Ensino Clinico de Cuidados A Pessoa Idosa
Ensino Clinico de Cuidados A Pessoa Idosa
Ensino Clinico de Cuidados A Pessoa Idosa
Pessoa Idosa
Enfermagem
Universidade de Guarulhos (UNG)
119 pag.
Livro de estágio:
Elaborado por:
Andreia Batista
M arta Sousa
Lisboa
Janeiro de 2010
1. Processo de Enfermagem___________________________________________________ 1
2. Sinais Vitais______________________________________________________________ 3
2.1. Tensao arterial_________________________________________________________3
2.2. Temperatura__________________________________________________________ 4
2.3. Frequência cardíaca_____________________________________________________7
2.4. Frequência respiratória__________________________________________________8
2.5. Dor_________________________________________________________________11
3. Valores Laboratoriais______________________________________________________ 13
4. Glicémia_________________________________________________________________16
5. Velhice/ Envelhecimento___________________________________________________ 16
6. Crenças / valores, atitudes/ comportamentos em relação à velhice_________________ 17
7. Alterações biológicas do processo de envelhecimento___________________________ 17
8. Fragilidade e vulnerabilidade da pessoa idosa__________________________________24
9. Institucionalização/ hospitalização do idoso____________________________________26
10. Hidratação_______________________________________________________________27
10.1. Hidratação no idoso______________________________________________28
10.2. Desidratação___________________________________________________ 29
10.3. Hiperhidratação_________________________________________________30
11. Alimentação no idoso______________________________________________________30
12. M obilidade da pessoa idosa_________________________________________________33
13. Quedas e a pessoa idosa___________________________________________________ 38
13.1. Escala de risco de quedas (J.H. Dow nton,1993)________________________ 41
14. Higiene e conforto no idoso_________________________________________________42
14.1. Cuidados de higiene e banho em utente acamado______________________46
14.1.1. Lavagem da cabeça______________________________________________46
14.1.2. Higiene oral____________________________________________________46
14.1.3. Higiene no leito_________________________________________________47
14.1.4. Higiene íntima__________________________________________________49
14.1.5. Banho parcial___________________________________________________49
15. Vestir e despir no idoso____________________________________________________49
16. Dormir e repousar no idoso_________________________________________________51
17. Eliminação vesical e intestinal no idoso_______________________________________54
18. Doenças no idoso_________________________________________________________ 55
18.1. Sistema cardiovascular____________________________________________56
18.1.1. Aterosclerose___________________________________________________56
18.1.2. Enfarte do miocárdio_____________________________________________57
18.1.3. Insuficiência cardíaca_____________________________________________60
18.2. Sistema digestivo________________________________________________63
18.2.1. Esfófago_______________________________________________________ 63
18.2.2. Estômago______________________________________________________ 64
18.2.3. Intestino_______________________________________________________64
18.2.4. Fígado_________________________________________________________64
18.3. Sistema respiratório______________________________________________65
a)Colheita de dados
1. Padrão percepção de saúde – manutenção e gestão de saúde
Como descreveria a sua saúde em geral?
Faz consultas de rotina para avaliação contínua da saúde? (oftalmologista, check-
up,…)
Que cuidados tem com o dentes?
Que cuidados tem com a sua alimentação/ingestão de líquidos?
Tem algum programa de exercício?
Quais as suas actividades de lazer?
Tem hábitos tabágicos, alcoólicos, sal, açúcar…?
O qu e é que faz para se manter saudável? (cuidados com a alimentação,
exercício…)
Tem onhecimento de medidas de segurança (prevenção de incêndios,
quedas,automóveis, controlo de tóxicos)
Tem alguma patologia? qual?
Que tratamento tem prescrito?
Tem sido capaz de manter este tratamento?
Tem algum problema que o dificulte a cuidar de si mesmo?
Nutrição é adequada?
Exames
Controlo de peso?
Antecedentes pessoais/familiares
Aceita-se a si mesmo? Como está a ultrapassar esta fase da sua vida?
Tem ajudas económicas?
Acha que contribuiu para a sociedade em algo de importante? Gostou da sua
profissão?
Sente-se realizado?
Gosta de estar aqui nesta instituição?
Acha que contribuiu para que os seus filhos fossem felizes?
Sente necessidade de ter mais actividades ao longo do seu dia?
Existe alguma actividade que gostasse de fazer e nunca tenha feito?
Quais as razões que o levaram a vir para aqui?
3. Padrão Eliminação
Características da urina normais?
Tem algum problema de micção fora do padrão normal?
Utiliza algum sistema de ajuda? (algália, sonda externa, cueca protectora)
Características das fezes normais? (cor, consistência, cheiro…)
Hábitos de eliminação normais? Qual a hora que costuma evacuar?
Utilização de laxantes para facilitar a evacuação?
b)Diagnóstico de Enfermagem
c)Planeamento
d)Implementação
e)Avaliação
2. Sinais Vitais
Objectivos da avaliação dos sinais vitais:
Conhecer as carcaterísticas, fisiológicas do utente;
Conhecer alterações funcionais;
Colaborar na concretização de um diagnóstico clínico;
Estabelecer um plano de Cuidados de Enfermagem;
Avaliar a evolução do estado de saúde/doença;
2.1. Tensão arterial
É a pressão ou força exercida pelo sangue, contra as paredes das artérias nas diferentes
fases da circulação.
À medida que vamos envelhecendo, o sangue fica msi viscoso relacionado com a
falta de água devido à perda do paladar.
2.2. Temperatura
Grau de calor mantido pelo corpo; é o equilíbrio entre o calor produzido e o calor
perdido.
Aquecer o doente
Aliviar a dor
FINALIDADES:
Descongestionar um órgão profundo
Prevenir o choque
Activar os processos químicos de supuração
CONTRA- Apendicite
INDICAÇÕES: Infecções dos dentes
Todas as vezes que se queira retardar ou impedir a
supuração ou formação do abcesso
Infecções do tórax
Princípios gerais:
Aquecer o doente
Aliviar a dor
FINALIDADES: Descongestionar um órgão profundo
Prevenir o choque
Activar os processos químicos de
supuração
Princípios gerais:
Nunca se aplica um saco de gelo sem autorização médica
O saco de gelo deve ser sempre coberto com uma cobertura de lã ou flanela
Quando a aplicação é muito prolongada, para prevenir as queimaduras e macerações
e para proteger os tegumentos usa-se uma substância gorda o que não substitui a
cobertura do saco
O saco de gelo estando a uma temperatura mais baixa que a temperatura ambiente, o
ar vem e condensa-se aí humedecendo a cobertura, pelo que será necessária a sua
mudança
Aplicação e acção do gelo devem ser contínuas, por isso se deve mudar o gelo de
2/2 horas ou 3/3 horas
O saco de gelo deve ser fixado para assegurar o contacto do frio com a região
doente, mas a desvantagem de derreter mais facilmente
Se se aplica um saco de gelo durante vários dias como em casos de apendicite e
afecções cardíacas agudas, retirá-lo durante um certo tempo (2 ou 3 vezes ao dia) ou
Hora e duração da
REGISTOS: aplicação
Local
Reacção do doente
Características do Pulso:
Tabela de valores
RN e lactentes 130 a 140p/m
Crianças 90 a 140 p/m
Crianças escolar 75 a 100 p/m
Adolescente 60 a 90 p/m
Mulheres 70 a 80 p/m
Homens 60 a 80 p/m
10
Hetero-avaliaçãoradial e carótida
11
Eupneico
Taquipneia
Bradipneia
Apneia
Hiperpneia
Kussmaul
Cheyne-Strokes
variável
Briot
variável
Apnêusico
aumentada
12
Tipos de respiração:
Torácica-os movimentos respiratórios são feitos ao nível do tórax e aí podem ser
observados
13
2.5. Dor
Dor é um sintoma complexo, subjectivo e individual. Com o envelhecimento,
assume grande importância devido à sua expressiva prevalência.
Definição:
15
3. Valores Laboratoriais
Sódio 135-145 mmol/l Função: O elemento ↓Hiponatrémia- vómitos, diarreia,
mineral mais frequente no aspiração prolongada do suco
espaço extracelular; catião gástrico, insuficiência cardíaca,
determinante para a cirrose hepática, insuficiência renal,
pressão osmótica existente alguns diuréticos.
no espaço extracelular. ↑Hipernatremia- diarreia, febre ou
sudorese com aporte de líquidos
insuficiente, diabetes insípida
Potássio 3.6-4.8mmol/l Função: o elemento ↓Hipocaliémia- perdas renais,
mineral rpesente em maior diuréticos, corticóides, síndrome de
quantidade nas células; o Cushing, hiperaldosteronismo,
ião mais importante para perdas digestivas, diarreia, vómitos,
16
17
18
4. Glicémia
Material:
- Tabuleiro de inox;
- Leitor de glicemia;
- Tira reagentes;
- Lancetas descartáveis com retracção automática da ponta ou agulhas
subcutâneas;
- Compressas limpas;
- Recipiente para picantes;
- Antisséptico não alcoólico ou água com sabão;
- 1 aparadeira riniforme e limpa;
- Luvas limpas de protecção.
Valores Normais:
Glicemia em jejum: inferior a 110 mg/ml
Glicemia pós prandial: inferior a 140 mg/dl
Diabetes: Considera-se diabetes quando em duas medições separadas surgem valores de
glicemia em jejum superiores a 126 mg/dl ou glicemias pós prandias superiores a 200
mg/dl
5. Velhice/Envelhecimento
Envelhecimento:
Processo complexo em que intervêm factores biológicos, socioeconómicos e culturais,
num sistema de relações entre o individuo, sociedade e meio ambiente. Trata-se de um
processo contínuo sem interrupção e de constante transformação que acontece a partir
do nascimento e culmina com a morte, sendo a sua marcha natural pela qual todo o ser
humano passa obrigatoriamente. (Bizzini. L, Richad. J.) Representa um período da vida
que cada um, atravessa á sua maneira. Por vezes bem, por vezes mal, mas geralmente
com altos e baixos, tendo isto tudo a ver com as vivências de cada um, pois podemos
superar as nossas vivências mais bem ou menos bem.
Velhice:
Representa o estado da última etapa da via, estado de ser velho. È o produto do
envelhecimento, o resultado do processo de envelhecer. Trata-se de uma noção
puramente cronológica, em que o princípio fixado pela organização Mundial de Saúde
começa aos 65 anos de idade (Costa, A. Richard. J.).
19
Mudanças estruturais:
Surgem nomeadamente a nível metabólico e celular, e na repartição dos
componentes corporais
Células e tecidos:
o As células têm uma longevidade precisa. Não se dividem
indefinidamente e a sua capacidade mitótica decresce com a idade;
o As células ao envelhecer perdem certos elementos como o ADN e
aumentam a percentagem de tecidos gordos e fibrosos em detrimento dos
tecidos magros (aparecem principalmente na anca e no abdómen. E
desaparece da face, braços e pernas);
20
21
Articulações:
o Os ligamentos calcificam-se, ossificam-se e as articulações tornam-se
mais pequenas e menos flexíveis;
o O estreitamento das vértebras dorso-lombares conduz a um encolhimento
da coluna (1,2-5 cm). O que cria um efeito de desproporção; os braços e
pernas mantêm o comprimento normal;
o Diminui a capacidade respiratória, a contractilidade dos músculos
inspiratórios, a elasticidade do tecido pulmonar e enfraquecimento do
diafragma e dos músculos intercostais;
o Alteração da estrutura do tórax, da capacidade muscular, o que dificulta a
expectoração por perda da eficácia da tosse;
o As articulações atrofiam e ficam rígidas pois há perda do líquido sinovial
nas articulações e, consequentemente, origina os processos artrósicos;
o As articulações ficam desgastadas e erodidas. Logo a estatura diminui
(ex:cifose).
Sistema renal:
o Os rins atrofiam-se, a função renal deteriora-se com a idade;
o A arteriosclerose das artérias renais, diminui o aporte sanguíneo aos rins,
o que reduz assim a função renal;
o A filtração glomerular diminui 46% entre os 20 e 90 anos e o aporte
sanguíneo diminui 53%;
22
Bexiga:
o Apresenta sinais de envelhecimento, diminui a capacidade de retenção e
o tónus vesical. O esfíncter da uretra enfraquece, aparecem micções
involuntárias, incontinência e micções frequentes durante a noite.
Glândulas sebáceas:
o Tornam-se menos activas, lubrificam menos a pele tornando-a seca;
o Há diminuição da função das glândulas sebáceas--» aparecimento das
rugas
o As proeminências ósseas tornam-se evidentes nomeadamente na parte
superior do corpo;
o O sinal mais evidente desta perda, é a prega cutânea permanente.
Tegumentos:
o Cabelos, pelos, unhas sofrem alterações, estão relacionados com factores
como raça, sexo, genes;
o Esta involução é perceptível a partir dos 60 anos, na maioria das pessoas;
o As unhas ficam com estrias, secas e mais grossas (no 1º dedo);
o Por vezes, surgem onicogrifoses (unhas espessas e amarelas);
o Todos os sinais exteriores do envelhecimento são mal aceites, porque
modificam para sempre a imagem corporal.
Sistema cardiovascular:
o O coração não sofre grandes alterações, diminuição do volume devido a
uma pequena atrofia das células musculares;
o Diminuição da capacidade de contractilidade, devido á presença de
catecolaminas e outras enzimas;
o A nível cardiovascular, as artérias ficam mais rígidas e os pulsos mais
perceptíveis e superficiais (nas artérias braquial, carótida, pediosa,
popliteia, temporal, radial, femural, tibial).
Ritmo:
o Não sofre grandes alterações. O coração do idoso necessita de mais
tempo de recuperação quando sujeito a esforço;
o A degenerescência cálcica das válvulas do coração representa a patologia
mais frequente no idoso (37% dos idoso com mais de 75 anos);
o Os batimentos são mais lentos, há menos contractilidade cardíaca.
Vasos sanguíneos:
o Artérias e arteríolas perdem a sua elasticidade, as fibras elásticas
vasculares tornam-se mais frágeis; por isto torna-se difícil pulsionar os
idosos.
o A circulação nas arteriais coronárias diminui cerca de 35% após os 60
anos;
o A resistência dos vasos periféricos, aumenta cerca de 1% por ano;
23
Sistema respiratório:
o Diminuição da capacidade pulmonar, e diminuição da eficácia pulmonar;
o Bronquíolos e alvéolos tornam-se menos numerosos mas maiores;
o A estrutura pulmonar torna-se mais rígida pela perda de elasticidade.
o Cuidados de enfermagem: ter os idosos em semi-fowler. Verificar a
respiração, ritmo, frequência e amplitude da caixa torácica.
o Sinais de má ventilação – fácies cansada, pele húmida tipa viscosa,
lábios secos e ligeiramente cianosados, a pessoa refere-se cansada,
dificuldade em respirar, cefaleias, tonturas, roncos, cibalos e cianose.
Tecidos:
o O conjunto de músculos e o tecido muscular atrofiam-se e tornam-se
mais frágeis;
o A massa tecidular do fígado, pâncreas e rins também diminui;
o Surge o aparecimento de rugas devido á perda de elasticidade da pele, á
modificação das gorduras subcutâneas, e ao aumento de proteínas
fibrosas (ex. colagénio).
Sistema gastro-intestinal:
o Sofre muitas alterações no decurso do envelhecimento;
o Digestão e mastigação:
Estado dos dentes, maxilares, próteses inadaptadas, doenças
periodontais;
O paladar altera-se, as papilas gustativas e o olfacto diminuem, o
reflexo de deglutição funciona menos bem;
Diminui a secreção das enzimas, dos sucos gástricos e a língua
torna-se atrófica. A saliva torna-se mais espessa o que conduz á
xerostomia;
24
Eliminação intestinal:
o A frequência da eliminação intestinal tende a eliminar;
o A tonicidade muscular do intestino grosso diminui;
o Problemas de incontinência fecal como fecalomas e obstipação são muito
frequentes no idoso (uma vez que não ingerem tantos líquidos nem fazer
exercício; a obstipação provoca flatulência e, consequentemente,
distensão abdominal);
o Estes problemas de eliminação podem estar relacionados com problemas
mentais (confusão).
Paladar:
o Apesar da perda das papilas gustativas (ou atrofia das mesmas), o idoso
consegue identificar os sabores, mesmo numa idade avançada.
o Existe uma tendência para condimentar e adoçar os alimentos.
Olfacto:
o Atrofia dos órgãos olfactivos
25
Ouvido:
o O nervo auditivo fica mais espesso;
o A cera está presente em menor quantidade e mais espessa;
o O pavilhão auricular aumenta;
o Degenerescência da fibra nervosa;
o Espessamento do tímpano;
o Redução da produção do cerúmen;
o Aumento da rigidez dos ossículos – osteoporose;
o Atrofia do nervo auditivo;
o Estas alterações estão relacionadas com a exposição continua do ruído,
factores circulatórios, tóxicos e genéticos;
o Aparecem por volta dos 50 anos e agravam-se a partir dos 70 anos.
Visão:
o Acuidade visual diminui devido à opacidade do cristalino (vêm mais
desfocado);
o Depósitos nas córneas, Cataratas;
o Diminuição lacrimal;
o Olhos encovados, descaimento das pálpebras;
o As perdas de visão são muito progressivas, começam cedo, e são
evidentes entre os 40 e os 50 anos;
o O campo visual reduz-se, e o idoso perde a visão panorâmica das coisas,
por vezes o campo periférico torna-se inexistente;
o Diminuição a acomodação aos clarões e á iluminação súbita;
o Diminuição da percepção das cores (o olho capta melhor as cores vivas).
Actividade da tiróide:
o Diminuição da actividade tiroideia, não se encontra sinais de
hipotiroidismo nos idosos.
Actividade corticosuprarenal:
o É pouco afectada pela idade, apesar da diminuição da cortisona, parece
não ter consequências no organismo.
Hipófise:
o Diminui de volume de 25%, mas parece não afectar o organismo.
Hormonas sexuais:
o Existem alterações ao nível do aparelho reprodutor feminino e
masculino;
26
Sistema imunitário:
o As funções imunitárias não envelhecem ao mesmo ritmo, a actividade
imunitária é muito intensa no nascimento e atinge o máximo na
adolescência e depois baixa gradualmente ate aos 85 anos, depois
estabiliza.
leva
Perda de autonomia; deixa de conseguir gerar a sua vida pessoa, e isto representa
muito para a pessoa.
Perda de controlo sobre a vida pessoal;
Perda de controlo sobre as capacidades de controlar as suas necessidades
fundamentais;
27
“... ser enfermeira de idosos é ser um profissional que aceita a deterioração física e
psíquica, mas que valoriza os aspectos positivos do homem. É aceitar o ritmo mi lento,
a necessidades de comunicação, o medo e a solidão, a necessidade de afecto e
companhia, a negação da proximidade da morte... “ (Nardiz 1989:115).
28
Particularidades da hospitalização
Produz-se uma ameaça no que respeita á vida, á saúde e á integridade física;
Surgem:
Sintomas desagradáveis;
o Dor, dispneia, ansiedade, desorientação, desconfiança, medo....;
o Incertezas em relação ao presente, ao futuro, perdem-se as esperanças;
o Alteração ao nível das relações familiares e o modo de vida da pessoa
modifica-se de forma considerável.
29
10. Hidratação
• Necessidades de líquidos do adulto: 20-30cc/ Kg Peso = 2400-2500cc/24h
• Perda obrigatória nas 24h entre 800 a 100cc (perdas insensíveis)
• Em caso de hipertermia, as necessidades de líquidos aumentam cerca de 15%
por cada grau centígrado de elevação da temperatura corporal
• Deste modo, por cada 0,56 ºC de elevação de temperatura, deve ser feito um
reforço de líquidos de cerca de 100 cc.
B.H. equilibrado:
A quantidade de líquidos entrada no organismo, é igual à quantidade de líquidos
saídos, no período de 24 horas e geralmente é regulada pela função renal. Assim haverá
manutenção de peso corporal, mucosas húmidas e turgor normal.
Negativar:
O objectivo do tratamento da situação de hiperhidratação, será o de negativar o balanço:
-Restringindo administração de líquidos
-Aumentando as saídas de líquidos, até obter um estado normal de hidratação. (restrição
de líquidos, restrição de Na e K, administração de diuréticos ou hemodiálise, prevenir
convulsões)
30
Intervenções de enfermagem:
Prevenir:
O idoso internado é particularmente vulnerável á desidratação;
O aporte de líquidos é essencial para a função renal e intestinal;
Monitorizar frequentemente a ingestão de líquidos;
Velar que o idoso tenha sempre á sua disposição agua, leite, sumo, chá, etc;
Providenciar que o idoso acamado ingira as quantidades de líquidos
recomendados (sendo nesta situação o enfermeiro o ultimo responsável pela
hidratação).
Tratar:
Rehidratar com precisão e agir rapidamente;
Ter presente que é preferível “beber” quer perfundir;
Rehidrtar a nível peros (aguas, sumos e chá) em pequenas quantidades e
frequentemente;
Quantificar a ingestão de líquidos;
A intubação nasogástrica só deve ser utilizada para ultrapassar o momento
critico;
31
Intervenções:
Avaliar a capacidade que o idoso tem de satisfazer a necessidade de ingerir
líquidos;
Oferecer líquidos que sejam do seu agrado (de preferência);
Explicar ao idoso e família a necessidade de ingestão de 1500-2000ml por 24
horas;
Estabelecer um horário;
Com o idoso para a ingestão de líquidos;
Monitorizar a quantidade de líquidos ingeridos e eliminados;
Vigiar a ingestão de alimentos;
Vigiar o transito intestinal;
Verificar a temperatura ambiente;
Vigiar sinais de sudorese, bem como a temperatura auxiliar e turgor da pela uma
vez por turno;
Observar as características da urina;
Verificar se o idoso utilizar roupa em excesso e inadvertidamente na cama;
Fazer ensino sobre a necessidade de ingerir líquidos e seus riscos;
Vigiar a toma de medicamentos (diuréticos e laxantes);
Registar sempre a recusa ou a quantidade de líquidos ingeridos no diário de
enfermagem.
10.2. Desidratação
Desidratação- perda de líquidos e electrólitos pelo organismo, em grande quantidade
2- Isotónica (A perda de sódio equivale à perda de água e deste modo o valor sérico
do sódio é normal); Etiologia geralmente está associada a vómitos, diarreia,
baixa ingesta de líquidos
32
10.3. Hiperhidratação
Hiperhidratação- predomínio de entradas de líquidos sobre as perdas de líquidos, no
organismo.
33
34
O sentido do odor é estimulado pelos odores da cozinha e pelo fumo dos alimentos
quando são servidos:
Evitar os cheiros que venham ocultar os odores da comida (produtos de limpeza,
de eliminação) no momento em que é servida.
35
36
Causas da imobilidade:
Relacionadas com a idade (fisiológicas)
Alterações musculares
Alterações cardiovasculares
Alterações respiratórias
Pele
Problemas psicológicos
Dificuldades arquitectónicas
Associados a factores patológicos
Alterações músculo-esqueléticas
Alterações neurológicas
Alterações cardiovasculares
Alterações pulmonares
Alterações dos orgãos dos sentidos
Alterações psicológicas
37
Cardiovascular:
o Diminuição da função cardíaca;
o Hipotensão ortostática;
o Trombose venosa (aumento da estase venosa).
Repiratório:
o Hipoventilação (debilidade dos músculos respiratórios);
o Diminuição da actividade ciliar:
Acumulação de secreções;
Diminuição do reflexo da tosse;
Desidratação- aumento da viscosidade das secreções.
Gastro-intestinal:
o Anorexia e alterações de deglutição;
o Desnutrição e desidratação;
38
Genito-urinárias:
o Incontinência (diminuição do tónus muscular vesical):
Alterações afectivas (perda de auto-estima);
Alterações sociais(isolamento);
Elevado custo económico.
o Retenção urinária;
o Infecções urinárias.
Metabólicas:
o Hiperglicémia(intolerância aos hidratos de carbono);
o Hipoproteinemia;
o Balanço negativo de cálcio e ferro;
o Perdas de Mg, Na e K.
Neuro-psicológicas:
o Ansiedade/depressão;
o Demência e delírio;
o Privação sensorial;
o Comprometimento do equilíbrio e coordenação;
o Diminuição da capacidade intelectual.
Cutâneas:
o Úlceras de decúbito:
Alta incidência;
Elevados custos (materiais e humanos).
Intervenções de enfermagem:
Em gerontologia o enfermeiro não dispõe de qualquer poder em relação ao
envelhecimento fisiológico, mas pode agir sobre o envelhecimento funcional. Prevenir
imobilização desnecessária. Reduzir o repouso e a imobilização ao essencial.
Induzir a mobilização precoce (promover a actividade e prevenir contracturas).
Estimular o idoso a fazer exercícios de amplitude de movimento (promove a circulação
sanguínea). Estabelecer um horário para posicionamentos (se acamado). Colocar esse
horário à cabeceira do idoso para que todos sigam rigorosamente.
Promover a prevenção de escaras:
Colchão anti-escaras
Massagens nos locais de maior pressão
Cuidados de higiene (+++)
39
A marcha:
Esta pode estar dificultada no idoso por razões várias: doenças físicas, psíquicas,
envelhecimento ou razões de ordem social. Frequentemente, o idoso necessita de
dispositivos de ajuda na marcha : bengalas de 3 a 4 pés, muletas ajustáveis ao cotovelo e
andador, tripé, andadores/andarilhos, todos eles de altura regulável.
- No interior: é importante manter a capacidade de andar. Determinar a distancia a
percorrer diariamente, a tentar percorrer 3 quartos, a fim de aumentar a sua
resistência. Usar calçado confortável e, se necessário, utilizar uma bengala.
Movimentos posturais:
Após os factores de risco terem sido indentificados , deve ser iniciado um plano de
cuidados específicos orientado para a prevenção. A posição de um utente idoso que não
consegue movimentar-se por si, deve ser modificada de 2 o máximo 3/3h segundo uma
rotatividade programada.
40
41
Factores de risco:
Idade;
Sexo;
Drogas;
Terapêutica;
Actividade física;
Nutrição.
Prevenção de quedas:
Níveis de prevenção:
Primário: manutenção da actividade física adaptada cada idoso. De forma a
melhorar o trofismo muscular e as amplitudes articulares
Secundário: despistar precocemente os factores de risco relacionados ao
meio ambiente e à instabilidade da marcha
Terciário: redução da instabilidade da marcha com exercícios e treino de
equilíbrio
43
Outras:
Evitar estampas, quadros e desenhos de cores contrastantes ou
tridimensionais;
Vigiar de perto os efeitos secundários do medicamento;
Incentivar para actividades independentes;
Elogiar pequenos progressos;
Observar o comportamento do idoso e permitir que expresse os seus
medos e inseguranças;
Evitar todo o tipo de obstáculos;
Manter o chão bem limpo e seco;
Ter calçado bem adaptado à morfologia do pé e com sola anti-derrapante
com saltos baixos;
Evitar roupas compridas e largas;
Aconselhar o idoso a sentar-se enquanto se veste e se calça.
Intervenções de enfermagem:
- Remover passadeiras, tapetes não fixados e incorrecções do piso;
- Revestor os degraus com material rugoso antiderrapante;
- Nunca encerar escadas e piso;
- Pintar ou revestir o primeiro e último degrau com cores contrastantes para
chamar à atenção;
- Instalar corrimões, à altura adequada;
- Evitar estampas, quadros e desenhos de cores constrastantes ou
tridimensionais (podem distrair o idoso e favorecer as quedas);
- Evitar tapetes não fixos à beira da cama;
- Vigiar de perto os efeitos secundários dos medicamentos;
- Apoiar o idoso, se solicitado, ou se for necessário;
- Incentivar para actividades independentes;
- Elogiar pequenos progressos;
- Observar o comportamento do idoso e permitir que expresse seus medos e
seuas inseguranças;
- Evitar todo o tipo de obstáculos.
44
Exame físico: A enfermeira deve avaliar o estado da pele, boca, cabelos, unhas e
pés:
o Pele:
- Cor (pálida, avermelhada, amarelada…);
- Textura (doce, rugosa…);
- Aspecto (gordurosa, seca, húmida…);
- Alterações (rubor, equimoses, erosões, cicatrizes, úlceras de decúbito…).
o Boca:
- Estado dos dentes (limpos, depósitos alimentares, próteses…);
- Cor;
- Lábios e mucosas (secas, espessadas);
- Hálito (forte, cetónico…).
o Cabelos:
- Estado do couro cabeludo (seco, oleoso, com películas…);
45
Exame das funções mentais: Quando a higiene corporal não está de acordo com
as normas de higiene habitualmente aceitáveis e as respostas da pessoa idosa são
incoerentes, a enfermeira deverá efectuar um exame das funções mentais.
o Boca:
- Estado dos dentes (limpos, depósitos alimentares, próteses…);
- Cor;
- Lábios e mucosas (secas, espessadas);
- Hálito (forte, cetónico…).
o Cabelos:
- Estado do couro cabeludo (seco, oleoso, com películas…);
- Aspecto dos cabelos (curtos, longos, limpos, sujos, embaraçados…);
46
Exame das funções mentais: Quando a higiene corporal não está de acordo com
as normas de higiene habitualmente aceitáveis e as respostas da pessoa idosa são
incoerentes, a enfermeira deverá efectuar um exame das funções mentais.
Necessidade Dimensão
Cultural
Descrição Biofisiológica Psicológica Sociológica e/ou
espiritual
Modificações
Estar limpo, produzidas
cuidado e pelo
proteger os envelhecime
tegumentos: nto ao nível
da pele,
Irritantes
tegumentos e Imagem corporal Significado
externos
Necessidade sistema Hábitos pessoais da higiene e
Instalações
que o ser músculo- de limpeza do limpeza na
sanitárias
humano tem esquelético corpo e vestuário família e
(banheiras)
de cuidados Doenças Constrangimento cultura
Corrente
de higiene crónicas ou e pudor
social
corporal e de agudas
cuidar do Défices
seu arranjo visuais e
pessoal cognitivos
Estado
nutricional
47
48
Procedimento:
- Combinar com o utente, pedir o seu consentimento;
- Promover privacidade;
- Trazer para junto do utente todo o material necessário;
- Pedir ajuda a um colega ou auxiliar de enfermagem;
- Lavar as mãos;
- Saber se o doente tem frio ou calor e retirar roupa (colcha e cobertor) conforme
as preferências da pessoa;
- Retirar cabeceira da cama, se não for possível colocar o doente na diagonal;
- Colocar sob o doente resguardo enrolado nas pontas de modo a que a água não
escorra para o chão;
- Colocar uma toalha sobre o peito e ombros da pessoa;
- Enquanto um dos intervenientes coloca a cabeça na bacia vazia quem está
ajudar, despeja lentamente a água sobre os cabelos tendo o cuidado de tapar ora
um ora outro ouvido;
- Lavar a cabeça até ficar bem lavada;
- Ter o cuidado quando enxaguar novamente, retirar todo o shampoo;
- Envolver o cabelo numa toalha, retirando o resguardo e deixando o doente
confortável com almofada;
- Pentear e secar.
49
Normas:
- Promova sempre a privacidade e autonomia do doente.
- Lave sempre: - da zona mais limpa para a zona mais suja, o membro mais
afastado e só a seguir o que se encontra junto a si.
- Se a cueca protectora se encontrar suja (urina ou fezes), comece pela higiene dos
genitais e deixe o doente com uma cueca protectora limpa e seca.
- Mude a água das bacias tantas vezes quanto forem necessárias.
Procedimento:
Peça o consentimento e negoceie a melhor altura para proceder os cuidados de
higiene ao utente;
Posicione a pessoa o mais perto de si em decúbito dorsal, confortávelmente;
Coloque o material para o banho ao seu alcance;
Promova privacidade do utente (coloque um biombo, corra as cortinas);
Numa cadeira aos pés da cama coloque por ordem, a roupa necessária para
efectuar a cama e vestir o doente;
Lave as mãos;
Retire a roupa da cama (colcha e cobertor) caso o utente verbalize não ter frio;
Deixar o cobertor ou edredon, se necessário;
Proceda conforme a técnica da cama ocupada (desentalar somente a roupa de
cima, deixando a base feita e esticada;
Efectue uma dobra aos pés da cama, mantendo os pés cobertos;
Coloque a toalha sobre o peito e em redor do queixo e rosto do doente que fica
voltado para si;
Se por indicação clínica não puder subir a cabeceira da cama, coloque a cabeça
do doente na extremidade da almofada;
50
51
52
A escolha do vestuário: É através do seu vestuário que a pessoa idosa exprime o seu
desejo de ser reconhecido, e de reconhecer-se a si mesma.
Vestuário e auto-estima:
A auto-estima é a percepção que um ser humano tem acerca do seu valor
pessoal
A auto-estima está também relacionada com as perspectivas pessoais
A escolha do vestuário:
A escolha da sua roupa não é desprovida de sentido, está relacionada
com a personalidade profunda da pessoa e com a imagem que ela quer
enviar;
As cores em harmonia com a cor dos cabelos, dos olhos. Com o humor
do momento, ou com certos eventos marcantes;
A pessoa idosa deseja transmitir uma imagem corporal agradável e
aceitável, deseja agradar e tenta mascarar alterações físicas relacionadas
com o envelhecimento;
A escolha da roupa no idoso está muito relacionada com a função/papel
que exerceu na sociedade;
É primordial que a pessoa idosa possa escolher e vestir-se de acordo com
o lugar que ocupou no grupo social;
A escolha da sua roupa confere ao idoso uma certa autonomia no que
concerne ao vestuário;
Dá-lhe o sentimento de existir e de ter o controlo e a gestão de um
domínio que lhe é muito pessoal;
53
Sono:
No idoso é subjectiva e objectivamente mais leve e portanto menos reparador.
- As fases do sono profundo e reparador, diminuem à medida que se envelhece;
- Os períodos de sono não se concentram unicamente durante a noite, mas distribuem-
se ao longo do dia.
Situações médicas e problemas do sono: A maior parte dos idosos com mais de 65 anos
sofrem de uma doença crónica. Estas doenças são muitas vezes fonte de desconforto
físico, de dor, de ansiedade ou de depressão e perturbam o sono.
Doenças cardíacas: os idosos com angina do peito ou arrtimia cardíaca têm
frequentemente medo de se deitar, com receio de ter uma crise durante a
noite. Nos idosos com insuficiência cardíaca congestiva, a acumulação de
líquidos ao nível dos pulmões provoca sintomas semelhantes aos da asma,
produzindo assim insónia. As queixas relacionadas com o acordar matinal ou
sono não reparador estão por vezes associadas à hipertensão.
Problemas respiratórios: o aumento anormal da tensão alveolar e a
diminuição da saturação em oxigénio, que se produz numa pessoa com
enfisema, provoca dispneia quando deitada de costas. O enfisematoso pode
igualmente evidenciar apneia, durante o sono. A síndrome de apneia do sono
54
Intervenções de enfermagem:
1. Colheita de dados:
Realização de uma minuciosa colheita de dados com o intuito de avaliar as
necessidades do idoso relativamente à actividade de vida sono e repouso.
2. Observação da enfermeira:
Frequência e duração dos períodos de sono e do despertar nocturno
Anotar todos os sinais de privação do sono (conjuntivas vermelhas, bocejos
frequentes e dificuldade de concentração)
Qualidade do ambiente envolvente (intimidade, barulhos, cheiros, luz,
temperatura do quarto)
56
Eliminação vesical:
Caracteristicas da urina: amarelo pálido, cheiro “sui generis”, aspecto limpido à
emissão;
Alterações:
- Quantidade:
poliúria – diurese>2 l
polaquiúria – > n.º de micções podendo a diurese ser normal
oligúria – < 1 litro de diurese
anúria – não há urina
- Micção:
disúria – desconforto à micção
retenção – incapacidade de eliminar a urina retida na bexiga (globo
vesical)
incontinência – incapacidade de controlar a emissão de urina
nictúria – urina durante a noite
enurece – incontinência nocturna
- Cor:
pouca coloração = incolor (ex:diabéticos)
muito escura = urina concentrada (ex:oligúria febril)
“vinho de porto” = castanha avermelhada (ex: hepatite)
hematúria = presença de sangue vivo, urina avermelhada (pode ser lesão)
- Aspecto:
Turva – presença de pús – piúria
Espomosa – presença de albumina ou alteração de pH
Residuo ou depósito – presença de sais em forma de cristais
Eliminação intestinal:
caracteristicas das fezes: castanha, pastosa e moldada, cheiro“sui generis”
Alterações:
57
Respiratórias:
- Bronquite crónica;
- Pneumonia;
- Tuberculose;
- Cancro do pulmão.
Digestivas:
- Úlceras duodenais e gástricas;
- Candro de estômago e do cólon;
58
Urinárias:
- Infecção urinária;
- Hipertrofia e neoplasia da próstata.
Hematológicas:
- Anemia;
- Leucemias e linfomas. Mieloma múltiplo.
Sistema nervoso:
- Demências: doença de Alzheimer, demência vascular.
Definição:
Doença nas quais se verifica espessamento e perda da elasticidade da parede arterial
(cérebro, coração, rins e outros orgãos vitais), sendo a acumulação de placas de ateroma
(gordura) nas artérias.
Causas:
Espasmos, trombos arteriais, êmbolos, estreitamento por inflamação e anomalias
congénitas.
59
Sintomas:
Dor, cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue é insuficiente para satisfazer as
necessidades de oxigénio.
Factores de risco:
HTA, aumento de colesterol (LDL), tabaco, obesidade, falta de exercício, diabetes,
genética, ser homem.
Doença coronária:
Doença das artérias coronárias;
É progressiva e insidiosa;
Conduz ao estreitamento ou à oclusão completa do vaso.
Angina Pectoris: Síndrome clínico caracterizado por dor opressiva na parte anterior do
tórax que surge em consequência de um fluxo sanguíneo coronário insuficiente e
hipoxia do miocárdio.
Sinais e Sintomas:
Dor torácica persistente, início súbito, intensidade variável, geralmente violenta
e constritiva, localizada na região inferior do esterno e abdómen superior,
duração de mais de trinta minutos, não alivia com repouso nem com
nitroglicerina.
Por vezes dor com irradiação:
60
Diagnóstico:
• Baseia-se na história actual do utente;
• No electrocardiograma;
• Níveis séricos das enzimas ( CPK- MB, LDH,,Troponinas).
Complicações:
- Arritmias;
- insuficiência cardíaca;
- choque cardiogénico;
- morte .
61
62
Sintomas:
Fadiga;
Dispneia;
Ortopneia;
Dispneia paroxística nocturna; (situação pré-edémica)
Edema periférico; (elevar o plano inferior da cama se a ins. Cardíaca for
direita; se a insuficiência cardíaca for toral ou esquerda não se deve elevar o
plano inferior da cama)
Distensão das veias jugulares;
Derrame pleural;
Hepatomegália e ascite;
Tosse seca irritante; (relacionada com edema agudo do pulmão)
Fervores; (verificar a sua existência com o estetoscópio)
Aumento do peso diário sem aumento da ingestão de alimentos;
Distensão abdominal; (obstipação, flatulência)
Extremidades frias e diminuição dos pulsos periféricos;
Alterações do estado de consciência; (pela baixa de oxigénio e baixa de
nutrientes)
Diminuição do débito urinário.
Intervenções de enfermagem
Posicionar o utente em semi-Fowler; (porque facilita a respiração)
Promover um ambiente calmo, sossegado e confortável; (se possível ter música
calma)
Avaliação dos parâmetros hemodinâmicos; (TA,Tº,Dor, FC,FR)
Monitorização cardíaca, respiratória; (ligar à corrente, pôr os eléctrodos e avaliar
a saturação de oxigénio)
Monitorizar estado de consciência; (fazer uma avaliação neurológica de manhã
do utente)
Monitorar edemas e medir diâmetros; (fazer 2 traços e ir medindo no abdómen e
nos membros inferiores)
Comunicar ao médico todas a alterações observadas; (pode vir uma visita e
alterar o seu estado hemodinâmico)
Monitorizar débito urinário; (pode estar a perder líquidos-medição dos edemas)
Monitorizar oximetria de pulso; (ver a saturação de oxigénio, saber como é que
o utente ficou quando se aumentou o oxigénio)
Monitorizar a temperatura periférica e a perfusão tecidular; (ver a cor das unhas,
o peso assim que se levante)
Monitorar peso;
Monitorar integridade cutânea (risco de lesões cutâneas); (colocação de colchão
anti-escaras, alternância de decúbitos; para mudar de colchão são 6 pessoas-3 em
bloco a segurar a pessoa e 3 a mudar o colchão)
Vigiar região sagrada (risco de edema); (massajar, edema pela força da
gravidade)
Colocar colchão anti-escaras;
Administrar oxigénio por sonda nasal (2-6/m segundo a dispneia e a prescrição
médica) sat:> 90%;
64
65
Refluxo Gastro-Esofágico:
Envolve: - Barreiras ao refluxo gastro-esofágico (1) - Clerance esofágico (2) -
Factores gastro-duodenais (3) - Resistência da mucosa (4)
66
18.2.2. Estômago
A gastrite aguda caracteriza-se pela irritação da mucosa gástrica por agentes lesivos
como o álcool, agentes corrosivos e bactérias. Sintomas: Náuseas, vómitos,
anorexia, hemorragia. Diagnóstico: Clínica, endoscopia (mucosa edemaciada e
eritema), biópsia.
Úlcera Gástrica: lesão que se extende até à submucosa, é uma secreção ácida
normal+mucosa lesada e com permeabilidade exagerada de iões de H+, devido a
refluzo de sais biliares, álcool e antifinlamatórios, stress, obstrução gástrica, barreira
de muco diminuída, HP. Há difusão do ácido, o pepsinogénio é activado em
pepsina, havendo digestão celular que leva a uma úlcera. Os sintomas são dor
epigástrica, náuseas, vómitos, anorexia, saciedade preococe. O diagnóstico faz-se
através dos sintomas e da radiologia, endoscopia com biópsia.
18.2.3. Intestino
18.2.4. Fígado
Doença hepática alcoólica: O alcool produz doenças como a esteatose hepática (fígado
gordo, é a acumulação de triglicéridos em macrovesículas, assintomático, dá dor no HC
dto, anorexia, náuseas e o tratamento é a abstinência alcoólica), hepatite alcoolica
(necrose celular com reacção inflamatória, dá perda de peso, fadiga, anorexia, febre
<40ºC, icterícia, hepatomegália, encefalopatia, hipoglicémia, hipoalbuminémia, coma) e
cirrose hepática (doença difusa e irreversível que resulta da necrose dos hepatócitos
seguida de formação de nódulos regeneradores, tem 3 caracteristicas fundamentais:
necrose crónica do hepatócito, lesão inflamatória crónica que conduz à fibrose, nódulos
causados pela regeneração dos hepatócitos).
67
Definição:
Infecção do parênquima pulmunar que condiciona acumulação de exsudado
inflamatório nos bronquiolos e alvéolos.
Prevenção :
Lavar as mãos, luvas, vacinas (MenC, Gripe, VAS, Hib), da tuberculose (isoniazida)
e no caso de pneumocytis cerini (cotrimoxatol) e para prevenir a aspiração levantar
a cabeceira.
Complicações da pneumonia:
Força pulmonar (insuficiencia respiratoria, atelectasia, broncospasmo), derrame
pleural, empiema, necrose, pericerdite.
Intervenções de enfermagem:
Acalmar a pessoa, dar-lhe apoio necessário;
Proporcionar medidas que reduzam a dor;
Manter o utente em posição de fowler elevada;
Colocar almofadas de forma que o utente se sinta confortado e possa expandir a
caixa torácica;
Ajudar a tossir eficazmente;
Estimular para respirar lenta e de forma ritmada;
Encorajar o utente a respirar pelo nariz e a expirar pela boca com os lábios semi-
cerrados;
Monitorizar os gases sanguíneos (gasometria) e a saturação através do oximetro
de pulso;
Administrar oxigénio como prescrito, atendendo a sintomatologia da pessoa;
Realizar drenagem postural, percursão e vibração;
Realizar atmosfera húmida ou aerossóis de soro fisiológico;
Proporcionar cuidados de higiene oral frequentemente;
Estimular o utente a mudar frequentemente de posição;
Avaliar Sinais vitais de 4/4 horas;
Promover a ingesta de líquidos e realizar balanço hídrico;
Oferecer dieta líquida durante a fase aguda;
Diminuir a temperatura promovendo o arrefecimento corporal;
68
Definição:
Consiste numa acumulação anormal de líquidos dentro dos espaços
alveolares e nos intersticiais;
O que pode levar a uma congestão pulmonar e que ocorre quando o leito
vascular pulmonar, recebeu mais sangue do ventrículo direito, do que o
ventrículo esquerdo pode comportar e remover;
É o último estado da congestão pulmonar, na qual os líquidos passam
através dos capilares e penetram nas vias respiratórias;
“acumulação de líquido intersticial e/ou alveolar pulmonar, que ocorre
quando as forças que deslocam o líquido para fora do capilar pulmonar
excedem as forças que contêm este líquido.” GRIFFITH (!997:376).
Etiologia:
Doença cardíaca; (história de insuficiência cardíaca, miocárdio lesado)
Sobrecarga circulatória; (hipervolémia)
Hipersensibilidade medicamentosa;
Infecções, sépsis; (infecções devido a agentes externos-metais)
Lesões pulmonares; (derrame pleural p.e)
Lesões do sistema nervoso central ( traumatismos craneo-encefálicos).
Manifestações clínicas:
Sensação de asfixia;
Tosse e agitação;
Tosse com quantidade variável de secreções brancas ou rosadas;
Dispneia grave e ortopneia;
Ansiedade e pânico;
Cianose com sudorese intensa;
Aumento de peso;
Oligúria;
Jugulares ingurgitadas;
Extremidades frias e húmidas;
Respiração ruidosa (sibilos inspiratórios e expiratórios);
Edemas periféricos; (membros inferiores)
69
Dopamina- droga vasoactiva, dose renal (aumenta o débito urinário, porque não
respondeu á Furosemoda) ou a nível cardíaco(eficaz na contractilidade cardíaca)
Exames complementares:
Radiografia do tórax;
E. C.G;
Gasometria; (dá a saturação de pCO2 e pO2 e o bicarbonato- faz tampão na
acidez)
Hemograma;
Bioquímica (ureia, creatinima, proteínas totais…)
Cuidados de Enfermagem:
Chamar o médico; (porque é uma situação de urgência e como estudante de
enfermagem, não posso resolver este problema complexo pois não
capacidade nem competência uma vez que é um problema colaborativo)
Dar apoio emocional; (porque a pessoa tem a sensação de morte eminente,
dispneia e precisa de conforto)
Actuação rápida e segura; (porque é urgente e, por isso, provoca hipóxia e
cianose)
Posicionar o utente em posição de fowler com pernas pendentes; (as pernas
pendentes ajudam no retorno venoso)
Administrar oxigenoterapia (ter presente se pessoa tem DPCO); (sendo que
em utente com DPOC apenas se pode administrar 30% de O2)
Restringir administração de líquidos; (porque líquidos já tem a utente em
excesso nos pulmões e corre o risco de agravar o estado de edema agudo do
70
71
18.3.1.3. Asma
Definição :
É uma doença das vias respiratórias inflamatória e crónica caracterizada por hiper-
reactividade brônquica, manifestando-se clinicamente po sibilos, dispneia e tosse.
Causa:
Estreitamento das vias respiratórias, visto haver um alergeno que sensibilza
(proveniente do meio ambiente) que induz um mastócito (linf.B), causando uma
inflamação e edema da mucosa.
Classificações :
Extínseca:Hipersensibilidade por produção de IgE, atopica, associada a história
pessoal e/ou familiar de rinite, urticária, eczema, testes de estimulação cutânea com
reacção de eritema e prurido à ingestão intradérmica de extractos de antigénios.
Intrínseca:Tem inicio numa idade mais avançada, estímulos (com ACC), infecções
pulmonares virais, frio, stress psicológico, exercício, os testes cutâneos são
negativos, sem associação a história pessoal e/ou familiar de rinite, urticária,
eczema, niveis de IgE normais.
Sintomas :
Tosse, sibilos (devido ao fluxo turbulento de ar nas vias respiratórias), dispneia (por
hipóxia diminuição da O2 em circulação por Hipercápnia, aumento de CO2 em
circulação, opressão toráxica (devido ao aumento do esforço dos musculos
respiratórios).
72
Definição :
Caracteriza-se pela obstrução das vias aéreas com progressão lenta mas
inrreversível, acompanhada de resposta inflamatória do pulmão.
Causa:
Somatório de doenças das pequenas vias aéreas (bronquiolite obstrutiva) e de
destruição do parênquima pulmonar (efisema).
Factores de Risco:
Tabaco, poluição, exposição ocupacional, hipereactividade brônquica e défice
genético (da α anti-tripsina que se diminui associada ao tabaco causa efisema).
73
Procedimento :
A colheita de expectoração pode ser obtida por:
- Expectoração espontânea; (o utente é capaz de colher, para um frasco
esterilizado a sua expectoração;deve abrir o invólucro com cuidado,
virar a tampa para cima e não tocar com os lábios no
frasco;identifica-se o frasco e vai para análise; faz-se registos de
enfermagem) – é necesssário dizer ao utente para bochechar a boca
com água limpa e nunca usar elixirs nem pastar pois eliminam as
bactérias que necessitamos para análise;fazer exercícios de inspiração
e expiração, tossir.
- Aspiração endotraqueal ( utente entubado ou não);
- Broncoscopia – lavado brônquico;
Cuidados de Enfermagem:
A colheita deve ser feita de manhã em jejum (pois há maior acumulação de
secreções);
Pedir ao utente em função do seu estado para:
- Limpar o nariz;
- Lavar a boca ( com água simples);
- Respirar profundamente algumas vezes e tossir ( em vez de cuspir)
apoiando o diafragma;
- Expectorar num recipiente próprio estéril sem o conspurcar.
Identificar o recipiente com:
o Nome do utente, nº da cama, data e hora de colheita e nome do
serviço;
Preencher ficha (segundo normas do serviço);
Nota:
Enviar para o laboratório imediatamente;
Após,oferecer água ao utente para lavar a boca; Fazer aerossol de Nacl o,9% se o utente não
Fazer registos. conseguir expectorar e se as secreções
forem espessas.
18.3.2.2. Aspiração de secreções
74
75
76
77
Contra indicações:
• Não deve ser realizada sobre:
• esterno e coluna vertebral
• fígado, rins, baço
• tecido mamário
• não realizar em situações de osteoporose grave
Drenagem postural – Serve para prevenir e tratar a obstrução brônquica. Para tal
utiliza diferentes posições para facilitar a expulsão das secreções por efeito da
gravidade.
Contra-indicações para a drenagem postural:
- Pós-operatório imediato - Cirurgia medular ou lesão medular
- Edema agudo do pulmão aguda
- Insuficiência cardíaca - Instabilidade hemodinâmica
- Enfarte agudo do miocárdio - Traumatismos cranianos e torácicos
- Embolia pulmonar - Derrames pleurais
- Hemoptise activa - Intolerância à posição
- Hemorragia activa - Situações de osteoporose ou
metástases ósseas
78
Tipos de tosse:
• Seca e irritativa – característica de infecção respiratória alta
• Irritativa aguda – lesões na laringe
• Metálica – lesões na traqueia
• Intensa – presença de carcinoma
• Nocturna – característica de insuficiência cardíaca ou asma brônquica
• Matutina com secreções – bronquite
• Matutina - fumador
• Agrava com o decúbito dorsal - sinusite
• Surge com a ingestão dos alimentos – presença de alimentos para a arvore
brônquica
Tipos de Secrecções:
Mucosa – Aspecto transparente ou esbranquiçado, tipo clara de ovo, não aderente às
vias respiratórias. È facilmente expelida. Está associada a processos inflamatórios como
a Asma.
Purulenta – aspecto esverdeado de consistência espessa. De modo geral está associada a
processos infecciosos. Ex. Abcessos Pulmonares.
Muco – purulenta – Aspecto amarelo-esbranquiçado e mais espessa do que a mucosa.
Hemoptóica – expectoração com sangue. A sua cor pode ir desde o rosado até ao
vermelho vivo. É de modo geral arejada e mucosa. Pode estar associada a patologia
infecciosa (pneumonia, tuberculose ou carcinoma brônquico).
Serosa – Assemelha-se as plasma humano, está geralmente associada ao edema agudo
do pulmão.
Vómica – Existe a saída de substâncias da arvore respiratória, sem tosse. De modo geral
está associada a abcessos pulmonares e ruptura de quisto hidático.
18.3.2.4. Nebulizadores
Dispositivos para administrar medicamentos em solução sob a forma de pulverização
fina susceptível de se infiltrarem no aparelho respiratório e penetrarem profundamente
no parênquima pulmonar.
• Nebulizadores de pequeno volume – são utilizados para administrar a curto
prazo medicamentos.
• Nebulizadores de grande volume ou de reservatório – fornecem um grande e
denso volume de àgua. Utilizado em situações que necessitam de
administração de oxigénio com elevada concentração de humidade (35% e
100%)
79
18.3.2.5. Oxigenoterapia
Definição: Consiste num tratamento que tem por objectivo administrar Oxigénio em
concentrações de pressão superiores a 21% (concentração do ar ambiente).
Contra indicações:
• Não tem contra indicações formais, no entanto pode ter efeitos
tóxicos se a sua administração for prolongada e com concentrações
elevadas.
• Apenas deve ser administrado quando prescrito, e a quantidade não deve ser
colocada ao acaso.
Equipamento necessário para a administração de Oxigénio:
Para a administração de Oxigénio o mais comum é utilizar-se rampas de
oxigénio de fornecimento central, ou balas de Oxigénio.
Em ambos os sistemas o Oxigénio encontra-se sobre pressão, o que
explica a necessidade de utilização de instrumentos específicos.
Nos dois sistemas são utilizados debitómetros, que permitem regular a
quantidade de oxigénio a administrar expressa em litros por minuto.
As balas são munidas de manómetros que permitem verificar a quantidade de
Oxigénio, que a bala contém expresso em atmosferas.
80
Administração de Oxigénio por Cateter Nasal: Cateter nasal consiste num tubo com
orifícios na extremidade, que é colocado por via nasal até à orofaringe.
• Vantagens
– Permitir a alimentação e a comunicação em simultâneo;
– Permitir um melhor aproveitamento de Oxigénio;
– Permitir um fluxo uniforme;
– È bem tolerado pelo utente;
– É rápido e económico.
• Desvantagens
– Irrita a mucosa nasal (se tratamento prolongado);
– Exige humidificador;
– Não fornece CO2;
– Não permite um fluxo superior a 5 – 6 L/m.
81
– Mascaras de ventúri:
• Trata-se de uma máscara concebida para a utilização de alto
debito de Oxigénio;
• Permite que um grande volume de Oxigénio e de ar ambiente
se misturem e entre nas vias aéreas e satisfaçam as
necessidades da pessoa;
• É indicado quando o utente apresenta volumes e padrões
respiratórios irregulares;
• O fluxo é o indicado pelo fabricante, tem adaptadores com
cores codificadas e orifícios específicos, que indicam as
concentrações obtidas em função dos débitos neles indicados.
- Mascaras com reservatório:
• Trata-se de uma máscara concebida para a utilização de alto
debito de Oxigénio;
• Permite que um grande volume de Oxigénio e de ar ambiente
se misturem e entre nas vias aéreas e satisfaçam as
necessidades da pessoa;
• É indicado quando o utente apresenta volumes e padrões
respiratórios irregulares;
• O fluxo é o indicado pelo fabricante, tem adaptadores com
cores codificadas e orifícios específicos, que indicam as
concentrações obtidas em função dos débitos neles indicados.
82
Máscara de Venturi
Débito % de O2
6l/min 55 – 60 %
8 l/min 60 -80 %
10 l/min 80 - 90%
Máx. 12 l/min 90 %
Tendas de Oxigénio
Débito % de O2
Min. 10 l/min 30 – 40 %
12 l/min 40 – 50 %
15 l/min 50%
Procedimento - Administração de O2
Material Necessário:
1. Aparadeira pequena
2. Celulose
3. Saco de sujos
4. Pacote de Compressas 10/10
5. Luvas
6. Cateter de Oxigénio/mascara/oculos nasais
7. Lubrificante hidrossolúvel (água destilada)
8. Adesivo
83
Manifestações da doença:
Sintomas:
- São progressivos e apresentam uma grande variedade no grau de
alterações de pessoa para pessoa.
- No início são imperceptíveis.
- O declínio pode ser rápido (o que raramente acontece) ou levar
meses.
- A falta de memória acentua-se com a progressão da doença, aparece
irritabilidade, agitação, intranquilidade, alterações da
personalidade/comportamento.
- A capacidade de concentração, de orientação, avaliação e a
linguagem começam a ser afectadas.
- Por fim torna as suas vítimas totalmente incapazes de se auto-
cuidarem.
- Os doentes com D.A. deambulam/vagueiam /andam sem rumo e não
se sabe porquê.
- Têm um raciocício lento, dificuldade de concentração, o que “pode
levar a mudança de comportamento e tornarem-se agressivos”.
- Não conseguem encontrar as palavras necessárias para se
expressarem e sentem-se muito angustiados.
- Têm comportamentos repetitivos.
- As suas manifestações são mais acentuadas durante a noite.
- São doentes que necessitam de muita compressão, respeito,
paciência, calma, carinho e amor por parte de quem lhes presta
cuidados.
84
85
86
Fisiopatologia e Neuropatologia:
• Degenerescência dos neurónios contendo melanina da substância negra do
tronco cerebral
• Aparecimento dos corpos de Lewy nos neurónios sobreviventes
• Envolvimento das vias dopaminérgicas nigro-estriadas
Genética e Parkinson:
• Mutações genéticas conhecidas
• Transmissão autossómica dominante ou recessiva
• Parkinson juvenil e familiar
Quadro Clínico:
• Início insidioso, gradual e frequentemente uinlateral
• Tremor de repouso (primeiro a manifestar-se em 70%)
• Bradicinésia
• Rigidez, freezing, marcha parkinsónica
• Alterações na atenção, comportamento, discurso, funções superiores
• Distúrbios autonómicos
• Depressão
Tratamento:
• Precursor da dopamina: levodopa/carbidopa
• Agonistas da dopamina: bromocriptina, pergolide, ropinirole
• Inibidores da COMT: entacapone
• Inibidores da MAO-B: selegilina
• Libertador da dopamina: amantadina
• Anticolinérgicos
Tratamento Cirúrgico:
• Cirurgia ablativa: talamotomia, palidotomia
• Transplante de células dopaminérgicas embrionárias
• Estimulação talâmica, palidal e subtalâmica
88
Minimo=3
Coma≤7
Estrupor:8-12
Obnilbulação:13-14
Normal (máximo)=15
Lobos:
Frontal- movimentos voluntários, funções complexas.
Parietal- capacidade de visualizar, fazer calculo, falar.
Temporal- memória e audição.
Conceitos:
Parestesia: Qualquer sensação anormal de picadas, formigueiro, impressão de
pele empergaminhada, etc. em geral associada a lesões dos nervos periféricos ou da
medula espinal. 2) Perturbação da sensibilidade revelada durante o exame clínico,
89
Alterações urinárias:
1. A função renal altera-se, o rim envelhecido perde a capacidade de
diluir e concentrar a urina.
O rim vai aumentar o volume de urina para conseguir excretar os produtos
tóxicos do metabolismo.
Sendo frequente no idoso:
- Polaquiúria;
- Urgência em urinar;
2. Obstrução ao fluxo de urina aparece no idoso:
- Jacto fraco;
- Falsa vontade;
- Esvaziamento incompleto da bexiga.
3. Obstipação;
4. Depressão e letargia;
5. Regimes terapêuticos.
Disfunção urinária: “Termo utilizado para qualificar a insuficiência da bexiga (quer para
armazenar quer para eliminar urina” (Rice, R ;2004)
Manifestações:
Retenção urinária: incapacidade de esvaziar a bexiga de forma espontânea;
Incontinência: perda involuntária da urina que pode ser medida/avaliada
objectivamente (quantidade e frequência). Relativamente á sua prevalência, a
incontinência aumental com a idade, é mais comum nas mulehres , e muito
mais frequente em sujeitos com problemas funcionais ou cognitivos,
Ou ambas.
90
Causas:
Factores:
- Físicos;
- Psíquicos;
- Sociais;
- Outros.
Consequências:
Físicas;
Psicológicas;
Socio-económicas.
91
Tipos de incontinência:
Incontinência de esforço;
Incontinência de stress ou de urgência;
Incontinência reflexiva ou reflexa;
Incontinência por super abundância ou por enchimento excessivo;
Incontinência pós-miccional.
92
A frequência das infecções urinárias aumenta com a idade. É a infecção mais frequente
nos seres humanos, somente ultrapassadas pelas do sistema respiratório no que se refere
à morbilidade devido à infecção.
As infecções do sistema urinário abrange vários tipos diferentes segundo o local:
- Pielonefrite(rim)
- Cistite(bexiga)
- Prostatite(glândula prostática)
- Uretrite(uretra)
Intervenções de enfermagem:
- Estimular para a ingestção de líquidos, desde que não haja contra-indicação;
- Fazer ensino sobre a necessidade de higiene íntima;
- Efectuar avaliação direccionada dos sintomas (por ex:retenção, frequência
urinária e dor);
- Monitorizar o nível de dor, proporcionando apoio e as intervenções
farmacológicas adequadas;
- Administrar os medicamentos prescritos e monitorizar a resposta e os efeitos
colaterais;
- Manter um aporte adequado de líquidos e um registo preciso de balanço hídrico;
- Ensinar ao utente a evitar alimentos irritantes para a mucosa vesical
(condimentos, sumos ou frutos ácidos, álcool e cafeína);
93
19. Entubação
19.1. Entubação endotraqueal
Objectivos:
Manter e estabelecer uma via respiratória
Impedir a aspiração
Permitir a remoção das secreções traqueo-brônquicas
Proporcionar conforto
Contra-indicações:
Queimaduras graves
Obstrução da laringe (tumor da laringe)
Infecção/paralisia das cordas vocais
Nota:
Se um doente com um tubo endotraqueal ou traqueostomia não conseguir manter
uma ventilação eficaz,utilizar ventilador mecânico e tubo de cuff
Juntamente com o tubo endotraqueal utiliza-se o tubo de Guedell para impedir o
doente de morder o tubo e obstruir a passagem de ar. Se for expulso pela tosse a
abertura fecha impedindo o doente de respirar
Numa emergência o utente deve ter junto de si o dilatador traqueal e/ou pinça
hemostática curva, com o objectivo de conservar a abertura
Nota:
1 – Tubo Orofaríngeo: utiliza-se nos indivíduos inconscientes impedindo a
queda da glote
94
95
Procedimento:
Lavar as mãos e calçar luvas não esterilizadas
Explicar a técnica ao utente
Individualizar a unidade
Aspirar a boca e/ou orofaringe
Preparar o campo esterilizado
Retirar o penso da traqueostomia sujo
Calçar luvas esterilizadas
Se a traqueostomia tiver cânula, deve-se retirá-la, lavá-la na solução de H2O2 e
depois passar por solução salina
Substituir as fitas da traqueostomia se estiverem sujos
Atar as fitas com nó direito a um dos lados do pescoço
Usar técnica asséptica para limpar a incisão da traqueostomia
Aplicar a pomada antibiótica
Aplicar um penso esterilizado
Tipos de sondas:
1-Sonda/tubo de Levin - É a mais utilizada e possui apenas um único lúmen.
Geralmente é de poliuretano; Têm uma duração de cerca de 8 dias no interior do
estômago ou duodeno. Este tipo de sonda é a mais utilizada e para várias finalidades.
Pode ser de silicone, o que permite uma longa duração .
2-Sonda de Salem - Sonda de duplo lúmen que é utilizada em situações de drenagem
activa do conteúdo gástrico.
3-Sonda de Faucher - Sonda de grande calibre, de borracha, geralmente utilizada para
lavagem gástrica.
4-Sonda de Blackmore - Sonda de silicone de vários lúmens (3 a 4), que permitem a
drenagem, lavagem e insuflação de balões hemostáticos (compressão do esófago,no
96
Material:
- Tabuleiro
- Saco de sujos
- Resguardo
- Aparadeira
- Papel Tornesol ou Litmo
- Lenços de papel (para o utente se poder assoar)
- Luvas (não necessitam de ser esterilizadas)
- Sonda gástrica com calibre apropriado
- Compressas
- Viscogel
- Espátula (envolta por uma compressa)
- Copo com água (tapado)
- Seringa de 50cc com adaptação própria para SNG
- Estetoscópio
- Adesivo (estreito) ou próprio para adaptar a sonda ao nariz
- Estetoscópio
- Clamp
- Tampa de SNG ou saco colector ou aspirador
- Adaptação bicónica para adaptar a sonda ao aspirador
Procedimento:
Isolar a unidade do utente, no sentido de respeitar a sua privacidade e a dos outros
utentes
Explicar-lhe o tratamento em linguagem acessível e solicitar a sua colaboração
Colocar o utente em Semi-Fowler, com a cabeça ligeiramente flectida
Preparar material de aspirção e aspirador previamente
Colocar tabuleiro na mesa de refeições, previamente limpa
Lavar as mãos
Proteger as roupas com resguardo e fornecer lenços de papel ao utente
Colocar uma celulose ou sobre o doente ou lateralmente
Preparar aparadeira, colocando-a sob a celulose, com uma tira de papel de tornesol
no seu interior
Colocar saco de sujos
Abrir pacote de compressas
Tirar uma tira de adesivo para fixar a sonda, colocando-a na mesa
Se utente colaborante dar-lhe o copo de água, explicando-lhe a sua utilidade
97
Registos:
o Reacções do utente
o Observações específicas segundo objectivo da ENG
98
Procedimento:
Informar o utente e solicitar a sua colaboração
Proteger o utente com um resguardo
Retirar os adesivos
Lavar as mãos
Calçar luvas
Clampar a sonda
Colocar uma compressa por baixo do queixo porque podem sair secreções
Retirar lentamente, segurando a extremidade entre uma compressa, enquanto o
utente respira fundo
Limpar o nariz do utente, nomeadamente as marcas de adesivo
Fornecer os lenços de papel para que o utente possa proceder à limpeza das fossas
nasais
Observar as reacções do utente
Deixar o utente confortável
Arrumar a unidade e guardar e arrumar o material
Elaborar registos, segundo o objectivo da ENG
o Hora do procedimento
o Níveis do saco colector
o Características do líquido drenado
o Reacções e observações
20. Gavagem
Administração através da SNG, duma solução concentrada em nutrientes, necessários à
manutenção ou restauração do equilíbrio nutricional do utente
Em que situações é utilizado:
Quando o utente está incapacitado de deglutir os alimentos
Quando a ingestão de alimentos ou de líquidos é insuficiente para as
necessidades nutricionais/hídricas do utente
Objectivos:
Obter/manter o equilíbrio nutricional do utente
Evitar a ocorrência de complicações relacionadas com a gavagem
Adequar a dieta e o esquema de refeições diárias às necessidades do utente
99
Devemos ver todos os dias: avaliação da glicemia capilar (pois assim vimos se as
necessidades calóricas estão a ser suficientes), ionograma (para ver se os iões estão
bem), peso e medidas antropomédicas (todas as semanas).
Tipos de dietas:
Total Parcial Completa Específica
Quando a dieta Quando a dieta Quando a dieta Quando a dieta
fornecida através da fornecida através da administrada fornece administrada fornece
SNG é o único meio SNG está associada todos os nutrientes apenas alguns dos
de entrada de a outra entrada de necessários ao nutrientes
nutrientes nutrientes equilíbrio nutricional necessários
do utente
Bólus:
Administração através de seringa de alimentação/ cifão, duma quantidade maciça de
alimentação específica, entre 250 a 300 cc, num espaço de tempo entre 5 a 15 minutos,
em intervalos de aproximadamente 2 a 3horas – 4 a 6 tomas/dia
Dá-se 250cc de alimento e 50cc de H2O nos intervalos.
Gotejamento intermitente:
A alimentação vem acondicionada num frasco lacrado (sintética), ao qual é adaptado
um sistema de gotejamento, ou é colocada num saco colector que já tem adaptado um
sistema de gota. Esta metodologia está indicada para utentes com dificuldades de
digestão e assimilação dos nutrientes e deste modo é reduzida a velocidade de
administração (cerca de 2 a 6 horas/cada dose de 500 cc - cerca de 3 a 4 tomas/dia),
facilitando a digestão e a assimilação dos nutrientes, reduzindo a intolerância alimentar.
As desvantagens são essencialmente a pouca regularidade de fluxo e possibilidade de
obstrução da SNG
Cifão:
100
101
Elaborar resgistos:
Características do conteúdo
Hora da administração da dieta
Tipo de dieta
Metodologia de administração
Quantidade administrada
Tolerância do utente
Intercorrências e respectiva actuação face ás mesmas
Indicações/tratamentos prescritos
Reacções do utente
Como fica o utente
Procedimento:
102
103
104
105
Dor Crónica, relacionado com… (ver no conforto prejudicado, por ex. traumatismo
tecidular), secundário a… (distúrbios músculo-esqueléticos como artrites e fracturas
como a coxo-femural) de manifestada por… (verbalização de dor devido à permanência
prolongada numa posição, agitação, fadiga, ansiedade, depressão, irritabilidade,
inactividade/imobilidade física, aparência abatida, esfregar a parte dolorosa,
inquietação, auto-concentração, tensão muscular/esquelética, diminuição da libido).
Objectivo: O indivíduo deve relatar uma melhoria da dor (regressão ou mesmo
ausência) e aumento da actividade diária.
Intervenções: (ver também na dor aguda). Avaliar SV antes de qualquer mobilização ou
transferência. Avaliar as características da dor verbalizadas pelo utente (localização,
intensidade, duração). Proporcionar momentos de repouso e descanso durante o dia (de
modo a atenuar a dor). Levar o utente a expressar os seus sentimentos face à dor que
sente. Averiguar os efeitos da dor crónica sobre a vida da pessoa (trabalho, desempenho
de responsabilidades, interacções sociais, finanças, unidade familiar, cognição/humor,
actividade de vida diária – sono, apetite, mobilidade, sexo). Proporcionar o alivio da dor
com analgésicos se prescritos (retomar passado 30 minutos depois de administrar para
avaliar a eficiência), estar atento a efeitos secundários. Esclarecer o utente acerca da
complexidade da sua dor (causas, possíveis tratamentos, efeitos secundários), de acordo
com o estado de espírito do utente. Dispor ao utente/família as varias modalidades de
tratamentos possíveis (terapia de grupo, terapia familiar, hipnose, acunpultura,
estratégias cognitivas). Tentar abstrair o utente da dor, de acordo com as actividades de
lazer que mais o agradam. Averiguar junto do utente o sofrimento causado pela
experiência de dor (perda de apetite, sono interrompido, menor resistência, medo,
ansiedade, dificuldade de concentração, diminuição dos relacionamentos sociais e
sexuais). Averiguar a eficácia da combinação das técnicas físicas, psicológicas e
106
107
108
109
--» Idoso: Associado a pele seca e fina e/ou vascularização diminuída da pele,
secundário ao processo de envelhecimento (e sequelas de AVC), manifestado por
alterações da pele (úlceras de pressão).
Objectivos: A pessoa deverá apresentar cicatrização progressiva do tecido. (Risco para
Integridade da Pele alterada: A pessoa deve manifestar uma boa integridade cutânea,
pele livre de úlceras de pressão). Que o utente se conscientalize da importância da
hidratação dos membros inferiores.
Intervenções: Identificar o estádio do desenvolvimento da úlcera de pressão (I – Eritema
com pele íntegra sem despigmentação; II – Ulceração da epiderme ou derme; III –
Ulceração envolvendo a gordura subcutânea; IV – Ulceração extensa atingindo a
estrutura músculo-esquelética ou e apoio). Vigiar e registar características da pele e
mucosa monitorizando alterações que possam ocorrer. Avaliar a situação da úlcera
(tamanho, profundidade, etc). Lavar a área avermelhada com sabonete simples e
enxugar/secar muito bem. Massajar a pele saudável em torno da área lesada para
estimular a circulação. Colocar calcanheiras de prevenção, ou gaiola na região dos
membros inferiores, para aliviar a pressão exercida pelos cobertores. Proteger a
superfície saudável. Aumentar ingesta de proteínas (ver nível da albumina sérica).
Promover uma maior ingestão de líquidos para a hidratação adequada, verificar os
líquidos eliminados (BH). Elaborar um plano para o controle de úlceras de pressão,
manter ingesta de líquidos suficiente para um hidratação adequada, encorajar a fazer
exercícios (mesmo no leito). Alternar decúbitos de 2 em 2h. Fazer ensinos aos
cuidadores. Proporcionar momentos de descanso com elevação dos MI (se não estiver
contra-indicado). Estimular a deambulação em caminhadas curtas e frequentes pela
instituição.
- Aplicar Halibut® na região inguinal, escroto, sulco intra-nadegueiro e na região da
face externa do 1/3 da tíbia direita, onde apresentava perda da espessura da pele.
Aplicar creme hidratante ATL® nos membros inferiores e massajar delicadamente para
estimular a circulação.
110
111
112
Desobstrução ineficaz das Vias Aéreas, manifestado por… (sons respiratórios anormais,
frequência, ritmo, profundidade, incapacidade de remover as secreções, tosse ineficaz
ou ausente).
113
Risco para Lesão, relacionado com… (1. alterações da função cerebral; 2. alteração da
mobilidade; função sensorial prejudicada – visão, audição; fadiga; hipotensão
ortostática; 3. falta de atenção a riscos ambientais; 4. Tratamento; gesso/muletas,
bengala, andarilhos; diminuição/perda de memória; reflexo vagal, 5. perigos
domésticos; uso inapropriado de equipamentos auxiliares; história de acidentes),
secundário a… (1. hipoxia, vertigem; 2. amputação, Parkinson, AVC, perda de membro,
deambulação instável; 3. confusão, hipoglicémia, depressão, desequilíbrio electrolítico;
4. sedativos, vasodilatadores, hipertensores, diuréticos; 5. iluminação inadequada, piso
derrapante, escadas, calçado inapropriada, más acessos a sanitários/banheira).
Objectivo: O indivíduo deve verbalizar diminuição do número lesões, e do medo de
sofre-las.
Intervenções: incentivar a pessoa a solicitar auxílio, fazer ensinos acerca do uso
apropriado de auxiliares de marcha, usar calçado adequado (bem ajustados), manter os
espaços iluminados, manter a cama mais baixa durante a noite, eliminar potenciais
causas de acidentes (tapetes soltos, pisos encerados,), providenciar superfícies aderentes
na banheira/chuveiro, providenciar barras de apoio (nos sanitários), providenciar
corrimões nos corredores/escadas, grades laterais na cama se necessário, disponibilizar
urinol, medir regularmente a tensão, ensinar técnicas para redução da hipotensão
ortostática (mudar lentamente de posição, repousar inclinado não deitado, evitar
permanecer de pé longos períodos), evitar desidratação e vasodilatação (banhos
quentes), ensinar a realizar exercícios que aumentem a força e flexibilidade, fazer
exercícios para fortalecer os tornozelos, fazer caminhadas com alguém a acompanhar
(10 minutos), ir ajustando os exercícios à capacidade da pessoa.
114
115
116
117
Deficit no Banho/Higiene
Objectivo: Deve desempenhar a actividade no nível ideal esperado. Comunicar a
satisfação, apesar das limitações.
Intervenções: Negociar com o utente a hora do banho, a localização (no leito, no WC) e
sua participação. Supervisionar a higiene realizada pela utente. Auxiliar na lavagem e
secagem dos MI e cabeça. Adequar a temperatura da água no gosto do utente, e manter
o banheiro aquecido. Proporcionar privacidade ao utente. Assegurar que a cadeira
higiénica se encontra travada. Providenciar todas as medidas de segurança, também
como equipamento de adaptação, conforme a necessidade. Reunir todo o material
necessário para o banho. Manter janelas e portas fechadas para evitar correntes de ar.
Acompanhar o utente na sua deslocação ao lavatório, sempre que este for realizar
higiene oral após as refeições. Verificaras instalações domésticas para o banho e em
reunir todas as adaptações necessárias.
Deficit Vestir/Despir
Intervenções: Permitir que o utente escolha uma roupa do seu agrado. Promover a
independência no vestir por meio da prática continua e sem auxilio. Auxiliar o utente a
vestir-se. Escolher roupas folgadas, com mangas e pernas largas. Permitir que o utente
se vista a seu tempo, pois pode ser uma tarefa fatigante para ele. Incentivar o utente a
vestir-se sentado. Providenciar dispositivos auxiliares para o utente se vesti.
Proporcionar privacidade ao utente.
118
119