Modelagem de Softwares para Auxiliar Pessoas Com Autismo
Modelagem de Softwares para Auxiliar Pessoas Com Autismo
Modelagem de Softwares para Auxiliar Pessoas Com Autismo
BELO HORIZONTE
2007
BELO HORIZONTE
2007
MARIA CECILIA SABATINO FERNANDES DE ALMEIDA
RENATO GUEDES DOS SANTOS
_________________________________________________
Maria Auxiliadora Mattos Pimentel (orientadora) – PUC Minas
_________________________________________________
Nivânia de Melo Reis (co-orientadora) – PUC Minas
RESUMO
Este trabalho investiga e relaciona alguns dos softwares mais utilizados com
ABSTRACT
This paper investigates and relates some of the software used with most autistic
characteristics and the strategies adopted by them are really significant for the
LISTA DE SIGLAS
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 AUTISMO
2.2 TEORIA DA MENTE
2.3 COGNIÇÃO E TEORIAS DE APENDIZAGEM
2.4 CLAPARÈDE
2.5 PIAGET
2.6 VYGOTSKY
2.7 PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL E ABA
2.8 ERGONOMIA DE SOFTWARE
3 METODOLOGIA
3.1 DESCRIÇÃO
3.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS
4 CONCLUSÕES
5 REFERÊNCIAS
muitas vezes de forma crônica e incapacitante, três áreas nobres do ser humano: a
chamado de continuum autístico], que nada mais é do que uma linha imaginária de
vez que pessoas autistas têm um jeito peculiar de aprender, organizar e processar
maneira em como ensiná-los. Esse estilo cognitivo diferente deve estar refletido na
Outro conceito importante que deve ser focalizado em relação ao autismo são
social.
Autistas podem apresentar comportamentos repetitivos e estereotipados,
ambiente escolar.
transtorno raro. O Center for Diseases Control and Prevention do governo dos
Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República estima que 600 mil
membros por família, concluímos que cerca de dois milhões e quatrocentas mil
que freqüentam escolas estudam em classes especiais. Sua aceitação nas classes
regulares das escolas comuns vem se dando de forma bastante tímida e, mesmo
assim, apenas para aqueles que apresentam comprometimentos leves, haja vista a
quanto mental, tentando dar-lhe condições de freqüentar uma escola comum quando
atingir a idade típica de ingresso das demais crianças, normalmente aos seis anos
de idade.
Este trabalho avaliou alguns dos softwares mais utilizados nas escolas e
ponto de que os softwares concebidos para crianças de uma forma geral não lhes
software?
Qualquer software deve ter sua concepção baseada nos princípios que
Segundo Marques,
especiais.
relações sociais diárias. Além das opções já disponíveis, de certo o futuro nos
Uma vez que este estudo pretende validar e propor elementos balizadores
relacionar com campos científicos distintos, tais como autismo, cognição, teorias de
2.1 AUTISMO
uma condição onde o indivíduo anularia a percepção do que está ao seu redor,
suíço Paul Eugen Bleuler quem empregou pela primeira vez essa palavra em uma
bizarros. Naquela época não era clara a distinção entre autismo e esquizofrenia,
descoordenados.
As reais causas do autismo não foram determinadas até hoje, mas algumas
nascimentos, hoje o Center for Diseases Control and Prevention do governo dos
autista possui quatro eixos: três eixos são sintomáticos e o quarto corresponde à
autista ou os sintomas aparecem antes dos três anos de idade, com ou sem um fato
comportamento.
Ainda segundo Camargos Junior (2001), na área da interação social o
sintoma cardinal é o isolamento. Segue-se, a preferência por ficar só, não olhar
diretamente para as pessoas, não ter medo de estranhos, não conseguir brincar com
quando se machuca, agir como se fosse surdo e usar as pessoas como ferramentas,
fala, desde o mutismo absoluto até algum diálogo, emissão de sons ou palavras de
comprometida.
É importante observar que o prejuízo da falta do uso do olhar para o interlocutor não
mesmo nas pessoas, sentir medos intensos de objetos específicos sem motivo
aparente, resistir ao aprendizado que não o interessa, ter fixação e até mesmo
compulsão por água em movimento, brilhos e objetos que giram, como rodas ou
familiares e a área da interação social a que mais estranheza causa nas outras
pessoas.
seguindo-se um padrão que será o quadro futuro, tendo a dependência como eixo
da criança.
tratamento que vêm demonstrando ser muito eficientes para melhoria do prognóstico
vezes, permite a inclusão do aluno em salas de aula comuns já nas séries iniciais de
estudo, podendo mesmo tornar difícil a distinção de quais alunos são autistas.
esperavam e gostariam que seus filhos fossem, os autistas deveriam ser admitidos
da forma como são, que seu estilo diferente de viver não representa uma doença,
Existem evidências científicas que mostram que indivíduos com autismo têm
(1995) diz que os autistas têm dificuldades para mudarem suas rotinas diárias, que
Porém, todos concordam que as pessoas com autismo pensam e falam de forma
“Eles estão orientados para o mundo de uma maneira diferente, sua posição
“eles vêem, ouvem e sentem, mas seus cérebros administram essas informações de
facilmente ao que foi dito por Kanner ao fazer as primeiras descrições do autismo.
(PEETERS, 1998).
Jou e Sperg (1999) propõem o exercício a seguir, pois assim seríamos se nos
Nagell & Tomasello (1998) frisam a importância do contato ocular, que é um dos
intencional, visto que a criança direciona os sinais diretamente para uma outra
outro objeto físico que pode ser manipulado fisicamente, mas como um parceiro
ausente nos autistas. Isto revela que a presença desta linguagem independe de
ordem.
2. 3 COGNIÇÃO E TEORIAS DE APENDIZAGEM
define a pessoa com déficits cognitivos como alguém significantemente limitado em,
qual o ser humano interage com os seus semelhantes e com o meio em que vive,
está registrado na nossa memória, fazendo a conversão para o nosso modo de ser
ocultando-se por trás de seu conceito diferenças essenciais entre diferentes teorias
fatos mensuráveis a partir dos quais serão construídos modelos através de rigoroso
realidade.
(427-347 a.C.) e imperou até o século XV, para o qual o mundo exterior é coisa
somente para se adquirir a certeza das coisas mais simples [“Penso, logo, existo!”],
como também para se compreender com clareza cada passo da dedução. “Os
primeiros princípios somente podem ser conhecidos pela intuição, enquanto que as
devem ser olhadas com cautela, pois nem sempre suas fronteiras estão claramente
indivíduo, de forma coerente com o idealismo, mas não repudiava a idéia de que a
constante dos alunos autistas é uma maior consideração das suas singularidades e
seqüência desejada.
déficits são características bem documentadas nos alunos com autismo. Um aluno
realidade de seus alunos tanto do ponto de vista psicológico, cognitivo, afetivo, como
sócio-cultural. Isto para que, a partir daí, possam trabalhar rumo a uma educação
significativa e construtiva que possa conduzir o aluno a ser sujeito consciente de sua
autonomia social.
2.4 CLAPARÈDE
Escola Nova, cuja representante mais conhecida foi Maria Montessori (1870-1952),
ponto de vista biológico quanto o pragmático, segundo o qual o que importa é o que
adaptativas da conduta.
relevância e estão intimamente ligados. Para ele, o saber nada mais é que um
genética, que, mesmo não tendo intenção pedagógica, ofereceu aos educadores
genética de Piaget são: ter como ponto central a estrutura cognitiva do sujeito;
única dos objetos nem de uma programação inata, pré-formada no sujeito, nem
reconstruir suas hipóteses sobre o mundo que a cerca. Dessa forma, a inteligência
também poderia ser exercitada, evoluindo "desde o nível mais primitivo da
existência, caracterizado por trocas bioquímicas, até o nível das trocas simbólicas"
de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio que os cercam. O que vale também
conhecimento ele deve estar preparado para recebê-lo. É necessário que ele possa
genéticas sem estrutura, estruturalistas sem gênese, etc. (...) e permite seguir fases
comunicação. Vai dos dois aos sete anos de idade da criança, aproximadamente, e
compreende os períodos simbólico e intuitivo. O período simbólico é o da fantasia,
do faz de conta, do jogo simbólico, onde surge a função semiótica que permitirá o
criança, até os sete ou oito anos, é a sua fala egocêntrica, uma fala orientada para
si, que não leva em consideração os pontos de vista de outros, não por uma falta de
habilidade para tal, mas sim por uma característica própria de seu pensamento, que
não é capaz de avaliar o modo como os outros podem estar pensando o que é por
que a sua fala passa de egocêntrica para socializada, ao mesmo tempo em que seu
comunicável pela linguagem. São formas de pensamento que diferem, antes de tudo
estão presentes na obra de Vygotsky. Entre outros, Duarte (1999) entende que o
mais correto seja classificar sua teoria como uma quarta concepção epistemológica
habilidades, atitudes, valores, etc. a partir do seu contato com a realidade, com o
meio ambiente e com as outras pessoas”. É nas interações que o ser humano
estabelece com os outros e com o mundo que ele vai apropriando-se do real de
um significado particular às suas vivências, ou seja, cada pessoa tem seu próprio
“Deve surgir um problema que não possa ser solucionado a não ser que pela
falar, Vygotsky diz que uma criança só falará se participar ao longo de sua vida do
alunos serão assimiladas por eles. Também preconiza que a evolução intelectual do
outro. Para melhor explicar esse processo, ele desenvolveu o conceito de Zona de
Desenvolvimento Proximal - ZPD, que representaria a distância entre o nível de
potencial, mais elevado, que ele pode alcançar com a mediação do professor e
indivíduos, que uns estejam mais predispostos a algumas atividades do que outros
em razão de fatores físicos ou genéticos. Contudo, não entende que essa diferença
linguagem [seja verbal, simbólica ou gestual], pois é a partir do momento em que ela
delega ao professor o papel de facilitador para que o aluno produza suas próprias
como Piaget, Vygotsky, Paulo Freire, Freud, Wallon, Luria, Baktin e Freinet, uma vez
aprendizagem.
teórico. Motivado por experiências realizadas com cães, criou a teoria dos reflexos
escola.
comportamento.
quando percebida por quem a pratica. O reforço pode ser positivo [uma recompensa]
condicionamento secundário.
ser planejada passo a passo, visando "modelar" o aluno através do uso de reforços
comportamento. ABA pode ser usada para tratar muitas questões diferentes e cobrir
estudantes com autismo podem combinar muitos métodos validados por pesquisas
[separados], que são ensinados um de cada vez durante uma série de “tentativas”
[trials], utilizando reforçadores positivos e a ajuda que for necessária para que o
A terapia eram realizadas nas próprias casas das crianças com a ajuda de parentes
que eles adquiram dignidade e o domínio de regras básicas da sociedade e que “as
mesma forma que nos indivíduos com estruturas normais (LOVAAS, 2003).
O sítio do Lovaas Institute na internet diz que “se uma criança não pode
aprender da forma que nós a ensinamos, nós devemos ensinar de uma forma que
elas possam aprender”. Mas Lovaas (2003) não exime a responsabilidade das
comunicação em indivíduos que não falam ou que tenham algum tipo de limitação
software também cabe definir a forma como ele se relacionará com os demais
Coutaz (1990) define uma interface como um dispositivo que serve de limite
física, o dispositivo deve permitir a tradução de uma linguagem para outra. No caso
sistema e a profissão que aplica teorias, princípios, dados e métodos para projetar
respostas motoras.
ciência cognitiva que é, segundo Peter (2001 apud NOGUEIRA, 2003, p.10), “o
na resolução de problemas”.
Diversos autores incluem em suas recomendações para projeto de sistemas e
forma a permitir ao usuário assumir o controle e ser um iniciador das ações, ao invés
projetado a partir do ponto de vista do operador, Deve-se ter em mente, ainda, que
esse operador humano trará para o sistema uma série de atributos particulares,
funcional, ele pode ser visto, não como uma simples ferramenta e sim como um
do conhecimento que ele tenha das estratégias do seu parceiro. Essa afirmação de
que uma ferramenta é uma extensão mecânica das suas faculdades muscular e
sensória motrizes.
interface para a tarefa que o usuário quer desempenhar, a interface deve ser
Para análise de softwares para uso por pessoas com autismo não devemos
Sriram, & Nakhoda-Sapuan, 2001), aumento de vocabulário (Moore & Calvert, 2000;
Bosseler & Massaro, 2003), sistemas avançados para geração de fala (Kinney,
Vedora, & Stromer, 2003), aumento da imitação vocal (Bernhard-Opitz, Sriram, &
(Heimann, Nelson, Tjus, & Gillberg, 1995). Estudos para aplicação de sistemas de
forma promissora.
tecnologia. Diversos estudos comparativos, como os realizados por Chen & Bernard-
Opitz, (1993), Moore & Calvert (2000), Williams, Wright, Callaghan, and Coughlan
métodos tradicionais.
quando utilizando programas que fazem uso intensivo da interação, animação, som
e vozes.
podem permitir seu uso concomitante por mais de uma pessoa [com dois joysticks,
3.1 DESCRIÇÃO
avaliar alguns dos softwares mais utilizados nas escolas e associações de pais e
pessoas autistas.
instituições, sendo três alunos de cada instituição, ambas da cidade de São Paulo.
representa uma parcela dos autistas que, muitas vezes, são preteridos em
associações e escolas por terem idade um pouco avançada e serem de difícil trato e
formal que atua desde a Educação Infantil até o Ensino Médio e que já vem
pesquisa.
associação de pais, uma vez que ela não dispõe de uma estrutura formal.
Avaliação Inicial para ser preenchido pelos parentes que acompanham os alunos -
pela Dra. Micheline Silva, psicóloga com pós-doutorado realizado nos EUA onde
trabalhou por três anos com uma técnica de intervenção derivada do ABA chamada
Early Intensive Behavioral Intervention (EIBI). Um resumo dessas avaliações pode
Raciocínio fluido está relacionado à capacidade de resolver problemas novos que não dependam de
aprendizagem escolar prévia, perceber/reconhecer padrões de seriação ou seqüência de estímulos, bem
como dedução ou indução de conclusões sobre o todo a partir das partes.
Outras habilidades cognitivas não-verbais estimadas durante a avaliação podem incluir por exemplo, a
capacidade de perceber e discriminar detalhes de estímulos visuais para pareá-los de acordo com suas
características; de reconhecer um dado estímulo mesmo com a interferência de estímulos de fundo
(reconhecimento da figura sob um fundo); de organizar mentalmente pedaços fragmentados de uma
figura para formar um todo; e de classificar estímulos por similaridade (formação de conceitos).
desenvolvimento.
ou, pelo menos, desejáveis nos softwares orientados para uso por pessoas com
autismo.
amostra. Outros 9 QASI, 15,5% da amostra, não foram considerados por falta de
com 17 citações [34,7%], seguida pela linha do Coelho Sabido, com 8 citações
software Minha Lista de Palavras foi o que apresentou avaliação mais singela.
utilização de softwares com jovens autistas ainda parece ser incipiente e, até onde
TABELA 1
Softwares citados no Questionário de Avaliação de Softwares
Doo, Disney e Dr. Seuss, assim como aqueles produzidos pela Anasoft e RCT.
sensoriais ou múltiplos, uma vez que não adotam estratégias diferenciadas que
cerebral.
apenas mediana, devemos considerar que, certamente, sua avaliação foi realizada
limitação visual total ou muito severa. Assim, se a missão original do Dosvox já não
é das mais fáceis, no caso desta pesquisa ela se torna ainda mais árdua. Mesmo
cognitivos, o Teclado Comfy, com duas citações nos QASI, também consiste de um
parentes através do PowerPoint. Sem dúvidas essa é uma estratégia que pode
software de alto nível, distante, pois, da linguagem da máquina, voltado para autoria,
acompanhadas de perto por eles. As trocas sociais entre os pares não são
estimuladas.
maiores para autistas de bom funcionamento, mas serão insuficientes para suprir as
com a introdução de softwares para uso por crianças autistas nas escolas e nos
lares.
espaciais.
juntamente com a instrução ao aluno, levando a mão do aluno com o mouse para
casos.
criança de 11 anos que, “parece precisar de cuidados por parte de outros para
etária de 1 ano e 11 meses”. Sua família não deixava que ele utilizasse o
computador com receio dele provocar danos ao equipamento. Hoje ele manuseia o
figuras.
4 CONCLUSÕES
jogos; o lúdico de Claparède está por toda parte, através das interfaces
software.
a Teoria da Mente.
função do entretenimento.
própria permissão para usar o computador, muitas vezes, acaba por se constituir
possibilidades de desenvolvimento.
pessoas com necessidades especiais, devem fazer sentido para o aluno. Mais do
que isso, têm a obrigação de fazer sentido para a sua vida, de ajudá-lo na
de aprender.
espaço para mediação do professor e colegas para estimular a ZDP dos alunos com
autismo nos parece muito curto. Como estimular a autonomia através de relações
As interfaces dos softwares citados nesta pesquisa não parecem terem sido
concebidas sob o ponto de vista das metas e objetivos dos usuários. Os projetos
Também não há nos softwares avaliados nenhum tipo de recurso para coleta
estado da arte das tecnologias, percebemos que existem muitos conceitos provados
com autismo.
intensa, extrair todo o potencial de ajuda que ele tem a nos oferecer, abrindo novas
muitas vezes repetitivo como uma nova obsessão, para chegar ao computador que
seja parceiro das nossas crianças, mas que também represente um instrumento
tecnológico a serviço da educação, colaborando com o trabalho de terapeutas e
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