Exercícios para Treino

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EXERCÍCIOS PARA TREINO/ESTUDO:

1: João, pai de Maria e Clara (concebidas naturalmente e nascidas


respectivamente em 05 de janeiro de 1980 e 10 de maio de 1985), adotou em
03 de setembro de 1988 José, que já tinha 06 anos de idade. João sofreu
grave acidente automobilístico o que o levou a óbito em 1o. de outubro de
1988. Pergunta-se: Maria, Clara e José terão exatamente os mesmos direitos
sucessórios? Explique sua resposta.

R: José foi adotado antes da vigência da Constituição Federal de 1988 que


igualou filhos naturais e adotivos (art. 227, §6 o ., CF). A esta época a adoção
era considerada restrita e como ela foi feita quando João já possuía filhas
consanguíneas, José não terá direito à sucessão (porque aberta dias antes da
vigência da Constituição Federal), ainda que o inventário fosse aberto
posteriormente (arts. 1.784 e 2.041, CC; art. 5 o . XXXVI, CF), pois a data do
falecimento era anterior

2: Mauro é casado no regime de comunhão universal de bens, com quem tem


uma filha Andrea e possui R$ 100.000,00 (cem mil reais) de patrimônio.
Querendo instituir Lúcia sua herdeira necessária, Mauro poderia dispor da
integralidade de seu patrimônio? Justifique sua resposta.

R: Mauro não tem liberdade de testar plena (1.789, CC), podendo deixar para
Lúcia apenas até o equivalente a 25.000,00, pois outros 25.000,00 fazem parte
da legítima de Andrea (1.829, I e 1.845, CC) e 50.000,00 da meação da
esposa.

3: OAB-PR 2007) Ana e Luiza eram, respectivamente, mãe e filha. No dia 23


de março de 2007 sofreram um acidente de automóvel, morrendo
instantaneamente. A perícia não foi capaz de identificar qual delas faleceu
primeiro. Luiza era casada com Cláudio pelo regime da comunhão universal de
bens e não tinha descendentes. Ana era viúva. Além de Luiza, Ana era mãe de
Daniela. Luiza não deixou bens. Seu marido Cláudio também não é proprietário
de bens. Ana deixou um patrimônio líquido no valor de 1 milhão de reais.
Cláudio procura Daniela e afirma que tem direito a 500 mil reais do patrimônio
deixado por Ana. Justifica sua afirmação alegando que, como viúvo da herdeira
Luiza, tem direito a 250 mil reais a título de meação, ante o regime da
comunhão universal de bens, e a outros 250 mil reais a título de herança, no
exercício do direito de representação. Pergunta-se: as alegações de Cláudio
estão corretas? Justifique e fundamente a sua resposta.

R: Não tendo sido possível identificar quem primeiro faleceu resta


caracterizada a comoriência entre Ana e Luiza (art. 8 o ., CC). Com a morte de
Ana, sua única herdeira é a filha sobrevivente Daniela (art. 1.829, I, CC).
Assim, se Luiza nada herdou de Ana, Cláudio não tem meação a reclamar. Da
mesma forma, como Luiza não tinha descendentes, não deixou herdeiros aptos
a representá-la no quinhão que herdaria de sua mãe se viva fosse quando da
morte da genitora. Não há direito de representação em favor de cônjuge – só
de certos parentes do ‘de cujus’, conforme, art. 1.851, CC, de modo que
Cláudio não é herdeiro.
4: Reginaldo morreu em 20/09/2009 deixando como único herdeiro seu filho
Marcelo. Ao morrer Reginaldo possuía um único veículo avaliado em R$
10.000,00 (dez mil reais), uma casa em Cascavel no valor de R$ 40.000,00
(quarenta mil reais) e uma dívida em uma conta corrente da qual era titular que
já chega a R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). Marcelo, após a abertura do
inventário de seu pai é surpreendido com cobrança proposta pelo banco
exigindo o pagamento dos R$ 130.000,00 (centro e trinta mil reais) com juros e
correção monetária. Preocupado com a situação Marcelo lhe procura e
pergunta se é obrigado a pagar a dívida toda deixada por seu pai. Explique sua
resposta

R: A abertura da sucessão ocorreu em 20/09/2009 com a morte de Reginaldo.


Marcelo não é obrigado a pagar toda a dívida uma vez que ninguém pode
responder ‘ultra vires hereditatis’, ou seja, que ninguém pode responder por
encargos superiores às forças da herança (art. 1.792, CC). Assim, Marcelo só é
obrigado a responder pelo equivalente a R$ 50.000,00, montante dos bens
deixados por seu pai.

5: Renato tem duas filhas e em 06 de outubro de 2010 realiza testamento


deixando a totalidade de seus bens da parte disponível para eventuais filhos
que suas filhas tiverem.
Pergunta-se: 1) Considerando-se a ordem de vocação hereditária é possível
instituir herdeiro a prole eventual? Explique
2) A quem caberá a administração desses bens enquanto não houver filhos?
Explique sua resposta.
3) Renato faleceu em 10 de janeiro de 2011 e sua filha Júlia tem seu um filho
em 15 de maio de 2014. O filho de Júlia pode exigir a sua parte da herança
deixada em testamento pelo avô? Explique sua resposta.

R1: A prole eventual pode ser instituída herdeira conforme autoriza o art. 1.799,
I, CC.
R2: A administração dos bens deixados à prole eventual ficará a cargo dos
demais coerdeiros sob condição (enquanto não houver prole).
R3: Este neto não é mais herdeiro porque para sê-lo deveria ter sido concebido
em até dois anos contados de 10 de janeiro de 2011 (art. 1.800, §4º., CC),
dessa forma, os bens deverão ser destinados aos herdeiros legítimos.

Questão Objetiva Assinale com V (Verdadeiro) e F(Falso). As alternativas


consideradas falsas devem ser corrigidas ao final:
( ) A herança é considerada uma universalidade de fato, todo unitário e
indivisível do qual os coerdeiros são considerados condôminos.
( ) Qualquer herdeiro pode reclamar os bens que compõem a herança de
qualquer pessoa que os detenha injustamente. Neste caso, sua iniciativa irá
beneficiar todos os demais herdeiros.
( ) A cessão de direito hereditários (onerosa ou gratuita) se equipara a cessão
de crédito e, como tal, exigirá o consentimento de todos os coerdeiros,
podendo ser realizada por escritura pública ou instrumento particular.
( ) O administrador provisório tem a posse do espólio e a legitimidade ativa e
passiva para representar a herança.
( ) A prole eventual não pode ser instituída herdeira porque não pode existir
direito sem sujeito.
R: F-V-F-V-F

6: Maria é filha de Luiza que foi criada por sua avó desde tenra idade em
virtude de abandono de sua mãe. No entanto, sua avó nunca pediu
judicialmente a destituição do poder familiar e, tão-pouco, reconheceu Maria
como sua filha. No dia 30 de maio de 2010 Maria recebe a notícia de que sua
mãe faleceu, deixando bens e que é a única herdeira. Pergunta-se: a) Maria é
obrigada a aceitar a herança? Explique sua resposta.
b) Maria aceitou a herança, mas antes de finalizado o inventário, está
arrependida, pois não quer ser possuidora de nada que tenha sido de sua mãe
que lhe abandonou. Maria pode revogar a aceitação? Explique sua resposta.

Ra: Maria não é obrigada a aceitar a herança, uma vez que a aceitação é ato
jurídico facultativo do herdeiro.
Rb: A aceitação, no atual Código Civil, é irrevogável, assim, se Maria está
arrependida de ter aceitado a herança deixada por sua mãe que lhe
abandonou, poderá realizar cessão gratuita ou onerosa de seus direitos
sucessórios, salvo se aos bens tiver sido oposta cláusula de inalienabilidade.

7: (TJPR 2008) Antônio, casado com Bruna pelo regime da comunhão


universal de bens, pai de Carolina e de Daniel, faleceu em 10 de abril de 2007.
Ernesto, viúvo, pai de Antônio e Fabrício, falece em 27 de abril de 2007.
Fabricio é solteiro e tem um único filho, chamado Heitor. Diante dos fatos
narrados, assinale a alternativa correta acerca da sucessão de Ernesto:
a) Bruna herdará o que Antônio herdaria se vivo fosse na data da morte de
Ernesto, por direito de representação.
b) Bruna não herdará o que Antônio herdaria se vivo fosse na data da morte de
Ernesto, mas terá direito à meação sobre esse quinhão.
c) Se Fabrício renunciar à herança, seus sobrinhos Carolina e Daniel e seu filo
Heitor herdarão por direito próprio o patrimônio deixado por Ernesto, dividindo-
o em partes iguais.
d) Se Fabrício renunciar à herança, tanto seus sobrinhos como seu filho
herdarão por representação, cabendo metade da herança de Ernesto a Heitor,
uma quarta parte a Carolina e uma quarta parte a Daniel.
R: letra C

Questão Objetiva (OAB-AL/2004) A aceitação da herança:


a) Jamais pode ser tácita.
b) É inferida do fato de haver o herdeiro promovido o funeral do ‘de cujus’.
c) Só se configura com a habilitação do herdeiro em inventário.
d) Não se configura quando o herdeiro promove a cessão gratuita, pura e
simples, da herança aos demais herdeiros.
R: letra D
8: João, funcionário público, viúvo, tem três filhos solteiros: Juca, Júlio e
Jefferson e duas netas: Juliana filha de Juca e Josefa filha de Júlio. Em
20/03/10 João faleceu em virtude de enfarto ocorrido após séria e acalorada
discussão com seu filho Júlio além de dirigirlhe ofensas e palavras pejorativas,
afirmou, a quem quisesse ouvir, ser parte do patrimônio do pai adquirido com
dinheiro decorrente de subornos recebidos no exercício de suas funções
públicas. Após o enterro, Júlio procura os irmãos, pede desculpas pelos seus
atos e informa que está abrindo o inventário de seu pai. Jefferson nada opõe,
afirmando ter sido uma fatalidade. Juca, indignado, informa que está tomando
as providências para propor ação criminal contra o irmão pelas ofensas
dirigidas ao seu pai e informa que não pode o irmão ser herdeiro uma vez que
conhecedor da frágil saúde de seu pai e da sua obstinação pela honestidade
provocou intencionalmente a sua morte, imputando-lhe falsamente crime e
ofendendo-lhe a fama. Pergunta-se:
1- Uma vez que Júlio abriu o inventário pode seu irmão Juca se opor à sua
participação na herança? Explique sua resposta.
2- Sendo Júlio excluído da sucessão, Josefa seria herdeira de seu avô?
Explique sua resposta.

R1: A abertura do inventário por Júlio não impede que Juca, em ação ordinária
própria, requeira a declaração de indignidade de seu irmão, pelo fato previsto
no art. 1.814, II, CC, desde que tenha obtido a condenação de seu irmão na
esfera criminal e que a ação declaratória tenha sido proposta em até 4 anos
contados de 20/03/10.
R2: Caso seja procedente a ação proposta por Juca e seja Júlio excluído da
sucessão, sua filha Josefa herdará por representação (1.816, CC).

9: Objetiva (OAB-RJ 32o. Exame) A ordem de vocação hereditária é definida:


a) Livremente, de acordo com a vontade do testador.
b) De acordo com a lei vigente ao tempo da abertura da sucessão.
c) De acordo com a lei vigente ao tempo da abertura do processo de inventário.
d) De acordo com a lei vigente ao tempo da partilha.
R: letra B.

(OAB-PR 2007/2) Sobre o direito das sucessões, assinale a alternativa correta:


a) A ordem de vocação hereditária na sucessão de uma pessoa falecida no dia
1o. de janeiro de 2000, cujo inventário se inicia no dia hoje, subordina-se ao
Código Civil de 2002.
b) O herdeiro legítimo que renunciar ao seu quinhão na sucessão legítima não
poderá receber os legados que lhe tenham sido destinados pelo de cujus em
testamento, sob pena de violação à regra de que a aceitação e a renúncia da
herança são indivisíveis. c) O quinhão do descendente de primeiro grau que
renunciar à herança acrescerá exclusivamente ao quinhão da viúva do de
cujus, ainda que tenha o falecido deixado outros descendentes de primeiro
grau.
d) O cônjuge sobrevivente que era casado com o de cujus pelo regime da
separação obrigatória de bens herdará a totalidade da herança quando o
falecido não houver deixado descendentes nem ascendentes.
R: letra D.
10. José é filho de Cláudia e apenas em maio de 2014, quando em seu leito de
morte e ele já com 28 anos, sua mãe resolveu lhe contar quem era seu pai. Ao
procurar por seu pai (Lucas), José descobre que ele era viúvo e próspero
empresário, mas que faleceu em 12 janeiro de 2003, deixando outros dois
filhos. José, então, procura advogado uma vez que não só pretende que Lucas
seja declarado seu pai, bem como, deseja participar da herança. José pode
propor a ação de investigação de paternidade e ainda participar da herança
deixada pelo suposto pai? Justifique sua resposta.
R: Ao caso sem dúvida se aplica o CC/02, uma vez que a abertura da
sucessão ocorreu já em sua vigência. Dessa forma, quanto ao direito ao
reconhecimento da filiação José tem direito a promovê-la a qualquer tempo,
uma vez que imprescritível. Quanto ao direito a participar da herança, embora
esse direito em regra prescreva em 10 anos contados da abertura da sucessão
(205, CC), pode-se afirmar que neste caso ainda não prescreveu. O prazo para
exercício do direito de petição de herança só começa a correr a partir do
reconhecimento da paternidade, portanto, ainda possível participar da herança.

11. Jorge é casado com Lúcia pelo regime de comunhão parcial e com ela teve
um filho Roberto. De um casamento anterior Jorge teve outro filho Carlos, que
lhe deu dois netos Júlio e Juliana. Carlos morreu em 15 de dezembro de 2007.
Jorge faleceu em maio de 2011 deixando uma casa em Curitiba que lhe fora
doada por seu pai e uma casa na praia adquirida na constância do casamento
com Lúcia. Responda:
1) Quem são os sucessores de Jorge? Explique sua resposta.
2) A que título esses herdeiros sucedem? Explique sua resposta.
3) Lúcia concorrerá com os herdeiros? Explique sua resposta, indicando qual a
quota de cada um.

R1: São sucessores de Jorge: Lúcia, concorrendo com Roberto e Júlio e


Juliana por representação (art. 1.829, CC).
R2: Todos são herdeiros necessários (art. 1829, I e 1.845, CC)
R3: Lúcia concorre com os demais descendentes uma vez que casada no
regime de comunhão parcial com Jorge. No entanto, a concorrência se limita
aos bens particulares, já que com relação aos bens comuns ela já é meeira
(art. 1.832, CC). Assim, Lúcia participará em 25% dos bens particulares,
dividindo-se os demais 75% igualmente entre Roberto, Júlio e Juliana. Com
relação aos bens comuns, reserva-se 50% a Lúcia em virtude da meação e o
restante deve ser igualmente repartido entre os demais herdeiros.

Objetiva (TJPR – Assessor Jurídico – 2007) Sobre a sucessão legítima,


assinale a alternativa correta:
a) O direito de representação é uma exceção à regra de que entre herdeiros de
mesma classe os de grau mais próximo excluem o direito dos herdeiros de
grau mais remoto.
b) À luz do Código Civil, na sucessão pelos colaterais, a sucessão pelos irmãos
do ‘de cujus’ será sempre ‘per capita’.
c) A concorrência sucessória entre cônjuge sobrevivente e os descendentes do
‘de cujus’ somente ocorrerá quando o cônjuge for ascendente de todos os
herdeiros com que concorrer.
d) A ordem de vocação hereditária na sucessão legítima é determinada pela lei
vigente na data da abertura do inventário.
R: letra A.

12: Carlos Alberto, solteiro, faleceu em 15 de agosto de 2010. No momento de


seu falecimento Carlo Alberto não tinha filhos, seu pai já era falecido, restando-
lhe na linha ascendente apenas sua mãe e os avós paternos. Pergunta-se:
quem é herdeiro de Carlos Alberto e como a herança deve ser repartida?
Explique sua resposta.
R: Herdeira necessária de Carlos Alberto é apenas a sua mãe, que herdará
100% da herança, uma vez que na linha ascendente não há direito de
representação (arts. 1.836 e 1.852, CC).

13: Carolina, viúva, tem três irmãs (Carla, Camila e Cassyana) e três sobrinhos
(filhos de Camila que faleceu em outubro de 2007). Carolina, após anos
batalhando contra um câncer, finalmente perdeu a batalha e faleceu em
fevereiro de 2011. Sendo ela viúva e não tendo filhos, a quem caberá a sua
herança? Explique sua resposta.

R: Conforme as regras estabelecidas no art. 1.829, CC, a herança deverá ser


repartida em três partes. Carla ficará com 1/3 e Cassyana com 1/3 porque
herdam por cabeça. E os três sobrinhos, que herdam por representação,
devem igualmente dividir o terço restante.

(OAB-SC 2007.1) Sobre a sucessão legítima pode-se afirmar:


a) Quando o regime de bens for o de separação obrigatória, o cônjuge
sobrevivente só herda caso não existam descendentes ou ascendentes.
b) Os filhos dos que forem excluídos da sucessão por indignidade, deserdação
ou renúncia podem herdar por direito de representação.
c) Concorrendo o cônjuge sobrevivente com descendentes exclusivamente do
autor da herança, esta partir-se-á por cabeça, e, sendo descendentes comuns
ao falecido e ao cônjuge sobrevivente, sua cota não poderá ser inferior a um
quarto da herança, independente do número de descendentes. Art. 1852, CC
d) Quando o regime de bens do casamento for o de comunhão universal, o
cônjuge sobrevivente não concorre com descendentes ou ascendentes na
sucessão, visto já ter recebido a metade de todo o patrimônio do casal, por
direito à meação.
R: letra C.

14: Leandro, viúvo, pai de Lucas e Luciano. Lucas é pai de Ariel, Antonio e
Amanda. Luciano é pai de Tomás. Lucas morreu em acidente de trânsito em 20
e maio de 2011. Seu pai, ao receber a notícia, sofreu enfarto fulminante ao
receber a notícia e morreu em 21 de maio de 2011. Pergunta-se:
a) Como deve ser distribuída a herança de Leandro e a que título seus
sucessores a recebem?
b) Como seria distribuída a herança se Luciano tivesse falecido em 2008?
Ra: Os filhos de Lucas receberiam 50% da herança de Leandro, sendo seu
direito decorrente de representação (por estirpe, art. 1.851, CC). O restante da
herança pertenceria a Luciano por direito próprio (art. 1.829, I, CC).
Rb: Os netos receberiam 25% cada um, pois neste caso, sucedem por cabeça
(art. 1.835, CC).

(OAB-SP 116/23) Configura-se o instituto da representação, em direito das


sucessões, quando:
a) Por testamento ou disposição de última vontade, parentes do morto são
chamados a suceder herdeiros não necessários.
b) Por testamento ou disposição de última vontade, o morto nomeia
representantes para os herdeiros menores, confiando-lhes, enquanto durar a
menoridade, a guarda e administração dos bens herdados.
c) A lei determinar que certos herdeiros, menores ou incapazes, sejam
representados, nos atos da vida civil, por tutores, curadores ou por aqueles que
detenham o poder familiar como decorrência de determinação judicial.
d) A lei chama certos parentes do morto a suceder em todos os direitos, em
que ele sucederia se vivesse. Art. 1.581, CC.
R: letra D.
(OAB-SP 131) Sobre a sucessão testamentária, é errado afirmar:
a) O instituto da redução das disposições testamentárias é aplicado para as
hipóteses de avanço do testamento na parte legítima dos herdeiros
necessários.
b) Há direito de representação na sucessão testamentária. Art. 1852, CC
c) O pai pode testar metade do seu patrimônio ao filho primogênito A, enquanto
a outra metade será igualmente dividida entre o próprio A e o caçula B.
d) O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão
hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto
aos quinhões que aceita e aos que renuncia.
R: letra B

Maria casou-se com José em 20/12/1978, pelo regime de comunhão parcial de


bens, com quem teve dois filhos, mas, por testamento cerrado, José
reconheceu um filho que teve com outra mulher embora já casado com Maria.
À época em que José realizou o testamento o casal já possuía grande
patrimônio. José faleceu em 15/06/2003. Pergunta-se:
i. O que é testamento cerrado?
R: Testamento cerrado, secreto ou místico, outrora também chamado de
nuncupação implícita, é o escrito pelo próprio testador, ou por alguém a seu
pedido e por aquele assinado, com caráter sigiloso, completado pelo
instrumento de aprovação ou autenticação lavrado pelo tabelião ou por seu
substituto legal, em presença do disponente e de duas testemunhas idôneas.
ii. Quais são os seus requisitos de validade e de formalidade?
R: Os requisitos estão elencados no art. 1.868, CC, em resumo: cédula
testamentária, ato de entrega ao tabelião; auto de aprovação e cerramento.
iii. O reconhecimento de filhos pode ser feito por testamento cerrado?
Justifique.
R: Sim, o reconhecimento de filhos pode ser feito por qualquer forma de
testamento (art. 1.609, III, CC).
iv. Como serão distribuídas as cotas da herança deixada por José? Explique.
R: Meação – 50% dos bens adquiridos onerosamente na constância do
casamento; 50% para Maria e os três filhos de José, divididos igualmente,
sendo que aquela só participará da herança se José houver deixado bens
particulares (1.829, I, CC), sendo o cálculo sobre esses bens realizado.
v. O testamento poderia ter sido revogado por José?
R: O testamento é sempre ato revogável (art. 1.969; 1.972 e 1.858, CC), no
entanto, o reconhecimento do filho nele feito é irrevogável (art. 1.610, CC).
vi. Maria ou um de seus filhos poderia(m) impugnar o testamento? Explique e,
em caso positivo, destaque o prazo decadencial
R: Sim, a impugnação pode ser feita por qualquer um deles, desde que
respeitados demonstrados motivos que façam concluir a incapacidade do
testador no momento do registro do testamento. O prazo é decadencial e se
contam cinco anos contados da data do registro (art. 1.859, CC).

João, solteiro e bastante debilitado por um câncer que dia a dia lhe retirava a
vida requer à sua enfermeira que escreva seu testamento, estando presentes
durante todo ato de elaboração e leitura do documento Carla e Camila, amigas
do testador; Mário, seu médico; Milena e Jorge auxiliares do hospital. João que
não tem nenhum ascendente vivo e tão pouco descendentes resolve deixar
toda a sua fortuna ao sobrinho Luiz. Após a morte de João seu único irmão
Valter ingressa com ação de impugnação do testamento afirmando que João
era incapaz no momento em que pediu que lhe redigissem o documento. Valter
tem razão? Justifique a sua resposta.

R: Valter não tem razão. O simples fato de João estar acometido de grave
doença que lhe reduz a capacidade física para escrever de próprio punho não
é suficiente para caracterizar a incapacidade para testar. Sendo Valter parente
colateral, é considerado apenas herdeiro legítimo e, portanto, pode ser
excluído por testamento. Demonstrado que todas as testemunhas
acompanharam todos os atos, válido será o testamento. Neste sentido:
“Testamento – instrumento particular manuscrito por terceiro – Lucidez e firme
propósito de dispor do testador, fisicamente debilitado por doença em fase
terminal– confirmação por cinco testemunhas presenciais. Se o testador, muito
debilitado pela doença que o acometeu, encontrava-se lúcido e sem condições
físicas adequadas para redigir o testamento que mandou materializar na
presença de outras quatro testemunhas que serviram como conferentes e,
todas, inclusive aquela que se incumbiu de dar forma ao projeto, assistiram ao
trabalho de leitura e confirmação do testamento, deve o mesmo ser
convalidado para surtir os efeitos desejados. Negar o valor do ato é retirar do
falecido o direito legítimo de dispor de seus bens.

(OAB 2010.2) Em 2002, Joaquim, que não tinha herdeiros necessários, lavrou
um testamento contemplando como sua herdeira universal Ana. Em 2006,
arrependido, Joaquim revogou o testamento de 2044, nomeado como seu
herdeiro universal Sérgio. Em 2008, Sérgio faleceu, deixando uma filha
Catarina. No mês de julho de 2010, faleceu Joaquim. O único parente vivo de
Joaquim era seu irmão, Rubens. Assinale a alternativa que indique a quem
caberá a herança de Joaquim.
a) Rubens b) Catarina c) Ana d) A herança será vacante.
R: letra A

Em 18/06/2010 noticiou-se no site G1: “Mulher deixa herança de R$ 21 milhões


para cachorros – Filho de milionária herdou apenas R$ 1,7 milhão. A cachorra
Conchita foi a mais sortuda dos herdeiros”. “Os cachorros de uma milionária
americana herdaram R$ 21 milhões com sua morte. A mulher deixou apenas
R$ 1,7 milhão para o filho, que entrou na Justiça por se sentir lesado. Posner
morreu aos 67 anos e deixou uma fortuna em dinheiro e uma casa para seus
três cachorros. Uma outra parte da herança foi destinada para os funcionários
da mansão em Miami. Eles terão acomodação e salário garantidos enquanto
estiverem cuidando dos animais. Bret Carr, filho da milionária, ficou com
apenas R$ 1,7milhão. Revoltado, ele entrou na Justiça alegando que um dos
assessores da mãe a forçou a deixar a maior parte do dinheiro para os cães.
Uma Chihuahua chamada Conchita foi a mais agraciada com a morte da
mulher. A cachorra tem colares de pérola, um closet repleto de roupas e visita
spas para relaxar em seu próprio Cadillac”. Pergunta-se: Se o testamento
tivesse sido realizado no Brasil a deixa testamentária estaria correta? Explique
sua resposta.
Resposta: O Direito brasileiro proíbe a deixa testamentária para coisas,
portanto, não poderiam ser beneficiados em
testamento cachorros. Além disso, exige-se o respeito à legítima. Então,
existindo um filho (herdeiro necessário) e não
havendo nenhuma causa de indignidade (art. 1.814, CC), teria ele direito a 50%
do patrimônio da mãe, restando a ela apenas livre disposição dos 50%
restantes (arts. 1.829 e 1.845, CC). Se a intenção da testadora era realmente
beneficiar os cachorros, poderia ter nomeado, por exemplo, seus funcionários
seus herdeiros impondo-lhes como encargo o cuidado com os cães até o fim
da vida destes (art. 1.897, CC).
Caso Concreto 2 Lucas, empresário de sucesso, ao realizar o testamento sobre
a parte disponível de seu patrimônio, designou como beneficiada de sua casa
na praia sua sobrinha Ana. Após a abertura da sucessão, verificou-se que
Lucas possuía duas sobrinhas: Ana Luiza e Ana Marta. Como determinar a
quem Lucas realizou a deixa testamentária? Justifique sua resposta.
Resposta: Para se verificar a real intenção de Lucas deverá o juiz se valer de
outros elementos probatórios que permitam inferir a sua vontade. Assim, por
exemplo, se Ana Luiza apresentar e-mail do testador mencionando o legado e
identificando-a como herdeira, verificada a autenticidade do e-mail, será ela
nomeada herdeira. Na interpretação dos testamentos deve o juiz analisar
elementos extrínsecos que sejam capazes de indicar qual a verdadeira
intenção do testador (1.899, CC). Caso não seja possível identificar qual seria a
verdadeira beneficiária, a casa deve ser partilhada proporcionalmente entre as
duas (por analogia ao art. 142, CC).
Questão Objetiva (MP/SC – 2004)
I – No testamento militar, se o testador pertencer a corpo destacado, o
testamento será escrito pelo respectivo comandante, desde que de graduação
ou posto superior.
II – É facultado aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros,
desde que não tenham casado sob o regime da comunhão universal ou
separação obrigatória de bens.
III – Assim como no testamento, o reconhecimento de filho perante o juiz é
irrevogável. Porém, nesse último caso, o reconhecimento deverá constituir o
objeto único e principal do ato.
IV – Em relação à união estável, o único regime patrimonial admitido é o da
comunhão parcial de bens.
V – O pedido de divórcio compete apenas aos cônjuges, salvo aquele que for
incapaz, hipótese que a ação poderá ser proposta por curador, ascendente ou
irmão.
a) apenas I, III e IV estão corretas. b)apenas II e IV estão corretas.
c) apenas I, III e V estão corretas. d)apenas II, III e V estão corretas.
correta ⇒ e)apenas II e V estão corretas.
10 :
Descrição Caso Concreto 1 Daniel é apaixonado por carros, sabendo que sua
sobrinha Ana Luiza compartilha da mesma paixão, deixa a ela um legado que
consiste em um carro vermelho. Morto o legante, suas filhas abrem o
testamento e verificam que no momento da abertura da sucessão na coleção
de carro de seu pai não existe nenhum carro vermelho. Em virtude dessa
constatação pleiteiam a nulidade da deixa testamentária, uma vez que,
afirmam, o testamento está a legar algo que não pertencia ao testador. Ana
Luiza não concorda com esses fundamentos e requerer o cumprimento do
legado. Quais seriam os motivos arguidos por Ana Luiza para fundamentar seu
direito? Quem tem razão as herdeiras ou a sobrinha? Fundamente sua
resposta identificando se há solidariedade entre as herdeiras necessárias
quanto ao cumprimento do legado.
Resposta: Ana Luiza fundamenta seu requerimento no fato da deixa
testamentária ter sido feita em forma de legado de
gênero (um carro vermelho), portanto, pouco importa se ele pertencia ao
legante ou não no momento da abertura da
sucessão. Havendo acervo sucessório suficiente, deverão as filhas do legante
realizar a aquisição do carro e sua entrega a Ana Luiza, observado o disposto
no art. 1.915, CC e o princípio do meio-termo estabelecido nos arts. 1.929 e
1.930, CC. Como o testador não identificou quem deveria dar cumprimento ao
legado, o encargo será transferido em igual proporção entre suas herdeiras
necessárias, mas não há solidariedade entre elas (art. 1.934, CC).
Questão Objetiva (TJ-PR Assessor 2004) Assinale a assertiva que contraria
disposição do Código Civil de 2002:
a) Não pode ser nomeado herdeiro nem legatário o concubino do testador
casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há
mais de 5 (cinco) anos.
b) O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em 5
(cinco) anos, contados da abertura da sucessão.
c) Em matéria de disposições testamentárias, a cláusula de inalienabilidade,
imposta aos bens por ato de liberalidade, implica impenhorabilidade e
incomunicabilidade.
d) Extingue-se em 5 (cinco) anos o direito de impugnar a validade do
testamento, contado o prazo da data de seu registro.
Questão Objetiva (PGE-PR XII Concurso) Antônio, casado com Maria, é
proprietário de um único imóvel, situado no município de Londrina. O bem foi
adquirido antes do casamento, celebrado sob o regime de comunhão parcial de
bens, de modo que se trata de bem particular do cônjuge varão. O casal não
tem filhos. Os pais de Antônio são falecidos. Em 1998, Antônio faz testamento
em que deixa como legado, para o Estado do Paraná, o único imóvel de sua
propriedade, excluindo da sucessão sua esposa, Maria. Em dezembro de 2003,
Antônio vem a falecer. Todavia, em janeiro de 2004, Maria dá à luz um filho de
Antônio que, nada obstante isso, nasce morto. Tal fato é devidamente
constatado mediante perícia. A partir dos fatos narrados examine as seguintes
afirmações:
I. O Estado não fará jus ao legado, uma vez que, com o falecimento do filho do
casal, herdeiro necessário, Maria herdará a integralidade do bem, exercendo
seu direito de representação.
II. O Estado fará jus ao legado, o que não ofende a disposição do Código Civil
que põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
III. Maria é herdeira necessária de Antônio, e não poderia ter sido excluída da
sucessão.
IV. O Estado do Paraná fará jus apenas a metade do imóvel legado, uma vez
que, diante do direito de Maria sobre a legítima, impõe-se a redução da
liberalidade inoficiosa praticada por Antônio.
Alternativas: a) Estão corretas apenas as afirmações 3 e 4. b) Estão corretas
apenas as afirmações 1 e 3. c) Está correta apenas a afirmação 1. d) Está
correta apenas a afirmação 4. e) Está correta apenas a afirmação 3.
11 :
Descrição Caso Concreto 1 Antônio, utilizando parte disponível de seu
patrimônio, nomeou como herdeiro testamentário o primeiro filho que Maria vier
a ter. No entanto, quando este filho completar 18 anos deverá transmitir os
bens confitados ao primeiro que Dante vier a ter. Pergunta-se:
1- Tratando-se de fideicomisso, poderia o fiduciário também ser prole eventual?
Resposta:
2- O que ocorrerá se a sucessão for aberta antes do nascimento do filho de
Maria? Explique sua resposta.
Resposta:
3- O que ocorrerá se Maria nunca tiver um filho? Explique sua resposta.
Resposta:
4- O que ocorrerá se além de Maria não ter filhos o fideicomissário nunca for
concebido? Explique sua resposta.
Resposta:
Questão Objetiva (OAB-SP 122o./25) Na substituição fideicomissária, o
fiduciário terá direito de:
a) Prestar caução e restituir os bens fideicomitidos, se lho exigir o
fideicomissário.
b) Indenizar as benfeitorias úteis e necessárias que aumentarem o valor da
coisa fideicomitida.
c) Ter propriedade restrita e resolúvel da herança ou do legado.
d) Proceder ao inventário dos bens fideicomitidos.
Questão Objetiva OAB-SP 114O./22) Se, num testamento, o testador instituir
substituto ao fiduciário ou ao fideicomissário, prevendo que um ou outro não
queira ou não possa aceitar a herança, terse-á substituição:
a) Vulgar singular. b) Fideicomissária. c) Compendiosa. d) Recíproca.
Questão Objetiva (OAB/SP – 121o./21) Se forem nomeados herdeiros ‘A’ com
1/6 da herança, ‘B’ com 2/6 e ‘C’ com 3/6, sendo substituídos entre si. Se ‘A’
não aceitar a herança, sua cota será dividida:
a) Entre ‘B’ e ‘C’, recebendo cada um metade de 1/6 de ‘A’.
b) Entre ‘B’ e ‘C’, recebendo ‘B’ uma parcela de 1/6 e ‘C’ duas parcelas daquele
1/6.
c) Entre partes iguais aos seus substitutos ‘A’ e ‘B’.
d) Entre ‘B’ e ‘C’, na mesma proporção fixada pelo testador, logo ‘B’ receberá
duas partes de 1/6 de ‘A’ e ‘C, três partes de 1/6 de ‘A’.
12
Descrição Caso Concreto 1 Fábio, hoje com setenta anos, há 15 está casado
com Mariana, sua segunda esposa, vinte anos mais nova. Fábio não tem filhos
e tão pouco tem ascendentes vivos. Há pouco mais de um ano Fábio descobriu
que seu neto tem um caso amoroso com sua esposa Mariana. Já bastante
doente e entristecido com a situação Fábio, silencia, mas em testamento, com
fundamento no art. 1.962, III, CC, deserda seu neto, nada dispondo quanto a
Mariana. Fábio morre poucos dias depois de concluir os procedimentos
referentes ao testamento. Supondo que a única parente viva de Fábio seja sua
outra neta Célia, que medidas poderá ela tomar para evitar que Cássio, seu
irmão mais novo que tinha um caso com Mariana, participe da herança?
Explique sua resposta.
Resposta:
Caso Concreto 2 Roberto faleceu em 20 de dezembro de 2010 deixando um
patrimônio total de R$ 120.000,00. Roberto tem duas filhas Anelise, Aline e
Alberta, mas deixou em testamento sua casa de campo no valor de R$
100.000,00 à sua amiga Helena. Anelise, Aline e Alberta indignadas com a
deixa de seu pai lhe procuram para saber se poderia ter ele realizado o
testamento. Explique às herdeiras as consequências dessa deixa testamentária
e quais caminhos poderiam elas tomar.
Resposta:
Questão Objetiva Assinale a alternativa correta:
a) A cláusula que estipula a irrevogabilidade do testamento é válida.
b) Um vez que o testamento pode ser revogado, o ato de reconhecimento de
filhos nele constante também o poderá ser.
c) O testamento será rompido ainda que o testador disponha de sua metade,
não contemplando os herdeiros necessários de cuja existência sabia.
d) O testamento revogador, após também ser revogado, automaticamente
restaura a eficácia do testamento anteriormente revogado.
e) O testador prever o excesso testamentário e determinar a forma de como a
redução seria realizada. Essa disposição testamentária irá prevalecer sobre a
ordem de redução prevista em lei.
13
Descrição Caso Concreto 1 Rui, casado com Amanda em regime de separação
de bens faleceu ‘ab intestato’ em 20 de dezembro de 2008. Rui e Amanda
tinham quatro filhos e o patrimônio deixado pelo ‘de cujus’ era composto por 3
imóveis em Curitiba, uma casa em Florianópolis, um carro (todos adquiridos
onerosamente na constância do casamento), saldo de FGTS e valores em
conta conjunta com sua esposa. Deixou também seguro de vida em que
indicou como beneficiária sua sobrinha Aline. Pergunta-se:
1- A quem caberá a administração provisória da herança? Explique sua
resposta.
Resposta:
2- Supondo todos capazes, quem deverá ser nomeado inventariante? Explique
sua resposta.
Resposta:
3- Há bens que não precisam ser inventariados? Explique sua resposta.
Resposta:
4- Qual o prazo para abertura e finalização do inventário? Supondo que o
cônjuge seja domiciliado na mesma cidade em que você, haverá multa pela
não observância do prazo de abertura do inventário?
Resposta:
Questão Objetiva Sobre a função de testamenteiro, assinale a alternativa
correta:
a) Pode ser nomeado testamenteiro o cônjuge daquele que redigiu o
testamento a rogo.
b) O testador pode sempre à sua escolha conceder a posse e a administração
da herança ao testamenteiro.
c) O testamenteiro exerce um ‘munus publico’, por isso, é obrigado a aceitar o
exercício das funções.
d) Havendo vários testamenteiros nomeados sucessivamente todos serão
considerados solidários.
e) O testamenteiro que não seja herdeiro ou legatário tem direito à
remuneração que é chamada vintena. A remuneração pode ser fixada pelo
testador ou pelo juiz, e, neste último caso, variará entre 1% a 5% da herança
líquida.
14
Descrição Caso Concreto 1 (OAB-PR – 2º. Exame 2005) Quando Gregor
Samsa acordou de sonhos intranqüilos, percebeu que seu casamento havia se
transformado em um tormento monstruoso. Por isso, no dia 12 de dezembro de
2004, deixou o lar conjugal, onde continuaram residindo sua esposa Leni e
seus quatro filhos. Ocorre que, em 12 de janeiro de 2005, um mês depois de
sua separação de fato, Gregor veio a falecer, deixando quatro filhos, todos
havidos durante o casamento: Franz, Kafka, Frieda e Klamm. Na data do
falecimento de Gregor, o patrimônio deste consistia exclusivamente em:
1) um apartamento na Rua do Castelo, no valor de R$ 100.000,00 – calculado
na data do falecimento e adquirido por meio de contrato de compra e venda em
15 de dezembro de 1999; e
2) uma grande área de terras na cidade de K, no valor de R$ 100.000,00 –
calculado na data do falecimento e adquirido antes do casamento com Leni,
ambos os bens registrados em nome de Gregor. Na data do falecimento não
havia qualquer bem adquirido em nome de Leni. Sabendo que Gregor e Leni
eram casados pelo regime de comunhão universal de bens, e supondo que o
falecido não deixou qualquer dívida e que se enterro foi pago por meio do
segurofuneral, responda:
a) à luz do Código Civil brasileiro, Leni é herdeira de Gregor Samsa? Por quê
(a fundamentação deverá contemplar expressamente o(s) artigo(s) do Código
Civil sobre a matéria)?
Resposta:
b) Calcule o valor do quinhão (em reais) que caberá a cada um dos herdeiros.
Resposta:
Questão Objetiva Sobre o inventário é correto afirmar que:
a) O valor da causa no inventário judicial deve ser indicado levando-se em
conta todo o patrimônio ativo e passivo do ‘de cujus’.
b) As cláusulas de inalienabilidade ou impenhorabilidade impostas pelo ‘de
cujus’ inibem a constrição dos bens para pagar aos encargos do espólio, uma
vez que incidem sobre os bens recebidos pelos herdeiros.
c) Tanto no inventário judicial como no arrolamento é necessária a indicação de
inventariante conforme a ordem preferencial indicada na lei, bem como, se
exigirá suas primeiras declarações.
d) Mesmo que os imóveis não estejam registrados em nome do ‘de cujus’ no
Registro de Imóveis, mas se lhe pertenciam e se estavam em sua posse no
momento em que morreu, deverão ser descritos no inventário.
e) Ainda que haja testamento, mas havendo consenso de todos os herdeiros e
interessados, pode ser realizado inventário administrativo.
15
Descrição Caso Concreto 1 João faleceu deixando um patrimônio de 1 milhão e
três herdeiros. A um desses herdeiros (Jonas) foi doado em vida um bem no
valor de 625.000. No entanto, no momento do falecimento de João seu
patrimônio era de 375.000. Pergunta-se: a) Houve excesso de liberalidade?
Explique sua resposta.
Resposta:
b) Jonas deve trazer o bem à colação no processo de inventário? Explique sua
resposta.
Resposta:
Questão Objetiva Não constitui hipótese de sonegação da herança:
a) Apresentar testamento falso.
b) Ocultar créditos existentes em conta conjunta.
c) Não descrever bens que se achem em poder do cônjuge supérstite.
d) Extraviar títulos representativos de dívidas.
e) Simular aquisição de bens do ‘de cujus’.
Questão Objetiva Constitui causa de nulidade da partilha:
a) A preterição de herdeiro legítimo desconhecido no momento da realização
da partilha.
b) Ter sido a partilha aceita pelo herdeiro que agiu em erro substancial.
c) Incapacidade absoluta do herdeiro que com a partilha anuiu sem o
necessário representante.
d) Aquela que confere meação indevida à viúva que era apenas usufrutuária
dos bens indicados e partilhados.
16
Descrição 1 (OAB 2010.3) Josefina e José, casados pelo regime da comunhão
universal de bens, tiveram três filhos: Mário, Mauro e Moacir. Mário teve dois
filhos: Paulo e Pedro. Mauro teve três filhos: Breno, Bruno e Brian. Moacir teve
duas filhas: Isolda e Isabel. Em um acidente automobilístico, morreram Mário e
Mauro. José, muito triste com a perda dos filhos, faleceu logo em seguida,
deixando um patrimônio de R$ 900.000,00. Nesse caso, hipotético, como
ficaria a divisão do monte?
a) Josefina receberia R$ 450.000,00. Os filhos de Mário receberiam cada um
R$ 75.000,00. Os filhos de Mauro receberiam R$ 50.000,00 cada um. E, por
fim, as filhas de Moacir receberiam R$ 75.000,00 cada uma.
b) A herança seria dividida em três partes de R$ 300.000,00. Paulo e Pedro
receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian, receberiam, cada
um R$ 100.000,00. E, por fim, Isabel e Isolda receberiam cada uma a
importância de R$ 150.000,00.
c) Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian
receberiam, cada um, R$ 100.000,00. E, por fim, Moacir receberia R$
300.000,00.
d) Josefina receberia R$ 450.000,00. Paulo e Pedro receberiam cada um R$
75.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam cada um R$ 50.000,00. Moacir
receberia R$ 150.000,00.
2 (OAB 2008.3) A respeito da sucessão legítima, assinale a opção incorreta:
a) A existência de herdeiros na classe dos descendentes afasta da sucessão
os ascendentes.
b) O consorte supérstite herdará a totalidade da herança na ausência de
descendentes e ascendentes.
c) Os herdeiros colaterais são herdeiros necessários.
d) Na união estável, não tendo o ‘de cujus’ descendentes, mas somente
ascendentes, o convivente concorrerá, quanto aos bens adquiridos
onerosamente na vigência da convivência, a um terço do monte hereditário.
3 (OAB-SP 131o.) Sobre a sucessão legítima em favor da viúva, é errado
afirmar que:
a) Ainda que concorra com filhos exclusivos do falecido, a viúva – que era
casada sob o regime da separação obrigatória – tem direito real de habitação
relativamente ao único imóvel deixado pelo ‘de cujus’.
b) Casada sob o regime da separação convencional, a viúva herdará a
propriedade dos bens particulares do ‘de cujus’, concorrendo com os filhos
exclusivos deste, em igualdade de quotas.
c) Não há diferença quanto ao fato de a viúva ser ou não mãe de todos os 5
(cinco) filhos do seu falecido marido.
d) Concorrendo com o irmão do falecido, a esposa herdará todo o patrimônio,
qualquer que seja o regime de bens.
4 (OAB-MG 2006) Na sucessão dos ascendentes:
a) Não haverá direito de representação.
b) Não haverá direito de transmissão.
c) Haverá sucessão em tantas estirpes, quantos sejam os avós.
d) Haverá sucessão em três estirpes, se concorrem dois avós paternos e um
materno.
5 (TJAL) Maria casou-se com José em 20/12/1978, pelo regime de comunhão
parcial de bens, com quem teve dois filhos, mas, por testamento cerrado, José
reconheceu um filho que teve com outra mulher embora já casado com Maria,
sendo que, à época desse casamento, ambos já possuíam grande patrimônio.
José faleceu em 15/06/2003, vindo Maria a casar-se um ano depois com
Antonio, o qual tinha sessenta e cinco anos de idade e que veio a falecer em
20/01/2005, deixando viva sua genitora, Joana. Neste caso, Maria
a) Participará da sucessão de José, mas não participará da sucessão de
Antonio.
b) Participará da sucessão de José e de Antonio.
c) Participará da sucessão de Antonio, mas não participará da sucessão de
José.
d) Não participará da sucessão nem de José nem de Antonio.
e) Somente participará da sucessão de Antonio, se este deixar bens adquiridos
durante o casamento.
6 (OAB-RJ 32o.) No direito brasileiro:
a) A sucessão testamentária prevalece em qualquer caso.
b) A sucessão testamentária pode abranger bens da legítima.
c) A sucessão legítima é subsidiária em relação à sucessão testamentária.
d) A sucessão testamentária pode apenas abranger 20% do patrimônio do ‘de
cujus’.
7 (OAB 2009.3) Acerca das regras aplicáveis às sucessões, assinale a opção
correta:
a) Quando não se efetua o direito de acrescer, não se transmite aos herdeiros
legítimos a quota vaga do nomeado.
b) São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
c) O direito à sucessão aberta bem como o quinhão de que disponha o
coerdeiro não pode ser objeto de cessão por escritura pública. d) A renúncia da
herança deve constar expressa e exclusivamente de instrumento público.
8 (TJPR 2008) Antonio, casado com Bruna pelo regime da comunhão universal
de bens, pai de Carolina e de Daniel, faleceu em 10 de abril de 2007. Ernesto,
viúvo, pai de Antonio e de Fabricio, falece na data de hoje. Fabrício é solteiro e
tem um único filho, chamado Heitor. Diante dos fatos narrados, assinale a
alternativa correta acerca da sucessão de Ernesto:
a) Bruna herdará o que Antonio herdaria se vivo fosse na data da morte de
Ernesto, por direito de representação.
b) Bruna não herdará o que Antonio herdaria se vivo fosse na data da morte de
Ernesto, mas terá direito à meação sobre esse quinhão. c) Se Fabrício
renunciar à herança, seus sobrinhos Carolina e Daniel e seu filho Heitor
herdarão por direito próprio o patrimônio deixado por Ernesto, dividindo-o em
partes iguais.
d) Se Fabrício renunciar à herança, tanto seus sobrinhos como seu filho
herdarão por representação, cabendo metade da herança de Ernesto a Heitor,
uma quarta parte a Carolina e uma quarta parte a Daniel.
9 (TJPR 2008) Sobre o direito das sucessões, assinale a alternativa correta:
a) Os ascendentes do falecido, quando chamados a suceder por direito próprio,
não têm dever de colacionar as doações que receberam do ‘de cujus’.
b) Quando for chamado a suceder em concorrência com descendentes
exclusivos do ‘de cujus, o cônjuge sobrevivente jamais terá o dever de
colacionar as doações que recebeu do falecido.
c) O companheiro sobrevivente jamais participará da sucessão do companheiro
falecido em concorrência com os descendentes exclusivos deste.
d) A garantia da quota mínima de um quarto da herança, assegurada pelo
Código Civil ao cônjuge sobrevivente, subsiste mesmo que nenhum dos
herdeiros do falecido seja descendente do cônjuge viúvo.
10 (MPPR 2009) A propósito da sucessão, pode-se afirmar:
a) A partilha por instrumento particular, uma vez firmada pelos herdeiros e
homologada judicialmente, é anulável pelos vícios e defeitos que conduzem à
anulabilidade dos atos jurídicos, respeitado, porém, o prazo decadencial de
1(um) ano.
b) O direito de representação dá-se na linha reta descendente, não sendo
outorgado em favor de ascendente; na linha transversal não há direito de
representação, mesmo em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com
irmãos deste vierem a concorrer.
c) É nula de pleno direito qualquer disposição testamentária que se revista de
caráter não patrimonial.
d) A cláusula de inalienabilidade, instituída em testamento, poderá recair sobre
os bens da legítima, a critério do testador, independentemente da existência de
justa causa.
e) N.d.a.
11 (OAB-SP 123o.) Bernardo morreu, deixando uma soma de dinheiro
depositada em banco, ações de uma companhia, dois automóveis e os
utensílios domésticos de sua residência, no valor total de R$ 300.000,00.
Nesse caso, pode-se afirmar que:
a) A cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, pode ser feita
por instrumento particular, sendo a herança, sob cogitação, móvel, embora
indivisível, até a partilha.
b) A cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, deve ser feita
por escritura pública, sendo a herança, sob cogitação, imóvel, mas divisível, até
a partilha.
c) A cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, pode ser feita
por instrumento particular, sendo a herança, sob cogitação, móvel e divisível,
podendo ser antecipada a partilha.
d) A cessão de direitos hereditários, pelo herdeiro de Bernardo, deve ser feita
por escritura pública, sendo a herança, sob cogitação, imóvel e indivisível, até a
partilha.
12 (OAB-SP 116o.) Antonio é divorciado de Maria, com quem teve dois filhos,
José e João, hoje maiores e casados. Depois do divórcio e da partilha de bens,
Antonio passou a viver maritalmente com Beatriz, com a qual não teve
descendentes. Enquanto matinha união estável com Beatriz, o pai de Antonio
morreu, tornando-se este, então, único herdeiro de vasto patrimônio imobiliário,
que acabou por não usufruir em virtude de ter morrido três dias depois de seu
pai. Assinale a alternativa correta:
a) Os bens de Antonio, havidos antes da morte do pai, serão partilhados aos
dois filhos do primeiro casamento (José e João) e os havidos por herança de
seu pai serão partilhados à companheira (Beatriz).
b) Os bens de Antonio, havidos antes da morte do pai, caberão metade à ex-
mulher (Maria) e metade aos dois filhos nascidos naquele casamento (José e
João), enquanto os bens havidos por herança do pai, caberão metade à
companheira (Beatriz) e metade aos dois filhos (José e João).
c) Beatriz terá direito à metade do que couber a cada um dos filhos (José e
João).
d) Todos os bens caberão aos dois filhos (José e João).
3 (OAB-SP 123o.) É correto afirmar que o testamento público, com o Código
Civil de 2002…
a) Exige a presença de três testemunhas para o ato.
b) É sempre escrito manualmente e nunca mecanicamente. c) É a única forma
permitida ao cego.
d) É aquele que só pode ser feito nas dependências de um tabelionato.
14 (OAB-SP 124o.) Estão legitimados a suceder, na sucessão legítima:
a) Os já nascidos, os concebidos e a prole eventual de pessoas já existentes.
b) As pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da
sucessão.
c) Apenas as pessoas já nascidas com vida ao tempo da abertura da sucessão.
d) As pessoas físicas e jurídicas existentes ao tempo da abertura da sucessão.
15 (OAB-SP 121o.) Assinale a opção correta:
a) O legatário pode entrar na posse da coisa legada por autoridade própria,
visto que a posse direta do bem legado se lhe transmite ‘ope legis’ no instante
da morte do testador.
b) Se ao tempo da abertura da sucessão já houver nascido o fideicomissário,
adquirirá este a nua propriedade dos bens fideicomitidos, convertendo-se em
usufruto o direito do fiduciário pelo tempo previsto no testamento.
c) O testamenteiro pode adquirir bens da herança.
d) O testamento de emergência ou testamento particular excepcional, escrito
de próprio punho e assinado pelo testador em risco de vida, sem qualquer
testemunha, não poderá ser confirmado a critério do juiz.

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