Contabilidade Empresarial - Unidade II - Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

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Contabilidade Empresarial

Material Teórico
Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Divane Alves da Silva

Revisão Textual:
Prof. Ms. Selma Aparecida Cesarin
Aplicações Financeiras Pré e
Pós Fixadas

• Aplicações Financeiras Pré-Fixadas

• Aplicações Financeiras Pós-Fixadas

Vamos tratar dos dois tipos de aplicações financeiras mais comuns:


a pré e a pós-fixada.
Estudaremos operações que são muito recorrentes nas empresas e
conhecer os conceitos dessas operações e seu correto tratamento
contábil irá abrir muitas portas em sua carreira.

Nesta Unidade, iremos estudar as aplicações financeiras em suas duas modalidades principais,
as aplicações pré e pós-fixadas.
Aplicações são usadas pelo administrador financeiro no momento em que surge algum
excedente de caixa na empresa. Longe de ser uma decisão fácil, aplicações financeiras
exigem muito cuidado e critério de escolha.
É muito importante que você acompanhe atentamente o texto principal e, em paralelo,
acompanhe passo a passo as contabilizações (registros de partidas de diário) em seu caderno
ou em uma folha de papel.
Faça os exercícios e todas as atividades previstas. Espera-se que você, ao final desta Unidade,
tenha completo entendimento de como as aplicações financeiras são contabilizadas no livro
diário, na escrituração de uma empresa.

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Contextualização

Três sócias receberam um valor significativo de caixa e resolvem fazer um investimento.

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Aplicações Financeiras Pré-Fixadas

As empresas costumam aplicar seus excedentes de caixa em operações pré-fixadas, nas quais
já sabem antecipadamente o valor dos rendimentos. A taxa acordada não varia em função da
moeda. O período para resgate deste tipo de aplicação é de até um ano.
Porém, parte dos rendimentos da aplicação deve ser retido pela instituição financeira na qual
o investimento foi realizado. Esta determinação vem da Receita Federal, que recebe em seus
cofres os valores com a denominação de Imposto de Renda Retido na Fonte.

Para mais informações em relação ao Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF)


sobre rendimentos auferidos em aplicações financeiras, bem como rendimentos
isentos a este tributo, consultar o site da Receita Federal:
www.receita.fazenda.gov.br.

Contabilizações das Aplicações Financeiras Pré-Fixada


Os investimentos em aplicações financeiras com resgate previsto até um ano deve ser
classificado no grupo Ativo Circulante. Assim, teremos:
D – Aplicações Financeiras
C - Banco (*)
1

C - Rendimentos a apropriar

A apropriação dos rendimentos deve ser contabilizada mensalmente, seguindo o princípio da


competência para as operações mensais. Quando o período de apropriação for menor que 30
dias, este deve ser contabilizado no final da operação, até um ano.

Exemplo de Cálculo e Contabilização de Aplicação Pré-Fixada


Uma determinada empresa fez uma aplicação no Banco Intercontinental S/A, no valor de R$
300.000, em Certificado de Deposito Bancário (CDB), por 60 dias, a uma taxa de juros de 2 %
ao mês. O IRRF esta na ordem de 3% sobre o rendimento total e será apurado somente na data
do vencimento, conforme determina a legislação vigente.

» Data da aplicação: 1º de abril de 20X9.


» Data do vencimento: 1º de julho de 20X9.

* Por se tratar de movimentações financeiras, a conta Banco é a mais indicada para contabilizarmos o valor pela aplicação financeira.

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Vamos distribuir a proporção dos rendimentos:


· Abril/20X9= ..................... = 29 dias  30 dias – 1 data da aplicação.
· Maio /20X9 ...................... = 30 dias  mês comercial.
· Junho/20X9 ..................... = 30 dias  mês comercial.
· Julho/20x9 ....................... = 01 dia  vencimento da aplicação.
· Total ................................. = 90 dias de aplicação ou três meses.

Não podemos esquecer que para 90 dias devemos registrar as operações


seguindo o regime de Competência.

1 - Contabilização da aplicação em 01/04/20X9 pelo valor total


D - Aplicações financeiras (AC) ............................318.000
C - Banco conta movimento (AC) ........................300.000
C - Rendimento a apropriar (AC) .........................18.000

Importante
Rendimento a apropriar é uma conta redutora do Ativo Circulante, que demonstra a contabilização
total até o fim da aplicação.

Nesse próximo item, iremos contabilizar os rendimentos proporcionais com a finalidade de


atendermos o principio da competência.

2 - Contabilização proporcional aos 29 dias do mês de abril/ 20x9


D - Rendimento a apropriar (AC) ............................5.800,00
C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) ...5.800,00

2.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 29 dias do mês de


abril/20X9:
R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 29 dias = R$ 5.800,00

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Razonetes

Aplicações financeiras Banco conta movimento


(1) 318.000,00 (SI) 310.000,00 300.000,00 (3)
10.000,00

Rendimento a apropriar Rendimento sobre aplicação financeira


(2) 5.800,00 18.000,00 (1) 5.800,00 (2)
12.200,00

Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9


Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... .......................................................................
............ ............
Aplicação financeira..............318.000,00
(-) Rendimentos a apropriar...(12.200,00) Não circulante
Não circulante Patrimônio Líquido

Total Total

3 - Contabilização do rendimento auferido do mês de maio/ 20x9


D - Rendimento a apropriar (AC ) ...........................6.000,00
C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE).....6.000,00

3.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de


maio/20X9:
R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 30 dias = R$ 6.000,00

Razonetes

Aplicações financeiras
(SI) 318.000,00

Rendimento a apropriar Rendimento sobre aplicação financeira


(3) 6.000,00 12.200,00 (SI) 6.000 (3)
6.200,00

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9


Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... .......................................................................
............ ............
Aplicação financeira ................... 318.000,00
(-) Rendimentos a apropriar .............(6.200,00) Não circulante
Não circulante Patrimônio Líquido
Total Total

4 - Contabilização do rendimento auferido do mês de junho/ 20x9


D - Rendimento a apropriar (AC) 6.000,00
C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) 6.000,00

4.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a 30 dias do mês de


junho/20X9:
R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 30 dias = R$ 6.000,00

Razonetes

Aplicações financeiras
(SI) 318.000,00

Rendimento a apropriar Rendimento sobre aplicação financeira


(4) 6.000,00 6.200,00 (SI) 6.000 (4)
200,00

Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9


Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... ......................................................................
............ .............
Aplicação financeira ............ 318.000,00
(-) Rendimentos a apropriar ............ (200,00) Não circulante
Não circulante Patrimônio Líquido

Total Total

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Neste último lançamento, teremos o resgate da aplicação de apenas um dia e como este
indica o término da aplicação, teremos de calcular o Imposto Retido na Fonte.

5 - Contabilização do rendimento auferido no dia primeiro de julho/20x9


D - Rendimento a apropriar (AC ) ..........................200,00
C - Rendimentos sobre aplicação financeira (DRE) ..200,00

5.1 - Cálculo e contabilização dos rendimentos proporcionais a um dia do mês de


julho/20X9
R$ 18.000,00/90 dias = 200 x 1 dia = R$ 200,00

6 - Apuração de 3% de IRRF sobre o rendimento total da operação e


resgate da aplicação financeira efetuada
D - Banco Conta Movimento (AC) ..........................317.460
D - IRRF a recuperar (AC) ....................................540,00
C - Aplicações Financeiras ( AC) .............................318.000

6.1 - Cálculo dos 3% de IRRF sobre a aplicação financeira


R$ 18.000,00 X 0,03 = R$ 540,00

Razonetes

Aplicações financeiras Banco conta movimento


(SI) 318.000,00 318.000,00 (6) (SI) 10.000,00
(6) 317.460,00
327.460

Rendimento a apropriar Rendimento sobre aplicação financeira


(5) 200,00 200,00 (SI) 200,00 (5)

Imposto de renda a recuperar


(7.1) 540,00

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Representação no Balanço Patrimonial em 30/04/20X9


Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... .......................................................................
............ ............
IRRF a recuperar 540,00
Não circulante Não circulante
Patrimônio Líquido
Total Total

Trocando Ideias
O IRRF a recuperar registrado no Balanço Patrimonial poderá ser compensado com o
Imposto de Renda Pessoa Jurídica a Pagar (imposto calculado sobre o resultado apurado no período,
assunto a ser abordado na disciplina Planejamento Contábil Tributário) ou com quaisquer outros
tributos federais, conforme determina a legislação vigente.

Aplicações Financeiras – Pós-Fixadas

Nas operações pós-fixadas, as taxas de juros se modificam ao longo da operação, ou seja,


não é possível identificar o valor do resgate da operação. Ocorre o inverso que nas operações
pré-fixadas, nas quais se conhecem os juros e rendimentos no ato da operação.
Este fator se deve à inflação que pode gerar uma variação monetária ativa ou passiva,
respectivamente. A rentabilidade depende da lei da oferta e procura e está atrelada a um índice
econômico. As empresas que investem em operações pós-fixadas tem um risco maior, porém,
seu retorno também tende a ser maior.
De acordo com o Banco Central do Brasil, os principais indicadores econômicos nacionais
que medem a variação da moeda no tempo são:
· INPC/IBGE: Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística;
· IGP-M/FGV: Índice Geral de Preços-Mercado, da Fundação Getúlio Vargas;
· TJLP/BNDES: Taxa de Juros de Longo Prazo, do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social.

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Breve relato dos principais indicadores econômicos
Conforme pesquisa efetuada no site http://br.advfn.com/indicadores, os principais
indicadores econômicos do Brasil, utilizados para o cálculo de taxa de juros, inflação, aluguéis
e outros valores contratuais, são coletados diretamente das fontes dos dados: Banco Central do
Brasil (BCB), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Fundação Getúlio Vargas
(FGV). As informações podem ser visualizadas em forma de tabelas ou gráficos interativos.
IPC-Fipe – Índice de Preços ao Consumidor, calculado semanalmente pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) – USP, mede a variação dos preços de produtos e
serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e vinte salários mínimos, na cidade de
São Paulo. As variações são obtidas comparando-se preços médios das quatro últimas semanas
(referência) com os das quatro semanas anteriores (base).

a) IPCA – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, calculado mensalmente


pelo IBGE, é o índice oficial do governo para medição das metas inflacionárias,
estabelecidas no acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Mede a variação
nos preços de bens e serviços consumidos por famílias com rendimentos entre um e
quarenta salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e
Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

b) IGP – A FGV calcula três índices gerais de preço – IGP-M, IGP-10 e IGP-DI – que diferem entre
si apenas pelo período de coleta de dados. Os três são calculados com base em outros três
indicadores: o Índice de Preços no Atacado (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
e o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam, respectivamente,
60%, 30% e 10% em cada um dos IGPs. Base: Rio de Janeiro e São Paulo.

» IGP-M: compreende o período entre o dia 21 do mês anterior ao de referência e o


dia 20 do mês de referência;
» IGP-10: compreende o período entre o dia 11 do mês anterior ao de referência e o
dia 10 do mês de referência;
» IGP-DI: compreende o período entre o primeiro e o último dia do mês de referência.

c) INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE, foi criado com
o objetivo de orientar os reajustes dos salários dos trabalhadores. Mede a inflação para
famílias com renda entre um e oito salários mínimos. A taxa é calculada nas regiões
metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo,
Belém, Fortaleza, Salvador, além do Distrito Federal e do município de Goiânia.

d) ICV – Apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos


(Dieese), o Índice do Custo de Vida mede a variação dos preços de bens e serviços consumidos
pelas famílias com renda entre um e três salários mínimos da cidade de São Paulo.

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Contabilização das Aplicações Financeiras – Pós-Fixadas


Conforme mencionado, o indicador econômico pode gerar tanto um ganho como uma perda.
Quando ganho, a conta contábil será registrada como variação monetária ativa, enquanto na
perda, será variação monetária passiva. Ambas as contas são registradas na DRE-Demonstração
do Resultado do Exercício.
A variação cambial, que é um indicador econômico estrangeiro, também interfere nas
aplicações financeiras Pós-Fixadas.
De acordo com a NBC-T–10.9.2.2 – que trata do registro contábil das operações pós-fixadas,
temos as descrições:
a) As operações ativas ou passivas com taxas pós-fixadas ou flutuantes contabilizam-se
pelo valor do principal, a débito ou a crédito das contas que as registrem. Essas mesmas
contas acolhem os juros e os ajustes mensais decorrentes das variações da unidade de
atualização;
b) As rendas ou os encargos dessas operações são apropriados mensalmente, a crédito ou
a débito das contas de resultado, em razão da fluência de seus prazos, admitindo-se a
apropriação em períodos inferiores a um mês;
c) Os ajustes decorrentes das variações da unidade de atualização devem ser registrados
em contas específicas de resultado diferenciadas das contas representativas dos juros
relativos à operação;
d) As rendas ou os encargos relativos aos dias decorridos no mês da contratação da
operação devem ser apropriados dentro do próprio mês, pro rata temporis;
e) A apropriação das rendas ou dos encargos mensais dessas operações faz-se mediante a
utilização de método exponencial, admitindo-se a apropriação segundo o método linear
naquelas contratadas com cláusula de juros simples.

Importante
A norma NBC-T–10.9.2.2 foi revogada pela Resolução CFC N.º 1.286/10 por conta da
convergência às normas contábeis internacionais. Está sendo mantida para estudo por conta de sua
relevância didática. Você também irá estudar as normas internacionais sobre operações financeiras,
que são as seguintes:
· CPC 38 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração;
· CPC 39 - Instrumentos Financeiros: Apresentação;
· CPC 40 - Instrumentos Financeiros: Evidenciação (R1).
Para acessar as Normas Brasileiras de Contabilidade, acesse: http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre.
E para acessar as Normas do CPC, acesse: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos.

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Exercício Resolvido sobre aplicações Financeiras Pós-Fixadas
A empresa “Unidos Venceremos” aplicou em ações um valor de $ 500.000, com variação
monetária com base no CDB mais juros de 2% sobre o valor atualizado.
Data da aplicação: 5 de maio de 20X9.
Data do resgate: 2 de novembro de 20X9.
Juros de 2% ao mês, total de 12% (maio a novembro).
Variação do CDB no período: 8%.
IRRF sobre o total dos rendimentos: 5%.
Para fins didáticos, será utilizado o método de juros simples. Efetuaremos a contabilização no
Diário, Razonete e Balanço Patrimonial respectivamente:

· Representação no Livro Razão


1 - Contabilização da aplicação em 05/04/20X6
D - Aplicação financeira (A.C).....................................500.000
C - Banco conta movimento (A.C)...............................500.000

Devemos lembrar que a classificação entre circulante ou não circulante deve ser feita de
acordo com o prazo da aplicação.

· Representação no Razonete – Aplicação ocorrida em 05/abril.

Aplicações financeiras Banco conta movimento


(1) 500.000 500.000 (1)

· Representação no Balanço Patrimonial – Aplicação ocorrida em 5/abril.

Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... .......................................................................
............ ............
IRRF a recuperar 500.000,00 Não circulante
Não circulante Patrimônio Líquido

Total Total

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

· Cálculo das receitas auferidas somente na data do regate da aplicação


financeira:
Variação monetária ativa = variação do CDB no período de 8%.
R$ 500.000,00 x 0,08 = R$ 40.000,00  Ganho.
Rendimentos = juros de 2% a.m. = 12% sobre o valor da aplicação atualizada.
R$ 540.000,00 x 0,12 = R$ 64.800,00.

2 - Contabilização das receitas auferidas sobre a aplicação financeira


D - Aplicações financeiras ....................................104.800,00
C - Variação monetária ativa .................................40.000,00
C - Rendimentos sobre aplicação financeira .......64.800,00

· Representação no Razonete – Aplicação ocorrida em 5/abril.

Aplicações financeiras Variação monetária ativa


(1) 500.000 500.000 (1)
(2) 104.800 40.000 (2)

Rendimentos sem
aplicações financeiras
64.800 (2)

· Calculo do IRRF sobre o valor total dos rendimentos


IRRF sobre os rendimentos → 104.800,00 X 0,05 = 5.240,00

3 - Contabilização do IRRF sobre o valor total dos rendimentos e do resgate da


operação efetuada em 02/novembro:
D - Bancos Conta Movimento (A.C.) .............................. R$ 534.760,00
D - IRRF a Recuperar (A.C.) ........................................... *2R$ 5.240,00
C - Aplicações Financeiras (A.C.).................................... R$ 540.000,00

(*) As alíquotas para o exemplo foram aleatórias.

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· Representação nos Razonetes dos fatos ocorridos com o resgate

Aplicações financeiras Bancos


(1) 500.000 604.800 (3) (SI) 30.000
(2) 104.800 (3) 534.760
604.800,00 604.800 564.760

IRRF a Recuperar Variação monetária ativa


(3) 5.240 40.000 (2)

Rendimentos sobre
Aplicação financeira
64.800 (2)

· Representação no Balanço Patrimonial – Aplicação ocorrida em 31/11/X9

Ativo Passivo
Circulante Circulante
....................................................................... .......................................................................
....................................................................... .......................................................................
............ ............
IRRF a recuperar 5.240,00

Não circulante Não circulante


Patrimônio Líquido
Total Total

Importante

Para fins didáticos, o resultado sobre a aplicação financeira, ganhos e rendimentos foram registrados
no final da operação. Porém, numa situação empresarial, deve-se acompanhar a variação do
índice escolhido para a operação e registrar mensalmente os ganhos, mesmo que sejam de forma
aproximada, atendendo, assim, o regime de competência. Ao final da operação, serão feitos os
devidos ajustes.

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Material Complementar

Uma das grandes dificuldades de gestores das empresas brasileiras, sobretudo as pequenas e
médias, está em como decidir qual o melhor investimento a fazer.
No artigo a seguir, Alberton et al. (2004) realizaram uma interessante investigação para
entender como os gestores brasileiros lidam com esse aspecto.

XXIV Encontro Nac. de Eng. de Produção - Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de nov. de 2004.
ENEGEP 2004 ABEPRO 2321

Seleção de investimentos: aspectos e ferramentas relevantes na perspectiva


dos gestores
Anete Alberton (PMA/UNIVALI)
Rosilene Marcon (PMA/UNIVALI)
Anielson Barbosa da Silva (PMA/UNIVALI)
Éverton Luís Pellizzaro de Lorenzi Cancellier (PMA/UNIVALI)

Resumo
No desempenho de suas atividades, os profissionais defrontam-se com decisões envolvendo
somas consideráveis de recursos. Geralmente, tais recursos são escassos e a otimização na
escolha dos futuros investimentos ou na busca por fontes de recursos economicamente mais
vantajosas é necessária para a eficácia empresarial. Além disso, os investimentos, independente
de qual modalidade, são de fundamental importância para o crescimento e desenvolvimento
econômico local e/ou regional. O objetivo deste artigo é a caracterização do processo decisorial
de seleção de investimentos em empresas da Grande Florianópolis. A pesquisa é exploratória-
descritiva, de corte transversal, tipo levantamento ou survey, realizada por meio de questionários
respondidos, preferencialmente, pelos dirigentes das empresas. A amostra compreende 83
empresas da região com pelo menos um ano de atividade. Face às características regionais,
o trabalho foi direcionado ao estudo das micro e pequenas empresas, que é relevante, já que
elas desempenham um importante papel na sociedade, gerando empregos e renda com menor
capital investido, dinamizando a economia de sua região. Apesar do alto grau de instrução
observado na maioria dos dirigentes das empresas pesquisadas, dentre os principais resultados
obtidos, observou-se que as empresas privilegiam métodos pouco sofisticados para a análise de
investimentos, como já observado em estudos similares realizados.
Palavras-chave: Análise de Investimentos, Tomada de Decisões, Pequenas Empresas.
Artigo completo disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0304_1609.pdf

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Referências

BRASIL. Decreto-Lei No 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal Brasileiro. Art. 160.

CORDEIRO DA SILVA, Edson. Como Administrar o Fluxo de Caixa das Empresas: Guia
de sobrevivência empresarial. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2011.

IUDÍCIBUS, Sergio de. et al. Contabilidade Introdutória. 11.ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: Contabilidade Empresarial. 7.ed.


São Paulo: Atlas, 2012.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12.ed. São Paulo: Pearson


Education Brasil, 2010. (e-book)

ARAÚJO, I. P. S. Introdução à contabilidade. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2008. (e-book)

GRIFFIN, M.P. Contabilidade e finanças. São Paulo: Saraiva, 2012. (Série Fundamentos).
(e-book)

GUERRA, L. Contabilidade descomplicada. São Paulo: Saraiva, 2010. (e-book)

MÜLLER, A. N. Contabilidade básica: fundamentos essenciais. São Paulo: Pearson


Education, 2012.

REIS, A. Demonstrações contábeis. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2009. (e-book)

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UNIDADE: Aplicações Financeiras Pré e Pós Fixadas

Anotações

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São Paulo SP Brasil
Tel: (55 11) 3385-3000

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