Integral Dupla em Regiões Gerais

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INTEGRAL DUPLA E CÁLCULO DE VOLUMES

Cálculo James Stewart


volume 2 − 7ª edição − pág. 874

( II ) INTEGRAL DUPLA SOBRE REGIÕES GERAIS

1º CASO A região de integração D é uma figura do plano xy limitada, abaixo e acima, pelos gráficos de
𝑦 = 𝑔1 (𝑥) e 𝑦 = 𝑔2 (𝑥), respectivamente, com 𝑔1 ≤ 𝑔2 para todo x ∈ [𝑎 , 𝑏].

𝑦 = 𝑔2 (𝑥)

D 𝑦 = 𝑔1 (𝑥)

x
a b

Neste caso, adotamos dA = dydx e para colocar os extremos na integral interna:

a) Isolamos y nas equações das curvas que formam a região D, se necessário;


b) Sobre a região hachurada, desenhamos flechas paralelas e de mesmo sentido que o eixo y;
c) A equação da curva que contém as origens das flechas, 𝑔1 (𝑥) , vai para o extremo inferior da integral
interna;
d) A equação da curva que contém as extremidades das flechas, 𝑔2 (𝑥) , vai para o extremo superior da
integral.

y
𝑦 = 𝑔2 (𝑥)

𝑅 𝑏 𝑔2 (𝑥)
D
∬ 𝑓(𝑥, 𝑦). 𝑑𝐴 = ∫ [ ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦). 𝑑𝑦] 𝑑𝑥
𝐷 𝑎 𝑔1 (𝑥)

𝑦 = 𝑔1 (𝑥)
x
a b

Na integral externa colocamos a variação dos valores de x: de a até b.


Exemplo 1: Calcular o volume do sólido compreendido entre o gráfico da função 𝑧 = 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 + 2𝑦 e a
região D do plano limitada pela parábola y = 𝑥 2 e a reta y = x + 2.

𝑦 = 𝑥2
Pontos de intersecção: {
𝑦 =𝑥+2
2
𝑥 = 𝑥+2
𝑥2 − 𝑥 − 2 = 0
1±3
−1 2
x 𝑥= 2
𝑥 = −1 𝑜𝑢 𝑥 = 2

2 𝑥+2
V = ∫−1 [∫𝑥2 (𝑥 2 + 2𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥

2 𝑥+2 𝑥+2
= ∫−1 [∫𝑥 2 𝑥 2 𝑑𝑦 + ∫𝑥 2 2𝑦. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥

2 𝑥+2 𝑥+2
= ∫−1 [𝑥 2 . ∫𝑥 2 1. 𝑑𝑦 + 2. ∫𝑥 2 𝑦. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥

𝑥+2 𝑥+2
2 𝑦2
= ∫−1 [ 𝑥 2 𝑦 | 0 + 2. 2 | 0 ] 𝑑𝑥
𝑥2 𝑥2

2
= ∫−1[ 𝑥 2 (𝑥 + 2) − 𝑥 2 . 𝑥 2 + (𝑥 + 2)2 − (𝑥 2 )2 ]𝑑𝑥

2
= ∫−1[−2𝑥 4 + 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 4𝑥 + 4]𝑑𝑥

2
𝑥5 𝑥4 𝑥3 𝑥2
= −2 5
+ 4
+ 3 3
+4 2
+ 4𝑥 | 0
−1

−64 2 1
= ( 5
+ 4 + 8 + 8 + 8) − (5 + 4 − 1 + 2 − 4)

−64 2 1
= ( 5
+ 28) − (5 + 4 − 3)

−64 +140 8+5−60


= ( 5
)− ( 20
)

76 (−47)
= 5
− 20

304+47 𝟑𝟓𝟏
= 20
= 𝟐𝟎
𝒖. 𝒗.
Exercícios:

1) Calcular o volume do sólido compreendido entre a superfície 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 𝑦 e a região D do plano


delimitado pela reta 𝑦 = 𝑥 e 𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑦 = 𝑥 2 .

𝐷
2) Calcular ∬𝐷 𝑥 2 . 𝑑𝐴 , sendo D o conjunto de todos os pares (𝑥, 𝑦) tais que 𝑥 ≤ 𝑦 ≤ −𝑥 2 + 2𝑥 + 2.

𝐷
3) Calcular ∬𝐷 𝑥 3 . 𝑑𝐴 , sendo D a região do plano delimitada pelas parábolas 𝑦 = 6 − 𝑥 2 𝑒 𝑦 = 2 − 𝑥 2 e
pelas retas verticais x = 1 e x = 3.

0
4) Calcular ∬𝐷 (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝐴, sendo D a região limitada pelo círculo de centro na origem e raio 2.

5) Calcular o volume do sólido compreendido entre a superfície f(x,y) = xy e o triângulo de vértices ( 1, 1 ) ,


( 4, 1 ) e ( 1, 2 ).

𝐷
6) Calcular ∬𝐷 2𝑦. 𝑑𝐴, sendo D a região triangular com vértices (0,2); (1,1) e (3,2).

𝐷
7) Calcular ∬𝐷 𝑥. 𝑑𝐴 , sendo D a região do primeiro quadrante limitada pelo semi-círculo 𝑦 = √25 − 𝑥 2 e
pelas retas 3x −4y = 0 e y = 0.

Respostas:

1 𝑥 3 2 −𝑥 2 +2𝑥+2 63
(1) V = ∫0 [∫𝑥 2(𝑥 + 𝑦)𝑑𝑦]𝑑𝑥 = 20
𝑢. 𝑣. (2) I = ∫−1 [∫𝑥 𝑥 2 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 20

3 6−𝑥 2 2 √4−𝑥 2
(3) I = ∫1 [∫2−𝑥2 𝑥 3 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 80 (4) I = ∫−2 [∫−√4−𝑥2(2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 0

7−𝑥
4 31
(5) V = ∫1 [∫1 3 𝑥. 𝑦. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 8
𝑢. 𝑣.

1 2 3 2
(6) I = ∫0 [∫2−𝑥 2𝑦. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 + ∫1 [∫𝑥+1 2𝑦. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 5
2

3𝑥
4 5 √25−𝑥 2
(7) I = ∫0 [∫04 𝑥. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 + ∫4 [∫0 𝑥. 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 = 25
2º CASO A região de integração D é uma figura do plano xy limitada, à esquerda e à direita, pelos gráficos de
𝑥 = 𝑔1 (𝑦) e 𝑥 = 𝑔2 (𝑦), respectivamente, com 𝑔1 ≤ 𝑔2 para todo y ∈ [𝑐, 𝑑].

𝑥 = 𝑔1 (𝑦) 𝑥 = 𝑔2 (𝑦)

Neste caso, adotamos dA = dxdy e, para colocar os extremos na integral interna:

a) Isolamos x nas equações das curvas que formam a região D, se necessário;

b) Sobre a região hachurada, desenhamos flechas paralelas e de mesmo sentido que o eixo x;

c) A equação da curva que contém as origens das flechas, 𝑔1 (𝑦) , vai para o extremo inferior da integral;

d) A curva que contém as extremidades das flechas, 𝑔2 (𝑦) , vai para o extremo superior da integral.

𝑥 = 𝑔1 (𝑦) 𝑅 𝑑 𝑔 (𝑦)
𝑥 = 𝑔2 (𝑦) ∬𝐷 𝑓(𝑥, 𝑦). 𝑑𝐴 = ∫𝑐 [∫𝑔 2(𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦). 𝑑𝑥 ] 𝑑𝑦.
1

Na integral externa, colocamos a variação de y: de c até d.


𝐷
Exemplo 2: Calcular ∬𝐷 2𝑥𝑦. 𝑑𝐴 , sendo D a região do plano delimitada pela curva 𝑦 = √𝑥 e pelas retas
𝑦 = −𝑥 e 𝑦 = 1.

𝑦 = −𝑥 → 𝑥 = −𝑦
x=0
𝑦 = √𝑥 → 𝑥 = 𝑦 2
x = −y x = 𝑦2
1
y=1

Pontos de intersecção:
−1 O 1
𝑦=1
{ → −𝑥 = 1 → x = −1
𝑦 = −𝑥

𝑦=1
{ → √𝑥 = 1 → x = 1
𝑦 = √𝑥
1 𝑦2
I = ∫0 ∫−𝑦 2𝑥𝑦. 𝑑𝑥𝑑𝑦

1 𝑦2
= ∫0 [∫−𝑦 2𝑥𝑦. 𝑑𝑥 ] 𝑑𝑦

1 𝑦2
= ∫0 [ 2𝑦. ∫−𝑦 𝑥. 𝑑𝑥 ] 𝑑𝑦

1 𝑥2 𝑦 2
= ∫0 [2𝑦. | ] 𝑑𝑦
2 −𝑦

1
= ∫0 𝑦. [(𝑦 2 )2 − (−𝑦)2 ]𝑑𝑦

1
= ∫0 (𝑦 5 − 𝑦 3 )dy

𝑦6 𝑦4 1
= − |
6 4 0

1 1 −𝟏
=6− 4
= 𝟏𝟐
Exercícios:

𝐷
1) Calcular ∬𝐷 𝑦. 𝑑𝐴 , onde D é a região do primeiro quadrante limitada pela curva xy = 1 e pelas retas y = x
e y = 2.

2) Calcular o volume do sólido compreendido entre o gráfico de f(x,y) = 2y e a região D do plano limitada
pelas retas y = 2 , x + y = 2 e 2y – x = 1 .

𝐷
3) Calcular ∬𝐷 𝑥. 𝑑𝐴 , onde D é o setor circular no 1º quadrante limitado por 𝑥 2 + 𝑦 2 = 45 , x−2y = 0 e y = 0.

𝐷
4) Calcular ∬𝐷 (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝐴 , sendo D o triângulo de vértices A = ( 0, 2 ) , B = ( 1, 1 ) e C = (3,2).

1
5) Calcular o volume do sólido compreendido entre a superfície 𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑦+2 e a região D do plano limitada
pela curva 𝑦 = √𝑥 , pela reta inclinada y = 2 – x e pela reta horizontal y = 0.

𝐷
6) Calcular ∬𝐷 4𝑦. 𝑑𝐴, sendo D a região plana limitada pela reta vertical x = 0 e pelas retas inclinadas y = 2−x
e y=x

Respostas:

2 𝑦 𝟒
(1) I = ∫1 [ ∫1⁄ 𝑦. 𝑑𝑥 ] 𝑑𝑦 = 𝟑
𝑦

2 2𝑦−1
(2) V = ∫1 ∫2−𝑦 2𝑦. 𝑑𝑥. 𝑑𝑦 = 5 u.v.

3 √45−𝑦 2
(3) I = ∫0 ∫2𝑦 𝑥𝑑𝑥𝑑𝑦 = 45

1 2 3 2 2 2𝑦−1 𝟑
(4) I = ∫0 ∫2−𝑥(2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑦𝑑𝑥 + ∫1 ∫𝑥+1(2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫1 ∫2−𝑦 (2𝑥 − 𝑦)𝑑𝑥𝑑𝑦 =
2 𝟐

1 √𝑥 1 2 2−𝑥 1 1 2−𝑦 1 𝟏
(5) V = ∫0 ∫0 𝑦+2
. 𝑑𝑦𝑑𝑥 + ∫1 ∫0 𝑦+2
. 𝑑𝑦𝑑𝑥 = ∫0 ∫𝑦2 𝑦+2
. 𝑑𝑥𝑑𝑦 = 𝟐
u.v.

1 𝑦 2 2−𝑦 1 2−𝑥
(6) I = ∫0 ∫0 4𝑦. 𝑑𝑥𝑑𝑦 + ∫1 ∫0 4𝑦. 𝑑𝑥𝑑𝑦 = ∫0 ∫𝑥 4𝑦. 𝑑𝑦𝑑𝑥 = 4

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