Libnize, Sobre A Origem Última Das Coisas
Libnize, Sobre A Origem Última Das Coisas
Libnize, Sobre A Origem Última Das Coisas
G. W. Leibniz (1646–1716)
Leibniz foi um dos mais influentes filósofos e cientistas de sempre. Nasceu
em Leipzig, na atual Alemanha, e foi o grande rival de Isaac Newton (1642–
1727), tendo descoberto ao mesmo tempo do que ele o cálculo infinitesimal.
Contra Newton, defendia que o tempo não era absoluto. Defendia uma filo-
sofia racionalista, segundo a qual as verdades de razão desempenham um
papel fundamental no conhecimento. Formulou o chamado princípio da razão suficiente,
segundo o qual para toda a verdade contingente há uma razão para a sua existência. Em filoso-
fia da religião, apresentou um tratamento muito famoso do problema do mal, que foi caricatu-
rado por Voltaire (1694–1778), pois segundo Leibniz vivemos no melhor dos mundos possíveis.
Em lógica, ainda hoje se usa a Lei de Leibniz: se duas coisas são idênticas, então têm exata-
mente as mesmas propriedades. As suas obras mais importantes incluem a Teodiceia (1710), a
Monadologia (1714) e Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano (1765).
Interpretação
1. Os diferentes exemplares do livro Elementos de Geometria são uma analogia com o quê?
2. “O que se segue é de algum modo copiado do precedente,” afirma Leibniz. Que quer isto dizer?
3. “Por mais que recuemos para estados anteriores do mundo, nunca se encontra nesses estados
uma razão completa para a questão de saber por que há mundo em vez de nada,” afirma Leib-
niz. Que argumento sustenta esta ideia?
4. Qual é a razão de ser das coisas impermanentes?
5. Qual é a razão de ser das coisas permanentes?
6. Formule explicitamente a versão mais plausível que conseguir do argumento de Leibniz.
Discussão
7. “Cada estado do mundo pode ser explicado recorrendo ao estado anterior que o causou; mas a
totalidade de estados do mundo não pode ser explicado desse modo.” Concorda? Porquê?
8. Poderá Deus ser uma boa explicação para a existência do mundo? Porquê?
9. Admitindo que Deus existe e que é um ser necessário, a sua existência poderá ser explicada
como indica Leibniz? Porquê?