Exercícios Básicos de Magia Do Caos

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Exercícios Básicos de Magia do Caos - por Phil Hine

Estes exercícios foram compilados de vá rias fontes, e possivelmente têm pouco valor inerente por si
só , apesar de poderem ser engraçados para tentar e podem ter grandes consequências. Uma pessoa
conhecida minha começou a sua aventura na Magia do Caos tomando o sistema de crenças de ser um
Cristã o Renascido. Ele continua ser um Cristã o Renascido, mas parece ser mais feliz.

1. Quando conseguir obter qualquer resultado má gico (incluindo falhas) pense sempre em vá rias
explicaçõ es para tal. Estas explicaçõ es devem pelo menos conter um destes tipos:

i. Uma explicaçã o baseada nos parâ metros do sistema má gico que empregou.

ii. Estritamente materialista

iii. Algo excepcionalmente pateta

2. Quando já esteve algum tempo a experimentar sistemas de crença, contemple dois que parecem
mutuamente se excluírem, tais como Cristandade e Tantra, Islamismo e Feminismo Radical,
Revivalismo New Age Céltico e Marxismo.

3. Meditação em Menzies. Leia revistas especializadas em que nã o tem nenhum interesse,


especialmente as escritas por amadores entusiastas. Também leia revistas com visõ es opostas no que
se sucede, tal como a Play Boy e a A.O.Spare, ou Sentinela e o Marquês de Sade.

4. Nunca ponha sapos vivos na boca.

5. Toda a gente no mundo é um Buda menos você! E todos estã o à espera que você consiga
desempenhar corretamente o seu papel, por isso saia da cama e comece a trabalhar! (a síndrome
Budista manifesta-se especialmente nas pessoas que tenta evitar na rua).

6. Tente estar consistentemente errado, faça uso da palavra de maneira selvagem, e quando alguém
abrir um buraco nos seus argumentos, admita o seu erro, em profundidade, se necessá rio. Pode estar
enganado quanto ao tempo, o dia da semana, qualquer declaraçã o política expressa, etc.

7. Deuses e Gurus

A possessã o por uma entidade (Deus, espírito, droga, etc) permite-lhe fazer coisas que
normalmente nã o se sentiria capaz de fazer. Assim, até um certo ponto, funciona a confiança de ter um
Guru. Tais figuras dã o-lhe confiança para atravessar uma falésia sobre uma corda sem cair, brincar no
fundo de uma piscina sem se afogar ou dar umas voltas com um robe cor de laranja ou tocar tambor
num centro comercial cheio.

A sanidade "está lá fora" em vez de estar na sua cabeça.

Muitas pessoas tem tendência a dizer que eles sã o loucos "comparados com o resto" (da mesma
maneira muitas pessoas afirmam que sã o estú pidas. No entanto poucas admitem serem um lixo
sexual ? porquê?).

A Magia do Caos permite-lhe deixar que os seus pensamentos loucos dêem uma volta ocasional por
uma noite. Ao contrá rio do que vem em livros, a magia é uma atividade feita ao nível da rua (mesmo
nível da sarjeta). Vejam o caminho de zig-zags de um malandro, como expresso por Crowley,
Cagliostro, Simon Magus, e os restantes. Aprenda a brincar, mímica, tirar coelhos da cartola. Passe o
chapéu alto e ganhe com isso uma ou duas gargalhadas. No espaço, ninguém pode ouvi-lo rir, mas o
caos nã o é mais do que Matéria de Riso. Se quer ver magia verdadeira em açã o, veja um filme dos
irmã os Marx. Harpo consegue rebentar com uma luva e transforma-la em leite. Como diabo ele
conseguiu isso?

8. Atratores Caóticos

Ocasionalmente você vai encontrar alguém que parece atrair o caos aonde quer que vá . Obviamente
têm um estranho e poderoso poder, mas muitas vezes nem se percebem disto, ou simplesmente ficam
embaraçados pela freqü ência com que acontecem coisas estranhas nas suas vizinhanças. Estude-os
cuidadosamente (mesmo que a uma distancia segura), e pode aprender algumas coisas.

9. Descondicionamento.

Como já referi anteriormente, é relativamente fácil mudar de sistemas má gicos e produzir resultados
em concordâ ncia.

Isto nã o é dizer, no entanto, que as mudanças de sistema sejam fá ceis.

Na verdade, algumas estruturas das nossas atitudes/crenças sã o extremamente resistentes à


mudanças conscientes, permanecendo evasivas e "invisíveis" à percepçã o consciente, e têm que ser
arrastadas, aos pontapés, até a luz dolorosa da auto revelaçã o.

Se Eu puder usar a analogia das crenças serem como o construir da cidade dos Eus (personalidade),
volta destas paredes (da cidade dos Eus) o uivo do vento de Kia, entã o o processo de
descondicionamento pode ser comparado ao destruir de torres, com a "bomba" ocasional fornecida
pelo recurso, a uma forma poderosa de gnose tal como o êxtase sexual, sobrecarrega de dor, ou o elixir
de Albert Hoffman. O descondicionamento é um processo continuo, mesmo quando descarta um
conjunto de limitaçõ es (no Tantra isto é chamado de 'esmagar do Klesha'), pode descobrir que
adquiriu novos condicionamentos, normalmente inconscientemente. Muitas vezes, as estruturas de
crenças estã o em "ninhos" umas com as outras, e podem ter as suas raízes em experiências de
formaçã o poderosas. Timothy Leary chama a este processo "imprimir de suscetibilidades", aonde esta
impressã o forma a linha de base de resposta a experiências, estabelece os parâmetros em que
posteriores aprendizagens tomam lugar. O modelo dos 8 circuitos de Meta programaçã o criado por
Leary pode ser usado para auxiliar o descondicionamento.

Tenha presente que o Processo de Descondicionamento nã o é apenas uma experiência intelectual. É


relativamente fácil de "aceitar intelectualmente" alguma experiência ou crença que previamente
rejeitou ou excluiu. É preciso mais re-silêncio ao tomar a açã o da sua nova posiçã o, e arriscar a dor
emocional que pode surgir depois.

Por exemplo, um jovem má gico masculino do meu conhecimento olhou para as suas pró prias crenças
sobre a sua sexualidade, e decidiu que ia focar a sua atençã o sobre a sua pró pria distâ ncia/medo do
erotismo masculino. Descobriu que "intelectualmente" podia aceitar a sua atraçã o por outros homens,
e assim pensou que estava liberto.

Depois teve vá rios encontros homossexuais que ele disse nã o lhe terem dado nenhum prazer físico,
mas simplesmente reforçaram a sua crença de que se tinha libertado sexualmente. O
descondicionamento só muito raramente é simples. Muitas vezes as pessoas que tiveram uma
experiência de "Iluminaçã o" dizem que todas as suas estruturas repressivas se foram embora. Se
deitar abaixo um edifício na cidade das identidades e ele volta a crescer, à s vezes com uma forma
diferente.

Um dos efeitos da Gnose intensa é o estilhaçar de "peles" da estrutura de crenças, mas geralmente é
descoberto que se nã o houver trabalho em que se ocupar de seguida, o sentimento do despedaçar do
sistema de crenças é transitó rio.
Também deve considerar os efeitos que este processo provavelmente vai ter noutros, veja o livro de
Luke Rhinhart, "The Dice Man" para um divertido e instrutivo conto da aproximaçã o de um homem ao
descondicionamento. O Ego, uma estrutura auto regulada que mantêm a ficçã o de ser um ser ú nico,
nã o gosta do processo de se tornar mais facilmente adaptá vel à experiência. Uma das defesas mais
sutis que aparece é a de lançar suspeita (que depressa pode se transformar em obsessã o), é a de que é
melhor que todos os outros. Em alguns círculos, isto é chamado de "Magusite", e nã o é desconhecida
para aqueles com a preocupaçã o de se declararem a si mesmos como magos, Rainhas das Bruxas,
avatares de Deusas, ou Mestres Espirituais. Se apanhar a si pró prio a referir-se aos demais como "o
rebanho", ou "gado humano", etc, entã o é altura de se ver outra vez para se onde vai. Eu pró prio,
prefiro os benefícios da empatia e da habilidade de se conseguir relacionar com outras pessoas do que
as limitaçõ es de ser uma tentativa reclusa de Raskalnikov a sonhar com os escravos serventes.
Enquanto que nó s ecoamos as palavras de Hassan I Sabbah que "Nada é Verdade, Tudo é Permitido",
agir totalmente a partir desta premissa é prová vel que lhe traga conflitos com aqueles indivíduos e
autoridades a verem o que é, e o que nã o é permitido. Assim apesar do charme, a Magia do Caos
raramente é totalmente amoral. Um dos axiomas bá sicos da filosofia má gica é que a moralidade cresce
a partir de dentro, depois de ter começado a notar as diferenças entre aquilo em que aprendeu a
acreditar, e aquilo em que vai acreditar.

Alguns pontos de vista excelentes sobre o descondicionamento podem ser encontrados em: Liber Null
de Pete Carrol, Magick por Aleister Crowley, e Tantra Magick, uma colecçã o de textos das ordens
Tantricas do Oriente-Ocidente, chamada AMOOKOS.

10. Manter um Diário

Apesar do fascínio da Magia do Caos como sendo espontâ nea, faz-o-que-quiseres, esmaga-a-sephirot e
perde os demô nios da magia, geralmente é considerado que manter um diá rio de experiências e trabalho
má gico é essencial. Um registo má gico marca os seus progressos, falhas, experiências e perspectivas
interiores.

Depois de um ritual que esmagar o cérebro, você tem uma iluminaçã o, e se nã o a escrever, as
probabilidades sã o de que a vai esquecer, e essa pérola especial de sabedoria se vai perder para
sempre. Mais frequentemente, é uma boa disciplina a seguir (escrever um diá rio), e muitas (vezes)
descubro que, quando escrevo um sumá rio de um trabalho, me recordo de coisas que ainda nã o
aconteceram antes a mim.

Também é uma das poucas vezes em que nã o se tem que censurar os seus pensamentos, apesar de ter
que alterar nomes para proteger a privacidade de outros participantes.

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