS lótus é gerada através da equação polar (5.4) a sua célula unitária é apresentada
na Figura 5.87.

4  (((abs(cos(t  4)))  (0.25  (abs(cos(t  4   / 2)))  2


r (5.9)
(a  abs(cos(t  8   / 2))  8))

em que 0  t  2.

Figura 5.67 - Célula unitária da FSS lótus.

A FSS apresenta um número total de 36 células, 6 × 6 elementos, cada um com 50 mm


× 50 mm, o que corresponde a uma dimensão total de 300 mm × 300 mm, Figura 5.88. Os
resultados experimentais foram obtidos no Laboratório de Micro-ondas do GTEMA-IFPB,
utilizando um analisador de redes Agilent S5071C e dois pares de antenas tipo corneta, Figura
5.89.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 126

Figura 5.88 – Protótipo da FSS lótus.

Figura 5.89 - Configuração dos equipamentos utilizados na medição.

Na Figura 5.90 é apresentada a resposta em frequência para a FSS, observando-se uma


boa concordância entre os resultados: medido e simulado. A comparação entre os valores das
ressonâncias medidas e simuladas é apresentada na Tabela 5.40. Note que os valores obtidos
apresentam uma diferença de apenas 2%, considerando a frequência de ressonância
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 127

-5

-10
|S21|, dB

-15
MoM - ANSYS Designer
-20 Agilent, S5071C

-25

-30

-35

-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
Figura 5.90 - Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS.

Tabela 5.41 - Comparação dos resultados obtidos para a frequência de ressonância.

PARÂMETROS

RESULTADO fr BW |S21| Jmáx

(MHz) (dB) (A/m²)


FSS
simulado 2450 512 -36,97 0,29

medido 2500 368 -27,52 –

Na Figura 5.91 é apresentada a distribuição da densidade de corrente (J, A/m2), para a


FSS na frequência de 2450 MHz. Na Tabela 5.30 é dado o valor de máximo de J, em A/m².

Figura 5.91 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2) da FSS lótus.


Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 128

5.3.2. Resultados FSS folhas

A transformação polar que gera a FSS folhas é definido pela função paramétrica em
(5.5) – (5.7), em que: r e  são as coordenadas polares e 0  t  k. A Figura 5.92 apresenta a
célula unitária para k = 16 iterações polares.

cos t 
r  1 (5.10)
2

2t  sen2t 
 (5.11)
k

x(t )  r cos( ) (5.12)

Figura 5.92 - Célula unitária da FSS folhas.

A FSS apresenta um número total de 36 células, 6 × 6 elementos, cada um com 50 mm


× 50 mm, o que corresponde a uma dimensão total de 300 mm × 300 mm, Figura 5.93. O setup
de medição é apresentado na Figura 89.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 129

Figura 5.93 – Protótipo da FSS folhas.

Na Figura 5.94 é apresentada a resposta em frequência para a FSS, observando-se uma


boa concordância entre os resultados medidos e numéricos. No resultado simulado é observada
uma ressonância em 2445 MHz. É observada, praticamente, a mesma frequência para o valor
numérico de 2450 MHz. Os valores das ressonâncias medidas e simuladas são apresentados na
Tabela 5.41.

-5

-10

-15
|S21|, dB

-20
MoM - ANSYS Designer
Agilent, S5071C
-25

-30

-35

-40
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
Figura 5.94 - Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS.

Tabela 5.42 - Comparação dos resultados obtidos para as frequências de ressonância.

PARÂMETROS

RESULTADO fr BW |S21| Jmáx

(MHz) (dB) (A/m²)


FSS
simulado 2445 455 -35,96 5,27

medido 2450 450 -22,53 –


Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 130

Na Figura 5.95 é apresentada a distribuição da densidade de corrente (J, A/m2), para a


FSS, na frequência de 2450 MHz. Na Tabela 5.31 é dado o valor de máximo de J, em A/m².

(a) (b)
Figura 5.95 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2).

5.3.3. Resultados FSS dual-band

A FSS dual-band foi projetada com duas espiras para cada espira ressoar em uma
determinada frequência. A espira maior em 2450 MHz e a menor em 5500 MHz. A geometria
das espiras foi gerada através da equação de Gielis (5.8). Para exemplificar os procedimentos
propostos, são apresentados resultados numéricos e experimentais para FSS com espiras. Foi
considerado um substrato de baixo custo FR-4, com 1,5 mm de espessura, constante dielétrica
 r  4,4 e tangente de perdas de 0,02. A geometria considerada para a célula unitária é

apresentada na Figura 5.96.

1
r  f ( )
n2 n3
1 m  1 m 
  cos       sen   
(5.13)
n1
a  4     4  
 b
Sendo,
 m=8; n1=1; n2=1; n3=1; a=1; b=1, com o raio igual a 6,8 para a espira menor;
 m=8; n1=1; n2=1; n3=1; a=1; b=1, com o raio igual a 11,6 para a espira maior;
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 131

Figura 5.96 - Célula unitária.

A FSS apresenta um número total de 64 células, 12 × 12 elementos, cada um com 25


mm × 25 mm, o que corresponde a uma dimensão total de 300 mm × 300 mm, Figura 5.97. Os
resultados numéricos foram obtidos utilizando o programa computacional comercial ANSYS®
(Designer™), baseado no Método dos Momentos. Os resultados experimentais foram obtidos
no Laboratório de Micro-ondas do GTEMA-IFPB, utilizando um analisador de redes Agilent
N5230A e dois pares de antenas tipo corneta, Figura 5.98.

Figura 5.97 - Protótipo FSS.


Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 132

Figura 5.98 - Configuração dos equipamentos utilizados na medição.

Na Figura 5.99 é apresentada a resposta em frequência para a FSS, observando-se uma


boa concordância entre os resultados medidos e numéricos. Nos resultados simulados são
observadas duas ressonâncias: 2450 MHz e 5500 MHz. Praticamente, para as mesmas
frequências são observados os valores numéricos, 2340 MHz e 5664 GHz. A primeira
frequência de ressonância está associada a espira maior. A segunda frequência de ressonância,
5500 MHz/5664 MHz, está associada a espira menor. A intensidade das ressonâncias é
sistematicamente um pouco menor para os valores medidos. A comparação entre os valores das
ressonâncias medidas e simuladas é apresentada na Tabela 5.42. Note que os valores obtidos
apresentam uma diferença de 4,7%, considerando a primeira ressonância.

-5

-10
|S21|, dB

-15

-20

-25

-30
MoM - ANSYS Designer
Agilent, N5230A
-35
1 2 3 4 5 6 7 8
Frequência, GHz
Figura 5.99–Resposta em frequência, |S21| (dB) × Freq. (GHz), para FSS.
Capitulo 5-Resultados P á g i n a | 133

Tabela 5.43 - Comparação dos resultados obtidos para as frequências de ressonância.

PARÂMETROS

RESULTADO fr1 BW1 fr2 BW2 |S21|1 |S21|2

(MHz) (dB)
FSS
simulado 2450 500 5500 850 -31,64 -30,31

medido 2340 464 5664 1190 -26,76 -29,45

Na Figura 5.100 é apresentada a distribuição da densidade de corrente (J, A/m2), para a


FSS, na frequência de 2450 MHz, Figura 5.100(a), verificando-se a excitação da espira maior,
o que indica a degeneração da primeira ressonância. E na Figura 5.100(b), a distribuição da
densidade de corrente na frequência de 5500 MHz, verificando-se a excitação da espira menor.

(a) (b)
Figura 5.100 - Distribuição da densidade de corrente (J, A/m2): FSS dual-band.
P á g i n a | 134

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

6.1 - CONCLUSÕES

A observação das soluções encontradas na natureza tornou-se um ramo de pesquisa que


têm se intensificado nos últimos anos. Esse trabalho se propões ao estudo das geometrias
bioinspiradas em plantas e animais a partir de transformações polares para aplicação em
antenas, arranjos de antenas de dois e quatros elementos e superfícies seletivas em frequência
na banda de redes local sem fio (2400 GHz – 2483,5 MHz). Com o objetivo de maior
semelhança das geometrias foi utilizado a alimentação por linha de transmissão híbrida, com o
uso do transformador de 1\4 do comprimento de onda e da técnica de inset fed. Para validação
desse projeto foram realizados os seguintes passos:
- Pesquisa do uso das geometrias das plantas e animais no desenvolvimento de
dispositivos eletromagnéticos;
- Desenvolvimento de antenas e arranjo de antenas com dois e quatro elementos, com
elementos semelhantes e dissimilares, tipo patch, com geometria bioinspirada em um trevo e
em uma borboleta, por transformações polares, com faixa de operação nas redes locais sem fio;
- Simulações de antenas e arranjos de antenas com geometrias bioinspiradas para faixa
das redes locais sem fio, comparando os resultados com antenas e arranjos de antenas com
geometria circular; e
- Medição e comparação dos resultados obtidos.
A técnica híbrida proposta associa elementos de duas técnicas de casamento de
impedâncias convencionais para antenas patch: inset-fed e transformador de quarto de onda. A
antena inset-fed patch circular fabricada apresentou uma largura de banda estreita de 69,7 MHz.
Por outro lado, os protótipos fabricados com transformador de λ/4 e a partir da técnica híbrida
tiveram larguras de banda de 88,5 e 84,3 MHz, respectivamente, que são suficientes para
aplicação nos padrões IEEE802.11b,g (Wi-Fi) e IEEE802.15 (Bluetooth). As antenas
apresentaram ganhos máximos de 6,0~7,0 dBi na direção broadside e boa relação frente-costas,
acima de 16 dB. Para as antenas patch circulares caracterizadas, a forma dos padrões de
irradiação permanece praticamente inalterada, independente da técnica de casamento de
impedâncias usada.
Capitulo 6-Considerações Finais P á g i n a | 135

As antenas de patch projetadas apresentaram uma largura de banda estreita (BW <3%)
e um padrão de ganho amplo na direção broadside. Usando os arranjos propostas com
elementos dissimilares, aumentou-se a largura de banda para valores maiores que o necessário
para faixa de projeto o que é suficiente para aplicações em IEEE802b,g. Além disso,
observando-se desvios nos diagramas de ganho de arranjos 1x2, e utilizando o princípio de
adição de diagramas, foi possível projetar um arranjo de 1x4 com um diagrama de ganho
estreito na direção broadside com maior proporção na relação frente-costas.
Nos resultados pode-se avaliar que as antenas e arranjos de antenas apresentaram
resultados próximos entre as estruturas simuladas e medidas, e que em no caso dos arranjos de
antenas de quatro elementos dissimilares com a geometria de borboletas, obteve largura de
banda de 89 MHz, cobrindo a banda das redes locais sem fio. Os resultados indicam que as
geometrias das plantas e dos animais, mantendo as devidas proporções, podem ser utilizadas
como base para o desenvolvimento de antenas eficientes.
Nesse trabalho foi apresentado novas geometrias para superfícies seletivas de
frequências geradas por transformações polares. Durante o trabalho foram observados os
comportamentos numérico e experimental das FSS verificou-se uma boa concordância entre os
resultados.
Capitulo 6-Considerações Finais P á g i n a | 136

6.2 - TRABALHOS FUTUROS

Como propostas para trabalhos futuros, novas pesquisas poderão ser desenvolvidas,
como exemplo:
 Aplicar as geometrias propostas em filtros;
 Aplicar as geometrias propostas em outros tipos de antenas, por exemplo, antena PIFA;
 Investigar outros tipos de transformações para gerar as geometrias, além de
transformações polares;
 Estudar possibilidades de direcionamento da pesquisa para contextos específicos como
por exemplo: GPS, indústrias automobilísticas, naval, aeronáutica, segurança de
ambientes confidenciais e aplicações médicas;
 Investigar o uso das geometrias propostas em antenas e FSS reconfiguráveis;
 Comparar numericamente outros métodos de simulação, a exemplo do HFSS, CST.
P á g i n a | 137

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