Soluções
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SOLUÇÕES Por outro lado, na sua convivência diária com outros, o homem
FICHAS DE LEITURA está a desenvolver-se. As experiências que vive acabam por lhe
FICHA 1 – Diário (pp. 36-37) ensinar algo; logo, estas aprendizagens dão-lhe a possibilidade de,
em novas situações, poder agir em função do conhecimento
1. (A); 2. (C); 3. (A); 4. (D); 5. (C).
adquirido e de evoluir.
6. “seria” – condicional presente. Assim, conclui-se que a memória é fundamental para o ser
7. Vocativo. humano, pois permite o seu crescimento psicoemocional e social.
8. Palavra derivada por prefixação. [151 palavras]
5 – Contos (p. 66) do “eu” por conseguir libertar-se do ato de pensar. Na última
1. [A] – [6]; [B] – [5]; [C] – [7]; [D] – [3]; [E] – [4]. estrofe, correspondendo à segunda parte, o eu lírico constata que,
afinal, não pensar em nada, apesar de trazer felicidade, também
2. [A] – [5]; [B] – [3]; [C] – [4]; [D] – [2]; [E] – [1].
causa desconforto.
6 – O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS (p. 67)
2. “[não pensar em nada] É-me agradável como o ar da noite, /
1.1. (A); 1.2. (C); 1.3. (C); 1.4. (B); 1.5. (D); 1.6. (B); 1.7. (D); 1.8. (A); Fresco em contraste com o verão quente do dia.” Estabelece-se um
1.9. (B); 1.10. (C). paralelismo entre a dureza do ato de pensar, que se compara a um
2. e 2.1. a. F – Ao fim de algum tempo como hóspede do Hotel Bra- dia quente de verão, que custa a suportar, e o ato de não pensar em
gança, Ricardo Reis aluga uma casa no Alto de Santa Catarina.; nada, comparado ao ar fresco da noite, que, naturalmente, traz
b. V; c. V; d. F – O Ricardo Reis saramaguiano apresenta-se quase algum conforto.
como um decalque do heterónimo de Pessoa, quer em termos físi- 3. O sujeito poético sente-se bem, feliz, por não estar a pensar em
cos, quer literários, quer, ainda, em termos de personalidade.; e. F – nada, afirmando que isso é “ter a alma própria e inteira” (v. 7) e
Fernando Pessoa visita várias vezes Ricardo Reis seja no Hotel “viver intimamente” (v. 9). Refere ainda que tem uma dor nas
Bragança seja na sua casa do Alto de Santa Catarina.; f. V; g. V; costas e “um amargo de boca” (v. 14) na alma, o que não o impede
h. F – Marcenda é uma mulher passiva e desistente.; i. F – Ricardo de se sentir liberto, apenas porque, naquele momento, não está a
Reis sente que se meteu num grande sarilho, não sabendo se vai ou pensar em nada.
não perfilhar a criança.; j. V. 4. Os versos referidos são reveladores da satisfação do “eu” por não
QUESTÃO DE AULA 7 – MEMORIAL DO CONVENTO (p. 69) pensar, o que lhe permite sentir a alma liberta, ou seja, sentir-se
despreocupado. Estes versos deixam antever que o pensamento
1.1. (C); 1.2. (C); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (A); 1.6. (D); 1.7. (D); 1.8. (D);
atormenta a alma e esta só é sentida como inteira, liberta, se o
1.9. (A); 1.10. (D).
pensamento não atormentar o sujeito poético, tal como acontece
2. a. F – D. João V promete edificar o convento caso a rainha consiga no momento da enunciação.
engravidar no prazo de um ano.; b. F – Foi o Alto da Vela, em
5. Com esta anáfora, consegue acentuar-se o estado de ataraxia em
Mafra.; c. F – Muitos homens foram obrigados a trabalhar na
que o “eu” se encontra e reforçar o prazer que advém de não usar o
construção e as condições a que os trabalhadores do convento
pensamento, sugerindo que o pensar atormenta o sujeito poético e,
estavam sujeitos eram péssimas.; d. V; e. V; f. V; g. F – O padre
por isso, o não estar pensando naquele momento é motivo de
começa a revelar comportamentos estranhos depois da conversa
grande satisfação e algo incomum, que o levam a reforçar
com Scarlatti e da observação de uma gaivota.; h. V.
positivamente esse atual estado de espírito.
GRUPO II
TESTES
1. (D); 2. (C); 3. (A).
TESTE 1 – FERNANDO PESSOA, POESIA DO ORTÓNIMO (pp. 72-73)
4. Verbo auxiliar.
GRUPO I
5. Modalidade epistémica com valor de certeza.
1. O sujeito poético, em jeito de evocação, convoca um domingo sola-
TESTE 3 – FERNANDO PESSOA, BERNARDO SOARES (pp. 76-77)
rengo e a sua rua, aquela onde morou e onde as crianças brincavam
alegremente, tal como se pode ver ao longo da primeira estrofe. GRUPO I
2. No presente, o “eu” sente-se magoado, triste, inseguro, mas 1. O narrador considera que tudo no mundo é “absurdo”: o dinheiro,
certo de que a vida pouco lhe deu e nem esse pouco soube apro- a procura da fama e de coisas de que não se gosta, o vestuário da
veitar. Por isso, as transformações por que passou fazem-no valo- rapariga, o forro dos bancos do elétrico, as atividades por detrás da
rizar o tempo da infância que se pode associar à alegria de viver, à fabricação dessas peças, no fundo, toda a vida da sociedade. Esta
despreocupação, que contrastam com a racionalização excessiva do reflexão ilustra as incoerências do ser humano, o que leva Soares a
presente. descrer num mundo sem sentido.
3. O poema tem como tema “a nostalgia da infância”, uma vez que 2. Através da observação do vestido da rapariga, o autor transporta-
todo ele se baseia na reflexão que o “eu” adulto, no presente, faz -se para um outro mundo, “decompondo o vestido”, imaginando as
sobre o passado, o tempo que viveu, mas de que não disfrutou e fábricas, as máquinas, os operários, as costureiras, as vidas
que teria sido marcado pela alegria só alcançada por quem vive sem domésticas e sociais de todos os implicados na criação do vestido.
consciência ou sem noção da realidade. Este processo de transformação do real é transmitido num registo
poético, em que sobressaem as enumerações (“as máquinas, os
4. O articulador “Mas” marca o regresso à realidade do presente,
operários, as costureiras”, l. 15).
por oposição à reflexão que o sujeito faz acerca do passado.
3. Olhar, reparar é assumido pelo autor como um ato habitual,
5. Os sinais de pontuação predominantes são a exclamação e o
quotidiano (“e estou reparando lentamente, conforme é meu cos-
recurso às reticências, que refletem o caráter emotivo, reflexivo e
tume, em todos os pormenores das pessoas que vão adiante de
nostálgico do poema.
mim.”, ll. 7-8), pois permite-lhe fazer uma leitura do mundo exte-
GRUPO II rior. Neste fragmento, destaca-se a cor do vestido e do bordado,
1. (C); 2. (D); 3. (B). como forma de acentuar a sua inutilidade (“um retrós de seda ver-
4. Oração coordenada adversativa. de-escura fazendo inutilidades”, l. 23), o que confirma a afirmação
5. Valor copulativo. que abre o texto – “Tudo é absurdo”.
4. Para Bernardo Soares, “viver” significa “sonhar” − “Vivi a vida
TESTE 2 – FERNANDO PESSOA, POESIA HETERÓNIMOS (pp. 74-75)
inteira” transmite o cansaço do sujeito, por ter vivido tão intensa-
GRUPO I mente pela imaginação.
1. O poema pode ser dividido em duas partes lógicas. As primeiras 5. O quotidiano urbano, a deambulação, o sonho e a transfiguração
três estrofes corresponderão à primeira, dando conta da felicidade poética do real são as principais temáticas presentes neste fragmento.
Tem a certeza? E essas olheiras, hã? Venha daí que eu trato-o.”, assim o sonho de padre Bartolomeu; o par amoroso, Baltasar e
ll. 19-20). Por outro lado, mostrava-se um pouco arrogante com Blimunda, deram um contributo importante para a concretização
Ramon e com o modo como este desempenhava a sua tarefa, o deste objetivo quer na recolha das vontades quer nos trabalhos de
que causou inimizades entre os dois (“A mim, ninguém me diz construção do invento. É também referido que a passarola sobre-
quando devo atravessar uma rua. Sou um cidadão livre e desim- voou as obras do convento, podendo entender-se que a linha de
pedido.”, l. 22). ação referente ao povo que construiu o convento – segunda linha
4. Os semáforos são vistos, por um lado, pela maioria dos há- de ação – se cruza com as outras duas.
bitantes de forma simpática e até benevolente a tal ponto que, 3. As gentes de Mafra que viram a passarola tiveram reações di-
inclusivamente, interagem com o semaforeiro, pedindo que abra vergentes. Uns, os mais céticos, duvidaram de que algum objeto
o sinal. Por outro lado, o médico não aprecia ter de se submeter tivesse cruzado os céus. Outros, os menos destemidos, ajoelha-
à vontade de um sinal para atravessar a rua, o que acabará por ram- se e pediram clemência, imaginando que estariam prestes a
trazer desavenças durante várias gerações. ser punidos por uma entidade divina desconhecida.
5. Ironia. Com este recurso pretende-se fazer um retrato híper- 4. A expressão simboliza, metaforicamente, o momento do ocaso
bólico do modo zeloso e demasiado cumpridor como o médico de- do sol. É, portanto, o final do dia e o início da noite.
sempenhava a sua profissão. 5. O voo da passarola tinha também o objetivo de afastar o padre
GRUPO II Bartolomeu das garras da Inquisição. Contudo, a máquina voa-
1. (D); 2. (A); 3. (B). dora, ao cair, deixaria novamente o padre Bartolomeu vulnerável.
Esta perspetiva amedrontava o Voador, uma vez que percebia
4. Oração subordinada adverbial causal.
muito bem o risco que corria.
5. Valor aspetual habitual.
GRUPO II
TESTE 8 – O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS (pp. 86-87) 1. (D); 2. (B); 3. (A).
GRUPO I 4. Modalidade epistémica (com valor de probabilidade).
1. Ao percorrer as ruas de Lisboa, Ricardo Reis depara-se com a 5. Sujeito.
pobreza que se fazia sentir em Portugal, durante o período sala-
zarista; observa e estranha uma enorme (“mais de mil”) multidão, TESTE GLOBAL 1 – MÓDULO 7 (pp. 92-95)
caracterizada como pobre que espera o bodo do Século, (“tudo GRUPO I – A
gente pobre, dos pátios e barracas, l. 28”) e mal cheirosa (“odor 1. Na primeira estrofe, o “eu” lírico afirma que a nossa vida nos é
de cebola, alho e suor recozido”, ll. 21-22). concedida por um uma entidade divina (“E possuindo a Vida / Por
2. Durante a conversa que mantém com Ricardo Reis, o guarda foi uma autoridade primitiva / E coeva de Jove”, vv. 4-6) e que a
cordial para com ele e tratou-o sempre com deferência (“vossa devemos viver considerando que somos “divindades” exiladas.
senhoria”, l. 27). Contudo, quando se dirige aos pobres, ordena que 2. Os humanos devem viver de forma plácida e serena; embora
abram espaço para que Ricardo Reis possa passar (“como quem aproveitando a vida, devem esquecer as paixões violentas (“o
enxota galinhas”, ll. 38-39) e não o faz de modo simpático, mas estio”) para que, quando chegar a hora da morte, nada possa im-
autoritário, e até usa de alguma agressividade (“não queiram que pedir a serenidade.
trabalhe o sabre”, l. 39). 3. No poema encontram-se referências à impossibilidade de fugir
3. A expressão contém uma comparação que tem como propósito ao destino que controla a nossa existência (“O Destino / É calmo e
salientar a forma desumana e indiferente como os pobres eram inexorável”, vv. 15-16); por isso é sugerida a vivência serena,
tratados pelo regime. evitando as paixões que atormentam (“Usemos a existência / […] /
Para esquecer o estio”, vv. 8 e 10).
4. A deambulação geográfica é visível nos espaços percorridos por
Ricardo Reis e na observação e descrição que faz de GRUPO I – B
determinados aspetos das ruas por onde passa. 4. Os sentidos contribuem para o encantamento que a Natureza
5. O tom coloquial é evidente nos comentários do narrador e na desperta no “eu”, o que lhe traz a felicidade (“Se falo na Natureza
forma como envolve o narratário no discurso através do uso da não é porque saiba o que ela é, / Mas porque a amo, e amo-a por
primeira pessoa do plural, aspetos comprováveis na expressão “ai isso”, vv.20-21). Contudo, de todos os sentidos, no poema é dada
de nós” (l. 5). primazia à visão (“Creio no mundo como um malmequer, /
Porque o vejo.” vv. 13-14).
GRUPO II
5. O sujeito lírico defende a preponderância dos sentidos sobre o
1. (D); 2. (A); 3. (C).
pensamento (“Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...”, v. 19), o
4. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
que o leva a concluir: “Amar é a eterna inocência, / E toda a
5. Complemento indireto. inocência é não pensar...” (vv. 24-25). Esta atitude é confirmada
TESTE 9 – MEMORIAL DO CONVENTO (pp. 89-90) pelo facto de se referir sempre ao pensar através de vocabulário
de conotação negativa (“Porque pensar é não compreender...”, v.
GRUPO I
15); “(Pensar é estar doente dos olhos”, v. 17), aliando, neste
1. A ação do excerto refere-se ao voo inicial da passarola. Após caso, o pensamento à doença.
ter tomado conhecimento de que era procurado pelo Santo
GRUPO II
Ofício, o padre Bartolomeu dirigiu-se a São Sebastião da Pedreira,
onde, juntamente com Baltasar e Blimunda, fez a passarola 1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (D); 5. (B); 6. (A); 7. (B).
levantar voo, impedindo que a Inquisição os encontrasse e os 8. Valor disjuntivo ou alternativo.
punisse. 9. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
2. Neste excerto, cruzam-se a terceira e a quarta linhas de ação – 10. Composição morfossintática (palavra + palavra).
relação entre Baltasar e Blimunda; o sonho do padre e o voo da GRUPO III
passarola. A passarola finalmente levanta voo, cumprindo-se
Resposta pessoal. Sugere-se, contudo, o seguinte plano: Introdução: obrigação de cada um aproveitar a sua passagem
pelo planeta, respeitando as opções dos outros.
Desenvolvimento: as sociedades capitalistas e o incentivo ao Conclusão: O contributo individual na defesa destes valores é
consumo; as dificuldades económicas de muitos cidadãos e o au- importante para a construção de um mundo mais solidário, pro-
mento da pobreza em países desenvolvidos… gressista e menos individualista.
Conclusão: a opção por determinado estilo de vida é uma decisão
pessoal ainda que esta seja condicionada pela sociedade em que TESTE GLOBAL 3 – MÓDULO 9 (pp. 101-105)
nos inserimos.
GRUPO I – A
TESTE GLOBAL 2 – MÓDULO 8 (pp. 96-100) 1. O espaço é apresentado como muito pobre e quase desértico: os
GRUPO I – A campos estendem-se por uma grande vastidão (“que despropósito
1. Sem a ação do homem, o Ato, e a intervenção de Deus, o de plainos sem fim”, l. 10) e as habitações são pequenas e
Destino, os Descobrimentos não teriam ocorrido. Tal como se dispersas (“quinze casinhas desgarradas e nuas”; “algumas só
evidencia no poema, Deus teve de erguer “o facho trémulo e di- mostram o telhado escuro” ll. 6-7).
vino” para iluminar o Homem e, deste modo, afastar o “véu” que 2. Os ceifeiros que habitam na aldeia trabalham nos campos, de
ocultava o desconhecido. Assim, os portugueses foram protago- onde regressam ao fim do dia “exaustos da faina” (ll. 14-15); após
nistas no desvendar o desconhecido graças à Ciência e à Coragem o dia de trabalho, ninguém sai para conviver (“Nenhuma virá até
(“a alma a Ciência e corpo a Ousadia”) de que se muniram. à venda falar um bocado”, ll. 13-14) e vivem sem perspetivas de
2. As mãos representam simbolicamente o Ato e o Destino e é futuro nem ambição (“Breve, a aldeia ficará adormecida,
graças a elas que o mistério é desvendado. Com efeito, se uma afundada nas trevas”, l. 15).
das mãos remete para a intervenção divina na ação do homem 3. Através da personificação, o tempo apresenta características
português, a outra relaciona-se com a ação do Homem que age, de personagem, uma vez que se apresenta “carregado de
desbravando o caminho agora iluminado pela força do Destino. tristeza”; e a noite é mesmo caracterizada como “cansada”, e
3. O poema “Ocidente” integra-se na Parte II de Mensagem, inti- causadora de uma “magoada” penumbra.
tulada “Mar Português” onde se apresentam os heróis envolvidos GRUPO I – B1
nos Descobrimentos e que adquirem uma dimensão mítica na con- 4. Os dois aspetos podem ser, por exemplo, a fome que assolava
quista do mar. Esta Parte II tem uma epígrafe latina (“Possessio Portugal, e que obrigava o governo a tomar medidas para a mino-
Maris” – posse do mar) que justifica plenamente a inserção do rar (“o governo mandou distribuir por todo o país bodo geral”, l. 1)
poema “Ocidente” nesta parte. e, por outro lado, o modo como a religião católica está presente
GRUPO I – B no quotidiano (“reunindo a lembrança católica dos padecimentos
4. O sujeito lírico denuncia a opressão vivida em Portugal durante a e triunfos de Nosso Senhor às satisfações temporárias do
época de ditadura (“Silêncio − é tudo o que tem / quem vive na estômago protestativo”, ll. 2-3).
servidão”, vv. 19-20). Esta situação, que ele classifica como uma 5. O recurso expressivo é a ironia. Pretende-se, através da utili-
desgraça que assola o país (“e o vento cala a desgraça”, v. 3), afeta zação irónica do adjetivo “zelosos” (l. 6) destacar “os olhares” da
sobretudo o povo, que sofre grandes carências (“Eu vi-te crucifi- censura sobre as publicações da época, no sentido de perceber
cada / nos braços negros da fome”, vv. 39-40), ao mesmo tempo textos, veiculando ideias, posições ou informações contrárias às
que contribui para a estagnação do país (“Vi minha pátria parada / à da ideologia do poder salazarista.
beira de um rio triste.”, vv. 43-44) e para a submissão da população GRUPO I – B2
(“em tempo de servidão”, v. 58). No entanto, como o próprio
4. Percebe-se a tirania e a prepotência do rei, observáveis, por
sujeito poético declara, “há sempre alguém que resiste / há sempre
exemplo, no modo como eram recrutados os trabalhadores – os
alguém que diz não.” (vv. 59-60), versos que funcionam como
quadrilheiros procuravam à força os que se escondiam, arran-
metáfora da esperança de que os resistentes ao regime possam um
cando-os das suas casas e das famílias, fossem novos ou velhos,
dia triunfar.
transportando-os atados e amarrados uns aos outros como se
5. Trata-se de uma trova, constituída por 15 quadras, todas elas fossem prisioneiros.
com versos heptassilábicos (redondilha maior). A rima é sempre
5. Os que eram forçados a partir alegavam a proteção e conforto
cruzada, exceto na quinta estrofe, em que o primeiro e o terceiro
que tinham de proporcionar às suas famílias: mães, filhos, esposas –
versos são brancos.
ou a necessidade de contribuírem para a produção e recolha de
GRUPO II alimentos. Os familiares, por seu lado, nomeadamente as mulheres
1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (C); 5. (D); 6. (D); 7. (B). e os filhos, tentavam subornar os corregedores com aquilo de que
8. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. dispunham, em virtude da sua pobreza, – ovos ou galinhas –, sem
perceberem que este tipo de bens era insignificante face à riqueza
9. Enumeração.
do rei.
10. Complemento direto.
GRUPO II
GRUPO III
1. (C); 2. (B); 3. (A); 4. (D); 5. (B); 6. (A); 7. (C).
Resposta pessoal. Sugere-se, contudo, o seguinte plano:
8. “uma baía”.
Introdução: Perante a existência de situações de precaridade em
9. Descritiva.
vários domínios, os valores referidos mantêm a atualidade.
10. Pronome relativo.
Desenvolvimento:
• Contributo da persistência e do trabalho na construção de um GRUPO III
projeto de vida individual. Resposta pessoal. Sugere-se, contudo, o seguinte plano:
• Luta por melhores condições de vida – exemplo de atitudes de Introdução: a vontade e a necessidade de o ser humano encon-
cidadania e de solidariedade, importantes na construção de um trar situações de conforto e de motivação para a sua vida.
sentido de grupo. Desenvolvimento: a importância da felicidade
− na esfera pessoal: a nível das relações humanas e da vida fami-
liar influencia o modo como se reage às adversidades;