GuiaConsumidor - ABTC - Final Online
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CONSUMIDOR
2020
1
Caro leitor,
Boa leitura!
Atenciosamente,
Conheça a ABTC 4
A importância das normas técnicas brasileiras 5
Introdução
6
Tubos de concreto
1. Como definir a classe de resistência? 7
1.1. Procedimento para o cálculo das cargas atuantes sobre as peças 8
1.2. Definição do projeto de base (berço) 15
1.3. Determinação da carga total sobre a tubulação em função da base de assentamento 18
1.4. Determinação da classe de resistência da tubulação 18
1.5. Exemplo prático 20
2. Como especificar tubos de concreto em uma licitação seguindo apenas 7 passos 21
3. Principais vantagens dos tubos de concreto 22
4. Recomendações gerais 24
Aduelas (galerias celulares) 26
1. Como definir a resistência mecânica? 27
2. Como especificar aduelas de concreto em uma licitação? 28
3. Recomendações gerais 29
Orientações jurídicas 30
Conheça os associados da ABTC 31
3
CONHEÇA A ABTC
A ABTC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE
TUBOS DE CONCRETO surgiu em 2001, da associação inicial
de dez empresas e com o apoio da ABCP - Associação Brasileira
de Cimento Portland – enfrentou o grande desafio de reunir
empresas envolvidas direta e indiretamente no setor de tubos e aduelas pré-fabricados em concreto,
para o aprimoramento técnico e qualitativo do processo produtivo e das obras de infraestrutura do país.
4
A importância das
NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS
5
INTRODUÇÃO
6
DN
100
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mv
ala
TUBOS DE CONCRETO
Asse
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ntam
o pad
rão
ria (TB-
45) 1. COMO DEFINIR A CLASSE DE RESISTÊNCIA?
So viá
odo
ga r se
Car clas
e d e 1ª
Bas
Dois fatores são determinantes para a a correta análise dos fatos e elaborar uma
definição da classe de resistência mecânica dos possível defesa quanto à execução dos tubos.
tubos: A situação de execução da obra (se na As redes de drenagem podem ser executadas
condição de vala ou de aterro) e a definição do na condição de vala ou de aterro e apresentam
projeto da base para assentamento dos tubos, situações de distribuições de esforços ou de
o qual será melhor detalhado no decorrer do cargas sobre os tubos bastante diferentes.
texto.
É importante salientar que a especificação Os efeitos práticos destas formas de execução
da classe de um tubo pode ser facilmente das redes de drenagem são demonstrados na
modificada pela alteração de um destes fatores figura abaixo, onde são representadas de forma
na fase de execução da obra e isto, muitas vezes, esquemática as diversas formas de distribuição
pode trazer problemas estruturais graves e cabe das cargas sobre os tubos.
ao fabricante este entendimento, para realizar
Esta condição deve ser muito bem definida na fase de projeto e seguida na fase de execução da
obra, para compatibilidade dos esforços considerados sobre as tubulações e, assim, determinar
corretamente a classe adequada dos tubos considerados.
7
A ABTC desenvolveu um Software no qual Acesse: www.abtc.com.br/site/downloads.
o usuário insere as informações e definições php e faça o download gratuitamente.
necessárias (como aplicação, diâmetro do No entanto, apresentamos a seguir a con-
tubo, tipo de assentamento, tipo de berço, tipo ceituação para definição da classe de resistência
de solo, carga móvel, outros) e, rapidamente, mecânica dos tubos de concreto. Para um estudo
obtém-se a classe do tubo. Esta é uma mais aprofundado, recomendamos a leitura da
ferramenta confiável, muito prática e útil aos memória de cálculo na bibliografia “Projeto
projetistas no desenvolvimento dos projetos de estrutural de tubos de concreto” (Mounir Khalil
implantação de redes executadas com tubos El Debs) disponível para download gratuito,
de concreto, para todos os trechos analisados. também no site da ABTC.
8
CARGA DE TERRA
CONDIÇÃO DE VALA
A carga de terra sobre um tubo de concreto na condição de vala pode ser calculada pela
fórmula de Marston-Spangler:
P=Cѵ.γ.B2, onde:
• P é a carga sobre o tubo, por unidade de comprimento;
• Cѵ é o coeficiente de carga para tubos instalados em vala, que depende do tipo de solo, da
profundidade da instalação (H) e da largura da vala (B), conforme Figura 2 e Tabela 1;
• B é a largura da vala, no nível da geratriz superior do tubo conforme Figura 2;
• γ é o peso específico do solo de reaterro. Tabela 2.
Tabela 1
Valores de Cѵ
9
5,00 2,219 2,448 2,590 2,798 3,032
5,50 2,286 2,537 2,693 2,926 3,190
6,00 2,340 2,612 2,782 3,038 3,331
6,50 2,386 2,676 2,859 3,136 3,458
7,00 2,423 2,730 2,925 3,223 3,571
7,50 2,454 2,775 2,982 3,299 3,673
8,00 2,479 2,814 3,031 3,366 3,763
8,50 2,500 2,847 3,073 3,424 3,845
9,00 2,517 2,875 3,109 3,476 3,918
9,50 2,532 2,898 3,141 3,521 3,983
10,00 2,543 2,919 3,167 3,560 4,042
15,00 2,591 3,009 3,296 3,768 4,378
20,00 2,598 3,026 3,325 3,825 4,490
25,00 2,599 3,030 3,331 3,840 4,527
30,00 2,599 3,030 3,333 3,845 4,539
Tabela 2
Peso específico por tipo de solo
Tipo de solo γ (kN/m³) Existe uma largura de transição (B) para vala
Materiais granulares sem coesão 19,0 (Tabela 3), onde a partir da qual os conceitos de
Pedregulho e areia 17,6 cálculos empregados na situação de valas não
Solo saturado 19,2 são mais aplicáveis, recomendando-se (neste
Argila 19,2 caso) calcular a carga de terra para condição
Argila saturada 21,0 de aterro.
Tabela 3
Valores de largura máxima de valas
Diâmetro
B mm
m
300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1500
De + 0,60 1,02 1,12 1,22 1,32 1,43 1,54 1,65 1,76 1,88 1,99 2,11 2,34
Onde: De é o diâmetro externo do tubo.
10
CARGA DE TERRA
CONDIÇÃO DE ATERRO
A carga de terra sobre um tubo de concreto na condição de aterro também pode ser calculada
pela fórmula de Marston-Spangler, sendo que nesta situação o tubo está sujeito à carga máxima,
pois não há alívio de carga devido ao atrito nas paredes da vala:
11
Tabela 4
Valores de CA para kµ = 0,1924 (projeção positiva conforme Figura 2)
HID rsd . p = 0 rsd . p = 0,1 rsd . p = 0,3 rsd . p = 0,5 rsd . p = 0,75 rsd . p = 1,0 rsd . p = 2,0
0,10 0.10000 0.10195 0.10195 0.10195 0.10195 0.10195 0.10195
0,15 0.15000 0.15441 0.15441 0.15441 0.15441 0.15441 0.15441
0,20 0.20000 0.20790 0.20790 0.20790 0.20790 0.20790 0.20790
0,25 0.25000 0.26242 0.26242 0.26242 0.26242 0.26242 0.26242
0,30 0.30000 0.31800 0.31800 0.31800 0.31800 0.31800 0.31800
0,35 0.35000 0.37466 0.37466 0.37466 0.37466 0.37466 0.37466
0,40 0.40000 0.43243 0.43243 0.43243 0.43243 0.43243 0.43243
0,45 0.45000 0.49131 0.49131 0.49131 0.49131 0.49131 0.49131
0,50 0.50000 0.55134 0.55134 0.55134 0.55134 0.55134 0.55134
0,55 0.55000 0.61253 0.61253 0.61253 0.61253 0.61253 0.61253
0,60 0.60000 0.67492 0.67492 0.67492 0.67492 0.67492 0.67492
0,65 0.65000 0.73851 0.73851 0.73851 0.73851 0.73851 0.73851
0,70 0.70000 0.80331 0.80334 0.80334 0.80334 0.80334 0.80334
0,75 0.75000 0.86849 0.86943 0.86943 0.86943 0.86943 0.86943
0,80 0.80000 0.93368 0.93681 0.93681 0.93681 0.93681 0.93681
0,85 0.85000 0.99886 1.00549 1.00549 1.00549 1.00549 1.00549
0,90 0.90000 1.06404 1.07551 1.07551 1.07551 1.07551 1.07551
0,95 0.95000 1.12922 1.14688 1.14688 1.14688 1.14688 1.14688
1,00 1.00000 1.19440 1.21955 1.21965 1.21965 1.21965 1.21965
1,50 1.50000 1.84623 1.99264 2.02923 2.02974 2.02974 2.02974
2,00 2.00000 2.49805 2.77282 2.90658 2.98791 3.01166 3.01170
2,50 2.50000 3.14987 3.55299 3.78393 3.96948 4.08691 4.20199
3,00 3.00000 3.80169 4.33317 4.66127 4.95106 5.16216 5.58532
3,50 3.50000 4.45351 5.11334 5.53862 5.93263 6.23741 6.98472
4,00 4.00000 5.10533 5.89351 6.41597 6.91421 7.31266 8.38411
4,50 4.50000 5.75715 6.67369 7.29331 7.89578 8.38791 9.78350
5,00 5.00000 6.40897 7.45386 8.17066 8.87736 9.46316 11.18289
5,50 5.50000 7.06079 8.23404 9.04801 9.85893 10.53841 12.58228
6,00 6.00000 7.71261 9.01421 9.92536 10.84051 11.61366 13.98168
6,50 6.50000 8.36443 9.79439 10.80270 11.82208 12.68891 16.78046
7,00 7.00000 9.01625 10.57456 11.68005 12.80366 13.76416 16.780,46
7,50 7.50000 9.66807 11.35474 12.55740 13.78523 14.83941 18.17985
8,00 8.00000 10.31989 12.13941 13.43474 14.76680 15.91466 19.57925
8,50 8.50000 10.97171 12.91509 14.31209 15.74838 16.98991 20.97864
9,00 9.00000 11.62353 13.69526 15.18944 16.72995 18.06516 22.37803
9,50 9.50000 12.27535 14.47544 16.06679 17.71153 19.14041 23.77742
10,00 10.00000 12.92718 15.25562 16.94414 18.69311 20.21566 25.17682
15,00 15.00000 19.44538 23.05737 25.71761 28.50886 30.96817 39.17075
20,00 20.00000 25.96359 30.85912 34.49109 38.32462 41.72067 53.16468
25,00 25.00000 32.48180 38.66087 43.26456 48.14037 52.47317 67.15861
30,00 30.00000 39.00000 46.46252 52.03804 57.95612 63.22567 81.15253
Em função do valor de HID, Kμ e rsd .p , esta tabela fornece o valor do coeficiente CA.
Para valores de HID diferentes dos valores da tabela, recomenda-se interpolar o valor obtido para determinação do valor
do coeficiente CA.
12
Tabela 5
Valores de CA para kµ = 0,1300 (projeção negativa conforme Figura 2)
HID rsd . p = 0 rsd . p = 0,1 rsd . p = 0,3 rsd . p = 0,5 rsd . p = 0,75 rsd . p = 1,0 rsd . p = 2,0
0,10 0.10000 0.09871 0.09871 0.09871 0.09871 0.09871 0.09871
0,15 0.15000 0.14711 0.14711 0.14711 0.14711 0.14711 0.14711
0,20 0.20000 0.19489 0.19489 0.19489 0.19489 0.19489 0.19489
0,25 0.25000 0.24205 0.24205 0.24205 0.24205 0.24205 0.24205
0,30 0.30000 0.28860 0.28860 0.28860 0.28860 0.28860 0.28860
0,35 0.35000 0.33455 0.33455 0.33455 0.33455 0.33455 0.33455
0,40 0.40000 0.37990 0.37990 0.37990 0.37990 0.37990 0.37990
0,45 0.45000 0.42467 0.42467 0.42467 0.42467 0.42467 0.42467
0,50 0.50000 0.46886 0.46886 0.46886 0.46886 0.46886 0.46886
0,55 0.55000 0.51248 0.51248 0.51248 0.51248 0.51248 0.51248
0,60 0.60000 0.55554 0.55554 0.55554 0.55554 0.55554 0.55554
0,65 0.65000 0.59804 0.59804 0.59804 0.59804 0.59804 0.59804
0,70 0.70000 0.63999 0.63999 0.63999 0.63999 0.63999 0.63999
0,75 0.75000 0.68141 0.68141 0.68141 0.68141 0.68141 0.68141
0,80 0.80000 0.72228 0.72228 0.72228 0.72228 0.72228 0.72228
0,85 0.85000 0.76263 0.76263 0.76263 0.76263 0.76263 0.76263
0,90 0.90000 0.80245 0.80245 0.80245 0.80245 0.80245 0.80245
0,95 0.95000 0.84192 0.84177 0.84177 0.84177 0.84177 0.84177
1,00 1.00000 0.88136 0.88057 0.88057 0.88057 0.88057 0.88057
1,50 1.50000 1.27584 1.24209 1.24209 1.24209 1.24209 1.24209
2,00 2.00000 1.67032 1.57107 1.55954 1.55954 1.55954 1.55954
2,50 2.50000 2.06480 1.89868 1.84749 1.83829 1.83829 1.83829
3,00 3.00000 2.45928 2.22630 2.13390 2.08950 2.08305 2.08305
3,50 3.50000 2.85376 2.55391 2.42031 2.33857 2.30476 2.29798
4,00 4.00000 3.24824 2.88153 2.70673 2.58765 2.52515 2.48671
4,50 4.50000 3.64272 3.20914 2.99314 2.83673 2.74553 2.65243
5,00 5.00000 4.03720 3.53675 3.27955 3.08581 2.96592 2.80091
5,50 5.50000 4.43168 3.86437 3.56596 3.33488 3.18630 2.94753
6,00 6.00000 4.82616 4.19198 3.85238 3.58396 3.40669 3.09415
6,50 6.50000 5.22064 4.51960 4.13879 3.83304 3.62708 3.24077
7,00 7.00000 5.61512 4.84721 4.42520 4.08211 3.84746 3.38739
7,50 7.50000 6.00960 5.17482 4.71161 4.33119 4.06785 3.53401
8,00 8.00000 6.40407 5.50244 4.99803 4.58027 4.28823 3.68063
8,50 8.50000 6.79855 5.83005 5.28444 4.82934 4.50862 3.82725
9,00 9.00000 7.19303 6.15767 5.57085 5.07842 4.72900 3.97487
9,50 9.50000 7.58751 6.48528 5.85726 5.32750 4.94939 4.12049
10,00 10.00000 7.98199 6.81290 6.14368 5.57658 5.16978 4.26712
15,00 15.00000 11.92679 10.08904 9.00780 8.06735 7.37364 5.73332
20,00 20.00000 15.87158 13.36518 11.87193 10.55812 9.57749 7.19953
25,00 25.00000 19.81638 16.64132 14.73605 13.04889 11.78135 8.665574
30,00 30.00000 23.76117 19.91746 17.60018 15.53966 13.98521 10.13195
Em função do valor de HID, Kμ e rsd .p , esta tabela fornece o valor do coeficiente CA.
Para valores de HID diferentes dos valores da tabela, recomenda-se interpolar o valor obtido para determinação do valor
do coeficiente CA.
13
CARGAS MÓVEIS
14
CARGA TOTAL ATUANTE
A carga total atuante sobre a tubulação pode ser obtida somando-se a carga de terra à
carga móvel e de outras que porventura existam.
Q total = Q terra + Q móvel
Quer pela simplicidade e facilidade de realização, quer pela exatidão e uniformidade dos
resultados, o método dos três cutelos (a) é o mais largamente usado, inclusive no Brasil. Como
a capacidade de carga de uma tubulação enterrada, não depende apenas da resistência do
tubo, mas também das condições de execução, principalmente da contribuição das pressões
laterais, a relação entre a efetiva resistência do tubo instalado e a carga fornecida pelo ensaio
de três cutelos, é dada em cada caso por um fator de equivalência (fe).
a) Bases condenáveis (fe = 1,1) – em que os tubos são assentados sem cuidados suficientes,
não se tendo preparado o solo para que a parte inferior dos tubos repouse convenientemente,
e deixando de encher os vazios do seu redor, ao menos parcialmente, com material granular.
b) Bases comuns (fe = 1,5) – em que os tubos são colocados no fundo das valas, sobre fundação
de terra conformada para adaptar-se, perfeitamente, à parte inferior dos tubos, numa largura
no mínimo igual a 0,5 D; sendo a parte restante envolvida, até uma altura de, pelo menos, 15
cm acima da geratriz superior dos mesmos, por material granular, colocado e socado a pá, de
modo a preencher os vazios.
15
c) Bases de 1ª classe (fe = 1,9) – em que os tubos são completamente enterrados em vala e
cuidadosamente assentes sobre materiais de granulação fina, propiciando uma fundação,
convenientemente conformada à parte inferior do tubo, numa largura de, pelo menos, 0,6 D. A
superfície restante dos tubos é envolvida, inteiramente, até a altura mínima de 30 cm acima da
sua geratriz superior, com materiais granulares colocados a mão, de modo a preencher todo
o espaço periférico. O material de enchimento é bem apiloado, em camadas de espessura não
superior a 15 cm.
d) Bases de concreto (fe = 2,25 para concreto simples e f e = 3,40 para concreto armado) – em que
a face inferior dos tubos é assente num berço de concreto, com fck≥ 15 MPa e cuja espessura,
sob o tubo, deve ser no mínimo 0,25 Di, e estendendo-se, verticalmente, até 0,25 D.
Como pode ser observado, no caso da base
de concreto, existe uma faixa que depende do
tipo de execução e qualidade de compactação
do enchimento. Valores mais detalhados para
este tipo de base são apresentados pela ATHA e
poderão ser consultados na bibliografia “Projeto
estrutural de tubos de concreto” (Mounir Khalil
El Debs) disponível no site da ABTC.
16
b) Bases comuns
c) Bases de 1ª classe
d) Bases de concreto
O fator de equivalência, neste caso e para tubos circulares é dado por: fe=1,431 , onde:
N - xq
N é o fator de instalação, função da distribuição da reação vertical, ou seja, do tipo de
fundação, e que pode ser adotado como segue:
a) bases condenáveis: N = 1,310
b) bases comuns: N= 0,840
c) bases de 1ª classe: N = 0,707
d) bases de concreto: N = 0,505
x é o parâmetro que depende da taxa de projeção p do tubo, conforme a Tabela 6;
Tabela 6
Valores de x
Valores de x
p
Bases de concreto Outras bases
0 0,150 0
0,3 0,743 0,217
0,5 0,856 0,423
0,7 0,811 0,594
0,9 0,678 0,655
1,0 0,638 0,638
17
q é a relação entre a pressão lateral total e a carga vertical total e que pode ser calculado pela
expressão:
p
q = p.k H + ,onde:
Cc D 2
p é a taxa de projeção;
k é o coeficiente de Rankine (empuxo), tomado igual a 0,33 nos casos correntes;
Cc é o coeficiente de Marston (Tabelas 4 e 5);
H é a altura do aterro, acima do topo do tubo;
D é o diâmetro externo do condutor.
Os fatores de equivalência para os tubos na condição de aterro com projeção negativa, para
efeitos práticos e a favor da segurança, podem ser tomados iguais aos dos tubos em vala na
determinação dos quais, com exceção das bases de concreto, não são levados em conta os
efeitos favoráveis da pressão lateral. Se, entretanto, puderem ser antecipadas condições de
execução favoráveis, possibilitando qualidade de compactação capaz de mobilizar os empuxos
laterais, pode-se determinar os fatores de equivalência pelas equações adotadas para tubos
salientes (projeção positiva), e adotando-se k = 0,15.
Após o cálculo do valor da carga total atuante sobre a tubulação, conforme 1.3, é possível
escolher a classe de resistência do tubo que atende ao valor calculado, confirmá-la por meio
de ensaios de compressão diametral e verificar se o tubo atende às especificações da Norma
ABNT NBR 8890.
18
Tabela 7
Compressão diametral de tubos simples
Tabela 8
Compressão diametral de tubos de concreto armado ou armado com
reforço secundário de fibras
Determinar a classe de resistência do tubo a ser utilizado para uma rede de drenagem
localizada em perímetro urbano com tubo de 600 mm de diâmetro, assentado em uma vala
com 3,2 m de profundidade.
Dados do exemplo:
- Diâmetro interno do tubo (Di) = 600 mm
- Diâmetro externo do tubo (De) = Di+ espessura de parede = 600 mm+ (60 + 60) = 720 mm
-Largura de vala (B) = De + folga lateral em ambos lados da vala = 720 mm + 600 mm = 1320 mm
- Altura de terra sobre a tubulação = Profundidade – DE = 3,2 m – 0,72 m = 2,48 m
- Tipo de solo no local = Argila saturada
20
2. COMO ESPECIFICAR TUBOS DE CONCRETO
EM UMA LICITAÇÃO SEGUINDO APENAS 7 PASSOS
Passo 1) Indicar a unidade de compra por metro linear.
Existem fábricas que produzem tubos com diferentes
comprimentos (1.000 mm, 1.500 mm, 2.000 mm) e,
de modo a não direcionar a licitação para uma fábrica
específica, recomendamos solicitar os tubos por metro
linear. Os comprimentos mínimos estão estipulados em
Norma, sendo que para tubos destinados a condução de
esgoto sanitário, o comprimento mínimo da peça é de
2 metros.
Passo 3) Indicar a finalidade, se para água pluvial (P) ou para esgoto sanitário (E).
Os tubos de concreto podem ser utilizados para diversas finalidades, no entanto, de acordo com
a ABNT NBR 8890, estes são separados em duas categorias: água pluvial e esgoto sanitário
(ou redes de drenagem, quando comprovada contaminação por esgotos ou efluentes). Os tubos
indicados para esgoto sanitário são produzidos com cimento resistente à sulfato, possuem
um limite de absorção de água menor, tem o comprimento útil mínimo de 2 metros e devem
obrigatoriamente ser utilizados com junta elástica, sendo indicados para sistemas estanques.
Já para os sistemas que não tem a necessidade de estanqueidade, pode ser utilizado o tubo
para água pluvial.
Passo 6) Indicar o tipo de encaixe, se ponta e bolsa (PB) ou macho e fêmea (MF)
Por conta da fragilidade do encaixe, os tubos MF só são permitidos com DN acima de 500 mm.
Já os tubos PB podem ser solicitados a partir de 200 mm, pois ao invés de uma diminuição de
parede na área do encaixe, eles possuem um acréscimo de concreto, tornando o tubo mais
resistente.
21
Passo 7) Indicar o tipo de junta, elástica (JE) ou rígida (JR)
A JE é indicada para sistemas estanques e o seu uso é obrigatório no caso de condução de
esgoto sanitário, efluente industrial ou redes de drenagem onde comprovada contaminação
por esgoto sanitário ou efluentes. A JR é utilizada para sistemas não estanques ou condução
de água pluvial.
Exemplo 1
Para adquirir 450 metros de tubos para drenagem com diâmetro nominal de 1200 mm, que
tenha uma resistência de 65 kN/m, macho e fêmea, sistema não estanque, deve solicitar:
Item Descrição Unidade Quantidade
1 tubo de concreto DN1200 PA2 MF JR m 450
Exemplo 2
Para adquirir 730 metros de tubos para condução de esgoto sanitário, com diâmetro nominal
de 800 mm, que tenha uma resistência de 85 kN/m, ponta e bolsa, deve solicitar:
Item Descrição Unidade Quantidade
1 tubo de concreto DN800 EA4 PB JE m 730
3. PRINCIPAIS VANTAGENS
DOS TUBOS DE CONCRETO
Desenvolvimento da economia local
Com relação às fábricas de tubos de concreto, devido em geral se
situarem próximas do local das obras, as mesmas são responsáveis pelo
desenvolvimento local através da geração de empregos e arrecadação
de impostos.
( b e rç o e c o m p a c t a ç ã o ) , m e n o r s e r á a O s t u b o s d e co n c re t o p o d e m
A resistência mecânica dependerá das condições atemporal, o que se traduz em uma maior
propiciando uma melhor qualidade de vida. Os tubos de concreto podem ser assentados em
condição de vala, aterro (projeção positiva ou
O concreto tem uma grande resistência para direita, assentamento na condição de vala,
23
4. RECOMENDAÇÕES GERAIS
• A obra deve ser executada exatamente de acor- • Caso os tubos tenham junta rígida, após o
do com o que foi definido previamente em projeto, acoplamento, deve-se executar o rejuntamento
pois apesar do tubo de concreto ser uma peça pelo lado externo com a utilização de argamassa
autoportante, este é projetado estruturalmente de areia e cimento. Para tubos com diâmetro
para atender àquela determinada situação, nominal interno de 800 mm ou superior, re-
conforme já mencionado nos capítulos anteriores. comenda-se também o rejuntamento interno.
• O assentamento dos tubos deverá seguir • O aterramento deve ser feito com material
paralelamente à abertura da vala, de jusante para compatível e com o nível de compactação
montante, com a bolsa voltada para montante. adequado. Cuidados especiais deverão ser
A descida dos tubos na vala deve ser feita tomados com o reaterro inicial ao lado dos
cuidadosamente, manualmente ou com o auxílio tubos, pois normalmente o local é de difícil
de equipamentos mecânicos. Os tubos devem acesso, dificultando a compactação do solo.
estar limpos
• Para assentamento
internamente
de tubos ponta e bolsa,
e sem defeitos.
o procedimento correto
é escavar o local onde
• No momento será assentada a bolsa
do acoplamento, os tubos devem ser suspensos do tubo.
por cabos de aço ou cinta, sempre pelo diâmetro
•Todo o corpo do tubo
externo, verificando-se o alinhamento dos
deve estar apoiado no solo, não somente a bolsa
extremos a serem acoplados.
e o solo deve estar nivelado, exceto na região
da bolsa, que deve ser escavado para melhor
acomodação do tubo.
• Quando a rede tiver junta elástica, devemos • Antes de iniciar a compactação mecânica do
observar se os anéis de borracha estão reaterro com equipamento de grande porte, é
posicionados corretamente e, se após o importante que o engenheiro verifique se o tubo
acoplamento, não há a necessidade de realizar foi dimensionado para aquela determinada
o rejuntamento. solicitação de carga.
24
CUIDADO COM A UTILIZAÇÃO DE TABELAS
PARA DETERMINAÇÃO DA CLASSE DE RESISTÊNCIA
MECÂNICA DE TUBOS DE CONCRETO
25
ADUELAS (GALERIAS CELULARES)
Exemplo 1 Exemplo 2
Altura Altura
Largura
Largura
26
1. COMO DEFINIR A RESISTÊNCIA MECÂNICA?
As soluções estruturais adotadas devem (2018), este software se tornou uma ferramenta
ser definidas por engenheiro devidamente indispensável para a elaboração de projetos
habilitado, que será o responsável técnico desse tipo de produto. Concebido sob supervisão
pelo projeto, com apresentação de memória do Professor Mounir Khalil El Debs, reconhecido
de cálculo do dimensionamento estrutural e especialista em estruturas de concreto armado
respectivo desenho de fôrma e armação. no país, esse software permite calcular aduelas
abertas e fechadas, monolíticas e bipartidas,
instaladas em linha simples, dupla ou tripla.
Solicite o seu projeto para um de nossos
associados fabricantes!
Aberta
Seção
Fechada
Largura
Dimensão
Altura
Móvel
Cargas Acidental
INFORMAÇÕES
atuantes
DO PROJETO
Solo de recobrimento
Cargas especiais
Sondagem do solo local
Altura do aterro
Sistema estanque
Utilização das peças
Sistema não estanque
Aberturas especiais na
superfície ou laterais
27
2. COMO ESPECIFICAR ADUELAS DE CONCRETO
EM UMA LICITAÇÃO?
Para adquirir 320 metros de aduelas fechadas, de seção 2m de largura e 3m de altura, que
serão instaladas sob um aterro de 4m, composto de argila saturada, sob uma futura rodovia
estadual, deverá ser solicitado:
28
3. RECOMENDAÇÕES GERAIS
29
ORIENTAÇÕES JURÍDICAS
30
CONHEÇA OS ASSOCIADOS DA ABTC
A DO S
C I
ASSO
31
REGIÃO CENTRO-OESTE
Razão Social: Concrevale Concretos Ltda.
Sócio da ABTC desde o ano: 2019
Endereço: Rodovia MS 276, km 118, Lotes 08 e 09, QD 05, Gleba Piravevê - CEP:79740-000 - Ivinhema/MS
Telefone: (67) 3442-1370
E-mail: [email protected]
Site: http://www.concrevale.ind.br/
Produtos que fabricam:
• Tubos para Águas Pluviais
• Aduelas
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REGIÃO CENTRO-OESTE ASSOCIADOS
33
REGIÃO NORDESTE ASSOCIADOS
34
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
35
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
Razão Social: Artsul - Ind. e Com. de Pré Moldados Cruzeiro do Sul Ltda
Sócio da ABTC desde o ano: 2002
Endereço: Rod. Presidente Dutra, 24000, Austin- CEP 26084-000 - Nova Iguaçu/RJ
Telefone: (21) 3794-6191 / 3794-6192
E-mail: [email protected]
Site: www.grupoartsul.com.br
Produtos que fabricam:
• Tubos para Águas Pluviais
• Tubos para Esgoto Sanitário
• Tubos de cravação (jacking pipe)
• Aduelas
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
39
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
Razão Social: Crabi Ind. e Comércio de Pré-Moldados e Materiais de Construção Ltda. EPP
Sócio ABTC desde do ano de: 2003
Endereço: Rodovia BR 491, Km 221, nº 570 - Distrito Industrial - CEP: 37110-000 - Eloi Mendes/MG
Telefone: (35) 3264-1613
E-mail: [email protected]
Site: www.crabi.com.br
Produtos que fabricamos:
• Tubos para Águas Pluviais
• Aduelas
• Poços de Visita e Inspeção
40
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
43
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
44
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
45
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
47
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
50
REGIÃO SUDESTE ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
58
REGIÃO SUL ASSOCIADOS
59
REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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REGIÃO SUL ASSOCIADOS
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A ABTC coloca-se à disposição de todos os interessados para o
compartilhamento de sua experiência acumulada nestes anos de
atuação no mercado Brasileiro, através de sua equipe técnica, que tem a
finalidade de ajudar no desenvolvimento de bons projetos nos setores de
drenagem, esgoto sanitário e infraestrutura.
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Não sabemos como
serão as cidades no futuro,
mas elas serão
construídas com aço.
Inovar é melhorar a vida das pessoas.
A ArcelorMittal investe no desenvolvimento
de soluções em aço, buscando
obras com mais segurança,
produtividade e sustentabilidade,
com menor desperdício e uma maior
industrialização para toda a construção civil.
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equipamento de moldagem modular. Com apenas um conjunto de componentes de moldagem mod-
ulares, os produtores de concreto conseguem produzir aduelas retangulares com todos os tamanhos
até 5,25 x 3,5 m.
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Fabricação de tubos para águas pluviais
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