Plano Residuos Solidos SP 2014

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Plano de

Resíduos Sólidos
do Estado de São Paulo

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO • SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE


CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
Plano de Resíduos Sólidos
do Estado de São Paulo

Governo do Estado de São Paulo


Secretaria do Estado do Meio Ambiente

Autores
André Luiz Fernandes Simas
Christiane Aparecida Hatsumi Tajiri
Maria Fernanda Romanelli
Maria Teresa Castilho Mansor
Marina Balestero dos Santos
Mônica Laís Storolli
Wagner Luiz Cabelho da Silva
Zuleica Maria de Lisboa Perez
Pedro Penteado de Castro Neto
Cristiano Kenji Iwai
Maria Heloisa P. L. Assumpção
Flávio de Miranda Ribeiro
Edgar César de Barros
Nádia Gilma Beserra de Lima
Jorge Toshiyuki Ogata
Fernando Antônio Wolmer

Organizadores
André Luiz Fernandes Simas
Zuleica Maria de Lisboa Perez

1a edição
São Paulo, 2014
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Dados Internacionais de Catalogação


(CETESB – Biblioteca, São Paulo, Brasil)

S242p São Paulo (Estado). Secretaria do Meio Ambiente.


1.ed. Plano de resíduos sólidos do estado de São Paulo [recurso eletrônico] / Secretaria do Meio Ambiente do Estado
de São Paulo, Coordenadoria de Planejamento Ambiental, CETESB ; Autores André Luiz Fernandes Simas ... [et al.] ;
Organizadores André Luiz Fernandes Simas, Zuleica Maria de Lisboa Perez. – 1a ed. – São Paulo : SMA, 2014.
1 arquivo de texto (350 p.) : il. color., PDF; 160 MB

Publicado também em papel e pen-drive.


Disponível em: <http://www.ambiente.sp.gov.br>
ISBN 978-85-8156-020-5

1. Diagnóstico ambiental 2. Planejamento ambiental 3. Políticas públicas 4. Qualidade ambiental 5. São Paulo
(Estado) 6. Resíduos sólidos I. Simas, André Luiz Fernandes. II. Perez, Zuleica Maria de Lisboa (org.). III. Título.

CDD (21.ed. esp.) 363.728 638 161


CDU (2.ed. port.) 502.175:628.4 (815.6)

Catalogação na fonte: Margot Terada CRB 8.4422


Governo do Estado de São Paulo
Governador Geraldo Alckmin
Secretaria do Meio Ambiente
Secretário Rubens Naman Rizek Junior
Secretário ADJUNTO José do Carmo Mendes Junior

Coordenadoria de Planejamento Ambiental


Coordenadora Zuleica Maria de Lisboa Perez
departamento de planejamento ambiental estratégico
Diretora Gabrielle Tambellini
centro de projetos
Diretor Andre Luiz Fernandes Simas
centro de zoneamento ambiental
Diretor Luiz Roberto Numa de Oliveira
centro de políticas públicas
Diretora Denize Coelho Cavalcanti
departamento de informações ambientais
Diretora Arlete Tieko Ohata
centro de diagnósticos ambientais
Diretor Edgar Cesar de Barros
centro de integração e gerenciamento de informações
Diretora Aline Salim

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL


COORDENADORA Yara Cunha Costa

COORDENADORIA DE BIODIVERSIDADE E RECURSOS NATURAIS


COORDENADOR Daniel Glaessel Ramalho

COORDENADORIA DE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL


COORDENADOR Luiz Ricardo Viegas de Carvalho

COORDENADORIA DE PARQUES URBANOS


COORDENADOR Joaquim Hornink Filho

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo


Diretor-Presidente Otavio Okano
Diretoria de Gestão Corporativa
Diretor Sergio Meirelles Carvalho
Diretoria de Controle e Licenciamento Ambiental
Diretor Aruntho Savastano Neto
Diretoria de Engenharia e Qualidade Ambiental
Diretor Carlos Roberto dos Santos
Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental
Diretora Ana Cristina Pasini da Costa
4
Apresentação

Apresentação
A complexidade do tema resíduos sólidos mostrou-se evidente no processo
de formulação das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos, instituídas
pela Lei Federal no 12.305, de 2 de agosto de 2010, e pela Lei Estadual no 12.300,
de 16 de março de 2006. A execução dessas Políticas no território paulista teve
respaldo no Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sóli-
dos, instituído em 2012, cujas ações consistem na elaboração do Plano Estadual
de Resíduos Sólidos; no apoio à gestão municipal de resíduos sólidos e às ativi-
dades de reciclagem, coleta seletiva e melhoria na destinação final dos resíduos
sólidos; e na educação ambiental para a gestão de resíduos sólidos.
O processo de elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos atendeu ao
conteúdo mínimo previsto na Política Nacional e foi idealizado no âmbito da Co-
missão Estadual de Gestão de Resíduos Sólidos, concretizando-se no Grupo de
Trabalho composto por técnicos e especialistas da Companhia Ambiental do Es-
tado de São Paulo (Cetesb) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA),
com participação de outros órgãos estaduais específicos, sob a coordenação da
Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA).
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos é composto por quatro partes:
• o Panorama dos Resíduos, que retrata a situação da gestão e gerenciamento
dos resíduos sólidos no estado;
• o Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais, que
tem o intuito de fomentar a descentralização das políticas públicas voltadas à
gestão dos resíduos sólidos e o compartilhamento de serviços e atividades de
interesse comum aos municípios, a fim de permitir a otimização dos recursos
– financeiros, materiais e humanos – e a geração de economia de escala;
• a Proposição de Cenários, que busca a visualização de possíveis configurações
futuras para os resíduos sólidos, a partir de projeções de geração;
• as Diretrizes, Metas e Ações, que tratam de estratégias a serem adotadas ao
longo de dez anos para assegurar a implementação do Plano Estadual, norte-
adas pela obrigatoriedade de adoção da hierarquização na gestão e gerencia-
mento de resíduos sólidos – não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento e disposição final adequada dos rejeitos.
O processo de validação do documento pela sociedade foi feito por consultas
e audiências públicas. Entre janeiro e abril de 2014, o Panorama dos Resíduos
Sólidos ficou disponível no website da SMA para consulta pública. A versão pre-
liminar do Plano Estadual de Resíduos Sólidos esteve em consulta pública entre
julho e agosto de 2014; e no mesmo período, foram realizadas cinco Audiências
Públicas do Plano, em cinco regiões do estado. Essas etapas foram fundamentais
para o aperfeiçoamento e a construção conjunta do documento, de forma parti-
cipativa e transparente.
Após incorporação das contribuições obtidas durante o processo de valida-
ção, a SMA apresenta o Plano de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo e
convoca toda a sociedade a se envolver e participar ativamente da gestão e do
gerenciamento dos resíduos sólidos, a fim de proteger a saúde pública e preservar
os recursos naturais, contribuindo para a construção de cidades sustentáveis.

Rubens Naman Rizek Junior


Secretário do Meio Ambiente
5
Sumário APRESENTAÇÃO 5
SIGLAS 9

PANORAMA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DO ESTADO DE SÃO PAULO 15


1. INTRODUÇÃO 17
1.1. Estrutura do Sistema Ambiental Paulista 17
1.2. Políticas Governamentais referentes a resíduos sólidos 19
1.3. Ações e Programas do Sistema Ambiental em vigência 23
2. PERFIL DO ESTADO DE SÃO PAULO 29
2.1. Divisões regionais 29
3. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO ESTADO DE SÃO PAULO 33
4. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 38
4.1. Geração 38
4.2. Coleta 42
4.3. Tratamento 42
4.4. Disposição Final 43
4.5. gestão dos rSU 48
4.6. Panorama Geral da Coleta Seletiva 52
4.6.1. Gestão da Coleta Seletiva no Estado de São Paulo 55
4.6.2. Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis no Estado de São Paulo 57
4.6.3. Cooperativas e Associações de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis no Estado de São Paulo 59
5. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 63
5.1. GERAÇÃO 65
5.2. COLETA 66
5.3. DESTINAÇÃO 67
5.3.1. Reutilização e Reciclagem 67
5.3.2. Disposição em aterro 70
6. RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO 73
6.1. Estimativas de produção de lodo das Estações de Tratamento de Água e de Esgoto 75
6.1.1. Lodo de ETA 76
6.1.2. Lodo de ETE 78
7. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 82
7.1. Geração 85
7.2. Coleta 88
7.3. Tratamento e disposição final 89
8. RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE 93
8.1. Resíduos Sólidos de Portos 95
8.2. Resíduos Sólidos de Aeroportos 101
8.3. Resíduos Sólidos do Transporte Rodoviário e Ferroviário 104
8.4. Resíduos Sólidos de Terminais Alfandegários 107
8.5. Considerações finais 107
6
9. RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVOPASTORIS 110

Sumário
9.1. Resíduos agrossilvopastoris inorgânicos 110
9.2. Resíduos agrossilvopastoris orgânicos 113
9.2.1. Resíduos sólidos agrossilvopastoris de origem animal 114
9.2.2. Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris de Origem Vegetal 116
9.3. Resíduos provenientes de petrechos de pesca 116
10. RESÍDUOS INDUSTRIAIS 118
10.1. Estimativas de Geração de Resíduos Sólidos Industriais 121
10.2. Reciclagem, Reprocessamento, Tratamento e Disposição Final 126
11. RESÍDUOS DE MINERAÇÃO 129
11.1. Caracterização dos resíduos gerados 133
11.2. Armazenamento e destinação final 135
12. RESPONSABILIDADE PÓS-CONSUMO 138
12.1. Estratégia adotada no Estado de São Paulo 139
12.2. Termos de Compromisso assinados até o momento 140
13. ÁREAS DEGRADADAS E ÁREAS CONTAMINADAS POR DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 155
13.1. Gestão de Áreas Contaminadas 156
13.2. Áreas Contaminadas ou Degradadas por Deposição de Resíduos 159
14. EDUCAÇÃO AMBIENTAL 162
14.1. AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 163

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais 169


1. Introdução 171
1.1. Regionalização Aplicada à Gestão de Resíduos Sólidos 172
2. Unidades regionais 174
2.1. Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo 179
2.1.1. Região Metropolitana de São Paulo 180
2.1.2. Região Metropolitana da Baixada Santista 182
2.1.3. Região Metropolitana de Campinas 184
2.1.4. Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte 186
2.1.5. Região Metropolitana de Sorocaba 188
2.2. aglomerações urbanas do Estado de São Paulo 188
2.2.1. Aglomeração Urbana de Jundiaí 188
2.2.2. Aglomeração Urbana de Piracicaba 189
3. Soluções consorciadas 191
3.1. SOLUÇÕES CONSORCIADAS PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 191
3.2. Formas de cooperação voluntária 191
3.2.1. Convênios de cooperação 192
3.2.2. Consórcios Públicos 192
3.2.3. Parcerias Público-Privadas 193
4. Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos (GIREM) 195
4.1. Atividade com os municípios 198
5. ESTUDO DE REGIONALIZAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 210
7
Sumário cenários e projeções 231
1. INTRODUÇÃO 233
2. Cenários e projeções pARA GESTÃO DE RESÍDOS SÓLIDOS 235

Diretrizes, METAS E Ações 245

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 261


AnexoS 275
ANEXO I – traçados das UGRHI e divisões regionais 277
ANEXO II – DETALHAMENTO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE GERADOS
NOS PORTOS ORGANIZADOS DE SANTOS E SÃO SEBASTIÃO, POR GRUPO (ANVISA RDC Nº 56/08) 290
ANEXO III – Legislação Brasileira pertinente aos resíduos sólidos 299
ANEXO IV – HIERARQUIZAÇÃO NA GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 321
ANEXO V – CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS 331
ANEXO VI – LISTA DE CONDICIONANTES TÉCNICAS E LEGAIS PARA IMPLANTAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS 337
Ficha Técnica 349

8
SIGLAS

Siglas
A3P – Agenda Ambiental na Administração Pública
ABIB – Associação Brasileira das Indústrias Biomassa e Energia Renovável
ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos
ABIMA – Associação das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados
ABINEE – Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
ABIOVE – Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais
ABIPECS – Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína
ABIPLA – Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Limpeza
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRAFILTROS – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais
ABRECON – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição
ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
AC – Área Contaminada
ACI – Área Contaminada sob Investigação
ACSA – Airports Company South Africa
ACV – Análise de Ciclo de Vida
AGEM – Agência Metropolitana da Baixada Santista
AGEMCAMP – Agência Metropolitana de Campinas
AGRA – Área de Gerenciamento de Risco Aviário
AMA – Associação dos Municípios da Araraquarense
AME – Área em Processo de Monitoramento para Encerramento
AMMEP – Associação dos Municípios da Média Paulista
AMVAPA – Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema
ANA – Agência Nacional de Águas
ANAC – Agência Nacional da Aviação Civil
ANDAV – Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários
ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária
AP – Área com Potencial de Contaminação
APA – Área de Proteção Ambiental
APM – Associação Paulista de Municípios
APM – Área de Proteção de Mananciais
APP – Área de Preservação Permanente
APRM-B – Área de Proteção e Recuperação de Mananciais da Bacia Hidrográfica do Reservatório Billings
APRM-G – Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais da Bacia Hidrográfica do Guarapiranga
APTA – Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
AR – Área Reabilitada para o Uso Declarado
ARSESP – Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo
ARTESP – Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo
AS – Área com Suspeita de Contaminação
ASA – Área de Segurança Aeroportuária
ATT – Área de Transbordo e Triagem
AU – Aglomeração Urbana
AUJ – Aglomeração Urbana de Jundiaí
AUP – Aglomeração Urbana de Piracicaba
CADEC – Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado de São Paulo
CADRI – Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental
9
Siglas CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
CDA – Coordenadoria de Defesa Agropecuária
CDR – Combustível Derivado de Resíduos
CEA – Coordenadoria de Educação Ambiental
CEDEPAR – Consórcio de Estudos, Recuperação e Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica
do Rio Pardo
CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem
CEPAM – Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal “Fundação Prefeito Faria Lima”
CERISO – Consórcio de Estudos, Recuperação Desenvolvimento Bacias Rio Sorocaba
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais
CFICS – Centro de Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo
CI – Consórcio Intermunicipal Gabriel Monteiro
CI – Consórcio Intermunicipal Guapiaçu
CIABC – Consórcio Intermunicipal Grande ABC
CIAS – Consórcio Intermunicipal para o Aterro Sanitário
CIGA – Consórcio Intermunicipal para a Gestão Ambiental e de Resíduos Sólidos Integrada
CIMA – Convênio Intermunicipal de Meio Ambiente
CIMBAJU – Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Bacia do Juqueri
CIMP – Consórcio Intermunicipal de Meio Ambiente
CIOESTE – Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo
CIPAS – Consórcio Intermunicipal para Aterro Sanitário de Biritiba-Mirim
CIPREJIM – Consórcio Intermunicipal de Preservação da Bacia do Rio Jaguari-Mirim
CIRL – Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado
CISAB – Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico da Bacia do Rio Sorocaba e Médio Tietê
CISBRA – Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico para a Região do Circuito das Águas
CITP – Consórcio Intermunicipal dos Vales dos Rios Tietê-Paraná
CIVAP – Consórcio Intermunicipal do Vale do Paranapanema
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CNAE – Cadastro Nacional de Atividades Econômicas
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear
CNORP – Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos
CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CNT – Confederação Nacional do Transporte
CNUDS – Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
CODESP – Companhia Docas do Estado de São Paulo
CODENOP – Consórcio Público Desenvolvimento do Noroeste Paulista
CODIVAP – Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba
CODIVAR – Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Vale do Ribeira
CODRALIX – Consórcio Intermunicipal para Tratamento e Disposição Final do Lixo
COMAER – Comando da Aeronáutica
COMAM – Consórcio de Municípios da Alta Mogiana
CONAC – Conselho de Aviação Civil
CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONDEMAT – Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê
CONDEPAHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico
do Estado de São Paulo
CONDERSUL – Consórcio de Desenvolvimento das Regiões Sul e Sudoeste do Estado de São Paulo
CONDESB – Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista
CONIRPI – Consórcio Intermunicipal do Ribeirão Piraí
10
CONISUD – Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo

Siglas
CONSAB – Consórcio Intermunicipal na Área de Saneamento Ambiental
CONSAÚDE – Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ribeira
CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente
CONSIMARES – Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana
de Campinas
COTRALIX – Consórcio Intermunicipal para Tratamento e Disposição Final de Lixo
CP – Centro de Projetos
CPLA – Coordenadoria de Planejamento Ambiental
CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
CTRF – Centro Técnico Regional de Fiscalização
CVS – Centro de Vigilância Sanitária
CZA – Centro de Zoneamento Ambiental
DA – Digestão Anaeróbia
DAESP – Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo
DERSA – Desenvolvimento Rodoviário
DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
DPRN – Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral
EIA – Estudo de Impacto Ambiental
EM – Em perigo
EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia
EMPLASA – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano
EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
EPI – Equipamento de Proteção Individual
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
EVTE – Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica
FECOP – Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição
FEHIDRO – Fundo Estadual de Recursos Hídricos
FGV – Fundação Getúlio Vargas
FUNDOCAMP – Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas
FUNDOVALE – Fundo Metropolitano de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte
GEE – Gases de Efeito Estufa
GIREM – Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos
GSMFC – Gulf States Marine Fisheries Commission
GT – Grupo Técnico
IAA – Indicador de Avaliação Ambiental
IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
ICTEM – Indicador de Coleta e Tratabilidade de Esgoto da População Urbana de Município
IGR – Índice de Gestão de Resíduos
IMO – International Maritime Organization
INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Portuária
INPEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
INVESTE SÃO PAULO – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade
11
Siglas IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
IQC – Índice de Qualidade de Usinas de Compostagem
IQR – Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos
IQR-Valas – Índice de Qualidade de Aterros de Resíduos em Valas
IUCN – União Internacional para Conservação da Natureza
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
LUPA – Levantamento de Unidades de Produção Agrícola
MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
METRÔ – Companhia do Metropolitano de São Paulo
MMA – Ministério do Meio Ambiente
MME – Ministério de Minas e Energia
MMP – Macrometrópole Paulista
MNCR – Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis
MPM-ESP – Mapa da Produção Mineral do Estado de São Paulo
MPSP – Ministério Público do Estado de São Paulo
MR – Microrregião
MW – Megawatt
NBR – Norma Brasileira
OACI – Organização Internacional da Aviação Civil
OLUC – Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados
OTM – Ordenamento Territorial Geomineiro
P&D – Pesquisa e Desenvolvimento
P+L – Produção Mais Limpa
PAE – Projeto Ambiental Estratégico
PAM – Plano de Ação da Macrometrópole Paulista
PEMC – Política Estadual de Mudanças Climáticas
PEMLS – Parque Estadual Marinho da Laje de Santos
PERS – Política Estadual de Resíduos Sólidos
PEV – Ponto de Entrega Voluntária
PEXJ – Parque Estadual Xixová-Japuí
PCA – Plano de Gerenciamento
PCJ – Consórcio Intermunicipal das Bacias do Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí
PGRM – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Mineração
PIB – Produto Interno Bruto
PMA – Plano de Melhoria Ambiental
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
PMVA – Programa Município VerdeAzul
PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
PNGRF – Programa Nacional de Gerenciamento do Risco da Fauna
PNMA – Programa Nacional de Meio Ambiente
PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
PNSB – Plano Nacional de Segurança de Barragens
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PP – Petrecho de Pesca
PPA – Plano Plurianual
PP-APD – Petrecho de Pesca Abandonado, Perdido ou Decartado
PPP – Parceria Público-Privada
PROCLIMA – Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo
12
PVPAF – Posto de Vigilância Sanitária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados

Siglas
RA – Região Administrativa
RE – Regionalmente Extinta
RCC – Resíduos da Construção Civil
RCL – Regime de Concessão de Lavra
RDC – Resolução da Diretoria Colegiada
RECAP – Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região
REGRAN – Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do A.B.C.D.M.R.R-SP
RESAN – Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lava-Rápidos e Estacionamentos
de Santos e Região
REx – Regime de Extração
RIMA – Relatório de Impacto Ambiental
RLi – Regime de Licenciamento
RM – Região Metropolitana
RM – Resíduos de Mineração
RMBS – Região Metropolitana da Baixada Santista
RMC – Região Metropolitana de Campinas
RMS – Região Metropolitana de Sorocaba
RMSP – Região Metropolitana de São Paulo
RMVPLN – Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte
RPC – Responsabilidade Pós-Consumo
RSD – Resíduo Sólido Domiciliar
RSS – Resíduos de Serviços de Saúde
RSU – Resíduo Sólido Urbano
SAA – Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
SEADE – Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
SEAQUA – Sistema Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e
Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEP – Secretaria Especial de Portos da Presidência da República
SIGEINRES – Consórcio Intermunicipal para Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
SIGMINE – Sistema de Informações Geográficas da Mineração
SIGOR – Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos
SIMEPETRO – Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos
Derivados de Petróleo
SINCOPETRO – Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo
SINDICOM – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes
SINDILUB – Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes
SINDIREPA – Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo
SINDIRREFINO – Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais
SINDITELEBRASIL – Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal
SINDITRR – Sindicato Nacional do Comércio Transportador, Revendedor, Retalhista de Combustíveis
SINIMA – Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente
SINISA – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico
SINDUSCON-SP – Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo
SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente
SMA – Secretaria do Meio Ambiente
SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
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Siglas SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação
SSHR – Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos
STM – Secretaria dos Transportes Metropolitanos
SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
SUTACO – Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades
SVA – Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional
TEBAR – Terminal Marítimo Almirante Barroso
TMB – Tratamento Mecânico-Biológico
UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos
UMMES – União dos Municípios da Média Sorocabana
UNICIDADES – Agência de Desenvolvimento Regional
URE – Unidade de Recuperação Energética
UVE – Unidade de Valorização Energética
VIGIAGRO – Vigilância Agropecuária Internacional
VTI – Valor da Transformação Industrial
VU – Vulnerável
ZEE – Zoneamento Ecológico-Econômico

14
Panorama dos Resíduos Sólidos
do Estado de São Paulo

+ -

+ -
+ -

+ -
1. INTRODUÇÃO

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


A gestão dos resíduos sólidos possui caráter dinâmico e requer estra-
tégias de enfrentamento transversais, que abarquem toda a sociedade e
extrapolem a perspectiva ambiental. Os aspectos a considerar nesse en-
frentamento envolvem, além de questões ambientais, questões técnicas
complexas, econômicas, de produção e consumo sustentáveis, de educação
e cidadania e sociais. Parte da complexidade associada à gestão de resíduos
sólidos deve-se ao envolvimento inerente do poder público, iniciativa pri-
vada e sociedade civil, quer como gerador ou usuário, quer como prestador
de serviços, formulador de regulamentos ou executor de políticas públicas.
Soma-se a isso o fato de que normalmente não se trata e dispõe os resíduos
sólidos no local em que são gerados.

1.1. Estrutura do Sistema Ambiental Paulista


A inserção do termo resíduos sólidos na esfera ambiental formal no Es-
tado de São Paulo deu-se com a promulgação da Lei Estadual no 997, de 31
de maio de 1976, e do Decreto Estadual no 8.468, de 8 de setembro de 1976,
dispondo sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente,
com o estabelecimento de padrões legais de qualidade e emissão e a insti-
tuição de instrumentos de gestão e exigências gerais para licenciamento e
fiscalização de fontes de poluição. A aplicação da lei foi atribuída à Com-
panhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), criada em 1968, com
a denominação de Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental,
por meio do Decreto no 50.079, de 24 de julho.
Em 1983, foi criado o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema),
pelo Decreto Estadual no 20.903, de 26 de abril, com a atribuição de pro-
por normas e padrões estaduais de controle e manutenção da qualidade do
meio ambiente, entre outras, servindo de embrião para a criação da Secre-
taria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), em 1986, pelo De-
creto Estadual no 24.932, de 24 de março. A SMA incorporou o Consema
e a Cetesb à sua estrutura, a fim de coordenar e integrar atividades ligadas
à defesa do meio ambiente. Em 1989, novas atribuições foram conferidas
à SMA, responsável pela elaboração da Política Estadual de Meio Ambien-
te e sua implantação a partir de 1997, com o estabelecimento do Sistema
Estadual de Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e
Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Natu-
rais (Seaqua), do qual a SMA é o órgão central.
A SMA teve a sua estrutura administrativa reorganizada pelo Decreto
Estadual no 53.027, de 26 de maio de 2008, estabelecendo-se como ins-
tância de formulação de política e de planejamento ambiental. Em 2009,
efetuou-se a revisão das atribuições do Consema pela Lei Estadual no
13.507, de 23 de abril, estabelecendo-se entre suas atribuições: a avaliação
e o acompanhamento da política ambiental; o estabelecimento de normas
e padrões ambientais; a convocação e condução de audiências públicas; e,
sob determinadas circunstâncias, a apreciação de Estudos e Relatórios de
Impacto sobre o Meio Ambiente (EIA/Rima).

17
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo As alterações no Sistema Ambiental Paulista se sucederam com a Lei Es-
tadual no 13.542, de 8 de maio de 2009, quando a Cetesb, órgão executor
da SMA, adquire novas atribuições, principalmente relativas à unificação e
centralização do licenciamento ambiental no Estado. Em consonância com
essa lei, o Decreto Estadual no 54.653, de 6 de agosto de 2009, tornou a SMA
responsável por analisar e acompanhar as políticas públicas setoriais que im-
pactem o meio ambiente, bem como articular e coordenar os planos e ações
relacionados à área ambiental, dentre os quais aqueles relativos a resíduos
sólidos. A reestruturação administrativa instituída pelo Decreto Estadual
no 57.933, de 2 de abril de 2012, atualmente em vigor, estabelece que a es-
trutura da SMA é constituída por: Gabinete do Secretário; Consema; Coor­
denadorias de Biodiversidade e Recursos Naturais, Educação Ambiental,
Planejamento Ambiental, Fiscalização Ambiental, Parques Urbanos; Insti-
tutos de Botânica, Florestal, Geológico. Integram a SMA ainda as entidades
vinculadas: Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado
de São Paulo; Fundação Parque Zoológico de São Paulo; e Companhia Am-
biental do Estado de São Paulo (Cetesb). A Figura 01 apresenta um mapa da
distribuição das unidades regionais da Cetesb, Centros Técnicos Regionais
de Fiscalização (CTRF) da SMA e unidades de policiamento ambiental da
Polícia Militar do Estado de São Paulo. A Polícia Militar do Estado de São
Paulo é incumbida, nos termos da Constituição Estadual, da prevenção e
repressão das infrações cometidas contra o meio ambiente, sendo que a co-
laboração entre SMA e Secretaria de Segurança Pública do Estado de São
Paulo se baseia em termo de parceria firmado entre ambas.

Figura 01. Mapa da distribuição das unidades regionais da Cetesb, Centros Técnicos Regionais de Fiscalização (CTRF) da
GO 44º0'0" W
SMA e unidades de policiamento ambiental da Polícia Militar do Estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

4o Batalhão de Polícia Ambiental


22º0'0" S

2o Batalhão de Polícia Ambiental

RJ

1o Batalhão de Polícia Ambiental


Legenda
Limite Estadual
Limite das Agências da CETESB
Limite do Batalhão da Polícia Militar Ambiental PR
24º0'0" S

Limite do Centro Técnico Regional de Fiscalização


Araçatuba
Bauru SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Campinas DATUM HORIZONTAL:
Presidente Prudente 3o Batalhão de Polícia Ambiental 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Ribeirão Preto FONTE: ELABORADO POR:
São José do Rio Preto Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000 Centro de Integração e
Limite CTRF: SMA/CBRN Gerenciamento de Informações
Santos Limite Batalhão: Polícia Ambiental
Limite Agências: CETESB DATA: 07/11/2013
Sorocaba
São Paulo
Taubaté

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

18
Nos anos 2000, a SMA intensificou a integração com outros órgãos do

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Estado, além de firmar parcerias com prefeituras, setor privado, organi-
zações não governamentais e instituições de ensino e pesquisa. Concomi-
tantemente, as questões ambientais deixaram de integrar exclusivamente
a agenda da SMA, para integrar a agenda de diferentes órgãos e esferas
públicas do Estado de São Paulo.

1.2. Políticas Governamentais referentes a resíduos sólidos


A complexidade do tema resíduos sólidos mostrou-se evidente no pro-
cesso de formulação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), ins-
tituída pela Lei Federal no 12.305, de 2 de agosto de 2010, após 21 anos de
tramitação. A PNRS, regulamentada pelo Decreto Federal no 7.404, de 23
de dezembro de 2010, traz como princípios prevenção e precaução, classi-
fica os resíduos sólidos quanto à origem e à periculosidade e faz distinção
entre resíduo (material que pode ser reaproveitado ou reciclado) e rejeito
(o que não é passível de reaproveitamento ou reciclagem). De forma a as-
segurar a governança do processo de implantação da PNRS, cria o Comitê
Interministerial e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de
Logística Reversa. Dentre as metas da PNRS estão a elaboração de planos
de resíduos sólidos até agosto de 2012 e a disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos a partir de agosto de 2014.
A concepção do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos
Resíduos Sólidos (SINIR), um dos instrumentos da PNRS, envolve o Siste-
ma Nacional de Informações sobre Meio Ambiente (Sinima), o Sistema Na-
cional de Informações Sobre Saneamento Básico (Sinisa), coordenado pelo
Ministério das Cidades, o Inventário de Resíduos e o Sistema Declaratório
Anual de Resíduos Sólidos – referente a origem, transporte e destinação fi-
nal. O Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP),
regulamentado pela Instrução Normativa no 1, de 25 de janeiro de 2013, do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), é outro instrumento da PNRS para cadastramento das pessoas ju-
rídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu geren-
ciamento. O Ibama1 é responsável por coordenar esse cadastro, e promover
a integração com o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente
Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (regulamentado pela
Instrução Normativa no 31, de 3 de dezembro 2009) e com o SINIR.
Amparada no SINIR e assumindo que a articulação das formas de ges-
tão garante melhor eficiência econômica, ambiental e social, a PNRS apre-
senta três conceitos cruciais:
• gestão integrada dos resíduos sólidos – inclui as ações voltadas à busca
de soluções para todos os tipos de resíduos sólidos, como os planos de
gestão sob responsabilidade dos entes federados, prevendo participação
da sociedade civil nas etapas de elaboração, implementação e monitora-
mento e estabelecendo meios de controle social e fiscalização;

1 Publicou a Lista Brasileira de Resíduos Sólidos pela Instrução Normativa Ibama no 13, de 18 de dezembro de 2012,
a fim de permitir a padronização da linguagem utilizada para prestação de informações sobre resíduos sólidos.

19
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo • responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos – abrange
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, consumido-
res e titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos e tem como objetivo reduzir os impactos causados à
saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos
produtos, envolvendo toda a sociedade na reavaliação dos padrões de
consumo, na inclusão social, entre outros;
• logística reversa – objetiva o recolhimento de produtos (agrotóxicos, seus
resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus
resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mer-
cúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes) e
embalagens plásticas, metálicas ou de vidro pós-consumo, independente
do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos, e assegura
o reaproveitamento no mesmo ciclo produtivo ou a reinserção em outros
ciclos; gera obrigações para o setor empresarial, por meio de Regulamen-
to, Acordos Setoriais ou Termos de Compromisso com o poder público.

A Política Estadual de Resíduos Sólidos de São Paulo (PERS) é anterior à


PNRS, tendo sido instituída pela Lei Estadual no 12.300, de 16 de março de
2006, e regulamentada pelo Decreto Estadual no 54.645, de 5 de agosto de
2009, a partir de um processo que se iniciou em 1998. A PERS categoriza
os resíduos sólidos conforme a origem e define gestão integrada e compar-
tilhada, sendo uma política de proteção à saúde pública e aos ecossistemas,
de inclusão social e desenvolvimento. Ainda, inova com princípios como a
promoção de padrões sustentáveis de produção e consumo, a prevenção da
poluição por redução na fonte, a adoção dos princípios do poluidor-paga-
dor e da responsabilidade pós-consumo. De forma a assegurar a governan-
ça do processo de implantação da PERS, instalou-se a Comissão Estadual
de Gestão de Resíduos Sólidos por meio do Decreto Estadual no 54.645, de
5 de agosto de 2009, composta por representantes das Secretarias de Estado
de Agricultura e Abastecimento, Energia, Saúde, Saneamento e Recursos
Hídricos, Desenvolvimento Metropolitano e Meio Ambiente.
São atribuições da Comissão Estadual: cooperar para a elaboração e
participar da execução do plano de resíduos sólidos; propor, em conjunto
com instituições de normalização, quando necessário, padrões de qualida-
de para materiais obtidos por meio da reciclagem, para fins de certificação
ambiental de produtos; e estabelecer, em conjunto com os setores produ-
tivos, instrumentos e mecanismos econômicos para fomentar a gestão e o
gerenciamento dos resíduos sólidos.
Considerando os princípios da gestão integrada e compartilhada, ficaram
estabelecidos pela PERS como responsáveis pela gestão de resíduos sólidos:
• todos os geradores, equiparando-se ao gerador o órgão municipal ou a
entidade responsável pela coleta, pelo tratamento e pela disposição final
dos resíduos urbanos;
• os geradores de resíduos industriais, sendo responsáveis pelo gerencia-
mento desde a geração até a disposição final;
• os produtores ou importadores de matérias primas, de produtos interme-
diários ou acabados, transportadores, distribuidores, comerciantes, con-
20
sumidores, catadores, coletores, administradores e proprietários de área

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


de uso público e coletivo e operadores de resíduos sólidos em qualquer
fase do gerenciamento dos resíduos sólidos;
• o gerador, no caso do emprego de resíduos industriais perigosos, mes-
mo que tratados, reciclados ou recuperados para utilização como adu-
bo, matéria prima ou fonte de energia, bem como no caso de suas in-
corporações em materiais, substâncias ou produtos (o que dependerá de
prévia aprovação dos órgãos competentes);
• no caso de ocorrências envolvendo resíduos que coloquem em risco o
ambiente e a saúde pública: o gerador, nos eventos ocorridos em suas
instalações; o gerador e o transportador, nos eventos ocorridos durante
o transporte de resíduos sólidos; o gerador e o gerenciador de unidades
receptoras, nos eventos ocorridos nas instalações das últimas.

Reafirmando as responsabilidades trazidas pela PERS, a PNRS incumbe


ao Distrito Federal e aos Municípios a gestão integrada dos resíduos só-
lidos gerados nos respectivos territórios, sem prejuízo das competências
de controle e fiscalização dos órgãos federais e estaduais do Sistema Na-
cional do Meio Ambiente (Sisnama), Sistema Nacional de Vigilância Sa-
nitária (SNVS) e Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária
(Suasa), bem como da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de
resíduos. Ainda, especifica que o gerador de resíduos sólidos domiciliares
tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização
adequada para a coleta ou com a devolução dos resíduos em que se aplica
a logística reversa. Por fim, estabelece que, se o titular do serviço público
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, por acordo setorial ou
termo de compromisso firmado com o setor empresarial, encarregar-se de
atividades de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuido-
res e comerciantes nos sistemas de logística reversa dos produtos e embala-
gens, as ações do poder público serão devidamente remuneradas, na forma
previamente acordada entre as partes.
Ainda em relação aos resíduos sólidos domiciliares, é imprescindível
apontar a interface entre as políticas referentes a resíduos sólidos e a Políti-
ca Nacional de Saneamento Básico (PNSB), cujas diretrizes estão definidas
na Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, regulamentada pelo Decreto Fe-
deral no 7.217, de 21 de junho de 2010. A PNSB considera saneamento bá-
sico o conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de:
abastecimento de água potável; esgotamento sanitário; drenagem e manejo
das águas pluviais urbanas; e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
– conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de co-
leta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e
do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas. O
titular dos serviços de saneamento básico fica obrigado, pela PNSB, a ela-
borar plano de saneamento básico, sendo isto condição necessária para o
acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de financiamentos
geridos ou administrados por órgão ou entidade da administração pública
federal, quando destinados a serviços de saneamento básico, a partir do
exercício financeiro de 2014.
21
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo No Estado de São Paulo, o papel fundamental de fazer cumprir as dire-
trizes das legislações federal, estadual e municipal para o saneamento bá-
sico e exercer, no que aplicáveis, as atribuições legais do poder concedente
(municípios) é delegado à Agência Reguladora de Saneamento e Energia
(Arsesp) – entidade autárquica, vinculada à Secretaria de Saneamento e
Energia, criada pela Lei Complementar no 1.025, de 07 de dezembro de
2007, e regulamentada pelo Decreto no 52.455, de 07 de dezembro 2007,
para regular, controlar e fiscalizar, no âmbito do Estado, os serviços de gás
canalizado e, preservadas as competências e prerrogativas municipais, de
saneamento básico de titularidade estadual.
A Lei Estadual no 13.798, de 9 de novembro de 2009, regulamentada
pelo Decreto Estadual no 55.947, de 24 de junho de 2010, instituiu a Po-
lítica Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) com os objetivos gerais
de dispor sobre as condições para as adaptações necessárias aos impactos
derivados das mudanças climáticas e contribuir para reduzir ou estabilizar
a concentração dos gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera, em sintonia
com a Convenção do Clima das Nações Unidas e com a Política Nacional
sobre Mudanças do Clima. Nesse sentido, a Cetesb iniciou em 2008 o Pro-
jeto Inventário de Gases de Efeito Estufa do Estado de São Paulo – coor-
denado pelo Programa de Mudanças Climáticas do Estado de São Paulo
(Proclima), criado em 1995. O inventário de emissões antrópicas de GEE
no território paulista, discriminadas por fontes, e das remoções por meio
de sumidouros dos GEE não controlados pelo Protocolo de Montreal teve
a segunda edição publicada em 2011, referente ao período de 1990 a 2008,
constituindo parte importante da Comunicação Estadual (instrumento da
PEMC). O documento mostra a estimativa de emissões de GEE de seis
setores: energia (incluindo transportes); agropecuária; uso da terra, mu-
dança de uso da terra e florestas; processos industriais e uso de produtos; e
resíduos sólidos e efluentes líquidos.
A PEMC determina uma meta de redução de CO2 de 20% abaixo das
emissões de 2005, a ser atingida no ano de 2020. Entre 2004 e 2010, cerca
de 40 projetos de redução de emissão de GEE relativos a resíduos sólidos
foram aprovados no estado de São Paulo pela Comissão Interministerial de
Mudança Global do Clima, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimen-
to Limpo, os quais abrangem: recuperação de gás de aterro com geração
de eletricidade ou não; geração de eletricidade por meio de biomassa; uso
de escória de alto-forno como substituto para o clínquer em produção de
cimento; uso de licor negro como combustível; substituição de óleos com-
bustíveis por fontes renováveis na matriz energética; substituição de com-
bustível fóssil por biomassa renovável para geração de energia térmica; e
compostagem para fabricação de adubo orgânico (BRASIL, 2010a).
Como instrumento da PNRS e da PERS, o Plano Estadual de Resíduos
deve estar em consonância com os objetivos e as diretrizes das políticas
citadas acima e do Plano Plurianual Estadual2 vigente, bem como, em nível

2 Instrumento legal de planejamento de médio prazo que, através de diretrizes governamentais, estabelece programas,

ações, objetivos e metas físicas e financeiras da Administração Pública, para um período de quatro anos; promove a
identificação clara de prioridades da União, Estados e Municípios e tem como principal resultado a produção de bens
e serviços visando a promoção do bem-estar social.
22
estadual e no que for pertinente, o Plano deve estar em consonância com

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


os Planos Nacionais de Resíduos Sólidos, Mudanças do Clima, Recursos
Hídricos, Saneamento Básico, Produção e Consumo Sustentável, entre
outros.

1.3. Ações e Programas do Sistema Ambiental em vigência


Para fins de aprimoramento dos mecanismos de gestão ambiental e em
cumprimento a dispositivos legais, a Cetesb iniciou em 1997 a organização
e sistematização anual de informações e dados sobre geração e condições
ambientais e sanitárias dos locais de tratamento e disposição final de resí-
duos sólidos domiciliares dos municípios paulistas e publicou o primeiro
Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares, com dados referen-
tes a 1996.
Ao longo de 16 anos de publicação, a Cetesb aperfeiçoou tecnicamente
os critérios de pontuação e classificação dos locais de destinação, com base
no conhecimento e experiência adquiridos, tornando os procedimentos
alinhados aos preconizados na PNRS e PERS. Os dados inventariados ex-
pressam as condições ambientais dos locais de tratamento e disposição de
resíduos sólidos domiciliares por meio dos índices de Qualidade de Aterro
de Resíduos (IQR), de Qualidade de Aterro de Resíduos em Valas (IQR-Va-
las) e de Qualidade de Usinas de Compostagem (IQC) (CETESB, 2013a).
De 1997 a 2011, os índices foram estratificados em três categorias (adequa-
do, controlado e inadequado), e a partir de 2012 alterou-se a estratificação
para duas categorias (adequado e inadequado).
Em junho de 2013 foi publicada a 16a edição do Inventário Esta­dual
de Resíduos Sólidos Domiciliares, na qual foram classificados como ade-
quados, em termos de locais de tratamento e disposição final de resíduos
sólidos domiciliares, 590 municípios paulistas. Os 54 municípios restantes,
classificados como inadequados, são alvo das ações de controle da Cetesb.
Há 32 municípios com Termos de Compromisso de Ajustamento de Con-
duta assinados e vigentes, nos quais estão consignados compromissos das
administrações municipais, visando à regularização ou encerramento de
aterros irregulares e lixões e à adoção de solução técnica definitiva e regu-
larmente implantada, o que deverá possibilitar a adequação técnica e am-
biental das instalações, seguida de licenciamento ambiental e remediação
de passivos ambientais existentes (CETESB, 2013a).
Além das ações da Cetesb, o desenvolvimento de ações governamen-
tais de auxílio e assessoramento aos municípios contribui para o aperfei-
çoamento dos mecanismos de gestão de resíduos sólidos. Entre as ações
se destacam o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), o Fundo
Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop), os Projetos Am-
bientais Estratégicos (PAE), o Programa Município VerdeAzul (PMVA), o
Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos, o
Programa Estadual de Apoio Técnico à Elaboração de Planos Municipais
de Saneamento, a Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável 2020, o
Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis, o Circuito
Ecofeiras nos Parques Urbanos e o Programa Estadual de Apoio Financeiro
a Ações Ambientais.
23
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo O Fehidro foi criado pela Lei Estadual no 7.663, de 30 de dezembro de
1991, e regulamentado pelos Decretos Estaduais no 37.300, de 25 de agosto
de 1993, no 43.204, de 23 de junho de 1998 e no 48.896, de 26 de agosto
de 2004, com o objetivo de dar suporte financeiro à Política Estadual de
Recursos Hídricos e ações correspondentes. Os projetos financiados pelo
Fehidro são enquadrados conforme as prioridades estabelecidas no Pla-
no Estadual de Recursos Hídricos (PERH), instrumento técnico, estraté-
gico e econômico-financeiro para implantação da Política, o qual fornece
as diretrizes, objetivos e metas para realização de programas de proteção,
recuperação, controle e conservação de recursos hídricos. De modo ge-
ral, a limpeza pública, o tratamento e a destinação de resíduos sólidos são
atividades que contribuem para a manutenção das condições de sanida-
de dos recursos hídricos, permitindo ao setor pleitear recursos do fundo.
Desde 1997, ano em que a Cetesb publicou o primeiro Inventário Estadual
de Resíduos Sólidos Domiciliares, foram alocados recursos do Fehidro no
montante de R$18,9 milhões para a elaboração de projetos e a implantação
de aterros sanitários, construção de centros de triagem e reciclagem de re-
síduos sólidos, elaboração de planos de gestão e gerenciamento integrado
de resíduos sólidos e outros, por intermédio dos Comitês de Bacias Hidro-
gráficas (CETESB, 2013a).
O Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop) foi cria-
do pela Lei Estadual no 11.160, de 18 de junho de 2002, com o intuito de
apoiar e incentivar a execução de projetos relacionados ao controle, preser-
vação e melhoria das condições do meio ambiente no estado de São Paulo.
Os tomadores do recurso podem ser órgãos ou entidades da administração
direta ou indireta, consórcios intermunicipais, concessionários de serviços
públicos e empresas privadas. Até 2012, de acordo com o Inventário Esta-
dual de Resíduos Sólidos Domiciliares, o Fecop liberou R$196,86 milhões
a 614 municípios para a aquisição de caminhões coletores e compactadores
de lixo, caminhões para coleta seletiva, retro escavadeiras e pás carregadei-
ras, trituradores de galhos, tratores de esteira e implantação de centros de
triagem de resíduos sólidos urbanos e da construção civil e de ecopontos.
O Fecop contempla, no total, R$202,72 milhões, considerando os proces-
sos em andamento, com recursos pendentes de liberação, mas já compro-
metidos no âmbito do Estado (CETESB, 2013a).
Entre 2007 e 2010, a política ambiental paulista foi efetivada com a for-
mulação de 21 Projetos Ambientais Estratégicos (PAE), dentre os quais o
PAE Lixo Mínimo, instituído pela Resolução SMA 21, de 16 de maio de
2007, e Resolução SMA 50, de 11 de novembro de 2007, o qual tinha como
metas – a serem cumpridas até 2010 – eliminar aterros em situação inade-
quada, viabilizar a implantação de soluções regionalizadas e integradas no
estado, desenvolver o Índice de Qualidade de Gestão de Resíduos Sólidos
(IGR) e executar ações de educação ambiental.
Em 2007, a equipe técnica do PAE Lixo Mínimo desenvolveu o IGR,
calculado pela combinação do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos
(IQR), Índice de Qualidade de Usinas de Compostagem (IQC) e Índice
de Qualidade de Gestão de Resíduos Sólidos (IQG), este agregando indi-
cadores de quatro áreas (instrumentos para a política de resíduos sólidos;
programas ou ações municipais; coleta e triagem; tratamento e disposição).
24
O resultado do IGR foi publicado pela SMA no Relatório de Qualidade Am-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


biental para os anos de 2008 a 2012, e está em andamento o processamento
de informações dos 506 municípios respondentes em 2013 (SÃO PAULO,
2013a).
O PAE Município Verde, lançado em 2007, se mantém vigente sob o sta-
tus de Programa Município VerdeAzul (PMVA). O PMVA visa estimular e
capacitar as prefeituras a desenvolverem uma agenda ambiental estratégica.
A adesão do município é voluntária, por assinatura de um Protocolo de In-
tenções com dez diretivas que abordam questões ambientais prioritárias, en-
tre elas uma relativa a resíduos sólidos. Avalia-se a eficácia dos municípios
na condução de ações propostas a cada ciclo anual, sendo esta avaliação a
base para o cálculo do Indicador de Avaliação Ambiental (IAA), por meio do
qual a SMA classifica os municípios em um ranking ambiental, em termos
de eficiência na gestão. Hoje, a participação do município no PMVA é pré-
requisito para a liberação de recursos do Fecop. Em novembro de 2008, o
primeiro ranking foi divulgado com 44 municípios certificados pelo PMVA;
em 2012, 133 municípios foram certificados (SÃO PAULO, 2013b).
Em fevereiro de 2012, o Decreto Estadual no 57.817 instituiu o Progra-
ma Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos, que cria
uma estrutura de quatro projetos: (1) elaboração do Plano Estadual; (2)
apoio à gestão municipal de resíduos sólidos; (3) melhoria na gestão dos
resíduos (responsabilidade pós-consumo, sistema declaratório e resíduos
de construção civil); (4) educação ambiental. Nesse contexto, o Projeto de
Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos (Girem) – parceria entre a
SMA, o Centro de Estudos e Pesquisas de Adminis­tração Municipal (Ce-
pam) e a Cetesb – visa apoiar os municípios com até 100.000 habitantes
que não estejam inseridos em regiões metropolitanas, na elaboração dos
respectivos Planos Municipais de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos (PMGIRS). Em 2012, o Projeto Girem3 capacitou, em 15 oficinas
regionais, representantes de prefeituras de 250 municípios; em 2013 foram
20 oficinas regionais de capacitação envolvendo 405 municípios; a meta é
capacitar representantes de prefeituras de 508 municípios até dezembro de
2014. Em relação a municípios com população acima de 100.000 habitantes
e municípios que integrem re­giões metropolitanas, a SMA, em parceria
com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resí­duos
Especiais (Abrelpe), publicou um manual de referência4 para guiar a elabo-
ração do PMGIRS e realizou quatro oficinas de capacitação, em que parti-
ciparam 86 municípios.
Em 2012, foi elaborada a Resolução Conjunta SMA/SSRH no 05, de 21
de dezembro de 2012, com o intuito de promover o intercâmbio de in-
formações, no que diz respeito à limpeza urbana e manejo dos resíduos
sólidos, entre o Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos,
da SMA, e o Programa Estadual de Apoio Técnico à Elaboração de Planos
Municipais de Saneamento, da SSRH – este criado pelo Decreto no 52.895,

3 Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/residuos-solidos-2/projeto-de-apoio-a-gestao-municipal-de-residuos-


solidos-girem/
4 Disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/residuos-solidos/manual-de-boas-praticas-na-gestao-dos-residuos-

solidos/
25
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo de 11 de abril de 2008, que autoriza a SSRH a representar o Estado na cele-
bração de convênios com os municípios paulistas, com vistas à elaboração
conjunta dos planos municipais de saneamento (PMS), em conformidade
com a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007.
A SSRH definiu a elaboração dos PMS por Unidades de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (UGRHIs), a fim de integrá-los posteriormente em
planos regionais de saneamento, bases para a elaboração do Plano Estadu-
al de Saneamento. Especificamente em relação a resíduos sólidos, enfoca-
se nos PMS: tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos
(RSU); identificação e análise da viabilidade de implantação de soluções
consorciadas, de abrangência regional ou sub-regional; adoção de soluções
e tecnologias ambientalmente mais adequadas a médio e longo prazos; e
identificação de instrumentos econômicos disponíveis para implantação
de serviços de gerenciamento de resíduos sólidos, tais como medidas fis-
cais, incentivos financeiros, dentre outros.
Até o presente momento, a partir da celebração de convênio entre SSRH
e municípios do estado, foram elaborados e entregues 105 PMS5 para os
municípios inseridos: na Ugrhi 11 (Vale do Ribeira e Litoral Sul); Ugrhi
07 (Baixada Santista); Ugrhi 10 (Sorocaba e Médio Tietê); Ugrhi 01 (Serra
da Mantiqueira); Ugrhi 02 (Paraíba do Sul); e Ugrhi 03 (Litoral Norte).
Estão em processo de elaboração os PMS de 72 municípios das UGRHIs
09 (Mogi Guaçu) e 14 (Alto Paranapanema), com previsão de entrega para
2014. Concomitantemente, mais 130 municípios inseridos na Ugrhi 17
(Médio Paranapanema), Ugrhi 20 (Aguapeí), Ugrhi 21 (Peixe), Ugrhi 22
(Pontal do Paranapanema), Ugrhi 04 (Pardo), Ugrhi 08 (Sapucaí/Grande)
e Ugrhi 12 (Baixo Pardo/Grande) estão em processo de licitação para con-
tratação de empresa/consórcio que dará apoio à elaboração dos planos de
saneamento.
Em 2012, a SMA assinou um convênio com o Sindicato da Indústria da
Construção Civil de Grandes Estruturas no Estado de São Paulo (Sindus-
Con-SP), aditado em 2013 com a inclusão da Cetesb, que envolveu parceria
para a publicação de um diagnóstico de situação no estado e de material
orientador, a realização de oficinas de capacitação e a discussão de critérios
técnicos e de certificação. Ainda, a parceria possibilitou o desenvolvimen-
to do primeiro módulo do Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos
Sólidos (Sigor) da Cetesb. O projeto piloto será implementado em Santos
em 2013 e será expandido para todo estado em 2017.
A Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável do Estado de São Pau-
lo 2020, instituída pelo Decreto Estadual no 58.107, de 5 de junho de 2012,
foi produzida no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Desen-
volvimento Sustentável (CNUDS), Rio+20. Sob coordenação da Assessoria
Especial para Assuntos Internacionais (Casa Civil) e da SMA, uma agenda
paulista de desenvolvimento sustentável foi construí­da coletivamente por
dezesseis Secretarias Estaduais, com consultas a lideranças empresariais e à
sociedade civil. Dentre as propostas da Estratégia, destacam-se metas seto-
riais em resíduos sólidos para definir ações até 2020:

5 Disponível em: www.saneamento.sp.gov.br


26
• aumentar, até 2020, a participação de 55% para 69% de energias renová-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


veis no consumo final de energia do estado (hidráulica, biomassa, bio-
gás, biodiesel, etanol, solar, eólica e resíduos sólidos);
• universalizar o saneamento básico até 2020: 100% de abastecimento de
água, 100% de coleta de esgotos e 100% de tratamento de esgotos em
todos os municípios do estado;
• atingir 20% de todas as contratações públicas em conformidade com
referências socioambientais.

A Estratégia traz benefícios fiscais concedidos a partir do Imposto so-


bre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com objetivo de fomen-
tar políticas e induzir mudanças na atuação do setor produtivo, dentre os
quais:
• deferimento do lançamento do imposto incidente nas sucessivas saídas
de papel usado ou apara de papel, sucata de metal, caco de vidro, reta-
lho, fragmento ou resíduo de plástico, de borracha ou de tecido, garrafas
PET usadas e do produto resultante de sua moagem ou trituração;
• isenção do imposto incidente na saída de óleo lubrificante usado ou
contaminado – destinado a estabelecimento rerrefinador ou coletor re-
vendedor registrado e autorizado pelo órgão federal competente – e de
óleo comestível usado – destinado à utilização como insumo industrial,
especialmente na indústria saboeira e na produção de biodiesel B-100;
• isenção do imposto na operação de devolução impositiva de embalagem
vazia de agrotóxico e respectiva tampa;
• isenção do imposto na saída de pilhas e baterias usadas, após seu es-
gotamento energético, que contenham em sua composição chumbo,
cádmio, mercúrio e seus compostos, com a finalidade de reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

A Estratégia traz entre as ações referentes a resíduos sólidos, estabe-


lecidas com foco na Economia Verde, com meta até 2014, a implantação
do Programa Habitação Sustentável no Litoral Paulista e do Programa de
Construção Civil Sustentável nas obras do Estado.
A SMA começou a trabalhar, em 2012, um conjunto de ações com a
finalidade de promover a inclusão de catadores de materiais reutilizáveis
e recicláveis na gestão integrada de resíduos sólidos, conforme princípios
e objetivos da PNRS e PERS. A partir do reconhecimento da importância
do trabalho desenvolvido por essa categoria, que encontra dificuldades de
organização e profissionalização, em decorrência do alto grau de vulne-
rabilidade ao qual seus agentes estão expostos, essas ações foram sendo
planejadas e desenvolvidas em parceria com o Movimento Nacional de Ca-
tadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e outras Secretarias de Estado de
atuação correlata.
Em 2013, a SMA lançou o Cadastro de Entidades de Catadores de Mate-
riais Recicláveis do Estado de São Paulo (Cadec), instituído pela Resolução
SMA no 88, de 17 de setembro, com foco em organizações como coopera-
tivas, associações ou grupos não formalizados que contribuem com ati-
27
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo vidades de reciclagem. O objetivo do cadastro é reunir informações para
diagnosticar o trabalho desenvolvido pelos catadores no estado e, assim,
subsidiar futuras ações de apoio, tais como capacitações, financiamentos
de equipamentos, suporte à formalização e constituição jurídica das enti-
dades. Em outubro de 2013, o Cadec possuía 95 entidades cadastradas.
Como resultado de uma parceira com a Secretaria de Desenvolvimento
Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da Subsecretaria do
Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco) e o MNCR, a SMA iniciou,
em maio de 2013, o Circuito Ecofeiras nos Parques Urbanos, com o in-
tuito de fomentar e divulgar os produtos desenvolvidos por mais de cem
artesãos em todo o circuito, a partir de materiais reutilizáveis e recicláveis
como papel, papelão, garrafas PET, latas de alumínio, entre outros. O Cir-
cuito Ecofeiras de 2013 contemplou Parques Urbanos nos municípios de
São Paulo e Carapicuíba, com a realização de sete eventos.
Em junho de 2013, o Programa Estadual de Apoio Financeiro a Ações
Ambientais, denominado Crédito Ambiental Paulista, foi instituído pelo
Decreto Estadual no 59.260, de 5 de junho de 2013, a fim de apoiar finan-
ceiramente ações ambientais, dentre elas a coleta, reciclagem, tratamento
e disposição ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Os grupos
beneficiados por esse Programa, no que diz respeito à gestão de resíduos
sólidos são: prefeituras municipais, por meio de instrumento de liberação
de créditos não reembolsáveis amparado por recursos do Fecop, para aqui-
sição de máquinas e equipamentos destinados ao incremento da qualidade
de gestão de resíduos sólidos nos municípios; e entidades de catadores de
materiais recicláveis que congreguem, de forma cooperativa ou associativa,
pessoas físicas de baixa renda familiar que se dediquem às atividades de
coleta, triagem, beneficiamento e processamento de materiais reutilizáveis
ou recicláveis.
Há ainda ações governamentais específicas a determinado tipo de re-
síduo e detalhamentos referentes às ações acima expostas, que serão con-
templados nos capítulos a seguir, complementando as informações aqui
disponibilizadas.

28
2. PERFIL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


O estado de São Paulo, composto por 645 municípios, é o mais populoso
da Federação, com cerca de 40.177.096 habitantes – 22% da população bra-
sileira, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) para o ano de 2012. O estado ocupa uma área de 248.209 km2, com-
preendendo 2,9% do território nacional. Em termos econômicos, contribui
com cerca de um terço de toda a riqueza produzida no país; o Produto Inter-
no Bruto (PIB) de 2010 era de R$ 1,25 trilhão (IBGE, 2010); o PIB per capita,
segundo o IBGE, era de R$ 30.243, valor acima da média nacional; o Índice
de Desenvolvimento Humano de 2010 (IDHM) para o estado de São Paulo
era igual a 0, 783 (PNUD, 2010). A capital do estado, São Paulo, com 11,3
milhões de habitantes, é o município mais populoso do Hemisfério Sul.

2.1. Divisões regionais


Para fins de exposição e análise dos dados referentes a resíduos sólidos
em nível estadual, adotaram-se três diferentes recortes regionais, quer pe-
las características intrínsecas a cada categoria de resíduo, quer pelos vá-
rios processos de planejamento a serem orientados pelo Plano Estadual de
Resíduos Sólidos. Dentre as divisões regionais adotadas estão: as regiões
administrativas, as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, insti-
tuídas nos termos da Constituição Federal, e as Unidades Hidrográficas de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (Ugrhi), instituídas legalmente pelo
Plano Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Adicionalmente,
um quarto recorte foi adotado, agrupando-se os municípios em regiões
vocacionais quanto à tipologia das atividades ali desenvolvidas (industrial,
em industrialização, agroindustrial e de conservação).
O estado de São Paulo é dividido em quinze mesorregiões ou regiões ad-
ministrativas (RA), cada qual composta por municípios contíguos geografi-
camente, tendo similaridades sociais, econômicas e ambientais. Criada para
fins estatísticos, essa divisão, instituída por instrumento legal a partir dos anos
1980, não constitui entidade política ou administrativa. Entretanto, é utilizada
para integração de recursos e de ações governamentais em nível estadual. A
Figura 02 apresenta as regiões administrativas do estado de São Paulo.
As regiões metropolitanas e aglomerações urbanas são organizações re-
gionais que, de acordo com a Lei Complementar Estadual no 760, de 1o
de agosto de 1994, objetivam: o planejamento regional para o desenvolvi-
mento socioeconômico e a melhoria da qualidade de vida; a cooperação
dos diferentes níveis de governo visando ao máximo aproveitamento dos
recursos públicos; a utilização racional do território, dos recursos naturais
e culturais e a proteção do meio ambiente; e a redução das desigualdades
sociais e regionais. O estado de São Paulo possui quatro regiões metropo-
litanas6 (São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e Litoral
Norte) e duas aglomerações urbanas (Jundiaí e Piracicaba), como demons-
tra a Figura 03.

elaborado anteriormente à promulgação da Lei Complementar no 1.241, de 08 de maio de 2014, que cria a
6 Texto

Região Metropolitana de Sorocaba.


29
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 02. Regiões administrativas do estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S
RJ

Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual
Regiões Administrativas
Região Administrativa Central
Região Administrativa de Araçatuba
Região Administrativa de Barretos PR

24º0'0" S
Região Administrativa de Bauru
Região Administrativa de Campinas
Região Administrativa de Franca SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Região Administrativa de Marília DATUM HORIZONTAL:
Região Administrativa de Presidente Prudente 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Região Administrativa de Registro FONTE: ELABORADO POR:
Região Administrativa de Ribeirão Preto Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Gerenciamento de Informações
Região Administrativa de Santos Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Regiões Administrativas: IGC, 2009 DATA: 18/09/2013
Região Administrativa de Sorocaba
Região Administrativa de São José do Rio Preto
Região Administrativa de São José dos Campos
Região Administrativa de São Paulo

Fonte: SEADE [2010?], elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 03. Regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do estado de São Paulo


52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda
SISTEMA DE COORDENADAS
Limite Municipal ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Limite Estadual DATUM HORIZONTAL:
25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Unidades Regionais
Aglomerado Urbano de Jundiaí (7 municípios ) FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Aglomerado Urbano de Piracicaba (22 municípios) Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Região Metropolitana de Campinas (19 municípios) Unidades Regionais: EMPLASA DATA: 18/09/2013
Região Metropolitana do Vale do Paraíba/Litoral Norte (39 municípios)
Região Metropolitana da Baixada Santista (9 municípios)
Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios)

Fonte: SÃO PAULO [201-?a], elaborado por SMA/CPLA (2013).

30
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), composta por 39 muni-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


cípios, foi instituída pela Lei Complementar Federal no 14, de 8 de junho de
1973, e disciplinada pela Lei Complementar Estadual no 94, de 29 de maio
de 1974. Em 16 de junho de 2011, foi editada a Lei Complementar no 1.139,
que reorganizou a RMSP e criou o respectivo Conselho de Desenvolvi-
mento. A RMSP é o maior polo de riqueza nacional e a mais importante
concentração urbana do país, com cerca de 19,8 milhões de habitantes. O
PIB da RMSP atingiu R$ 572 bilhões em 2008, o que corresponde a cerca
de 57% do PIB paulista (IBGE, 2010; SÃO PAULO, [201-?a]). A RMSP tem
recorte coincidente com a Região Administrativa de São Paulo.
A Região Metropolitana de Campinas (RMC), instituída pela Lei Com-
plementar no 870, de 19 de junho de 2000, é uma das regiões metropolita-
nas mais dinâmicas no cenário econômico brasileiro e possui cerca de 2,8
milhões de habitantes. O PIB da RMC atingiu R$ 77 bilhões em 2008, o que
corresponde a 7,75% do PIB paulista (IBGE, 2010; SÃO PAULO, [201-?a]).
A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), instituída pela Lei
Complementar no 815, de 30 de junho de 1996, caracteriza-se pela grande
diversidade de funções dos municípios integrantes, que somam 1,7 milhão
de habitantes. O PIB da RMBS atingiu R$ 41 bilhões em 2008, o que corres-
ponde a cerca de 4% do PIB paulista (IBGE, 2010; SÃO PAULO, [201-?a]).
A RMBS tem recorte coincidente com a Região Administrativa de Santos.
A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN)
foi instituída pela Lei Complementar no 1.166, de 9 de janeiro de 2012,
possui 2,2 milhões de habitantes e dispõe de um amplo polo industrial,
automobilístico e mecânico. A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e
Litoral Norte tem recorte coincidente com a Região Administrativa do Vale
do Paraíba Paulista.
A Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) foi instituída pela Lei Comple-
mentar no 1.146, de 24 de agosto de 2011. O município de Jundiaí ocupa o
oitavo lugar no PIB estadual e situa-se na região polo de empresas de logís-
tica; possui um parque industrial com mais de 500 empresas.
A Aglomeração Urbana de Piracicaba (AUP), instituída pela Lei Com-
plementar 1.178, de 26 de junho de 2012, ocupa território de 6.998,15 km2
e recebe influências socioeconômicas da RMC e da RMSP.
De modo geral, o foco do Plano Estadual no recorte de regiões metro-
politanas e aglomerações urbanas se dá pela possibilidade de integração
dessas organizações regionais em planejamento e uso da terra, transporte
e sistema viário regionais, habitação, saneamento básico, meio ambiente e
desenvolvimento econômico, tópicos influentes na questão dos resíduos
sólidos.
Entretanto, para fins específicos de planejamento ambiental, há uma
tendência legal de se adotar a divisão regional por bacias hidrográficas,
como observado na Política Estadual de Recursos Hídricos (instituída pela
Lei Estadual no 7.663, de 30 de dezembro de 1991) e na PEMC (instituída
pela Lei Estadual no 13.798, de 9 de novembro de 2009, e regulamentada
pelo Decreto Estadual no 55.947, de 24 de junho de 2010), a qual determina
a adoção de Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídri-

31
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo cos (Ugrhi) como unidades de planejamento territorial para o Zoneamento
Ecológico Econômico (ZEE).
A adoção da bacia hidrográfica como unidade físico-territorial de pla-
nejamento e gerenciamento descentralizado, participativo e integrado no
Estado de São Paulo deu-se a partir do PERH (instituído pela Lei Estadual
no 9.034, de 27 de dezembro de 1994), que dividiu o território estadual em
22 Ugrhi, conforme mostra a Figura 04.
O Anexo I traz as Figuras A1 e A2, que apresentam o traçado das 22
Ugrhi sobreposto às divisões regionais anteriormente discutidas, e uma ca-
racterização do estado de São Paulo por Ugrhi.

Figura 04. Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos do estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
15 MG
MS 18 08
12

19
04
20 16
09

22º0'0" S
21
13
22
RJ
17 01
05
02
Legenda 10
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
06
Limite Municipal
Limite Estadual
14 03

24º0'0" S
01-MANTIQUEIRA 12�BAIXO PARDO/GRANDE 07
02�PARAÍBA DO SUL 13�TIETÊ/JACARÉ
03�LITORAL NORTE 14�ALTO PARANAPAREMA SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
04�PARDO 15�TURVO/GRANDE
05�PIRACICABA/CAPIVARI/JUNDIAÍ 16�TIETÊ/BATALHA
11 25 0 25 50 km
DATUM HORIZONTAL:
SIRGAS 2000

06�ALTO TIETÊ 17�MÉDIO PARANAPAREMA FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
07�BAIXADA SANTISTA 18�SÃO JOSÉ DOS DOURADOS Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000
Gerenciamento de Informações
08�SAPUCAI/GRANDE 19� BAIXO TIETÊ
09�MOGI�GUAÇU 20�AGUAPEÍ PR Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000 DATA: 18/09/2013

10�TIETÊ/SOROCABA 21�PEIXE
11�RIBEIRA DE IGUAPE/LITORAL SUL 22�PONTAL DO PARANAPAREMA

Fonte: SMA (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

32
3. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO ESTADO DE

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


SÃO PAULO
A elaboração do diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos no
estado de São Paulo visa fornecer informações necessárias para a avaliação
e embasamento das propostas e ações governamentais necessárias ao aten-
dimento das políticas nacional e estadual, em consonância com a neces-
sária interlocução entre os entes federados – União, Estados e Municípios
– de forma a possibilitar a definição de metas e ações estratégicas no Plano
Estadual de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo.
As informações utilizadas no diagnóstico são basicamente dados se-
cundários provenientes de órgãos públicos das três esferas governamen-
tais, instituições oficiais de pesquisa e instituições privadas especializadas
no tema. Ressalta-se que, em muitos casos, as informações não estavam
padronizadas, impossibilitando uma análise temporal. Foram consultados
também outros documentos, como artigos e trabalhos científicos pertinen-
tes ao assunto.
Uma das ferramentas utilizadas neste diagnóstico foi o IGR, calculado
anualmente desde 2007, que tem por objetivo avaliar a gestão dos resí-
duos sólidos nos municípios paulistas e assim subsidiar a proposição e
implantação de políticas públicas estaduais e municipais. Os dados para a
construção do IGR são obtidos por meio de um questionário declaratório,
não obrigatório. Os resultados são avaliados e divididos em 3 categorias:
ineficiente (IGR ≤ 6,0), mediana (6,0 < IGR ≤ 8,0) e eficiente (8,0 < IGR
≤ 10,0).

Figura 05. Índice de Gestão de Resíduos dos municípios do estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Enquadramento (Índice de Gestão de Resíduos 2013) FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Sem informação (138) Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
Ineficiente (273) Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
IGR: SMA, 2013 DATA: 09/09/2013
Mediano (224)
Eficiente (9)
Bananal – dispõe os Resíduos no Rio de Janeiro (1)

Fonte: SÃO PAULO (2013c), elaborado por SMA/CPLA (2013).

33
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo O IGR de 2013, ano base 2012, foi respondido, total ou parcialmente,
por 506 do total de 645 municípios, ou seja, 78% desses municípios. O
resultado da avaliação pode ser observado na Figura 05, que mostra a dis-
tribuição do IGR por município.
Ao analisar os dados do IGR 2013, verifica-se que 273 dos 506 municí-
pios respondentes, ou seja, 54%, se enquadraram como ineficientes; 224,
equivalente a 44%, encontram-se em situação mediana; e apenas 9, ou 2%
do total, foram enquadrados como eficientes, como pode ser verificado na
Figura 05 e na Tabela 01, que aponta ainda o percentual de geração de resí-
duos desses municípios em relação ao total gerado no estado.

Tabela 01. Enquadramento dos municípios no IGR 2013 e o porcentagem da geração de RSU com relação ao total gerado
no estado de São Paulo
Enquadramento Número de municípios Porcentagem entre os Porcentagem da
municípios respondentes geração total do estado
Eficiente 10 2 5
Mediana 222 44 64
Ineficiente 274 54 20
Total 506 100 89

Fonte: SÃO PAULO (2013c), elaborado por SMA/CPLA, (2013).

Tabela 02. Enquadramento dos municípios no IGR 2013 e o porcentagem da geração de RSU com relação ao total gerado
no estado de São Paulo, apresentados por regiões administrativas
IGR Ineficiente IGR Mediana IGR Eficiente
Regiões administrativas

ção de RSU do estado

ção de RSU do estado

ção de RSU do estado


% em relação à gera-

% em relação à gera-

% em relação à gera-
Municípios que não
Total de municípios

municípios da RA

municípios da RA

municípios da RA
Porcentagem de

Porcentagem de

Porcentagem de
responderam

Número de

Número de

Número de
municípios

municípios

municípios

Araçatuba 43 7 19 44,19 0,20 17 39,53 0,52 0 0,00 0,00


Barretos 19 1 7 36,84 0,34 10 52,63 0,47 1 5,26 0,01
Bauru 39 9 19 48,72 1,23 10 25,64 0,68 1 2,56 0,13
Campinas 90 24 39 43,33 3,72 26 28,89 8,63 1 1,11 0,50
Central 26 8 10 38,46 0,46 7 26,92 0,78 1 3,85 0,51
Franca 23 4 10 43,48 0,39 9 39,13 1,00 0 0,00 0,00
Marília 51 9 17 33,33 0,46 24 47,06 1,28 1 1,96 0,02
Presidente Prudente 53 11 25 47,17 0,99 17 32,08 0,37 0 0,00 0,00
Registro 14 5 8 57,14 0,22 1 7,14 0,02 0 0,00 0,00
Ribeirão Preto 25 5 12 48,00 0,49 6 24,00 0,29 2 8,00 2,03
Santos 9 2 2 22,22 0,76 4 44,44 1,08 1 11,11 0,98
São José do Rio Preto 96 11 41 42,71 0,52 44 45,83 2,14 0 0,00 0,00
São José dos Campos 39 12 16 41,03 2,50 11 28,21 2,05 0 0,00 0,00
Sorocaba 79 20 34 43,04 1,32 23 29,11 2,99 2 2,53 0,64
Metropolitana de São Paulo 39 11 15 38,46 6,55 13 33,33 41,53 0 0,00 0,00

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

34
Objetivando melhores possibilidades de análise da situação dos resí­duos

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


sólidos no estado, a regionalização desse resultado – apresentado pelas 15
regiões administrativas – pode ser observada na Tabela 02.
Além do próprio índice, outras informações importantes podem ser
obtidas dos questionários que foram respondidos para o cálculo do IGR.
No que tange à existência de legislação específica para a gestão de resí­
duos sólidos, 240 dos 500 municípios responderam afirmativamente a essa
questão.
Outro ponto importante com relação à gestão dos resíduos sólidos le-
vantado nos questionários do IGR foi a existência de um Plano Municipal
de Gestão de Resíduos Sólidos (PMGIRS).
O PMGIRS é um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Só-
lidos e sua elaboração, conforme artigo 19 da referida Lei, é condição para
o Distrito Federal e os Municípios terem acesso a recursos da União ou por
ela controlados destinados a empreendimentos e serviços relacionados à
limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficia-
dos por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou
fomento para tal finalidade.
Dos 496 municípios que responderam a essa questão, 302 afirmaram
possuir o plano. Observa-se que nesse momento considerou-se somente
a informação quanto à declaração de existência do PMGIRS, não levando
em consideração o seu conteúdo com relação ao atendimento ao estabele-
cido nas Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos.
Contudo, outras informações, diferentes e mais precisas, foram obtidas
pela SMA, por meio do Programa Município Verde Azul. A apresentação
do PMGIRS foi um dos critérios para pontuação dos municípios na direti-
va Resíduos Sólidos em 2013, sendo que 219 municípios enviaram os seus
planos para esse fim.
A Secretaria de Meio Ambiente (SMA) realizou a leitura de todos os
planos recebidos, com vistas a obter uma perspectiva sobre seu conteú-
do e verificar – sob ponto de vista técnico, sem caráter fiscalizador – sua
adequação à PNRS e PERS e ao conteúdo apresentado nas capacitações do
Protejo de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos (Girem); tam-
bém objetivou coletar informações sobre as diferentes realidades locais do
estado para subsidiar a elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos.
A partir da análise e compilação das informações contidas nos PMGIRS,
foi traçado um panorama sobre sua estruturação e os temas abordados.
Apesar do envolvimento e mobilização de muitos municípios, verificou-se,
de modo geral, a necessidade de melhoria em alguns aspectos apresentados
a seguir.
A maior parte dos planos não apresenta dados suficientes para carac-
terizar geração de resíduos sólidos municipais, tais como volume (dados
anuais ou mensais em kg/hab/dia), origem e caracterização por meio de
gravimetria (percentuais de composição) de cada tipo de resíduo.
O mesmo verificou-se com relação às informações fornecidas sobre o
local utilizado para disposição dos resíduos sólidos. Para que o município
possa avaliar as condições e propor melhorias para sua área de disposição
35
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo final de resíduos, é importante levantar informações sobre sua localização,
licenciamento, propriedade, número de funcionários e vida útil e, caso haja
previsão de término desta antes do prazo previsto para revisão do plano, é
necessário identificar novas áreas para disposição adequada de rejeitos.
A maioria dos municípios conta com a participação de catadores de
materiais recicláveis – formalmente organizados ou não – na gestão dos
resíduos sólidos, porém muitos PMGIRS não especificam a forma como se
dá o apoio da Prefeitura Municipal às entidades de catadores (apoio finan-
ceiro, realização de capacitações e treinamento, fornecimento de infraes-
trutura, entre outros).
Com relação à identificação de eventuais passivos ambientais presentes
no município – tais como pontos de disposição irregular de resíduos ou
rejeitos, áreas contaminadas e aterros encerrados –, para que possam ser
previstas medidas direcionadas à sua recuperação, também se notou que,
na maior parte dos planos, ainda não há tal identificação e previsão de me-
didas de remediação.
Os PMGIRS também deveriam apresentar dados relacionados aos gera-
dores sujeitos a elaboração de planos de gerenciamento específicos, porém,
a maioria não apresenta tais informações ou apenas mencionam a exis-
tência desses geradores e sua responsabilidade de elaboração dos planos e
gerenciamento dos resíduos gerados.
Quanto ao levantamento de custos da prestação dos serviços públicos
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, muitos planos não
apresentam detalhamento suficiente sobre as fontes de custeio ou sobre
as despesas relacionadas à gestão de resíduos sólidos, como mão de obra,
equipamentos, empresas terceirizadas/concessionárias, coleta, transporte e
disposição final, comprometendo a realização do planejamento financeiro
da prefeitura.
Em relação às metas, programas e ações propostos, em muitos planos
eles não estão adequadamente detalhados ou quantificados. Se mostram
ora não realistas, ora excessivamente genéricos e/ou apresentados apenas
como sugestões ou recomendações.
As ações de educação ambiental, essenciais para a implementação bem
sucedida dos PMGIRS, também apresentaram lacunas. A maioria dos mu-
nicípios apontou que realiza ações pontuais, principalmente voltadas ao
público infantil, e poucos planos apresentam programas ou projetos es-
truturados, que descrevam a metodologia aplicada, perfil do público-alvo,
identificação de locais de realização, periodicidade e prazos.
Observaram-se, ainda, algumas lacunas nas etapas subsequentes à elabo-
ração dos planos: leis que deveriam aprovar o PMGIRS não o fazem – algu-
mas dessas leis possuem conteúdo idêntico ao da PNRS, ou seja, fornecem
diretrizes para elaboração dos PMGIRS; aprovação dos planos por decreto,
sem submissão do texto à Câmara Municipal ou adoção de mecanismos de
participação da sociedade, por meio de audiência ou consulta pública.
Contudo, cabe ressaltar o aprimoramento de alguns planos, se com-
parados àqueles apresentados pelas prefeituras ao PMVA em 2012, e que
também haviam sido analisados, com o material apresentado em 2013.
36
Essa evolução pode ser percebida tanto pela abordagem de determinados

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


temas de forma mais minuciosa, quanto pela introdução de novas práti-
cas e conceitos, especialmente em relação a: utilização do roteiro proposto
nas capacitações do Projeto Girem para elaboração de PMGIRS; realização
de análise gravimétrica; menção à participação de catadores na prestação
de serviços de coleta municipal; realização de audiências públicas desde a
fase de elaboração do diagnóstico dos planos; e aprovação do PMGIRS por
meio de lei.
Complementarmente, foram analisados os capítulos sobre resíduos só-
lidos de alguns Planos Municipais de Saneamento Básico – a Política Na-
cional de Saneamento, base para a elaboração de tais planos, é anterior à
PNRS – e foi observado que os tópicos relacionados a resíduos sólidos não
atendem integralmente à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Embora a
PNRS preveja a possibilidade do PMGIRS estar inserido no Plano de Sa-
neamento Básico, é necessário que o texto contemple o conteúdo mínimo
instituído pela PNRS.
Apesar do esforço evidente por parte dos municípios para se adequa-
rem à PNRS, no estudo realizado concluiu-se que a maioria dos planos
ainda não atende integralmente ao conteúdo mínimo estabelecido por
essa política e muitos planos apresentam insuficiência de dados munici-
pais, indicando a pouca ênfase dada à realidade local. Tal situação pode
estar relacionada às dificuldades enfrentadas por parte dos municípios e
carência de recursos financeiros e conhecimento técnico em áreas voltadas
a planejamento e gestão, o que compromete a excelência no exercício de
todas as atribuições das prefeituras. Dessa forma, se faz imprescindível que
o Estado invista constantemente em capacitação técnica dos agentes muni-
cipais e em outras ferramentas que promovam o aprimoramento da gestão
municipal de resíduos sólidos.

37
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 4. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
De acordo com o estabelecido na Política Nacional de Resíduos Sóli-
dos, os resíduos sólidos urbanos (RSU) englobam os resíduos domiciliares,
originários de atividades domésticas em residências urbanas, e os resíduos
de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias
públicas e outros serviços de limpeza urbana.
Essa conceituação é similar à da Política Estadual, com algumas diferenças.
A lei federal classifica os resíduos de estabelecimentos comerciais e prestado-
res de serviços quanto à origem, como uma tipologia diferenciada de resíduo;
a estadual os engloba como resíduos urbanos. Na Política Estadual os resíduos
provenientes da drenagem urbana são classificados também como urbanos.
Para este diagnóstico, fez-se a opção por classificar os resíduos de estabe-
lecimentos comerciais e prestadores de serviços como urbanos, uma vez que
em sua grande maioria, excetuando aqueles gerados por grandes geradores,
são coletados, tratados e destinados como resíduos domiciliares. Os resíduos
originários de poda e capina também foram excluídos das estimativas.
Para a caracterização dos resíduos sólidos urbanos, foram analisadas di-
ferentes informações secundárias disponíveis em fontes como: Diagnóstico
do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (IPEA, 2012a); Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS, 2013); Inventário Estadual de Resí-
duos Sólidos Urbanos 2012 (CETESB, 2013a); Panorama dos Resí­duos Sóli-
dos no Brasil (ABRELPE, 2012); Planos Municipais de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos (PMGIRS) encaminhados pelos municípios ao Programa
Município VerdeAzul em 2012 (SMA, 2013b). Foram também utilizados
dados provenientes dos questionários enviados aos municípios paulistas
para o cálculo do IGR.
Todos os dados foram utilizados de maneira complementar, com o obje-
tivo de obter um diagnóstico mais próximo da realidade, no que se refere à
geração, coleta (regular e seletiva), tratamento e disposição final. Na análise
desses dados, constatou-se uma significativa discrepância entre as diferentes
fontes. Os números discutidos neste trabalho objetivam refletir a realidade
regional e estadual e não exatamente a local, ou seja, visam construir estima-
tivas que possibilitem um real diagnóstico dos resíduos sólidos urbanos no
estado, capaz de criar as condições para as necessárias reflexões objetivando
o planejamento e a gestão desse resíduo.

4.1. Geração
A partir das fontes citadas anteriormente, foram analisados os diferen-
tes índices de geração obtidos ou informados. Esse procedimento levou à
adoção de índices de geração para o Plano Estadual, de acordo com a faixa
populacional em que se encontra o município, conforme apresentado na Ta-
bela 03. Adotou-se como critério nesse diagnóstico a utilização da população
urbana obtida a partir da estimativa da população total no ano de 2012, pu-
blicada pelo IBGE.
Dessa forma, considerando essas faixas populacionais e os respectivos
índices de geração estimados, constata-se, na Tabela 04, que os nove mu-
nicípios com mais de 500.000 habitantes são responsáveis por mais de 50%
do total de resíduos gerado no estado.
38
A distribuição geográfica dos municípios do estado por faixa populacional

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


urbana pode ser melhor visualizada na Figura 06.
Tomando como referência os índices de geração descritos na Tabela 03,
torna-se possível estimar o panorama geral do estado por regiões adminis-
trativas. A adoção dessa divisão foi feita com base na dinâmica observada
nas regiões administrativas onde, via de regra, trocas intrarregionais são mais
intensas do que as relações estabelecidas com outros centros situados fora da
região e, ainda, por possuírem um núcleo urbano que polariza os municípios
da região, como apresentado na Tabela 05.

Tabela 03. Índices estimativos de geração per capita de resíduos sólidos urbanos, adotados em função das faixas populacionais
Faixa populacional (hab) Número de municípios Geração(kg/hab/dia)
Municípios até 25.000 449 0,7
Municípios de 25.001 até 100.000 122 0,8
Municípios de 100.001 até 500.000 65 0,9
Municípios com mais de 500.000 9 1,1

Fonte: Elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

Tabela 04. Geração estimada de RSU por faixa populacional urbana


Faixa populacional (hab) Número de População urbana Geração (t/dia) Percentual em relação à geração
municípios (hab) total (%)
Até 25.000 449 3.544.305 2.481,01 6,47
De 25.001 a 100.000 122 5.902.666 4.722,13 12,31
De 100.001 a 500.000 65 13.194.431 11.874,99 30,95
Mais de 500.000 9 17.535.695 19.289,26 50,28
Total 645 40.177.097 38.367,40 100,00

Fonte: IBGE (2010) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

Tabela 05. Estimativa de geração de resíduos sólidos urbanos por região administrativa do estado de São Paulo
Regiões administrativas Número de População urbana Estimativa de Percentual em relação à geração
municípios (hab) geração (t/dia) total do Estado (%)
Araçatuba 43 686.598 551,79 1,44
Barretos 19 400.500 317,92 0,83
Bauru 39 1.007.965 830,16 2,16
Campinas 90 6.051.542 5.411,62 14,10
Central 26 919.063 764,17 1,99
Franca 23 677.656 560,70 1,46
Marília 51 876.448 705,95 1,84
Presidente Prudente 53 746.589 583,96 1,52
Registro 14 192.691 139,71 0,36
Ribeirão Preto 25 1.244.471 1.176,83 3,07
Santos 9 1.688.894 1.495,39 3,90
São José do Rio Preto 96 1.338.721 1.071,56 2,79
São José dos Campos 39 2.172.343 1.995,00 5,20
Sorocaba 79 2.463.733 2.169,86 5,66
Metropolitana de São Paulo 39 19.709.882 20.592,78 53,67

Fonte: IBGE (2010) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).


39
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Além da divisão por regiões administrativas, buscou-se visualizar a
geração das regiões metropolitanas e as aglomerações urbanas do estado,
conforme a Tabela 06.
A Tabela 06 aponta que os 135 municípios das regiões metropolitanas
e aglomerações urbanas representam 20,93% dos municípios do total do
estado, mas possuem 70,48% da população urbana e são responsáveis por
74,12% da geração dos resíduos sólidos urbanos. Destaca-se ainda a Região
Metropolitana de São Paulo com estimativa de geração de 20.592,78 t/dia,
ou seja, aproximadamente 54% dos resíduos sólidos urbanos gerados no
estado de São Paulo.

Figura 06. Municípios do estado de São Paulo de acordo com a faixa populacional urbana
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S
RJ

PR

24º0'0" S
SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Legenda DATUM HORIZONTAL:
Limite Municipal 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Estadual FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
População Urbana (2012) Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
até 25.000 habitantes (449 municípios) Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
População: IBGE, 2012 DATA: 09/09/2013
25.001 – 100.000 habitantes (122 municípios)
100.001 – 500.000 habitantes (65 municípios)
mais de 500.000 habitantes (9 municípios)

Fonte: IBGE(2010), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 06. Estimativa de geração de resíduos sólidos urbanos por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do
estado de São Paulo
Regiões metropolitanas e Número de População Estimativa de Percentual em relação à
aglomerações urbanas municípios urbana (hab) geração (t/dia) geração total (%)
São Paulo 39 19.709.882 20.592,78 53,67
Campinas 19 2.792.445 2.669,00 6,96
Baixada Santista 9 1.688.894 1.495,00 3,90
Vale do Paraíba e Litoral Norte 39 2.172.343 1.995,00 5,20
Aglomeração Urbana de Jundiaí 7 680.460 589,46 1,54
Aglomeração Urbana de Piracicaba 22 1.273.618 1.097,17 2,86
Total 135 28.317.642 28.438,41 –
% em relação ao estado 20,93 70,48 74,12 –

Fonte: IBGE (2010) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).


40
Para servirem de parâmetro para uma estimativa da quantidade dos di-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


ferentes tipos de resíduos produzidos, alguns estudos de composição gra-
vimétrica produzidos no estado serão apresentados na Figura 07 (Ugrhi
5 – Piracicaba, Capivari e Jundiaí), na Figura 08 (Região Metropolitana da
Baixada Santista e Ubatuba) e na Figura 09 (São Paulo – capital). Ressalta-
se que esses estudos nem sempre utilizam a mesma metodologia, podendo
diferir em aspectos como a frequência de coleta, escolha da amostra e di-
visão das categorias. A despeito das diferenças metodológicas, observa-se
pelas figuras que a matéria orgânica é preponderante (54,2% a 73,3%), ge-
ralmente seguida de plásticos e papel/papelão.

Figura 07. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos gerados na Ugrhi 5 – PCJ
0,25%
1,87%
2,72%
1,07%
1,04%
1,02%
2,18%
1,48%
7,92%
0,40%
3,40%
2,31%
1,06%

Material orgânico Borracha


Vidro escuro Pet branco
73,28%
Vidro claro Pet verde
Papelão Plástico filme
Papel Plástico duro
Outros Metal não ferroso
Madeira Metal ferroso
Fonte: SÃO PAULO (2010a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 08. Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos gerados na Região Metropolitana da Baixada Santista
e Ubatuba
1% 1% 1% 3%
8%

Matérias orgânicas
22% Papéis e papelões
54% Plásticos em geral
Tecidos
10%
Metais ferrosos
Metais não ferrosos
Vidros
Areias e pedras

Fonte: EMAE (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 09. Composição gravimétrica dos resíduos domiciliares gerados no município de São Paulo

14%

51%
35%

Resíduos orgânicos
Resíduos recicláveis secos
Rejeitos

Fonte: SÃO PAULO (2014), elaborado por SMA/CPLA (2014).

41
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 4.2. Coleta
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos urbanos são de
responsabilidade municipal e podem ser efetuados pelo órgão municipal
encarregado da limpeza urbana, com infraestrutura e recursos próprios
para essa finalidade, ou por serviço terceirizado.
A coleta regular dos resíduos sólidos está amplamente disseminada
por todo o estado. Dados de 2011 apresentados na Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio (PNAD), do IBGE, apontam que esse serviço é pra-
ticamente universalizado e atende a 99,8% dos moradores em domicílios
particulares permanentes nas áreas urbanas no estado.
O recolhimento dos resíduos sólidos urbanos pode ser realizado de
forma seletiva, separando-se os resíduos úmidos – compostos, principal-
mente, por materiais orgânicos – dos resíduos secos – compostos, princi-
palmente, por materiais passíveis de reaproveitamento e reciclagem, tais
como papéis, plásticos, vidro, alumínio, entre outros. A coleta seletiva será
abordada mais detalhadamente, em uma seção específica do item RSU, de-
vido a suas particularidades e complexidade.

4.3. Tratamento
Embora a PNRS estabeleça o limite de agosto de 2014 para a disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos, no estado de São Paulo, assim
como em todo país, ainda são incipientes os mecanismos adotados para o
tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Porém, há no estado algumas ex-
periências em formas de tratamento e recuperação de matérias e energia,
como a produção de Combustível Derivado de Resíduos (CDR) ou a diges-
tão anaeróbia e gaseificação, empregadas para resíduos industriais e pneus.
Apesar da grande maioria dos levantamentos gravimétricos apontarem
para percentuais superiores a 50% de geração de resíduos de origem orgânica,
são poucas as unidades de compostagem hoje em operação no estado, o que
implica no encaminhamento da maior parte desses resíduos para os aterros.
Isso ocorre por questões das mais diversas, que vão da baixa qualidade da
matéria prima, por falta ou falhas de separação na fonte e de coleta seletiva,
passando por dificuldades de operação e manutenção, até as dificuldades de
colocação do composto no mercado. A Tabela 07 apresenta as poucas unida-
des de compostagem existentes no estado de São Paulo em 2012.

Tabela 07. Municípios com usinas de compostagem no estado de São Paulo e o respectivo IQC7
Região administrativa Município Índice de Qualidade de Usinas de Compostagem
Presidente Prudente Adamantina 7,79
Araçatuba Andradina 8,71
Marília Bastos 8,07
Marília Garça 8,14
Marília Iacri 8,07
Marília Parapuã 8,07
Marília Rinópolis 8,07
São José do Rio Preto São José do Rio Preto 10,00

Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

7 Osmunicípios de Bastos, Iacri, Parapuã e Rinópolis se consorciam e o processo de compostagem é realizado no mu-
nicípio de Parapuã.
42
Os resíduos originários dos serviços de poda e de capina, apesar de ex-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


cluídos das estimativas de geração deste diagnóstico, são significativos em
alguns municípios e podem constituir matéria prima importante em uni-
dades de compostagem.
Levantamento junto aos bancos de dados dos processos de financiamento
do Fehidro e Fecop aponta que 112 municípios receberam, ou estão em vias
de receber, recursos destinados à compra de trituradores de galhos.
No IGR 2013, 449 municípios responderam à pergunta sobre a forma
como a prefeitura aproveitou, em 2012, os resíduos de poda e capina, sendo
que na resposta poderiam ser citadas mais de uma forma de aproveitamen-
to. Ressalta-se que em cerca de 45% dos municípios não há aproveitamento
desses resíduos, como se verifica na Figura 10.

Figura 10. Principais formas de aproveitamento dos resíduos de poda e capina entre os municípios participantes do IGR
2013, em número de municípios

221

146 137
124

47
Compostagem Doação ou venda Forração para Não há Outras ações
viveiros de mudas aproveitamento
Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

4.4. Disposição Final


O crescimento econômico e o consequente aumento contínuo do con-
sumo na última década, segundo dados do IBGE, têm sido acompanhados
pela maior abrangência da coleta regular e pelos baixos índices de coleta
seletiva e de tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Esses fatores, ainda
predominantes no estado, demonstram a complexa questão da gestão de
resíduos sólidos e, consequentemente, da crescente dificuldade relaciona-
da à disposição final apenas dos rejeitos.
Essa situação mostra-se mais delicada ao se estabelecer relações entre a
vida útil dos aterros existentes e as necessidades futuras para criação de no-
vos, limitadas pelas regulamentações/condicionantes ambientais e maior
preço dos terrenos, sobretudo nas regiões metropolitanas, locais, justa-
mente, em que há maior geração de resíduos. A esses problemas somam-se
outros de ordem ambiental e financeira, diante do aumento das distâncias
entre os municípios em que são gerados e os locais em que podem ser dis-
postos os resíduos e, em breve, apenas os rejeitos.
Dessa forma, questões como a quantidade dos resíduos dispostos, quali-
dade dos aterros e a sua vida útil, o fluxo intermunicipal dos resíduos, a atua­
ção do poder público e a terceirização dos serviços são fundamentais para
serem discutidas dentro do planejamento e a gestão dos resíduos sólidos.
43
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Nesse sentido, como já citado na Introdução deste diagnóstico, no item
1.3, a Cetesb, desde 1997, por meio do Inventário Estadual de Resíduos
Sólidos Domiciliares, vem apurando o Índice de Qualidade de Aterro de
Resíduos (IQR).
Tendo como base o IQR Nova Proposta, metodologia adotada a partir de
2011, verificou-se um aumento do número de municípios que dispunham
os resíduos sólidos urbanos em instalações de disposição final de resíduos
urbanos enquadradas na condição adequada, de 492, em 2011, para 590, em
2012, indicados na Figura 11. Na Figura 12 é possível visualizar os municí-
pios com a respectiva indicação do enquadramento no IQR Nova Proposta
de 2012.

Figura 11. Distribuição dos municípios de acordo com a indicação do enquadramento no IQR Nova Proposta
600
590
500
número de municípios

492
400

300

200
153 Adequada
100
Inadequada
0 55
2011 2012
ano
Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 12. Municípios com a indicação do enquadramento no IQR Nova Proposta


52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
Legenda 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Municipal FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Limite Estadual Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
Enquadramento (Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos – IQR) Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
IQR: CETESCB, 2012 DATA: 26/06/2013
Condições inadequadas (54)
Condições adequadas (590)
Bananal – Descarta os resíduos no Rio de Janeiro (1)

Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

44
Cabe ressaltar que os 54 municípios que em 2012 possuíam instalações

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


de disposição final de resíduos urbanos enquadradas na condição “inade-
quada” são responsáveis pela geração de cerca de 3% do total de resíduos
do estado. Desses municípios, 38 se encontram na faixa populacional com
até 25.000 habitantes; 13, na faixa de 25.001 a 100.000; e 3 municípios, entre
100.001 e 500.000 habitantes, divididos entre 12 das 15 regiões administra-
tivas. A Tabela 08 detalha esses resultados por região administrativa.
Com relação ao local em que os RSU são dispostos, de acordo com Inven-
tário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos 2012, a maioria dos municípios dis-
põe os resíduos localmente, no próprio município, conforme a Figura 13.

Tabela 08. Municípios com instalações de disposição final de resíduos urbanos enquadradas na condição “inadequada”,
com base no IQR Nova Proposta
Regiões Total de Municípios Percentual dos População Percentual Estimativa de Percentual
administrativas municípios da RA com municípios da RA ur­bana desses da geração de RSU da geração
(RA) da RA destinação com destinação municípios população desses municípios de RSU da
inadequada inadequada (%) (hab) da RA (%) (t/dia) RA (%)
Araçatuba 43 4 9,3 56.805 8,27 39,76 7,21
Barretos 19 0 0 0 0,00 0,00 0,00
Bauru 39 4 10,26 409.125 40,59 358,42 43,17
Campinas 90 2 2,22 44.285 0,73 34,63 0,64
Central 26 1 3,85 36.642 3,99 29,31 3,84
Franca 23 1 4,35 19.482 2,87 13,64 2,43
Marília 51 5 9,8 71.269 8,13 53,76 7,62
Presidente 53 10 18,87 357.299 47,86 301,64 51,65
Prudente
Registro 14 5 35,71 84.694 43,95 64,11 45,89
Ribeirão Preto 25 2 8 10.200 0,82 7,14 0,61
Santos 9 1 11,11 60.348 3,57 48,28 3,23
S. José do Rio 96 7 7,29 77.931 5,82 57,58 5,37
Preto
S. José dos 39 0 0 0 0,00 0,00 0,00
Campos
Sorocaba 79 12 15,19 368.009 14,94 298,80 13,77
Metropolitana 39 0 0 0 0,00 0,00 0,00
de São Paulo

Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 13. Indicação de disposição final de RSU localmente, em número de municípios8

217

428

Sim
Não

Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

8 Os municípios de São Paulo e Santo André dispõem os seus resíduos em aterros locais e também em outros municípios.

Neste gráfico, optou-se por considerá-los como municípios que dispõem em outras localidades.

45
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Em função de um número considerável de municípios (216) dispor os
RSU em outras localidades, verifica-se um fluxo intermunicipal de resí­
duos estimado em cerca de 20.000 t/dia, que segue uma lógica de mercado,
na qual as empresas que oferecem esses serviços instalam suas unidades
de tratamento e disposição nas proximidades dos maiores geradores e, por
uma questão de racionalidade e logística, próximas às grandes rodovias do
estado, como pode ser visualizado na Figura 14.
Verifica-se na Figura 14 a importância estratégica de alguns municípios
e rodovias, tais como:
• Tremembé: recebe resíduos de municípios do Litoral Norte e do Vale do
Paraíba, principalmente pelas rodovias Presidente Dutra e Tamoios;
• Cachoeira Paulista: atende, também, a municípios do Vale do Paraíba,
principalmente pela Rodovia Presidente Dutra;
• Mauá: recebe resíduos de municípios da região do ABC Paulista e Bai-
xada Santista, tendo como eixo a Rodovia Anchieta;
• Caieiras: recebe um fluxo de municípios da Região Metropolitana de
São Paulo e do sul do estado, pelas rodovias Castelo Branco, Raposo
Tavares e Regis Bittencourt, principalmente;
• São Paulo: além da própria capital, recebe resíduos de municípios da
própria Região Metropolitana de São Paulo, tendo a Rodovia Presidente
Dutra como eixo principal;
• Piratininga: recebe de municípios das regiões Bauru e Marília principal-
mente pelas rodovias Marechal Rondon, Dona Maria Leonor Mendes
de Barros e Castelo Branco;
• Onda Verde: recebe resíduos dos municípios do entorno da Rodovia
Transbrasiliana;
• Guatapará: atende os municípios da região de Ribeirão Preto, cujos ei-
xos principais são as rodovias Anhanguera e Washington Luis;
• Catanduva: recebe dos municípios da região administrativa de São José
do Rio Preto, cujo eixo é a rodovia Washington Luis;
• Paulínia: recebe de municípios da região de Campinas, no eixo das ro-
dovias Anhanguera e D. Pedro.

Quanto à vida útil estimada dos aterros de resíduos sólidos urbanos, a


análise dos dados aponta para o número significativo de municípios, 424,
ou cerca de 65% do total, que destinam seu RSU para aterros que se encon-
tram com vida útil menor ou igual a cinco anos, distribuídos por todo o
estado. A situação é ainda mais crítica para 253 municípios, cerca de 40%
do total, que destinam para aterros que se encontram com vida útil menor
ou igual a dois anos, como se pode verificar na Figura 15.
Além das dificuldades associadas à vida útil estimada dos aterros hoje
existentes, a PNRS estabelece que deve ser observada a seguinte ordem de
prioridade para os resíduos sólidos: não geração, redução, reutilização, re-
ciclagem, tratamento e disposição ambientalmente adequada dos rejeitos.
Essa priorização impactará os processos de licenciamento ambiental, obri-
gando os executores a adotarem critérios e procedimentos que assegurem
o recebimento somente de rejeitos. Por outro lado, as autorizações a serem
dadas aos usuários dessas instalações conterão também restrições que le-
varão à necessidade de tratamento prévio dos RSU.
46
Figura 14. Fluxo de resíduos sólidos urbanos no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Legenda FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Limite Municipal Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Limite Estadual Fluxo de Resíduos: CETESB, 2012 DATA: 27/09/2013
Município que recebe resíduos sólidos
Fluxo de resíduos sólidos
Rodovias

Fonte: CETESB (2013a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo

47
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 15. Indicação da vida útil estimada dos locais de disposição final utilizados pelos municípios
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S
RJ

PR

24º0'0" S
SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Legenda DATUM HORIZONTAL:
Limite Municipal 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Estadual FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Vida útil dos aterros Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000
até 2 anos – 253 municípios Aterros: CETESB, 2013 DATA: 03/09/2014
entre 3 e 5 anos – 171 municípios
maior que 5 anos – 220 municípios
dispõe no Rio de Janeiro – 1 município

Fonte: CETESB (2012a), elaborado por CETESB (2013).

4.5. gestão dos rSU


Diante de todas as questões levantadas, fica evidente a importância de
reflexão sobre a situação da gestão dos resíduos sólidos urbanos. Contudo,
as informações hoje disponíveis acerca desse quadro, sobretudo com rela-
ção aos aspectos financeiros, são escassas e/ou incompletas.
Deve-se ressaltar que a responsabilidade pela gestão dos resíduos sóli-
dos é municipal, mas a busca de uma visualização da situação geral do es-
tado é importante, pois possibilita o aprimoramento de ações e estratégias
a serem adotadas em âmbito estadual.
De acordo com a publicação do IBGE Perfil dos Municípios Brasileiros –
2011, 520 dos 645 municípios paulistas, ou seja, cerca de 80% deles, definiram
um órgão como responsável pela regulação e fiscalização dos serviços de lim-
peza urbana e manejo de resíduos sólidos. E em sua maioria, 468 municípios,
esse órgão é municipal: secretaria, departamento, divisão, setor ou similar.
No IGR 2013, uma das questões apresentadas era se o município possuía
metas voltadas à melhoria da gestão dos resíduos sólidos. Das 500 respostas
obtidas para essa pergunta, 448 municípios responderam afirmativamente,
sendo que a coleta seletiva foi a mais citada, por 409 respondentes.
Contudo, apesar da percepção de algumas metas e ações para o aper-
feiçoamento da gestão, verifica-se, de acordo com o diagnóstico do SNIS
– 2011, que uma ação básica na questão dos resíduos sólidos urbanos, re-
ferente ao uso de balança para pesagem rotineira dos resíduos sólidos ur-
banos coletados, não é majoritária entre os municípios da amostra, como
pode ser observado na Tabela 09.
48
Tabela 09. Indicação de uso de balança para pesagem rotineira dos resíduos sólidos urbanos coletados, em número de

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


municípios
Resposta Municípios
Sim 162
Não 204
Não responderam 12
Total 378

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

No que tange aos aspectos financeiros da gestão dos RSU, o IGR 2013
questionou se a prefeitura destinava orçamento específico para gestão dos
resíduos sólidos do município. Dos 496 respondentes a essa questão, 55%
responderam afirmativamente, como se verifica na Figura 16.
Outra fonte com dados e indicadores sobre a gestão dos resíduos e seus
aspectos financeiros é o diagnóstico do SNIS. Embora possibilitem uma
visualização, ainda que parcial, desse aspecto da gestão, esses dados não
permitem apontar para conclusões mais gerais.
Esse diagnóstico é coletado anualmente junto aos órgãos municipais
responsáveis pela gestão do manejo dos resíduos de uma amostra de mu-
nicípios. Entre as questões relativas ao seu uso, ressalta-se o fato de apre-
sentar alguns problemas, citados no próprio documento: não contar com a
totalidade dos municípios do estado e o fato de nem sempre os municípios
responderem a todas as questões, sobretudo as de ordem financeira. Con-
tudo, o diagnóstico do SNIS permite inferir algumas informações úteis,
que podem de alguma forma ilustrar este trabalho.
Retornando aos aspectos financeiros da gestão dos RSU, a questão da
cobrança pelos serviços tem ocupado um espaço cada vez maior nas dis-
cussões sobre o tema, havendo, inclusive, uma discussão jurídica sobre a
constitucionalidade dessa taxa. De acordo com o SNIS (2013), no estado de
São Paulo praticamente metade dos 378 municípios que participaram dessa
amostra ainda não efetuavam cobrança por serviços regulares no manejo
de resíduos sólidos urbanos, notadamente pela coleta de resíduos sólidos
domiciliares, conforme a Figura 17. Cabe ressaltar que os nove municípios
do estado com mais 500.000 habitantes estão nessa amostra, sendo que em
dois deles, São Paulo e Guarulhos, não há a referida cobrança.

Figura 16. Indicação da destinação de orçamento específico para gestão de RSU, em número de municípios

274 222

Sim
Não

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).


49
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 17. Existência de cobrança por serviços regulares de manejo de RSU, notadamente pela coleta de RSD, em
número de municípios

191 187

Sim
Não

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Dos 191 municípios que declararam efetuar a cobrança, a grande maio-


ria a faz por meio de taxa específica no boleto do IPTU, como pode ser
observado na Tabela 10.
Com dados que na totalidade se aproximam dos apontados pelo SNIS,
o Perfil dos Municípios Brasileiros – 2011 do IBGE aponta que 309 muni-
cípios paulistas, cerca de 50% dos 645, efetuam alguma forma de cobrança
pelo serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, sendo que
143 destes municípios ofereciam algum tipo de subsídio para usuários de
baixa renda.
O levantamento do SNIS revela outras informações e indicadores rela-
cionados a aspectos financeiros da gestão. Um desses indicadores é a in-
cidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas correntes da
prefeitura. Dos 204 municípios em que foi possível obter esse indicador, na
metade deles a despesa com o manejo de RSU é inferior a 3% das despesas
correntes da prefeitura, como pode ser observado na Tabela 11.

Tabela 10. Distribuição da forma de cobrança pelos serviços regulares de manejo de RSU nos municípios
Forma de cobrança Número de municípios
Taxa específica no mesmo boleto do IPTU 171
Taxa específica no mesmo boleto de água 10
Taxa em boleto específico 8
Outra forma 1
Sem resposta 1

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 11. Incidência das despesas com o manejo de RSU nas despesas correntes da prefeitura
Indicador (%) Número de municípios com indicador apurado
até 3 102
entre 3,1 e 5 68
entre 5,1 e 10 32
acima de 10 2
Total de municípios 204

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA(2013).


50
De forma complementar, o diagnóstico do SNIS apresenta o indicador

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


da despesa anual per capita com manejo de RSU em relação à população
urbana. Dos 247 municípios em que foi possível obter a informação, verifi-
cou-se uma despesa anual média de R$ 72,90 por habitante. A visualização
desse indicador pode ser verificada na Tabela 12.
Com relação aos dois últimos indicadores apresentados, cabe destacar
que um maior percentual gasto ou um maior número de empregados não
implica necessariamente na melhora da prestação dos serviços. Contudo,
é possível constatar, de modo geral, a insuficiência dos recursos desti-
nados à gestão dos resíduos sólidos, o que pode ser verificado quando
se analisa, por exemplo, a incipiência de investimento na coleta seletiva
e na adoção de mecanismos de tratamento de resíduos nos municípios
paulistas.
Uma das soluções propostas para a racionalização e melhoria da gestão
dos resíduos sólidos estabelecida nas Políticas Federal e Estadual de Re-
síduos Sólidos é a constituição de consórcios públicos voltados à gestão
dos resíduos. Contudo, a prática de soluções consorciadas para a gestão
de resíduos sólidos, tema que será abordado com maior profundidade no
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais deste
Plano, é ainda incipiente no estado e indica o quanto há por avançar nesse
aspecto.
Todos os dados e indicadores apresentados, com suas ressalvas e limi-
tações, possibilitam a constatação que há hoje no estado uma intenção
no sentido de aprimorar a gestão de resíduos sólidos. Fatores como re-
gulamentação legal e ordenamento jurídico vigentes, maior eficácia dos
mecanismos de fiscalização, mudança de mentalidade da sociedade e do
poder público, entre outros e, combinados entre si, apontam para essa
direção.
Verifica-se, por exemplo, o serviço de coleta praticamente universaliza-
do, a evolução do IQR dos municípios, dados municipais que sugerem ten-
tativas de otimização da gestão, como a busca de metas e de mecanismos
de financiamento.
Contudo, há ainda no estado um grande espaço para atuação e aperfei-
çoamento da gestão, como por exemplo, no que tange a: tratamento dos
resíduos; maior conscientização da população com relação ao consumo
e descarte dos resíduos; coleta seletiva; busca de soluções consorciadas;

Tabela 12. Distribuição dos municípios de acordo com a despesa anual per capita com manejo de RSU em relação à
população urbana
Indicador (R$/hab) Número de municípios com indicador apurado Percentual
inferior a 50 94 38
entre 50,1 e 73 46 19
entre 73,01 e 100 59 24
acima de 100 48 19
Total de municípios 247 100

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).


51
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo implantação de gestão profissional dos resíduos sólidos, ancorada em
mão de obra tecnicamente qualificada; e melhora no levantamento de
dados e informações, base para um diagnóstico que possibilite a defi-
nição de uma política e o estabelecimento de metas e ações estratégicas
que busquem solucionar os problemas pertinentes à gestão dos resíduos
sólidos urbanos.

4.6. Panorama Geral da Coleta Seletiva


Definida pela PERS como o recolhimento diferenciado de resíduos
sólidos, previamente selecionados nas fontes geradoras, com o intuito
de encaminhá-los para reuso, reciclagem, compostagem, tratamento ou
outras destinações alternativas, a coleta seletiva é apontada como uma
das principais estratégias a serem fomentadas pelo Poder Público para
a redução do volume de resíduos sólidos urbanos dispostos em aterros
sanitários.
Estima-se que 32% dos resíduos sólidos urbanos gerados são materiais
como papel, plástico, vidro, metais e embalagens, passíveis de reaproveita-
mento ou reciclagem (IPEA, 2012b)9. Contudo, desse total de resíduos po-
tencialmente recicláveis gerados, apenas uma pequena porcentagem, entre
2% e 3%, é destinada efetivamente à reciclagem (ABRAMOVAY; MEN-
DONÇA, 2013) – ainda que tais estimativas sejam nacionais, os valores
condizem com a realidade encontrada no estado de São Paulo; por exem-
plo, no município de São Paulo essa porcentagem é de apenas 1,6%.
Ademais, cerca de 30% do total de resíduos urbanos passíveis de reci-
clagem coletados e destinados à triagem não são reciclados. A alta taxa de
rejeitos ocorre em virtude tanto do modelo de remuneração praticado pe-
las entidades de catadores, principais executores da coleta seletiva de RSU,
com base na produtividade – influenciando na priorização da triagem de
materiais com base no peso e no valor de mercado –, quanto da qualidade
dos materiais que chegam aos galpões de triagem, tornando-os inutilizá-
veis (VIANA, 2013).
A quantidade estimada de materiais potencialmente reutilizáveis e re-
cicláveis no estado de São Paulo é de 12.277,57 t/dia, sendo que apenas
245,55 toneladas são encaminhadas à reciclagem diariamente.
Apesar dos baixos índices de coleta seletiva e reciclagem, o Ipea apre-
sentou, em 2010, um estudo com estimativas dos benefícios do mercado
da reciclagem, que apontam valores entre R$ 1,4 bilhão e R$ 3,3 bilhões
anuais, somados os benefícios econômicos – tais como custos evitados de
insumos e de energia –, e benefícios ambientais – como redução da emissão
de GEE, do consumo de água, preservação da biodiversidade e de recursos
não madeireiros, entre outros. Estima-se, também, que esses benefícios po-
dem alcançar o volume de R$ 8 bilhões anuais, caso todo RSU passível de
reciclagem seja de fato reciclado.
Na Figura 18 é apresentada a composição gravimétrica média dos re-
síduos sólidos urbanos coletados seletivamente, a partir do levantamento

9 Ver também Figuras 7, 8 e 9 do Item 4.1 Geração do Capítulo Resíduos Sólidos Urbanos.
52
rea­lizado pelo Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), com

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


dados de 2012.10
Nota-se a elevada participação dos materiais papel/papelão (45,9%) e
plástico (15,6%) dentre os materiais coletados seletivamente, bem como
a alta taxa de rejeitos (17,4%) que são descartados juntamente com mate-
riais reutilizáveis e recicláveis ou resultantes da baixa qualidade da separa-
ção realizada, tanto pelos consumidores quanto pelos catadores, tendo em
vista as condições de comercialização. Outros tipos de resí­duos também
são gerados em quantidade significativa, tais como o vidro (9,1%) e metais
(6,2%).
Ressalta-se que as proporções apresentadas na Figura 18 assemelham-se
aos valores obtidos por outras fontes, como planos intermunicipais de ge-
renciamento integrado de resíduos sólidos de diversas regiões do estado de
São Paulo, permitindo, portanto, que se assumam as proporções médias da
composição dos materiais provenientes da coleta seletiva para este Plano
Estadual.
Conhecer a composição gravimétrica dos resíduos coletados seletiva-
mente auxilia na proposição de diretrizes e políticas públicas de fomento
e regulação de mercado dos materiais reutilizáveis e recicláveis, uma vez
que possibilita definir as dimensões das instalações e os recursos humanos,
materiais e financeiros envolvidos, bem como incentivos financeiros ou
fiscais que visem estimular a coleta e comercialização de materiais de baixo
valor de mercado.
Existe, ainda hoje, uma grande dificuldade de mensuração da cadeia da
reciclagem de resíduos pós-consumo, devido, principalmente, ao alto grau
de informalidade do mercado, à carência de dados oficiais consistentes
e abrangentes, especialmente em nível estadual, e à diversidade de ato-
res envolvidos, por exemplo, catadores, atacadistas de materiais reciclá-
veis, indústrias recicladoras, prefeituras, empresas de coleta, entre outros
(CEMPRE, 2013).

Figura 18. Composição gravimétrica média da coleta seletiva no Brasil, em peso

Plástico
17,40% 15,60%
0,90% 1,60% Papel/papelão
6,20%
0,90%
Vidro
2,80%
Longa Vida
9,10% Alumínio
45,90%
Metais
Eletrônicos
Outros
Rejeitos

Fonte: CEMPRE (2012) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

10 APesquisa Ciclosoft é realizada desde 1994 pelo Cempre, com o objetivo de reunir informações sobre os progra-
mas de coleta seletiva desenvolvidos por prefeituras, apresentando dados sobre a composição dos resíduos sólidos,
custos de operação, participação de cooperativas de catadores e parcela de população atendida. A abrangência da
pesquisa é todo o território nacional, tendo a participação voluntária dos municípios.
53
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Segundo dados apresentados pelo Cempre, em 2012, os custos envolvi-
dos na prestação de serviços de coleta seletiva eram 4,5 vezes11 superiores
aos custos da coleta convencional de RSU. Os altos custos desse serviço
decorrem, principalmente, da política fiscal que incide no setor da reci-
clagem, de dificuldades de transporte – devido ao grande volume e baixo
peso dos materiais recicláveis, além da dificuldade para compactá-los sem
gerar perdas – e da não eliminação da etapa de triagem – necessária para
comercialização. Diante disso, a redução de custos e o aumento do proces-
samento e da produtividade são grandes desafios da coleta seletiva.
A Figura 19 apresenta o histórico dos custos médios envolvidos na pres-
tação do serviço de coleta seletiva nos municípios brasileiros participantes
da pesquisa Ciclosoft.
Embora os custos de operacionalização da coleta seletiva ainda sejam
altos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece que, a partir de
2014, deverão ser destinados aos aterros sanitários apenas rejeitos, isto é,
resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de trata-
mento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economi-
camente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada. Há de se considerar ainda que programas
de coleta seletiva para reciclagem englobam não só aspectos financeiros,
mas também ambientais e sociais, de planejamento urbano e de cidadania,
além de sua relação custo/benefício, sendo os últimos de difícil mensuração
e incorporação no sistema de contas públicas (LEITE; CORTEZ, 2002).
Por fim, a adoção de estratégias que viabilizem escala, custos e investi-
mentos, tais como a organização de consórcios municipais para a gestão
conjunta dos resíduos urbanos, de modelos de custos compartilhados de
reciclagem entre o setor privado, responsável pela logística reversa, e mu-
nicípios, devem ser incentivadas pelo poder público estadual, a fim de pro-
porcionar aumento na eficiência na cadeia da reciclagem.

Figura 19. Evolução da média de custos da coleta seletiva no Brasil, em R$/t


R$ 500,00
R$ 442,00
R$ 450,00
R$ 400,00 R$ 424,00
R$ 408,00
R$ 350,00
R$ 300,00
R$ 228,00 R$ 302,00
R$ 250,00
R$ 200,00
R$ 140,00
R$ 150,00
R$ 100,00
R$ 50,00
R$ 0,00
2002 2004 2006 2008 2010 2012

Fonte: CEMPRE (2013) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

11 Considerando o valor médio da coleta regular dos resíduos sólidos urbanos R$ 95,00/t (CEMPRE, 2013).
54
4.6.1. Gestão da Coleta Seletiva no Estado de São Paulo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


A coleta seletiva integra o rol de serviços de limpeza urbana cuja
execução é responsabilidade exclusiva dos municípios. A sua operacio-
nalização pode ser realizada pela própria prefeitura, por empresas con-
tratadas para essa finalidade ou em parceria com catadores organizados,
cujas entidades também podem ser contratadas para prestar esse ser-
viço. A coleta seletiva deve compor os sistemas de gestão integrada de
resíduos sólidos urbanos, nos quais devem ser previstas ações e metas
visando a sua implementação e ampliação.
De acordo com dados extraídos pelo IGR, em 2012, 76% dos muni-
cípios12 que responderam ao questionário (384 municípios) declararam
que realizavam algum programa ou ação de coleta seletiva/triagem. A
cobertura dessas ações de coleta seletiva é apresentada na Figura 20.
Nela se observa que em 163 municípios (aproximadamente 25,27% dos
municípios paulistas) o serviço de coleta seletiva prestado atende mais
de 80% dos domicílios da área urbana, em 36 municípios esse percen-
tual varia entre 61 a 80%, em 39 municípios a coleta abrange de 41 a
60%, em 50 municípios a cobertura é de 21 a 40% e em 194 municípios
esse serviço atende até 20% dos domicílios da zona urbana. Entretanto,
a pesquisa do IGR atualmente não apresenta dados referentes às quanti-
dades coletadas e efetivamente recicladas nos municípios.

Figura 20. Extensão das ações de coleta seletiva desenvolvidas pelos municípios paulistas participantes do IGR 2013, por
porcentagem de atendimento dos domicílios da área urbana

52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Estadual DATUM HORIZONTAL:
% de domicílios, em área urbana, atendidos pelas ações de coleta seletiva 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Até 20 % – 194 municípios FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
21 – 40% – 50 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
41 – 60% – 39 municípios Coleta Seletiva: IGR/SMA, 2013 DATA: 31/10/2014
61 – 80% – 36 municípios
Acima de 80% – 163 municípios
Sem informação – 163 municípios

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

12 506 municípios paulistas responderam ao questionário do IGR 2013.


55
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo O gerenciamento de programas de coleta seletiva, de modo geral, é faci-
litado em pequenos municípios, devido a sua menor extensão e população,
enquanto nos municípios de médio e grande porte, isto é, acima de 100.000
habitantes, os programas implicam em algum grau de descentralização de
seu gerenciamento, para melhor controle de eficiência e eficácia dos resul-
tados (LEITE; COSTA, 2002), demandando, assim, maiores investimentos
técnicos e financeiros, por ser um processo mais complexo.
Ainda segundo o IGR 2013, 47% das prefeituras realizaram ações de
coleta seletiva de forma conjunta com outras entidades, tais como organi-
zações não governamentais, iniciativa privada e órgãos públicos – sendo as
duas primeiras as mais usuais (Figura 21). Além disso, 24% dos municípios
que responderam o IGR não desenvolveram programa de coleta seletiva no
ano de 2012, o que significa que, em pelo menos 120 municípios do estado
de São Paulo, esse serviço não era realizado.
Em 63% das iniciativas de coleta seletiva desenvolvidas pelas prefeituras
municipais há participação de catadores de materiais recicláveis (Figura
22), os quais são atualmente os principais atores no processo de coleta e
triagem dos materiais recicláveis. No entanto, é necessário considerar ou-
tros fatores, além dos dados apresentados atualmente no IGR, para avaliar
a eficiência e eficácia dos serviços realizados em parceria entre prefeituras
e catadores.
Ressalta-se que resíduos como lâmpadas, pilhas e baterias, pneus, óleos
comestíveis e produtos eletrônicos, embora necessitem de coleta especial
por conterem substâncias tóxicas e perigososas ao meio ambiente e à saúde
humana, não são objeto dos programas de coleta seletiva. Essas categorias
de resíduos serão abordadas com maiores detalhes no Capítulo 12, que tra-
ta de Responsabilidade Pós-Consumo.

Figura 21. Formas de realização de programas municipais de coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos no estado de
São Paulo

Iniciativa da prefeitura realizada com alguma parceria


Iniciativa apenas da prefeitura
47 % 29 % 24 % Não realizou coleta seletiva

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 22. Porcentagem de prefeituras municipais com coleta seletiva que realizam parceria com catadores de materiais
recicláveis

sim não
63 % 37 %

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

56
4.6.2. Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis no Estado

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


de São Paulo
O conceito de responsabilidade compartilhada na gestão integrada de re-
síduos sólidos, a inclusão social dos catadores de materiais reutilizáveis e re-
cicláveis e o fomento à criação e desenvolvimento de entidades organizadas
dessa categoria são fundamentos e objetivos das Políticas Nacional e Estadu-
al de Resíduos Sólidos, bem como dos seus dispositivos complementares, e
vêm consolidar o processo de reconhecimento do trabalho desenvolvido em
todo país por esses trabalhadores, além de criar diversas responsabilidades
individuais e encadeadas para o poder público e entidades privadas.
A categoria de catadores de materiais recicláveis, incluída na Classifica-
ção Brasileira de Ocupações pela portaria no 397, de 09 de outubro de 2002,
do Ministério do Trabalho e Emprego, é descrita como:
“aqueles que catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como pa-
pel, papelão e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros
materiais reaproveitáveis”.

As atividades desenvolvidas por esses trabalhadores são importantes


não apenas para a gestão adequada de resíduos sólidos, onde atuam na
promoção da limpeza urbana, coleta seletiva, triagem e beneficiamento
de materiais recicláveis, mas também desempenham um relevante servi-
ço ambiental, uma vez que são os principais responsáveis pela produção
de matéria prima pós-consumo para as indústrias recicladoras – estima-se
que 90% de todo material reciclado do Brasil seja recuperado dos RSU pe-
las mãos desses agentes (IPEA, 2012b).
Segundo dados apresentados na Situação Social das Catadoras e dos Cata-
dores de Material Reciclável e Reutilizável – Região Sudeste, elaborado pelo Ipea
(2013), no estado de São Paulo atuam cerca de 80.000 catadores, ou seja, mais
de 20% das pessoas que declararam a catação como sua principal fonte de ren-
da no país desenvolvem suas atividades no território paulista. Ressalta-se que
esse universo pode ser ainda maior, tendo em vista que a catação é, também,
uma atividade complementar de renda realizada paralelamente a outras ocu-
pações formais e informais, apesar do ingresso nessa atividade decorrer, muitas
vezes, da falta de opção em outras ocupações. O estudo ainda apresenta que
há um predomínio de pessoas em idade adulta (entre 39 e 45 anos), do sexo
masculino, com baixo grau de escolaridade – menos de um terço possui ensino
fundamental completo13–, desenvolvendo essa atividade em São Paulo.
O rendimento médio mensal da categoria no estado, apontado pelo
Ipea (2013), em 2010, foi de R$646,19, superior tanto aos valores da média
nacional quanto do salário mínimo14. Além disso, o levantamento indi-
ca, por meio do cálculo do Índice de Gini15, uma desigualdade de renda

13 Considerando a população com 25 anos ou mais.


14 O valor do salário mínimo em vigor, no ano de 2010, era de R$510,00. Já o valor do rendimento médio mensal decla-
rado pelos catadores no Brasil, em 2010, foi de R$571,56 (IPEA, 2013).
15 O Índice de Gini é um instrumento utilizado para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo.

Ele aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um –
quanto mais próximo de 1 maior a desigualdade (IPEA, 2004).

57
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo considerável entre os catadores – 0,41 para o estado de São Paulo, sendo
possível encontrar desde pessoas em situação de extrema pobreza16, até
aquelas que obtêm renda média mensal superior a R$2.000,00, trabalhan-
do em cooperativas bem estruturadas e de alta produtividade.
A exposição e o manejo de RSU trazem riscos à saúde dos catadores,
por agentes químicos, biológicos e físicos – por exemplo, pela presença de
resíduos orgânicos misturados aos materiais recicláveis, além de pilhas e
baterias, lâmpadas e materiais hospitalares, e de vetores, como insetos e
roedores –, que podem ocasionar doenças respiratórias, no trato intesti-
nal, dermatoses, cortes, entre outros. Há, também, riscos decorrentes das
condições de trabalho aos quais os catadores estão submetidos, tanto nos
galpões de triagem quanto na catação dos materiais nas ruas, tais como,
trabalho em pé, poucas pausas, movimentos repetitivos, carregamento
manual de cargas pesadas, exposição excessiva ao sol, pouca iluminação
e ventilação no local de separação dos materiais, que podem levar ao de-
senvolvimento de doenças osteomusculares e circulatórias (FUNDACEN-
TRO, 2013).
A atividade de catação apresenta considerável grau de informalidade,
ainda que nos últimos anos venham sendo desenvolvidas políticas públi-
cas com o intuito de apoiar e fomentar a organização de entidades de ca-
tadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, a fim de viabilizar inclusão
social, econômica e melhorias nas condições de trabalho, tais como o Pro-
grama Pró-Catador do Governo Federal, com cooperação voluntária dos
Estados e municípios.
A informalidade está associada à carência ou ausência de direitos e be-
nefícios trabalhistas, exposição a riscos ocupacionais, condições precárias
de trabalho e não remuneração pelo serviço de limpeza urbana prestado,
contribuindo para a alta vulnerabilidade social presente nesta classe – se-
gundo dados do Ipea (2013), no estado de São Paulo apenas 52% dos ca-
tadores declararam que contribuem de alguma forma para a previdência,
porcentagem inferior a média nacional. Ademais, essa condição também
contribui para a vulnerabilidade econômica dos catadores, uma vez que
ficam sujeitos a intermediários, à variação de preços praticados pelo mer-
cado e à distribuição desigual da renda na cadeia da reciclagem – avalia-se
que 75% dos ganhos totais proporcionados pela reciclagem sejam apro-
priados pela indústria (IPEA, 2012b).
Os catadores de materiais recicláveis atuam, essencialmente, na cata-
ção e comercialização dos materiais recicláveis oriundos do pós-consumo.
Nada implica, porém, que não prestem serviços de coleta de resíduos pós-
industriais, isto é, resíduos dos processos produtivos ou de obsolescência
de máquinas e ferramentas (IPEA, 2012b).
Na Figura 23 são apresentadas formas de atuação e organização dos
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

16 Considera-seem situação de extrema pobreza o domicílio em que a soma da renda dos seus integrantes, dividida
pela quantidade de pessoas que residem no domicílio e dependam dessa renda, não ultrapasse a marca de R$70,00
(IPEA, 2013).

58
Figura 23. Formas de realização da atividade de catação

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Catador individual Catação como atividade Grupos Cooperativas
e carroceiros complementar de renda não formalizados e Associações
trabalho individual e informal trabalho individual e informal trabalho organizado e informal trabalho organizado e formal

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

4.6.3. Cooperativas e Associações de Catadores de Materiais


Reutilizáveis e Recicláveis no Estado de São Paulo
Como alternativa para o fortalecimento, organização e formalização do
trabalho desenvolvido pelos catadores de materiais reutilizáveis e reciclá-
veis, a criação de cooperativas e associações une, voluntariamente, traba-
lhadores na busca de melhores condições socioeconômicas e de trabalho,
de ampliação do poder de negociação dos produtos comercializados, de
apoio e acesso a recursos financeiros e políticas públicas, com vistas à aqui-
sição de equipamentos, EPI (equipamentos de proteção individual), reali-
zação de cursos e treinamentos, investimentos na gestão e em infraestru-
tura, entre outros.
Atualmente, a minoria dos catadores encontra-se organizada em coope-
rativas ou associações. Mesmo de forma organizada, ainda são encontradas
algumas dificuldades, como alta rotatividade de profissionais, carência de
equipamentos, vínculos empregatícios frágeis e conhecimentos insuficien-
tes para assegurar a eficiência econômica das atividades, somados os custos
logísticos envolvidos no processo de comercialização. Além disso, ainda
são poucas as entidades que possuem registro legal e são capazes de aten-
der a toda legislação trabalhista e tributária (IPEA, 2012b).
Diante disso, observa-se que as entidades de catadores ainda precisam
de apoio e investimentos visando ao fortalecimento e à superação das di-
ficuldades enfrentadas, bem como à inclusão socioprodutiva desses traba-
lhadores, para que possam realizar um serviço eficiente, economicamente
viável e seguro do ponto de vista técnico e operacional da coleta seletiva,
permitindo, assim, o cumprimento das obrigações previstas nas Políticas
Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos.
Com o intuito de compreender a distribuição geográfica, as atividades
desenvolvidas ao longo da cadeia da reciclagem e o grau de formalização
e organização da gestão dessas entidades, a SMA lançou, em fevereiro de
2013, o Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do
Estado de São Paulo (Cadec)17, de natureza voluntária e autodeclaratória,
instituído pela Resolução SMA no 88, de 17 de setembro de 2013. Com

17 Acesso disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/cadec/

59
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo base nessas informações, foi possível iniciar o levantamento das principais
dificuldades e problemas enfrentados por esses grupos e, assim, subsidiar a
elaboração de políticas públicas voltadas à categoria.
No período de fevereiro a outubro de 2013, o Cadec havia recebido 84
cadastros de entidades de catadores de materiais recicláveis – destas, 26 são
associações, cinquenta são cooperativas, formalizadas ou não, e oito enti-
dades indicaram outras formas de organização, como ONG –, as quais re-
presentam aproximadamente 2.350 catadores. Embora esse número repre-
sente apenas 2,9% do total de catadores estimado para o estado, ressalta-se
que o Cadec trabalha somente com entidades organizadas, não abrangendo
os catadores que trabalham de forma individual e informal.
A distribuição dessas organizações no território do estado é apresentada
na Figura 24. Nota-se a necessidade de adoção de estratégias que visem
à ampliação da cobertura do Cadec e, consequentemente, consolidem a
atuação e a representatividade desse instrumento no planejamento e na
implementação de políticas públicas estaduais de apoio à organização das
entidades de catadores.
De acordo com os dados do Cadec, as principais atividades desenvol-
vidas pelas cooperativas/associações são coleta, triagem e comercializa-
ção. Além disso, cerca de 90% das entidades cadastradas declaram possuir
algum tipo de parceria com prefeituras municipais, dentre elas 16% são
desenvolvidas informalmente, 71% são realizadas mediante celebração de
convênio, podendo prever a remuneração da cooperativa/associação (30%)
ou não (70%), e 13% não especificaram o tipo de parceria estabelecida.

Figura 24. Distribuição das entidades de catadores de materiais recicláveis cadastradas no Cadec, de fevereiro a outubro de 2013
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda Região Administrativa de Bauru


Limite Municipal Região Administrativa de Campinas
Limite Estadual Região Administrativa de Franca SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Número de entidades de catadores Região Administrativa de Marília DATUM HORIZONTAL:
de materiais recicláveis Região Administrativa de Pres. Prudente 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
1 entidade Região Administrativa de Registro FONTE: ELABORADO POR:
2 entidades Região Administrativa de Ribeirão Preto Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
12 entidades Região Administrativa de Santos
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Regiões Administrativas: IGC, 2009
Gerenciamento de Informações
CadEC: registros até outubro/13 DATA: 31/10/2014
Regiões Administrativas Região Administrativa de Sorocaba
Região Administrativa Central Região Administrativa de S. José do Rio Preto
Região Administrativa de Araçatuba Região Administrativa de S. José dos Campos
Região Administrativa de Barretos Região Administrativa de São Paulo

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

60
As principais ações de apoio das prefeituras municipais às cooperativas/

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


associações de catadores de materiais recicláveis observadas atualmente
incluem:
• apoio financeiro ao funcionamento das organizações de catadores (por
exemplo, pagamento de despesas de água, luz, combustível, cesta básica,
entre outros);
• apoio e incentivo à criação das organizações de catadores;
• apoio e incentivo à formalização das organizações de catadores;
• concessão/doação de estrutura física para o funcionamento das organi-
zações de catadores (por exemplo, galpão);
• concessão/doação de equipamentos (por exemplo, caminhões, EPI, es-
teira etc.);
• doação de materiais recicláveis gerados pelos órgãos da administração
pública municipal às organizações de catadores;
• contratação de organização de catadores para a realização da coleta seletiva;
• apoio técnico à captação de recursos financeiros para o desenvolvimen-
to de projetos de coleta seletiva e triagem de materiais recicláveis;
• criação de cadastro municipal de catadores de materiais recicláveis;
• treinamento e capacitação de catadores.

Ressalta-se que iniciativas como as listadas acima também são realiza-


das por entidades privadas, Governo Estadual e Federal, tendo em vista
a responsabilidade compartilhada dos resíduos sólidos e a priorização da
inclusão social de catadores na gestão, conforme disposto na PNRS.
Outra estratégia adotada pelas entidades de catadores de materiais reutili-
záveis e recicláveis é a formação de redes de comercialização, com o objetivo
de fortalecer a articulação e viabilizar a venda direta para as indústrias reci-
cladoras, reduzindo, assim, a interferência dos intermediários na cadeia da
reciclagem, bem como de contribuir para a justa comercialização e melhoria
da distribuição de recursos obtidos e da qualidade de vida dos catadores.
A organização das cooperativas/associações em redes facilita o acesso a
recursos financeiros, viabilizando investimentos em infraestrutura e equi-
pamentos a entidades que, por vezes, não teriam condições de, sozinhas,
captarem recursos em editais de financiamento18 e outras fontes de recur-
so. Além disso, as redes possibilitam ganhos de escala, difusão de conheci-
mento e de práticas de gestão (IPEA, 2012b).
As redes de comercialização atuam de forma análoga às cooperativas,
reunindo voluntariamente entidades de catadores – de diferentes graus de
estrutura e produtividade – com interesse mútuo organizacional, produ-
tivo e econômico, sob o mesmo regulamento legal aplicável ao cooperati-
vismo. Podem ser constituídas legalmente ou articuladas a partir de uma
cooperativa ou associação de referência (BRASIL, 2013a).
Ainda não existem muitas informações e estudos oficiais sobre as redes de
comercialização que atuam no estado de São Paulo. Atualmente existem dez:

18 Em 2013, o Governo Federal lançou o terceiro edital do Programa CATAFORTE, com o objetivo de estruturar e fortalecer

as redes de comercialização em todo o país.

61
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo • Rede Cata Sampa (município de São Paulo, região do Alto Tietê Cabe-
ceiras19 e Litoral);
• Rede Cata Vida (região de Sorocaba);
• Rede Verde Sustentável (região oeste da RMSP);
• Rede Unir (região de Campinas);
• Rede Reciclamp (região de Campinas);
• Rede Solidária de Cooperativas de Catadores da Alta Mogiana –
COOPERCAM (região de Ribeirão Preto);
• Rede Coopcent ABC (região do ABCD);
• Rede Cata Vale (região do Vale do Paraíba);
• Rede Oeste Paulista (região de Assis);
• Rede Paulista (Região Metropolitana de São Paulo).

Diante disso, torna-se necessária a atuação do poder público estadual em


diversas frentes, como por exemplo, desenvolvimento de ações e fomento
de parcerias para capacitação técnica, apoio à criação e desenvolvimento de
novas entidades e de redes de comercialização, bem como à formalização e
estruturação das já existentes, adoção de estratégias de remuneração pelos
serviços ambiental e de limpeza urbana prestados, visando à inclusão dos
catadores de materiais recicláveis na gestão integrada de resíduos sólidos,
por meio de entidades organizadas.
A demanda para a inclusão dos catadores de materiais recicláveis na
gestão de resíduos sólidos abarca também o setor privado, principalmen-
te no que diz respeito à responsabilidade pós-consumo de embalagens.
Diante disso, visando atender à legislação, diversas ações começaram a ser
desenvolvidas pelos setores produtivos, por exemplo, para levantamento e
análise da organização e capacidade produtiva das cooperativas/associa-
ções para identificar possíveis parceiros, como o diagnóstico realizado pelo
Programa Dê a Mão para o Futuro, coordenado pela Associação Brasilei-
ra da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e
Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Limpeza (Abipla) como
parte do acordado no Termo de Compromisso assinado com a SMA e Ce-
tesb, que será descrito com mais detalhes no Capítulo 12.
Esse levantamento utilizou critérios de infraestrutura, produção e ar-
ranjo institucional para analisar 22 cooperativas de catadores localizadas
em vinte municípios: Americana, Assis, Barueri, Cândido Mota, Cotia,
Diadema, Embu, Itapevi, Itu, Limeira, Osasco, Ourinhos, Palmital, Para-
guaçu Paulista, Piracicaba, Taboão da Serra, Rancharia, Rio Claro, Santana
de Parnaíba e Sorocaba.
O desenvolvimento de iniciativas como essa, ainda que estejam em es-
tágio inicial de elaboração e estabelecimento, é importante para a inclusão
dos catadores na cadeia da reciclagem, para o exercício da gestão compar-
tilhada dos resíduos sólidos e para consolidação das atribuições legais do
setor produtivo estabelecidas pelas políticas nacional e estadual.

19 Compõe a Região do Alto Tietê Cabeceiras os municípios de Salesópolis, Biritiba Mirim, Suzano, Mogi das Cruzes, Itaqua-

quecetuba, Guarulhos, Arujá, Poá, e Ferraz de Vasconcelos.

62
5. RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Segundo as Políticas Estadual e Nacional de Resíduos Sólidos, os resí­
duos da construção civil (RCC) são os provenientes de construções, refor-
mas, reparos e demolições de obras de construção civil e os resultantes da
preparação e da escavação de terrenos para obras civis.
Uma das características da construção civil é o grande consumo de ma-
teriais e a geração de resíduos de forma difusa, o que dificulta o seu geren-
ciamento. É notório que em geral os RCC são de baixa periculosidade, mas
observa-se que seu impacto se dá pela grande quantidade gerada.
Segundo dados da publicação Resíduos da Construção Civil e o Estado de
São Paulo (SÃO PAULO; SINDUSCON, 2012a), cerca de 70% do resíduo
gerado advém do pequeno gerador e é proveniente de reformas, pequenas
construções e obras de demolição. Os 30% restantes são provenientes de
construções de maior porte.
O gerenciamento dos resíduos da construção civil é regulado, em nível
federal, pela PNRS e pela Resolução Conama no 307, 05 de junho de 2002, e
suas alterações (Resoluções Conama no 348/04, no 431/11 e no 448/12), que
estabelecem as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC,
disciplinando as ações necessárias para minimizar os impactos ambientais,
e, em nível estadual, pela PERS. Além da legislação federal e estadual, de-
vem ser observadas as legislações municipais, quando houver.
Cabe ao poder público municipal um papel fundamental no disciplina-
mento da gestão dos RCC, tanto para os pequenos geradores quanto para
os grandes, utilizando instrumentos específicos para regular e fiscalizar a
sua movimentação e destinação. É instrumento para o gerenciamento dos
resíduos da construção civil o Plano Municipal de Gestão de Resíduos da
Construção Civil, a ser elaborado pelos municípios, em consonância com
o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
De acordo com o levantamento para o IGR 2013 (ano base 2012), dos
506 municípios do estado de São Paulo que responderam ao questionário,
176 já possuem Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção
Civil (SMA, 2013b).
A remoção dos RCC dispostos irregularmente, os transtornos causa-
dos pelas enchentes e os demais danos ao meio ambiente representam cus-
tos elevados para o poder público e para a sociedade nas ações corretivas,
apontando para a necessidade de estabelecimento de novos métodos para
a gestão desses resíduos.
É importante salientar que todos os geradores, pessoas físicas ou jurídi-
cas, são responsáveis pelos seus resíduos, seja na execução de uma pequena
reforma residencial ou na construção de um edifício.
A Resolução Conama no 307/02 e suas alterações mencionadas anterior-
mente estabelecem critérios e procedimentos para a gestão dos resí­duos da
construção civil, inclusive quanto à destinação final ambientalmente ade-
quada conforme a sua classificação:
• Classe A – são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,
tais como: componentes cerâmicos, argamassa, concreto e solo. Deverão
63
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo ser reutilizados e reciclados na forma de agregados ou encaminhados a
aterro de resíduo Classe A de reservação de material para uso futuro.
• Classe B – são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como
plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e gesso. Deverão ser
reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento
temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou re-
ciclagem futura.
• Classe C – são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tec-
nologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem ou recuperação. Deverão ser armazenados, transportados e
destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
• Classe D – são resíduos perigosos oriundos do processo de construção.
Deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformida-
de com as normas técnicas especificas.

O fluxograma da Figura 25 indica as possibilidades de destinação dos


resíduos da construção civil de acordo com a sua classificação.
Para a elaboração do diagnóstico dos resíduos da construção civil no
estado de São Paulo, foram analisadas diferentes informações disponíveis,
como a publicação denominada Resíduos da Construção Civil e o Esta-
do de São Paulo (SÃO PAULO; SINDUSCON, 2012a), o IGR 2013 (ano
base 2012) (SMA, 2013b), dados fornecidos pela Cetesb sobre as unidades
de tratamento, armazenamento e disposição final licenciadas (CETESB,
2012a), bem como artigos, teses e trabalhos técnicos relativos ao tema.
Todas as informações foram utilizadas de maneira complementar, com
o objetivo de chegar ao diagnóstico mais próximo da realidade, no que se
refere à geração, coleta, transporte, tratamento e disposição final.

Figura 25. Fluxograma de destino dos RCC

PEV

Cooperativas, sucateiros
e comerciantes de RCC
Recicladoras
(plásticos, papéis, metais e vidros)

Indústria
Canteiro Canteiro
Grande Gerador Pequeno Gerador
Área de Reciclagem
de RCC
Aterro de Resíduos
Classe A
Outras destinações e tratamentos para
resíduos perigosos e não perigosos

ATT

Fonte: SÃO PAULO; SINDUSCON (2012b) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

64
5.1. GERAÇÃO

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Conforme já descrito, a maior parte dos resíduos da construção civil,
cerca de 2/3 dos mesmos, são gerados pelas pequenas construções e obras
de reformas.
A taxa de geração per capita de resíduos de construção, bem como a
participação percentual dos resíduos da construção civil em relação à mas-
sa total de resíduos sólidos urbanos, é variável nos diferentes municípios
brasileiros, em função das características das construções e do grau de de-
senvolvimento econômico. Isso é demonstrado em estudos realizados por
PINTO (1999) nos municípios de Santo André, São José do Rio Preto, São
José dos Campos, Ribeirão Preto, Jundiaí, Campinas, Vitória da Conquista
(BA), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). Os dados obtidos indicaram
que a geração per capita de resíduos variou de 230 kg/hab/ano (Salvador)
até 760 kg/hab/ano (Jundiaí). Adotando-se a mediana, obtém-se o valor
de geração per capita de 510 kg/hab/ano, valor coerente com estimativas
estrangeiras. Com relação à participação dos resíduos de construção na
massa total dos resíduos sólidos urbanos, verifica-se que esta varia de 41%
(Salvador) a 70% (Ribeirão Preto).
Admitindo a geração de 510 kg/hab/ano, tendo como base um ano de
trezentos dias úteis (JOHN; AGOPYAN, 2000) e utilizando os dados de po-
pulação urbana dos municípios divulgados pelo IBGE (2010), obtiveram-
se os dados de geração apresentados na Tabela 13.

Tabela 13. Geração de resíduos da construção civil por regiões administrativas no estado de São Paulo
Regiões administrativas Número de População urbana Geração (t/dia) Porcentagem de
municípios 2012 (hab) geração no estado
Araçatuba 43 686.598 1.167 1,71
Barretos 19 400.500 681 1,00
Bauru 39 1.007.965 1.714 2,51
Campinas 90 6.051.542 10.288 15,06
Central 26 919.063 1.563 2,29
Franca 23 677.656 1.153 1,69
Marília 51 876.448 1.490 2,18
Presidente Prudente 53 746.589 1.270 1,86
Registro 14 192.691 328 0,48
Ribeirão Preto 25 1.244.471 2.116 3,10
Santos 9 1.688.894 2.872 4,20
São José do Rio Preto 96 1.338.721 2.276 3,33
São José dos Campos 39 2.172.343 3.693 5,41
Sorocaba 79 2.463.733 4.189 6,13
Metropolitana de São Paulo 39 19.709.882 33.507 49,06
Total 645 40.177.096 68.302 100

Fonte: IBGE (2010); JOHN; AGOPYAN (2000), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

65
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Para idealizar um planejamento regional e um sistema de gestão de in-
teresse comum nos municípios abrangidos, a geração de resíduos da cons-
trução civil está também indicada na Tabela 14 por unidades regionais me-
tropolitanas e aglomerações urbanas.
Apesar de conter somente 20,93% dos municípios do estado de São Pau-
lo, as regiões metropolitanas e as aglomerações urbanas são responsáveis
por 70,48% da geração de resíduos da construção civil, tendo como maior
gerador a Região Metropolitana de São Paulo, com 49,06%, seguida por
Campinas com 6,96% da geração.
A composição básica do resíduo de obras pode variar em função dos
sistemas construtivos e dos materiais disponíveis regionalmente, da tecno-
logia empregada e da qualidade da mão-de-obra existente, bem como do
grau de desenvolvimento econômico regional.
As porcentagens médias de materiais nos resíduos totais de obras e de-
molições no Brasil são apresentadas na Figura 26, adaptada de Menezes et al.
(2011).

Tabela 14. Geração de resíduos da construção civil por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas no estado de São Paulo
Regiões metropolitanas e Número de População urbana Geração (t/dia) Porcentagem de
aglomerações urbanas municípios 2012 (hab) geração no estado
São Paulo 39 19.709.882 33.507 49,06
Campinas 19 2.792.445 4.748 6,95
Baixada Santista 9 1.688.894 2.872 4,20
Vale do Paraíba e Litoral Norte 39 2.172.343 3.693 5,41
AU Jundiaí 7 680.460 1.157 1,69
AU Piracicaba 22 1.273.618 2.166 3,16
Total 135 28.317.642 48.140 70,48

Fonte: IBGE (2010); JOHN; AGOPYAN (2000), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

Figura 26. Composição média de materiais nos RCC no Brasil

5%
32%
30%
Solo
8% Concreto
25%
Argamassa
Material cerâmico
(tijolos, telhas, cerâmicas, azulejos)
Outros
Fonte: MENEZES et al. (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

5.2. COLETA
Os serviços de coleta e transporte de resíduos da construção civil podem
ser realizados pelas prefeituras ou por seus contratados, por transportado-
res (caçambeiros e autônomos) contratados pelo gerador e/ou transporta-
dos pelo próprio gerador.
66
Para evitar o descarte irregular por parte dos munícipes, pontos de en-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


trega voluntária (PEV) ou ecopontos são oferecidos por algumas prefeitu-
ras para os pequenos geradores realizarem a entrega gratuita de pequenas
quantidades de resíduos da construção, além de podas de árvores, resíduos
volumosos e recicláveis.
Para grandes quantidades de resíduos da construção civil, o gerador de-
verá contratar empresas legalizadas para transportar os resíduos para áreas
de transbordo e triagem (ATT), áreas de reciclagem ou aterros de resíduos
Classe A.
As ATT são áreas destinadas ao recebimento de resíduos da constru-
ção civil e de resíduos volumosos para triagem, armazenamento temporá-
rio dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção
para destinação adequada. Os PEV ou ecopontos e as ATT que não reali-
zam transformação de resíduos não necessitam de licenciamento ambiental
pela Cetesb, entretanto deverão observar a norma ABNT NBR 15112:2004
– Resíduos da construção civil e resíduos volumosos, áreas de transbordo e
triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
O diagnóstico acerca da situação dos RCC no estado de São Paulo (SÃO
PAULO; SINDUSCON, 2012a) foi obtido a partir de respostas voluntárias
a questionários entregues para os 645 municípios, dentre os quais 348 res-
ponderam, informando sobre a existência ou não de ATT, aterros e áreas
de reciclagem.
De acordo com o referido diagnóstico, dos 348 municípios que se ma-
nifestaram, 155 possuem o cadastro de transportadores de RCC e 177 pos-
suem ATT (públicas ou privadas).
De acordo com o levantamento do IGR 2013 (ano base 2012), dos 506
municípios do estado de São Paulo que responderam ao questionário des-
se índice, 284 declararam que desenvolveram iniciativas de apoio à gestão
dos RCC, que variam de implantação de PEV ou ATT a operações “cata-
bagulhos” (SMA, 2013b).

5.3. DESTINAÇÃO

5.3.1. Reutilização e Reciclagem


A reutilização e a reciclagem de RCC no Brasil são relativamente re-
centes e podem gerar vários benefícios como a redução do consumo de
matérias-primas e insumos energéticos, redução de áreas necessárias para
aterro e aumento de vida útil daqueles que estão em operação.
O aproveitamento dos resíduos da construção dentro do próprio canteiro
de obra faz com que os materiais que seriam descartados com um determi-
nado custo financeiro e ambiental retornem em forma de materiais úteis. Sua
reinserção na construção evita a retirada de novas matérias-primas do meio
ambiente. A diminuição das perdas passou a ser um fator fundamental para
a gestão das construtoras e a adequação a um mercado competitivo e exigen-
te por parte dos consumidores. Dessa forma, além da adoção de projetos que
minimizam as perdas, alguns construtores têm reutilizado ou reciclado, na
própria obra, seus resí­duos, com o auxílio de equipamentos móveis.
67
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Alguns municípios reutilizam diretamente os resíduos Classe A para
manutenção de vias e/ou estradas vicinais não pavimentadas.
Os resíduos classificados como Classe A podem ser reciclados em uni-
dades de tratamento apropriadas, chamadas de usinas de beneficiamento
de RCC, onde os resíduos passam por processo de trituração e classifica-
ção (peneiramento). Essas unidades recebem resíduos da construção civil
Classe A triados previamente e têm como função a produção de agregados
reciclados a partir da transformação desses resíduos.
As usinas de reciclagem de resíduos Classe A necessitam de licencia-
mento ambiental pela Cetesb e devem obedecer, entre outros, à norma
ABNT NBR 15114:2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de
reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
O número de usinas de reciclagem de resíduos Classe A licenciadas pela
Cetesb (CETESB, 2013b) é mostrado na Tabela 15, por região administrati-
va, e na Tabela 16, por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas.
De acordo com a Tabela 15, o estado de São Paulo possuía, em junho
de 2013, um total de 28 usinas de reciclagem licenciadas. Ainda, segundo
a Cetesb (2013b), as Regiões Administrativas de Araçatuba, Barretos, Cen-
tral, Presidente Prudente, Registro e São José do Rio Preto não possuem
nenhuma dessas instalações. A distribuição geográfica de usinas no estado
de São Paulo pode ser observada na Figura 27.
As Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas, que são as
maiores geradoras de resíduos da construção civil, possuem também o
maior número de usinas de reciclagem (sete usinas).
Cabe esclarecer que o número de usinas de reciclagem indicado nas Ta-
belas 15 e 16 e na Figura 27 pode não corresponder à totalidade de reci-

Tabela 15. Número de usinas de reciclagem de resíduos Classe A licenciadas por regiões administrativas
Regiões administrativas Número de municípios Número de recicladoras
Araçatuba 43 –
Barretos 19 –
Bauru 39 1
Campinas 90 8
Central 26 –
Franca 23 1
Marília 51 2
Presidente Prudente 53 –
Registro 14 –
Ribeirão Preto 25 2
Santos 9 2
São José do Rio Preto 96 4
São José dos Campos 39 1
Sorocaba 79 2
Metropolitana de São Paulo 39 5
Total 645 24
Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).
68
Tabela 16. Número de usinas de reciclagem de resíduos Classe A licenciadas por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Regiões metropolitanas e aglomerações urbanas Número de municípios Número de recicladoras
São Paulo 39 5
Campinas 19 2
Baixada Santista 9 2
Vale do Paraíba e Litoral Norte 39 1
AU Jundiaí 7 1
AU Piracicaba 22 3
Total 135 14
Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

cladoras existentes no estado, pois, refere-se às unidades com licença de


operação válida na data do levantamento da Cetesb (junho de 2013). Deve
ser observado que as recicladoras móveis, que processam os resíduos nas
próprias obras, não estão computadas, pois prescindem das licenças da Ce-
tesb, além do fato das recicladoras móveis que atendem diferentes municí-
pios consorciados localizados em áreas pré-determinadas receberem uma
única licença para o município de maior permanência. É o que ocorre para
o consórcio Civap, composto pelos municípios de Assis, Borá, Campos No-
vos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Echaporã, Florínea, João Ramalho,
Ibirarema, Iepê, Lutécia, Maracaí, Nantes, Oscar Bressane, Palmital, Para-
guaçu Paulista, Platina, Quatá, Rancharia e Tarumã. Nesse caso a licença
da Cetesb foi expedida para o município de Assis.

Figura 27. Localização das usinas de reciclagem de resíduos Classe A licenciadas do estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
Legenda 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Municipal FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Estadual Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Municípios que possuem usinas de reciclagem RCC: CETESB, jun/2013 DATA: 03/09/2014
de RCC classe A licenciadas
Não possui – 624 municípios
Possui – 21 municípios

Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

69
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo De acordo com a publicação Resíduos da Construção Civil e o Estado
de São Paulo, dos 348 municípios do estado que responderam à pesqui-
sa, 63 relataram possuir áreas de reciclagem (SÃO PAULO; SINDUSCON,
2012a).
O levantamento para o IGR 2013 (ano base 2012) mostra que, dos 506
municípios que responderam ao questionário, 239 indicaram que os RCC
são encaminhados para reaproveitamento e 51, para beneficiamento (SMA,
2013b).
De acordo com a Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da
Construção Civil e Demolição (Abrecon), o estado de São Paulo é respon-
sável por 80% dos RCC reciclados no Brasil (ABRECON, 2012).
Os agregados reciclados podem ser utilizados, dentre outras finalidades,
na execução de obras de pavimentação viária e no preparo de concreto sem
função estrutural, incluindo artefatos de cimento tais como tijolos, blocos,
tubos de concreto, guias, sarjetas etc.
A utilização de agregado reciclado é normatizada pelas ABNT NBR
15115:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil
– Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos e ABNT NBR
15116:2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil
– Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural
– Requisitos.
O potencial de geração e utilização de agregados reciclados é muito su-
perior ao que atualmente se efetiva, pois ainda existem algumas dificulda-
des a serem vencidas.
Algumas usinas instaladas utilizam-se de um sistema simples de re-
ciclagem com baixo controle de qualidade sobre o agregado reciclado, o
que gera grande variabilidade nos produtos. Faz-se necessária a melhoria
dos processos de reciclagem e consequentemente da qualidade do agre-
gado reciclado, objetivando o desenvolvimento de um mercado consumi-
dor efetivo, minimizando a rejeição na utilização dos agregados. Soma-se
a essa dificuldade a existência de poucos incentivos para a utilização de
agregados reciclados, inclusive por políticas públicas nas diversas esferas
de governo.
Os resíduos de construção civil Classe B, compostos de plástico, me-
tais, papel, papelão, vidro, madeira e gesso, são geralmente comercializa-
dos. Estes retornam para a cadeia produtiva industrial com os demais resí­
duos dessa natureza provenientes de outros setores, sendo difícil, portanto,
a identificação das recicladoras específicas dos materiais provenientes da
construção civil.

5.3.2. Disposição em aterro


Os aterros de resíduos Classe A de reservação de material para usos
futuros recebem resíduos da construção civil de mesma classe já triados e
de outros resíduos inertes. A função desses aterros é a reserva de materiais
segregados a partir do emprego de técnicas de disposição desses resíduos
no solo, de forma a possibilitar a utilização futura dos materiais ou o uso
futuro dessas áreas.
70
Os aterros de resíduos Classe A e inertes necessitam de licenciamento

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


ambiental pela Cetesb e devem obedecer, entre outras regulamentações, à
ABNT NBR 15113:2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos
inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação.
O número de aterros para resíduos de construção civil Classe A e de
inertes licenciados pela Cetesb é apresentado na Tabela 17, por região ad-
ministrativa, e na Tabela 18, por regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas. A distribuição geográfica de aterros dessa categoria de resíduos
no estado de São Paulo pode ser observada na Figura 28.
De acordo com a Tabela 17, o estado de São Paulo possuía, em junho
de 2013, um total de 66 aterros de inertes e de resíduos da construção civil
Classe A licenciados. Por sua vez, as Regiões Administrativas de Presidente
Prudente e Registro não possuem nenhuma instalação.

Tabela 17. Número de aterros de resíduos Classe A e inertes licenciados por regiões administrativas do estado de São Paulo
Regiões administrativas Número de municípios Número de aterros de RCC / inertes
Araçatuba 43 1
Barretos 19 1
Bauru 39 1
Campinas 90 18
Central 26 2
Franca 23 4
Marília 51 4
Presidente Prudente 53 –
Registro 14 –
Ribeirão Preto 25 4
Santos 9 2
São José do Rio Preto 96 3
São José dos Campos 39 7
Sorocaba 79 4
Metropolitana de São Paulo 39 15
Total 645 66

Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

Tabela 18. Número de aterros de resíduos Classe A e de inertes licenciados por regiões metropolitanas e aglomerações
urbanas do estado de São Paulo
Regiões metropolitanas e aglomerações urbanas Número de municípios Número de aterros de RCC / inertes
São Paulo 39 15
Campinas 19 7
Baixada Santista 9 2
Vale do Paraíba e Litoral Norte 39 7
AU Jundiaí 7 3
AU Piracicaba 22 4
Total 135 38

Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA e CETESB (2013).

71
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo As Regiões Metropolitanas de São Paulo e de Campinas, as maiores ge-
radoras de resíduos da construção civil, possuem o maior número de ater-
ros licenciados (22 aterros).
Cabe esclarecer que o número de aterros indicado nas Tabelas 17 e 18
pode não corresponder à totalidade de aterros existentes no estado, pois
refere-se àqueles com licença de operação válida na data do levantamento
da Cetesb. Ainda, de acordo com a Resolução SMA no 056/2010, os aterros
de resíduos Classe A que ocupem áreas de até 1.000 m2 e volume de até
1.000 m3, cuja finalidade seja a regularização de terreno para edificação,
não estão sujeitos ao licenciamento ambiental na Cetesb, exceto se localiza-
dos em área de interesse ambiental. O mesmo vale para recepção exclusiva-
mente de solo, com a finalidade de regularização de terreno para ocupação
de edificação ou outro uso.
De acordo com SÃO PAULO; SINDUSCON (2012a), dos 348 municí-
pios do estado que responderam à pesquisa relativa a resíduos da constru-
ção, 24 possuíam aterro de construção civil privado, 16 possuíam aterro
de RCC exclusivamente público e 28, aterro de RCC público que recebia
resíduos privados. Essas informações não levaram em consideração a exis-
tência de licenciamento para os aterros indicados.
O levantamento para o IGR 2013 (ano base 2012) mostra que, dos 506
municípios que responderam ao questionário específico, 136 indicaram que
os RCC são encaminhados para aterro de resíduos da construção e quatro
indicaram que não há controle sobre o destino dos RCC (SMA, 2013b).

Figura 28. Localização de aterros de resíduos Classe A e de inertes licenciados no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Legenda FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Municipal Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Limite Estadual RCC: CETESB, jun/2013 DATA: 15/10/2013
Aterros de RCC classe A inertes
Não possui – 591 municípios
Possui – 54 municípios

Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

72
6. RESÍDUOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


SANEAMENTO BÁSICO
A Política Nacional de Saneamento Básico, cujas diretrizes foram esta-
belecidas pela Lei Federal no 11.445, de 05 de janeiro de 2007, considera
saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações
operacionais de:
• abastecimento de água potável;
• esgotamento sanitário;
• limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; e
• drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Por sua vez, a PNRS classifica, quanto a sua origem, os resíduos dos ser-
viços públicos de saneamento básico como aqueles gerados nessas ativida-
des, excetuando-se os originários de atividades domésticas em residências
urbanas e os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas
e outros serviços de limpeza urbana.
Os sistemas de tratamento para a potabilização da água ou para a redu-
ção da quantidade de poluentes presentes no esgoto antes de seu lançamento
em corpos hídricos podem englobar processos físicos, químicos e biológicos,
sendo a geração de resíduos inerente à concepção das estações de tratamento
de água (ETA), assim como às estações de tratamento de esgotos (ETE).
Apesar de na PERS os resíduos provenientes de Estações de Tratamento
de Água (ETA) e Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) estarem defi-
nidos entre os resíduos sólidos industriais, para efeito deste Plano Estadu-
al, serão considerados como resíduos dos serviços de saneamento básico
aqueles oriundos do tratamento de água para abastecimento público e do
tratamento de esgoto sanitário.
Neste capítulo serão tratados especificamente os lodos, termo utilizado
para designar os subprodutos sólidos gerados nos processos de tratamento
de água e de esgoto. Mesmo constituído por mais de 95% de água na maior
parte das etapas de seu manuseio, o grande volume e massa produzidos tor-
nam sua disposição final ambientalmente adequada um importante desa-
fio. O lodo pode apresentar grande potencial de poluição e contaminação
devido à presença de impurezas removidas da água bruta ou do esgoto e
dos compostos químicos coagulantes adicionados durante o processo de seu
tratamento, após o qual pode ser disposto em aterro sanitário ou ser utilizado
para outras finalidades.
Dessa forma, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos gera-
dos em ETA ou em ETE ���������������������������������������������
representam um grande problema de âmbito mun-
dial, por razões técnicas e econômicas, dados o seu volume e constituição.
Trata-se de uma operação complexa que geralmente ultrapassa os limites da
estação e que deve enfocar dois aspectos: tratamento dos resíduos para dimi-
nuição do volume descartado; disposição final ambientalmente adequada do
efluente líquido e do resíduo sólido atenuando o efeito ao meio ambiente.
A gestão dos resíduos sólidos gerados normalmente representa 20 a
60% dos custos operacionais de uma ETE/ETA e a perspectiva de univer-
salização do saneamento no estado de São Paulo eleva progressivamente as
73
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo quantidades de lodo geradas. Grande parte desse resíduo até recentemente
era lançada indiscriminadamente em rios, mas, com a evolução da legis-
lação e das ações de controle ambiental, as operadoras têm sido obrigadas
gradativamente a dar-lhe destinação final adequada.
A ETA transforma a água bruta, geralmente inadequada para o con-
sumo humano, em água potável, por meio dos processos de coagulação,
floculação, decantação e filtração. São adicionados à água, durante esses
processos, diversos componentes químicos, conduzindo à formação de só-
lidos que serão removidos posteriormente por sedimentação, filtração e
adsorção (remoção principalmente de substâncias orgânicas dissolvidas).
Os resíduos gerados nesse processo são denominados lodos de ETA e de-
mandam cuidados na sua disposição final.
Até os anos 1980, os lodos de ETA eram geralmente reconduzidos aos
corpos d’água. Com o aprimoramento da legislação ambiental, os lodos pas-
saram a ser classificados como resíduos. A norma ABNT NBR 10004:2004
classifica os lodos como resíduos sólidos, devendo, portanto, ser tratados e
dispostos conforme exigências dos órgãos reguladores.
Com relação ao sistema de esgotamento sanitário, após a distribuição
nas residências, a água utilizada para higiene pessoal, alimentação e limpe-
za transforma-se em esgoto, contendo sólidos, matéria orgânica e micror-
ganismos. Ao deixar as casas, este deve ser encaminhado para as redes co-
letoras, até chegar às ETE, e posteriormente ser tratado para ser descartado
nos corpos de água.
No estado de São Paulo, 364 municípios são atendidos pela Companhia
de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), sendo que na Re-
gião Metropolitana de São Paulo há o Sistema de Abastecimento Integra-
do, composto por oito grandes complexos responsáveis pela produção de
65 mil litros de água por segundo. São eles: Alto Cotia, Baixo Cotia, Alto
Tietê, Cantareira, Guarapiranga, Ribeirão da Estiva, Rio Claro e Rio Gran-
de. Com relação ao esgotamento, a maioria dos municípios da Região Me-
tropolitana de São Paulo é atendida pelo sistema principal de tratamento,
composto por cinco grandes estações de tratamento: Parque Novo Mundo,
São Miguel, Barueri, Suzano e ABC.
O sistema de saneamento dos demais 281 municípios do estado é de
responsabilidade de outros órgãos, tais como concessionárias públicas e/ou
privadas, empresas mistas, autarquias ou serviços municipais.
Para a caracterização dos resíduos de saneamento foram analisados: da-
dos fornecidos pela Sabesp; o Plano Diretor de Esgoto para a RMSP (SA-
BESP, 2010); Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2009?a); Sis-
tema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2013); Relatório
de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São Paulo 2012 (CETESB,
2013c); planos municipais de saneamento básico (SMA, 2013b); e o Estudo
de Viabilidade para Instalação e Operação de Centrais de Lodos nas Bacias
PCJ (CONSÓRCIO PCJ, 2010).
De forma complementar, para que se possa visualizar a situação do
tratamento de esgotos no estado, embora não especificamente a desti-
nação de lodo de ETE, pode-se analisar o Ictem, Indicador de Coleta e
74
Tratabilidade de Esgoto da População Urbana de Municípios, elabora-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


do pela Cetesb, que utiliza a Ugrhi como unidade de gestão e análise.
Esse indicador busca observar e avaliar os componentes de um sistema
público de tratamento de esgotos, analisando os seguintes elementos: co-
leta; eficiência no sistema de tratamento; efetiva remoção da carga orgâ-
nica; destinação adequada de lodos e resíduos gerados no tratamento; e
não desenquadramento da classe do corpo receptor pelo efluente tratado
e lançamento direto e indireto de esgotos não tratados.
O indicador, de maneira geral, ao estabelecer notas, permite transfor-
mar os valores nominais de carga orgânica em valores de comparação em
situações distintas dos vários municípios, refletindo a evolução ou estado
de conservação de um sistema público de tratamentos de esgotos.

6.1. Estimativas de produção de lodo das Estações de Tratamento de


Água e de Esgoto
Guardadas as devidas proporções e desconsideradas as singularidades
relativas às tecnologias de tratamento, a quantidade de lodos gerados nas
ETA e nas ETE se dá, também, em função da população atendida.
Tendo em vista a ausência de dados consolidados sobre a produção e
gerenciamento de lodos no estado de São Paulo, o presente diagnóstico se
baseou em estimativas de produção de lodo das ETA e ETE que abrangem
cerca de 75% da população do estado, conforme Tabela 19.

Tabela 19. População abrangida pela amostra de dados sobre a produção e gerenciamento de lodos no estado de São Paulo
Regiões administrativas ETE ETA
População abrangida Percentual População abrangida Percentual
pela amostra de em relação à pela amostra de em relação à
dados (hab) população total (%) dados (hab) população total (%)
Central 11.993 0,03 205.816 0,51
Araçatuba 69.442 0,17 250.476 0,62
Barretos 23.854 0,06 92.338 0,23
Bauru 169.559 0,42 312.250 0,78
Campinas 4.154.457 10,34 5.149.941 12,82
Franca 398.076 0,99 433.001 1,08
Marília 368.194 0,92 414.400 1,03
Presidente Prudente 477.131 1,19 643.224 1,60
Registro 192.691 0,48 183.315 0,46
Ribeirão Preto 136.161 0,34 1.018.565 2,54
Santos 997.204 2,48 512.192 1,27
São José do Rio Preto 394.573 0,98 766.373 1,91
São José dos Campos 1.586.164 3,95 1.567.565 3,90
Sorocaba 1.108.047 2,76 1.254.826 3,12
Metropolitana de São Paulo 18.709.882 46,57 18.709.882 46,57
Total 28.797.428 71,68 31.514.164 78,44

Fonte: IBGE (2010) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

75
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Com relação aos sistemas de abastecimento de água, foram obtidas in-
formações de 441 municípios, 68% do total do estado. Além dos dados
desses municípios, foram incorporados os da Região Metropolitana de São
Paulo, atendida pelo Sistema Integrado de Abastecimento.
Com relação às ETE, foram contabilizados 321 municípios, 50% do to-
tal. Somadas a esses números, estão inseridas informações dos municípios
da Região Metropolitana de São Paulo, atendidos pelo Sistema Principal
Metropolitano.
Para a Região Administrativa de Campinas e a Região Metropolitana
de São Paulo, que representam 64% da população total do estado, foram
utilizados dados de estudos específicos.

6.1.1. Lodo de ETA


As informações apresentadas neste diagnóstico referentes à produção de
lodo de ETA no estado basearam-se principalmente nos dados estimados
pela Sabesp para os municípios por ela atendidos e no estudo do Consórcio
Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – PCJ,
que abrange muitos municípios da Região Administrativa de Campinas.
Os municípios que, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento
Básico, captam água exclusivamente em poços foram considerados como
não produtores de lodo de ETA.
Para estimar a produção de lodo de ETA, a Sabesp adota a metodologia
da AWWA apud Di Bernardo (SABESP, 2013).

P = Q x (4,89 x D Al + 2,9 x D Fe + SST + A + 0,10 x D cal) x 10 -3

Em que:
P: produção de SST (kg/dia)
DAl : dosagem de sulfato de alumínio, em termos de Al (mg/l)
DFe : dosagem de cloreto férrico, em termos de Fe (mg/l)
SST: concentração de sólidos suspensos totais na água bruta (mg/l)
A: outros aditivos como polímero e carvão ativado (mg/l)
Dcal : dosagem de cal hidratada (mg/l)
Q: vazão de água bruta (m3/dia)

As estimativas de geração de lodo de ETA dos municípios em que foi


possível esse levantamento, distribuídos pelas regiões administrativas do
estado, podem ser visualizadas na Tabela 20.
A Tabela 20 considerou 445 municípios, dos quais 283, de acordo com o
Plano Nacional de Saneamento Básico, são abastecidos por poços profun-
dos e foram considerados como não geradores de lodo de ETA. Assim, o
montante de 152.039,82 t/ano de lodo de ETA gerado no estado refere-se
aos demais 162 municípios.
Em relação à apresentação dos dados de geração de lodo de ETA do
estudo realizado pelo Consórcio PCJ, foram considerados somente os mu-
nicípios que não são atendidos pela Sabesp, dentre os quais estão os mu-
nicípios populosos, como Campinas, com mais de 1 milhão de habitantes,
76
Tabela 20. Estimativas de geração de lodo de ETA por regiões administrativas do estado de São Paulo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Regiões administrativas Total de ETA
municípios 20
No de municípios Lodo de ETA Lodo de ETA Lodo de ETA
com informação t/ano (base seca) t/ano (base seca) t/ano (base seca)
Sabesp 2013 PCJ – 2010 Sabesp 2013
Central 26 17 0 – –
Araçatuba 43 34 29,74 – –
Barretos 19 12 40,75 – –
Bauru 39 23 43,77 – –
21
Campinas 90 59 12.725,29 105.573,9 –
Franca 23 13 4.605,33 – –
Marília 51 31 736,48 – –
Presidente Prudente 53 48 2.899,26 – –
Registro 14 13 268,04 – –
Ribeirão Preto 25 17 55,53 – –
Santos 9 4 166,13 – –
São José do Rio Preto 96 89 306,57 – –
São José dos Campos 39 25 17.585,69 – –
Sorocaba 79 53 2.099,96 – –
22 23 24
Metropolitana de São Paulo 39 3 121,88 – 4.781,5
Total 645 441 41.684,42 105.573,9 4.781,5

Fonte: SABESP (2013); CONSÓRCIO PCJ (2010); IBGE (2008), elaborado por SMA/CPLA (2013).

e Jundiaí, Piracicaba, Limeira, Sumaré, Americana e Indaiatuba, cada um


com mais de 200.000 habitantes. Os dados desse estudo representam 89%
do total de lodo gerado da Região Administrativa de Campinas.
A região centro-oeste do estado de São Paulo, em que se encontram as
Regiões Administrativas de Presidente Prudente, Bauru, Araçatuba, Cen-
tral, Marília, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto é, em grande parte,
abastecida por poços profundos, devido à existência do Sistema Aquífero
Guarani.
As regiões Administrativas de Campinas e São José dos Campos são
aquelas em que se verifica a maior geração de lodo.
Cabe ressaltar, com relação à RMSP e sua baixa geração de lodo de ETA,
que, de acordo com a Sabesp, parte desse lodo é encaminhada às ETE, por-
tanto, está contabilizada nas estimativas de lodo de ETE. Dessa forma, nes-
sas estimativas foi considerado lodo de ETA aquele gerado e tratado na
própria estação.

20 Geração de lodo teórica (t SST*/ano) a 20% em 2010.


21 Informações de 38 municípios do Consórcio PCJ, 20 da Sabesp (que se repetem: Paulínia; Itatiba;

Monte Mor; Hortolândia, considerados nos dados da Sabesp) e 5 do IBGE.


22 Municípios de Guararema, Juquitiba e São Lourenço da Serra, que não estão no Sistema
Integrado de Abastecimento da Sabesp.
23 Valor referente aos municípios de Guararema, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

24 Valor rerente ao Sistema Integrado de Abastecimento.

77
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 21. Estimativa de geração de lodo de ETA por região metropolitana e aglomerações urbanas do estado de São Paulo
Regiões Total de ETA
municípios 25
No de municípios Lodo de ETA Lodo de ETA Lodo de ETA
com informação t/ano (base seca) t/ano (base seca) t/ano (base seca)
Sabesp 2013 PCJ – 2010 Sabesp 2013
AUJ 7 3 4.100,69 15.467,78 –
26
AUP 22 19 67,66 27.428,29 –
RMBS 9 4 5.248,6 – –
27
RMC 19 18 5.454,17 49.666,28 –
RMSP 39 3 121,88 – 4.781,5
RMVPLN 39 25 17.585,69 – –
Total 135 72 32.578,69 92.562,35 4.781,5
Fonte: SABESP (2013); CONSÓRCIO PCJ (2010); IBGE (2008), elaborado por SMA/CPLA (2013).

A geração de lodo de ETA apresentada por regiões metropolitanas e


aglomerações urbanas pode ser analisada na Tabela 21.
Observa-se que 87,5% dos municípios organizados em regiões metropoli-
tanas e aglomerações urbanas são abastecidos por Estações de Tratamento de
Água. Das 214 ETA operadas pela Sabesp, 28 abastecem a RMSP.
De maneira geral, atualmente no estado de São Paulo verifica-se que as
formas de destinação final do lodo de ETA consideradas adequadas são o
encaminhamento à ETE, aos aterros sanitários e aterros exclusivos, para
estes, após o devido desaguamento.

6.1.2. Lodo de ETE


De acordo com o Ictem (CETESB, 2013c), 89% da população urbana do
estado é atendida pelo serviço de coleta de esgoto, enquanto 59% é atendida
pelo serviço de tratamento de esgoto. O valor de produção de lodo de ETE
foi estimado com base nas fontes anteriormente citadas e a partir de meto-
dologia proposta pela Sabesp, que estima a produção de lodo com base em
dados operacionais e em parâmetros teóricos apresentados na Tabela 22.
O estudo do PCJ (2010), cujos resultados encontram-se expressos na
Tabela 23, também considera o número relativo de habitantes com esgoto
coletado e tratado versus a taxa de geração de lodo por concepção tecnoló-
gica adotada em cada município.
Como no caso de ETA, para a apresentação dos dados de geração de
lodo de ETE do estudo do Consórcio PCJ foram considerados somente os
municípios que não são atendidos pela Sabesp, como Campinas, Jundiaí,
Piracicaba, Limeira, Sumaré, Americana e Indaiatuba. Os dados do estudo
PCJ representam 82% do total de lodo gerado na Região Administrativa de
Campinas.

25 Geração de lodo teórica (t SST*/ano) a 20% em 2010.


26 Informações de 14 municípios do PCJ, 2 da Sabesp e 3 do IBGE.
27 Informações de 18 municípios do PCJ e 4 da Sabesp (que se repetem: Paulínia; Itatiba; Monte Mor; Hortolândia, con-

siderados nos dados da Sabesp).


78
Tabela 22. Parâmetros utilizados na estimativa de produção de lodo de acordo com o tipo de processo das ETE

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Tipo de ETE Taxa (g/hab.dia)
Fossa 17

Lagoa anaeróbia 10

Lagoa facultativa 12

Sistema australiano 12

Lagoa aerada + lagoa de sedimentação 19

Lodo ativado – aeração prolongada 40

Lodo ativado convencional 32

Lodo ativado de alta taxa (oxigênio puro) 62

Reator anaeróbio de manta de lodo 11

Reator anaeróbio de manta de lodo + filtro aeróbio submerso 27

Reator anaeróbio de manta de lodo + lodo ativado convencional 23

Reator anaeróbio de manta de lodo + filtro biológico 27

Filtro biológico 37

Filtro anaeróbio de escoamento superficial 30

Fossa Filtro + biodisco 22

Fossa Filtro + lagoa facultativa 12

Trat. físico-químico + filtro anaeróbio de escoamento superficial 30

Lodo ativado por batelada 32

Lagoa aerada + lagoa facultativa 19

Lagoa anaeróbia + lagoa aerada + lagoa de sedimentação 15

Lagoa anaeróbia + reator anaeróbio de manta de lodo 10

Lagoa facultativa com aeração superficial 12

Sistema australiano com aeração superficial (sistema de lagoa de estabilização com 12


aeração superficial)

Tanque aeróbio + tanque filtro 32

Tanque anaeróbio + filtro anaeróbio + filtro anaeróbio de escoamento superficial 27

Reator anaeróbio de manta de lodo + filtro anaeróbio 27

Reator anaeróbio de manta de lodo + filtro anaeróbio + filtro anaeróbio de escoamento 23


superficial + lodo ativado

Reator anaeróbio de manta de lodo + filtro anaeróbio + filtro anaeróbio de escoamento 27


superficial

Reator anaeróbio de manta de lodo + flotação 23

Reator anaeróbio de manta de lodo + lagoa facultativa 11

Reator anaeróbio de manta de lodo + tanque anóxico + lodo ativado 23

Unitank 32

Fonte: SABESP (2010), elaborado por SMA/CPLA (2013).


79
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 23. Percentual de atendimento por rede de coleta de esgotos, tratamento dos esgotos coletados e produção de
lodo por regiões administrativas do estado de São Paulo
Regiões Total de Atendimento Tratamento ETE
administrativas municípios por coleta de dos esgotos
esgotos coletados
28
Porcentagem Porcentagem Número de Lodo de ETE Lodo de ETE Lodo de ETE
do total da do total da municípios t SST/ano t SST/ano t/ano
29
população população com (base seca) (base seca) (base seca)
urbana urbana informação (SABESP 2013) (PCJ 2010) – da RMSP
(SABESP 2010)
Central 26 97 53 3 48,86 – –
Araçatuba 43 97 96 17 359,94 – –
Barretos 19 99 88 5 107,59 – –
Bauru 39 98 73 14 722,21 – –

30
Campinas 90 89 52 44 5.480,12 25.944,2 –
Franca 23 99 88 10 8.286,47 – –
Marília 51 97 89 29 2.083,1 – –

Presidente Prudente 53 95 92 35 4.771,09 – –


Registro 14 66 63 14 626,19 – –
Ribeirão Preto 25 98 71 7 484,48 – –
Santos 9 64 39 7 2.136,79 – –
São José do 96 97 93 58 1.742,77 – –
Rio Preto
São José dos Campos 39 79 46 22 1.7602,1 – –
Sorocaba 79 84 66 53 6.335,42 – –
31 32 33
Metropolitana de São 39 68 31 3 267,75 – 73.730
Paulo
Total 645 – – 321 51.054,88 25.944,2 73.730

Fonte: CETESB (2013c); SABESP (2013); SABESP (2010); CONSÓRCIO PCJ (2010), elaborado por SMA/CPLA (2013).

De acordo com as fontes utilizadas para a base amostral, são gerados


150.834 toneladas/ano de lodo proveniente de ETE. Apenas a RMSP é res-
ponsável por cerca de 50% dessa geração. Somado à Região Administrativa
de Campinas, esse percentual chega a aproximadamente 70%.
Com relação à RMSP, as informações das cinco estações que compõem
o sistema principal de tratamento indicam que a ETE Barueri e a ETE Par-
que Novo Mundo são responsáveis por 78,7% da produção de lodo. Cabe
ressaltar que parte do lodo das ETE da RMSP provém de ETA.
A geração de lodo de ETE visualizada por regiões metropolitanas e aglo-
merações urbanas pode ser visualizada na Tabela 24.
Como pode ser avaliado, é significativa a quantidade de lodo gerado no
processo. Atualmente, no estado de São Paulo, há cerca de 800 ETE licen-
ciadas, que tratam o esgoto gerado por mais de 23 milhões de habitantes.

28 Geração de lodo teórica (t SST*/ano) a 20% em 2010.


29 Em relação a lodo de ETE da RMSP, foram calculadas vazões de afluentes das cinco ETE que atendem a região e estimadas as

produções de lodo (teor de sólidos da torta de 30%, exceto para ETE Barueri, que foi considerado teor de sólidos de 26%).
30 Informações de 24 municípios do Consórcio PCJ e 20 da Sabesp.
31 Municípios Guararema, Juquitiba, São Lourenço da Serra, que não estão no Sistema Principal de Tratamento de Esgoto da RMSP.

32 Valor referente aos municípios de Guararema, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

33 Valor referente ao Sistema Principal de Tratamento de Esgoto da RMSP.

80
Tabela 24. Percentual de atendimento por rede de coleta de esgotos, tratamento dos esgotos coletados e produção de

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


lodo por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do estado de São Paulo
Regiões Total de Atendimento por Tratamento dos ETE
municípios coleta de esgotos esgotos coletados
34
Porcentagem Porcentagem Número de Lodo de ETE Lodo de ETE Lodo de ETE
do total da do total da municípios t SST/ano t SST/ano t/ano (base seca)
população urbana população urbana com (base seca) (base seca) – da RMSP
informação (SABESP 2013) (PCJ 2010) (SABESP 2010)
AUJ 7 72 54 4 1.344,52 5.134,82 –
AUP 22 97 60 3 114,35 4.563,23 –
RMBS 9 64 60 7 2.940,10 – –
RMC 19 87 61 4 2.649,70 14.824,84 –
RMSP 39 68 45 3 267,75 – 73.730
RMVPLN 39 79 59 22 17.602,10 – –
Total 135 – – 43 24.918,52 24.522,89 73.730

Fonte: CETESB (2013c); SABESP (2013); SABESP (2010); CONSÓRCIO PCJ (2010), elaborado por SMA/CPLA (2013).

A ampliação dos serviços de tratamento de esgotos levará a maiores vo-


lumes de lodos a serem dispostos em aterros, caso não sejam adotadas ou-
tras alternativas para a sua destinação final ambientalmente adequada.
Na RMSP, os lodos gerados nas ETE que compõem o sistema principal de
tratamento passam por processos de secagem e são dispostos em aterros.
De acordo com o Plano Diretor de Esgotos da RMSP da Sabesp, outro as-
pecto a ser considerado é a diversidade de portes e concepções dos sistemas
de tratamento isolados. Em função da deseconomia de escala, seus lodos são
encaminhados para as ETE de maior porte, em seu estado bruto, para serem
submetidos aos mesmos procedimentos de condicionamento e disposição
adotados para os lodos gerados nessas ETE.
No Relatório de Qualidade das Águas Superficiais no Estado de São Paulo
do ano de 2012, as maiores notas de Ictem foram obtidas nas Ugrhi Sapu-
caí/Grande e Médio Paranapanema, cujos municípios estão inseridos nas
regiões administrativas do centro-oeste do estado (que apresentaram gran-
de melhora em 2012), representando melhores desempenhos nos sistemas
de tratamento de esgotos. Por outro lado a Ugrhi Mantiqueira, contida na
Região Administrativa de São José dos Campos, e a Ugrhi Baixada Santista
apresentaram o pior desempenho no Ictem.
Na Baixada Santista, os municípios de Guarujá, Santos, São Vicente e
Praia Grande tiveram notas do Ictem baixas, por utilizarem sistema de dis-
posição oceânica sem tratamento prévio.
Entre as Ugrhi de vocação agropecuária (ver Anexo I), a do Peixe, que
abrange parte de municípios das regiões administrativas de Presidente Pru-
dente e Marília, apresentou nota do Ictem bem inferior à média da região.
De forma geral, atualmente no estado de São Paulo, verifica-se que as for-
mas de destinação do lodo de ETE consideradas adequadas são o tratamen-
to por meio de processos biológicos e desaguamento, utilizando-se leitos de
secagem, centrífugas, filtros-prensa ou bags, e posterior encaminhamento a
aterros sanitários e, em pequenas quantidades, à compostagem.

34 Geração de lodo teórica (t SST*/ano) a 20% em 2010.

81
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 7. RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
A PNRS classifica os resíduos de serviços de saúde (RSS) como aqueles:
“gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em
normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente
– Sisnama e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária – SNVS” (artigo
13, Lei no 12.305/2010).

A PERS também define detalhadamente os resíduos de serviços de saúde


como aqueles:
“provenientes de qualquer unidade que executa atividades de natureza mé-
dico-assistencial humana ou animal; os provenientes de centros de pesqui-
sa, desenvolvimento ou experimentação na área de farmacologia e saúde;
medicamentos e imunoterápicos vencidos ou deteriorados; os provenientes
de necrotérios, funerárias e serviços de medicina legal; e os provenientes de
barreiras sanitárias” (artigo 6o, inciso III, Lei Estadual no 12.300/2006).

A Resolução Conama no 358, de 29 de abril de 2005, define, em seus


artigos 1o e 2o, os resíduos de serviços de saúde como todos aqueles resul-
tantes de: serviços relacionados ao atendimento à saúde humana ou ani-
mal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de cam-
po; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, fu­nerárias
e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (ta­natopraxia
e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias,
inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área
de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuido­res de produtos far-
macêuticos; importadores, distribuidores e produto­res de materiais e con-
troles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde;
serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre outros similares. Esses
resíduos, por suas caracterís­ticas, necessitem de processos diferenciados
em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à sua disposição final.
A complexidade dos RSS exige ação integrada entre os órgãos federais,
estaduais e municipais de meio ambiente, saúde e limpeza urbana, com
o objetivo de regulamentar seu gerenciamento. O gerenciamento inade-
quado dos RSS impõe riscos ocupacionais nos ambientes de trabalho, bem
como à população em geral. Com vistas a minimizar esses riscos, preservar
a saúde pública e a qualidade do meio ambiente, há um conjunto complexo
de leis, resoluções, normas e outros documentos legais expedidos por ór-
gãos oficiais, especialmente de saúde e de meio ambiente, tanto na esfera
federal, quanto na estadual e na municipal, que regulam o gerenciamento
dos RSS.
Os resíduos de serviços de saúde podem ser classificados segundo as
orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por
meio da RDC no 306, de 7 de dezembro de 2004, em função de suas ca-
racterísticas e da aplicabilidade dos regulamentos relacionados ao seu ge-
renciamento, e do Conselho Nacional do Meio Ambiente, pela Resolução
Conama no 358/2005, que elenca cinco grupos, conforme Tabela 25.
82
Tabela 25. Classificação dos resíduos de serviço de saúde, segundo Anvisa – Resolução de Diretoria Colegiada no 306/2004

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Grupo Definição Exemplos
A resíduos com a possível a) A1
presença de agentes 1. culturas e estoques de microrganismos; resíduos de fabricação de produtos bioló-
biológicos que, por suas gicos, exceto os hemoderivados; descarte de vacinas de microrganismos vivos ou
características, podem atenuados; meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inocu-
apresentar risco de lação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de manipulação genética;
infecção 2. resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com suspeita
ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4, microrga-
nismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou causador de
doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo me-
canismo de transmissão seja desconhecido;
3. bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e
aquelas oriundas de coleta incompleta;
4. sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, re-
cipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
b) A2
1. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganis-
mos, bem como suas forrações, e os cadáveres de animais suspeitos de serem
portadores de microrganismos de relevância epidemiológica e com risco de
disseminação, que foram submetidos ou não a estudo anátomo-patológico ou
confirmação diagnóstica.
c) A3
1. peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem si-
nais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 cm ou
idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou
legal e não tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
d) A4
1. kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores, quando descartados;
2. filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de equi-
pamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
3. sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e se-
creções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos
de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemioló-
gica e risco de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente
que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de trans-
missão seja desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
4. resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou outro
procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
5. recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
6. peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de proce-
dimentos cirúrgicos ou de estudos anátomo-patológicos ou de confirmação
diagnóstica;
7. carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrga-
nismos, bem como suas forrações;
8. bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
e) A5
1. órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes
e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais,
com suspeita ou certeza de contaminação com príons.
B resíduos contendo a) produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
substâncias químicas que imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando
podem apresentar risco à descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de me-
saúde pública ou ao meio dicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medica-
ambiente, dependendo mentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações;
de suas características b) resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pe-
de inflamabilidade, sados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
corrosividade, reatividade c) efluentes de processadores de imagem (reveladores e fixadores);
e toxicidade d) efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas;
e) demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da ABNT NBR
10004:2004 (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
83
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Grupo Definição Exemplos
C quaisquer materiais Enquadram-se neste grupo quaisquer materiais resultantes de laboratórios de
resultantes de atividades pesquisa e ensino na área de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de
humanas que contenham medicina nuclear e radioterapia que contenham radionuclídeos em quantidade
radionuclídeos em superior aos limites de eliminação.
quantidades superiores
aos limites de isenção
especificados nas normas
do CNEN e para os quais a
reutilização é imprópria ou
não prevista
D resíduos que não • resto alimentar de paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia de
apresentem risco venóclises, equipo de soro e outros similares não classificados como A1;
biológico, químico ou • sobras de alimentos e do preparo de alimentos;
radiológico à saúde ou ao • resto alimentar de refeitório;
meio ambiente, podendo • resíduos provenientes das áreas administrativas;
ser equiparados aos • resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
resíduos domiciliares • resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
E objetos e instrumentos • lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodôn-
contendo bordas ou ticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, tubos capilares, micro-
protuberâncias agudas pipetas, lâminas e lamínulas, espátulas, todos os utensílios de vidro quebrados
capazes de cortar ou no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros
perfurar similares.

Fonte: ANVISA RDC No 306/2004, elaborado por SMA/CPLA (2013).

Cabe ressaltar que os RSS do Grupo C passam por tratamento prévio nas
próprias unidades de saúde, dessa forma existe competência da Secretaria de
Estado da Saúde para destinação de uma significativa parcela dos mesmos.
Já as fontes seladas são de competência da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN) e, assim, não serão consideradas neste diagnóstico.
Com relação à distribuição das categorias, como referência para quan-
tificar a distribuição dos RSS em cada grupo, segundo os padrões médios
observados em hospitais em geral, tem-se:
• Grupo A (Biológicos) + E (Perfurocortantes/Biológicos) = 40%;
• Grupo B (Químicos) + E (Perfurocortantes/Químicos) = 5%;
• Grupo C (Radioativos35) = 0%;
• Grupo D (Comuns36) = 55%.
A Figura 29 apresenta a distribuições dos RSS nas categorias.

Figura 29. Padrões médios de distribuição dos resíduos de serviços de saúde nas categorias da Resolução Anvisa RDC
no 306/2004 em porcentagem

40%
55%

5% Grupo A + E
Grupo B + E
Grupo C
Grupo D

Fonte: SÃO PAULO (2013e), elaborado por SMA/CPLA (2013).

35 Tratados na própria unidade geradora e descartados em uma das outras categorias.


36 Inclui orgânicos, recicláveis (que podem chegar a 60% do total desse grupo) e rejeitos sem potencial de aproveitamento.

84
Ressalta-se que, com relação aos padrões médios de estimativas apre-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


sentados na Figura 29, o percentual atual de 40% para os RSS dos Grupos
A e E não é o desejável. O ideal para essa composição seria que o Grupo
A+E tivesse um percentual de 25% e os resíduos do Grupo D (comuns),
alcançassem 70% do total.
Para a caracterização da situação dos RSS no estado de São Paulo, foram
utilizadas informações disponíveis no Diagnóstico de Manejo de Resí­duos
Sólidos Urbanos – 2010 que divulga os dados do Sistema Nacional de In-
formações sobre Saneamento (SNIS), e também informações fornecidas
pela Secretaria Estadual de Saúde.
Além disso, foram utilizadas informações provenientes de questionários
enviados aos municípios paulistas, como o IGR, permitindo que os dados
fossem comparados, quando possível. Foram utilizados, também, dados
dos cadastros da Cetesb sobre as unidades de tratamento e destinação li-
cenciadas. Alguns dados da Abrelpe foram também citados, visando esta-
belecer um comparativo, em algumas situações.
Todas as informações, primárias ou secundárias, foram utilizadas de ma-
neira complementar, com o objetivo de chegar-se ao diagnóstico mais próxi-
mo da realidade, no que se refere à geração, coleta e disposição final de RSS.

7.1. Geração
Os resíduos de serviços de saúde são de responsabilidade do estabeleci-
mento gerador. Para estimar as quantidades geradas foram utilizados dados
da população urbana de cada município estimada para o ano de 2012 (IBGE,
2010), das regiões administrativas e das novas aglomerações urbanas, sobre
as quais foi aplicado um coeficiente da geração per capita. Não existem estu-
dos detalhados e publicados sobre coeficientes de geração de RSS, seja para
quantidades totais, seja para cada classe de resíduo, portanto, para fins deste
trabalho foram estabelecidos coeficientes baseados nas experiências dos di-
versos profissionais consultados, tanto da área da saúde, como do sistema
ambiental paulista.
Oportuno enfatizar que a base para essa proposta está na relação entre a
quantidade de resíduos urbanos de uma cidade e o total de RSS gerados pelos
estabelecimentos de saúde do mesmo município. Observa-se que a quantifica-
ção de resíduos sólidos urbanos é a mesma obtida no Capítulo 4 – RSU e é ex-
pressa pela aplicação de um coeficiente de geração per capita sobre a população
urbana considerada. A geração de RSS costuma representar cerca de 1,5% do
total dos RSU gerados, conforme informações dos profissionais consultados.
Na Tabela 26 são apresentadas as estimativas de geração de RSS, por
regiões administrativas. Os dados mostram que a Região Metropolitana
de São Paulo responde por 53,67% do total de RSS, seguindo-se a Região
Administrativa de Campinas com 14,10%.
A mesma metodologia foi aplicada para as regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas. A Tabela 27 apresenta os resultados encontrados.
De modo semelhante, pode-se observar que a geração de RSS prepon-
dera na Região Metropolitana de São Paulo (53,67%), seguida pela Região
Metropolitana de Campinas (6,95%).
85
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 26. Estimativa de geração de RSS por regiões administrativas
Regiões administrativas Número de População Geração RSS Percentual em relação à
municípios urbana (hab) (t/dia) geração total do estado
Araçatuba 43 686.598 8,27 1,43
Barretos 19 400.500 4,76 0,82
Bauru 39 1.007.965 12,45 2,16
Campinas 90 6.051.542 81,17 14,10
Central 26 919.063 11,46 1,99
Franca 23 677.656 8,41 1,46
Marília 51 876.448 10,58 1,83
Presidente Prudente 53 746.589 8,75 1,52
Registro 14 192.691 2,09 0,36
Ribeirão Preto 25 1.244.471 17,65 3,06
Santos 9 1.688.894 22,43 3,89
São José do Rio Preto 96 1.338.721 16,07 2,79
São José dos Campos 39 2.172.343 29,92 5,19
Sorocaba 79 2.463.733 32,54 5,65
Metropolitana de São Paulo 39 19.709.882 308,89 53,67
Total 645 40.177.096 575,51 100
Fonte: SÃO PAULO (2013e), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 27. Estimativa de geração de RSS por regiões metropolitanas e aglomerações urbanas
Regiões metropolitanas Número de População Geração RSS Percentual em relação à
municípios urbana (hab) (t/dia) geração total do estado
São Paulo 39 19.709.882 308,89 53,67
Campinas 19 2.792.445 40,03 6,95
Baixada Santista 9 1.688.894 22,42 3,89
Vale do Paraíba e Litoral Norte 39 2.172.343 29,92 5,19
AU Jundiaí 7 680.460 8,84 1,53
AU Piracicaba 22 1.273.618 16,45 2,85
Total 135 28.317.642 426,57 74,12
% com relação ao estado 20,93 70,48 – –
Fonte: SÃO PAULO (2013e), elaborado por SMA/CPLA (2013).

A partir desses dados de geração, foi estimada a distribuição por clas-


se de RSS para as regiões metropolitanas, tomando como base os padrões
médios de distribuição observados nos hospitais em geral, conforme apre-
sentado na Figura 29.
Assim, para as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, tem-se o
panorama apresentado na Tabela 28.
Como se observa, a produção de RSS do Grupo A+E é mais concentrada
na Região Metropolitana de São Paulo do que nas demais regiões, justamente
porque está diretamente relacionada com a população e o número de leitos
disponíveis. Essas estimativas têm sua relevância nesse cenário, porque esses
resíduos também são qualificados como perigosos, cujo manejo deve ser ob-
jeto de tratamento prévio ou mesmo de adoção de tecnologia resolutiva.
Adotando-se essa mesma metodologia, foi possível estimar a distribuição
das categorias de RSS por regiões administrativas, conforme apresentado na
Tabela 29.
86
Tabela 28. Estimativa de geração de RSS nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, por grupo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Regiões Número de População Total Grupo A (Biológicos) + Grupo B (Químicos) + Grupo D
metropolitanas municípios urbana geração E (Perfurocortantes/ E (Perfurocortantes/ (Comuns)
(hab) RSS (t/dia) Biológicos) (t/dia) Químicos) (t/dia) (t/dia)
São Paulo 39 19.709.882 308,89 123,55 15,44 169,89
Campinas 19 2.792.445 40,03 16,014 2,00 22,01
Baixada Santista 9 1.688.894 22,42 8,97 1,12 12,33
Vale do Paraíba 39 2.172.343 29,925 11,97 1,49 16,45
e Litoral Norte
Subtotal 106 26.363.564 401,27 160,51 20,06 220,70
AU Jundiaí 7 680.460 8,84 3,53 0,44 4,86
AU Piracicaba 22 1.273.618 16,45 6,58 0,82 9,05
Total 135 28.317.642 426,57 170,63 21,32 234,61
37 37 37
% com relação 20,93 70,48 74,12 29,66 3,70 40,76
ao estado

Fonte: SÃO PAULO (2013e), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 29. Estimativa de distribuição da geração de RSS por regiões administrativas, por grupo
Regiões Número de População Total Grupo A (Biológicos) + Grupo B (Químicos) + Grupo D
administrativas municípios urbana geração E (Perfurocortantes/ E (Perfurocortantes/ (Comuns)
(hab) RSS (t/dia) Biológicos) (t/dia) Químicos) (t/dia) (t/dia)
Araçatuba 43 686.598 8,27 3,31 0,41 4,55
Barretos 19 400.500 4,76 1,90 0,23 2,62
Bauru 39 1.007.965 12,45 4,98 0,62 6,84
Campinas 90 6.051.542 81,17 32,46 4,05 44,64
Central 26 919.063 11,46 4,58 0,57 6,30
Franca 23 677.656 8,41 3,36 0,42 4,62
Marília 51 876.448 10,58 4,23 0,52 5,82
Presidente 53 746.589 8,75 3,50 0,43 4,81
Prudente
Registro 14 192.691 2,09 0,83 0,10 1,15
Ribeirão Preto 25 1.244.471 17,65 7,06 0,88 9,70
Santos 9 1.688.894 22,43 8,97 1,12 12,33
São José do Rio 96 1.338.721 16,07 6,42 0,80 8,84
Preto
São José dos 39 2.172.343 29,92 11,97 1,49 16,45
Campos
Sorocaba 79 2.463.733 32,54 13,01 1,62 17,90
Metropolitana 39 19.709.882 308,89 123,55 15,44 169,89
de São Paulo
Total 645 40.177.096 575,51 230,20 28,77 316,53

Fonte: SÃO PAULO (2013e), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Nessa divisão por regiões administrativas, fica clara, também, a relevância


da Região Metropolitana de São Paulo na geração de RSS do Grupo A+E,
pelas mesmas razões anteriormente apontadas.

37 Valores referentes à geração total de RSS no estado de São Paulo.


87
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 7.2. Coleta
O serviço de coleta de RSS foi inicialmente regulamentado pela ABNT
NBR 12810:1993, que fixou os procedimentos exigíveis para coleta interna
e externa dos resíduos de serviços de saúde, em condições de higiene e
segurança. Essa norma técnica foi editada em 1o de abril de 1993 e atual-
mente está sendo revisada pela ABNT, porque alguns de seus dispositivos
possuem inadequações técnicas.
O serviço de coleta de RSS consiste na remoção destes da área de ar-
mazenamento externo e encaminhamento até a unidade de tratamento ou
disposição final, utilizando-se de técnicas que garantam a preservação das
condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da po-
pulação e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientações
dos órgãos de limpeza urbana. Segundo a Resolução Anvisa no 56, de 16 de
novembro de 2012, a coleta e transporte externos dos RSS devem ser rea-
lizados de acordo com várias regulamentações e normas ABNT, conforme
se verifica em seu preâmbulo.
Segundo o SNIS, a coleta de RSS executada pela maioria dos municípios
é parcial, o que contribui significativamente para o desconhecimento da
quantidade total gerada e do destino real desses resíduos no Brasil.
De acordo com os dados levantados pelo diagnóstico do SNIS – 2013),
num universo de 378 municípios paulistas participantes, a maioria tercei-
riza a coleta diferenciada de RSS, conforme a Tabela 30.
Contudo, em uma parcela significativa desses municípios não há ocor-
rência de algum tipo de controle exercido pela prefeitura sobre os agentes
executores externos da coleta diferenciada de RSS, conforme a Tabela 31.
Ainda com relação à responsabilidade pela execução da coleta diferen-
ciada de RSS, o diagnóstico do SNIS levantou se tal atividade era executada
pelos geradores ou empresas contratadas por eles, como pode ser observa-
do na Tabela 32.
De forma complementar, com relação à coleta, o diagnóstico do SNIS
questionou a existência de cobrança pela prestação da coleta diferenciada
dos RSS, executada diretamente pela prefeitura ou por empresas contrata-
das. Verificou-se que na maioria dos municípios (253) não havia cobrança,
sendo que 72 municípios não responderam à questão.
Assim, verifica-se que, apesar das determinações presentes nas resolu-
ções federais, que cabe aos geradores de RSS o gerenciamento dos resíduos
desde a geração até a disposição final, na maioria dos municípios os gera-
dores não assumem essa responsabilidade, nem ocorre a cobrança pelos
serviços prestados por parte das prefeituras, que em muitos casos assumem
esses custos.
Com relação ao volume de RSS, no Diagnóstico de Manejo de Resíduos
Sólidos Urbanos do SNIS, dos 393 municípios da amostra, 96 não apresen-
taram estimativas de quantidade coletada.
No Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil da Abrelpe (2012), com-
parando 2012 ao ano anterior, constata-se um aumento na quantidade de
RSS coletada e no índice kg/hab/ano no estado de São Paulo, conforme
Tabela 33.
88
Tabela 30. Número de municípios em que o agente executor da coleta diferenciada de RSS é uma empresa contratada pela

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


prefeitura
O agente executor da coleta diferenciada de RSS é uma empresa contratada pela Prefeitura Municípios
Sim 339
Não 23
Não responderam 16
Total 378

Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 31. Número de municípios em que a prefeitura exerce algum controle sobre os agentes executores externos da coleta
diferenciada de resíduos dos serviços de saúde
Existência de algum controle sobre os agentes executores da coleta de RSS Municípios
Sim 168
Não 156
Não responderam 54
Total 378
Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 32. Existência de coleta diferenciada de RSS executada pelos geradores ou empresas contratadas, em número de
municípios
Existência de coleta diferenciada de RSS executada pelos geradores ou empresas contratadas por eles Municípios
Sim 76
Não 233
Não responderam 69
Total 378
Fonte: SNIS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Tabela 33. Coleta de RSS no estado de São Paulo, segundo ABRELPE (2012)
Ano 2011 2012
Coletado (t/dia) 278,59 288,33
Índice (kg/hab/ano) 2,306 2,368
Fonte: ABRELPE (2012), elaborado por SMA/CPLA (2013).

7.3. Tratamento e disposição final


As normatizações federal e estadual definem as categorias de RSS que ne-
cessitam de tratamento prévio para a disposição final em aterros. Para esses
resíduos, existem diversas tecnologias disponíveis no mercado brasileiro. O
tratamento pode ser feito no estabelecimento gerador ou em outro local, ob-
servadas, nesses casos, as condições de segurança para o transporte entre o
estabelecimento gerador e o local do tratamento.
Os sistemas para o tratamento de RSS devem ser objeto de licenciamen-
to ambiental, de acordo com a Resolução Conama no 237/1997 e Resolução
Conama no 358/2005, e são passíveis de fiscalização e de controle pelos
órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. Devem, também, se ade-
quar às normas técnicas da ABNT.
89
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo A partir dos dados obtidos pelo IGR 2013, foi possível traçar um panorama
mais preciso das metodologias de tratamento existentes no estado de São Paulo
e do número de municípios que se utilizam delas, conforme a Figura 30.
Considerando as declarações dos municípios paulistas nos questioná-
rios do IGR 2013, verifica-se que, apesar da incineração ser o processo ci-
tado por um maior número de municípios, tal fato não significa que as
maiores quantidades sejam tratadas por incineração. Existe uma quanti-
dade considerável que é submetida a tratamento prévio (autoclavagem e
ETD) e depois encaminhada para disposição final em aterros.
A distribuição espacial desses processos está representada na Figura 31,
elaborada a partir de dados de licenciamento ambiental realizado pela Ce-
tesb. No mapa estão os municípios com as unidades de tratamento e dispo-
sição final voltadas especificamente para os RSS.

Figura 30. Quantificação de municípios por método de tratamento de RSS adotado, conforme o IGR 2013

157
186
16
Autoclave com licença de operação vigente
52 5
Hidroclave com licença de operação vigente
214 Incineradores com licença de operação vigente
Microondas com licença de operação vigente
Não há tratamento
Outra forma
Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 31. Unidades de tratamento e destinação final de RSS no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Estadual DATUM HORIZONTAL:
Unidades de tratamento e destinação final 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
de resíduos de serviços de saúde (RSS) FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Autoclave – 11 município(s) Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Micro-ondas – 6 município(s) RSS: CETESB, 2013 DATA: 09/10/2014
Incineração – 1 município(s)
Autoclave e Incineração – 4 município(s)
Nenhum – 623 município(s)

Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

90
O IGR 2013 indagou sobre a existência de iniciativas de apoio à gestão

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


dos RSS no município por parte das prefeituras. Como pode ser verificado
na Figura 32, 367 responderam afirmativamente, enquanto 130 municípios
não desenvolvem esse tipo de iniciativa.
Outro dado relevante apurado pelo IGR está relacionado com a disposi-
ção dos RSS no território do próprio município ou fora deste. Conforme se
verifica na Figura 33, em um universo de 492 municípios que informaram
dados sobre essa questão, identificou-se que apenas 20 municípios realizam
o tratamento dos RSS em seu próprio território, enquanto 472 municípios
encaminham seu RSS a outros locais.
Nesse cenário, verifica-se que significativa quantidade de RSS trafega
pelas estradas paulistas, o que acarreta aumento dos custos com transporte
e frete – suportados muitas vezes pelas municipalidades – bem como dos
eventuais riscos de acidente. Contudo, tais instalações de tratamento tam-
bém podem representar maior economicidade, em contrapartida, conside-
rando os custos e gastos com equipamentos de forma concentrada.
Com relação à capacidade instalada, os dados de licenciamento ambien-
tal da Cetesb indicaram o cenário apresentado na Figura 34, no tocante
à capacidade instalada de tratamento de RSS no estado de São Paulo. Os
dados comprovam a utilização em maior escala da tecnologia de autoclave,
em relação às demais tecnologias possíveis para redução da carga patogê-
nica do RSS e, posteriormente, eventual disposição em aterros sanitários.
A seguir, tem-se desativação eletrotérmica e microondas.

Figura 32. Iniciativas municipais de apoio à gestão de RSS de acordo com o IGR 2013, em número de municípios

130

367

Sim
Não

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 33. Indicação de tratamento de RSS localmente de acordo com o IGR 2013, em número de municípios

20

472

No próprio
município
Em outro
município

Fonte: SMA (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

91
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo A partir da análise das fontes de consulta, foram constatadas limitações
e dificuldades para detalhamento de indicadores seguros que pudessem
demonstrar com precisão a geração, coleta, tratamento e destinação final
de RSS, seja por grupo e/ou categoria, seja por município.
O desenvolvimento de uma base de indicadores confiáveis dependerá
da constituição de um inventário estadual de resíduos de serviços de saú-
de, a ser implantando por todos os envolvidos em seu gerenciamento. Um
grande problema na gestão dos RSS, em especial dos grupos A, E e B, é a
falta de rastreabilidade e de controle ambiental, sanitário e operacional de
todo o processo. Tais ações facilitariam o manejo e gerenciamento dos RSS,
que deveriam ser de controle obrigatório e compulsório, com compartilha-
mento da responsabilidade entre geradores e responsáveis legais.

Figura 34. Capacidade instalada versus tecnologia utilizada para tratamento de RSS no estado de São Paulo, em 2011
200
180 186
160
capacidade instalada (t/dia)

140
120
100
100
80
60
40 44
20
36
0
autoclave incineração microondas EDT
Fonte: CETESB (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

92
8. RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


TRANSPORTE
A PNRS classifica como resíduos sólidos de serviços de transporte aque-
les originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários
e ferroviários e passagens de fronteira. A PERS os categoriza como resí-
duos sólidos de qualquer natureza, provenientes de embarcação, aeronave
ou meios de transporte terrestre, incluindo os produzidos nas atividades
de operação e manutenção, os associados às cargas e aqueles gerados nas
instalações físicas ou áreas desses locais.
A diversidade e características intrínsecas dos resíduos de serviços de
transporte apontam a necessidade de enfoque amplo do gerenciamento tan-
to na proteção da saúde pública quanto na preservação da qualidade am-
biental. O gerenciamento desses resíduos, consequentemente, é regulado
por vários instrumentos: as políticas ambientais de resíduos sólidos – PNRS
e PERS – e as normas específicas: Resolução Conama no 5, de 5 de agosto de
1993, de caráter ambiental; RDC no 56, de 6 de agosto de 2008, da Anvisa do
Ministério da Saúde, de controle sanitário; e a Instrução Normativa no 36,
de 10 de novembro de 2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (Mapa), de controle agropecuário. Há ainda normas relativas aos
meios de transporte específicos, que serão abordadas adiante.
Em termos ambientais, a norma a ser aplicada na classificação dos re-
síduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários e ro-
doviários é a Resolução Conama no 5/93 – e suas alterações subsequentes
–, em parte compatível com a norma específica Anvisa RDC no 56/08, que
trata do Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerencia-
mento de Resíduos Sólidos nas Áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de
Fronteiras e Recintos Alfandegados.
A Resolução Conama no 5/93 classifica os resíduos sólidos em:
• Grupo A: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao
meio ambiente devido à presença de agentes biológicos. Nesse grupo
incluem-se, dentre outros, os objetos perfurantes ou cortantes, capazes
de causar punctura ou corte, tais como lâminas de barbear, bisturi, agu-
lhas, escalpes, vidros quebrados etc., provenientes de estabelecimentos
prestadores de serviços de saúde. Outras especificidades em relação ao
Grupo A estão listadas no Anexo I da Resolução.
• Grupo B: resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao
meio ambiente devido às suas características químicas. Enquadram-se
nesse grupo, dentre outros, produtos considerados perigosos, confor-
me classificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
NBR 10004, de 31 de maio de 2004 – tóxicos, corrosivos, inflamáveis e
reativos. Outras especificidades em relação ao Grupo B estão listadas no
Anexo I da Resolução.
• Grupo C: rejeitos radioativos. As especificidades em relação ao Grupo C
estão listadas no Anexo I da Resolução.
• Grupo D: resíduos comuns, todos os demais que não se enquadram nos
grupos descritos anteriormente.

93
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Entretanto, os dados referentes a resíduos sólidos de serviços de trans-
porte no estado de São Paulo disponibilizados para exposição e análise nes-
te capítulo foram classificados na fonte geradora conforme norma ABNT
NBR 10004:2004, ou conforme normas específicas Anvisa RDC no 56/08
ou Conama no 5/93, aplicadas isoladamente ou complementadas com clas-
sificação pela norma ABNT.
De modo a garantir a integridade da informação e possibilitar análises
e comparações, adotou-se neste capítulo prioritariamente a classificação
conforme norma Anvisa RDC no 56/08 para a exposição dos dados, efetu-
ando-se as correlações cabíveis.
A norma Anvisa RDC no 56/08 classifica os resíduos sólidos em:
• Grupo A: resíduos que apresentam risco potencial ou efetivo à saúde
pública e ao meio ambiente devido à presença de agentes biológicos,
consideradas suas características de virulência, patogenicidade ou
concentração;
• Grupo B: resíduos que contêm substâncias químicas que podem apre-
sentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente;
• Grupo C: rejeitos radioativos, aos quais a PNRS e PERS não se aplicam;
• Grupo D: resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou ra-
diativo à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resí-
duos domiciliares;
• Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes.

Os resíduos referentes aos Grupos A e E da norma Anvisa RDC no 56/08


serão analisados conjuntamente neste capítulo, por corresponderem igual-
mente à Classe I – Patogênicos da norma ANBT NBR 10004:2004.
A Anvisa é o agente regulador responsável por garantir o controle sanitá-
rio de portos, aeroportos e fronteiras, dos meios de transporte e dos serviços
submetidos à vigilância sanitária, bem como a proteção à saúde do viajante.
Além de fiscalizar o cumprimento de normas sanitárias e a adoção de medi-
das preventivas e de controle de surtos, epidemias e agravos à saúde pública,
a Anvisa controla a importação, exportação e circulação de matérias primas
e mercadorias sujeitas à vigilância sanitária, de modo a cumprir a legislação
brasileira, o Regulamento Sanitário Internacional e outros atos subscritos
pelo Brasil (ANVISA, [201?a]). Os procedimentos de controle sanitário da
Anvisa no estado de São Paulo se dão a partir dos Postos de Vigilância Sani-
tária de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (PVPAF),
unidades administrativas instaladas nos Aeroportos Internacional de São
Paulo/Guarulhos, Congonhas/São Paulo e Internacional de Viracopos/
Campinas, e nos Portos de Santos e São Sebastião.
Os procedimentos de controle agropecuário seguem a Instrução Nor-
mativa Mapa no 36, de 10 de novembro de 2006, que aprova o Manual de
Procedimentos Operacionais do Sistema de Vigilância Agropecuária Inter-
nacional (Vigiagro) para os Portos Organizados, Aeroportos Internacio-
nais, Postos de Fronteira e Aduanas Especiais. A Seção XII do Manual trata
especificamente da fiscalização do gerenciamento dos resíduos sólidos de
bordo de aeronaves, embarcações e outros meios de transporte em trânsi-
94
to internacional. Estabelece que resíduos orgânicos de bordo, no trânsito

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


internacional, deverão ser tratados na zona primária, por oferecerem risco
zoossanitário e fitossanitário, permitindo-se a incineração, autoclavagem
e hidrólise alcalina. Atualmente, estão entre as unidades da Vigiagro no
estado de São Paulo, que fiscalizam in loco os produtos importados e ex-
portados, impedindo a entrada de pragas e doenças no país, e viabilizam
fitozoosanitariamente a exportação para outros países:
• o Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional do Porto de Santos
(SVA/SNT);
• o Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional do Aeroporto Inter-
nacional de São Paulo/Guarulhos (SVA/GRU);
• o Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional do Aeroporto Inter-
nacional de Viracopos/Campinas (SVA/VCP).

Considerando a área de abrangência da Anvisa RDC no 56/08 – meios


de transporte terrestre que operam transporte internacional de cargas e ou
viajantes, aeronaves, embarcações, aeroportos de controle sanitário, portos
de controle sanitário, passagens de fronteira designadas e recintos alfande-
gados –, constata-se que a norma abarca os grandes geradores de resíduos
de serviços de transporte no estado de São Paulo, apesar de restringi-los
em relação às PNRS e PERS. Porém, a despeito de todo o aparato normati-
vo vigente, ainda não há bases digitais que consolidem dados relativos à ge-
ração, armazenamento e destinação final de resíduos de serviços de trans-
porte no estado de São Paulo e no Brasil. Diante dessa restrição, adotou-se
a área de abrangência da Anvisa RDC no 56/08 para exposição e análise dos
dados deste capítulo; informações adicionais à área de abrangência, quan-
do disponíveis, foram consideradas.
As informações constantes neste capítulo foram cedidas pelos seguintes
administradores públicos e privados e agências reguladoras: Secretaria Espe-
cial de Portos da Presidência da República (SEP) (BRASIL, 2012a); Compa-
nhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP, 2012; CODESP, 2013); Com-
panhia Docas de São Sebastião (CIA DOCAS, 2013; CIA DOCAS, [201?]);
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO, 2011; IN-
FRAERO, 2013a; INFRAERO, 2013b); Departamento Aeroviário do Estado
de São Paulo (DAESP, [201?]); SOCICAM (SOCICAM, 2013); Consórcio
Aeroportos Brasil Viracopos (AEROPORTO INTERNACIONAL DE VI-
RACOPOS, [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS,
2013) e Consórcio Invepar/Airports Company South Africa (AEROPOR-
TO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS, [201?]; AERO-
PORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013)).

8.1. Resíduos Sólidos de Portos


As instalações abordadas neste tópico são o Porto Organizado de Santos
e o Porto Organizado de São Sebastião.
O Porto de Santos, inaugurado em 1892, é atualmente o maior porto bra-
sileiro, sendo considerado como a porta de comércio do Brasil (ANTAQ,
2011?a; ANTAQ, 2010). Estrategicamente localizado no centro do litoral do
estado de São Paulo, em 2010 foi responsável por mais de 25% (em valores)
95
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo de todo o comércio internacional brasileiro, cerca de 96 bilhões de dólares
(CODESP, 2012). A Autoridade Portuária do Porto de Santos, que adminis-
tra a área do Porto Organizado, é a Companhia Docas do Estado de São Pau-
lo (Codesp), empresa pública federal de economia mista (CNT, 2012).
A área de abrangência primária do Porto de Santos engloba, além do
estado de São Paulo, o estado de Minas Gerais e a região Centro-Oeste.
Entre os anos de 2006 e 2011, houve um crescimento na movimentação de
cargas no Porto da ordem de 26,8%. No ano de 2011, o Porto movimen-
tou 86 milhões de toneladas de cargas: 37,8 milhões de toneladas de gra-
néis sólidos (44% do total); 12,8 milhões de toneladas de granéis líquidos
(14,8% do total); e 35,4 milhões de toneladas de carga geral, o que inclui os
contêineres (41,2% do total) (CNT, 2012). A navegação de longo curso res-
pondeu por 76,7 milhões de toneladas, equivalente a 29% do volume total
movimentado pela navegação de longo curso em Portos Organizados no
Brasil. Já a navegação de cabotagem movimentou 9,3 milhões de toneladas,
o que corresponde a 21,2% do volume total movimentado por esse tipo de
navegação nos Portos do Brasil (CNT, 2012). O Porto de Santos localiza-se
na RMBS, a qual possui grande variedade de atividades de suporte ao co-
mércio de exportação, originadas pelas operações no complexo portuário
– as principais atividades retroportuárias estão instaladas nos municípios
de Santos, Cubatão, São Vicente e Guarujá.
O Porto de São Sebastião, inaugurado em 1955, está localizado na costa
norte do estado de São Paulo, no município de São Sebastião, a 200 km
da capital. Em 1968 foi inaugurado o Terminal Marítimo Almirante Bar-
roso (Tebar), administrado pela Petrobras Transportes S/A (Transpetro)
(empresa subsidiária da Petrobras para óleo, derivados de petróleo e álcool
combustível), com status de terminal de uso privativo junto à área do Porto
Organizado de São Sebastião. O Tebar tem área de armazenamento com
capacidade de 2.100.000 toneladas (43 tanques) e seus dutos ligam São Se-
bastião a Santos, Cubatão, Paulínia e Capuava.
O Porto Organizado de São Sebastião é um porto público cuja adminis-
tração é feita por delegação federal ao Governo do Estado de São Paulo. A
Autoridade Portuária do Porto de São Sebastião é a Companhia Docas de
São Sebastião, criada em 2007 e vinculada à Secretaria de Estado de Trans-
portes de São Paulo – de 1993 a 2007, a Autoridade Portuária era a empresa
estadual Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). No Porto Organizado
não há área arrendada para Terminal Portuário (CIA DOCAS, 2013; CIA
DOCAS, [201?]).
Os principais produtos de importação do Porto de São Sebastião são os
granéis (barrilha, sulfato de sódio, malte, cevada e trigo), produtos side-
rúrgicos, máquinas e equipamentos, bobinas de fio de aço e cargas gerais
conteinerizadas. Os principais produtos de exportação são veículos, peças,
máquinas e equipamentos, virtualhas, produtos siderúrgicos e cargas gerais
conteinerizadas. Em 2012, foram movimentados no cais comercial público
do Porto quase 900 mil toneladas de produtos, sendo os mais significati-
vos barrilha a granel (26,3%), sulfato de sódio a granel (17,6%), produtos
siderúrgicos (16,9%) e cevada a granel (14,8%) (CIA DOCAS, 2013; CIA
DOCAS, [201?]).

96
Em 2012, os granéis líquidos movimentados no terminal privado Tebar

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


perfizeram mais de 51 milhões de toneladas, sendo o petróleo responsável
por 87,4% dessa quantidade – cerca de 50% do petróleo produzido no Bra-
sil é escoado pelo Tebar (CIA DOCAS, 2013; CIA DOCAS, [201?]).
Em relação à movimentação de embarcações no Porto Organizado, em
2012 atracaram no cais comercial público 103 embarcações, e cerca de 700
embarcações, no terminal privado Tebar. Encontram-se na área de influên-
cia do Porto de São Sebastião um trecho do Vale do Paraíba, com destaque
para os municípios de São José dos Campos, Taubaté, Pindamonhangaba,
Guaratinguetá e Cruzeiro, a Região Metropolitana de São Paulo, Sorocaba,
Campinas, Piracicaba e o estado de Goiás.
As informações detalhadas referentes à origem, descrição e quantidade
dos resíduos sólidos gerados nos Portos Organizados de Santos e São Sebas-
tião, bem como as informações disponíveis referentes a tipo de tratamento e
disposição final dos resíduos foram organizadas nas Tabelas A23, A24 e A25
do Anexo II, considerando-se a classificação da Anvisa RDC no 56/08:
• Tabela A23: referente aos resíduos sólidos dos Grupos A e E;
• Tabela A24: referente aos resíduos sólidos do Grupo B;
• Tabela A25: referente aos resíduos sólidos do Grupo D.

O Anexo II detalha também a classificação adotada na fonte geradora


por instalação.
O ano de 2012 foi estabelecido como referência, porém as informações
não ficaram restritas a esse período. A Tabela 34 apresenta um resumo das
informações do Anexo II. Os dados relativos ao Porto Organizado de Santos
contemplam a área administrativa e de manutenção (oficinas e emergências),
terminais portuários e embarcações. Os dados relativos ao Porto Organizado
de São Sebastião contemplam a área administrativa, de operações portuá-
rias, manutenções de máquinas, equipamentos e emergências, embarcações
de apoio portuário e marítimo e obras de engenharia.
Considerando as quantidades geradas nos dois Portos Organizados, ca-
bem as seguintes observações:
• o total de resíduos do Grupo B gerados em 2012 foi de 75.123 toneladas,
99, 9% provenientes do Porto Organizado de Santos;
• o total de resíduos do Grupo D gerados em 2012 foi de 17.461 toneladas,
98,5% provenientes do Porto Organizado de Santos;

Tabela 34. Quantidade de resíduos sólidos gerada nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião
Instituição Ano base Quantidade por Grupo – Resolução Anvisa RDC no 56/08 Total
(t/ano)
Grupos A e E (t/ano) Grupo B (t/ano) Grupo D (t/ano)
Porto de Santos 2012 3 75.052 17.204 92.259
o
2013 –1 sem. – 25.715 12.418 38.133
Porto de São Sebastião 2012 – 71 257 328
2013 –1o sem. – 147 386 533

Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?], elaborado por SMA/CPLA (2013).

97
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo • o total geral de resíduos gerados em 2012 foi 92.587 toneladas, 99,6%
provenientes do Porto Organizado de Santos;
• do total geral de resíduos gerados em 2012, 81,1% pertencem ao Grupo
B e 18,9% pertencem ao Grupo D – a quantidade referente aos Grupos
A e E foi ínfima.
Conclui-se das informações detalhadas contidas no Anexo II e na Ta-
bela 34 que os resíduos oleosos – mistura contendo resíduos gerados nas
casas de máquinas das embarcações, água e outras substâncias – retirados
de embarcações no Porto Organizado de Santos e os resíduos do Grupo B
retirados das embarcações de apoio marítimo e terrestre no Porto de São
Sebastião representam as maiores quantidades em toneladas, do total gera-
do. O foco do gerenciamento dos resíduos sólidos nos Portos Organizados,
portanto, deve ser dado tanto aos resíduos do Grupo B, pela quantidade
que representam em relação ao total, quanto àqueles dos Grupos A e E,
pelo risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao meio ambiente que po-
dem representar, mesmo em quantidades ínfimas.
Além dos resíduos apresentados na Tabela 34, foram ainda gerados no
Porto Organizado de Santos os seguintes resíduos sólidos, não quantifica-
dos em massa:
• 60 unidades de resíduos de atendimento a emergências (p.e. mantas ab-
sorventes usadas em derramamento de produto químico) provenientes
dos Terminais Portuários em 2012 (Grupo B);
• 5.464 cartuchos de impressoras e toners provenientes dos Terminais
Portuários e da área administrativa e de manutenção, destinados ao fa-
bricante por Logística Reversa em 2012 (Grupo B);
• 4.589 unidades de resíduos de materiais têxteis (p.e. uniformes e panos
de limpeza da área administrativa, não contaminados por óleo) em 2012
(Grupo D);
• resíduos dos Grupos B e D, gerados em 2013 nas atividades de manu-
tenção do Porto ou na desmobilização de ativos: 7.454 lâmpadas, 1.570
reatores e 24 baterias (destinados por licitação); 5 cabines de fibra de
vidro (destinadas por leilão);
• 1.887 cartuchos de impressoras e toners provenientes da área adminis-
trativa e de manutenção, destinados ao fabricante por Logística Reversa
em 2013 (Grupo B).
Além dos resíduos apresentados na Tabela 34, foram ainda gerados no
Porto Organizado de São Sebastião os seguintes resíduos sólidos do Grupo B,
não quantificados em massa:
• 6.163 tambores vazios contaminados com óleo lubrificante e 449 tambo-
res cintados (contendo resíduos diversos como estopas e EPIs contami-
nados com óleo, latas de tinta vazias, cinzas, filtros usados etc.) retirados
das embarcações em operações de apoio portuário no ano de 2012;
• 3.938 tambores vazios contaminados com óleo lubrificante e 366 tam-
bores cintados retirados das embarcações em operações de apoio por­
tuário no ano de 2013.

O armazenamento temporário desses tambores é feito no Terminal


Aquaviário da Transpetro; posteriormente, os tambores são encaminhados
para recuperação e reutilização ou para disposição final.
98
Os resíduos retirados das embarcações através do Porto Organizado

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


de Santos são divididos em taifa – resíduos sólidos gerados na operação
rotineira de uma embarcação, com características de resíduos domésticos
(Grupo D) – e em resíduos oleosos (Grupo B). A geração dos resíduos
oleosos tende a ser mais uniforme, pois não depende da quantidade de tri-
pulantes nas embarcações, mas sim do tamanho das mesmas e do número
de embarcações que atracam no Porto ao longo do ano. Os resíduos do tipo
taifa, por outro lado, apresentam grande variação na geração ao longo do
ano, em função da temporada de cruzeiros, quando o número de tripulan-
tes que passam pelo Porto tem um aumento expressivo.
Em relação aos resíduos retirados das embarcações através do Porto Or-
ganizado de São Sebastião, aqueles referentes às operações de apoio por-
tuário são provenientes de atividades das embarcações e tripulação (com
geração mais uniforme) e aqueles referentes às operações de apoio maríti-
mo são provenientes de projetos relacionados à implantação de empreen-
dimentos de exploração e produção de gás e petróleo offshore (com geração
mais variável). Estes são responsáveis pelo aumento total da massa de re-
síduos retirada através do Porto em 2013, quando comparado a 2012. No
primeiro semestre de 2013, o total de resíduos do Grupo B gerados no Por-
to Organizado de São Sebastião foi de 147 toneladas, cerca de 2 vezes maior
que a quantidade gerada no ano de 2012; o total de resíduos do Grupo D
gerados em 2013 foi de 386 toneladas, 1,5 vezes maior que a quantidade
gerada no ano de 2012.
A sazonalidade na geração de resíduos sólidos no Porto Organizado de São
Sebastião, no caso de operações portuárias, manutenções de máquinas e equi-
pamentos e emergências, ocorre pela manutenção e reparos nos funis utili-
zados para o transbordo de granéis sólidos e pelas movimentações de carga
e ocupação de áreas do porto relacionadas a projetos offshore. Desde janeiro
de 2013, o cais do Porto de São Sebastião passa por obras de engenharia, com
a reforma e estabilização do cais e a construção de dolphin de atracação com
estrutura de interligação; tais atividades foram responsáveis pela geração de
10 m3 de resíduos perigosos (Grupo B), 20 m3 de entulhos e 2 m3 de materiais
recicláveis (Grupo D), estes destinados a triagem e reciclagem/recuperação.
A execução dos serviços de coleta, transporte e destinação de resídu-
os provenientes de embarcações na área do Porto Organizado, cujo con-
trole é da Autoridade Portuária, é disciplinada pela Resolução no 2190,
de 28 de julho de 2011, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq), vinculada ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Por-
tos da Presidência da República. Para atender à norma, a Companhia
Docas do Estado de São Paulo disponibiliza, em seu website38, uma lista
de empresas credenciadas para execução desses serviços no Porto Orga-
nizado de Santos. Como consequência da resolução da Antaq, a Com-
panhia Docas de São Sebastião revisou em 2012 a norma técnica interna
que disciplina o abastecimento e a retirada de resíduos de embarcações
pelo cais público do Porto de São Sebastião; a lista de empresas creden-
ciadas para execução desses serviços está disponível em seu website39.

38 Disponível em http://201.33.127.41/down/meio_ambiente/Empresas_credenciadas_Resolucao_P12-2012_SITE.pdf
39 Disponível em http://www.portodesaosebastiao.com.br/pt-br/serv-retirada-residuo.asp
99
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Em relação às cargas apreendidas nos Portos Organizados, aquelas de-
claradas em perdimento (não regularizadas perante a Receita Federal) têm
como destino a doação a órgãos e entidades públicos, o leilão ou a destrui-
ção. A fim de sistematizar esse procedimento, o Ibama publicou a Instrução
Normativa no 28, de 08 de outubro de 2009, que dispõe sobre a apreensão
e destinação de animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instru-
mentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza apre-
endidos pelo Ibama e órgãos conveniados. A Companhia Docas do Estado
de São Paulo tem uma resolução interna que determina que arrendatários
e permissionários do Porto Organizado informem sobre a permanência
dessas cargas em suas áreas. A Companhia Docas de São Sebastião, por
movimentar uma quantidade ínfima de carga conteinerizada, composta
basicamente por materiais, peças e equipamentos ligados a projetos, nor-
malmente não tem carga em perdimento.
Quanto à gestão nos portos, em agosto de 2011 o Plano de Gerencia-
mento de Resíduos Sólidos (PGRS) do Porto Organizado de Santos foi
revisto e atualizado pela Autoridade Portuária, a qual aguarda aprovação
junto ao Ibama a fim de proceder à regularização ambiental. Há na propos-
ta do PGRS um projeto de central de resíduos, que prevê a instalação de
autoclaves para atender às exigências legais.
Há hoje 25 Terminais Portuários no Porto Organizado de Santos com
licença da Cetesb para armazenamento temporário de resíduos perigosos
(granel líquido e contêineres) gerados durante a operação dos terminais,
sendo que:
• três terminais possuem licença ambiental específica para centrais de re-
síduos (BTP, Santos Brasil e Tequimar);
• há terminais com licença de operação que autoriza a operação de diver-
sos equipamentos, entre os quais áreas de armazenamento temporário
de resíduos; e
• há terminais com licença de operação contendo exigência técnica de des-
tinação dos resíduos a centrais que atendam às normas da ABNT para
armazenamento temporário de resíduos perigosos e não perigosos.

O PGRS do Porto Organizado de São Sebastião foi revisto e atualizado


em 2009, no início do processo de regularização ambiental perante o Iba-
ma. Em 2012, a Companhia Docas iniciou o Programa Porto Recicla, para
gerenciamento dos resíduos de instalações administrativas da sub sede e da
área operacional (Grupo D). Uma empresa de manutenção segrega e acondi-
ciona os resíduos recicláveis para posterior envio à reciclagem/recuperação;
os rejeitos são encaminhados ao serviço público de coleta de resíduos sólidos
urbanos, que os destina a aterro sanitário. Os procedimentos administrati-
vos e operacionais para o gerenciamento de resíduos gerados em operações
portuárias, manutenção de máquinas e equipamentos e atendimento a emer-
gências ambientais na área do Porto de São Sebastião foram disciplinados em
2013 por norma técnica. O Planejamento Estratégico do Porto Organizado
de São Sebastião para 2014 contempla a construção de uma Central de Ar-
mazenamento Temporário de Resíduos, cuja licença de instalação já foi con-
cedida pelo Ibama (CIA DOCAS, 2013; CIA DOCAS, [201?]).
100
Por fim, os processos de acondicionamento e limpeza durante carga e

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


descarga para transporte ou armazenamento temporário em zonas por-
tuárias geram resíduos. Entretanto, parte da área de armazenamento das
zonas portuárias se situa no Retroporto, fora do Porto Organizado, sendo
de responsabilidade municipal os resíduos sólidos gerados nessas instala-
ções. O Retroporto do Porto Organizado de Santos situa-se basicamente
nas áreas urbanas dos municípios de Santos, Guarujá, Cubatão e São Vi-
cente. O Porto Organizado de São Sebastião, que abriga apenas um cais,
não possui Retroporto.

8.2. Resíduos Sólidos de Aeroportos


As instalações abordadas neste tópico são:
• Aeroporto de Guarulhos, município de Guarulhos, administrado pelo
consórcio Invepar/Airports Company South Africa (ACSA);
• Aeroporto de Viracopos, município de Campinas, administrado pelo
Consórcio Aeroportos Brasil Viracopos;
• Aeroporto de Congonhas, município de São Paulo, administrado pela
Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero);
• Aeroporto Campo de Marte, município de São Paulo, administrado pela
Infraero;
• Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf, município de São José dos
Campos, administrado pela Infraero.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos é o principal e o mais movi-


mentado aeroporto do Brasil, localizado no município homônimo, no dis-
trito de Cumbica, distando 25 quilômetros do município de São Paulo. É
administrado pelo Consórcio Invepar/Airports Company South Africa40.
Possui sistema de acesso viário próprio e ocupa uma área de 14 km2, dos
quais 5 km2 são urbanizados. Hoje o Aeroporto Internacional de Guaru-
lhos atende cerca de 35 milhões de passageiros por ano, em três terminais
de passageiros. Está em construção um novo terminal no aeroporto, com
previsão de finalização em maio de 2014, o qual comportará mais 12 mi-
lhões de passageiros/ano. É um dos principais hubs da América do Sul e o
terminal mais movimentado de toda a América Latina em relação ao trans-
porte de passageiros. Em movimento de aeronaves, é o segundo, depois do
Aeroporto Internacional da Cidade do México. De acordo com o Plano
Diretor de Resíduos Sólidos de Guarulhos (PREFEITURA MUNICIPAL
DE GUARULHOS, 2011), o Aeroporto de Guarulhos apresenta uma taxa
média de geração de resíduos sólidos igual a 0,35 quilograma por passagei-
ro. De acordo com dados da Infraero (2013b), ao se utilizar uma projeção
de movimento de passageiros de 46 milhões para o ano de 2020, chega-se a
uma geração de 16.100 toneladas por ano.

40 Em6 de fevereiro de 2012, o Governo Federal realizou o leilão dos Aeroportos de Guarulhos e Viracopos, fazendo a
concessão da administração para a iniciativa privada por um período de 30 anos. Entretanto, a Infraero é acionista das
concessões, com 49% do capital social de cada uma, e participa da governança dos aeroportos na proporção de sua
participação acionária nas concessionárias, com poder de decisão em temas relevantes que foram estabelecidos em
acordos de acionistas firmados entre as partes.
101
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo O Aeroporto Internacional de Viracopos é administrado pelo Consór-
cio Aeroportos Brasil Viracopos, composto pelas empresas Triunfo Parti-
cipações e Investimentos S/A, UTC Participações S/A e pela francesa EGIS
Airport Operation. É o segundo terminal aéreo de cargas no país, e em
superfície, o maior centro de carga aérea na América do Sul, com 81.000
m2. Responde por cerca de 18% da movimentação total de cargas registra-
das nos aeroportos brasileiros, com um fluxo anual de cargas embarcadas e
desembarcadas em voos internacionais de cerca de 176 mil toneladas. Em
2012 foram transportados a partir do terminal 8,8 milhões de passageiros.
Localiza-se estrategicamente na Região Metropolitana de Campinas, a me-
nos de 100 quilômetros do município de São Paulo, e está passando por
obras de ampliação e modernização.
O Aeroporto de Congonhas foi inaugurado em 1936 e é um dos mais
movimentados do Brasil. Administrado pela Infraero, ocupa uma área de
aproximadamente 1,5 km2; é considerado o aeroporto executivo do país.
Em 2008, a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) retirou a determi-
nação de “Internacional” e o Aeroporto de Congonhas passou a operar
somente com voos domésticos. Em 2012, o Aeroporto recebeu em média
580 movimentações por dia – entre pousos e decolagens – e mais de 16 mi-
lhões de passageiros, interligando São Paulo a 29 localidades e empregando
aproximadamente 16 mil profissionais. A Infraero também administra, no
estado de São Paulo, o Aeroporto Internacional de São José dos Campos e
o Aeroporto Campo de Marte.
Os dados do Anuário Estatístico Operacional 2012 publicados pela In-
fraero, obtidos por meio dos Relatórios de Passageiros Embarcados (RPE)
– formulários próprios preenchidos pelas Companhias Aéreas – apresenta
os movimentos operacionais dos aeroportos considerando quatro crité-
rios: Movimento de Passageiros, Aeronaves, Carga Aérea (carga operacio-
nal constituída nos porões das aeronaves, não incluindo carga comercial
dos Terminais de Logística de Carga da rede Infraero) e Correios. No ano
de 2012, os Aeroportos de São Paulo/Guarulhos, Campinas – Viracopos,
Congonhas, Campo de Marte e São José dos Campos, juntos, tiveram mo-
vimento de mais de 59 milhões de passageiros, considerando embarques
e desembarques; movimento de mais de 764 mil pousos e decolagens de
aeronaves; e movimento de 745.408 toneladas, entre cargas carregadas e
descarregadas e correios (INFRAERO, 2013a).
Há outros 26 aeroportos públicos localizados no interior do estado, ad-
ministrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp).
Destes, os seis aeroportos onde opera atualmente a aviação comercial re-
gular estão localizados em regiões de grande desenvolvimento econômico:
Araçatuba, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e São José
do Rio Preto. Nos demais aeroportos da rede, a aviação geral e a executiva
predominam.
Dentre os órgãos públicos federais envolvidos com a fiscalização dos
aeroportos estão: a Anvisa e a Vigiagro, detalhadas na introdução do ca-
pítulo; o Ibama, autarquia vinculada do Ministério do Meio Ambiente; a
Receita Federal; a Polícia Federal; a Anac e a Infraero, ambas vinculadas à
Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República. Enquanto a Anac
é uma autarquia com atribuições de regular e fiscalizar as atividades de
102
aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária, a Infraero é

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


uma empresa pública que administra aeroportos, estações prestadoras de
serviços de telecomunicações e de tráfego aéreo e terminais de logística de
carga. De acordo com a Anac, há hoje no estado de São Paulo 80 aeródro-
mos públicos e 217 aeródromos privados.
A PNRS impõe a obrigatoriedade de elaboração e implementação de
um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e apresentação ao poder
público local, o que, no caso dos aeroportos, pode estabelecer um marco
na interlocução do gestor aeroportuário com o município sede do equi-
pamento público. Dentre os agentes envolvidos com o Plano de Gerencia-
mento estão os administradores dos aeroportos, os prestadores de serviços
de coleta, transporte e destinação de resíduos, a prefeitura do município
sede, os sindicatos relacionados (Aeronautas, Aeroportuários, Aeroviários
e Empresas Aéreas), a Organização Internacional da Aviação Civil (Oaci)
e empresas concessionárias. O gerenciamento dos resíduos sólidos gerados
nos aeroportos deve ser compatível com os documentos legais de caráter
mais geral apresentados na introdução deste capítulo e com a ABNT NBR
8843, de 30 de agosto de 1996.
As informações detalhadas referentes à origem, descrição e quantidade
dos resíduos sólidos gerados nos aeroportos, bem como as informações
disponíveis referentes ao tipo de tratamento e disposição final dos resíduos
foram organizadas nas Tabelas A26, A27 e A28 do Anexo II, considerando-
se a classificação da Anvisa RDC no 56/08:
• Tabela A26 – referente aos resíduos sólidos dos Grupos A e E;
• Tabela A27 – referente aos resíduos sólidos do Grupo B;
• Tabela A28 – referente aos resíduos sólidos do Grupo D.

O Anexo II detalha também a classificação adotada na fonte geradora


por instalação.
O ano de 2012 foi estabelecido como referência, porém as informações
não ficaram restritas a esse período. A Tabela 35 apresenta um resumo das
informações do Anexo II.

Tabela 35. Quantidade de resíduos sólidos gerada nos Aeroportos de São Paulo/Guarulhos, Viracopos/Campinas,
Congonhas/São Paulo, Campo de Marte/São Paulo e Professor Urbano Ernesto Stumpf/São José dos Campos
Instituição Ano base Quantidade por Grupo – Resolução Anvisa RDC no 56/08 Total
Grupos A e E (t/ano) Grupo B (t/ano) Grupo D (t/ano) (t/ano)

Aeroporto de São Paulo/ 2012 384 58 9.338 9.780


Guarulhos
Aeroporto de Viracopos 2012 49,6 – 2.440,7 2.490
2013 56,7 – 1.758 1.814
Aeroporto de Congonhas 2012 – 2 4.343
4.346
Aeroporto Campo de Marte 2012 – – 825 825
Aeroporto Prof. Urbano 2012 5 6 151 162
Ernesto Stumpf

Fonte: INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL
DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS, [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS
(2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).
103
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Os dados relativos ao Aeroporto de Congonhas são provenientes da
área administrativa, das companhias de táxis aéreos, dos serviços de han-
garagem e manutenção, das empresas distribuidoras de combustível, das
companhias aéreas e serviços de apoio e de estabelecimentos comerciais
existentes no terminal de passageiros.
Os resíduos do Aeroporto de Viracopos são classificados principalmen-
te nos Grupos A e D da Anvisa RDC no 56/08, entre os quais estão: os
resíduos de bordo de aeronaves, apreensões do Ministério da Agricultura,
forração de baia e serviços de saúde (Grupo A); domiciliar orgânico e ser-
viços de jardinagem (Grupo D), entre outros.
Além dos resíduos apresentados na Tabela 35, em 2012 foram ainda gerados
nos aeroportos os seguintes resíduos sólidos, não quantificados em massa:
• no Aeroporto de Congonhas, 156 m3 de poda, destinados a composta-
gem por empresa especializada;
• no Aeroporto de Congonhas, 1.570 litros de óleo lubrificante, destina-
dos por Logística Reversa a uma empresa de rerrefino, e 7.273 lâmpa-
das, destinadas por Logística Reversa a uma empresa de recuperação;
• no Aeroporto Campo de Marte, 156 m3 de poda, destinados a compos-
tagem por empresa especializada.

Em relação aos resíduos provenientes do Aeroporto de Viracopos em


2013 (janeiro a setembro), 66% são resíduos domiciliares orgânicos, 31%
são provenientes de serviços de jardinagem (ambos Grupo D) e 3% são
pertencentes ao Grupo A.
Dentre os aeroportos administrados pelo Daesp, o aeroporto localizado
em Ribeirão Preto é o único que possui um Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos, sendo dotado de edificação específica para o transbor-
do de resíduos gerados pela atividade aeroportuária local, porém o Plano
ainda não foi implantado. Os RSU gerados são coletados e destinados pelo
serviço municipal de limpeza urbana da Prefeitura. Já os resíduos retirados
pelas companhias aéreas das aeronaves são armazenados em contêineres
específicos, coletados, tratados e destinados a aterro sanitário por empresa
especializada contratada pela Prefeitura. O Daesp já concluiu especificações
técnicas para a contratação da elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos para um lote de aeroportos que inclui os demais aeropor-
tos com aviação comercial regular e o aeroporto de Sorocaba.
Em relação às cargas apreendidas nos Aeroportos, aquelas declaradas
em perdimento seguem a mesma normativa e sistemática definidas para
os Portos Organizados. O Aeroporto de São Paulo/Guarulhos possui um
terminal exclusivo para armazenar essas cargas.

8.3. Resíduos Sólidos do Transporte Rodoviário e Ferroviário


As instalações abordadas neste tópico são os Terminais Rodoviários do
Tietê e da Barra Funda e o Terminal Intermunicipal do Jabaquara, todos
localizados no município de São Paulo.
O Terminal Rodoviário Tietê, um dos maiores do país, foi inaugurado em
1982 e possui 89 plataformas –120.000 m2 de área total e 54.480 m2 de área
104
construída. Atuam no Terminal 61 empresas rodoviárias que operam cerca de

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


trezentas linhas de ônibus, com aproximadamente três mil veículos, partindo
e chegando a 1.033 destinos – localizados em 21 estados brasileiros e cinco
países do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai). A média
de circulação diária é de 90 mil usuários. Possui instalação dos órgãos públi-
cos Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artsesp) e
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Desde 1989 é adminis-
trado pela empresa SOCICAM, em consórcio com a empresa Termini.
O Terminal Rodoviário da Barra Funda foi inaugurado em 1989 e pos-
sui 40 plataformas – 22.700 m2 de área total e 17.700 m2 de área constru-
ída. Atuam no Terminal 34 empresas rodoviárias que operam 139 linhas
de ônibus, as quais percorrem 573 municípios de seis estados das regiões
Sudeste, Sul, Norte e Centro-Oeste do Brasil e o município de Porto Soares
na Bolívia. A média de circulação diária é de quarenta mil usuários. É ad-
ministrado pela SOCICAM.
O Terminal Intermunicipal Jabaquara foi inaugurado em 1977, possui
19 plataformas – 13.600 m2 de área total e 12.100 m2 de área construída.
As empresas rodoviárias do terminal percorrem os municípios do litoral
paulista Bertioga, Guarujá, Santos, Praia Grande, Cubatão, São Vicente,
Monguaguá, Itanhaém e Peruíbe.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) faz parte da área
de infraestrutura do Governo do Estado de São Paulo e tem as seguintes
empresas vinculadas:
• Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô)41 – constituída em
1968, sob a forma de sociedade de economia mista;
• Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM);
• Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU); e
• Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Em 2010, foi inaugurada a primeira linha de transporte metroviário a


ser operada em regime de concessão, a Linha 4 – Amarela. Hoje, a malha
metroviária possui 74,2 quilômetros de extensão e 64 estações, transpor-
tando diariamente cerca de 4,5 milhões de passageiros.
A ANTT tem como competência fazer as concessões, permissões e au-
torizações referentes ao transporte rodoviário e ferroviário no Brasil, bem
como ao transporte internacional de cargas, ao transporte multimodal e
aos terminais. A ANTT é responsável pela fiscalização dos ônibus em rela-
ção à higienização e segurança, entretanto, conforme o Plano Nacional de
Resíduos Sólidos (BRASIL, 2011a), não tem dados compilados referentes
aos resíduos sólidos de serviços de transporte.
Os resíduos originários de terminais rodoviários e ferroviários cons-
tituem-se em resíduos sépticos que podem conter organismos patogê-
nicos, como materiais de higiene e de asseio pessoal e restos de comida,
possuindo capacidade de veicular doenças entres cidades, estados e países.

41 Tem
a responsabilidade de planejar a rede metroviária e conceber os projetos de engenharia e arquitetura para a im-
plantação de linhas de metrô e monotrilho, bem como operar e manter o sistema de transporte público metroviário.

105
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo A Tabela 36 apresenta, para o ano de 2012, as quantidades de resíduos or-
gânicos (varrição e outros) e as quantidades de resíduos recicláveis (papel,
papelão e metal) provenientes das instalações físicas dos Terminais Rodo-
viários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara – todos os dados foram disponi-
bilizados sem classificação por norma técnica. A Tabela 36 apresenta ainda,
para o ano de 2012, os resíduos sólidos gerados no Metrô, classificados na
origem pela norma ABNT NBR 10004:2004. Os dados são relativos aos
65,3 quilômetros de extensão da malha metroviária operados pelo Metrô
de São Paulo (divididos nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lilás),
ou seja, não incluem a Linha 4-Amarela, operada pelo Consórcio Via Qua-
tro. Os resíduos do Grupo B gerados no Metrô e apresentados na Tabela
36 são aqueles contaminados com óleos e graxas, solventes e lodos, enca-
minhados para coprocessamento. Os resíduos do Grupo D gerados no Me-
trô e apresentados na Tabela 36 são aqueles provenientes: de processos de
manutenção e administrativos (encaminhados para aterros licenciados);
da coleta seletiva nos pátios e prédios administrativos (recolhidos por co-
operativas cadastradas na Prefeitura de São Paulo); e resí­duos das estações
(encaminhados para aterros licenciados).
Considerando os três terminais rodoviários e o Metrô, cabem as seguin-
tes observações:
• o total de resíduos sólidos gerado em 2012 foi de 6.354 toneladas, das
quais 73% provenientes do Metro e 15% provenientes do Terminal Ro-
doviário Tietê;
• o total de resíduos do Grupo D gerados foi de 6.181 toneladas (97,3% do
total geral).

Além dos resíduos apresentados na Tabela 36, foram ainda gerados os


seguintes resíduos sólidos:
• nos terminais rodoviários, 1.712 lâmpadas, encaminhadas para recuperação;
• no Metrô, 91.309 lâmpadas fluorescentes, encaminhadas para reciclagem;
• no Metrô, 62 peças de baterias alcalinas níquel-cádmio e 24.137 kg de
acumuladores chumbo-ácido, devolvidos ao fornecedor;
• no Metrô, 36.110 litros de óleos lubrificantes gerados na manutenção dos
trens.

Em relação aos terminais rodoviários, os resíduos provenientes da higie-


nização e manutenção das frotas de ônibus não estão incluídos nos dados
citados, sendo de responsabilidade de cada empresa rodoviária. Normal-

Tabela 36. Quantidade de resíduos sólidos gerada nas instalações físicas dos Terminais Rodoviários do Tietê e da Barra Funda
e do Terminal Intermunicipal do Jabaquara
Instituição Ano Quantidade por Grupo – Resolução Anvisa RDC no 56/08 Total
base (t/ano)
Grupos A e E (t/ano) Grupo B (t/ano) Grupo D (t/ano)
Terminal Rodoviário Tietê 2012 – – 954 954
Terminal Rodoviário Barra Funda 2012 – – 363 363
Terminal Intermunicipal Jabaquara 2012 – – 397 397
Metrô 2012 – 173 4.467 4.640

Fonte: SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).


106
mente a manutenção da frota é feita em instalações da própria empresa ro-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


doviária, gerando os seguintes resíduos sólidos: óleo lubrificante (destina-
do por Logística Reversa a uma empresa de rerrefino), lona de freio e filtro
de óleo (destinados por Logística Reversa a uma empresa de recuperação)
– a geração desses resíduos é dependente da quilometragem percorrida.
Os resíduos comuns recolhidos da frota após cada viagem no processo de
higienização são encaminhados para uma gerenciadora de resíduos; a frota
que faz percurso internacional é higienizada também a cada passagem pela
aduana, sob controle e fiscalização da Anvisa.
Os terminais ferroviários do estado de São Paulo não foram abordados
neste Plano Estadual.

8.4. Resíduos Sólidos de Terminais Alfandegários


Em relação a terminais alfandegários, há aqueles localizados em Portos
Organizados e Aeroportos, já abordados anteriorermente, e há os Portos Se-
cos, recintos alfandegados de uso público, nos quais são executadas opera-
ções de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias
e de bagagem, sob controle aduaneiro. As operações de movimentação e ar-
mazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro e a prestação de serviços
conexos, em Porto Seco, sujeitam-se ao regime de concessão ou de permis-
são – serviços aduaneiros a cargo da Secretaria da Receita Federal, inclusive
aqueles de processamento de despacho aduaneiro de importação e de expor-
tação, são aí executados. O Porto Seco é instalado, preferencialmente, adja-
cente às regiões produtoras e consumidoras e interioriza esses serviços no
país. O estado de São Paulo possui treze Portos Secos instalados. Não há pas-
sagens de fronteira internacional no estado de São Paulo (ANTAQ, [2011?b]).

8.5. Considerações finais


A Figura 35 mostra a localização geográfica dos geradores de resíduos
de serviços de transporte considerados neste capítulo.
Todas as instalações abordadas neste capítulo, abarcando os grandes ge-
radores de resíduos sólidos de serviços de transporte do estado, localizam-
se nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e
Vale do Paraíba e Litoral Norte (conforme observado na Figura 35), onde
estão as maiores concentrações populacionais. Esse fato reitera a relevância
do adequado gerenciamento dos resíduos de serviços de transportes, com
foco tanto na proteção da saúde pública quanto na preservação da qua-
lidade ambiental, considerando a grande diversidade e as características
intrínsecas a esses resíduos.
A Figura 36 mostra uma distribuição das quantidades de resíduos de
serviços de transporte gerados no ano de 2012 pelos serviços abordados
neste capítulo. O total gerado, cerca de 117 mil toneladas, distribuído por
instalação (Figura 36) e por grupo de resíduo, conforme classificação da
Resolução Anvisa RDC no 56/08 (Figura 37) possibilitam melhor embasar
as tomadas de decisão a partir deste Plano Estadual. Os portos tiveram a
maior participação na geração de resíduos sólidos em 2012, sendo respon-
sáveis por mais de 80% do total gerado, seguidos dos aeroportos, com 15%.
107
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 35. Localização dos serviços de transporte considerados para a elaboração do Panorama dos Resíduos Sólidos do
Estado de São Paulo

48º0'0" W 47º0'0" W 46º0'0" W 45º0'0" W

22º0'0" S
MG
RJ

23º0'0" S
Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual
Unidades Regionais
Aglomerado Urbano de Jundiaí

24º0'0" S
Aglomerado Urbano de Piracicaba
Região Metropolitana de Campinas
Região Metropolitana do Vale do Paraíba / SISTEMA DE COORDENADAS
Litoral Norte ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Região Metropolitana da Baixada Santista DATUM HORIZONTAL:
10 0 10 20 km SIRGAS 2000
Região Metropolitana de São Paulo
FONTE: ELABORADO POR:
1 porto Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
1 aeroporto Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
3 aeroportos Unidades Regionais: EMPLASA DATA: 04/12/2013

3 rodoviárias
1 metrô

Fonte: SÃO PAULO [201-?a], elaborado por SMA/CPLA (2013).

Quanto à classificação dos resíduos sólidos gerados, os Grupos B e D foram


praticamente absolutos, tendo sido gerado aproximadamente o dobro de
resíduo do Grupo B em relação ao Grupo D.
As Figuras 38, 39 e 40 detalham, para cada Grupo da Resolução Anvisa
RDC no 56/08, a distribuição de quantidade de resíduos gerados por tipo
de serviço de transporte abordado, para o ano de 2012.
Os aeroportos foram os geradores da maioria quase absoluta dos resíduos
dos Grupos A e E da Resolução Anvisa RDC nº56/08 em 2012, e os portos,
dos resíduos do Grupo B. A geração dos resíduos do Grupo D, entretanto, foi
aproximadamente equilibrada entre portos e aeroportos; os terminais rodo-
viários e metrô aparecem como geradores de 15% do total.

Figura 36. Distribuição das quantidades de resíduos de serviços de transporte gerados em 2012, por tipo de instalação

5,45%
15,10%

79,44%

Portos (92.587 t)
Aeroportos (17.603 t)
Terminais rodoviários e Metrô (6.354 t)
Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?]; INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO
INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS,
108 [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013); SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).
Figura 37. Distribuição das quantidades de resíduos de serviços de transporte gerados em 2012, por Grupo da Resolução

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Anvisa RDC no 56/08

0,38%
34,96%

64,66%

Grupos A e E (441,6 t)
Grupo B (75.362 t)
Grupo D (40.739,7 t)
Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?]; INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO
INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS,
[201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013); SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 38. Distribuição de quantidade de resíduos dos Grupos A e E da Resolução Anvisa RDC no 56/08 gerados em 2012,
por tipo de serviço de transporte

0,68%

99,32%
Terminais rodoviários e Metrô (0 t)
Aeroportos (438,6 t)
Portos (3 t)
Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?]; INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO
INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS,
[201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013); SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 39. Distribuição de quantidade de resíduos do Grupo B da Resolução Anvisa RDC no 56/08 gerados em 2012, por
tipo de serviço de transporte

0,09%
0,23%

99,68%

Terminais rodoviários e Metrô (173 t)


Aeroportos (66 t)
Portos (75.123 t)

Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?]; INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO
INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS,
[201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013); SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 40. Distribuição de quantidade de resíduos do Grupo D da Resolução Anvisa RDC no 56/08 gerados em 2012, por
tipo de serviço de transporte

15%

43%
42%

Terminais rodoviários e Metrô (6.181 t)


Aeroportos (17.097,7 t)
Portos (17.461 t)

Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?]; INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO
INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS,
[201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013); SOCICAM (2013); METRÔ (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013). 109
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 9. RESÍDUOS SÓLIDOS AGROSSILVOPASTORIS
Os resíduos agrossilvopastoris são aqueles gerados nas atividades agro-
pecuárias e silviculturais, inclusive os resíduos dos insumos utilizados nes-
sas atividades, conforme estabelecido nas Políticas Estadual e Nacional de
Resíduos Sólidos.
De acordo com a Resolução Conama no 458/2013, as atividades agros-
silvopastoris englobam as ações realizadas em conjunto, ou não, relativas
à agricultura, à aquicultura, à pecuária, à silvicultura e demais formas de
exploração e manejo da fauna e da flora destinadas ao uso econômico, à
preservação e à conservação dos recursos naturais renováveis.
Para este diagnóstico foi utilizada, em determinados momentos, a abor-
dagem do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2011) e os mesmos coefi-
cientes de geração de resíduos sólidos, por cultura e criação. Também foram
usadas outras fontes de dados, como o Levantamento de Unidades de Produ-
ção Agropecuária (Lupa), da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo (SAA), e outros coeficientes explicitados no decorrer do
texto, além dos documentos de apoio ao Plano Nacional de Resíduos Sólidos
elaborados pelo Ipea, o Caderno de Diagnóstico Resíduos Agrossilvopastoris
II (Resíduos Inorgânicos) e o Relatório de Pesquisa Diagnóstico dos Resíduos
Orgânicos do Setor Agrossilvopastoril e Agroindústrias Associadas.
O objetivo deste levantamento, mais do que a quantificação precisa dos
resíduos agrossilvopastoris gerados, é elaborar um diagnóstico que permi-
ta uma visualização geral da situação, de forma que possibilite mais adian-
te a proposição de metas e ações estratégicas para o estado de São Paulo.
Dessa forma, buscou-se a construção de parâmetros que permitam iniciar
a obtenção de um conhecimento sistematizado do problema da geração e
destinação de resíduos sólidos agrossilvopastoris e, assim, começar a dese-
nhar um mapa conceitual que permita obter informações necessárias a esse
diagnóstico. Para tanto, foi realizada uma análise de dados objetivos não
sistematizados e utilizados pressupostos ad hoc (em função da inexistência
de dados sistematizados ou da dificuldade técnica e econômica de se obter
esses dados).

9.1. Resíduos agrossilvopastoris inorgânicos


Inicialmente, buscou-se analisar a geração dos resíduos sólidos agros-
silvopastoris inorgânicos, abrangendo as embalagens produzidas nos seg-
mentos de agrotóxicos, fertilizantes e insumos farmacêuticos veterinários,
além dos resíduos sólidos domésticos (RSD) da área rural.
Um dos principais problemas de resíduos sólidos no campo é o das emba-
lagens dos insumos técnicos usados nas atividades de produção. Conforme
o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil é, atualmente, o maior consu-
midor mundial de agrotóxicos, com consumo próximo a 700 mil toneladas
de produtos formulados ao ano e vendas superiores a US$ 7 bilhões.
Com a promulgação das Leis Federais no 7.802/1989 e no 9.974/2000
e o Decreto Federal no 4.074/2002, por meio da criação de competências
e responsabilidades compartilhadas entre fabricantes e revendedores de
agrotóxicos, agricultores e poder público, desenvolveram-se mecanismos
110
institucionais e ações que levaram à destinação ambientalmente correta de

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


embalagens de agrotóxicos.
O sistema de destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos e
afins é gerenciado, no Brasil, pelo Instituto Nacional de Processamento de
Embalagens Vazias (Inpev), entidade que reúne 100% dos fabricantes de
agrotóxicos do país.
De acordo com dados do Inpev, entre 2002 e 2010, mais de 168 mil tone-
ladas de embalagens de agrotóxicos foram destinadas adequadamente. Das
embalagens primárias, isto é, aquelas que entram em contato direto com o
produto, 95% delas foram destinadas adequadamente. Em 2012, os dados
do Inpev mostravam que, em nível nacional, 37.379 toneladas de embala-
gens de agrotóxicos foram destinadas adequadamente, o que perfaz 94% da
totalidade (INPEV, 2013).
No estado de São Paulo, partindo do percentual de 94% acima citado,
estima-se um total de 4.817 toneladas de embalagens de agrotóxicos gera-
das, das quais 4.528 toneladas foram destinadas adequadamente dentro do
sistema, sendo que 4.193 toneladas de embalagens lavadas foram encami-
nhadas para reciclagem e 335 toneladas de embalagens não lavadas foram
destinadas à incineração. As embalagens encaminhadas para incineração
(não lavadas) são aquelas que não utilizam água como veículo de pulve-
rização, por exemplo, as embalagens de produtos para tratamento de se-
mentes e sacos plásticos, além daquelas que, por algum motivo, não foram
tríplice lavadas pelos agricultores (INPEV, 2013).
No território paulista, o Inpev gerencia atualmente 78 Unidades de Re-
cebimento de Embalagens Vazias, sendo 63 postos de recebimento e 15
centrais de recebimento. O estado possui ainda, dentro do sistema Inpev,
quatro recicladoras, que produzem 17 tipos de produtos reciclados, além
das próprias embalagens de agrotóxicos (INPEV, 2013).
Com relação às embalagens vazias de agrotóxicos e afins que ainda não
se encontram dentro do sistema Inpev de destinação final no estado de
São Paulo, um levantamento feito pelo Centro de Fiscalização de Insumos
e Conservação do Solo da SAA, baseado em resultados de ações fiscali-
zatórias em propriedades rurais no ano de 2012, aponta que, na maioria
dos casos, a embalagem é queimada na propriedade rural, como pode ser
visualizado na Tabela 37.

Tabela 37. Estimativa da quantidade de embalagens vazias de agrotóxicos e afins com destinação inadequada no estado
de São Paulo em 2012
Destinação Quantidade (t) Percentual (%)
Queima na propriedade rural 192 66,5
Disposição inadequada na propriedade rural (jogadas/reutilizadas, armazenadas 85 29,5
inadequadamente)
Enterradas na propriedade rural 7 2,5
Descarte no meio ambiente (estradas, matas, rios etc.) 3 1,0
Encaminhadas para reciclagem como resíduos reciclável comum 2 0,5
Total 289 100

Fonte: SÃO PAULO (2013f), elaborado por SAA/CDA (2013).


111
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Com relação ao segmento de fertilizantes, a legislação vigente não con-
templa a destinação das embalagens, nem a logística reversa das mesmas,
sendo praticamente inexistentes dados estatísticos e informações sobre o
retorno ou destinação das embalagens.
De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil é o quar-
to consumidor mundial de nutrientes para a formulação de fertilizantes
e, em 2010, foram comercializadas mais de 24,5 milhões de toneladas de
fertilizantes, distribuídos usualmente em sacarias de 50 kg e big bags de
polietileno de 1 a 1,5 toneladas, o que permite uma estimativa de um total
de 64,2 milhões de embalagens/ano, para as quais não existe nenhuma exi-
gência de destinação ambientalmente adequada.
Um diagnóstico da situação atual do segmento de fertilizantes e produtos
veterinários no estado de São Paulo pode ser visualizado nas Tabelas 38 e 39.
Situação similar à dos fertilizantes é a dos produtos veterinários. A legis-
lação vigente, apesar de dispor a respeito da fiscalização sobre a produção,
a comercialização e o emprego dos produtos veterinários, não faz menções
sobre normas e/ou regras para o destino das embalagens vazias. Como ci-
tado no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, isso é um fato preocupante,
pois os praguicidas de uso veterinário e de uso agrícola têm semelhanças
químicas e/ou estruturais, sendo, portanto razoável esperar que os sete an-

Tabela 38. Perfil do segmento de fertilizantes no estado de São Paulo


Descrição Situação
Produção no estado de São Paulo Estimativa de 5.192 toneladas
Consumo no estado de São Paulo Estimativa de 5.510 toneladas
Quantidade de embalagens vazias Não disponível
Tipo de Embalagem Diversas: sacos, frascos de plástico, big bag,
(1 l, 25 kg, 50 kg, 1000 kg etc.).
Legislação específica para destinação de fertilizantes Não há
Existência de logística reversa de embalagens Não há
Tipo de destinação final atual Queima, reuso, venda e venda para reciclagem.

Fonte: SÃO PAULO (2013f); BRASIL (2013b) elaborado por SAA/CDA (2013).

Tabela 39. Perfil do segmento de produtos veterinários no estado de São Paulo


Descrição Situação
Produção no estado de São Paulo Não disponível
Consumo no estado de São Paulo Não disponível
Quantidade de embalagens vazias Não disponível
Tipo de Embalagem Diversas: frascos de vidro e plástico, seringas
(1 ml, 10 ml, 50 ml, 500 ml, 1 l etc.).
Legislação específica para destinação de insumos Não há. Porém, existem projetos de Lei PLS134/2007 e
farmacêuticos veterinários PLS 718/2007
Existência de logística reversa de embalagens Não há
Tipo de destinação final atual Disposição inadequada ou queima.

Fonte: SÃO PAULO (2013f) elaborado por SAA/CDA (2013).


112
tiparasitários veterinários recebessem atenção semelhante aos agrotóxicos,

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


o que ainda não se observa atualmente.
São poucas as informações disponíveis sobre a geração e destinação des-
sas embalagens e das sobras de produtos não utilizados. De acordo com
dados da SAA, nas etapas de vacinação contra febre aftosa no estado de São
Paulo, novembro/2012 e maio/2013, foram vacinados 14.526.895 bovinos e
bubalinos. A vacina contra febre aftosa é apresentada em frascos-ampolas
de dez (50 ml) ou cinquenta (250 ml) doses. Estimando-se que metade dos
produtores utilizou a apresentação de dez doses e a outra metade, a de cin-
quenta doses, verifica-se a geração de 871.612 frascos, com uma produção
de 5.810 kg de plásticos descartados.
Nas diversas atividades ligadas à produção agrícola há inúmeros produtos –
instalações ou partes de instalações, utensílios, máquinas e ferramentas – que
se tornam resíduos sólidos, ao final de sua vida útil. As quantidades e volumes
desses insumos podem variar, assim como as matérias primas das quais são
produzidos. São exemplos desses resíduos: o plástico utilizado para a cobertura
das estufas, instalações utilizadas na produção de olerícolas; os perfis metálicos
e de madeira que fazem sustentação das estufas; ou ainda, máquinas, tratores e
colheitadeiras e implementos como arados, grades, ancinhos mecânicos, pul-
verizadores, os quais, quando do término de sua vida útil, são muitas vezes
deixados no ambiente, como material descartado sem utilização.
De acordo com o levantamento feito pela SAA, estima-se uma quan-
tidade total depreciada de tratores, máquinas e equipamentos de 86 mil
toneladas por ano no estado de São Paulo, sendo que uma parte é vendida
a sucateiros e a outra permanece na propriedade.
Apesar dos resíduos sólidos domiciliares não se enquadrarem na defini-
ção da Resolução Conama no 458/2013, dada a sua relevância optou-se pela
sua abordagem neste capítulo. Dados do Censo do IBGE de 2010 mostram
que apenas 4% da população do estado de São Paulo vive no meio rural, o
que, contudo, representa um número significativo de 1.676.948 pessoas, in-
cluídas a população dos bairros rurais e a população das propriedades.
Mesmo sendo diversificado, nota-se que a composição do RSD rural é
cada vez mais semelhante ao RSU, devido à proximidade das comunidades
rurais a centros urbanos, além de hábitos e bens de consumo contemporâ-
neos inseridos por toda a sociedade. Assim, projetando um índice de gera-
ção de 0,44 kg/hab/dia sobre a população rural do estado, pode-se estimar
uma geração de 738 t/dia de RSD rural.
A qualidade do serviço de coleta do RSD rural encontra-se ainda distan-
te da realidade e da quase universalização dos serviços urbanos. Isso se re-
flete nas práticas de destinação dos resíduos: uma parcela considerável dos
domicílios ainda queima, enterra ou lança os mesmos em terrenos baldios,
rios, lagos, igarapés e açudes.

9.2. Resíduos agrossilvopastoris orgânicos


Para o diagnóstico dos resíduos agrossilvopastoris orgânicos gerados no
estado, buscou-se analisar a situação do setor agrosilvopastoril. Os resí­
duos gerados pelas agroindústrias primárias associadas foram abordados
no capítulo sobre resíduos industriais.
113
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Essa análise partiu da premissa que esses resíduos não devem necessa-
riamente ser vistos como desperdícios da atividade de produção e poten-
ciais causadores de danos ambientais, uma vez que é comum a utilização
desses materiais no próprio ciclo produtivo ou como matéria prima para
outros processos da produção agropecuária, o que reduz o impacto sobre o
meio ambiente e a pressão de utilização dos recursos naturais.

9.2.1. Resíduos sólidos agrossilvopastoris de origem animal


Há dois problemas principais de resíduos sólidos orgânicos produzidos
pelas criações animais: os excretas, resíduos do metabolismo – fecais e uri-
nários – que em mistura são conhecidos como esterco; e as carcaças de
animais mortos durante o processo produtivo.
A expressão criações extensivas será usada neste diagnóstico para de-
notar aquelas que possuem uma densidade animal por área tal que não
ocorra armazenamento de excretas no local de criação. Dessa forma, os
excretas são depositados nas próprias pastagens e os elementos contidos
nos dejetos são continuamente reciclados na natureza. Assim, em razão de
haver grande área relativa para recebê-los, o impacto que as dejeções dos
animais criados extensivamente causam ao ambiente é, em geral, pouco
significativo.
Por outro lado, as criações intensivas de animais são aquelas nas quais
os animais são alojados em instalações especializadas. Nesse caso, as excre-
tas podem ser acumuladas e causar poluição do solo e dos corpos d’água, e
os produtores necessitam usar camas feitas de cascas resultantes do proces-
samento de diversos produtos vegetais, para revestir o piso das suas instala-
ções, absorver a umidade e isolar termicamente a instalação. Esse material,
após o uso, por sua vez, torna-se também resíduo.
Com relação à avicultura, de acordo com o Cadastro de Avicultura do
Estado de São Paulo da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), foi
possível apresentar estimativas sobre a geração de resíduos sólidos (SÃO
PAULO, 2013f).
Com relação às aves destinadas à reprodução, somando os resíduos das
camas de aviário utilizadas no início de cada lote, para cada ave, resulta-se
em um total de 282.758 toneladas de resíduos sólidos (SÃO PAULO, 2013f).
No caso das aves destinadas ao corte, considerando a capacidade de alo-
jamento existente no estado de cerca de 122,7 milhões aves, a possibilidade
de 7 ciclos ao ano, a produção de excretas e os descartes de cama de aviário,
estima-se uma geração de cerca de 1.392.546 toneladas de resíduos sólidos
ao ano (SÃO PAULO, 2013f).
Os dejetos de suínos têm poder poluente de quatro a cinco vezes maior
que os dejetos humanos, e se não forem manejados adequadamente, po-
dem causar poluição e contaminação de solos e de corpos d’água e permitir
a formação de condições ideais para proliferação de insetos (moscas) e dis-
seminação de doenças por agentes patogênicos.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora
de Carne Suína (Abipecs), em 2008 havia cerca de 90 mil matrizes suínas
alojadas no estado de São Paulo. Cada matriz origina 22 suínos termina-
114
dos por ano, resultando em 1.980.000 leitões, o que totaliza 2.070.000 suínos.

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Com produção média de 2,35 kg de esterco por dia por suíno, de acordo com
dados de literatura, tem-se a produção de 4.864.500 kg por dia, totalizando
1.775.542 toneladas de resíduos sólidos por ano (SÃO PAULO, 2013e).
O plantel ovino e caprino do estado de São Paulo tem seu número estima-
do, visto que o Programa Estadual de Sanidade dos Caprinos e Ovinos está
em fase de implantação no estado. Com base nos dados estimados, a produ-
ção de excrementos dessas espécies animais pode ser verificada na Tabela 40.
Com relação à bovinocultura, baseado em dados da etapa novembro/2012
da Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, da CDA, no estado de
São Paulo verifica-se a existência de cerca de 10,5 milhões de cabeças de
bovinos.
Estima-se que o rebanho bovídeo (bovino e bubalino) paulista produza
116 mil toneladas de esterco por dia, totalizando 42 milhões de toneladas
por ano. A maior parte desse rebanho, 77%, é de gado de corte, sendo
responsável por 32 milhões de toneladas de esterco por ano. Ressalta-se
que, devido à maior parte do rebanho ser criado em pastagens, isto é, de
forma extensiva, esse volume de resíduos não é objeto deste diagnóstico.
O restante, cerca de 10 milhões de toneladas, é produzido por gado para
produção de leite, estabulado e não estabulado. Estimando-se que metade
do esterco seja produzida em condições de estabulação, conclui-se que há
cerca de cinco milhões de toneladas de esterco por ano produzidos nessas
condições.
Ainda com relação à bovinocultura, a partir de alguns pressupostos ad
hoc, como o percentual de mortalidade por categorias, tais como touros,
vacas, bezerros etc., e seus respectivos pesos médios, é possível estimar
a quantidade de biomassa bovina morta anualmente no estado de São
Paulo em cerca de 35 mil toneladas por ano. A Tabela 41 detalha essas
estimativas.

Tabela 40. Estimativa de produção de excrementos de caprinos e ovinos no estado de São Paulo no ano de 2012

Espécie Tamanho do rebanho estadual Produção de Produção de


esterco/ano/animal adulto esterco/ano do rebanho (t)

Caprinos 30.000 a 60.000 600 kg 18.000. a 36.000

Ovinos 350.000 a 500.000 1.500 kg 525.000 a 750.000

Fonte: SÃO PAULO (2013f), elaborado por SAA/CDA (2013).

Tabela 41. Estimativa da biomassa do gado morto por ano no estado de São Paulo em 2012

Indivíduos mortos Quantidade de biomassa morta (t/ano)

Gado de corte 77.191 19.415

Gado de leite 62.587 15.719

Total 139.778 35.134

Fonte: SÃO PAULO (2013f), elaborado por SAA/CDA (2013).

115
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 9.2.2. Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris de Origem Vegetal
Existem duas origens principais diferentes para os resíduos agrossilvo-
pastoris vegetais: os produzidos nas próprias culturas e os resíduos gerados
nas agroindústrias associadas.
Os resíduos sólidos com origem nas culturas e florestas, de modo geral,
são aqueles que decorrem da própria atividade de produção vegetal e que
tipicamente permanecem no solo do próprio local de produção.
A produção e/ou o beneficiamento da maior parte das culturas, na pro-
priedade rural, dá origem a volumes elevados de resíduos orgânicos. Estes
geralmente são incorporados ao solo durante o ciclo das culturas, como
fonte de matéria orgânica ou são utilizados para alimentação de animais.
Um exemplo é o caroço de algodão (a semente da planta), utilizado na ali-
mentação de gado bovino de leite ou de corte.
Os resíduos de culturas são incorporados ao solo por meio de tratos
culturais, com o objetivo de retornar ao solo os nutrientes inorgânicos (ni-
trogênio, fósforo e potássio e micronutrientes) e a própria matéria orgâni-
ca neles presentes. O teor de matéria orgânica do solo é um indicador de
sua fertilidade, razão pela qual se recomenda tecnicamente incorporar ao
solo os restos culturais. Não é tecnicamente viável, nem economicamente
lógico, nem ambientalmente correto considerá-los resíduos e retirá-los do
local de produção, pois os nutrientes que contêm são necessários à produ-
ção da próxima safra.
Com base nos dados da Cati/SAA sobre a produção agrária no esta-
do (SÃO PAULO, 2013f), do Diagnóstico dos Resíduos Orgânicos do Setor
Agrosilvopastroril e Agroindústrias Associadas, do Ipea (IPEA, 2012c), da
Associação Brasileira das Indústrias Biomassa e Energia Renovável (Abib)
(ABIB, [C2010]), e partindo do pressuposto que a maioria das culturas dei-
xa entre 10 e 20% da quantidade colhida de produto em biomassa de resí-
duos no solo, é possível uma estimativa da produção de resíduos agrícolas.
Cabe novamente ressaltar que esses resíduos são restos culturais que, via de
regra, são deixados no campo ou aproveitados no arraçoamento animal.
Com relação às principais culturas permanentes, a estimativa da produ-
ção de resíduos sólidos, em 2012, no estado de São Paulo foi de 8.055.180
t/ano, sendo que apenas a cultura de laranja foi responsável pela produção
de mais de sete milhões de toneladas/ano desses resíduos.
A estimativa de produção de resíduos sólidos das principais culturas tem-
porárias, no ano de 2012, no estado de São Paulo foi de 143.313.883 t/ano.
Dessas culturas, destaca-se a cana-de-açúcar para a indústria, responsável
pela produção de mais de 127 milhões de t/ano desses resíduos. Destacam-se
ainda, com produção de resíduos superior a 500 mil t/ano, as seguintes cultu-
ras: banana, cana para forragem, mandioca para a indústria, milho e soja.

9.3. Resíduos provenientes de petrechos de pesca


Os materiais utilizados nas atividades pesqueiras – sejam elas amado-
ras, artesanais ou industriais –, tais como, linhas, iscas, redes, anzóis, entre
outros, são denominados petrechos de pesca (PP). Esses materiais podem
ser abandonados, perdidos ou descartados (PP-APD) durante a prática da
pesca pelas embarcações, impactando, assim, o ecossistema marinho.
116
O principal impacto ambiental desses resíduos é a “pesca fantasma”, oca-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


sionada por equipamentos que continuam funcionando conforme projeta-
dos, capturando diferentes espécies, de interesse comercial ou não, além de
tartarugas, mamíferos e aves marinhas. Ademais, outros impactos podem
ser observados: a ingestão de PP-APD por animais que muitas vezes aca-
bam morrendo em consequência disso; a persistência do material sintético
no ambiente marinho, contribuindo com a degradação estética das praias,
desvalorizando-as para o turismo e lazer; os perigos à navegação, aos ba-
nhistas e aos mergulhadores; e o alto custo das operações de recolhimento
desses petrechos no ambiente marinho.
Estima-se que 10% de todos PP utilizados na atividade de pesca mundial
são perdidos, sendo gerados cerca de 640 mil toneladas/ano de PP-APD (FAO,
2009). A pesca realizada na costa brasileira corresponde a 1% da pesca mun-
dial e o estado de São Paulo é responsável por pelo menos 5% da atividade de
pesca marinha do país. Diante disso, estima-se que seriam gerados cerca de
320 t/ano de resíduos provenientes dos petrechos de pesca em São Paulo.
Embora a atividade de pesca ocorra em toda a costa do estado de São
Paulo – com aproximadamente 700 km de extensão –, ainda existem pou-
cas informações oficiais sobre as quantidades e os impactos do PP-APD. A
maioria das pesquisas desenvolvidas atualmente analisa o PP-APD encon-
trado apenas nas praias, devido ao alto custo de equipamentos de detecção,
monitoramento e mergulhos de limpeza.
O Instituto de Pesca, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios (Apta), da SAA, em parceria com a Fundação Florestal, vin-
culada à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, vem realizando estudos
sobre a extensão e natureza dos problemas relacionados aos PP-APD, por
meio de sondagem e recolhimento desses materiais. Dentre eles, destaca-se o
Projeto Remoção e Pesquisa de Petrechos de Pesca Perdidos, Abandonados ou
Descartados no Mar, iniciado em 2010, cujos principais objetivos são ampliar
o conhecimento sobre o PP-APD, prevenir e mitigar os passivos ambientais
e contribuir para a gestão costeira. Esse estudo está sendo desenvolvido nas
áreas submersas do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (PEMLS), do
Parque Estadual Xixová-Japuí (PEXJ), da Estação Ecológica dos Tupinam-
bás, da ARIE Queimada Grande e da Estação Ecológica dos Tupiniquins.
Ainda que nessas áreas a pesca seja proibida, foram recolhidos aproxi-
madamente 2 toneladas de PP-APD de diversas origens e tipologias, como
redes de emalhar, redes de arrasto e espinhel, compostos por polímeros
sintéticos de longa permanência no ambiente marinho (poliamida, polie-
tileno, polipropileno e poliéster), provenientes das mais diferentes moda-
lidades de pesca.
A simples retirada de circulação do PP-APD do ambiente marinho re-
presenta importante ação para minimizar os impactos, mas o entendimento
da origem, finalidade, composição e a quantificação desse material se torna
essencial para medidas proativas que visem a reduzir esse tipo de impacto,
principalmente em áreas protegidas. O PP-APD, quando estudado, pode
fornecer importantes subsídios para o aprimoramento da gestão pesqueira,
dos planos de manejo de áreas marinhas protegidas e auxiliar na gestão ade-
quada dos resíduos sólidos das re­giões costeiras do estado de São Paulo.
117
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 10. RESÍDUOS INDUSTRIAIS
A PNRS, adotada neste Plano Estadual para efeitos de classificação de
resíduos quanto à origem, define resíduos industriais como aqueles gera-
dos nos processos produtivos e em instalações industriais. Vale pontuar,
entretanto, que a PERS amplia esse escopo, incluindo na categoria de re-
síduos industriais aqueles apresentados neste documento como resíduos
de mineração e dos serviços públicos de saneamento básico.
O estado de São Paulo, segundo a Agência Paulista de Promoção de
Investimentos e Competitividade (Investe São Paulo)42, concentrava cer-
ca de 38% do Valor da Transformação Industrial (VTI) brasileiro no ano
de 2009, somando cerca de US$ 129 bilhões.
Dentre as 24 divisões da indústria de transformação investigadas pela
Pesquisa Industrial Anual do IBGE, cinco contribuíram com cerca de
55% dessa quantia. Em valores absolutos, a fabricação de veículos auto-
motores, reboques e carrocerias esteve à frente das demais, superando
a casa dos US$ 18 bilhões. Em seguida, encontravam-se os setores de
alimentos (US$ 17 bilhões); coque, derivados do petróleo e biocombus-
tíveis (US$ 14 bilhões); produtos químicos (US$ 12 bilhões); e máquinas
e equipamentos (US$ 9 bilhões). A Tabela 42 mostra o VTI atribuído a
cada seção da indústria de transformação paulista.
Observa-se pela Tabela 42 que, apesar de não responderem por par-
celas tão significativas em termos de valores absolutos, outros segmentos
da indústria merecem destaque. Um deles é o de produtos farmoquími-
cos e farmacêuticos, no qual a participação do estado de São Paulo em
relação ao Brasil foi de 70% do VTI. O estado contribuiu ainda com mais
de 50% do VTI nacional nos setores de máquinas e equipamentos; veícu-
los automotores, reboques e carrocerias; máquinas, aparelhos e materiais
elétricos; borracha e plástico; e produtos químicos.
A elevada complexidade tecnológica da estrutura produtiva industrial
paulista é reforçada pela significativa presença de empresas inovadoras e
pela concentração de serviços intensivos em informação e conhecimen-
to, que acabam por agregar alta qualificação para o desenvolvimento de
novos produtos, processos e atividades de Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D). Em 2008, o estado de São Paulo respondeu por 50% dos investi-
mentos em atividades inovativas realizados pela indústria no país e por
54% dos dispêndios realizados pelo setor em atividades internas de Pes-
quisa e Desenvolvimento.
A Tabela 43 mostra o número de estabelecimentos industriais existen-
tes e o pessoal ocupado nas indústrias do estado de São Paulo, segundo o
Cadastro Central de Empresas 2011 do IBGE.
Pode-se perceber que, em média, as indústrias ocupam cerca de 23
empregados por unidade, número muito próximo de caracterizá-las
como microempresas, isto é, empresas com até 19 empregados, segundo

42 Disponível em www.investe.sp.gov.br

118
Tabela 42. Valor de Transformação Industrial, segundo as seções da indústria de transformação do estado de São Paulo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Seções e divisões Valor Estado de São Paulo/
(em US$ milhão) Brasil (%)

Total 129.304 37,9

Indústria extrativa 662 2,0

Indústria de transformação 128.652 41,7

Alimentos 17.467 36,2

Bebidas 2.733 23,2

Fumo 34 1,3

Têxtil 2.593 41,5

Vestuário e acessórios 2.560 34,5

Artefatos de couro, artigos para viagem e calçados 832 15,2

Madeira 790 23,1

Papel de celulose 4.929 46,2

Impressão e reprodução de gravações 1.494 44,0

Coque, derivados do petróleo e de biocombustíveis 13.615 37,8

Produtos químicos 12.356 51,7

Produtos farmoquímicos e farmacêuticos 6.580 70,0

Borracha e plástico 6.240 51,7

Minerais não-metálicos 4.201 35,2

Metalurgia 4.833 25,8

Produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos 6.878 48,8

Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos 2.952 35,1

Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 4.759 52,8

Máquinas e equipamentos 8.659 57,4

Veículos automotores, reboques e carrocerias 18.395 53,9

Outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores 1.877 37,8

Móveis 1.029 26,5

Produtos diversos 1.669 48,0

Manutenção, recuperação e instalação de máquinas e equipamentos 1.178 28,3

Fonte: IBGE [2009?] (adaptado), elaborado por SMA e CETESB (2013).

Tabela 43. Número de estabelecimentos industriais no estado de São Paulo por tipo e pessoal ocupado

Tipo de indústria Número de unidades locais Pessoal ocupado

Indústrias extrativas 1.567 19.526

Indústrias de transformação 129.545 2.972.794

Total 131.112 2.992.320

Fonte: IBGE (2013), elaborado por CETESB (2013).

119
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae;
Dieese, 2012).
O Sebrae, em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísti-
ca e Estudos Socioeconômicos (Dieese), publicou o Anuário do Trabalho
na Micro e Pequena Empresa – 2012, onde estima que existam cerca de
190.000 unidades industriais compostas por micro e pequenas empresas
no estado de São Paulo. Também nesse estudo estima-se que cerca de
90% desses estabelecimentos sejam formados por empreendimentos in-
dividuais e sem empregados.
Independentemente das diferenças entre os números apresentados
pelo IBGE e pelo Sebrae, que não cabe nesse documento discutir, fica
claro que a grande maioria dos empreendimentos existentes no estado é
composta por microempresas individuais.
Muito embora o estado de São Paulo tenha posição de destaque no
cenário nacional, a distribuição geográfica de seu parque industrial não
é homogênea, concentrando-se na RMSP, RMBS, RMVPLN, RMC e no
eixo São Paulo-Sorocaba. Para efeito deste Plano, essas regiões serão
consideradas como regiões com vocação industrial; a região nordeste,
com vocação em industrialização; a região do Vale do Ribeira e Lito-
ral Sul, com vocação de conservação; e o oeste do estado, com vocação
agroindustrial, concentrando, também, as indústrias alimentícias e de
produção de biocombustíveis. A Figura 41 mostra essa divisão por re-
gião vocacional.

Figura 41. Regiões do estado de São Paulo por vocação de uso do solo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
15 01-Mantiqueira 12-Baixo Pardo/Grande
MS 18 08 02-Paraíba do Sul 13-Tietê/Jacaré
12 03-Litoral Norte 14-Alto Paranaparema
04-Pardo 15-Turvo/Grande
05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí 16-Tietê/Batalha
19 06-Alto Tietê 17-Médio Paranaparema
07-Baixada Santista 18-São José dos Dourados
08-Sapucai/Grande 19-Baixo Tietê
04 09-Mogi-Guaçu 20-Aguapeí
10-Tietê/Sorocaba 21-Peixe
20 16 11-Ribeira de Iguape/Litoral Sul 22-Pontal do Paranaparema

21 09
22º0'0" S

13
22
MG RJ
17 01
05
02
10
PR 06
14 03
24º0'0" S

07
Legenda ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
Limite Municipal
11 25 0 25 50 km
DATUM HORIZONTAL:
SIRGAS 2000
Limite Estadual FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Vocação da UGRHI Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000
Industrial Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000 DATA: 28/08/2013
Em Industrialização
Conservação
Agropecuária

Fonte: CETESB (2012a), elaborado por CETESB (2012).

120
10.1. Estimativas de Geração de Resíduos Sólidos Industriais

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Os trabalhos de levantamento de dados das fontes geradoras de resíduos
sólidos industriais constituem-se em importantes ferramentas para a ges-
tão dos resíduos. Por meio deles, poder-se-ia quantificar o mercado, avaliar
as demandas para reciclagem, tratamentos e disposições finais, planejar
ações e corrigir rotas para a obtenção de melhores resultados econômicos
e ambientais. Embora a legislação vigente atribua ao gerador a responsa-
bilidade da gestão ambientalmente segura de seus resíduos, supõe-se que
a maioria das unidades industriais não tenha porte ou capacidade técnica
e econômica para, por si só, dar conta de todas as etapas de gestão dos re-
síduos sólidos, desde a não geração até a destinação dos rejeitos. Esse fato
propicia o aparecimento de inúmeras empresas prestadoras de serviços que
se encarregam de parte ou de todo o ciclo entre a caracterização e a desti-
nação desses resíduos.
Por outro lado, a apropriação em tempo real das informações sobre a
geração de resíduos de 131.000 unidades industriais e de centenas de pres-
tadores de serviço não é ainda alcançável pela agência ambiental, que não
dispõe dos meios necessários para tal.
A opção para a obtenção de um quadro sobre a geração de resíduos
sólidos industriais foi então a elaboração de inventários sobre uma amos-
tra não aleatória de unidades industriais existentes, procurando levantar
as maiores geradoras por tipologia industrial, de modo a priorizar aquelas
unidades ou tipologias que fossem grandes geradoras de resíduos em geral
e de resíduos perigosos em particular. Como a amostragem não é aleatória,
os resultados encontrados não podem ser extrapolados para o conjunto de
indústrias existentes no estado.
Nesse sentido, no final da década de 1970 e início da década de 1980,
a Cetesb realizou levantamentos industriais em regiões pré-estabelecidas
e, como produto desses levantamentos, pôde-se estabelecer critérios para
identificar que tipos de empreendimentos seriam geradores reais ou poten-
ciais de significativa quantidade de resíduos perigosos.
Em 1983, a Cetesb iniciou um programa específico para controle da
poluição por resíduos industriais em Cubatão. Em 1986, o programa esten-
deu-se para as regiões do Vale do Paraíba, Sorocaba e Campinas. Esses pro-
gramas iniciaram-se com a realização de levantamentos industriais, seleção
de fontes prioritárias e estabelecimento de procedimentos para o controle
e, desde então, vêm se desenvolvendo em todo o estado de São Paulo.
Em 1996, a Cetesb realizou um levantamento de dados, cobrindo todas
as regiões do estado. Na época, observou-se que as indústrias inventariadas
do estado de São Paulo geraram, por ano, mais de 500 mil toneladas de
resíduos sólidos perigosos, cerca de 20 milhões de toneladas de resíduos
sólidos não-inertes e não-perigosos e mais de um milhão de toneladas de
resíduos inertes.
Em 2010, um inventário semelhante, porém baseado em declarações
voluntárias por parte das indústrias, foi realizado. A experiência mostrou
que ainda não havia maturidade para que informações dadas em caráter
voluntário pudessem ser apropriadas e validadas. As dificuldades foram
de todo tipo, abrangendo desde a falta de resposta de parte do universo
121
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo inventariado, até erros de quantificação e de unidades de medida e falhas
de informação quanto aos resíduos que eram armazenados para em segui-
da serem encaminhados para tratamento e destinação e aqueles que eram
armazenados aguardando solução (passivos). Ocorreram, também, falhas
nos sistemas de informação online onde os questionários eram disponibili-
zados para preenchimento. A superação dessas falhas necessitava de recur-
sos técnicos e de tempo de que a Cetesb não dispunha na época. Mesmo
assim, os resultados relativos à geração de resíduos por tipologia e por clas-
se podem ser utilizados para representar um quadro mais atual.
Assim, os dados hoje disponíveis sobre a geração de resíduos e suas ca-
racterísticas têm 2010 como ano base. Os dados referem-se a uma amostra
não aleatória de 1.234 empreendimentos. A escolha das unidades indus-
triais foi baseada na Resolução Conama no 313, de 29 de outubro de 2002,
e as linhas de corte utilizadas foram número de funcionários maior que
150, para empresas em geral, e número de funcionários maior que 70, para
empresas químicas. As tipologias selecionadas foram:
• indústrias de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro,
artigos de viagem e calçados (Divisão 19 da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas – CNAE);
• fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nu-
cleares e produção de álcool (Divisão 23 – CNAE);
• fabricação de produtos químicos (Divisão 24 da CNAE);
• metalurgia básica (Divisão 27 da CNAE);
• fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (Di-
visão 28 – CNAE);
• fabricação de máquinas e equipamentos (Divisão 29 – CNAE);
• fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de informática
(Divisão 30 – CNAE);
• fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias
(Divisão 34 – CNAE);
• fabricação de outros equipamentos de transporte (Divisão 35 – CNAE); e
• galvanoplastias.

Para a amostra pesquisada, foram relatadas as quantidades de resíduos


mostradas na Tabela 44.

Tabela 44. Estimativas de geração de resíduos industriais no estado de São Paulo em 2010, em função da sua classificação
segundo a ABNT NBR 10004:200443
Tipo de Resíduo Geração (t/ano)
Classe I – Perigoso 704.498
Classe II – Não Perigoso (II A – Não Inerte + II B – Inerte) 95.135.425
Total 95.839.923

Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

43 Não foram incluídas 172.215 toneladas de solo contaminado – Classe I – Perigoso.


122
A Figura 42 mostra a distribuição do número de empreendimentos in-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


dustriais no estado de São Paulo por tipologia industrial.
A Figura 43 mostra a distribuição das quantidades de resíduos declara-
das em função de sua classificação em 2010 (ABNT NBR 10004:2004).
A Figura 44 apresenta a distribuição percentual das quantidades de resí-
duos Classe I – Perigoso geradas por tipologia industrial em 2010. Pode-se
verificar que os grupos das indústrias Metalúrgicas e Químicas respondem
por praticamente 60% da geração de resíduos perigosos.

Figura 42. Distribuição do número de empreendimentos industriais no estado de São Paulo por tipologia industrial
0 100 200 300 400 500

Química
Açúcar e álcool
Metalúrgicas/produtos metálicos
Máquinas e equipamentos
Materialtransporte/montadoradeautos
Alimentos/bebidas
Mineral não metálico
Celulose/papel
Coque/refino
Couro/calçados
Têxtil
Material elétrico
Borracha/plástico
Madeira
Outros

Fonte: BRASIL (2013c) (adaptado), elaborado por SMA e CETESB (2013).

Figura 43. Distribuição das quantidades de resíduos por Classe em 2010


0,7%

99,3% Classe I
(704.498 t/ano)
Classe II
(94.135.425 t/ano)
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

Figura 44. Distribuição da geração de resíduos perigosos por tipologia industrial em 2010
Celulose e papel
8% 7% 4% 4%
9% Máquinas e equipamentos
10% Outros
Metalúrgicas e produtos metálicos
30% Químicas
28%
Material elétrico
Coque e refino de petróleo
Material transporte e montadores e autos
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

123
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 45. Distribuição da geração de resíduos não perigosos por tipologia industrial em 2010
6% 2% 3% 1% 1%
1% Celulose e papel
Usinas de açúcar e álcool
Outros
86%
Metalúrgicas e produtos metálicos
Químicas
Alimentos e bebidas
Material transporte e montadores e autos
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

Figura 46. Distribuição da geração de resíduos não perigosos por tipologia industrial em 2010, exceto indústrias de
açúcar e álcool

4% 7% 8%
23% Celulose e papel
Outros
15% 43% Metalúrgicas e produtos metálicos
Químicas
Alimentos e bebidas
Material transporte e montadores e autos
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

A Figura 45 apresenta a distribuição percentual das quantidades de resí-


duos Classe II – Não Perigosos (agregadas as Classes II A e II B) por tipolo-
gia industrial em 2010. Pode-se verificar que ainda o grupo agroindustrial,
representado aqui pelas indústrias de açúcar e álcool, responde por prati-
camente 86% da geração desses resíduos.
Com relação a essa tipologia de resíduos, os dados disponíveis na Ce-
tesb indicam que quase a totalidade dos resíduos gerados no segmento
agroindustrial (indústrias de açúcar e álcool) é utilizada dentro do pró-
prio processo como insumo energético (queima do bagaço em caldeiras) e
como insumos agrícolas nas áreas de plantio (terras de filtração, composto,
vinhaça). A agregação dos dados para o ano de 2010, agora descontados
os resíduos gerados nesse segmento industrial, está mostrada na Figura
46. Nota-se que nesse arranjo o grupo industrial mais importante é aquele
representado, novamente, pelas indústrias do grupo metalúrgico.
Os dados também foram agregados por região do estado em função de suas
características vocacionais e os resultados estão apresentados na Tabela 45.

Tabela 45. Estimativas de geração de resíduos sólidos industriais por região vocacional do estado de São Paulo – amostra
não aleatória de 1.234 empreendimentos
Vocação de Uso e Ocupação Classe I (t/ano) Classe II (t/ano)
Agroindustrial 24.352 32.324.631
Em Industrialização 47.764 42.199.910
Industrial 280.962 12.328.044
Industrial (Região Metropolitana de São Paulo) 318.254 4.831.428
Conservação 33.167 3.451.412
Total 704.498 95.135.425
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).
124
Figura 47. Distribuição da geração de resíduos industriais perigosos em função da vocação regional do estado

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


5% 3%
7%

45% Região – Vocação Conservação


40% Região – Vocação Agroindustrial
Região – Vocação em Industrialização
Região – Vocação Industrial
Região – Vocação Industrial RMSP

Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

Figura 48. Distribuição da geração de resíduos industriais não perigosos em função da vocação regional do estado

5% 4%
13%
44% Região – Vocação em Industrialização
Região – Vocação em Agroindustrial
34%
Vocação – Industrial
Vocação – Industrial – RMSP
Região – Vocação Conservação
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

A Figura 47 apresenta a distribuição da geração de resíduos industriais


Classe I – Perigosos em função das regiões vocacionais do estado. Nota-
se que, como não poderia deixar de ser, as maiores concentrações de re-
síduos perigosos se apresentam nas regiões industrializadas, justamente
onde se concentram as indústrias químicas e metalúrgicas.
A Figura 48 apresenta a distribuição da geração de resíduos industriais
Classe II – Não Perigoso (Classe II A e II B) em função das re­giões voca-
cionais do estado. Nota-se que as maiores concentrações de resíduos não
perigosos se apresentam nas regiões em industrialização e agroindustrial,
justamente onde se concentram a maioria das agroindústrias, em especial
as indústrias de açúcar e álcool.
Como ficou demostrado nos parágrafos anteriores, o setor da agroin-
dústria é o principal produtor de resíduos Classe II do estado, embora
praticamente todos os resíduos sejam reutilizados, reprocessados ou uti-
lizados no próprio setor.
A Tabela 46 apresenta as estimativas de geração de resíduos na agroin-
dústria de açúcar e álcool para a safra de 2012 (abril a novembro). Ob-
serva-se que, além da grande quantidade de resíduos sólidos gerados, há
uma considerável quantidade de vinhaça.
Segundo a SAA, as três principais culturas temporárias no estado são
a cana-de-açúcar, milho e soja, e as três principais culturas perenes são as
cítricas, café e uva. Nota-se que o estado possui importante parque agroin-
dustrial para processamento dessas safras (produção de açúcar e álcool,
sucos e óleos) que geram uma quantidade considerável de resíduos. São
Paulo é responsável por 56% da produção de açúcar e álcool e 73% dos
citrus do país. Nas outras culturas sua participação é mais modesta.
125
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 46. Estimativa da produção dos principais resíduos originados na agroindústria da cana-de-açúcar no estado de
São Paulo em 2012 – safra de abril a novembro
Moagem e produção de energia kg/t cana t/safra
Produção total de cana-de-açúcar – 406.152.815
Resíduo de terra de lavagem 14,2 5.767.370
Resíduo de torta de filtro 49,3 10.568.316
Quantidade total estimada de bagaço 220 89.353.619
Quantidade estimada de cinzas 2,06 836.675
Quantidade estimada de fuligem de chaminé 11,76 4.776.357
Lixo de varrição 0,04 16.246
Quantidade estimada de óleo lubrificante 2,76 1.120.982
Lixo de restaurante 0,02 8.123
Total de resíduos gerados – 112.447.688

Produção de etanol m3/m3 etanol m3


Produção total de etanol (anidro e hidratado) – 11.597.637
Produção estimada de vinhaça 10,85 125.834.361

Fonte: ELIA NETO (2010) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2013).

10.2. Reciclagem, Reprocessamento, Tratamento e Disposição Final


A legislação vigente atribui a responsabilidade sobre a gestão dos re-
síduos sólidos industriais à própria fonte geradora, não havendo distin-
ção sobre o porte e a qualidade dos resíduos gerados. Dessa forma, toda
e qualquer unidade industrial deveria ser capaz de reduzir, reutilizar, re-
ciclar, tratar e dispor seus resíduos. Conforme já discutido anteriormen-
te, considerando o número de empresas e o pessoal ocupado, a média de
trabalhadores no estado é entre 22 e 23 empregados por unidade, sendo
ainda esperado que a grande maioria dos empreendimentos seja de porte
ainda menor, composta por empresas individuais. Isso leva à reflexão de
que, para esse segmento, os resíduos gerados são descartados junto à coleta
municipal regular, independentemente de sua classificação.
Também é conveniente explicitar que o sistema de licenciamento e de
registro leva a considerar prioritariamente a atividade principal de uma
instalação. Em alguns casos em que a empresa possui diversas atividades
secundárias licenciadas em um mesmo empreendimento, as mesmas po-
dem não ser identificadas durante as pesquisas. Muitas empresas utilizam
materiais reciclados (papel, papelão, metais ferrosos e não ferrosos etc.)
como fonte de matéria prima secundária ou alternativa e essa atividade de
reprocessamento e reuso não aparece explicitamente no seu licenciamen-
to. Por outro lado, a Cetesb ainda não dispõe de um sistema de controle
(manifesto de carga) de cada uma das cargas enviadas para reprocessamen-
to, tratamento ou disposição. A documentação que ainda é utilizada e que
possibilita algum conhecimento é denominada Certificado de Movimenta-
ção de Resíduos de Interesse Ambiental (Cadri), o qual indica que a insta-
lação de destino (transbordo e depósito temporário, reprocessamento, re-
ciclagem, tratamento e destinação final) está devidamente licenciada para
receber e processar os resíduos declarados na quantidade especificada.
126
Nota-se que nem todos os resíduos industriais são abarcados por esse sis-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


tema, tendo em vista que uma grande massa de materiais não perigosos e
não considerados de interesse ambiental circula entre as unidades gerado-
ras e as unidades receptoras sem registro dessas cargas.
O registro e o licenciamento de atividades como receptoras de resíduos
são dados primordialmente para aquelas unidades que manipulam resí­
duos sujeitos a obtenção do Cadri. Assim, empresas que manipulem resí­
duos não considerados de interesse, ou produtos obtidos a partir destes,
podem não aparecer nas pesquisas.
Além disso, uma parcela considerável de resíduos perigosos gerados em São
Paulo é exportada para coprocessamento em fornos de cimento nos estados li-
mítrofes, assim como para incineração nos estados do Rio de Janeiro e Bahia.
Considerando as limitações descritas, os dados de registro de atividades
relacionadas à manipulação de resíduos estão apresentados na Tabela 47.
A Figura 49 mostra o mapa da distribuição dessas unidades no estado de
São Paulo. A Tabela 48 apresenta a distribuição das áreas municipais onde
há ocorrência de destinação final de resíduos industriais no estado de São
Paulo e a Figura 50 mostra o mapa com essas informações.

Tabela 47. Número de instalações licenciadas para manuseio de resíduos sólidos industriais
Tipo de instalação Número de unidades
Armazenamento temporário e transbordo 20
Reprocessamento, reciclagem, blendagem e tratamento 164
44
Coprocessamento em fornos de cimento 3
Incineração de resíduos perigosos 4
45
Aterros para resíduos perigosos 4
Aterros exclusivos para resíduos não perigosos 2
Aterros sanitários com codisposição de resíduos não perigosos 21
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

Tabela 48. Distribuição das áreas municipais onde há ocorrência da destinação final dos resíduos industriais no estado
de São Paulo
Destinação final de resíduos sólidos industriais Município
Armazenamento e transbordo de resíduos Americana, Arujá, Barueri, Campinas, Cotia, Itaquaquecetuba,
sólidos industriais Limeira, Maua, Meridiano, Rio Claro, São Paulo, Taboão da Serra,
Valinhos e Votuporanga.
Aterros de resíduos perigosos Caieiras, São José dos Campos, Sorocaba e Tremembé.
Aterros exclusivos para resíduos não perigosos Mauá e São José dos Campos.
Aterros sanitários com codisposição de Cachoeira Paulista, Caieiras, Catanduva, Guará, Guatapará,
resíduos não perigosos Indaiatuba, Iperó, Itapevi, Jambeiro, Jardinópolis, Mauá, Onda
Verde, Paulínia, Piratininga, Quatá, Rio Claro, Rio das Pedras,
Santana de Parnaíba, Santos, São Paulo, Tremembé.
Empresas coprocessadoras de resíduos – fornos Salto de Pirapora, Cajati e Ribeirão Grande.
de cimento
Incineradores resíduos sólidos industriais Cosmópolis, Guaratinguetá, Suzano e Taboão da Serra.
Fonte: CETESB (2010), elaborado por CETESB (2013).

44 Duas unidades que coprocessam pneus.


45 Três dos aterros recebem resíduos perigosos e não perigosos.
127
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Figura 49. Distribuição espacial das unidades licenciadas de tratamento de resíduos sólidos industriais no estado de
São Paulo

52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S
RJ

Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual PR

24º0'0" S
Unidades de tratamento de resíduos sólidos industriais
19 unidades
15 unidades ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
8 unidades DATUM HORIZONTAL:
7 unidades 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
6 unidades FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
4 unidades Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
3 unidades Resíduos Industriais: CETESB, 2013 DATA: 15/10/2013
2 unidades
1 unidade
Não possui

Fonte: CETESB (2012a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura 50. Distribuição das áreas municipais onde há ocorrência da destinação final dos resíduos industriais no estado
de São Paulo

52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

Legenda
Limite Municipal PR
Limite Estadual
24º0'0" S

Destinação Final dos Resíduos Sólidos Industriais (RSI)


Não possui
Aterro de resíduos perigosos SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Aterro exclusivo para resíduos não perigosos DATUM HORIZONTAL:
25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Aterro sanitário com codisposição de resíduos não perigosos
Empresa coprocessadora de resíduos – fornos de cimento FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Incinerador de RSI Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Armazenamento e transbordo de RSI Resíduos Industriais: CETESB, 2013 DATA: 08/10/2013
1 unidade no município
2 unidades no município
5 unidades no município

Fonte: CETESB (2012a), elaborado por SMA/CPLA (2013).

128
11. RESÍDUOS DE MINERAÇÃO

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


De acordo com o estabelecido na PNRS, os resíduos de mineração (RM)
são aqueles gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento
de minérios. Por outro lado, na PERS, os resíduos provenientes das ativi-
dades de mineração e extração estão incluídos entre os resíduos sólidos
industriais.
Observa-se que, para este diagnóstico, optou-se por abordar os resíduos
de mineração em um item específico, considerando as definições da PNRS.
Ressalta-se, porém, que alguns tipos de minérios, como a bauxita, o ferro,
o fosfato, o calcário, bem como algumas substâncias minerais energéticas,
como o petróleo e o carvão mineral, as quais passam por um processo de
beneficiamento com características industriais, não são abordadas neste
item, pois os resíduos gerados nesses processos foram considerados no
item relativo aos resíduos sólidos industriais.
Conforme o Código de Minas (Decreto-Lei Federal no 227, de 28 de
fevereiro de 1967), a atividade de mineração é regulada pelo sistema de
concessão mineral brasileiro. Seu controle é realizado pelo Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM), do Ministério de Minas e Energia
(MME), em consonância com o licenciamento ambiental executado pelos
órgãos estaduais, distrital e federal de meio ambiente.
As normas específicas para o licenciamento ambiental de extração mi-
neral são: a Resolução Conama no 9, de 6 de dezembro de 1990, e a Decisão
de Diretoria no 025/2014/CI, de 29 de janeiro de 2014, da Cetesb, a qual
disciplina o licenciamento ambiental das atividades minerárias no estado
de São Paulo.
A atividade de mineração é constituída por pesquisa mineral e por la-
vras (a céu aberto, subterrânea, garimpeira, exploração de fonte de água
mineral/potável/águas termais).
Conforme informações da Subsecretaria de Mineração da Secretaria Es-
tadual de Energia, o estado de São Paulo é a maior região consumidora de
bens minerais do hemisfério sul e o terceiro maior produtor de minérios do
país. As atividades de mineração em São Paulo movimentam cerca de US$
1 bilhão por ano e são estratégicas para o desenvolvimento do estado, com
destaque para o setor de habitação (areia, pedra britada, calcário e argila).
No estado de São Paulo, em função dos tipos de minérios explotados,
as principais técnicas de mineração adotadas são o desmonte hidráulico, a
dragagem, a escavação e o desmonte por explosivos, predominando a ex-
tração em minas a céu aberto de substâncias não-metálicas.
De acordo com o levantamento do DNPM de 2010, o estado de São
Paulo possuía, naquele ano, um total de 596 minas com produção bruta
anual acima de 10.000 t/ano. O número de minas, considerando o porte,
por substância extraída, é apresentado na Tabela 49.
As características geológicas do território paulista, associadas às de-
mandas decorrentes do crescimento urbano e industrial, têm propiciado a
nucleação da atividade de mineração em zonas específicas. Isto acaba pro-
movendo a formação de pólos produtores regionais com o adensamento

129
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo de áreas impactadas pela extração mineral, tais como a RMSP, o cinturão
Sorocaba-Itu-Campinas, o Vale do Paraíba, o Vale do Ribeira e municípios
adjacentes de Itapeva, Apiaí e Capão Bonito.
O cenário da situação atual do mercado produtor mineral no estado de
São Paulo é apresentado no Mapa da Produção Mineral do Estado de São
Paulo (MPM-ESP) (Figura 51).
Com caráter prospectivo, o MPM-ESP permite a visualização de onde
ocorre a produção mineral paulista, apresentando, dentro de uma mes-
ma base cartográfica: as regiões administrativas e seus respectivos muni-
cípios; a distribuição das habilitações incidentes no território paulista para
minas em operação das substâncias minerais lavradas; uma base geológica
simplificada; a distribuição das principais Unidades de Conservação (UC)
no estado de São Paulo; a infraestrutura primária de transporte rodoviário
e dos principais terminais hidroviários; delimitação das regiões já estuda-
das pelo IPT (ou programadas para estudo) com formulação de modelos
de zoneamento minerário pela metodologia de Ordenamento Territorial
Geomineiro (OTGM); e dados indicativos da evolução recente da arreca-
dação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais
(CFEM) no território paulista.

Tabela 49. Número de minas por porte no estado de São Paulo – consideradas as minas com produção bruta acima de
10.000 t/ano
Classe/Substância Grandes Médias Pequenas Subtotal
Metálicos
46
Alumínio (Bauxita) 1 1
Não-metálicos
Areia 1 86 194 281
Areias industriais 1 4 2 7
Argilas 17 103 120
46
Calcário 4 9 11 24
Caulim 5 5
46
Dolomito e Magnesita 2 2
46
Fosfato 1 1 2
Rochas (Britadas) e Cascalho 33 76 24 133
Rochas Ornamentais 1 1
Rochas Ornamentais – Outras 1 1
Saibro 6 6
46
Talco e outras Cargas Minerais 2 11 13
Total 40 197 359 596

Fonte: BRASIL (2010b), elaborado por CETESB (2013).


Observação: Grande – Produção bruta anual maior que 1.000.000 toneladas;
Média – Maior que 100.000 até 1.000.000 toneladas;
Pequena – Maior que 10.000 até 100.000 toneladas.

46 Para o presente diagnóstico não serão considerados os resíduos gerados no beneficiamento dessas substâncias, uma

vez que foram considerados no item relativo aos resíduos sólidos Industriais.

130
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
Figura 51. Produção mineral do estado de São Paulo (MPM-ESP) – 2013

Fonte: IPT, SECRETARIA DE ENERGIA (2013) (adaptado).


131
132
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
Os números de habilitações existentes no território paulista, obtidos a

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


partir dos dados do DNPM – Cadastro Mineiro e Sistema de Informações
Geográficas da Mineração (Sigmine) –, são apresentados na Tabela 50.
A mineração no estado de São Paulo se distingue por ter sua produção
voltada predominantemente para o consumo interno. Porém, contribui
também para o abastecimento de insumos para diversos setores da indús-
tria de transformação, para a agricultura e, de forma vigorosa, para o com-
plexo industrial da construção civil. Assim, participou, nas últimas déca-
das, na sustentação da expansão e consolidação do maior conglomerado
urbano e industrial da América do Sul.
Na Tabela 51 são apresentadas as quantidades de produção de minério
no estado de São Paulo, no ano de 2009, a partir das informações constan-
tes do Anuário Mineral Brasileiro – 2010, elaborado pelo DNPM.

Tabela 50. Quantidade de habilitações para atividades de mineração presentes no território paulista, com data base de
28/06/2013
Regimes de habilitação Quantidade de habilitações
Regime de Concessão de Lavra (RCL) 1732
Regime de Licenciamento (RLi) 852
Regime de Extração (REx) 19
Total de habilitações 2603

Fonte: IPT (2013), elaborado por CETESB (2013).

Tabela 51. Quantidade de produção de minério do estado de São Paulo no ano de 2009
Substância Produção de minério (t)
Bruta Beneficiada
Areia 74.437.247 7.988.731
Areia industrial 3.913.738 3.143.541
Argilas comuns 8.784.749 1.173.689
Argilas refratárias 58.768 1.214
Bentonita e argilas descorantes 69.104 28.524
Caulim 138.809 87.064
Quartzito industrial 175.189 207.643
Rochas (britadas) e cascalho 73.090.032 71.912.749
Rochas ornamentais (granito e afins) 20.802 6.677
Saibro 575.562 –
Turfa 27.054 10.224

Fonte: BRASIL (2010b), elaborado por CETESB (2013).

11.1. Caracterização dos resíduos gerados


Na atividade de mineração são gerados dois tipos principais de resíduos
sólidos: os estéreis e os rejeitos. Os estéreis são os materiais escavados, ge-
rados no decapeamento da mina, não tendo valor econômico. Os rejeitos

133
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo são resultantes dos processos de beneficiamento a que são submetidas as
substâncias minerais. Esses processos têm a finalidade de padronizar o ta-
manho dos fragmentos, remover minerais associados sem valor econômi-
co e aumentar a qualidade, pureza ou teor do produto final.
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), na Resolução no
29, de 11 de dezembro de 2002, em seu artigo 1o, define estéril como qual-
quer material não aproveitável como minério e descartado pela operação
de lavra antes do beneficiamento, em caráter definitivo ou temporário. Re-
jeito é definido como material descartado proveniente de plantas de bene-
ficiamento de minério.
Para fins deste diagnóstico, os resíduos de mineração podem ser miné-
rios pobres, estéreis, rochas, sedimentos de cursos d’água e solos, além de
rejeitos da mineração de agregados para construção civil, de rochas orna-
mentais e argilas (incluindo lodos de decantação de efluentes).
A quantificação dos resíduos de mineração é difícil, devido à complexi-
dade e à diversidade das operações e tecnologias utilizadas nos processos
de extração e beneficiamento das substâncias minerais.
A geração de estéreis está relacionada à geologia e à estratigrafia local,
considerando a camada que será removida no decapeamento da mina para
possibilitar a exploração da substância mineral de interesse, sendo, portan-
to variável em função de cada área de extração.
Já a quantidade de rejeitos está relacionada ao tipo de substância mineral
e ao processo de beneficiamento utilizado, podendo ter características mui-
to diferenciadas, dependendo do processo e dos insumos utilizados. Dessa
forma, pode ser um resíduo inerte, com baixo potencial poluidor, ou pode
adquirir características que o tornem perigoso ou altamente poluente.
Considerando as substâncias minerais objeto deste diagnóstico, confor-
me definido inicialmente, pode-se considerar que a maior parte dos resí­
duos de mineração gerados no estado de São Paulo são constituídos de solos
e rochas. Isso porque os resíduos gerados no processo de beneficiamento
de substâncias como a bauxita, o ferro, o fosfato, o calcário e o petróleo
foram considerados no item relativo aos resíduos sólidos industriais.
Observa-se que, na elaboração da Versão Preliminar do Plano Nacional
de Resíduos Sólidos, para o cálculo da produção de rejeitos, foram utili-
zadas as informações contidas nos anuários minerais do Brasil. Essa abor-
dagem metodológica considera a produção de rejeitos como equivalente
à diferença entre a produção bruta e a produção beneficiada das subs-
tâncias minerais. Embora essa estimativa da quantidade de rejeitos seja
generalista, uma vez que contabiliza o volume de rejeitos sem considerar
as características locais das lavras e seus depósitos, a mesma serve como
referência dos volumes totais de rejeitos produzidos por cada substância
(MMA, 2011).
Dessa forma, efetuou-se uma estimativa do percentual e da quantidade
de produção de rejeitos, considerando a metodologia adotada na Versão
Preliminar do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, para os principais mi-
nérios explorados no estado de São Paulo, a partir dos dados no Anuário
Mineral Brasileiro de 2010, do DNPM.
134
Destaca-se, porém, que no referido documento considerou-se como be-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


neficiamento os seguintes processos: (i) de beneficiamento por meio de
fragmentação, pulverização, classificação, concentração (inclusive por se-
paração magnética e flotação), homogeneização, desaguamento (inclusive
secagem, desidratação e filtragem) e levigação; (ii) de aglomeração, por
meio de briquetagem, nodulação, sinterização e pelotização; (iii) de bene-
ficiamento, ainda que exijam adição de outras substâncias, desde que não
resultem em modificação essencial na identidade das substâncias minerais
processadas.
Assim, a partir dos dados obtidos, verificou-se um elevado grau de in-
certeza nas quantidades de rejeitos. Para as substâncias consideradas no
presente diagnóstico, como por exemplo, a areia, o saibro e a turfa, nem
sempre são efetuados esses processos de beneficiamento, havendo a co-
mercialização do minério bruto. Optou-se, dessa forma, por não conside-
rar esses dados.
Portanto, para essa tipologia de resíduo não foi possível obter dados
consolidados e confiáveis quanto à geração. Porém, em função das carac-
terísticas do material e das informações quanto ao armazenamento e desti-
nação final, apresentados a seguir, não se vê prejudicada a elaboração deste
diagnóstico.

11.2. Armazenamento e destinação final


Os métodos usuais para o armazenamento e destinação de resíduos de
mineração são o empilhamento, o barramento (barragem de contenção de
rejeitos), ou, ainda, a utilização de cavas exauridas (tanques de decantação)
no caso de minas a céu aberto, onde não é necessária a construção de diques.
O método adotado está condicionado ao tipo de bem mineral explotado, ao
processo de beneficiamento adotado e, consequentemente, às características
dos rejeitos gerados, bem como às características físicas da área.
O CNRH, na Resolução no 29, de 11 de dezembro de 2002, em seu artigo
1o, define o sistema de disposição de estéril como uma estrutura projetada e
implantada para acumular materiais, em caráter temporário ou definitivo,
dispostos de modo planejado e controlado em condições de estabilidade
geotécnica e protegidos de ações erosivas. Já o sistema de disposição de re-
jeitos é definido como estrutura de engenharia para contenção e deposição
de resíduos originados de beneficiamento de minérios, captação de água e
tratamento de efluentes.
Para a disposição de resíduos de mineração existem normas brasileiras
específicas como a ABNT NBR 13029:2006, que descreve como elaborar e
apresentar projeto de disposição de estéril em pilha. Há ainda a ABNT NBR
13028:2006, que estabelece como elaborar e apresentar projeto de barragem
para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação de água.
Considerando as substâncias minerais exploradas no estado de São
Paulo, especialmente aquelas objetos deste diagnóstico, verifica-se que, em
função de se gerarem, em sua maioria, solos e rochas, o armazenamento e a
disposição final dos estéreis e rejeitos ocorrem na própria área de extração,
tendo como principal finalidade a recuperação de áreas degradadas.
135
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Observa-se, ainda, que em função do déficit de material para recupe-
ração dessas áreas (cavas), há uma tendência, principalmente na RMSP,
também da utilização de resí­duos da construção civil Classe A. Em alguns
casos no estado de São Paulo, também há o uso de antigas áreas de minera-
ção exauridas para a disposição final de RSU.
O método de disposição de rejeitos que representa maior preocupação
sob os aspectos ambientais são as barragens de contenção de rejeitos, em
função do dano potencial associado em caso de eventuais acidentes e suas
consequências ao meio ambiente.
Por meio da Lei no 12.334, de 20 de setembro de 2010, foi estabelecida
a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) destinadas à acu-
mulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de
rejeitos e à acumulação de resíduos industriais.
Para fins da aplicação da PNSB, consideram-se as barragens destinadas
à disposição final ou temporária de rejeitos que apresentem pelo menos
uma das seguintes características:
• I – altura do maciço, contada do ponto mais baixo da fundação à crista,
maior ou igual a 15 metros;
• II – capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m3;
• III – reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas
técnicas aplicáveis; e
• IV – categoria de dano potencial associado médio ou alto.

Na referida PNSB, a fiscalização da segurança de barragens relaciona-


das com atividades minerarias, para fins de disposição final ou temporá-
ria de rejeitos, é atribuída à entidade outorgante de direitos minerários.
Nesse caso, o DNPM assumiu a atribuição de fiscalizar a implementação
dos Planos de Segurança das Barragens de mineração a serem elaborados
pelos empreendedores, conforme previsto na referida Lei. Assim, em 03 de
setembro de 2012, foi publicada a Portaria DNPM no 416, regulamentando
os dispositivos referentes à PNSB no âmbito de suas atribuições.
Na Tabela 52 são apresentadas as barragens de rejeitos existentes no es-
tado de São Paulo que se enquadram nas características estabelecidas na
PNSB, as quais foram identificadas pelo DNPM, conforme informações

Tabela 52. Barragens de rejeitos de mineração sob fiscalização do DNPM no estado de São Paulo
Município Empreendedor Conteúdo / rejeito
Cajati Bunge Fertilizantes S/A Fosfato
Descalvado Mineração Descalvado Ltda Argila
Caieiras Mineradora Pedrix ltda Granito
Capivari Willendorf Extração e Comécio de Areia ltda – ME Areia
Mogi das Cruzes Embu S/A Engenharia e Comercio Granito
São Paulo Embu S/A Engenharia e Comercio Granito
São Paulo Viterbo Machado Luz Mineração Ltda. Argila

Fonte: ANA (2011), elaborado por CETESB (2013).

136
contidas no Relatório de Segurança de Barragens, elaborado pela Agência

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nacional de Águas (ANA, 2011).
No caso de barragens para fins de disposição de resíduos industriais,
essa atribuição cabe à entidade que forneceu a licença ambiental de insta-
lação e operação.
Nesse sentido, a Cetesb está regulamentando, no âmbito de sua com-
petência, os procedimentos para implementação da PNSB no Estado de
São Paulo. Dentre as barragens sob fiscalização da Cetesb incluem-se
aquelas voltadas à disposição de rejeitos gerados no beneficiamento de
substâncias minerais, como a bauxita e o fosfato, considerados como re-
síduos industriais.
Em face dos levantamentos efetuados pela Cetesb nos anos de 2011 e
2012 para a elaboração do Relatório de Segurança de Barragens, sob res-
ponsabilidade da ANA, foram identificadas no estado de São Paulo cinco
barragens de acumulação de resíduos industriais que se enquadram nas
características estabelecidas na PNSB.
Finalmente, entende-se que, para a implementação da PNSB, bem como
para a organização das informações relacionadas ao gerenciamento dos re-
síduos de mineração, faz-se necessária a integração entre os órgãos am-
bientais e a entidade outorgante de direitos minerários.

137
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 12. RESPONSABILIDADE PÓS-CONSUMO
O conceito de responsabilidade pós-consumo (RPC) é introduzido no
cenário ambiental brasileiro pelo Decreto Estadual no 54.645/2009, que re-
gulamenta a PERS, ao destacar que:
“os fabricantes, distribuidores ou importadores de produtos que, por suas
características, venham a gerar resíduos sólidos de significativo impacto
ambiental, mesmo após o consumo desses produtos, ficam responsáveis
(...) pelo atendimento das exigências estabelecidas pelos órgãos ambientais
e de saúde, especialmente para fins de eliminação, recolhimento, trata-
mento e disposição final desses resíduos, bem como para a mitigação dos
efeitos nocivos que causem ao meio ambiente ou à saúde pública” (Art.
19, Decreto Estadual no 54.645/2009)

Essa determinação abre a perspectiva ampla da gestão dos impactos pós-


consumo dos produtos e suas embalagens, incluindo não apenas o reuso e
a reciclagem dos materiais, mas também ações preventivas à geração. São
exemplos desta a redução da quantidade de embalagens, o uso crescente
de materiais recicláveis e reciclados, a facilidade de desmontagens, dentre
outras estratégias do chamado ecodesign.
No entanto, até o momento, a implantação tanto da PNRS como da
PERS tem focado exclusivamente nas ações de logística reversa, definida
na PNRS como:
“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaprovei-
tamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação
final ambientalmente adequada” (Art. 3o, inc. XII, Lei no 12.305/2010).

Para operacionalização das exigências de RPC por meio da logística re-


versa, a PNRS criou dois instrumentos considerados inovadores: o Acordo
Setorial e o Termo de Compromisso, firmados entre os atores para formaliza-
ção dos sistemas de RPC, adicionalmente à regulamentação direta.
Os Acordos Setoriais são “atos de natureza contratual, firmados entre o
Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
visando à implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida
do produto” (Art. 19, Decreto no 7.404/2010), sobre os quais são exigidos
consulta pública, estudos de viabilidade, dentre outras prerrogativas.
Já os Termos de Compromisso não são definidos explicitamente em
norma, mas referidos como possibilidade na inexistência de acordo seto-
rial para o produto, ou para estabelecimento de compromissos mais rígidos,
devendo ser homologados pelo órgão ambiental competente. Nesses casos,
uma ou outra parte pode firmar um Termo de Compromisso individual-
mente, sendo que o instrumento pode ter abrangência estadual (Art. 32,
Decreto no 7.404/2010), facultando aos Estados sua avaliação técnica e eco-
nômica. Cabe mencionar que o Termo de Compromisso já é estabelecido
como instrumento da PERS (Art. 4, inc. VI, Lei Estadual no 12.300/2006),
mas também sem definição expressa em norma.
138
Cabe destacar que o Governo do Estado de São Paulo considera que,

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


em sua essência, a responsabilidade pós-consumo é tema cujo encaminha-
mento deve ser realizado em nível federal, preferencialmente por Acordo
Setorial. No entanto, como será comentado adiante, enquanto estes não
são estabelecidos, optou-se por iniciar experiências piloto no estado de São
Paulo utilizando o Termo de Compromisso, instrumento que compete a
esse nível de negociação.
Quanto aos setores envolvidos, a regulamentação da PERS delega à Se-
cretaria do Meio Ambiente, por meio de Resolução específica, a definição
da relação dos produtos objeto da RPC (parágrafo único, Art. 19, Decreto
Estadual no 54.645/2009). Já no caso da PNRS, a relação dos produtos para
os quais é obrigatória a estruturação e implementação da logística reversa
é dada em lei, quais sejam: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas
e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpa-
das fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; e produtos
eletroeletrônicos e seus componentes (Art. 33, Lei no 12.305/2010). Adicio-
nalmente, o artigo prevê que:
“os sistemas (...) serão estendidos a produtos comercializados em embala-
gens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens,
considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde
pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados” (§1o).

Vale mencionar que muitos desses produtos e embalagens já possuíam


legislação própria ligada à logística reversa na época de promulgação da
PNRS, tais como as embalagens de agrotóxicos (Lei no 7.802/1989 e De-
creto no 4.074/2002), pilhas e baterias (Resolução Conama no 401/2008),
pneus (Resolução Conama no 416/2009) e óleo lubrificante (Resolução Co-
nama no 362/2005).

12.1. Estratégia adotada no Estado de São Paulo


Nesse contexto, para cumprimento do estabelecido pela PERS, ainda
em 2010 a SMA iniciou uma série de tratativas com os atores envolvidos,
principalmente visando à definição dos setores objeto da RPC, conforme
disposição legal.
Essas discussões se estenderam até 2011 e culminaram com a promulga-
ção da Resolução SMA no 38/2011, que estabeleceu a relação dos produtos
que após o consumo resultariam em resíduos de significativo impacto am-
biental, apresentada na Figura 52.

Figura 52. Produtos objeto da RPC


• óleo lubrificante automotivo; • embalagens de:
• óleo comestível; - alimentos;
• filtro de óleo lubrificante automotivo; - bebidas;
• baterias automotivas; - produtos de higiene pessoal,
• pilhas e baterias; perfumaria e cosméticos;
• produtos eletroeletrônicos; - produtos de limpeza e afins;
• lâmpadas contendo mercúrio; - agrotóxicos; e
• pneus; - óleo lubrificante automotivo.
Fonte: RESOLUÇÃO SMA No 38/2011, elaborado por CETESB (2013).

139
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo A Resolução SMA no 38/2011 determinou que os fabricantes e impor-
tadores dos produtos relacionados apresentassem, em até 60 dias, uma
proposta de implantação de programa de RPC segundo um conteúdo
mínimo, simples e aberto. Dessa forma, deixou a cargo dos proponentes
a sugestão de formato dos sistemas, responsabilidade de cada partícipe,
metas e cronograma. Ao final, definiu que as propostas seriam analisadas
quanto à pertinência e abrangência, para estabelecimento de Termos de
Compromisso.
Vencido o prazo da Resolução, a SMA recebeu 189 propostas de pro-
gramas de RPC, representando cerca de 2 mil empresas. As propostas fo-
ram analisadas usando como critério a presença dos elementos solicitados
e a cobertura de um maior número de proponentes, selecionando em cada
caso ao menos uma proposta por produto. Os Termos de Compromisso
passaram então a ser estabelecidos pela SMA e Cetesb junto aos setores,
tendo os primeiros quatro sido firmados em fevereiro de 2012. A seguir
apresentam-se o escopo e os resultados, até o momento, de cada um deles.
Cabe ressaltar que esta é uma iniciativa em plena implementação. Atu-
almente estão em discussão Termos de Compromisso para outros segmen-
tos e produtos, além de estar em elaboração uma proposta para inserção do
tema como parte do processo de licenciamento na Cetesb.
Adicionalmente, outra forma do Estado fomentar a criação dos sistemas
de responsabilidade pós-consumo tem sido a inclusão de critérios de logís-
tica reversa nas compras públicas. Em São Paulo, essa estratégia tem sido
gradualmente adotada por meio do Selo Socioambiental, que insere crité-
rios relacionados à sustentabilidade nos cadernos que orientam os proces-
sos licitatórios de todos os órgãos da administração direta e indireta.

12.2. Termos de Compromisso assinados até o momento


Os Termos de Compromisso estabelecidos no estado de São Paulo pos-
suem conteúdo padronizado, que consiste basicamente em: definição de
objeto (resíduo pós-consumo em questão); definições gerais (termos a se-
rem usados no documento); descrição do sistema (com as principais ope-
rações envolvidas); responsabilidades das partes (setor produtivo, governo
e outros eventuais partícipes); metas do sistema; acompanhamento da im-
plantação; exigência de comunicação e orientação e disposições finais.
Exceto nos casos nos quais já existam definições em marcos legais su-
pervenientes, as metas de cada sistema foram estabelecidas visando a sua
constituição, em um primeiro momento, e a sua expansão gradual pelo es-
tado, em seguida. Assim, tratam-se, na maior parte dos casos, de metas de
cobertura geográfica, em relação ao número de pontos de coleta/ entrega
ou de municípios nos quais o sistema deve operar. A definição das metas
quantitativas de coleta, na maioria dos casos, foi deixada para um segundo
momento – inclusive prevendo que nesse período sejam estabelecidos os
Acordos Setoriais pelo Governo Federal.
Deve-se destacar ainda que os Termos de Compromisso, diferentemen-
te dos Acordos Setoriais, têm validade apenas para as empresas signatárias
140
ou representadas por signatários (no caso de associações e sindicatos). Em-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


bora a estratégia da SMA e da Cetesb seja reunir o máximo de partícipes
nesses sistemas, o atendimento legal pode ser realizado de forma indepen-
dente em sistemas autônomos executados pelas empresas, desde que aten-
dam ao estabelecido em lei, até que haja Acordo Setorial ou regulamento.
De forma geral, os sistemas de RPC estabelecidos em São Paulo seguem
três modelos básicos em função da forma de coleta dos resíduos, cada um
possuindo suas peculiaridades. São eles:
• recolhimento via coleta seletiva, por meio da inserção de catadores (exem-
plo: embalagens de cosméticos, alimentos e produtos de limpeza etc.);
• recolhimento via Pontos de Entrega Voluntária (PEV), onde o consumi-
dor leva os produtos (exemplo: óleo comestível, pilhas, celulares etc.); e
• recolhimento via sistema itinerante junto ao comércio, sem participação
direta do consumidor (exemplo: óleo lubrificante, baterias, pneus etc.).

A seguir, descreve-se cada um dos sistemas de RPC estruturados se-


gundo os Termos de Compromisso firmados até o momento em São
Paulo (Tabelas 53 a 65 e Figuras 53 a 65).47

Figura 53. Municípios com pontos de coleta de embalagens de óleo lubrificante automotivo do Programa Jogue Limpo
no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Número de pontos de coleta FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Sem informação – 312 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
até 10 pontos de coleta – 232 municípios Pontos de Coleta: SINDILUB, SINDICOM DATA: 27/08/2013
entre 11 a 25 pontos de coleta – 56 municípios
entre 26 e 50 pontos de coleta – 25 municípios
mais de 50 pontos de coleta – 20 municípios

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

47 Dados de julho de 2014 que são atualizados periodicamente, disponíveis para consulta em: http://www.cetesb.sp.gov.
br/residuos-solidos/responsabilidade-pos-consumo/18-introducao

141
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 53. Embalagens plásticas de óleo lubrificante
Nome do programa Programa Jogue Limpo

Dados do Termo de Compromisso

Data de assinatura 28 de fevereiro de 2012

Responsável Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes


(Sindicom)

Signatários • Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes


(Sindicom);
• Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos
Derivados de Petróleo (Simepetro);
• Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes (Sindlub);
• Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo
(Sincopetro);
• Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região
(Recap);
• Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lava-Rápidos e
Estacionamentos de Santos e Região (Resan);
• Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do A.B.C.D.M.R.R-SP
(Regran); e
• Sindicato Nacional do Comércio Transportador, Revendedor, Retalhista de
Combustíveis (SINDITRR).

Descrição • as embalagens deverão ser devolvidas nos pontos de recebimento estabelecidos no


comércio varejista ou nas centrais e pontos de recebimento dos atacadistas;
• o comércio varejista e atacadista deverá receber as embalagens e armazená-las
temporariamente conforme orientação do Programa;
• o sistema de recebimento itinerante recolherá as embalagens nos pontos de
recebimento cadastrados e nas centrais dos atacadistas, emitindo certificado de
recebimento e encaminhando-as às centrais de recebimento;
• nas centrais de recebimento as embalagens deverão ser drenadas, pesadas,
separadas por cor, prensadas ou picotadas e encaminhadas à destinação final,
preferencialmente a reciclagem.

Meta Para atendimento ao comércio varejista, em postos de serviços, concessionárias de


veículos, e comércio atacadista:
• 2012 – 25% dos municípios do estado;
• 2013 – 50% dos municípios do estado;
• 2014 – 75% dos municípios do estado; e
• 2015 – 100% dos municípios do estado.
Para atendimento ao comércio varejista de outras naturezas (supermercados e oficinas):
está em curso pela FGV um estudo de viabilidade técnico-econômica para expansão do
sistema.

Resultados até o momento

Data do relatório/ reunião 02 de julho de 2014

Número de PEVs 7.662 pontos cadastrados em 336 municípios

Quantidade recolhida • 2010 – 64 toneladas;


• 2011 – 171 toneladas;
• 2012 – 290 toneladas;
• 2013 – 623 toneladas;
• até junho 2014 – 450 toneladas.

Atendimento à meta Atendida

Outras informações

Página internet do Programa www.programajoguelimpo.com.br/

Observações Aditamento proposto. Assinaram acordo setorial.

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

142
Tabela 54. Embalagens de agrotóxicos

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Sistema Campo Limpo
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura 28 de fevereiro de 2012
Responsável Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev)
Signatários Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) (9 entidades e 90
empresas); e Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários
(Andav) (associada ao Inpev)
Descrição • na compra do produto, o produtor rural é orientado quanto aos procedimentos de
gerenciamento pós-consumo e o endereço da unidade de recebimento (posto ou central)
é indicado na nota fiscal;
• ainda no campo, após o uso, o produtor faz a tríplice lavagem, segundo regras definidas;
• o produtor leva as embalagens às unidades de recebimento;
• as unidades recebem e classificam embalagens e emitem comprovante de devolução;
• eventualmente o recebimento pode ser via sistema itinerante;
• o Inpev realiza o transporte dos postos para as centrais de recebimento;
• o Inpev realiza transporte das centrais até o destino final, preferencialmente para reciclagem.
Meta As metas de recolhimento de embalagens previstas para os anos foram:
• 2012 – 3.850.000 kg,
• 2013 – 4.570.000 kg,
• 2014 – 4.570.000 kg.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 17 de março de 2014
Número de unidades de 15 centrais e 61 postos de recebimento
recebimento
Quantidade recolhida • 2012 – 4.527.814 kg,
• 2013 – 4.768.993 kg.
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa www.inpev.org.br/
Observações Aditamento proposto, com novas metas.
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 54. Municípios com unidades de recebimento de embalagens de agrotóxicos do Inpev no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W
20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
Legenda 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Municipal FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Estadual Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Número de PEVs para embalagens de agrotóxicos PEVs: INPEV DATA: 27/08/2013
Sem informação – 573 municípios
1 PEV – 68 municípios
2 PEVs – 4 municípios

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).


143
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 55. Embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produtos de limpeza, massas alimentícias
e pão & bolo industrializados e outros produtos alimentícios
Nome do programa Programa Dê a Mão para o Futuro
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura 28 de fevereiro de 2012
Data de assinatura do 01 de agosto de 2013
Termo Aditivo
Responsável Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec)
Signatários • Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), com 185 empresas;
• Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), com 39 empresas;
• Associação das Indústrias de Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados (Abima); e
• UNILEVER Brasil Ltda. – Setor Produtos Alimentícios.
Descrição • o programa consiste em viabilizar a ampliação da coleta seletiva em municípios, por meio do apoio a
entidades de catadores de materiais recicláveis;
• o programa realizará diagnósticos nas entidades de catadores de municípios selecionados,
estabelecendo as prioridades de apoio;
• o apoio às entidades ocorrerá por meio de convênio entre o programa e as respectivas prefeituras,
podendo incluir máquinas, equipamentos, capacitação e acompanhamento técnico especializado;
• o programa irá monitorar a operação das entidades apoiadas, de forma a avaliar o sucesso da iniciativa.
Meta • 2013: implementação em 20 municípios, com total de 22 Centrais de Triagem;
• 2014: implementação em 15 municípios, com total de 18 Centrais de Triagem;
• até dezembro de 2014: estudar metas quantitativas de destinação final.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 23 de maio de 2014.
Ações realizadas Diagnóstico feito em 39 (trinta e nove) municípios;
Fase 1 e 2: implantado, até o momento, em 23 municípios e 24 cooperativas/associações de catadores,
diagnóstico finalizado e em fase de agendamento com os municípios para negociação da adesão.
Quantidade recolhida No período de julho de 2013 a março de 2014, foram encaminhados para destinação ambientalmente
adequada 10.012,79 toneladas de materiais recicláveis.
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa http://www.maoparaofuturo.org.br/
Observações Dados do Termo de Compromisso alterado conforme aditamento.

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 55. Municípios com centrais de triagem de embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos,
limpeza e afins que recebem apoio do Programa Dê a Mão para o Futuro no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG 22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
Legenda 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Municipal FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Estadual Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
PEVs PEVs: ABIHPEC e ABIPLA DATA: 28/08/2013
Termo de adesão e convênio de cooperação assinados – 23 municípios
Diagnóstico finalizado.
Aguardando agendamento da prefeitura e cooperativa – 23 municípios

144 Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).


Tabela 56. Pilhas e baterias portáteis

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Abinee Recebe Pilhas
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura do Termo 28 de fevereiro de 2012
Responsável Empresas participantes do Programa Abinee Recebe Pilhas, associadas ou não à
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee)
Signatários 16 empresas aderentes
Descrição • o consumidor leva as pilhas e baterias portáteis até estabelecimento comercial que
possua ponto de coleta;
• o estabelecimento comercial armazena temporariamente as pilhas e baterias de
forma adequada e, após atingida uma quantidade mínima, solicita a coleta para a
empresa gestora do Programa;
• a empresa gestora recolhe as pilhas nos pontos de recebimento, efetua triagem por
marca e encaminha para destinação final ambientalmente adequada.
Meta Destinar adequadamente 100% das pilhas recebidas em no mínimo 500 pontos
disponibilizados e indicados na página de internet do programa.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 23 de julho de 2014
Número de PEVs 596
Quantidade recolhida • 2011 – 24,8 toneladas
• 2012 – 76,3 toneladas
• 2013 – 157 toneladas
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa http://www.gmcons.com.br/gmclog/admin/VisualizarPostosMapaCliente.aspx
Observações Aditamento proposto, com novas metas e novos aderentes.
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 56. Municípios com PEV para pilhas e baterias portáteis do Programa Abinee Recicla Pilhas no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W
20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Número de pontos de coleta FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Sem informação – 585 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
até 5 PEVs – 48 municípios PEV: ABINEE DATA: 27/08/2013
entre 6 e 10 PEVs – 5 municípios
entre 11 e 20 PEVs – 6 municípios
mais de 10 PEVs – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).


145
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 57. Pneus inservíveis
Nome do programa Reciclanip
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura do Termo 05 de junho de 2012
Responsável Associação Reciclanip
Signatários Reciclanip, com 28 empresas aderentes
Descrição • a Reciclanip definirá pontos de coleta em locais de comércio de pneus, via convênio
com prefeituras ou em estruturas de terceiros;
• os pneus inservíveis deverão ser entregues em um desses pontos de coleta;
• os pontos de coleta deverão fazer a armazenagem temporária dos pneus, inteiros ou
triturados, conforme os requisitos legais e a proteção à saúde e meio ambiente;
• a Reciclanip recolherá os pneus nos pontos de coleta, assegurando sua correta
destinação final.
Metas • dezembro de 2012: implantação em 5 municípios do Litoral Sul já atendidos por
ponto de coleta;
• junho de 2013: implantação de 1 ponto de coleta no município de Ribeirão Preto;
implantação em 2 municípios do Vale do Paraíba já atendidos por ponto de coleta; e
• dezembro de 2013: implantação de 1 ponto de coleta no município de Campinas;
implantação em 2 municípios da mesorregião do Itapetininga já atendidos por ponto
de coleta.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 05 de agosto de 2014
Número de PEVs 239, atendendo 223 municípios
Quantidade recolhida • 2012 – 179,9 mil toneladas;
• 2013 – 182,35 mil toneladas.
Atendimento à meta Atendida com alterações nos municípios inicialmente previstos.
Outras informações
Página internet do Programa http://www.reciclanip.com.br/v3/
Observações Aditamento proposto, com novas metas.
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 57. Municípios com pontos de coleta para pneus da Reciclanip no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Legenda DATUM HORIZONTAL:
Limite Municipal 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Estadual FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Número de PEVs para pneus Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Sem informação – 421 municípios PEV: RECICLANP DATA: 27/08/2013
1 PEV – 218 municípios
2 PEVs – 5 municípios
11 PEVs – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

146
Tabela 58. Aparelhos de telefonia móvel celular e de rádio comunicação

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Vários (cada operadora possui o seu)
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura 05 de junho de 2012
Responsável Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil)
Signatários VIVO S.A.; TIM CELULAR S.A.; CLARO S.A.; NEXTEL TELECOMUNICAÇÕES LTDA; e TNL PCS S.A.
Descrição • os usuários devem entregar aparelhos, baterias e acessórios em um dos pontos de coleta das operadoras;
• os pontos de coleta receberão os resíduos e realizarão a armazenagem temporária;
• o operador logístico recolherá os resíduos nos pontos de coleta, podendo enviá-los a um Centro
de Armazenamento ou diretamente a um reciclador;
• caso sejam enviados a um Centro de Armazenamento, nestes os resíduos serão pesados,
separados e armazenados para posterior envio à reciclagem.
Metas Disponibilizar postos de coleta em todas as lojas próprias e revendas autorizadas até o final do primeiro ano.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião agosto de 2014
Atendimento à meta Atendida
Dados dos Programas Claro Nextel Oi TIM Vivo
Nome do programa Programa Programa – Programa Programa
Claro Recicla Recicla Nextel Recarregue o Planeta Recicle seu Celular
Número de PEVs 304 97 90 378 475
Quantidade recolhida de itens jan. a dez. de jul. a dez. de 2013 jan. de 2013 a maio a maio 2013 a
(aparelhos, baterias e acessórios) 2013 1.144.539 aparelhos maio de 2014 dezembro de 2013 maio 2014
4.574,80 kg recebidos e 643.495 71,5 kg 198,425 kg 1.891 kg
reciclados
Página internet do Programa • www.claro.com.br/clarorecicla
• http://www.nextel.com.br/NextelWebsite/conheca_nextel/responsabilidade.aspx
• http://www.oi.com.br/ArquivosEstaticos/oi/docs/pdf/sobre_oi/pontos-de-coleta.pdf
• http://www.tim.com.br/sp/sobre-a-tim/sustentabilidade/ambiental/sistema-de-coleta-de-baterias-de-
celulares
• http://www.vivo.com.br/vamostrocarideias/?WT.ac=avivo.sustentabilidade.menulateral.recicleseucelular
Observações Aditamento proposto, com inclusão dos fabricantes/importadores.

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 58. Municípios com PEV para aparelhos de telefonia móvel e seus respectivos acessórios no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Estadual DATUM HORIZONTAL:
Número de pontos de coleta 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Sem informação – 350 municípios FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
até 5 PEVs – 206 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
entre 6 e 10 PEVs – 31 municípios PEVs: Setor de Telefonia Móvel DATA: 28/08/2013
entre 11 e 25 PEVs – 15 municípios
entre 26 e 50 PEVs – 2 municípios
mais de 50 PEVs – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

147
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 59. Óleo lubrificante automotivo
Nome do programa Logística Reversa de OLUC (Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados)
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura do Termo 05 de junho de 2012
Responsável Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino)
Signatários • Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes
(Sindicom) (com 9 empresas aderentes);
• Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras e Envasilhadoras de Produtos
Derivados de Petróleo (Simepetro)(com 28 empresas aderentes);
• Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes (Sindlub);
• Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo
(Sindirepa) (com 56 empresas aderentes); e
• Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais (Sindirrefino).
Descrição • os geradores e revendedores de OLUC deverão recolher o resíduo e entregá-lo
exclusivamente aos coletores autorizados;
• os coletores entregarão o OLUC recolhido exclusivamente às empresas rerrefinadoras;
• os rerrefinadores beneficiarão o OLUC recebido conforme a legislação específica,
produzindo óleo básico;
• os produtores e importadores de óleo lubrificante custearão a coleta e destinação do
OLUC.
Metas Coletar OLUC equivalente a 42% do volume de óleo acabado comercializado no estado de
São Paulo (deduzido o volume dispensado de coleta), a ser atingida em 2015.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 10 de julho de 2014
Número de PEVs Não há PEV
Quantidade recolhida • 2012 – 126,46 milhões de litros de OLUC (equivale a 41,9%)
• 2013 – 137,75 milhões de litros de OLUC (equivale a 40,7%)
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa –
Observações –
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 59. Municípios com centros avançados de coleta de óleo lubrificante automotivo no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Legenda FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Municipal Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Limite Estadual Unidade de Depósito: Sindirrefino DATA: 28/08/2013
Unidades de depósito de óleo lubrificante automotivo
Não possui unidade – 636 municípios
Possui unidade – 9 municípios

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

148
Tabela 60. Óleo comestível – 1

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Programa Ação Renove o Meio Ambiente
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura 05 de junho de 2012
Responsável Cargill Agrícola S.A.
Signatários Cargill Agrícola S.A.;
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Descrição • os consumidores devem acondicionar o óleo usado em embalagens e entregar em
um dos pontos de coleta, onde o mesmo será descartado em um coletor;
• os estabelecimentos comerciais geradores de óleo realizarão o descarte diretamente
em coletores a granel;
• os coletores recolherão o óleo existente nos coletores visitando os pontos de coleta
mensalmente ou quando necessário;
• o óleo recolhido será encaminhado ao beneficiamento e as embalagens à reciclagem.
Metas Expandir pontos de coleta em 20% ao ano:
• 2013: 243 pontos;
• 2014: 292 pontos;
• 2015: 350 pontos;
• 2016: 420 pontos.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 11 de julho de 2014
Número de PEVs 86, atendendo 53 municípios (em 2013)
Quantidade recolhida • 2012: 255 toneladas
• 2013: 458 toneladas
Atendimento à meta Em 2013 foi superada em 35,8%
Outras informações
Página internet do Programa http://www.liza.com.br/SuaVida/Sustentabilidade/Default.aspx
Observações Aditamento proposto, com novas metas.
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 60. Municípios com pontos de coleta de óleo comestível do Programa Ação Renove o Meio Ambiente (Sabesp/
Cargill) no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual PR
24º0'0" S

Número de Pontos de Coleta de Óleo


Sem informação – 592 municípios
1 ponto – 19 municípios SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
2 pontos – 13 municípios DATUM HORIZONTAL:
3 pontos – 7 municípios 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
4 pontos – 4 municípios FONTE: ELABORADO POR:
5 pontos – 3 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
7 pontos – 4 municípios Pontos de Coleta: SABESP/ CARGILL DATA: 28/08/2013
10 pontos – 1 município
17 pontos – 1 município
234 pontos – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

149
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 61. Óleo comestível – 2
Nome do programa Programa de Responsabilidade Pós Consumo de Óleo Comestível
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura 20 de dezembro de 2012
Responsável Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove)
Signatários Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) (4 empresas aderentes)
Descrição • os consumidores devem acondicionar o óleo usado em embalagens e entregar em
um dos pontos de entrega, onde o mesmo será descartado em bombonas;
• as entidades coletoras recolherão o óleo descartado nas bombonas e o encaminhará
ao beneficiamento;
• o óleo recolhido será beneficiado, e as embalagens, recicladas.
Metas • Destinar adequadamente 100% do óleo coletado; e
• Implantar pontos de entrega voluntária:
- 2013: 860 pontos; e
- 2014: 905 pontos.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 04 de agosto de 2014
Número de PEVs 908
Quantidade recolhida 2012 – 1.046.000 litros (média de 100 litros/mês/ponto)
2013 – 1.119.600 litros (média de 100 litros/mês/ponto)
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa www.oleosustentavel.com.br
Observações As empresas já atuam há 7 anos no tema, com diversas ações. No caso de redes de
fast food, restaurantes e estabelecimentos comerciais, o óleo usado já é amplamente
recolhido. Atualmente em discussão um Aditivo para inclusão de novos signatários.
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 61. Municípios com pontos de coleta de óleo comestível no estado de São Paulo (Abiove)
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG 22º0'0" S

RJ

Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual
24º0'0" S

Número de Pontos de Coleta de Óleo Comestível – ABIOVE


Sem informação – 593 municípios
1 ponto – 21 municípios 16 pontos – 1 município ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
2 pontos – 9 municípios 23 pontos – 1 município DATUM HORIZONTAL:
3 pontos – 4 municípios 30 pontos – 1 município 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
4 pontos – 1 município 34 pontos – 1 município FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
5 pontos – 2 municípios 47 pontos – 1 município Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
6 pontos – 2 municípios 90 pontos – 1 município
7 pontos – 2 municípios 102 pontos – 1 município PR Pontos de Coleta: ABIOVE DATA: 28/08/2013

9 pontos – 1 município 160 pontos – 1 município


10 pontos – 1 município 296 pontos – 1 município

150 Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).


Tabela 62. Filtros de óleo lubrificante automotivo

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Programa Descarte Consciente Abrafiltros
Dados do Termo de Compromisso
o
Início do programa 1 de julho de 2012
Data de assinatura do Termo 20 de dezembro de 2012
Responsável Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (Abrafiltros)
Signatários Abrafiltros
15 empresas signatárias
Descrição • o gerador retira o filtro de óleo lubrificante automotivo após sua utilização pelo consumidor, no
momento da substituição deste por um novo;
• o gerador armazena o filtro usado em kit de armazenagem, fornecido pelo coletor;
• o coletor efetua a coleta periódica nos pontos de coleta, em geradores cadastrados conforme a
definição de metas e abrangência geográfica;
• o coletor efetua a rotulagem, o embarque e o transporte dos filtros usados até o reciclador ou
outra destinação adequada;
• na reciclagem dos filtros, o óleo lubrificante usado deve ser encaminhado para rerrefino.
Metas • 2012 – 135.615,40 kg de filtros coletados e destinados
• 2013 – 276.664,57 kg de filtros coletados e destinados
• até julho de 2014 – 275.352,80 kg de filtros coletados e destinados
Resultados até o momento
Data do relatório/reunião 30 de junho de 2014
Número de pontos de coleta 673 pontos em 13 municípios
Quantidade recolhida • 2012 – 135.615,40 kg de filtros coletados e destinados
• 2013 – 276.664,57 kg de filtros coletados e destinados
• até julho de 2014 – 275.352,80 kg de filtros coletados e destinados
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa www.abrafiltros.org.br
Observações –
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 62. Municípios com pontos de coleta de filtros de óleo lubrificante automotivo do Programa Descarte Consciente
Abrafiltros no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W
20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal
Limite Estadual ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Pontos de coleta de filtros de óleo lubrificante automotivo DATUM HORIZONTAL:
Sem informação – 632 municípios 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
3 pontos – 1 município 38 pontos – 1 município FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
9 pontos – 1 município 39 pontos – 1 município Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
13 pontos – 2 municípios 54 pontos – 1 município Pontos de Coleta: ABRAFILTROS DATA: 28/08/2013
14 pontos – 1 município 64 pontos – 1 município
29 pontos – 1 município 65 pontos – 2 municípios
32 pontos – 1 município 300 pontos – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).


151
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 63. Baterias automotivas
Nome do programa Programa de Responsabilidade Pós-Consumo de Baterias Automotivas
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura do Termo 20 de dezembro de 2012
Responsável Empresas signatárias associadas à Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica
(Abinee)
Signatários • Abinee (com 3 empresas aderentes);
• Baterias Cral Ltda.;
• Indústrias TUDOR de Baterias Ltda.;
• Rondopar Energia Acumulada Ltda.
Descrição • os geradores/consumidores deverão descartar as baterias usadas em um dos pontos
de recebimento;
• o operador de logística deverá recolher as baterias nos pontos de recebimento e
encaminhá-las a um centro de armazenamento ou diretamente à reciclagem;
• caso sejam enviados a um centro de armazenamento, no local os resíduos serão
pesados, separados e armazenados para posterior envio à reciclagem.
Metas • dar destinação ambientalmente adequada a 100% das baterias automotivas
recebidas de suas marcas;
• a coleta se dará em todos os estabelecimentos comerciais e na rede de assistência
técnica autorizada.
Resultados até o momento
Data do relatório/ reunião 31 de julho de 2014
Número de Pontos de 33
Consolidação
Quantidade recolhida 2013 – 8.820 toneladas
Atendimento à meta Atendida
Outras informações
Página internet do Programa www.rondopar.com.br / www.tudor.com.br / www.cral.com.br
Observações
Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 63. Municípios com pontos de consolidação de baterias de chumbo-ácido do Programa de Logística Reversa de
Baterias Automotivas no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Pontos de consolidação de baterias chumbo-ácido FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Sem informação – 626 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
1 ponto – 13 municípios Pontos de consolidação: ABINEE DATA: 28/08/2013
2 pontos – 4 municípios
5 pontos – 1 município
7 pontos – 1 município

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

152
Tabela 64. Embalagem de alimentos – Marfrig Alimentos S.A.

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Nome do programa Programa Waste Wise Marfrig

Dados do Termo de Compromisso

Data de assinatura do 05 de junho de 2013


Termo

Responsável Marfrig Alimentos S.A.

Signatários Marfrig Alimentos S.A.

Descrição A empresa apoiará entidades de catadores, que receberão os resíduos recicláveis da


coleta seletiva municipal em suas centrais de triagem, para posterior encaminhamento
dos materiais à reciclagem.

Metas A empresa apoiará entidades nos municípios onde possui fábricas no estado de São
Paulo, conforme o seguinte cronograma:
• 2013 – projeto piloto nos municípios de Promissão e Jaguariúna;
• 2014 – implementação nos municípios de Amparo, Nuporanga e Votuporanga; e
• 2015 – implementação nos municípios de São Paulo e Osasco.

Resultados até o momento

Data do relatório/ reunião 30 de outubro de 2013

Ações Realizadas Diagnóstico concluído em Promissão e em andamento em Votuporanga.

Atendimento à meta Não apresentou resultados até o momento.

Outras informações

Observações Houve troca dos municípios por conta de reformulação na empresa.

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 64. Municípios com PEV para embalagens de bebidas do Programa Waste Wise Marfrig no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
Legenda 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Limite Municipal FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
Limite Estadual Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
PEVs para embalagens de alimentos – Mafrig PEVs: Mafrig Alimentos S.A. DATA: 28/08/2013
PEVs 2013 – 2 municípios
PEVs previstos para 2014 – 3 municípios
PEVs previstos para 2015 – 2 municípios

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

153
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo Tabela 65. Embalagens de bebidas – Bebidas Poty
Nome do programa Programa de Responsabilidade Pós-Consumo de Embalagens de Bebidas
Dados do Termo de Compromisso
Data de assinatura do Termo 02 de abril de 2014
Responsável Bebidas Poty Ltda.
Signatários Bebidas Poty Ltda.
Descrição A empresa instalará PEVs nas dependências da sua rede de comercialização. Cada
estabelecimento se responsabilizará pela respectiva manutenção.
Metas Em 2014, a empresa implantará:
• coleta de 100% das embalagens de vidro e polipropileno PP por meio da logística
de vendas, utilizando embalagens retornáveis, bem como coleta de 100% do
Politereftalato de Etileno PET através dos PEVs;
• quatro PEVs para embalagens PET, sendo dois no município de Olímpia, um no
município de Guapiaçu e um no município de Cedral.
Em 2015, a empresa implantará:
• coleta das embalagens compostas por alumínio nos PEVs já existentes; e
• seis novos PEVs para embalagens PET e alumínio, em seis novos municípios: Novo
Horizonte, Sales, Irapuã, Ibirá, Urupês e Uchoa.
Resultados até o momento
Data do relatório/reunião O Termo de Compromisso foi assinado em abril de 2014, não há resultados disponíveis.
Ações Realizadas –

Atendimento à meta –

Outras informações
Observações –

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por CETESB (2014).

Figura 65. Municípios com PEV para embalagens de bebidas da Bebidas Poty no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG

22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
PEVs para embalagens de bebidas FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Integração e
1 PEV previsto para 2014 – 2 municípios Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
2 PEVs previstos para 2014 – 1 município PEVs: CETESB DATA: 28/08/2013
1 PEV previsto para 2015 – 6 municípios
1 PEV previsto para 2016 – 3 municípios
2 PEVs previstos para 2016 – 2 municípios

Fonte: CETESB (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

154
13. ÁREAS DEGRADADAS E ÁREAS CONTAMINADAS

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


POR DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Estado de São Paulo, pioneiro no enfrentamento da questão de áreas
contaminadas, vem atuado no seu gerenciamento desde meados da década
de 1980, quando foram identificados os casos de deposição de resíduos
organoclorados na Baixada Santista. Na década seguinte, foi promovida
uma intensa programação de desenvolvimento institucional e tecnológico
que culminou, no início dos anos 2000, com a institucionalização do as-
sunto como rotina de trabalho e a criação de áreas técnicas específicas na
Cetesb.
A PNRS coloca o tema como parte dos planos municipais e estaduais de
resíduos e define no seu artigo 3o, o que se entende por:
“área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição,
regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; e
área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela dispo-
sição não sejam identificáveis ou individualizáveis.”

Já no artigo 17, a PNRS estabelece que o plano estadual deve abordar a


previsão de áreas degradadas em razão de disposição inadequada de resí-
duos sólidos ou rejeitos a serem objeto de recuperação ambiental. Observa-
se nesse ponto que a Lei não define o que se entende por área degradada.
Por sua vez, a Lei Estadual no 12.300, de 16 de março de 2006, que pro-
mulgou a PERS, tem como alguns de seus objetivos (Art. 3o, inciso II) a
preservação e a melhoria da qualidade do meio ambiente, da saúde pública
e a recuperação das áreas degradadas por resíduos sólidos.
O Decreto Estadual no 54.645, de 5 de agosto de 2009, que regulamenta
a Lei Estadual no 12.300, define que se entende recuperação de áreas degra-
dadas como o conjunto de ações que levem ao retorno da área degradada
a uma forma de utilização, de acordo com um plano pré-estabelecido para
uso do solo, que vise à obtenção de estabilidade do meio ambiente.
Por fim, resta lembrar que o Estado de São Paulo é o pioneiro na for-
mulação de lei especifica sobre o gerenciamento de áreas contaminadas. O
sistema de gestão está baseado na Lei Estadual no 13.577, de 08 de junho
de 2009, regulamentada pelo Decreto Estadual no 59.263, de 5 de junho de
2013. Segundo esses instrumentos legais, as definições que serão utilizadas
neste diagnóstico são:
• área contaminada: área, terreno, local, instalação, edificação ou benfei-
toria que contenha quantidades ou concentrações de matéria em con-
dições que causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio
ambiente ou a outro bem a proteger;
• área contaminada sob investigação (ACI): área onde foram constatadas,
por meio de investigação confirmatória, concentrações de contaminan-
tes que colocam ou podem colocar em risco os bens a proteger;
• área com potencial de contaminação (AP): área, terreno, local, instala-
ção, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas ativi-

155
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo dades que, por suas características, possam acumular quantidades ou
concentrações de matéria em condições que a tornem contaminada;
• área em processo de monitoramento para encerramento (AME): área
na qual não foi constatado risco ou as metas de remediação foram atin-
gidas após implantadas as medidas de remediação, encontrando-se em
processo de monitoramento para verificação da manutenção das con-
centrações em níveis aceitáveis;
• área reabilitada para o uso declarado (AR): área, terreno, local, instala-
ção, edificação ou benfeitoria anteriormente contaminada que, depois
de submetida às medidas de intervenção, ainda que não tenha sido to-
talmente eliminada a massa de contaminação, tem restabelecido o nível
de risco aceitável à saúde humana, ao meio ambiente e a outros bens a
proteger;
• área com suspeita de contaminação (AS): Área, terreno, local, instala-
ção, edificação ou benfeitoria com indícios de ser uma área contamina-
da conforme resultado da avaliação preliminar, e
• avaliação de risco: é o processo pelo qual são identificados, avaliados e
quantificados os riscos à saúde humana, ao meio ambiente e a outros
bens a proteger.

Este preâmbulo é essencial para a compreensão das informações que


serão a seguir apresentadas sobre a situação das áreas contaminadas por re-
síduos sólidos no estado. Nota-se que não há uma definição do que seriam
as áreas degradadas, entretanto, salvo melhor juízo, a definição dada pelo
Decreto Estadual no 59.263/2013 para área contaminada de alguma forma
engloba o conceito de área degradada.

13.1. Gestão de Áreas Contaminadas


O Sistema de Gestão de Áreas Contaminadas está baseado em um Ca-
dastro de Áreas Contaminadas, o qual engloba os registros de informações
dessas áreas desde o seu enquadramento como área potencial até aquelas já
reabilitadas. Esse sistema está sumariado na Figura 66.
O Sistema de Gestão está dividido, então, em um registro de informa-
ções e dois blocos de ações sequenciais, a saber:
• processo de identificação das áreas contaminadas; e
• processo de reabilitação de áreas contaminadas.

Esse cadastro está em fase de implantação e de definições das agendas


de controle das diferentes regiões de interesse e das tipologias de áreas a se-
rem investigadas. Isso significa que as informações sobre as áreas potenciais
e suspeitas ainda se encontram em elaboração. Como as atividades poten-
cialmente contaminadoras do solo e das águas subterrâneas englobam quase
todas as atividades produtivas antrópicas e têm início mais marcante com o
começo da industrialização do estado (fins do século XIX e início do século
XX), o conhecimento de suas localizações e da tipologia dos contaminantes
eventualmente presentes é muito difícil, devido, principalmente, à ausência
de informações históricas. A única agenda completada até o presente mo-
mento foi aquela relativa aos postos de serviço (cerca de 8.000 no estado).
156
Figura 66. Fluxograma do Sistema de Gestão de Áreas Contaminadas

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


Processo de identificação de AC
Definição da região
de interesse
Cadastro de AC Identificação de áreas com
potencial de contaminação
AP Priorização 1
Exclusão
Classificação 1 Avaliação preliminar
AS
Exclusão Priorização 2
AI Classificação 2 Investigação confirmatória
AC
AMR
AR Processo de reabilitação de AC
Investigação detalhada
Exclusão Avaliação de risco
Classificação 3
Concepção da remediação
AP áreas com potencial de contaminação
AS áreas suspeitas de contaminação
Projeto de remediação
AI áreas contaminadas sob investigação
AC áreas contaminadas Remediação da AC
AMR áreas em processo de monitoramento para reabilitação
AR área remediada para o uso declarado Monitoramento

Fonte: CETESB (2007) (adaptado), elaborado por CETESB (2013).

O Decreto Estadual no 59.263/2013 ainda determina a obrigatoriedade


de se dar publicidade às informações relacionadas às áreas declaradas como
contaminadas. Em função disso, a Cetesb publica anualmente a relação das
áreas declaradas como contaminadas, bem como aquelas já reabilitadas.
Mesmo com todas as dificuldades relativas à identificação e à priori-
zação das áreas potenciais e suspeitas, a atuação da Cetesb nesse setor já
possibilitou o cadastro de 4.572 áreas contaminadas. Os critérios utilizados
para a declaração de que uma área é contaminada são:
• existência de perigo iminente (fogo, explosão, material em fase livre
etc.); e
• resultados de uma investigação confirmatória indicam concentrações
de contaminantes que colocam ou podem colocar em risco os bens a
proteger (normalmente pelo menos uma das substâncias relacionadas
na lista de valores orientadores foi identificada em concentração supe-
rior ao respectivo valor orientador de intervenção).

Por outro lado, eliminados os eventuais perigos iminentes, essa decla-


ração dá início a uma série de estudos que objetivam avaliar: a natureza e
a extensão da contaminação; a evolução dessa contaminação no tempo e
no espaço; as rotas de migração de contaminantes; as vias de exposição e
os receptores de risco (populações, bens a proteger e o meio ambiente). Os
usos futuros da área devem ser estabelecidos, pois são determinantes para
que os cenários de exposição possam ser montados, e os riscos, avaliados
e quantificados. Constatada uma situação de risco inaceitável, alguma in-
tervenção deverá ser adotada. Portanto, as etapas de planejamento e im-
plementação da remediação e monitoramento para encerramento só são
disparadas se um risco inaceitável for determinado.
157
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo A Figura 67 mostra a evolução do número de áreas comprovadamente
contaminadas cadastradas desde 2002 (CETESB, 2012b) e a Tabela 66 mos-
tra a divisão dessas áreas contaminadas, por tipo de atividade. Para essa
distribuição foram consideradas as seguintes regiões:
• São Paulo: Capital do estado;
• RMSP – outros: 38 municípios da Região Metropolitana de São Paulo,
excluindo a Capital;
• Litoral: municípios do Litoral Sul, Baixada Santista, Litoral Norte e do
Vale do Ribeira;
• Vale do Paraíba: municípios do Vale do Paraíba e da Mantiqueira;
• Interior: os municípios não relacionados anteriormente.

Figura 67. Evolução do número de áreas comprovadamente contaminadas e cadastradas desde 2002
5.000
4.500 4131
3675 4572
4.000
3.500
2904
3.000 2514
2272
2.500
1822
2.000 1596 1664
1504
1336
1.500
727
1.000
255
500
0
nov (2004)

nov (2005)

nov (2006)

nov (2007)

nov (2008)

nov (2009)

dez (2010)

dez (2011)

dez (2012)
mai (2002)

out (2003)

mai (2005)

mai (2006)

Fonte: CETESB (2012b) (adaptado), elaborado por CETESB (2013).

Tabela 66. Distribuição do número de áreas contaminadas no estado de São Paulo, por atividade geradora da contaminação
Região Atividade
Comercial Industrial Resíduos Postos de Acidentes / Desconhecida / Total
combustíveis Agricultura
São Paulo 67 194 31 1.239 8 1.539
RMSP – outros 43 177 22 527 12 781
Interior 74 217 45 1,296 14 1.648
Litoral 28 42 28 240 2 340
Vale do Paraíba 4 51 2 208 1 266
Total 216 681 128 3.510 37 4.572

Fonte: CETESB (2012b) (adaptado), elaborado por CETESB (2013).

158
A Figura 68 mostra a distribuição das áreas contaminadas cadastradas,

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


por atividade geradora da contaminação.
Nota-se o número elevado de áreas contaminadas relacionadas aos pos-
tos de combustíveis. Essa predominância não pode ser entendida como se
esse setor fosse o principal gerador de áreas contaminadas, mas sim que foi
o primeiro a ter uma agenda de levantamento de passivos ambientais de
forma global. Aliás, observando-se os números de instalações industriais e
de postos de serviço, a relação é cerca de quinze para um, o que com certe-
za irá se refletir no número de áreas contaminadas de origem industrial, a
medida que forem sendo definidas as priorizações e adotadas as ações para
identificação de eventuais passivos.

Figura 68. Distribuição do número de áreas contaminadas, por atividade geradora de contaminação
2% 1%
5%
15%

Posto de combustível (3.510)


77% Indústria (681)
Comercial (216)
Resíduo (128)
Acidentes/Agricultura
(fonte desconhecida) (37)

Fonte: CETESB (2012b) (adaptado), elaborado por CETESB (2013).

13.2. Áreas Contaminadas ou Degradadas por Deposição de Resíduos


Quanto ao objeto deste diagnóstico – áreas contaminadas ou degrada-
das por deposição de resíduos – convém inicialmente explicitar algumas
considerações.
As práticas gerenciais no setor de resíduos evoluíram muito nas quatro
últimas décadas; anteriormente era prática comum o simples descarte de ma-
teriais inservíveis em qualquer lugar, principalmente no interior do estado e
fora dos centros mais urbanizados. Nos centros mais urbanizados, era prática
comum a utilização de resíduos para aterramento de antigas pedreiras, cavas
de extração de argila e areia pelo próprio poder público. Mesmo para aterra-
mento de várzeas e braços mortos de rios que foram retificados, essa prática
era comum. Nas unidades industriais construídas nas décadas de 1950 e 1960,
nas periferias e no interior do estado, onde as áreas de terrenos eram muito
mais extensas, parcelas das áreas eram com frequência utilizadas como depó-
sito de resíduos. Também é importante salientar que essas práticas, comuns
na época, não eram ilegais, pois não havia regramento que as impedisse.
O sistema de cadastro utilizado pela Cetesb permite distinguir a atividade
geradora da contaminação, dentre as seguintes opções: indústria, comércio,
posto de combustível, disposição de resíduos, acidentes, agricultura e desco-
nhecida. Em muitos registros é possível também conhecer se essa contami-
nação teve sua origem em um derramamento, vazamento, armazenamento,
deposição de resíduos sólidos, infiltração de efluentes, acidente etc.
Frequentemente as origens da contaminação são uma combinação das
situações citadas, o que torna impossível atribuir a contaminação exclusiva-
mente a uma ou outra causa. Por exemplo, em algumas bases de distribuição
159
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo de combustíveis, a contaminação foi decorrente de vazamentos durante o
carregamento de veículos, vazamentos de tanques, vazamentos de dutos e
do enterramento de borras de fundo de tanques na área da empresa.
Além das áreas onde a atividade desenvolvida era propriamente a depo-
sição de resíduos, o número de áreas contaminadas por atividade industrial,
comercial, agrícola ou desconhecida onde ocorreu também o descarte de
resíduos foi levantado, entretanto esses números devem ser vistos com cau-
tela, pois as causas de contaminação podem ser múltiplas, como já dito.
Como o aterramento de resíduos sólidos urbanos era e é praticado até
hoje, espera-se que o número de áreas potenciais relacionadas exclusiva-
mente a esses resíduos seja superior a alguns milhares. Considerando que
o estado possui 645 municípios e que, pelo menos até o final da década de
1990, não era prática comum encaminhá-los a aterros sanitários (até por-
que eles não existiam na maioria dos municípios), de modo muito otimis-
ta, haveria pelo menos número igual de áreas potenciais.
Em levantamento realizado na década de 1990, na RMSP haviam sido
identificados cerca de 130 locais de depósito de resíduos. Observa-se que
não necessariamente um antigo local de deposição de resíduos virá a ser
considerado como área contaminada, pois essa situação necessita ser de-
mostrada, por meio da realização dos estudos pertinentes.
Assim, em dezembro de 2012, o Cadastro de Áreas Contaminadas rela-
cionava 314 áreas onde resíduos haviam sido descartados. Destas, havia 128
áreas contaminadas por atividades de descarte de resíduos; 152 áreas conta-
minadas por atividades industriais, onde também ocorreram deposições de
resíduos; 33, por atividades comerciais, onde também ocorreram depósitos de
resíduos; e uma área contaminada por acidente/agrícola/fonte desconhecida
onde se constatou a existência de depósito de resíduos. A Tabela 67 apresenta
a distribuição dessas áreas por atividade e o seu estágio de gerenciamento.
A Figura 69 apresenta a divisão das áreas contaminadas cadastradas re-
lacionadas ao descarte de resíduos, por tipologia de atividade em 2012, en-
quanto a Figura 70 apresenta a classificação dessas áreas, segundo o estágio
de gerenciamento.
A Figura 71 mostra o mapa de distribuição dos municípios contendo as
áreas contaminadas por descarte de resíduos, tendo por base as informa-
ções reunidas até dezembro de 2012.

Tabela 67. Número e respectiva classificação de áreas contaminadas e reabilitadas relacionadas ao descarte de resíduos
até 2012, por atividade no estado de São Paulo
Classificação Tipologia
Resíduos Industrial Comércio Acidentes / agrícola / Total
desconhecida
Contaminada (AC) 59 77 13 0 149
Contaminada sob investigação (AI) 42 53 6 0 101
Em processo de montoramento 19 17 10 0 46
para reabilitação (AME)
Reabilitada (AR) 8 5 4 1 18
Total 128 152 33 1 314

Fonte: CETESB (2012b), elaborado por CETESB (2013).

160
Figura 69. Distribuição do número de áreas contaminadas cadastradas, relacionadas ao descarte de resíduos, por tipologia

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


de atividade
1

33

128

152 Resíduos (128)


Industrial (152)
Comércio (33)
Acidentes/Agrícola
(fonte desconhecida) (1)

Fonte: CETESB (2012b), elaborado por CETESB (2013).

Figura 70. Número e respectiva classificação de áreas contaminadas por descarte de resíduos, segundo seu estágio de
gerenciamento

18
46

149

101
Contaminada (AC)
Contaminada sob investigação (I)
Em processo de monitoramento (AME)
Reabilitada (AR)

Fonte: CETESB (2012b), elaborado por CETESB (2013).

Figura 71. Municípios com áreas contaminadas e reabilitadas por descarte de resíduos até 2012 no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S

MS MG
22º0'0" S

RJ

PR
24º0'0" S

Legenda ESCALA GRÁFICA:


SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Limite Municipal DATUM HORIZONTAL:
Limite Estadual 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Áreas contaminadas e reabilitadas FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Sem áreas cadastradas – 543 município(s) Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
1 área – 60 município(s) Áreas contaminadas e reabilitadas:
CETESB, 2012 DATA: 07/11/2013
2 a 5 áreas – 29 município(s)
6 a 10 áreas – 8 município(s)
mais de 10 áreas – 5 município(s)

Fonte: CETESB (2012b), elaborado por SMA/CPLA (2013).

161
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo 14. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Ao refletir sobre as questões relacionadas à gestão dos resíduos sólidos,
as possíveis soluções e ações delineadas sempre apontam para a importân-
cia da educação ambiental.
A visão sistêmica necessária para a gestão de resíduos sólidos (que leve
em consideração as variáveis ambientais, sociais, culturais, econômicas,
tecnológicas e de saúde pública), o senso de corresponsabilidade, coope-
ração e articulação entre o Poder Público e os demais segmentos da socie-
dade e a garantia do direito à informação são princípios da PERS que se
coadunam significativamente com os princípios da educação ambiental.
A educação ambiental, como instrumento da PERS e PNRS, fomenta o
envolvimento e a transformação da sociedade com vistas à promoção de
padrões sustentáveis de produção e consumo, à prevenção da poluição e à
minimização dos resíduos na fonte geradora, assim como ao incentivo às
praticas ambientalmente adequadas de redução, reutilização, recuperação
e reciclagem de resíduos.
O Poder Público tem a competência de promover a educação ambiental,
de forma direta ou por meio de convênios e parcerias com entidades públi-
cas e privadas, entre outros.
No Seaqua, a Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) é o órgão
responsável pelo fomento, planejamento, coordenação e proposição de ca-
nais de comunicação e políticas públicas de educação ambiental.
O Decreto Estadual no 57.817, de 28 de fevereiro de 2012, instituiu o
Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos,
que criou uma estrutura de quatro projetos para a gestão dos resíduos sóli-
dos, entre eles o de Educação Ambiental, cujos objetivos, definidos em seu
Artigo 5o são:
“I – fomentar e promover ações de Educação Ambiental sobre resíduos sóli-
dos, em especial pela capacitação dos professores da rede pública de ensino;
II – promover a disseminação de informações e orientações sobre a parti-
cipação de consumidores, comerciantes, distribuidores, fabricantes e im-
portadores nos sistemas de responsabilidade pós-consumo;
III – sensibilizar e conscientizar a população sobre suas responsabilida-
des na gestão de resíduos, em especial na coleta seletiva e nos sistemas de
responsabilidade pós-consumo, visando a difundir e consolidar padrões
sustentáveis de produção e consumo;
IV – elaborar e publicar material de orientação sobre a gestão dos resíduos
sólidos.”

O Fehidro é, atualmente, o principal fundo estadual de financiamen-


to de projetos de educação ambiental no estado de São Paulo. Esse fundo
atende aos municípios, a organizações da sociedade civil e ao próprio Po-
der Público Estadual.
Dentre as áreas de atuação elegíveis para o financiamento do Fehidro,
encontra-se a Educação Ambiental para a Gestão Sustentável de Recursos
Hídricos, que contempla as seguintes ações:
• sensibilização, conscientização e mobilização socioambiental;
• educação voltada à comunicação, difusão e disseminação de informações.

162
Como a gestão de recursos hídricos é diretamente impactada pela ges-

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


tão de resíduos sólidos, o Fehidro tem financiado projetos de educação
ambiental voltados ao tema resíduos sólidos.
Os municípios também são agentes de promoção de educação. De acor-
do com dados extraídos pelo IGR, 73% dos municípios que responderam
ao questionário declararam que desenvolveram, em 2012, programas mu-
nicipais de educação ambiental voltados à gestão de RSU. Em 23% dos mu-
nicípios essa iniciativa não foi realizada.
Cabe destacar que, baseada no inciso XV do Artigo 4º da Resolução Co-
nama no 404, de 11 de novembro de 2008, a Cetesb tem exigido dos empre-
endedores públicos e privados, por ocasião do licenciamento ambiental de
aterros sanitários, a apresentação de um programa de educação ambiental
participativo, incluindo a comprovação de sua implementação.
Observa-se, ainda, que as ações de educação ambiental orientadas aos
resíduos sólidos aqui descritas são aquelas mais abrangentes e desenvol-
vidas diretamente pelo Estado, por meio do Sistema Ambiental Paulista.
Outras iniciativas são desenvolvidas junto a escolas, comunidades locais e
outros públicos, especialmente por entidades da sociedade civil, empresas
privadas e prefeituras municipais.

14.1. AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Dentre as ações realizadas pela CEA voltadas à temática de resíduos só-
lidos, destacam-se as apresentadas a seguir.

a. Orientação aos Municípios com Formação de Educadores


Ações de orientação técnica a municípios e apoio à divulgação de in-
formações e processos de formação continuada sobre a gestão de resíduos
sólidos, especialmente na educação ambiental formal, para o público de
professores e educadores ambientais.
A partir de setembro de 2013, a CEA promoveu a formação de 528 edu-
cadores da rede municipal e estadual de ensino, de três municípios solici-
tantes. Essa capacitação foi realizada com o objetivo de estimular a cons-
cientização e sensibilização e, consequentemente, mudanças de atitudes,
especialmente na comunidade escolar, com enfoque nas temáticas de con-
sumo sustentável e resíduos sólidos.

B. FEHIDRO
A CEA é o agente técnico do Fehidro para projetos de educação am-
biental, isto é, realiza a orientação e avaliação técnica de projetos financia-
dos pelo fundo.

C. Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do


Estado de São Paulo (CadEC)
O Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do Es-
tado de São Paulo (Cadec) é destinado à cooperativas, associações de ca-
tadores e demais entidades que atuam, direta ou indiretamente, na coleta
seletiva de materiais reutilizáveis e recicláveis provenientes dos RSU.
163
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo O Cadec apresentou, até outubro de 2013, 95 entidades cadastradas,
dentre elas ONGs, grupos de artesãos, empresas de aparas de papel, asso-
ciações de empresas de reciclagem de resíduos da construção civil, além
das cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis.

D. Centros Municipais de Educação Ambiental


Buscando o desenvolvimento de uma política pública de educação am-
biental nos municípios paulistas, a CEA orienta a criação de espaços que
propiciem a sensibilização da sociedade para a participação ativa, perma-
nente e responsável no zelo e na defesa da qualidade ambiental.
O Programa Centros Municipais de Educação Ambiental estimula a cria-
ção de ambientes favoráveis ao envolvimento da população, para a promo-
ção de atividades de sensibilização e mobilização, bem como o desenvolvi-
mento de processos educativos contínuos.
Para a implantação dos Centros Municipais são considerados alguns
elementos básicos: espaço físico para a instalação do Centro, sugestão de
um rol básico de equipamentos e materiais de apoio para subsidiar as ações
de Educação Ambiental, dimensionamento e composição da equipe res-
ponsável pela operação do Centro e, especialmente, apoio à elaboração do
Projeto Político-Pedagógico de Educação Ambiental do município.

E. EcoBrinquedotecas
As EcoBrinquedotecas são espaços criados para a integração e aproxi-
mação das crianças, jovens e adultos com as questões ambientais, por meio
da abordagem dos enfoques cognitivo, afetivo, estético e lúdico.
Esses espaços aliam, em sua concepção, o brincar, a educação ambiental
e a produção criativa de objetos lúdicos, a partir da reutilização de mate-
riais recicláveis, favorecendo um resgate de valores como cidadania, coo-
peração, harmonia, justiça, responsabilidade, solidariedade, criatividade,
entre outros, além de estimular a construção de hábitos ecologicamente
corretos.
A SMA tem trabalhado com implementação de EcoBrinquedotecas nos
Centros Municipais de Educação Ambiental e nos parques urbanos, a fim
de enriquecer esses espaços e divulgá-los para frequentadores e estudantes
da rede pública de ensino.

F. Produção de Material de Orientação para a Gestão de Resíduos


Sólidos
A elaboração e/ou publicação de materiais sobre a gestão de resíduos
sólidos do Sistema Ambiental Paulista é apoiada pela CEA e contempla
diversos públicos. Incluem-se dentre as publicações:
• folders ou cartilhas;
• materiais didáticos, para contribuir com o trabalho dos professores, em
sala de aula;
• materiais de conteúdo técnico;
• materiais informativos para público não especializado.
164
A partir do ano 2000, foram publicados diversos materiais relativos ao

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


tema resíduos sólidos, disponibilizados em formato impresso ou digital48,
com diversas formas de abordagem para diferentes públicos:

• Coleta Seletiva para Prefeituras – com o objetivo de estimular e incentivar


boas práticas ambientais, a publicação oferece aos administradores munici-
pais um conjunto de informações e diretrizes para a implantação da coleta
seletiva. Nesse guia de implantação é apresentada uma simples e objetiva
“bula” de implantação da prática ambiental voltada ao município. A publi-
cação explica passo a passo como executar, implantar, divulgar e avaliar a
coleta seletiva, abordando, também, aspectos legais, técnicos e econômicos
da iniciativa, assim como possíveis parcerias, necessidades básicas para seu
sucesso, características de cada material e como envolver a sociedade de
forma intensa na sua realização, seja na separação correta dos resíduos, seja
na divulgação da ação ou no envolvimento de entidades de catadores. Essa
publicação foi lançada e distribuída a partir de 2009;

• Coleta Seletiva na Escola, no Condomínio, na Empresa, na Comunidade – a


publicação é um guia básico que contém as etapas de implantação da
coleta seletiva, de forma simples e clara, ilustrando a separação dos ma-
teriais que podem ser reutilizados e reciclados, para redução considerá-
vel na quantidade de resíduos gerada. Demonstra também outro refle-
xo positivo da coleta seletiva: sua prática ajuda a preservar os recursos
renováveis, que servem de matéria-prima para diversos produtos. Essa
publicação foi lançada e distribuída a partir de 2009;

• Manual de Operação de Aterro Sanitário em Valas – o manual é direcio-


nado aos operadores de aterros sanitários em valas e tem como objetivo
apresentar informações sobre a operação, manutenção e monitoramen-
to desses locais. O documento não pretende incentivar a implantação
de aterros sanitários como forma única de destinação final dos resíduos,
em detrimento de outras tecnologias, mas sim demonstrar a adequada
destinação dos resíduos sólidos, tendo como meta o gerenciamento de
forma integrada. Porém, considerando que no estado de São Paulo o
método de disposição no solo é, em alguns casos, utilizado como solu-
ção única de destinação dos resíduos, minimamente faz-se necessária
à execução de ações de curto prazo, com resultados factíveis, para que
estas ocorram de forma ambientalmente aceitável. Essa publicação foi
lançada e distribuída a partir de 2010;

• Cadernos de Educação Ambiental no 6: Resíduos Sólidos – a publicação


busca trazer ao leitor alguns conceitos e instrumentos utilizados pelo
Estado de São Paulo no enfrentamento da questão dos resíduos sólidos,
tendo como pano de fundo as políticas públicas hoje adotadas. A pri-
meira edição dessa publicação foi lançada e distribuída a partir de 2010,
a 2a edição, a partir de 2013;

48 Disponíveis em: www.ambiente.sp.gov.br/publicacoes/category/publicacoes

165
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo • Cadernos de Educação Ambiental no 9: Habitação Sustentável – aborda a
adoção de critérios socioambientais na construção e/ou reformas de uma
habitação, de forma a contribuir para a preservação ambiental;

• Cadernos de Educação Ambiental no 10: Consumo Sustentável – a pu-


blicação traz informações sobre a temática de resíduos sólidos em uma
linguagem mais simples e didática, na expectativa de conscientizar, sen-
sibilizar e promover mudanças de atitude na sociedade – especialmente
na comunidade escolar –, para a melhoria na qualidade de vida da po-
pulação e das condições de ambientais do estado de São Paulo;

• Cadernos de Educação Ambiental no 12: Guia Pedagógico do Lixo – a


publicação discute a questão do consumo sustentável, com a intenção
de provocar reflexões sobre mudanças de hábitos e padrões de consu-
mo e de fomentar a multiplicação de boas práticas de sustentabilidade,
abordando temas como reciclagem, análise de ciclo de vida e análise da
pegada ecológica, entre outros;

• O que o lixo tem a ver com o clima? – voltada ao público infantil, a car-
tilha, em forma de quadrinhos, conta a história de uma família que
pratica atitudes corretas no dia a dia, colaborando com a preservação
ambiental. Dispõe também de alguns jogos interativos e dicas sobre lim-
peza urbana. Essa publicação foi lançada e distribuída a partir de 2011;

• Manuais de Educação Ambiental para adultos, jovens e crianças – desen-


volvidas com base no Caderno de Educação Ambiental no 2: Ecocidadão,
as publicações Manual do Ecocidadão, Almanaque Jovem do EcoCidadão
e EcoCartilha do Pequeno Cidadão foram escritas com linguagem e for-
matação adequada a cada público alvo. Abrangem diversos conteúdos e
temas na área ambiental e apresentam aos leitores dicas de como agir de
maneira ambientalmente adequada no dia a dia. No âmbito do tema de
resíduos sólidos, mostram, ainda, de forma didática, o que pode ou não
ser reciclado. Essa publicação foi lançada e distribuída a partir de 2012;

• Caderninhos de Educação Ambiental no 1: O caminho para o vale perdido –


publicação voltada para o público infantil, na faixa etária entre 6 e 12
anos, escrita com linguagem simples e acessível, para informar e sensi-
bilizar as crianças sobre as questões ambientais, reforçando temas pre-
sentes nos trabalhos desenvolvidos pela Coordenadoria de Educação
Ambiental. Essa publicação foi lançada e distribuída a partir de 2013;

• Cadernos de Educação Ambiental no 19: Gerenciamento Online de Resí-


duos da Construção Civil – a publicação apresenta o Sistema Estadual de
Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos (Sigor), que possibilita mo-
nitorar o fluxo de todos os tipos de resíduos, da geração até seu destino
final. O módulo para os resíduos da construção civil será o primeiro a
ser implementado. Lançamento previsto para 2014;

• Cadernos de Educação Ambiental no 20: Responsabilidade pós-consumo – a


publicação trata do conceito da responsabilidade pós-consumo e de sua
aplicação na gestão compartilhada dos resíduos sólidos. Lançamento
previsto para 2014.
166
Encontram-se em desenvolvimento outras publicações sobre resí­duos

Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo


sólidos para o público infantil e de jovens.
A Tabela 68 apresenta o número de volumes distribuídos pela CEA por
publicação.

G. Exposição sobre Resíduos Sólidos


A Coordenadoria de Educação Ambiental possui em seu acervo mate-
riais para instalação de exposição itinerante sobre resíduos sólidos, des-
tinada às instituições públicas e privadas. Seu tema central é a redução,
reutilização, recuperação e reciclagem de materiais: papel, metal, plástico,
vidro e madeira. Os itens Coleta Seletiva e Sustentabilidade estão voltados
para a minimização da poluição do ar, água e solo. Desde o ano de 2009, a
exposição percorreu 45 locais, entre eles, prefeituras, instituições públicas
e privadas, com total de 186.528 visitantes (Tabela 69).

Tabela 68. Publicações distribuídas pela CEA entre 2009 e 2013


Publicação 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Cadernos de Educação Ambiental – – 9.930 150 159 5.933 16.172


Resíduos Sólidos

Cadernos de Educação Ambiental – – – 1.000 3.686 1.611 6.297


Habitação Sustentável

Cadernos de Educação Ambiental – – – 9.473 4.990 8.662 23.125


Guia Pedagógico do Lixo

Cadernos de Educação Ambiental – – – 536 4.230 878 5.644


Consumo Sustentável

Coleta Seletiva para Prefeituras 11.613 1.500 7.521 2.659 1.664 24.957

Coleta Seletiva, na Escola, no Condomínio, 15.407 3.971 12.812 92 5.000 37.282


na Empresa, na Comunidade

Manual do Ecocidadão – – – – 13.909 13.909

Almanaque Jovem do Ecocidadão – – – – 6.255 6.255

Ecocartilha do Pequeno Cidadão – – – – 6.283 6.283

O Caminho para o Vale Perdido – – – – 1.140 1.140

O que o Lixo tem a ver com o Clima? – – 201.383 50.838 12.735 264.956

27.020 15.401 232.875 66.654 64.070 406.020

Fonte: SMA (2013c), elaborado por SMA/CEA (2013).

Tabela 69. Solicitação de empréstimo e visitação da exposição de resíduos sólidos


2009 2010 2011 2012 2013 Total

Solicitação de Empréstimo 5 15 10 6 9 45

Visitantes 7.093 31.263 9.044 49.169 89.959 186.528

Fonte: SMA (2013c), elaborado por SMA /CEA (2013)

167
168
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais
Estudo de Regionalização e
Proposição de Arranjos Intermunicipais

+ -

+ -
+
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

+
-
1. Introdução

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


O Estado de São Paulo possui amplo histórico – desde a década de 60
– de organizar seu território em regiões compostas por municípios limítro-
fes, articulados ou não a um centro com funções polo e/ou de núcleo. Esse
recorte territorial pressupõe a existência de certo grau de homogeneidade
socioeconômica e ambiental entre os municípios, a partir de suas áreas de
influência, isto é, onde os fluxos de bens e serviços são mais intensos do
que em qualquer outra unidade (Emplasa, 2011).
Segundo a Constituição Estadual, a organização regional do Estado tem
o objetivo de promover o planejamento regional; a cooperação entre os
diferentes níveis de governo, mediante descentralização, articulação e inte-
gração dos seus órgãos; a utilização racional do território e dos recursos; a
redução das desigualdades regionais; e a execução de funções públicas de
interesse em comum.
A Lei Complementar no 760 de 1o de agosto de 1994, que estabelece
diretrizes para a Organização Regional do Estado de São Paulo, define as
temáticas de interesse comum às entidades regionais, ou seja, aquelas que
apresentam caráter intermunicipal, quais sejam: planejamento e uso do
solo; transporte e sistema viário regionais; habitação; saneamento básico,
no qual está inserida a gestão de resíduos sólidos; meio ambiente; desen-
volvimento econômico; e atendimento social.
A Constituição Estadual fixa, ainda, três tipologias de unidades regio-
nais, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, a par-
tir das quais é possível dividir total ou parcialmente o território paulista,
conforme os diferentes níveis e intensidades de fluxos, deslocamentos e
processos de urbanização e conurbação observados.
Considera-se região metropolitana (RM) “o agrupamento de Municípios
limítrofes que assuma destacada expressão nacional, em razão de elevada
densidade demográfica, significativa conurbação e de funções urbanas e re-
gionais com alto grau de diversidade, especialização e integração socioeco-
nômica, exigindo planejamento integrado e ação conjunta permanente dos
entes públicos nela atuantes” (Constituição Estadual, Art. 153, § 1o).
As aglomerações urbanas (AU) são definidas como “o agrupamento de
Municípios limítrofes que apresente relação de integração funcional de natu-
reza econômico-social e urbanização contínua entre dois ou mais Municípios
ou manifesta tendência nesse sentido, que exija planejamento integrado e
recomende ação coordenada dos entes públicos nela atuantes” (Constituição
Estadual, Art. 153, §2o).
Já as microrregiões (MR) são constituídas pelo “agrupamento de Mu-
nicípios limítrofes que apresente, entre si, relações de interação funcional de
natureza físico-territorial, econômico-social e administrativa, exigindo pla-
nejamento integrado com vistas a criar condições adequadas para o desen-
volvimento e integração regional” (Constituição Estadual, Art. 153, § 3o).
Essas classificações são previstas constitucionalmente e definidas pela
legislação vigente. A instituição de unidades regionais, nesses termos, dá-
se por meio de lei complementar estadual.

171
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Por outro lado, diversos órgãos setoriais da Administração Estadual tra-
balham com propostas de regionalização próprias. Esses agrupamentos se
configuram como divisões administrativas e institucionais, definidas por
critérios próprios para atender demandas específicas do setor, como por
exemplo, as Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs),
utilizadas pelas Secretarias de Meio Ambiente e de Saneamento e Recursos
Hídricos.
Entretanto, observa-se que a regionalização político-institucional clás-
sica nem sempre atende às necessidades de formulação, implementação e
gestão das políticas públicas, tendo em vista as transformações socioeco-
nômicas ocorridas das últimas décadas. Além disso, os arranjos não abran-
gem a totalidade dos fenômenos e processos físico-territoriais e socioeco-
nômicos, que configuram uma realidade mais complexa, multifacetada e
em rápida transformação, em relação àquela expressa em categorias teóri-
cas ou pelas delimitações político-institucionais (EMPLASA, 2011).
Ademais, a complexidade de escalas, os processos de urbanização e co-
nurbação e as intensas integrações funcionais também dificultam a formu-
lação de propostas de regionalização (EMPLASA, 2011).
Diante disso, entende-se que as propostas de regionalização devem ser
flexíveis, visando subsidiar e não substituir as necessidades específicas do
planejamento e gestão, nem os movimentos e arranjos espontâneos dos
próprios municípios. Essas propostas devem ser vistas como tentativas de
definir um instrumento de integração das políticas públicas nas dimensões
estratégicas e operacionais com a dimensão territorial e os fluxos nela ob-
servados (EMPLASA, 2011).

1.1. Regionalização Aplicada à Gestão de Resíduos Sólidos


O Estudo de Regionalização aplicado à gestão de resíduos sólidos se
apresenta como uma importante ferramenta para o planejamento e o com-
partilhamento da execução de serviços e atividades de interesse comum
aos municípios.
Sendo assim, seu principal objetivo é definir propostas de recortes terri-
toriais – observando critérios populacionais, ambientais e econômicos, bem
como complementaridades e sinergias já existentes entre os municípios –, nas
quais haveria uma maior propensão para adoção de estratégias de gestão e
ações de gerenciamento de resíduos sólidos conjuntas entre os municípios.
Dessa forma, por meio de soluções regionalizadas, torna-se possível
uma redução dos locais de destinação de resíduos sólidos, proporcionando
diversas vantagens: locais de destinação com melhores condições de opera-
ção, menores custos e passíveis de maior controle; redução de áreas degra-
dadas e impactadas; uma ampla e dirigida campanha de conscientização e
educação ambiental; ampliação da prática da coleta seletiva, eficiente e or-
ganizada regionalmente; aquisição de instalações e equipamentos com tec-
nologia sofisticada, que um único município dificilmente teria condições
de adquirir; oportunidades de utilização racional dos recursos técnicos e
humanos; melhores condições de trabalho; maior troca de informações,
experiên­cias e capacitações.
172
A partir da associação entre municípios de diferentes portes, a supe-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


ração de fragilidades da gestão, a otimização da aplicação de recursos fi-
nanceiros, materiais e humanos e a obtenção de economia de escala para a
destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos são facilitadas
(BRASIL, 2011b).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos define que os Estados devem
apoiar e priorizar iniciativas consorciadas ou compartilhadas de gestão de
resíduos sólidos entre dois ou mais municípios. É estabelecido, também,
como competência dos Estados, a promoção de integração na organização,
no planejamento e na execução das funções públicas de interesse comum
relacionadas à gestão de resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglo-
merações urbanas e microrregiões.
Ainda segundo a PNRS, a União dará prioridade de acesso a recursos
federais para os Estados que instituírem microrregiões com o objetivo de
integrar municípios limítrofes na gestão dos resíduos sólidos.
Nesse contexto, observa-se que a PNRS traça uma diretriz de fomento
à associação entre municípios para o desenvolvimento de uma gestão de
resíduos sólidos em escala regional, na qual se possam congregar esforços
políticos e técnicos para alcançar melhores níveis de qualidade. Isso porque
o atual modelo de gestão individual a cada município tem se mostrado,
em muitos casos, ineficaz, ineficiente e inefetivo, além de não apresentar
condições necessárias para alcançar os objetivos e metas, nem a hierarqui-
zação do gerenciamento49 de resíduos sólidos estabelecidos pelas Políticas
Nacional e Estadual.
Entretanto, fica evidente que, para a viabilização desses arranjos inter-
municipais e regionais, é fundamental a vontade política dos entes envol-
vidos na construção de um arranjo institucional consistente. Nos últimos
anos alguns estudos e planos de caráter regional foram elaborados no estado
sem que, contudo, se traduzissem em efetivas ações e políticas públicas.
Ressalta-se também a necessidade do Estado assumir, de forma mais
incisiva, o papel de indutor nesse contexto, seja por meio de suporte técni-
co, pela adoção de instrumentos econômicos e financeiros aos municípios,
ou pelo planejamento e implementação de políticas públicas, ações estas
adotadas, principalmente, com o objetivo de subsidiar a criação de con-
sórcios públicos e outras formas de arranjos formais entre os municípios,
assim como de fortalecer a educação ambiental, incentivando a adoção da
hierarquização na gestão e no gerenciamento de resíduos sólidos, confor-
me previsto na Política Nacional e apresentado com maiores detalhes no
Anexo IV.

49 “Art.9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração,
redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”
(Lei no 12.305/2010).

173
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais 2. Unidades regionais
Para subsidiar a construção da Proposta de Regionalização do Plano
Estadual de Resíduos Sólidos, foi observada, dentre outras ações estaduais,
a publicação Rede Urbana e Regionalização do Estado de São Paulo elabo-
rada pela Emplasa e Fundação Seade, em 2011. Nela estão compilados os
resultados de dois anos de estudos técnicos acerca da morfologia e hierar-
quia da rede urbana, congregando um retrato da rede de municípios e da
regionalização do território paulista (EMPLASA, 2011).
A modelagem de regionalização apresentada no estudo tem a finalidade
de fornecer subsídios técnicos para processos de formulação, planejamento
e gestão de políticas públicas integradas de desenvolvimento regional, e
para tomada de decisão a respeito da criação de novas unidades regionais.
Ressalta-se que o desenho dos traçados obedece às diretrizes para insti-
tucionalização de unidades regionais definidas na legislação, por meio da
Constituição Federal (Art. 25, §3o), da Constituição Estadual (Art. 153,
§1o), e da Lei Complementar no 760, de 1o de agosto de 1994 (EMPLASA,
2011).
O agrupamento e o enquadramento dos municípios foram realizados
a partir de análises: da dinâmica demográfica, com destaque para os des-
locamentos pendulares; do perfil econômico, por meio da integração fun-
cional entre os centros urbanos com funções polo e a região e das áreas de
influência dos municípios; das condições físico-territoriais, incluindo os
processos de metropolização em curso; e das condições ambientais, con-
siderando a delimitação das bacias hidrográficas, presença de unidades de
conservação e disponibilidade hídrica (EMPLASA, 2011).
A Regionalização do Estado de São Paulo (Figura 72), segundo a Em-
plasa e Fundação Seade, divide o território em 34 unidades, a saber:
• três regiões metropolitanas (RMSP, RMC e RMBS);
• nove aglomerações urbanas (Araçatuba, Araraquara/São Carlos, Bauru,
Jundiaí, Piracicaba, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e
São José dos Campos);
• 22 microrregiões (Bragantina, Mantiqueira, Estâncias, Andradina, Avaré,
Barretos, Botucatu, Catanduva, Dracena, Franca, Itapetininga, Lins, Ma-
rília, Ourinhos, Presidente Prudente, São João da Boa Vista, São Roque,
Alto Paraíba, Litoral Norte, Vale do Ribeira, Mogiana e Votuporanga).

Na delimitação das aglomerações urbanas foram utilizados, princi-


palmente, os parâmetros relacionados à existência de relações funcionais
entre os municípios, representadas pelos fluxos e deslocamentos, além da
identificação de municípios polo e subpolos e suas áreas de influência. Para
as microrregiões, o fator ambiental auxiliou na definição da maioria dos
traçados, tomando como base a homogeneidade físico-territorial e simila-
ridades socioeconômicas. Já nas regiões metropolitanas, o traçado deter-
minado pela legislação foi mantido (EMPLASA, 2011).
Ressalta-se, entretanto, que a publicação é anterior a criação da Região
Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN), pela Lei
174
Figura 72. Estudo de Regionalização da Emplasa segundo categorias regionais
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR de
Votuporanga MR de
MS MR de Franca MG
Barretos
AU de
MR de São José do Rio Preto
Andradina
AU de
AU Araçatuba MR de Ribeirão Preto
Catanduva
MR de
Dracena
MR de AU de MR de
Lins Araraquara São João da
Boa Vista
22º0'0" S

MR de
MR de Marília
Presidente Prudente AU de MR da
Bauru Mogiana RJ
AU de
Piracicaba MR das MR da
MR de Estâncias Mantiqueira
Ourinhos MR de RM de
Botucatu Campinas
MR de AU de
MR de Bragantina São José
Avaré AU de dos Campos
AU de Jundiaí
Sorocaba MR do
RM de Alto Paraíba
São Paulo
MR de MR do
PR MR de São Roque Litoral Norte
Itapetininga
24º0'0" S

RM da
Baixada SISTEMA DE COORDENADAS
Santista ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
MR do DATUM HORIZONTAL:
Vale do Ribeira 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Legenda FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Limite Municipal Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
Limite Estadual Unidades Regionais:
EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 16/04/2014
Microrregião – MR
Aglomeração Urbana – AU
Região Metropolitana – RM

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

175
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Complementar no 1.166, de 09 de janeiro de 2012, e da Região Metropoli-
tana de Sorocaba, pela Lei Complementar no 1.241, de 08 de maio de 2014,
além das Aglomerações Urbanas de Jundiaí e de Piracicaba, instituídas,
respectivamente, pelas Leis Complementares no 1.146, de 24 de agosto de
2011, e no 1.178, de 26 de junho de 2012. Diante disso, o traçado original do
estudo deve sofrer algumas atualizações e o número de unidades regionais
deve ser reduzido, ainda que as duas aglomerações urbanas já tenham sido
previstas, pois seus processos de institucionalização legal já estavam em
curso.
Nas Tabelas 70, 71 e 72 são apresentadas informações sobre a compo-
sição das unidades regionais, a população abrangida e a área ocupada no
território do estado.
Outro recorte que tem sido adotado no estado de São Paulo, exclusi-
vamente para fins de planejamento, é a Macrometrópole Paulista (MMP),
que abrange as cinco regiões metropolitanas do estado já institucionali-
zadas – São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Vale do Paraí­ba e Litoral
Norte e Sorocaba –, as Aglomerações Urbanas de Jundiaí e Piracicaba e a
Microrregião Bragantina (Figura 73). Juntas, congregam 153 municípios,
totalizando cerca de 44 mil km² – equivalente a 16,5% do território paulis-
ta e 0,5% do nacional –, e mais de 30 milhões de pessoas (72% do total da
população do estado), com taxa de urbanização de cerca de 95%. A região
responde ainda por cerca de 80% do PIB estadual e 27% do PIB nacional.
Nesse contexto, vem sendo desenvolvido o Plano de Ação da Macrome-
trópole Paulista (PAM), uma ferramenta de planejamento de longo prazo,

Figura 73. Macrometrópole Paulista


48º0'0" W 46º30'0" W 45º0'0" W

ESTADO DE
SÃO PAULO

MG
22º30'0" S

RJ

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
24º0'0" S

12 0 12 24 km SIRGAS 2000

O FONTE: ELABORADO POR:

ÂN TIC Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e


Gerenciamento de Informações

ATL
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Legenda Macrometrópole: EMPLASA DATA: 27/05/2013
Limite Municipal ANO
Limite Estadual OCE
Macrometrópole Paulista

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

176
Tabela 70. Delimitação de unidades regionais do estado de São Paulo 2010 – regiões metropolitanas

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


Regiões metropolitanas Municípios
Baixada Santista Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente.
Total: 9
Campinas Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia,
Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo
Antonio de Posse, Sumaré, Valinhos, Vinhedo.
Total: 19
São Paulo Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das Artes, Embu-
Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da
Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora
do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana de Parnaíba,
Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, São Paulo, Suzano,
Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.
Total: 39

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Tabela 71. Delimitação de unidades regionais do estado de São Paulo 2010 –aglomerações urbanas
Aglomerações Municípios
urbanas
Araçatuba Alto Alegre, Araçatuba, Auriflama, Avanhandava, Barbosa, Bento de Abreu, Bilac, Birigui, Braúna, Brejo Alegre,
Buritama, Clementina, Coroados, Gabriel Monteiro, Gastão Vidigal, General Salgado, Glicério, Guararapes,
Guzolândia, Lourdes, Luiziânia, Nova Castilho, Nova Luzitânia, Penápolis, Piacatu, Rubiácea, Santo Antonio do
Aracanguá, Santópolis do Aguapeí, São João de Iracema, Turiúba, Valparaíso.
Total: 31
Araraquara/ Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues, Descalvado, Dobrada,
São Carlos Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Itápolis, Itirapina, Matão, Motuca, Nova Europa,
Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão Bonito, Rincão, Santa Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santa
Ernestina, Santa Lucia, São Carlos, Tabatinga, Taquaritinga, Trabiju.
Total: 29
Bauru Agudos, Arealva, Avaí, Balbinos, Bariri, Barra Bonita, Bauru, Bocaina, Boracéia, Borebi, Brotas, Cabrália Paulista, Dois
Córregos, Duartina, Iacanga, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Jaú, Lençóis Paulista, Lucianópolis, Macatuba, Mineiros do
Tietê, Paulistânia, Pederneiras, Pirajuí, Piratininga, Presidente Alves, Reginópolis, Torrinha.
Total: 30
Jundiaí Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Várzea Paulista.
Total: 7
Piracicaba Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto,
Ipeúna, Iracemápolis, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa
Gertrudes, Santa Maria da Serra, São Pedro.
Total: 22
Ribeirão Preto Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará,
Jaboticabal, Jardinópolis, Luís Antônio, Mococa, Monte Alto, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Pitangueiras,
Pontal, Pradópolis, Ribeirão Preto, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa do
Viterbo, Santo Antonio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho, Taiúva, Tambaú, Taquaral.
Total: 34
São José dos Aparecida, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí, Lavrinhas, Lorena,
Campos Monteiro Lobato, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Roseira, São José dos Campos, Taubaté, Tremembé.
Total: 19
São José do Adolfo, Altair, Bady Bassitt, Bálsamo, Cajobi, Cedral, Floreal, Guapiaçu, Guaraci, Icém, Ipiguá, Jaci, José Bonifácio,
Rio Preto Macaubal, Magda, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nhandeara, Nipoã,
Nova Aliança, Nova Granada, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Palestina, Paulo de Faria, Planalto, Poloni, Potirendaba,
São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Severínia, Tanabi, Ubarana, Uchôa, União Paulista, Zacarias.
Total: 41
Sorocaba Alumínio, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Conchas, Iperó, Itu, Jumirim,
Laranjal Paulista, Pereiras, Porangaba, Porto Feliz, Quadra, Salto, Salto de Pirapora, Sorocaba, Tatuí, Tietê, Torre de
Pedra, Votorantim.
Total: 22

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

177
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Tabela 72. Delimitação de unidades regionais do estado de São Paulo 2010 – microrregiões
Microrregiões Municípios
Andradina Andradina, Castilho, Guaraçaí, Ilha Solteira, Itapura, Lavínia, Mirandópolis, Murutinga do Sul, Nova Independência,
Pereira Barreto, Sud Mennucci, Suzanápolis.
Total: 12
Avaré Águas de Santa Bárbara, Arandu, Avaré, Cerqueira César, Iaras, Itatinga, Manduri, Óleo.
Total: 8
Barretos Barretos, Bebedouro, Colina, Colômbia, Guaíra, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Pirangi,Taiaçu, Terra Roxa, Viradouro,
Vista Alegre do Alto.
Total: 12
Botucatu Anhembi, Areiópolis, Bofete, Botucatu, Pardinho, Pratânia, São Manuel.
Total: 7
Bragantina Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Joanópolis, Morungaba, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho,
Piracaia, Tuiuti, Vargem.
Total: 11
Catanduva Ariranha, Catanduva, Catiguá, Elisiário, Embaúba, Ibirá, Irapuã, Itajobi, Marapoama, Novais, Novo Horizonte, Palmares
Paulista, Paraíso, Pindorama, Sales, Santa Adélia, Tabapuã, Urupês.
Total: 18
Dracena Adamantina, Dracena, Flora Rica, Flórida Paulista, Inúbia Paulista, Irapuru, Junqueirópolis, Lucélia, Mariápolis, Monte
Castelo, Nova Guataporanga, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Pacaembu, Panorama, Parapuã, Paulicéia, Rinópolis, Sagres,
Salmourão, Santa Mercedes, São João do Pau d’Alho, Tupi Paulista.
Total: 23
Estâncias Águas de Lindóia, Amparo, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Serra Negra, Socorro.
Total: 6
Franca Aramina, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Guará, Igarapava, Ipuã, Itirapuã, Ituverava, Jeriquara, Miguelópolis,
Patrocínio Paulista, Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina, São Joaquim da Barra, São José da Bela Vista.
Total: 18
Itapetininga Alambari, Angatuba, Barão de Antonina, Bernardino de Campos, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte
Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Guareí, Ipaussu, Itaberá, Itaí, Itapetininga, Itapeva,
Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Paranapanema, Pilar do Sul, Piraju, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, São
Miguel Arcanjo, Sarapuí, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, Taquarivaí, Tejupá, Timburi.
Total: 34
Lins Cafelândia, Getulina, Guaiçara, Guaimbê, Guarantã, Lins, Pongaí, Promissão, Sabino, Uru.
Total: 10
Litoral Norte Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Ubatuba.
Total: 4
Mantiqueira Campos do Jordão, Santo Antonio do Pinhal, São Bento do Sapucaí.
Total: 3
Marília Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Arco Íris, Bastos, Echaporã, Fernão, Gália, Garça, Herculândia, Iacri, Júlio Mesquita,
Lupércio, Marília, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Pompéia, Queiroz, Quintana, Tupã, Ubirajara, Vera Cruz.
Total: 22
Mogiana Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Itapira, Mogi Guaçu, Moji Mirim, Santo Antonio do Jardim.
Total: 6
Ourinhos Assis, Borá, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Canitar, Chavantes, Cruzália, Espírito Santo do Turvo, Florínia,
Ibirarema, Lutécia, Maracaí, Ourinhos, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, Ribeirão do Sul, Salto
Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Tarumã.
Total: 22
Presidente Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha,
Prudente Paulista, Iepê, Indiana, João Ramalho, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba,
Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Quatá,
Rancharia, Regente Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabaí,
Teodoro Sampaio.
Total: 33
São João da Aguaí, Águas da Prata, Caconde, Casa Branca, Divinolândia, Itobi, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São
Boa Vista Sebastião da Grama, Tapiratiba, Vargem Grande do Sul.
Total: 11
São Roque Araçariguama¸ Ibiúna, Mairinque, Piedade, São Roque.
Total: 5
Vale do Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaóca, Itapirapuã
Ribeira Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, Sete Barras, Tapiraí.
Total: 21
Votuporanga Álvares Florence, Américo de Campos, Aparecida d’Oeste, Aspásia, Cardoso, Cosmorama, Dirce Reis, Dolcinópolis, Estrela
d’Oeste, Fernandópolis, Guarani d’Oeste, Indiaporã, Jales, Macedônia, Marinópolis, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Nova
Canaã Paulista, Ouroeste, Palmeira d’Oeste, Paranapuã, Parisi, Pedranópolis, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Riolândia,
Rubineia, Santa Albertina, Santa Clara d’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita d’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa,
São Francisco, São João das Duas Pontes, Três Fronteiras, Turmalina, Urânia, Valentim Gentil, Vitória Brasil, Votuporanga.
Total: 43

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

178
que pretende dar suporte à formulação e implementação de políticas pú-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


blicas e às ações do Estado para o território da MMP. Para isso, ponderam-
se o diagnóstico das principais potencialidades de desenvolvimento e dos
problemas enfrentados, o levantamento das restrições presentes em diver-
sas dimensões da realidade regional e a formulação de uma visão de futuro
desejado, por meio de cenários do desenvolvimento futuro.
Com relação à temática de resíduos sólidos, alguns dados apresentados
anteriormente na seção Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São
Paulo indicam a grandeza do desafio a ser enfrentado na MMP. Estima-se
uma geração de mais de 30.000 t/dia de RSU, ou seja, 78,75% do total ge-
rado no estado, sendo que desse total apenas uma pequena porcentagem
(cerca de 190 t/dia) dos materiais passíveis de recicláveis são efetivamente
destinados à reciclagem. Além disso, a região da Macrometrópole Paulista
concentra a geração dos resíduos sólidos de serviços de transporte, de saú-
de e de saneamento, bem como daqueles provenientes das atividades in-
dustriais e da construção civil, devido às características da área abrangida.
Diante disso, o Plano de Ação da Macrometrópole Paulista aponta al-
guns aspectos fundamentais para o desenvolvimento das ações de implan-
tação das Políticas Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos, tais como: a
periodicidade e a ampliação do levantamento de informações para todos
os tipos de resíduos sólidos; a implantação de soluções regionais para resí-
duos sólidos; a implantação de tecnologias – convencionais e alternativas
– de tratamento, a fim de viabilizar a disposição ambientalmente adequada
de rejeitos; a implantação dos termos de responsabilidade pós-consumo
estaduais e dos acordos setoriais federais, para os resíduos sólidos sujeitos
à logística reversa; a recuperação das áreas degradadas e/ou contaminadas
por resíduos sólidos; a inclusão social e o fortalecimento das organizações
de catadores e o aumento do percentual de resíduos sólidos enviados para
a reciclagem.

2.1. Regiões Metropolitanas do Estado de São Paulo


Das unidades regionais propostas no estudo de regionalização reali-
zado pela Emplasa e Fundação Seade para o estado de São Paulo, cinco
regiões metropolitanas e duas aglomerações urbanas encontram-se legal-
mente instituídas, por meio de leis complementares próprias. Uma vez
instituídas, é previsto que cada unidade passe a ter aparato institucional e
organizacional, além de uma dinâmica de planejamento e funcionamento
próprios.
As primeiras regiões metropolitanas do país foram criadas pela Lei
Complementar Federal no 14, de 08 de junho de 1973. Os objetivos dessa
proposta de governança, ampliada posteriormente no Estado, expressos
no artigo 153 da Constituição Estadual e na Lei Complementar Estadual
no 760, de 1o de agosto de 1994, reportam ao planejamento regional visan-
do ao desenvolvimento socioeconômico, à proteção ao meio ambiente e à
maior eficiência na utilização dos recursos públicos, entre outros.
Nessas unidades regionais, o Estado tem um papel fundamental e ca-
talisador no processo de planejamento, financiamento e coordenação de
programas e projetos de interesse metropolitano. Em cada região metropo-
179
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais litana funciona um Conselho de Desenvolvimento, de caráter normativo
e deliberativo, constituído, em condição paritária, por representantes de
todos os municípios integrantes e por representantes do Estado (EMPLA-
SA, 2011).
A Emplasa, órgão vinculado à Secretaria Estadual da Casa Civil, atua no
planejamento e desenvolvimento das unidades regionais legalmente insti-
tuídas. A empresa foi criada em 1975 para atuar na Grande São Paulo, úni-
ca região metropolitana então existente. Hoje, apesar de o seu foco ter sido
ampliado para o território da Macrometrópole Paulista, a Emplasa ainda
desempenha, na prática, o papel de Agência Metropolitana naquelas que
ainda não a possuem, como por exemplo, a Região Metropolitana de São
Paulo (RMSP).
De acordo com as leis que criam e regulamentam as regiões metropoli-
tanas, questões relativas ao meio ambiente e saneamento básico são consi-
deradas de interesse comum, o que demonstra a importância do planeja-
mento e da busca de soluções regionais no âmbito da gestão dos resíduos
sólidos, de competência do Estado e dos municípios pertencentes a essas
unidades regionais.
Passados mais de 40 anos da criação da primeira região metropolitana
no estado, é possível verificar que esse modelo de governança ainda não
conseguiu cumprir plenamente os seus objetivos, ao menos no que tange à
questão ambiental. De modo geral, problemas com o nível de engajamento
e comprometimento dos entes envolvidos ainda são observados, bem como
a sobreposição dos interesses locais em detrimento daqueles de caráter re-
gional. Ressalta-se ainda o potencial não plenamente explorado do Estado
como protagonista no planejamento integrado dessas regiões e indutor de
políticas públicas regionais.

2.1.1. Região Metropolitana de São Paulo


Criada pela Lei Complementar Federal no 14, de 08 de junho de 1973, a
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) (Figura 74), composta por 39
municípios, é o maior polo de riqueza nacional. O PIB da RMSP atingiu
R$ 572 bilhões em 2008, o que corresponde a cerca de 57% do PIB paulista.
A Região abriga as sedes de importantes empresas brasileiras, complexos
industriais, comerciais e, principalmente, financeiros.
A RMSP possui a maior concentração urbana do país, com cerca de
19,7 milhões de habitantes, em 2012, que geram mais da metade de todo o
RSU produzido no estado. Essa região é responsável, também, por grande
parcela da geração de outros tipos de resíduos sólidos, tais como, os indus-
triais, da construção civil, de serviços de transporte, entre outros.
Em 16 de junho de 2011, foi editada a Lei Complementar no 1.139, que
reorganizou a RMSP e a dividiu em cinco subregiões: Norte, Leste, Sudes-
te, Sudoeste e Oeste. Criou-se, ainda, o Conselho de Desenvolvimento, no
qual funciona uma Câmara Temática de Saneamento, Resíduos Sólidos
e Recursos Hídricos, constituída para a promoção de estudos, pesquisas,
projetos e atividades relativas ao tema.

180
Figura 74. Região Metropolitana de São Paulo

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


47º0'0" W 46º30'0" W 46º0'0" W

ESTADO DE
SÃO PAULO

23º30'0" S
SISTEMA DE COORDENADAS

24º0'0" S
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
5 0 5 10 km SIRGAS 2000

CO
NTI
FONTE: ELABORADO POR:
 Centro de Integração e

ATL
Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Legenda
ANO Região Metropolitana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Municipal
Limite Estadual
OCE
Região Metropolitana de São Paulo

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Em 2013, foi instituído o Fundo de Desenvolvimento da Região Metro-


politana de São Paulo, para o qual, atualmente, estão sendo discutidos os
critérios de rateio entre os municípios componentes.
Na RMSP foram elaborados diversos estudos e planos relacionados à
temática dos resíduos sólidos. No âmbito do Programa Nacional de Meio
Ambiente (PNMA II), o projeto Proteção e Conservação dos Mananciais de
Abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo – Alto Tietê – Cabe-
ceiras possibilitou, em 2003, a elaboração de planos municipais de geren-
ciamento integrado de resíduos sólidos dos municípios de Biritiba Mirim,
Salesópolis, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Mogi das Cruzes. Já no
Plano Diretor de Resíduos Sólidos da Região Alto Tietê – Cabeceiras, revisto
em 2006, há uma proposta de modelo de gestão integrada e compartilha-
da de resíduos sólidos nos municípios envolvidos, o que, contudo, não foi
viabilizado.
Mais recentemente, em 2013, foi elaborado por meio de parceria entre
a Sabesp e a Cetesb, o Relatório de Apoio para o Plano Regional de Gestão
de Resíduos Sólidos dos Municípios do Alto Tietê – Cabeceiras, em que se
discute a adoção de alternativas tecnológicas para tratamento e destinação
final de resíduos sólidos, em uma perspectiva local e regional.
Dado o porte e a complexidade da RMSP, conforme já apontado por
outros estudos, faz-se necessária a busca de soluções sub-regionalizadas,
seja por meio da instalação de consórcios públicos, de parcerias público-
privadas, de sociedade de propósito específico, entre muitas possíveis.

181
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais 2.1.2. Região Metropolitana da Baixada Santista
A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), instituída pela
Lei Complementar no 815, de 30 de julho de 1996, é constituída por nove
municípios (Figura 75), onde vivem 1,7 milhões de habitantes (2012), e é
caracterizada por uma grande diversidade socioeconômica e ambiental.
O seu território abriga um dos principais portos da América Latina,
um complexo industrial de grande porte e importante fluxo turístico nas
temporadas, fatores que implicam em significativa geração de resíduos. A
Região ainda possui importantes Unidades de Conservação, marinhas e
terrestres, por exemplo, o Parque Estadual da Serra do Mar, além de áreas
indígenas demarcadas.
Com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execu-
ção das funções públicas de interesse comum na RMBS, foi criada pela Lei
Complementar Estadual no 853, de 23 de dezembro de 1998, a Agência Me-
tropolitana da Baixada Santista (Agem), entidade autárquica que desem-
penha papel de secretaria executiva do Conselho de Desenvolvimento da
Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) – conselho paritário,
formado por representantes das prefeituras e do Estado.
O Condesb tem caráter normativo e deliberativo e a ele estão vincu-
ladas as Câmaras Temáticas de Saneamento e do Meio Ambiente, fóruns
consultivos, nos quais a questão da gestão de resíduos sólidos vem sendo
discutida.

Figura 75. Região Metropolitana da Baixada Santista


47º0'0" W 46º30'0" W 46º0'0" W

23º30'0" S
ESTADO DE
SÃO PAULO

24º0'0" S

ICO
ÂNT
ATL
E A NO
OC ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
5 0 5 10 km SIRGAS 2000

FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Legenda Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Limite Municipal Região Metropolitana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Estadual
Região Metropolitana
da Baixada Santista

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

182
Em 1998, foi regulamentada a criação do Fundo de Desenvolvimento

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


Metropolitano da Baixada Santista, destinado a dar suporte financeiro ao
planejamento integrado e às ações conjuntas dele decorrentes. Entretanto,
até o mês março de 2014, não havia sido financiado nenhum projeto rela-
cionado à temática de resíduos sólidos.
A lógica de regionalização nas atividades de planejamento foi também
reforçada no Plano Regional Integrado de Saneamento Básico para a Ugrhi
750, de 2010, no qual é sugerida a criação de consórcio intermunicipal ou
interfederativo (entre municípios e Estado) para a RMBS. O documento
apresenta diversas atividades que poderiam ser assumidas pela Agem,
tais como:
• elaboração do Sistema Regional de Informações do Saneamento Bá-
sico, com indicadores correspondentes e integrados aos indicadores
municipais;
• apoio técnico para as equipes dos sistemas de planejamento e informa-
ção dos municípios em suas atividades de formulação dos indicadores,
acompanhamento das metas e ações e atualização dos respectivos Pla-
nos Municipais Integrados de Saneamento Básico;
• capacitação permanente das equipes municipais dos sistemas de plane-
jamento e informação, dos membros dos colegiados de controle social
(municipais e regional) e das equipes dos prestadores públicos munici-
pais de serviços;
• articulação com o ente regulador (Arsesp) e os prestadores de serviços
(Sabesp/água e esgotos), órgãos municipais de limpeza urbana e manejo
de resíduos, órgãos municipais de drenagem urbana e manejo de águas
pluviais e, ainda, com organismos comuns de prestação que venham a
ser constituídos;
• contratação de consultorias especializadas para elaboração de estudos
específicos de interesse comum dos serviços.

Com relação à disposição de resíduos sólidos, segundo o Inventário


Estadual de Resíduos Sólidos da Cetesb, de 2013, os resíduos gerados em
Santos, Bertioga, Cubatão, Guarujá, Mongaguá e Praia Grande são dispos-
tos em aterro no município de Santos, enquanto Itanhaém e São Vicente
dispõem os seus resíduos em Mauá, na RMSP, o que implica em uma signi-
ficativa operação logística. Já o município de Peruíbe destina seus resíduos
em um aterro sanitário local, o qual possui apenas licença de instalação e
vem sendo sistematicamente mal avaliado pela Cetesb, desde 2002.
O Plano Regional Integrado de Saneamento Básico para a Ugrhi 7 aponta
que na Baixada Santista cada município gerencia seus resíduos sólidos ur-
banos individualmente, mas que existe, a princípio, uma favorável tendên-
cia para a regionalização do tratamento e destinação final.

50 Osmunicípios pertencentes ao recorte da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Baixada Santista (Ugrhi 7)
coincidem com aqueles que compõe a Região Metropolitana da Baixada Santista.

183
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Ainda de acordo com o documento, alguns municípios da Baixada San-
tista realizam o transbordo dos resíduos sólidos urbanos para otimizar o
transporte, mas nem sempre essa atividade é realizada em condições am-
bientais adequadas. Além disso, é apontada a existência de baixos índices
de reaproveitamento e reciclagem na RMBS.
Ademais, o referido plano aponta para algumas questões a serem refle-
tidas, tais como:
• a resistência à adoção de novas tecnologias de reciclagem, tratamento e
disposição final de resíduos sólidos;
• as restrições de uso e ocupação do solo para implantação de unidades de
tratamento de resíduos; carência de áreas em condição técnica e legal-
mente viáveis para instalação de centrais de disposição final de RSU;
• os passivos ambientais ocasionados pela disposição de RSU em aterros.

De modo geral, o Plano de Saneamento Básico sugere as seguintes ações


de serviços terceirizados, de forma regional e integrada:
• a contratação coordenada, por licitação prévia de âmbito regional,
por meio da Agem ou por consórcio constituído, de serviço de desti-
nação final adequada dos resíduos para a proposição do destino final
comum;
• a contratação coordenada prévia de âmbito regional, por meio da Agem
ou por consórcio constituído, de serviço de conteinerização da coleta e
de instalação de postos de triagem de resíduos. Para isso, uma alterna-
tiva seria estabelecer normas e padrões para uniformizar ações, proce-
dimentos e equipamentos na unidade de transbordo e para o transpor-
te dos resíduos recolhidos em cada município e encaminhados para a
destinação ambientalmente adequada. Isso proporcionaria racionaliza-
ção de custos de manutenção e operação, facilitando a manutenção de
equipamentos.

Além disso, estão sendo realizados estudos, pelas Secretarias de Energia


e pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A (Emae), para ana-
lisar a viabilidade da implantação de sistema de incineração de resíduos
sólidos, com a recuperação de energia ou não, na região.

2.1.3. Região Metropolitana de Campinas


Criada pela Lei Complementar Estadual no 870, de 19 de junho de 2000,
a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é constituída por 20 municí-
pios51 (Figura 76). Possui uma área de 3.673 Km2 e uma população de cerca
de 2,8 milhões de habitantes (2012).

51 Americana, Arthur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba,
Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse,
Sumaré, Valinhos e Vinhedo.
184
A RMC conta com um parque industrial moderno e diversificado e

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


uma estrutura agrícola e agroindustrial bastante significativa, bem como
expressiva especialização nas atividades terciárias. Possui, ainda, o impor-
tante aeroporto internacional de Viracopos.
O Conselho de Desenvolvimento da RMC foi criado pela Lei Comple-
mentar no 870, de 19 de junho de 2000, e instalado por meio do Decreto no
46.057, de 27 de agosto de 2001. Entre os campos funcionais considerados
de interesse comum encontram-se o saneamento básico e o meio ambiente,
temas que deram origem à criação de Câmaras Temáticas de mesmo nome.
Com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execu-
ção das funções públicas de interesse comum na Região Metropolitana de
Campinas, foi criada, por meio da Lei no 946, de 23 de setembro de 2003,
a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), entidade autárquica
composta pelos 20 municípios da região e representantes do Estado.
Em 2000, foi criado o Fundo de Desenvolvimento da Região Metropoli-
tana de Campinas (Fundocamp), regulamentado em 2006, com a finalidade
de dar suporte financeiro ao planejamento integrado e às ações conjuntas
dele decorrentes, no que se refere às funções públicas de interesse comum
entre o Estado e os municípios integrantes da região.
No ano de 2009, foi elaborado, em conjunto pelos técnicos da Agemcamp,
da Emplasa, de consultores contratados e de agentes municipais represen-
tados na Câmara Temática de Saneamento e Meio Ambiente da RMC, o
Plano Diretor de Gestão dos Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de
Campinas.

Figura 76. Região Metropolitana de Campinas


47º30'0" W 47º0'0" W 46º30'0" W

ESTADO DE
22º30'0" S

SÃO PAULO
23º0'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
4 0 4 8 km SIRGAS 2000

FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Legenda Região Metropolitana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Municipal
Limite Estadual
Região Metropolitana de Campinas

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

185
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Ao discutir a gestão, esse plano propõe a instituição de Protocolo Re-
gional de Gestão dos Resíduos Sólidos da RMC, contendo: metas para a
minimização, reciclagem e coleta seletiva; integração das alternativas para
tratamento e destinação final dos resíduos sólidos para a região; e o apoio à
formação de consórcios intermunicipais de resíduos sólidos como agentes
reguladores e executores das políticas regionais. São discutidos também
mecanismos de financiamento das propostas apresentadas no Plano.
No Programa de Tratamento e Destinação Final de Resíduos Sólidos Ur-
banos, o Plano Diretor da RMC estipula metas a serem cumpridas de 2012 a
2015, com estimativas de custo para a implantação de duas novas unidades de
tratamento integradas na região: uma na sub-região oeste, constituída pelos
municípios de Americana, Monte Mor, Santa Bárbara d’Oeste, Hortolândia,
Nova Odessa e Sumaré; e outra na sub-região composta pelos municípios de
Artur Nogueira, Cosmópolis, Engenheiro Coelho e Santo Antônio de Posse.
O Plano Diretor prevê ainda a implantação de centrais de beneficia-
mento de RCC na RMC, de duas unidades integradas de compostagem na
região do consórcio formado pelos municípios de Americana, Monte Mor,
Santa Bárbara d’Oeste, Hortolândia, Nova Odessa e Sumaré, até 2011, e de
outra unidade integrada de compostagem na região do consórcio a ser for-
mado por municípios Artur Nogueira, Conchal (não pertencente à RMC),
Cosmópolis, Engenheiro Coelho e Santo Antônio de Posse, podendo ainda
abranger o município de Campinas, até 2015.
Contudo, de acordo com levantamento executado no âmbito deste estu-
do, as diretrizes e metas estabelecidas nesse Plano Diretor não estão, até o
momento, sendo cumpridas pelos municípios da região.

2.1.4. Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte


A Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN),
instituída pela Lei Complementar no 1.166, de 09 de janeiro de 2012, é cons-
tituída por 39 municípios (Figura 77), que juntos possuíam cerca de 2,2 mi-
lhões de habitantes, em 2012. Em uma área marcada por ampla diversidade
socioeconômica e ambiental, dispõe de um amplo polo industrial, com pre-
domínio nos ramos automobilístico, aeronáutico e aeroespacial, significativa
produção agropecuária, atividades portuárias e petroleiras e intensa vocação
turística. A região possui também importantes reservas naturais, como as
Serras da Mantiqueira, da Bocaina e do Mar, cidades e fazendas de valor his-
tórico e arquitetônico, além de áreas indígenas demarcadas.
Atualmente, discute-se no Conselho de Desenvolvimento da RMVPLN
a criação de uma Câmara Temática de Meio Ambiente, uma vez que são
grandes as demandas, sobretudo, no tocante à destinação ambientalmente
adequada dos resíduos sólidos produzidos na região.
Em 2013, foi criado o Fundo Metropolitano de Desenvolvimento da
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (Fundovale), ins-
trumento que dará suporte financeiro ao planejamento integrado e à reali-
zação de obras conjuntas para resolver problemas comuns entre o Estado e
os 39 municípios que integram a região.
A RMVPLN compreende, sob outra perspectiva de planejamento, as
UGRHIs 1, 2 e 3, respectivamente, Serra da Mantiqueira, Paraíba do Sul e
Litoral Norte. Para essas unidades foram elaborados Planos Regionais de
186
Saneamento Integrado, nos quais a questão das soluções regionais para a

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


gestão de resíduos sólidos é abordada.
Segundo o Plano Regional Integrado de Saneamento da Ugrhi 1 – Ser-
ra da Mantiqueira, os três municípios dessa Ugrhi (São Bento do Sapucaí,
Campos do Jordão e Santo Antônio do Pinhal) operam sistemas munici-
pais próprios e dispõem os resíduos sólidos gerados no aterro sanitário de
Tremembé. Contudo, o Plano de Saneamento sugere a adoção de ações
conjuntas entre os municípios para a gestão de resíduos sólidos e que o
Estado assuma um papel indutor para estímulo a soluções consorciadas de
tecnologias de tratamento e para a destinação final, com vistas a equilibrar
os custos de tratamento e transporte dos volumes coletados.
No Plano Regional Integrado de Saneamento da Ugrhi 2 – Paraíba do Sul52
é levantada, ainda que de forma pouco objetiva, a necessidade da participa-
ção dos municípios da região, sob forma de consórcios e/ou parcerias, para
a construção de soluções regionais integradas para a gestão de resíduos só-
lidos. No plano são discutidas, também, ações como a criação de unidades
regionais de triagem de resíduos e de compostagem em áreas próximas aos
municípios de Cachoeira Paulista, Tremembé, São José dos Campos e Gua-
rarema, a instalação de aterros sanitários regionais em Cachoeira Paulista,
Tremembé e Santa Isabel e a implementação de uma Unidade de Valoriza-
ção Energética (UVE) para atender a região do Vale do Paraíba.

Figura 77. Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte


46º30'0" W 45º45'0" W 45º0'0" W 44º15'0" W

ESTADO DE

22º3'0" S
SÃO PAULO

23º15'0" S

ICO
ÂNT
ATL
E A NO
OC ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
7,5 0 7,5 15 km SIRGAS 2000

FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Legenda Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Limite Municipal Região Metropolitana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Estadual
Região Metropolitana
do Vale do Paraíba e Litoral Norte
24º0'0" S

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

52 A Ugrhi 2 é composta pelos municípios: São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Lorena, Aparecida do Norte,
Cunha, Jacareí, Bananal, Areias, Cruzeiro, São José do Barreiro, Cachoeira Paulista, Monteiro Lobato, Tremembé, Santa
Isabel, Guararema, Arapeí, Caçapava, Queluz, Canas, Igaratá, Jambeiro, Lagoínha, Lavrinhas, Natividade da Serra, Pin-
damonhangaba, Piquete, Potim, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, São Luis do Paraitinga, Silveiras.
187
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais O Plano Regional Integrado de Saneamento da Ugrhi 3 – Litoral Norte53
aponta que os municípios do Litoral Norte destinam os resíduos sólidos ge-
rados na região em aterros sanitários localizados em Jambeiro e Tremem-
bé, no Vale do Paraíba. No documento também são apresentadas algumas
propostas regionais para a gestão de resíduos, como a criação, no muni-
cípio de Caraguatatuba, de central de triagem para reaproveitamento de
materiais recicláveis; usina de compostagem; aterro sanitário; e aterro para
resíduos sólidos inertes. Discute ainda a implantação de uma Unidade de
Valorização Energética (UVE) para atender todo o Litoral Norte.
Diante dos apontamentos e considerações apresentados nos Planos Re-
gionais Integrados de Saneamento das UGRHIs 1, 2 e 3, da grande extensão
territorial, da complexidade e particularidades da RMVPLN, a qual é di-
vidida em cinco sub-regiões metropolitanas, observa-se a necessidade da
adoção de diferentes soluções no que tange à gestão de resíduos sólidos.

2.1.5. Região Metropolitana de Sorocaba


Recém-instituída pela Lei Complementar no 1.241, de 08 de maio de 2014,
a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) engloba 26 municípios, a saber:
Alambari, Alumínio, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela do
Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Mairinque, Pie-
dade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Salto, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo,
São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tietê e Votorantim.
A Região Metropolitana de Sorocaba será discutida na proposta de re-
gionalização deste Plano Estadual, apresentada na Tabela 76.

2.2. aglomerações urbanas do Estado de São Paulo


As aglomerações urbanas (AU) são unidades regionais de planejamento
previstas no parágrafo 2o do Artigo 153 da Constituição Estadual. Na pu-
blicação Rede Urbana e Regionalização do Estado de São Paulo (EMPLA-
SA, 2011) há a proposição da criação de nove aglomerações urbanas, das
quais duas encontram-se legalmente instituídas: Jundiaí e Piracicaba.
Assim como nas regiões metropolitanas, as aglomerações urbanas tam-
bém possuem Conselho de Desenvolvimento, de caráter normativo e deli-
berativo, constituído em condição paritária, por representantes de todos os
municípios integrantes e por representantes do Estado.

2.2.1. Aglomeração Urbana de Jundiaí


Criada pela Lei Complementar Estadual no 1.146, de 24 de agosto de
2011, a Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ) é constituída por sete mu-
nicípios do eixo Anhanguera-Bandeirantes: Cabreúva, Campo Limpo Pau-
lista, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira e Várzea Paulista (Figura 78). A re-
ferida Lei criou, ainda, o Conselho de Desenvolvimento da AUJ, de caráter
normativo e deliberativo, designando as suas atribuições.
Nessa região viviam, em 2012, por volta de 700 mil habitantes, cerca de
95% deles na área urbana. Na aglomeração há significativa atividade indus-
trial, sobretudo em Jundiaí e Louveira. Ainda, dentro do território da AU
encontra-se a Serra do Japi.

188 53 A Ugrhi 3 é composta pelos municípios: Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilha Bela.
Figura 78. Aglomeração Urbana de Jundiaí

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


47º15'0" W 47º0'0" W 46º45'0" W 46º30'0" W

ESTADO DE

23º0'0" S
SÃO PAULO

23º15'0" S
SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
2 0 2 4 km SIRGAS 2000

FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Legenda Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Limite Municipal Aglomeração Urbana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Estadual
Aglomeração Urbana
de Jundiaí

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Os municípios da AUJ geram mais de 350 t/dia de resíduos de RSU.


Os municípios de Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista dispõem seus
resíduos no aterro de Caieiras; os municípios de Itupeva e Louveira, em
Paulínia; Jundiaí dispõe o RSU em Santana do Parnaíba; e Jarinú e Cabreú-
va realizam a disposição final em aterros municipais próprios, sendo que o
último foi avaliado como inadequado de acordo com o Inventário Estadual
de Resíduos Sólidos Urbanos 2012 da Cetesb.
Até a conclusão deste documento, não havia sido instalada nenhuma
câmara temática na AUJ para discutir as questões referentes à gestão de
resíduos sólidos.

2.2.2. Aglomeração Urbana de Piracicaba


Criada pela Lei Complementar Estadual no 1.178, de 26 de junho de
2012, a Aglomeração Urbana de Piracicaba54 (AUP) é constituída por 22
municípios (Figura 79). Polarizada por Piracicaba, Limeira e Rio Claro,
a aglomeração é interligada pelas Rodovias Anhanguera, Bandeirantes e
Washington Luiz, com uma população aproximada de 1,3 milhão de habi-
tantes, com cerca de 95% vivendo na área urbana (EMPLASA, 2011).
A referida Lei criou, ainda, o Conselho de Desenvolvimento da AUP, de
caráter normativo e deliberativo, designando as suas atribuições.

54 A AUP é composta pelos municípios de: Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cor-
deirópolis, Corumbataí, Elias Fausto, Ipeúna, Iracemápolis, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio
das Pedras, Saltinho, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro.
189
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Os municípios de Piracicaba e Rio Claro apresentam perfil econômico in-
dustrial, e Limeira, perfil multissetorial. A AUP possui ainda duas unidades
de conservação relevantes: a APA Corumbataí/Botucatu/Tejupá – Perímetro
Corumbataí e a APA de Piracicaba e Juqueri-Mirim (EMPLASA, 2011).
A AUP gera mais de 1.100 t/dia de resíduos de RSU. Os municípios de
Corumbataí, Cordeirópolis, Rio Claro, Limeira, Iracemópolis, Charqueada,
Santa Maria da Serra, Rio das Pedras, Rafard e Leme dispõem seus resíduos
localmente, sendo que o último foi avaliado como inadequado de acordo
com o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos 2012 da Cetesb. Os
demais municípios dispõem os resíduos gerados em aterros particulares
em outras localidades.
Até a conclusão deste documento, não havia sido instalada nenhuma
câmara temática na AUP para discutir as questões referentes à gestão de
resíduos sólidos.
Diante do breve levantamento realizado acerca das regiões metropo-
litanas e aglomerações urbanas legalmente instituídas, e dos estudos rea-
lizados que tratam, direta ou indiretamente da gestão de resíduos sólidos
nessas regiões, observa-se que os Conselhos de Desenvolvimento, apoiados
pelas Câmaras Temáticas, têm, cada vez mais, se apresentado como o foro
adequado para a discussão de soluções regionalizadas e de possíveis arran-
jos intermunicipais nessas regiões. Além disso, ressalta-se a necessidade de
ações do Estado para catalisar e induzir a elaboração e o fortalecimento de
soluções regionais na gestão integrada de resíduos sólidos.

Figura 79. Aglomeração Urbana de Piracicaba


48º0'0" W 47º30'0" W 47º0'0" W

ESTADO DE
SÃO PAULO
22º30'0" S

SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
DATUM HORIZONTAL:
23º0'0" S

4 0 4 8 km SIRGAS 2000

FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Legenda Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Gerenciamento de Informações
Limite Municipal Aglomeração Urbana: EMPLASA DATA: 08/05/2013
Limite Estadual
Aglomeração Urbana
de Piracicaba

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

190
3. Soluções consorciadas

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


Com a reconfiguração das competências dos municípios pela Constitui-
ção Federal de 1988, houve uma ampliação da atuação desses entes, os quais
passaram a desempenhar funções antes realizadas pela União e pelos Estados.
Entretanto, se por um lado essa nova configuração implicou em descentra-
lização, por outro a ampliação das atribuições dos municípios não acarretou
correspondente ampliação de recursos financeiros, materiais, tecnológicos e
humanos, o que trouxe dificuldades às administrações municipais e aumen-
tou a desigualdade entre os municípios (CRUZ, et al., 2011).
Além disso, a presença de questões de caráter intermunicipal ou regio-
nal tem exigido dos municípios uma forma diferente de articulação, orga-
nização e atuação, tendo em vista que muitos deles não possuem condições
técnico-financeiras e de escala para arcar isoladamente com o planejamen-
to e a execução de tais políticas públicas (CRUZ, et al., 2011).
Nesse contexto, a cooperação entre unidades federativas – sejam entes de
mesmo nível ou não – é uma estratégia cada vez mais utilizada, pois permite
otimizar esforços, a fim de promover o desenvolvimento e a qualidade de
vida dos munícipes, além de potencializar ações de articulação microrregio-
nal. Esses arranjos intermunicipais podem ser estabelecidos via consórcios,
associações, agências, convênios, entre outros (CRUZ, et al., 2011).

3.1. SOLUÇÕES CONSORCIADAS PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


A criação de soluções consorciadas voltadas à gestão de resíduos sóli-
dos pelos municípios é incentivada pelas políticas estadual e nacional de
resíduos sólidos; nesta é prevista a priorização dos recursos da União aos
municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a
gestão dos resíduos sólidos.
A reflexão sobre a importância das soluções consorciadas é reforçada
por questões apontadas no Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de
São Paulo, tais como: o número considerável de municípios que dispõem
os RSU em outras localidades; a vida útil e a disponibilidade de locais apro-
priados para a instalação de aterros; a viabilidade econômica da reciclagem
dos mais diversos resíduos, além de beneficiar e fortalecer o cumprimento
dos acordos de logística reversa; entre outras.
A organização e funcionamento de soluções consorciadas intermuni-
cipais na gestão dos resíduos sólidos possibilitam ganhos de escala, que
podem viabilizar melhores contratos de coleta, tratamento de resíduos e
destinação de rejeitos; ampliação da oferta de serviços e racionalização de
equipamentos; flexibilização dos mecanismos de aquisição de equipamen-
tos e de contratação de pessoal; maior poder de negociação no mercado
dos produtos passíveis de reciclagem; e redução de custos. Dessa forma, es-
timula a discussão de um novo modelo de planejamento e gerenciamento
regional, com maior eficiência na aplicação de investimentos.

3.2. Formas de cooperação voluntária


Dentre as possíveis formas de cooperação voluntária entre municípios
para o desenvolvimento de soluções conjuntas para a gestão de resíduos
sólidos, destacam-se os convênios de cooperação, os consórcios públicos
e as parcerias público-privadas. A seguir serão apresentados os principais
aspectos sobre cada um deles.
191
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais 3.2.1. Convênios de cooperação
Anteriormente à promulgação da lei federal sobre os consórcios públicos,
os municípios e os Estados utilizavam o instrumento do convênio de coope-
ração para se associarem a outras entidades públicas ou privadas. Trata-se de
um acordo de vontades que possui características próprias, porque os inte-
resses são recíprocos e não contraditórios, como em um contrato comum.
No estado de São Paulo, o instrumento do convênio foi também utili-
zado para criação de “consórcios” instituídos antes da Lei dos Consórcios
de 2005, na temática de promoção social. Posteriormente, o convênio foi
também utilizado para atender a interesses dos municípios na construção
e reforma de estradas vicinais, saneamento e saúde. Contudo, sua confi-
guração prevê somente o atendimento a interesses específicos, tornando
limitada sua atuação como um ente autônomo.
O convênio não pode ser utilizado como instrumento de delegação de
serviços públicos, mas como uma modalidade de fomento dos mesmos,
isso por que a partir da edição da Lei Federal no 11.107/2007 ficou vedada
a utilização de convênios para a formação de consórcios intermunicipais,
vedação que posteriormente foi ressaltada pela Lei Federal no 11.445/2007,
que institui a Política Nacional de Saneamento Básico.

3.2.2. Consórcios Públicos


O consorciamento intermunicipal está previsto no Brasil desde a Cons-
tituição de 1937 e, embora haja no país, e especialmente no estado de São
Paulo, um histórico na formação de consórcios, até 2005 parte dessa traje-
tória foi marcada por fatores como: a inexistência de regulamento legal; a
fragilidade jurídica; a falta de compromisso e de responsabilidade de pa-
gamento das contribuições municipais, gerando déficits; o descompropro-
misso com acordos firmados entre os municípios; o uso político; e a irres-
ponsabilidade fiscal (DIEGUEZ, 2011; CRUZ, et al., 2011).
A promulgação da Lei Federal no 11.107, de 06 de abril de 2005, que de-
fine normas de contratação de consórcios públicos, e de seu decreto regu-
lamentador, Decreto Federal no 6.017, de 17 de janeiro de 2007, trouxe im-
portantes alterações na institucionalização dos consorciamentos públicos.
Estabeleceu-se que os consórcios públicos são pessoas jurídicas de direito
público ou privado, os quais devem ser constituídos por meio de contrato
entre os entes federados participantes, vinculando juridicamente direitos e
obrigações, por meio da responsabilidade solidária.
Ademais, tornou-se necessária a elaboração de contrato de rateio ou
programa, com a previsão dos recursos financeiros destinados ao con-
sórcio público pelos entes participantes nos instrumentos orçamentários
– Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na
Lei Orçamentária Anual (LOA) –, além da obrigatoriedade de seguir as de-
terminações da Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar no 101,
de 04 de maio de 2000 (CRUZ, et al., 2011).
São muitas as vantagens possibilitadas pela institucionalização dos consór-
cios públicos, dentre as quais: aumento dos valores para obrigatoriedade da
modalidade de licitação; dispensa de licitação para contratar entes federados
ou da administração indireta, desde que consorciados; redução de valores de
impostos; e a obrigatoriedade de contratualização (CRUZ, et al., 2011).
Contudo, ainda existem muitas dificuldades na implementação dos con-
sórcios públicos, como por exemplo, a conjuntura política e institucional;
192
as diferentes realidades locais; os conflitos de interesse entre os atores en-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


volvidos; o convencimento da população local acerca das parcerias possí-
veis; comprometimento dos atores, entre outros. Além disso, alguns avanços
contidos na nova Lei são, para muitos gestores municipais, significativos
desafios para a institucionalização dos consórcios públicos, por exemplo, a
necessidade de planejamento e previsão de recursos, a falta de clareza dos
problemas a serem resolvidos e dos objetivos a serem atingidos, bem como
aspectos do gerenciamento e da gestão (CRUZ, et al., 2011).
Ressalta-se que os consórcios formados anteriormente à promulgação
da Lei Federal no 11.107/2005 não são obrigados a se adaptarem às novas
regras. Assim, apesar das inovações presentes na Lei dos Consórcios, ob-
serva-se que parte dos consórcios existentes não se adequou a ela, seja por
desconhecimento das suas implicações, seja por insegurança, seja pela não
identificação de vantagens na adequação (STRELEC, 2011).
Nessa perspectiva, apesar de todas as dificuldades, os consórcios públi-
cos têm se apresentado como importantes instituições de articulação, em
razão de sua capacidade de estabelecimento de mecanismos para a reso-
lução de problemas regionais, por meio da articulação e mobilização de
diversos e contrastantes atores.
Os principais aspectos legais sobre os Consórcios Públicos serão apre-
sentados no Anexo V.

3.2.3. Parcerias Público-Privadas


No Brasil, a legislação que regula as parcerias público-privadas (PPPs)
é a Lei Federal n.o 11.079, de 30 de dezembro de 2004. Entende-se como
parceria público-privada um contrato de prestação de serviços de médio
a longo prazo (de 5 a 35 anos) firmado pela Administração Pública cujo
valor não seja inferior a vinte milhões de reais, sendo vedada a celebração
de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão de obra,
equipamentos ou execução de obra pública.
Na PPP, a implantação da infraestrutura necessária para a prestação do
serviço contratado pela Administração Pública dependerá de iniciativas
de financiamento do setor privado, o qual terá sua remuneração realizada
com base em padrões de desempenho, sendo devida somente quando o
serviço estiver à disposição do Estado ou dos usuários.
A Lei traz a possibilidade de combinar a remuneração tarifária com o
pagamento de contraprestações públicas e define PPP como contrato ad-
ministrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
Na concessão patrocinada, a remuneração do parceiro privado envolve,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, a contraprestação pecuniária
do parceiro público. Já na concessão administrativa, por sua vez, envolve
tão somente a contraprestação pública, pois se aplica nos casos em que não
houver possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários.
No estado de São Paulo foi implementado, por meio da Lei Estadual
n 11.688, de 19 de maio de 2004, o Programa Estadual de Parcerias Pú-
o

blico-Privadas. Trata-se de uma Lei que estabeleceu um arcabouço flexível


para a submissão de propostas preliminares de projetos que apresentem
características de PPP.
A Tabela 73 apresenta um quadro síntese das principais formas de ar-
ranjos intermunicipais e seus aspectos legais.
193
194
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

Tabela 73. Quadro síntese das formas de arranjos intermunicipais


Tipos de Arranjo Região metropolitana Aglomeração urbana Microrregião Convênio de Cooperação Convênio Consórcio
Natureza Planejamento integrado e ação conjunta Planejamento integrado e ação Planejamento integrado Ações comuns – obrigações Ações comuns – obrigações Obrigações comuns e
Jurídica coordenada dos entes públicos para seu desenvolvimento e comuns e específicas comuns e específicas específicas
integração regional
Fundamento LCE no 760/1994 LCE no 760/1994 LCE no 760/1994 DE no 59.215/2013 DE no 59.215/2013 LF no 11.107/2005
Legal DF no 6.017/2007
Tipo de Compulsória Compulsória Compulsória Voluntária Voluntária Voluntária
Associação
Pessoa Jurídica Cria entidade autárquica territorial Não há previsão Não há previsão Não há previsão Não há previsão Cria ente autônomo
Autônoma
Entes Estado e municípios Estado e municípios Estado e municípios Estado e municípios ou Estado e municípios ou Entre municípios e o ente
Participantes entre municípios e entes entre municípios e entes criado
autárquicos estaduais autárquicos estaduais
Autorização Obrigatória Obrigatória Obrigatória Delegação de competência Nem sempre depende de Ratificação por leis
Legislativa – ou autorização do autorização do governador municipais do Protocolo
Governador de Intenções ou leis
municipais específicas
Instrumento de Lei Complementar Lei Complementar Lei Complementar Minuta comum Minuta comum Protocolo de Intenções
Formalização Análise da Consultoria Análise da Consultoria Jurídica Contrato de Programa
Jurídica e outras e outras condicionantes legais Contrato de rateio
condicionantes legais – Minuta padronizada em
Decreto Estadual
Objetivo I – o planejamento regional para o I – o planejamento regional para o A cooperação entre dife- Atuação compartilhada com Atuação compartilhada com Os objetivos serão
desenvolvimento socioeconômico e a desenvolvimento socioeconômico e a rentes níveis de governo, esforços comuns para atingir esforços comuns para atingir determinados pelos
melhoria da qualidade de vida; melhoria da qualidade de vida; mediante a descentralização, alguns objetivos, previstos alguns objetivos, previstos entes da Federação que
II – a cooperação entre diferentes níveis de II – a cooperação entre diferentes níveis de articulação e integração de na Minuta. na Minuta. se consorciarem.
governo, mediante a descentralização, governo, mediante a descentralização, seus órgãos e entidades da
articulação e integração de seus órgãos articulação e integração de seus órgãos administração direta e indi-
e entidades da administração direta e e entidades da administração direta reta com atuação na região,
indireta com atuação na região, visando e indireta com atuação na região, visando ao máximo apro-
ao máximo aproveitamento dos recursos visando ao máximo aproveitamento veitamento dos recursos
públicos a ela destinados; dos recursos públicos a ela destinados; públicos a ela destinados.
III – a utilização racional do território, dos III – a utilização racional do território, dos
recursos naturais e culturais e a proteção recursos naturais e culturais e a proteção
do meio ambiente, mediante o controle do meio ambiente, mediante o controle
da implantação dos empreendimentos da implantação dos empreendimentos
públicos e privados na região; públicos e privados na região;
IV – a integração do planejamento e da IV – a integração do planejamento e da
execução das funções públicas de execução das funções públicas de
interesse comum aos entes públicos interesse comum aos entes públicos
atuantes na região; atuantes na região;
V – a redução das desigualdades regionais. V – a redução das desigualdades regionais.

Fonte: RIO DE JANEIRO (2013) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014)


4. Projeto de Apoio à Gestão Municipal

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


de Resíduos Sólidos (GIREM)
O Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos (Girem)
foi iniciado em 2012, a partir de uma parceria entre a SMA, por meio de
sua Coordenadoria de Planejamento Ambiental (CPLA), e o Centro de Es-
tudos e Pesquisas de Administração Municipal “Fundação Prefeito Faria
Lima” (Cepam), tendo como base legal o Decreto no 57.817, de 28 de feve-
reiro de 2012, que institui o Programa Estadual de Implementação de Pro-
jetos de Resíduos Sólidos. O Girem tem como objetivo o apoio técnico aos
municípios paulistas com até 100.000 habitantes, não inseridos em regiões
metropolitanas, na elaboração, aperfeiçoamento e adequação dos Planos
Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS), a partir
da realização de oficinas regionais.
Em 2012, as oficinas do Projeto Girem tiveram como foco a elaboração
do diagnóstico do PMGIRS e, em 2013, os demais itens do conteúdo míni-
mo para sua elaboração.
Em 2014, foi abordado o tema Arranjos Intermunicipais para a Gestão de
Resíduos Sólidos, com destaque para a legislação federal sobre consórcios
públicos, suas vantagens e desvantagens comparativamente ao instrumen-
to do convênio. Além disso, foi realizada uma atividade em grupo com
vistas à obtenção de informações sobre a visão e a expectativa dos municí-
pios com relação a soluções consorciadas para a gestão de resíduos sólidos,
bem como o levantamento de prioridades para a efetivação dessas soluções
compartilhadas.
Cabe aqui destacar que, de acordo com o Decreto no 57.817/2012, Ar-
tigo 3o, um dos objetivos do Projeto Girem é “apoiar e fomentar soluções
regionalizadas, bem como a integração e cooperação entre os municípios na
gestão de resíduos sólidos”.
Foram realizadas, em 2014, quinze oficinas regionais atendendo 512
municípios com população menor que 100.000 habitantes. Participaram
também técnicos das prefeituras que sediaram as oficinas regionais, entre
elas, Sorocaba, Presidente Prudente, Marília, Lins, Atibaia, São José do Rio
Preto e São Carlos – todas com mais de 100.000 habitantes. Ressalta-se
que a participação de representantes municipais é de caráter voluntário. A
Tabela 74 apresenta informações sobre essas oficinas.
Foi realizado também um evento adicional, voltado aos municípios
com população superior a 100.000 habitantes ou localizados em regiões
metropolitanas, devido à alta relevância da temática trabalhada, bem como
à importância da participação e envolvimento dos municípios na atividade
sobre soluções consorciadas para a gestão de resíduos sólidos. Essa ofici-
na adicional, denominada Girem Extra, foi realizada no município de São
Paulo e abrangeu as Regiões Metropolitanas de Campinas, da Baixada San-
tista, de São Paulo, do Vale do Paraíba e Litoral Norte, as Aglomerações
Urbanas de Piracicaba e de Sorocaba55, por meio de parceria entre a SMA
e a Emplasa.

55 Eventorealizado anteriormente à promulgação da Lei Complementar no 1241, de 08 de maio de 2014, que cria a
Região Metropolitana de Sorocaba.
195
196
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

tabela 74. Informações sobre os encontros regionais realizados no âmbito do Projeto Girem em 2014, e número de municípios participantes das atividades em grupo
Município Data Municípios convidados Municípios
sede do participantes
evento
Quantidade Municípios Quantidade
Sorocaba 11/02/2014 35 Águas de São Pedro, Alambari, Alumínio, Angatuba, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Avaré, Bofete, Boituva, Buri, Campina do 18
Monte Alegre, Capão Bonito, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Guareí, Iperó, Itatinga, Jumirim, Laranjal Paulista, Mairinque,
Paranapanema, Pardinho, Pereiras, Porangaba, Porto Feliz, Quadra, Ribeirão Grande, Rio das Pedras, Saltinho, Salto de Pirapora, São Pedro,
São Roque, Sarapuí e Sorocaba.
Presidente 18/02/2014 36 Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Anhumas, Caiabu, Caiuá, Dracena, Emilianópolis, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Flora 25
Prudente Rica, Indiana, Marabá Paulista, Mariápolis, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba, Ouro Verde, Panorama, Piquerobi,
Pirapozinho, Pracinha, Presidente Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Regente Feijó, Ribeirão dos
Índios, Rosana, Sagres, Sandovalina, Santo Anastácio, Santo Expedito, Taciba, Tarabai e Teodoro Sampaio.
Marília 19/02/2014 38 Alvinlândia, Arco-Íris, Assis, Bastos, Borá, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Echaporã, Florínia, Getulina, Guaimbê, Herculândia, 23
Iacri, Ibirarema, Iepê, João Ramalho, Luiziânia, Lupércio, Lutécia, Maracaí, Marília, Ocauçu, Oriente, Oscar Bressane, Palmital, Paraguaçu
Paulista, Parapuã, Pedrinhas Paulista, Platina, Pompéia, Quatá, Queiroz, Quintana, Rancharia, Santópolis do Aguapeí, Tarumã e Tupã.
Lins 25/02/2014 35 Alto Alegre, Arealva, Avaí, Avanhandava, Balbinos, Barbosa, Borborema, Braúna, Cafelândia, Clementina, Coroados, Glicério, Guaiçara, 17
Guarantã, Iacanga, Ibitinga, Itajobi, Itápolis, José Bonifácio, Lins, Marapoama, Nova Europa, Novo Horizonte, Penápolis, Pirajuí, Planalto,
Pongaí, Presidente Alves, Promissão, Reginópolis, Sabino, Tabatinga, Ubarana, Uru e Zacarias.
Lençóis 26/02/2014 37 Águas de Santa Bárbara, Agudos, Álvaro de Carvalho, Anhembi, Areiópolis, Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Boracéia, Borebi, Botucatu, 14
Paulista Cabrália Paulista, Conchas, Dois Córregos, Dourado, Duartina, Espírito Santo do Turvo, Fernão, Gália, Garça, Iaras, Igaraçu do Tietê, Itaju,
Itapuí, Lençóis Paulista, Lucianópolis, Macatuba, Mineiros do Tietê, Paulistânia, Pederneiras, Piratininga, Pratânia, Santa Maria da Serra, São
Manuel, Torrinha, Trabiju e Vera Cruz.
Espírito Santo 11/03/2014 35 Aguaí, Águas da Prata, Analândia, Caconde, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Descalvado, 24
do Pinhal Divinolândia, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Ipeúna, Iracemápolis, Itirapina, Itobi, Leme, Mococa, Pirassununga, Porto Ferreira, Santa
Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio do Jardim,
São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São Sebastião da Grama, São Simão, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.
Atibaia 12/03/2014 27 Águas de Lindóia, Amparo, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Cabreúva, Campo Limpo Paulista, Capivari, Elias Fausto, Itapira, Itupeva, Jarinu, 7
Joanópolis, Lindóia, Louveira, Mogi Mirim, Mombuca, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Nazaré Paulista, Pedra Bela, Pinhalzinho, Piracaia,
Rafard, Serra Negra, Socorro, Tuiuti e Vargem.
Santa Fé do 18/03/2014 35 Aparecida d’ Oeste, Aspásia, Auriflama, Dirce Reis, Dolcinópolis, Estrela d’Oeste, General Salgado, Guzolândia, Ilha Solteira, Itapura, Jales, 18
Sul Marinópolis, Mesópolis, Nova Canaã Paulista, Ouroeste, Palmeira d’Oeste, Paranapuã, Pereira Barreto, Pontalinda, Populina, Rubinéia, Santa
Albertina, Santa Clara d’ Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita d’Oeste, Santa Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas
Pontes, Sud Mennucci, Suzanápolis, Três Fronteiras, Turmalina, Urânia e Vitória Brasil.
Fernandópolis 19/03/2014 35 Álvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Fernandópolis, Floreal, Gestão Vidigal, Guarani d’ Oeste, Indiaporã, Macaubal, 27
Macedônia, Magda, Meridiano, Mira Estrela, Monções, Monte Aprazível, Nhandeara, Nipoã, Nova Castilho, Nova Luzitânia, Orindiúva,
Palestina, Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Poloni, Pontes Gestal, Riolândia, São João de Iracema, Sebastianópolis do Sul, Tanabi,
Turiúba, União Paulista, Valentim Gentil e Votuporanga.
tabela 74. Informações sobre os encontros regionais realizados no âmbito do Projeto Girem em 2014, e número de municípios participantes das atividades em grupo (continuação)
Município Data Municípios convidados Municípios
sede do participantes
evento
Quantidade Municípios Quantidade
Valparaíso 25/03/2014 31 Adamantina, Bento de Abreu, Buritama, Castilho, Flórida Paulista, Gabriel Monteiro, Guaraçaí, Guararapes, Inúbia Paulista, Irapuru, 21
Junqueirópolis, Lavínia, Lourdes, Lucélia, Mirandópolis, Monte Castelo, Murutinga do Sul, Nova Guataporanga, Nova Independência,
Osvaldo Cruz, Pacaembu, Paulicéia, Piacatu, Rinópolis, Rubiácea, Salmourão, Santa Mercedes, Santo Antônio do Aracanguá, São João do
Pau d’Alho, Tupi Paulista e Valparaíso.
São José do 26/03/2014 35 Adolfo, Altair, Bady Bassitt, Bálsamo, Cajobi, Catiguá, Cedral, Colina, Colômbia, Elisiário, Embaúba, Guapiaçu, Guaraci, Ibirá, Icém, Ipiguá, 17
Rio Preto Irapuã, Jaci, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monte Azul Paulista, Neves Paulista, Nova Aliança, Nova Granada, Novais, Olímpia, Onda
Verde, Potirendaba, Sales, São José do Rio Preto, Severínia, Tabapuã, Uchoa e Urupês.
Batatais 01/04/2014 36 Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodowski, Buritizal, Cajuru, Cristais Paulista, Guaíra, Guará, Igarapava, Ipuã, Itirapuã, Ituverava, Jaborandi, 13
Jardinópolis, Jeriquara, Miguelópolis, Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Pitangueiras, Pontal, Restinga,
Ribeirão Corrente, Rifaina, Sales Oliveira, Santa Cruz da Esperança, Santo Antônio da Alegria, São Joaquim da Barra, São José da Bela Vista,
Serra Azul, Serrana, Terra Roxa e Viradouro.
São Carlos 02/04/2014 36 Américo Brasiliense, Ariranha, Barrinha, Bebedouro, Boa Esperança do Sul, Brotas, Cândido Rodrigues, Cravinhos, Dobrada, Dumont, 10
Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Guariba, Guatapará, Ibaté, Jaboticabal, Luís Antônio, Matão, Monte Alto, Motuca, Palmares Paulista,
Paraíso, Pindorama, Pirangi, Pradópolis, Ribeirão Bonito, Rincão, Santa Adélia, Santa Ernestina, Santa Lúcia, São Carlos, Taiaçu, Taiúva,
Taquaral, Taquaritinga e Vista Alegre do Alto.
Itapeva 08/04/2014 38 Apiaí, Arandu, Barão de Antonina, Barra do Chapéu, Bernardino de Campos, Bom Sucesso de Itararé, Canitar, Cerqueira César, Chavantes, 11
Coronel Macedo, Fartura, Guapiara, Ipaussu, Itaberá, Itaí, Itaóca, Itapeva, Itapirapuã Paulista, Itaporanga, Itararé, Manduri, Nova Campina,
Óleo, Piraju, Ribeira, Ribeirão Branco, Ribeirão do Sul, Riversul, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, São Pedro do Turvo, Sarutaiá, Taguaí,
Taquarituba, Taquarivaí, Tejupá, Timburi e Ubirajara.
São Paulo 09/04/2014 113 Americana, Aparecida, Arapeí, Areias, Artur Nogueira, Arujá, Bananal, Barueri, Bertioga, Biritiba Mirim, Caçapava, Cachoeira Paulista, 56
Caieiras, Cajamar, Campos de Jordão, Canas, Capivari, Caraguatatuba, Carapicuíba, Conchal, Cosmópolis, Cotia, Cruzeiro, Cubatão, Cunha,
Diadema, Elias Fausto, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Engenheiro Coelho, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha,
Guararema, Guaratinguetá, Guarujá, Guarulhos, Holambra, Hortolância, Igaratá, Ilhabela, Indaiatuba, Itanhaém, Itapecerica da Serra, Itapevi,
Itaquaquecetuba, Itatiba, Jacareí, Jaguariúna, Jambeiro, Jandira, Jundiaí, Juquitiba, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Lourdes, Mairiporã, Mauá,
Mogi das Cruzes, Mongaguá, Monte Mor, Monteiro Lobato, Morungaba, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Osasco, Paraibuna,
Paulínia, Pedreira, Peruíbe, Pindamonhangaba, Piquete, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Potim, Praia Grande, Queluz, Redenção da Serra, Ribeirão
Pires, Rio Grande da Serra, Roseira, Salesópolis, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Branca, Santa Isabel, Santana de Parnaíba, Santo André, Santo
Antônio de Posse, Santo Antônio do Pinhal, Santos, São Bento do Sapucaí, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Barreiro,
São José dos Campos, São Lourenço da Serra, São Luiz do Paraitinga, São Paulo, São Sebastião, São Vicente, Silveiras, Sumaré, Suzano, Taboão
da Serra, Taubaté, Tremembé, Ubatuba, Valinhos, Vargem Grande Paulista, Várzea Paulista e Vinhedo.
Cananéia 15/04/2014 20 Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Ibiúna, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itariri, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Pariquera-Açu, 8
Pedro de Toledo, Piedade, Pilar do Sul, Registro, São Miguel Arcanjo, Sete Barras e Tapiraí.

Fonte: SMA (2014b)

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

197
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Ademais, nas oficinas regionais de 2014 foi apresentado o Panorama dos
Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, com o convite à participação da
consulta pública aberta no período de 16 de janeiro a 30 de abril de 2014
no website da SMA – a consulta pública teve a finalidade de complementar
e aprimorar as informações presentes nesse diagnóstico, oferecendo sub-
sídios para as demais etapas de elaboração do Plano Estadual de Resíduos
Sólidos, além de possibilitar transparência ao processo.
A realização das oficinas regionais também contribuiu para o levantamen-
to de informações sobre arranjos intermunicipais existentes (Tabela 75).

4.1. Atividade com os municípios


A atividade realizada com os municípios durante as oficinas do Girem
– 2014 foi planejada de forma a proporcionar um processo participativo de
discussão e reflexão conjunta sobre as dificuldades comuns enfrentadas pe-
los municípios e sobre possíveis soluções compartilhadas para a gestão de
resíduos sólidos, na perspectiva da instituição de arranjos intermunicipais.
Para a realização das atividades, os municípios foram divididos em gru-
pos (de três a quatro grupos por oficina), de acordo com a proximidade
territorial. Cada grupo, após a escolha de um coordenador e também de
um relator, respondeu às seguintes questões:
1 – Na opinião do grupo, quais dos itens abaixo demandariam arranjos intermu-
nicipais? Selecionar três itens prioritários, em graus de prioridade de 1 a 3.
Itens apresentados: Aterro Regional, Compostagem (resíduos úmidos),
Resíduos da Construção Civil, Coleta Seletiva (resíduos secos), Lâmpa-
das, Pneus Inservíveis, Resíduos de Serviço de Saúde, Outros.
2 – Para o item selecionado como “Prioridade 1”, apresentar três fatores que
favoreçam e três fatores que dificultem a implantação do arranjo intermu-
nicipal na região dos municípios participantes do grupo.
As respostas dos grupos foram escritas em tarjetas coloridas e apresen-
tadas a todos os participantes da oficina pelo relator (Figura 80).

Figura 80. Material de apresentação dos resultados dos trabalhos em grupo durante o encontro
do Girem realizado no município de Lins (25/02/2014)

Fonte: SMA (2014b).

198
Tabela 75. Levantamento preliminar de arranjos intermunicipais
Denominação Integrantes Área de atuação* Fonte da informação
AMA – Associação dos Municípios Adolfo, Altair, Álvares Florence, Américo Brasiliense, Américo de Campos, Araraquara, Ariranha, Aspásia, Auriflama, Bady Bassitt, informação não disponível AMA, 2012.
da Araraquarense Bálsamo, Borborema, Brejo Alegre, Buritama, Cajobi, Cândido Rodrigues, Cardoso, Catanduva, Catiguá, Cedral, Colina, Colômbia,
Cosmorama, Dobrada, Elisiário, Embaúba, Estrela d’Oeste, Fernando Prestes, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Guaíra,
Guapiaçu, Guaraci, Guarani d’Oeste, Guzolândia, Ibirá, Ibitinga, Icém, Indiaporã, Ipiguá, Irapuã, Itajobi, Itápolis, Jaborandi,
Jaci, Jales, José Bonifácio, Lourdes, Macaubal, Macedônia, Magda, Marapoama, Matão, Mendonça, Meridiano, Mesópolis,
Mira Estrela, Mirassol, Mirassolândia, Monções, Monte Alto, Monte Aprazível, Monte Azul Paulista, Motuca, Neves Paulista,
Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Canaã Paulista, Nova Castilho, Nova Europa, Nova Granada, Nova Luzitânia, Novais,
Novo Horizonte, Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, Ouroeste, Palestina, Palmares Paulista, Palmeira d’Oeste, Paraíso, Paranapuã,
Parisi, Pedranópolis, Pindorama, Pirangi, Planalto, Poloni, Pongaí, Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, Potirendaba, Riolândia,
Rubinéia, Sales, Santa Adélia, Santa Clara d’Oeste, Santa Fé do Sul, Santa Rita d’Oeste, Santo Antonio do Aracanguá, São João de
Iracema, São José do Rio Preto, Sebastianópolis do Sul, Severínia, Sud Menucci, Tabapuã, Tabatinga, Taiaçu, Tanabi, Taquaritinga,
Três Fronteiras, Turiúba, Turmalina, Ubarana, Uchoa, União Paulista, Urupês, Valentim Gentil, Votuporanga, Zacarias.
Ammep – Associação dos Alvinlândia, Avaí, Álvaro de Carvalho, Cabrália Paulista, Duartina, Fernão, Garça, Gália, Guarantã, Júlio Mesquita, Lupércio, informação não disponível APM, 2011; Oficina Girem
Municípios da Média Paulista Lucianópolis, Ocauçú, Paulistânia, Piratininga, Presidente Alves, Vera Cruz, Reginópolis. (Itapeva – 08/04/2014).
Amvapa – Consórcio Intermunicipal Águas de Santa Bárbara, Angatuba, Avaré, Barão de Antonina, Cerqueira César, Coronel Machado, Fartura, Iaras, Itaberá, Itaí, saneamento/ APM, 2011; BRASIL, 2014a;
do Alto Vale do Paranapanema Itaporanga, Manduri, Paranapanema, Piraju, Riversul, Sarutaiá, Taquaí, Taquarituba, Tejupá. resíduos sólidos CEPAM, 2014; Oficina Girem
(Itapeva – 08/04/2014).
Cedepar – Consórcio de Estudos, Botucatu, Itatinga, Pardinho. saneamento/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014.
Recuperação e Desenvolvimento recursos hídricos
Sustentável da Bacia Hidrográfica do
Rio Pardo
Ceriso – Consórcio de Estudos, Alambari, Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Boituva, Bofete, Botucatu, Capela do Alto, Cesário Lange, informação não disponível APM, 2011; BRASIL, 2014a;
Recuperação e Desenvolvimento Conchas, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Laranjal Paulista, Mairinque, Pereiras, Piedade, Porangaba, Porto Feliz, Quadra, Salto, CEPAM, 2014; CETESB, 2014a;
das Bacias do Rio Sorocaba Sorocaba, Tatuí, Vargem Grande Paulista. CNRH, 2014; MPSP, 2003.
CIABC – Consórcio Intermunicipal Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul. meio ambiente/ APM, 2011; BRASIL, 2014a;
Grande ABC recursos hídricos CEPAM, 2014; CNRH, 2014;
MPSP, 2003; Oficina Girem
(São Paulo – 09/04/2014).
CIAS – Consórcio Intermunicipal Cajamar, Campo Limpo Paulista, Jundiaí, Louveira, Várzea Paulista, Vinhedo. resíduos sólidos APM, 2011; BRASIL, 2014a;
para o Aterro Sanitário CETESB, 2014a; CEPAM, 2014;
IPEA, 2012a; MPSP, 2003.
CI – Gabriel Monteiro Clementina, Gabriel Monteiro, Piacatu, Santópolis do Aguapeí. informação não disponível BRASIL, 2014a.
CI – Guapiaçu Bady Bassit, Bálsamo, Cedral, Elisiário, Guapiaçu, Ibirá, Ipiguá, Jaci, Mirassol, Mirassolândia, Neves Paulista, Onda Verde, meio ambiente/ BRASIL, 2014a;
Potirendaba, Tabapuã, Uchoa, Urupês. resíduos sólidos GUAPIAÇU, 2014.
Ciga – Consórcio Intermunicipal Indaiatuba, Monte Mor, Elias Fausto, Salto. informação não disponível BRASIL, 2014a.
para a Gestão Ambiental e de
Resíduos Sólidos Integrada
*interface de atuação em: meio ambiente, recursos hídricos, saneamento e resíduos sólidos

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

199
200
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

Tabela 75. Levantamento preliminar de arranjos intermunicipais (continuação)


Denominação Integrantes Área de atuação* Fonte da informação
Cima – Convênio Intermunicipal de Avanhandava, Getulina, Guaiçara, Lins, Promissão, Sabino. meio ambiente CETESB, 2014a; Oficina Girem
Meio Ambiente (Lins – 24/02/2014).

Cimbaju – Consórcio Intermunicipal Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
dos Municípios da Bacia do Juqueri saneamento CETESB, 2014a; Oficina Girem
(São Paulo – 09/04/2014).

Cimp – Consórcio Intermunicipal de Altinópolis, Cajuru, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros, Mococa, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014.
Meio Ambiente Antônio da Alegria, Tambaú. resíduos sólidos

Cioeste – Consórcio Intermunicipal Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba. meio ambiente/ CEPAM, 2014; Oficina Girem
da Região Oeste Metropolitana de saneamento/ (São Paulo – 09/04/2014).
São Paulo resíduos sólidos

Cipas – Consórcio Intermunicipal Biritiba Mirim, Salesópolis. resíduos sólidos BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
para Aterro Sanitário de Biritiba IPEA, 2012a; Oficina Girem (São
Mirim Paulo – 09/04/2014).

Ciprejim – Consórcio Intermunicipal Aguaí, Águas da Prata, Andradas, Casa Branca, Espírito Santo do Pinhal, Pirassununga, Santa Cruz das Palmeiras, Santo meio ambiente/ APM, 2011; CEPAM, 2014;
de Preservação da Bacia do Rio Antônio do Jardim, São João da Boa Vista, Vargem Grande do Sul (em MG: Andradas e Ibitiúra de Minas Gerais). recursos hídricos CNRH, 2014; FEHIDRO, 2014;
Jaguari Mirim MPSP, 2003.

CIRL – Consórcio Intermunicipal Alto Alegre, Barbosa, Penápolis. recursos hídricos APM, 2011; BRASIL, 2014a;
Ribeirão Lajeado CEPAM, 2014; CNRH, 2014.

Cisab – Consórcio Intermunicipal de Alambari, Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Bofete, Boituva, Botucatu, Cabreúva, Capela do Alto, informação não disponível BRASIL, 2014a.
Saneamento Básico da Bacia do Rio Cerquilho, Cesário Lange, Conchas, Ibiúna, Iperó, Itu, Jumirim, Laranjal Paulista, Mairinque, Pereiras, Piedade, Porangaba,
Sorocaba e Médio Tietê Porto Feliz, Quadra, Salto, Salto de Pirapora, São Roque, Sarapuí, Sorocaba.

Cisbra – Consórcio Intermunicipal Águas de Lindóia, Amparo, Itapira, Lindóia, Monte Alegre do Sul, Morungaba, Pedra Bela, Pinhalzinho, Santo Antônio de resíduos sólidos BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
de Saneamento Básico para a Posse, Serra Negra, Socorro, Tuiuti. CETESB, 2014a; Oficina Girem
Região do Circuito das Águas (Atibaia – 12/03/2014).

CITP – Consórcio Intermunicipal dos Andradina, Arealva, Avanhandava, Bariri, Barra Bonita, Bocaina, Boracéia, Borborema, Brotas, Buritama, Cafelândia, meio ambiente/ APM, 2011; BRASIL, 2014a;
Vales dos Rios Tietê-Paraná Castilho, Conchas, Dois Córregos, Iacanga, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Ilha Solteira, Itaju, Itapuí, Itu, Jaú, José Bonifácio, recursos hídricos CEPAM, 2014; CITP, 2014; CNRH,
Laranjal Paulista, Lençóis Paulista, Mendonça, Mineiros do Tietê, Mirassol, Novo Horizonte, Pederneiras, Piracicaba, Pirajuí, 2014; MPSP, 2003.
Promissão, Reginópolis, Sabino, Salto, Santa Maria da Serra, São Manuel, Tietê.

Civap – Consórcio Intermunicipal do Assis, Borá, Campos Novos Paulista, Cândido Mota, Cruzália, Echaporã, Florínea, Ibirarema, Iepê, João Ramalho, Lutécia, resíduos sólidos APM, 2011; BRASIL, 2014a;
Vale do Paranapanema Maracaí, Nantes, Ocauçu, Oscar Bressane, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, Quatá, Rancharia, Santa CEPAM, 2014; CETESB, 2014a;
Cruz do Rio Pardo, Taciba, Tarumã. CNRH, 2014; MPSP, 2003;
Oficina Girem (Marília –
19/02/2014).

*interface de atuação em: meio ambiente, recursos hídricos, saneamento e resíduos sólidos
Tabela 75. Levantamento preliminar de arranjos intermunicipais (continuação)
Denominação Integrantes Área de atuação* Fonte da informação
Codivap – Consórcio de Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, meio ambiente/ APM, 2011; CEPAM, 2014;
Desenvolvimento Integrado do Vale Cunha, Guararema, Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Mogi das Cruzes, recursos hídricos CETESB, 2014a; CNRH, 2014;
do Paraíba Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Nazaré Paulista, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Queluz, Redenção da MPSP, 2003.
Serra, Roseira, Salesópolis, Santa Branca, Santa Isabel, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São José do Barreiro,
São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé, Ubatuba.
Codenop – Consórcio Público Estrela d’Oeste, Indiaporã, Mesópolis, Miraestrela, Ouroeste, Palmeira d’Oeste, Paranapuã, Populina, São João das Duas meio ambiente/ CEPAM, 2014.
Desenvolvimento do Noroeste Pontes, Turmalina, Vitória Brasil. resíduos sólidos/
Paulista saneamento
Codivar – Consórcio de Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaóca, Itariri, resíduos sólidos APM, 2011; CEPAM, 2014;
Desenvolvimento Intermunicipal do Itapirapuã Paulista, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Peruíbe, Registro. CETESB, 2014a; CNRH, 2014;
Vale do Ribeira MPSP, 2003.
Codralix – Consórcio Intermunicipal Garça, Lupércio, Marília, Ocauçu, Vera Cruz. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
para Tratamento e Disposição Final resíduos sólidos CETESB, 2014a; IPEA, 2012a.
do Lixo
COMAM – Consórcio de Municípios Altinópolis, Aramina, Batatais, Brodowski, Buritizal, Cravinhos, Cristais Paulista, Franca, Guaíra, Guará, Ituverava, Igarapava, meio ambiente APM, 2011; BRASIL, 2014a;
da Alta Mogiana Itirapuã, Ipuã, Jardinópolis, Jeriquara, Miguelópolis, Nuporanga, Orlândia, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Ribeirão CEPAM, 2014; CETESB, 2014a;
Corrente, Rifaina, Restinga, Santo Antônio da Alegria, São Joaquim da Barra, São José da Bela Vista, Sales Oliveira, Serrana. CNRG, 2014; Oficina Girem
(Batatais – 01/04/2014).
Condemat – Consórcio de Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconselos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
Desenvolvimento dos Municípios Santa Isabel, Suzano. resíduos sólidos CETESB, 2014a; Oficina Girem
do Alto Tietê (São Paulo – 09/04/2014).
Condersul – Consórcio de Apiaí, Barra do Chapéu, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Guapiara, Itaóca, Itapeva, meio ambiente/ APM, 2011; CEPAM, 2014;
Desenvolvimento das Regiões Sul e Itapirapuã Paulista, Itararé, Nova Campina, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Taquarivaí. recursos hídricos CNRH, 2014; FEHIDRO, 2014;
Sudoeste do Estado de São Paulo MPSP, 2003; Oficina Girem
(Itapeva – 08/04/2014).
Conirpi – Consórcio Intermunicipal Cabreúva, Indaiatuba, Itu, Salto. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
do Ribeirão Piraí recursos hídricos CNRH, 2014; FEHIDRO, 2014.
Conisud – Consórcio Intermunicipal Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra, Vargem meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
da Região Sudoeste da Grande São Grande Paulista. recursos hídricos CETESB, 2014a; Oficina Girem
Paulo (São Paulo – 09/04/2014).
Consab – Consórcio Intermunicipal Artur Nogueira, Conchal, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Mogi Mirim. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
na Área de Saneamento Ambiental saneamento/resíduos CETESB, 2014a; Oficina Girem
sólidos (São Carlos – 02/04/2014).
Consaúde – Consórcio Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cananéia, Cajati, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itanhaém, Itapirapuã resíduos sólidos APM, 2011; CEPAM, 2014.
Intermunicipal de Saúde do Paulista, Itaóca, Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, Peruíbe, Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, Mongaguá, Registro, Ribeira, Sete
Vale do Ribeira Barras,Tapiraí.

*interface de atuação em: meio ambiente, recursos hídricos, saneamento e resíduos sólidos

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

201
202
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

Tabela 75. Levantamento preliminar de arranjos intermunicipais (continuação)


Denominação Integrantes Área de atuação* Fonte da informação
Consimares – Consórcio Americana, Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
Intermunicipal de Manejo de resíduos sólidos CETESB, 2014a; Oficinas Girem
Resíduos Sólidos da Região (Atibaia – 12/03/2014; São
Metropolitana de Campinas Paulo – 09/04/2014).
Consórcio Intermunicipal das Bacias Americana, Amparo, Analândia, Artur Nogueira, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Camanducaia, Campinas, meio ambiente/ APM, 2011; BRASIL, 2014a;
dos Rios Piracicaba, Capivari e Capivari, Cordeirópolis, Corumbataí, Cosmópolis, Extrema (MG), Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Ipeúma, Iracemápolis, Itatiba, recursos hídricos CEPAM, 2014; CETESB, 2014a;
Jundiaí – PCJ Itupeva, Jaguariúna, Limeira, Jarinu, Louveira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Piracaia, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, CNRH, 2014; MPSP, 2003.
Rio das Pedras, Saltinho, São Pedro, Santa Bárbara, Santa Gertrudes, Santo Antonio da Posse, Sumaré, Vargem, Valinhos, Vinhedo.
Consórcio Intermunicipal da Bacia Catanduva, Catiguá, Pindorama, Santa Adélia, Tabapuã, Uchoa. recursos hídricos CNRH, 2014; FEHIDRO, 2014;
Hidrográfica do Rio São Domingos MPSP, 2003.
Consórcio Intermunicipal de Alto Alegre, Barbosa, Penápolis. meio ambiente/ CEPAM, 2014; CNRH, 2014.
Recuperação da Bacia Hidrográfica recursos hídricos
do Ribeirão Lajeado
Consórcio Intermunicipal para Anhumas, Estrela do Norte, Presidente Prudente, Narandiba, Pirapozinho, Sandovalina, Tarabai. resíduos sólidos CEPAM, 2014; MPSP, 2003;
Gestão de Resíduos Sólidos Oficina Girem (Presidente
Prudente – 18/02/2014).
Consórcio Intermunicipal para Dracena, Junqueirópolis, Ouro Verde, Tupi Paulista. meio ambiente/ BRASIL, 2014a; CEPAM, 2014;
Gestão de Resíduos Sólidos resíduos sólidos CETESB, 2014a; IPEA, 2012a.
Consórcio para a Gestão Integrada Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano. resíduos sólidos BRASIL, 2014a.
de Resíduos da Constução Civil e
Volumosos
Cotralix – Consórcio Intermunicipal Bastos, Iacri, Parapuã, Rinópolis. meio ambiente/ CEPAM, 2014; CETESB, 2014a;
para Tratamento e Disposição Final recursos hídricos/ MPSP, 2003.
do Lixo resíduos sólidos
Grupo de trabalho Estrela do Norte, Mirante do Paranapanema, Sandovalina, Tarabai. resíduos sólidos CETESB, 2014a.
Sigeinres – Consórcio Barretos, Bebedouro. resíduos sólidos BRASIL, 2014a.
Intermunicipal para Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos
Termo de Cooperação Dobrada, Matão, Tabatinga. resíduos sólidos Oficina Girem (São Carlos –
02/04/2014).
Ummes – União dos Municípios da Bernardino de Campos, Canitar, Chavantes, Espírito Santo do Turvo, Ibirarema, Ipaussu, Óleo, Ourinhos, Ribeirão do Sul, meio ambiente/ APM, 2011; CEPAM, 2014;
Média Sorocabana Salto Grande, São Pedro do Turvo, Santa Cruz do Rio Pardo, Timburi. resíduos sólidos Oficina Girem (Itapeva –
08/04/2014).
Unicidades Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Extrema (MG), Guarulhos, Jarinu, Joanópolis, Mairiporã, Morungaba, meio ambiente/ UNICIDADES, 2014.
Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia, Pedra Bela, Socorro, Tuiuti, Vargem. recursos hídricos/
saneamento/
resíduos sólidos
*interface de atuação em: meio ambiente, recursos hídricos, saneamento e resíduos sólidos
Devido ao número elevado de participantes do Girem Extra, a ativida-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


de em grupo foi substituída por um questionário a ser respondido pelos
representantes das prefeituras, contendo as mesmas questões apresentadas
anteriormente.
As prioridades (de 1 a 3) elencadas pelos municípios estão apresentadas
nas Figuras 81, 82 e 83.
Como “Prioridade 1”, os municípios apontaram o “aterro sanitário re-
gional” (52%) e os “resíduos da construção civil” (42%) como temas que
demandariam arranjos intermunicipais com vistas à implantação de so-
luções compartilhadas, totalizando 94% das respostas. Foram apontados
ainda como “Prioridade 1”, porém em menor frequência, a “coleta seletiva”
(2%), os “resíduos de serviço de saúde” (2%), a “compostagem” (1%) e os
“pneus inservíveis” (1%), como pode ser observado na Figura 81.
Com relação à “Prioridade 2”, os municípios apontaram os “resíduos
da construção civil” (41%), o “aterro sanitário regional” (17%), a “coleta
seletiva” (15%) e “pneus inservíveis” (12%) como temas que demandariam
arranjos intermunicipais com vistas à implantação de soluções comparti-
lhadas, totalizando 85% das respostas. Além desses itens, foram apontados
também como “Prioridade 2” a “compostagem” (6%), “lâmpadas” (5%),
“resíduos de serviço de saúde” (3%) e “resíduos objeto da logística reversa”
(1%), como pode ser observado na Figura 82.
Como “Prioridade 3”, os municípios indicaram os “pneus inservíveis”
(35%), a compostagem (17%), a “coleta seletiva” (12%), os “resíduos de ser-
viço de saúde” (9%) e os “resíduos da construção civil” (9%) como temas
que demandariam arranjos intermunicipais para a implantação de soluções
compartilhadas, totalizando 82% das respostas. Em menor frequência, fo-
ram elencados os itens “resíduos objeto da logística reversa” (5%), “aterro
sanitário regional” (4%), “lâmpadas” (4%), “novas tecnologias” (3%) e “re-
síduos cemiteriais” (2%), conforme Figura 83.
Observa-se que os aterros sanitários regionais foram a “Prioridade 1”
mais apontada pelos municípios, enquanto a coleta seletiva, a composta-
gem e a adoção de novas tecnologias de tratamento quase não foram consi-
deradas, mesmo diante do contexto trazido pelas PNRS e PERS, que obri-
gam que sejam destinados apenas rejeitos aos aterros sanitários. Observa-se
também que o gerenciamento dos RCC é uma dificuldade recorrente para
os municípios.
Os fatores que favorecem e os que dificultam a implantação de arranjos
intermunicipais para a gestão de resíduos sólidos elencados pelos muni-
cípios participantes estão apresentados nas Figuras 84, 85, 86 e 87, ape-
nas para os itens mais apontados, “aterro sanitário regional” e “resíduos da
construção civil”. Ressalta-se que foram apresentadas somente as respostas
citadas mais de uma vez.
É possível observar que, apesar de uma das perguntas ter sido formu-
lada com o intuito de se averiguar os fatores que favorecem a implantação
do arranjo intermunicipal, muitas respostas obtidas refletem na verdade
o que seria favorecido com a implantação do arranjo intermunicipal. São
exemplos dessa situação, respostas como “facilidade de acesso a recursos”,
“menor impacto ambiental”, “geração de emprego e renda” e “destinação
ambientalmente correta dos resíduos”.
203
204
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

Figura 81. Prioridades de número 1 para a definição de arranjos intermunicipais apontadas pelos municípios nas oficinas do Girem 2014
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR DE
VOTUPORANGA
MR DE MR DE
BARRETOS FRANCA MG
MS
AU DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
MR DE
ANDRADINA
AU DE
RIBEIRÃO PRETO
AU ARAÇATUBA MR DE
CATANDUVA
MR DE
DRACENA AU DE
MR DE ARARAQUARA MR DE
LINS SÃO JOÃO DA
BOA VISTA
22º0'0" S

MR DE
MR DE MARÍLIA
PRESIDENTE PRUDENTE AU DE MR DA
BAURU MOGIANA
AU DE
RJ
PIRACICABA MR DAS
MR DE ESTÂNCIAS
OURINHOS MR DE RM DE
BOTUCATU CAMPINAS
MR DE RM DO VALE DO PARAÍBA
MR DE BRAGANTINA
AVARÉ AU DE E DO LITORAL NORTE
AU DE JUNDIAÍ
Legenda SOROCABA
Limite Municipal RM DE
SÃO PAULO
Limite Estadual MR DE
Unidades Regionais PR MR DE SÃO ROQUE
ITAPETININGA
AU – Aglomeração Urbana
24º0'0" S

MR – Microrregião RM DA
RM – Região Metropolitana BAIXADA SISTEMA DE COORDENADAS
SANTISTA ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Prioridades levantadas no GIREM MR DO DATUM HORIZONTAL:
RCC VALE DO RIBEIRA 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Aterro Sanitário Regional FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Compostagem Limite Estadual: IGGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
Coleta Seletiva Prioridades: GIREM
Un. Regionais: EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 08/05/2014
RSS
Pneus Inservíveis
Usina de Transformação de RSU

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).


Figura 82. Prioridades de número 2 para a definição de arranjos intermunicipais apontadas pelos municípios nas oficinas do Girem 2014
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR DE
VOTUPORANGA
MR DE MR DE
BARRETOS FRANCA MG
MS
AU DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
MR DE
ANDRADINA
AU DE
RIBEIRÃO PRETO
AU ARAÇATUBA MR DE
CATANDUVA
MR DE
DRACENA AU DE
MR DE ARARAQUARA MR DE
LINS SÃO JOÃO DA
BOA VISTA
22º0'0" S

MR DE
MR DE MARÍLIA
PRESIDENTE PRUDENTE AU DE MR DA
BAURU MOGIANA
AU DE
RJ
PIRACICABA MR DAS
MR DE ESTÂNCIAS
OURINHOS MR DE RM DE
BOTUCATU CAMPINAS
MR DE RM DO VALE DO PARAÍBA
MR DE BRAGANTINA
AVARÉ AU DE E DO LITORAL NORTE
Legenda JUNDIAÍ
AU DE
Limite Municipal SOROCABA
Limite Estadual RM DE
SÃO PAULO
Unidades Regionais MR DE
AU – Aglomeração Urbana PR MR DE SÃO ROQUE
ITAPETININGA
MR – Microrregião
24º0'0" S

RM – Região Metropolitana RM DA
Segundo nível de prioridades levantadas no GIREM BAIXADA SISTEMA DE COORDENADAS
SANTISTA ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
RCC MR DO DATUM HORIZONTAL:
Aterro Sanitário Regional VALE DO RIBEIRA 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Compostagem FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Coleta Seletiva Limite Estadual: IGGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
RSS Prioridades: GIREM
Un. Regionais: EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 09/05/2014
Pneus Inservíveis
Lâmpadas
Resíduos – Logística Reversa

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

205
206
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

Figura 83. Prioridades de número 3 para a definição de arranjos intermunicipais apontadas pelos municípios nas oficinas do Girem 2014
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR DE
VOTUPORANGA
MR DE MR DE
BARRETOS FRANCA MG
MS
AU DE
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
MR DE
ANDRADINA
AU DE
RIBEIRÃO PRETO
AU ARAÇATUBA MR DE
CATANDUVA
MR DE
DRACENA AU DE
MR DE ARARAQUARA MR DE
LINS SÃO JOÃO DA
BOA VISTA
22º0'0" S

MR DE
MR DE MARÍLIA
PRESIDENTE PRUDENTE AU DE MR DA
BAURU MOGIANA
AU DE
RJ
PIRACICABA MR DAS
MR DE ESTÂNCIAS
OURINHOS MR DE RM DE
BOTUCATU CAMPINAS
Legenda MR DE RM DO VALE DO PARAÍBA
MR DE BRAGANTINA
AVARÉ AU DE E DO LITORAL NORTE
Limite Municipal
AU DE JUNDIAÍ
Limite Estadual SOROCABA
Unidades Regionais RM DE
AU – Aglomeração Urbana SÃO PAULO
MR – Microrregião PR MR DE
MR DE SÃO ROQUE
RM – Região Metropolitana ITAPETININGA
Terceiro nível de prioridades levantadas no GIREM
24º0'0" S

RM DA
RCC BAIXADA SISTEMA DE COORDENADAS
Aterro Sanitário Regional SANTISTA ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Compostagem MR DO DATUM HORIZONTAL:
VALE DO RIBEIRA 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Coleta Seletiva
RSS FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Pneus Inservíveis Limite Estadual: IGGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
Prioridades: GIREM
Lâmpadas Un. Regionais: EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 09/05/2014
Resíduos – Logística Reversa
Resíduos Cemiteriais
Novas Tecnologias

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).


Figura 84. Fatores que facilitam a implantação de arranjos intermunicipais elencados para o item “aterro sanitário regional”

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


durante as atividades realizadas nas oficinas regionais do Girem 2014
Redução dos custos de implantação e operação do aterro 21%
Proximidade entre os municípios/conurbação 12%
Menor impacto ambiental 11%
Maior probabilidade de encontrar área apropriada para 9%
implantação do aterro
Facilidade de acesso a recursos 8%
Similaridade na composição e volume de resíduos gerados 8%
Maior corpo técnico, maior infraestrutura
e tecnologias disponívies 7%
Pré-existência de um consórcio/identidade regional 6%
Boas rodovias/facilidade de acesso aos municípios/transporte 5%
Gestão compartilhada 3%
Licenciamento ambiental único 2%

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Figura 85. Fatores que dificultam a implantação de arranjos intermunicipais elencados para o item “aterro sanitário regional”
durante as atividades realizadas nas oficinas regionais do Girem 2014
Escolha da área e do município sede do aterro 20%
Questões políticas 14%
Logística de transporte dos resíduos 12%
Falta de recursos 9%
Restrições ambientais e geográficas à
implantação do aterro 8%
Falta de comprometimento e compreensão sobre a
gestão integrada dos resíduos sólidos 8%
Gestão e gerenciamento do consórcio 5%
Alinhamento de políticas públicas entre os municípios 4%
Desigualdades dos recursos disponíveis entre os municípios 3%
Diferença do nº de habitantes entre os municípios 3%
Ausência de políticas públicas regionais de resíduos sólidos 2%
Falta de estrutura administrativa 2%

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Figura 86. Fatores que facilitam a implantação de arranjos intermunicipais elencados para o item “resíduos da construção
civil” durante as atividades realizadas nas oficinas regionais do Girem 2014
Destinação ambientalmente correta dos resíduos 21%
Redução de custos e otimização do recurso 11%
Logística de transporte/conurbação 11%
Ganho de escala econômica e ambiental 11%
Facilidade de acesso a recursos 7%
Geração de emprego e renda 6%
Pré-existência de um consórcio/identidade regional 5%
Aumento da vida útil do aterro 4%
Maior corpo técnico, maior infraestrutura e tecnologias 4%
Disponibilidade de áreas para aterro em outros municípios 4%
Apoio político 3%
Equalizar as diferenças entre os municípios 2%
Facilidade de interlocução entre os municípios 2%
Similaridade na composição e volume de resíduos gerados 2%

207
Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Figura 87. Fatores que dificultam a implantação de arranjos intermunicipais elencados para o item “resíduos da
construção civil” durante as atividades realizadas nas oficinas regionais do Girem 2014
Questões políticas 24%
Desproporcionalidade orçamentária e falta de recursos 13%
Logística de transporte 11%
Falta de estrutura administrativa 8%
Ausência de estruturas como aterro, ATT e PEVs 6%
Escolha da área e local para implantar o aterro/ATT 6%
Questões operacionais das estruturas de gerenciamento 6%
Licenciamento das áreas 5%
Falta de informação, conscientização, participação 5%
Realização de estudos técnicos para diagnóstico e 3%
estruturas necessárias
Assimetria entre os municípios da região 3%
Gestão intermunicipal 2%
Integração de instrumentos de fiscalização da 2%
disposição irregular
Integração entre as políticas municipais voltadas ao RCC 2%

Fonte: SÃO PAULO (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Outro tipo de situação observada foi que, em alguns casos, a mesma


resposta apareceu tanto para a pergunta sobre o que favorece quanto para
a pergunta sobre o que dificulta a implantação do arranjo intermunicipal.
Essa situação pode ser observada nos casos de respostas como “questões
políticas” e “logística de transporte”, uma vez que são itens específicos liga-
dos à realidade local e a situação política atual.
A partir de uma análise geral, constata-se que os itens que mais favore-
cem arranjos intermunicipais com vistas à implantação de aterro sanitário
regional e à gestão consorciada de RCC apontados pelos municípios são:
• redução de custos e otimização de recursos: com a agregação de vários
entes municipais, o rateio de despesas para a realização do licenciamento
ambiental do aterro e ATT, assim como o custo da operação dos mesmos;
• proximidade entre os municípios: a menor distância entre os municí-
pios participantes do arranjo intermunicipal facilita a logística de trans-
porte dos resíduos, o que implica também em menores gastos com a
disposição do RSU e RCC;
• menor impacto ambiental: o fato de um aterro sanitário ser utilizado por
diferentes municípios para a disposição final do RSU foi apontado como
um fator que contribui para reduzir os impactos e passivos ambientais,
considerado pelos municípios como um importante “ganho ambiental”
que favorece a implantação da solução compartilhada. Dessa forma, foi
verificada a preocupação com a geração de futuro passivo ambiental que,
a partir da instituição de um aterro regional, deixaria de ser difuso e distri-
buído em cada município, passando a ser localizado no município sede;
• destinação ambientalmente correta dos RCC: a dificuldade encontrada
pelos municípios com relação à disposição inadequada de RCC, ainda
que o resíduo gerado seja de responsabilidade do próprio gerador, tem
levado à busca por soluções compartilhadas entre os municípios para o
gerenciamento, principalmente no que diz respeito à aquisição de equi-
pamentos para a produção do agregado reciclável. O compartilhamento
de maquinários para essa finalidade já é uma realidade presente em al-
gumas regiões do estado;
208
• facilidade de acesso a recursos públicos e financiamentos: os municípios

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


apontaram que o consorciamento pode favorecer o acesso a recursos
públicos e a linhas de financiamentos, além de contribuir para a redu-
ção dos valores relativos a contratações pela Lei de Licitações.

Dentre os fatores que mais dificultam a implantação de arranjos inter-


municipais, destacam-se:
• questões políticas: referem-se aos interesses políticos sobrepostos à ges-
tão de resíduos sólidos, bem como à descontinuidade do compromisso
político em relação à manutenção do município no arranjo intermuni-
cipal, dificultando ou inviabilizando o planejamento em longo prazo;
• disponibilidade e localização de área para implantação de aterro regional:
em determinadas regiões do estado, a falta de áreas que apresentem vo-
cação técnica, ou ainda restrições geográficas e ambientais, dificultam a
implantação de um aterro sanitário na região (ver Anexo VI). Além disso,
existe uma resistência da população em “aceitar” o aterro no seu municí-
pio, o que pode ser encarado como um ponto negativo à gestão vigente,
dificultando a escolha do município sede da solução compartilhada;
• logística de transporte: em algumas regiões específicas, os municípios re-
lataram dificuldades na logística de transporte dos resíduos, devido à falta
de malha viária que facilite o acesso, o que pode elevar o custo final do
tratamento e disposição dos RSU e RCC. Somam-se a esse fato as dificul-
dades decorrentes da distância entre municípios de uma mesma região.

Durante as oficinas do Girem, foi possível constatar a existência de asso-


ciações e consórcios públicos formalmente instituídos que, em sua maioria,
não são específicos ou ainda não desenvolvem atividades voltadas ao ge-
renciamento de resíduos sólidos (Tabela 75). Foi possível observar também
que em determinados locais já existe uma importante identidade regional
entre os municípios, o que facilita a negociação de soluções compartilha-
das. Em outras situações, ainda que não existam sob a forma legalmente
instituída, observa-se que arranjos intermunicipais já acontecem na práti-
ca, como nos casos onde os municípios se unem para implantar galpão de
estocagem de pneus (até que a coleta seja realizada pelo sistema de logística
reversa), para a implantação e operacionalização da coleta seletiva, para o
estabelecimento de parceria com cooperativas de catadores de materiais
recicláveis, entre outros.
A gestão compartilhada de resíduos também foi tema abordado nos
PMGIRS e nos Planos Municipais de Saneamento encaminhados à SMA
entre 2012 e o primeiro semestre de 2014. De forma geral, dos 348 planos
analisados pela CPLA, 57 fazem alguma menção sobre interesse em for-
malizar parcerias ou mencionam parcerias já existentes, ainda que não sob
a forma de consórcio. A maioria das iniciativas diz respeito à gestão e ao
gerenciamento de resíduos sólidos, aos RCC e aos pneus.
Os resultados das atividades realizadas em cada oficina regional do Girem
foram observados e considerados na formulação das propostas de regionali-
zação, uma vez que refletem o posicionamento coletivo dos municípios em
relação às dificuldades encontradas na gestão de resíduos sólidos, assim como
as potencialidades para a busca de soluções compartilhadas prioritárias.
209
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais 5. ESTUDO DE REGIONALIZAÇÃO DO ESTADO DE
SÃO PAULO PARA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Estado tem a incumbência de “promover a integração da organização,
do planejamento e da execução das funções públicas de interesse comum rela-
cionadas à gestão dos resíduos sólidos nas regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões”, devendo sua atuação “apoiar e priorizar as inicia-
tivas do município de soluções consorciadas ou compartilhadas entre dois ou
mais municípios” (Artigo 11 da PNRS). Nesse sentido, entre os instrumentos
da PNRS está o incentivo à adoção de consórcios ou de outras formas de
cooperação entre os entes federados, com vistas à elevação das escalas de
aproveitamento e à redução dos custos envolvidos (Artigo 8o da PNRS).
A organização da gestão de resíduos sólidos com enfoque regional é reque-
rida para o Plano Estadual, cujo conteúdo mínimo – conforme disposto no
Artigo 17 da PNRS – inclui, dentre outros, medidas para incentivar e viabi-
lizar a gestão consorciada ou compartilhada dos resíduos sólidos e diretrizes
para o planejamento e para a gestão dos resíduos sólidos de regiões metropo-
litanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Há ainda previsão facultativa
ao Estado de elaborar e implementar planos microrregionais de resíduos só-
lidos – estabelecendo soluções integradas para RSU e, consideradas as pecu-
liaridades microrregionais, para outros tipos de resíduos –, bem como planos
específicos para regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todos os
casos com participação compulsória dos municípios envolvidos.
Em relação à PERS, o conteúdo mínimo requerido para o Plano Estadu-
al inclui, dentre outros, critérios para a regionalização – “segundo variáveis
ambientais de vulnerabilidade, economia, conurbação e demais considera-
das relevantes” – e estratégia para integração e cooperação intermunicipal,
visando à solução conjunta dos problemas de gestão de resíduos sólidos,
assegurada a participação da sociedade civil (Artigo 6o do decreto de regu-
lamentação da PERS).
O decreto de regulamentação da PERS prevê a elaboração de planos
regionais, em consonância com a regionalização proposta no Plano Esta-
dual, com participação facultativa dos municípios envolvidos. Há ainda
previsão de elaboração de planos metropolitanos de resíduos sólidos, neste
caso incluindo “a definição de tecnologias mais eficientes de tratamento dos
resíduos sólidos gerados, estabelecendo obrigatoriamente, a partir da data de
sua publicação, a redução mínima de 6% do volume para disposição final de
rejeitos a cada 5 anos”.
Diante desse desafio, para tornar factível uma proposta de regionaliza-
ção do estado com o recorte para a gestão de resíduos sólidos, ao menos
preliminar, recorreu-se aos estudos técnicos sobre a morfologia e hierar-
quia da rede urbana realizados pela Emplasa e Fundação Seade, que subsi-
diaram a publicação Rede Urbana e Regionalização do Estado de São Paulo,
de 2011. O estudos levaram em conta critérios econômicos, demográficos
e físico-territoriais.
Foram ainda discutidos os seguintes critérios no sentido de subsidiar e
viabilizar tecnicamente as propostas de regionalização: faixa de população
210
associada às taxas de geração de resíduos; logística e a malha viária; mu-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


nicípios com população acima de 100.000 habitantes; arranjos municipais
existentes – com até 19 municípios integrantes e com 20 ou mais municí-
pios integrantes.
O uso da população como critério de regionalização encontra-se direta-
mente associado à questão da geração de resíduos. Conforme apresentado
no Panorama dos Resíduos Sólidos, no estado de São Paulo 571 municípios
possuem população igual ou menor a 100 mil habitantes. Dessa forma, os
levantamentos populacionais e as consequentes estimativas de geração são
condicionantes importantes para a formulação de propostas de arranjos
territoriais, uma vez que possibilitam ganho de escala e otimização do ra-
teio de custos de instalações físicas e serviços a serem implantados. Nesse
sentido, definiu-se o valor de 350 toneladas/dia como escala de partida
para a viabilização de empreendimentos.
A escolha da logística e malha viária como critérios deu-se em função
do objetivo de viabilizar o compartilhamento de unidades de tratamento,
destinação e disposição final ambientalmente adequadas, dados os custos
envolvidos na logística. O transporte é um elemento essencial dentro do
composto logístico, pois, além de ser responsável pelo deslocamento ou
movimentação física, representa a maior parte dos custos. Na área de resí-
duos sólidos não é diferente, pois a quilometragem percorrida pelos veícu-
los e as condições das estradas impactam na questão do tempo despendido
e no custo para a realização de determinado percurso.
Partindo, portanto, dos estudos técnicos da Emplasa, em 05 de maio
de 2014, o Grupo Técnico (GT) de Resíduos Sólidos, responsável pela ela-
boração do Plano Estadual, organizou uma oficina para traçar, de modo
participativo, uma proposta preliminar de regionalização do estado com o
recorte para a gestão de resíduos sólidos. O material usado para apoio téc-
nico à discussão na oficina foi composto por uma série de mapas de todos
os critérios propostos, plotados em papel vegetal tamanho A0, de modo a
possibilitar justaposições livres das informações disponíveis. As Figuras 89
a 94 apresentam as informações utilizadas na oficina, cuja dinâmica está
retratada na Figura 88.
Como material complementar à oficina, disponibilizou-se ainda um
levantamento – preliminar e não exaustivo – de arranjos intermunicipais
que têm ações voltadas a meio ambiente, recursos hídricos, saneamento
e/ou resíduos sólidos, considerando as modalidades de consórcio públi-
co, associação civil, convênio, protocolo de cooperação, termo de parceria,
contrato comum e outras (Tabela 75).
Várias foram as fontes de informação consultadas para identificar os 45
arranjos intermunicipais listados, sendo a grande maioria fonte secundária,
valendo, portanto, a ressalva de que o dinamismo verificado na constituição
deste tipo de arranjo pode acarretar listas de integrantes não atualizadas.
É importante pontuar que, previamente à oficina, se definiu no GT que
na proposta de regionalização do estado com o recorte para a gestão de
resíduos não seriam considerados os municípios integrantes de regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas instituídas por leis complementa-
211
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais res próprias, para os quais já há fórum definido legalmente para tratar de
questões de interesse regional. Entretanto, cabe ressaltar que alguns sub-
arranjos podem ser convenientes, tais como:
• RMSP:
• São Paulo Capital;
• Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema;
• Mogi das Cruzes e Suzano;
• Barueri e Osasco;
• Guarulhos;
• RMVPLN:
• Jacareí, São José dos Campos e Taubaté;
• Litoral Norte;
• RMC:
• Campinas;
• Paulínia;
• demais municípios.

A Região Metropolitana de Sorocaba, instituída por lei complementar


posteriormente à realização da oficina, foi considerada na proposta em seu
formato anterior, isto é, como a Aglomeração Urbana de Sorocaba e a Mi-
crorregião de São Roque.
Assim, as discussões basearam-se nas 22 microrregiões e nas três aglo-
merações urbanas propostas no estudo da Emplasa (2011), ainda não legal-
mente instituídas.
A proposta preliminar de regionalização do estado com o recorte para a
gestão de resíduos sólidos está explicitada na Tabela 76. Há um campo para
sistemas de tratamento e destinação final de resíduos sólidos instalados ou
em licenciamento, em que estão listados tanto empreendimentos públicos
(com o atendimento regional, hoje em minoria do estado) quanto privados
(objetivando o mercado). No caso de plantas de compostagem, apesar de
serem identificadas seis unidades no Inventário Estadual de Resíduos Só-
lidos Urbanos 2013 da Cetesb, quatro têm atendimento local (Andradina,
Garça, Ribeirão Grande, São José do Rio Preto) e somente duas têm possi-
bilidade de atendimento regional (Parapuã e Adamantina). A esse respeito,
as principais condicionantes legais que orientam a instalação de empreen-
dimentos de disposição final estão discutidas no Anexo VI.
Ressalta-se que a proposta preliminar de regionalização do estado com
o recorte para a gestão de resíduos sólidos é apresentada como sugestão,
por ser a conformação de arranjos intermunicipais influenciada por vários
outros fatores que não aqueles abordados na oficina realizada, tais como
afinidades político-ideológicas, infraestruturas de tratamento e disposição
final já existentes, entre outros. Cabe por fim ressaltar que a proximida-
de das regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do estado pode in-
fluenciar tanto nas rotas tecnológicas escolhidas para tratamento dos resí-
duos sólidos – possivelmente na adoção de processos mais intensivos em
tecnologia – quanto nos desenhos de arranjos intermunicipais, influência
esta desconsiderada na proposta de regionalização traçada.
212
Por fim, é imprescindível afirmar que há necessidade de aprofundamen-

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais


to da proposta de regionalização do estado na revisão deste Plano Estadu-
al, uma vez que não estão aqui esgotados todos os tópicos requeridos nas
PNRS e PERS, quer em relação à organização da gestão em todos os seus
aspectos, quer em relação à participação e controle social no processo.

Figura 88. Oficina de regionalização, realizada em 05 de maio de 2014, pelo Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos

Apresentação da dinâmica da oficina e discussão dos critérios de regionalização.

Critérios de regionalização elencados – em tarjetas rosa – para apoio técnico à proposta de regionalização com o recorte
de gestão de resíduos sólidos.
213
Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais Figura 88. Oficina de regionalização, realizada em 05 de maio de 2014, pelo Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos
(continuação)

Discussão sobre a escala de geração – definição de 350 toneladas/dia como escala de partida para viabilização de
empreendimento – e logística de resíduos sólidos. Base adotada: unidades regionais da Emplasa (2011).

Dinâmica da oficina: sobreposição de mapas. Destaque ao documento final com proposta de regionalização traçada pelo GT;
informação posteriormente explicitada em tabela (Tabela 07).

Fonte: SMA (2014b).

214
Figura 89. Unidades regionais do estado de São Paulo 2010, exceto regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista e Vale do Paraíba e Litoral Norte e aglomerações urbanas de Jundiaí e Piracicaba

Legenda 13 – MR de Franca
1 – AU de Ribeirão Preto 14 – MR de Botucatu
2 – AU de Araraquara 15 – MR de Itapetininga
22
3 – AU de Bauru 16 – MR de Barretos
13 4 – AU de Sorocaba 17 – MR de Catanduva
16 5 – AU de São José do Rio Preto 18 – MR de Lins
05 6 – AU de Araçatuba 19 – MR de Marília
23
7 – MR de São João da Boa Vista 20 – MR de Avaré
06 01 8 – MR da Mogiana 21 – MR de Ourinhos
17 9 – MR das Estâncias 22 – MR de Votuporanga
24 10 – MR Bragantina 23 – MR de Andradina
18 02 11 – MR de São Roque 24 – MR de Dracena
07 12 – MR do Vale do Ribeira 25 – MR de Presidente Prudente

25 19
03 08
09
21
14
20 10
04

15 11

12

Fonte: EMPLASA (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

215
Figura 90. Faixas de geração de resíduos sólidos urbanos

Legenda
Faixas de geração de resíduos conforme faixa populacional urbana
até 25.000 habitantes – 0,7 kg/hab/dia
25.001 – 100.000 habitantes – 0,8kg/hab/dia
100.001 – 500.00 habitantes – 0.9kg/hab/dia
mais de 500.000 habitantes – 1,1kg/hab/dia

Fonte: SÃO PAULO (2014), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

216
Figura 91. Principais redes viárias do estado de São Paulo

SP
31
0

SP 330
SP
30
0

SP 2
70

SP 116
300 SP 3 SP 0 BR
SP 28 48 65
0

SP 3
30
BR 381
SP 280
SP
09

070
9

SP
SP 270
SP 1
50
SP 16
0

6
BR 11

Fonte: SMA (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

217
Figura 92. Municípios do estado de São Paulo com população acima de 100.000 habitantes

Legenda
Municípios com população maior que 100.000 habitantes

Fonte: SMA (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização e Proposição de Arranjos Intermunicipais

218
Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
1 – AU Ribeirão Altinópolis, Barrinha, Batatais, Bro- Apresenta economia baseada no 1.488.762 1.282 Sugere-se a busca de soluções compartilha­das, Cimp, Comam RCC, pneus aterro sanitário em
Preto dowski, Cajuru, Cássia dos Coquei- setor agroindustrial fortemente especialmente para RSU e RCC, entre os inservíveis, aterros Guatapará (privado);
ros, Cravinhos, Dumont, Guariba, polarizada por Ribeirão Preto, municípios da própria AU, a qual apresenta sanitários regionais, aterro sanitário
Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, que possui economia de perfil população suficiente para garantir escala a coleta seletiva, em Jardinópolis
Luis Antonio, Mococa, Monte Alto, multissetorial. Localiza-se em sistemas regionais de tratamento de resíduos compostagem, RSS (privado) –
Morro Agudo, Nuporanga, Orlândia, importante entrocamento de rodovias sólidos e disposição final de rejeitos. Apesar ampliação em
Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Ribei- que fazem ligação com as regiões de ser uma AU extensa, a logística de resíduos processo de
rão Preto, Sales Oliveira, Santa Cruz da metropolitanas, o interior do estado e sólidos é facilitada pela malha viária existente: a licenciamento;
Esperança, Santa Rita do Passa Quatro, o estado de Minas Gerais. SP 330, que corta a AU de norte a sul, e rodovias aterro sanitário
Santa Rosa de Viterbo, Santo Antonio de menor porte e/ou vicinais, com distribuição em Sales Oliveira
da Alegria, São Simão, Serra Azul, ampla pelo território. (privado) – em
Serrana, Sertãozinho, Taiúva,Tambaú processo de
e Taquaral. licenciamento
2 – AU Araraquara/ Américo Brasiliense, Araraquara, Boa Caracteriza-se por uma economia 1.007.023 822 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Termo de RCC, aterros não identificados
São Carlos Esperança do Sul, Borborema, Cândi- agropecuária de relevância no estado, especialmente para RSU e RCC, entre os Cooperação, sanitários regionais,
do Rodrigues, Descalvado, Dobrada, com destaque para os polos de municípios da própria AU, a qual apresenta AMA, CITP, coleta seletiva,
Dourado, Fernando Prestes, Gavião Araraquara e São Carlos, com PIB de população suficiente para garantir escala a Ciprejim pneus inservíveis,
Peixoto, Ibaté, Ibitinga, Itápolis, Itira- perfil multissetorial sistemas regionais de tratamento de resíduos compostagem
pina, Matão, Motuca, Nova Europa, sólidos e disposição final de rejeitos. Apesar
Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão de ser uma AU extensa, a logística de resíduos
Bonito, Rincão, Santa Cruz da Concei- sólidos é facilitada pela malha viária existente:
ção, Santa Cruz das Palmeiras, Santa a SP 310, que corta a AU transversalmente, e
Ernestina, Santa Lucia, São Carlos, rodovias de menor porte e/ou vicinais com
Tabatinga, Taquaritinga, Trabiju. distribuição ampla no território.
3 – AU Bauru Agudos, Arealva, Avaí, Balbinos, Bariri, Caracteriza-se por uma economia 877.977 708 Sugere-se a busca de soluções compartilha­das Ammep, CITP aterros sanitários aterro sanitário em
Barra Bonita, Bauru, Bocaina, Boracéia, voltada para a agropecuária com para RSU e RCC entre os municípios da própria regionais, RCC, Piratininga (privado)
Borebi, Brotas, Cabrália Paulista, Dois incentivos do Pró-álcool. Além de AU, a qual apresenta população suficiente coleta seletiva,
Córregos, Duartina, Iacanga, Igaraçu Bauru, destaca-se o município de para garantir escala a sistemas regionais de pneus inservíveis,
do Tietê, Itaju, Itapuí, Jaú, Lençóis Pau- Jaú, o segundo com maior porte tratamento de resíduos sólidos e disposição compostagem
lista, Lucianópolis, Macatuba, Mineiros demográfico, sendo que os dois polos final de rejeitos. Apesar de ser uma AU extensa,
do Tietê, Paulistânia, Pederneiras, apresentam perfil multissetorial do a logística de resíduos sólidos é facilitada pela
Pirajuí, Piratininga, Presidente Alves, PIB e densidades demográficas acima malha viária existente: a SP 300, que corta a AU
Reginópolis, Torrinha. de 150 hab/km². transversalmente, e rodovias de menor porte
e/ou vicinais, com distribuição ampla pelo
território. Ainda, visando o ganho de escala,
sugere-se que os municípios da microrregião de
Botucatu se associem àqueles da AU de Bauru
na busca de soluções conjuntas para a gestão e
gerenciamento de resíduos sólidos.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.

Estudo de Regionalização
Panorama dose Proposição
Resíduos Sólidos
de Arranjos
do Estado
Intermunicipais
de São Paulo

219
220
Estudo de Regionalização
Panorama dose Proposição
Resíduos Sólidos
de Arranjos
do Estado
Intermunicipais
de São Paulo

Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
4 – AU Sorocaba Araçoiaba da Serra, Boituva, Capela Apresenta perfil econômico 1.380.317 1.244 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Conirpi, Ciga, RCC, aterros aterro sanitário
do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, industrial, composto por municípios especialmente para RSU e RCC, entre os CITP, Ceriso, sanitários em Cesário Lange
Conchas, Iperó, Jumirim, Laranjal polarizados por Sorocaba, com mu­ni­cípios da própria AU, a qual apresenta Cisab regionais, (privado); aterro
Paulista, Pereiras, Porangaba, Porto grande parte de sua população população suficiente para garantir escala a compostagem, sanitário em Iperó
Feliz, Quadra, Salto de Pirapora, ligada às atividades urbanas. sistemas regionais de tratamento de resíduos pneus inservíveis (privado)
Sorocaba, Tatuí, Tietê, Torre de Pedra, sólidos e disposição final de rejeitos (esta AU
Votorantim, Itu, Salto e Alumínio. tornou-se região metropolitana durante a
elaboração deste trabalho – maio de 2014). A
logística de resíduos é facilitada pela existência
de três rodovias principais, SP 300, SP 280 e
SP 270, havendo também ampla distribuicão
de rodovias de menor porte e/ou vicinais.
Visando ao ganho de escala, sugere-se que os
municípios das microrregiões vizinhas – São
Roque e Botucatu – se associem àqueles da AU
de Sorocaba na busca de soluções regionais
para a gestão e gerenciamento de resíduos
sólidos.

5 – AU São José do Adolfo, Altair, Bady Bassit, Bálsamo, Apresenta economia baseada em 783.980 614 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CI Guapiaçu, RCC, aterros aterro sanitário
Rio Preto Cajobi, Cedral, Floreal, Guapiaçu, atividades agropecuárias, fortemente especialmente para RSU e RCC, entre os AMA, CITP sanitários em Onda Verde
Guaraci, Icém, Ipiguá, Jaci, José polarizada por São José do Rio municípios da própria AU, a qual apresenta regionais, (privado)
Bonifácio, Macaubal, Magda, Preto, que possui economia de perfil população suficiente para garantir escala a compostagem,
Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, multissetorial. sistemas regionais de tratamento de resíduos pneus inservíveis,
Monções, Monte Aprazível, Neves sólidos e disposição final de rejeitos. Apesar lâmpadas, novas
Paulista, Nipoã, Nhandeara, Nipoã, de ser uma AU extensa, a logística de resíduos tecnologias
Nova Aliança, Nova Granada, sólidos é facilitada pela malha viária existente:
Olímpia, Onda Verde, Orindiúva, a SP 310, que corta a AU transversalmente, e
Palestina, Paulo de Faria, Planalto, rodovias de menor porte e/ou vicinais, com
Poloni, Potirendaba, São José do Rio distribuição ampla pelo território. Visando ao
Preto, Severínia, Tanabi, Ubarana, ganho de escala, sugere-se que os municípios
União Paulista, Zacarias. da microrregião de Catanduva se associem
àqueles da AU de São José do Rio Preto na
busca de soluções regionais para a gestão e
gerenciamento de resíduos sólidos.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.
Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
6 – AU Araçatuba Alto Alegre, Araçatuba, Auriflama, Caracteriza-se pela diversidade 520.845 416 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CI Gabriel RCC, aterros aterro sanitário em
Avanhandava, Barbosa, Bento de de atividades econômicas, especialmente para RSU e RCC, entre os Monteiro, CIRL, sanitários Araçatuba (privado)
Abreu, Bilac, Birigui, Braúna, Brejo predominando a agropecuária. municípios da própria AU, a qual apresenta Cima,CITP, regionais, – em processo de
Alegre, Buritama, Clementina, Destacam-se os polos de Araçatuba e população suficiente para garantir escala a AMA compostagem, licenciamento
Coroados, Gabriel Monteiro, Birigui, com densidade demográfica sistemas regionais de tratamento de resíduos coleta seletiva,
Gastão Vidigal, General Salgado, acima de 150 hab/km² e perfil sólidos e disposição final de rejeitos. Apesar pneus inservíveis,
Glicério, Guararapes, Guzolândia, econômico multissetorial e de de ser uma AU extensa, a logística de resíduos lâmpadas
Lourdes, Luiziânia, Nova Castilho, serviços, respectivamente. Esses sólidos é facilitada pela malha viária existente:
Nova Luzitânia, Penápolis, Piacatu, polos apresentam tendência à o trecho oeste é cortado pelas rodovias SP
Rubiácea, Santo Antonio do conurbação ao longo da Rodovia 300 e SP 310, paralelas entre si, não havendo
Aracanguá, Santópolis do Aguapeí, Marechal Rondon, principal eixo muitas opções de rodovias de menor porte
São João de Iracema, Turiúba, viário da região. e/ou vicinais; o trecho leste é cortado
Valparaíso. transversalmente pela rodovia SP 300 e por
rodovias de menor porte e/ou vicinais, com
distribuição ampla pelo território.

7 – MR São João Aguaí, Águas da Prata, Caconde, Casa O perfil socioeconômico está 270.109 201 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Cimp, Ciprejim aterros sanitários não identificados
da Boa Vista Branca, Divinolândia, Itobi, São João baseado na indústria e na agricultura, especialmente para RSU e RCC, com os regionais, RCC,
da Boa Vista, São José do Rio Pardo, cujos principais produtos são municípios da microrregião da Mogiana, para pneus inservíveis
São Sebastião da Grama, Tapiratiba e cana-de-açúcar, café e laranja. O ganho mútuo de escala. Esta microrregião
Vargem Grande do Sul. município-polo concentra o maior tem ampla distribuição de rodovias de menor
PIB e, em segundo lugar, se encontra porte e/ou vicinais, que viabilizam a logística
o município de São José do Rio de resíduos.
Pardo, ambos com perfil produtivo
baseado no setor Serviços.

8 – MR Mogiana Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, É polarizada pelos municípios 327.181 273 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Ciprejim, aterros sanitários não identificados
Itapira, Mogi Guaçu, Mogi-Mirim e conurbados de Mogi Guaçu e Mogi especialmente para RSU e RCC, com os Cisbra, Consab regionais, RCC,
Santo Antônio do Jardim. Mirim. A atividade econômica municípios das microrregiões de São João da pneus inservíveis
está baseada na agricultura, que, Boa Vista e Estâncias, para ganho mútuo de
articulada à indústria, promove escala. Esta microrregião está entre aquelas
o dinamismo dos complexos que possuem menor território no estado e
agroindustriais da microrregião. ampla distribuição de rodovias de menor porte
e/ou vicinais, que viabilizam a logística de
resíduos.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.

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Panorama dose Proposição
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Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
9 – MR Estâncias Águas de Lindóia, Amparo, Lindóia, Conhecida como Circuito das Águas, 129.384 93 Sugere-se a busca de soluções compartilha- Cisbra, aterros sanitários aterro sanitário em
Monte Alegre do Sul, Serra Negra, possui economia marcada por das, especialmente para RSU e RCC, com os Unicidades, regionais, RCC, Amparo (privado)
Socorro. atividades urbanas sazonais nos municípios da microrregião Bragantina, para Consórcio PCJ coleta seletiva – em processo de
períodos de temporada (hotelaria e ganho mútuo de escala. Esta microrregião está licenciamento
comércio). É servida pelas Rodovias entre aquelas que possuem menor território
Eng. Constantino Cintra, Governador no estado e ampla distribuição de rodovias de
Adhemar Pereira de Barros e Dr. menor porte e/ou vicinais, que facilitam a lo-
Laércio Corte. Faz parte da Ugrhi gística de resíduos. Entretanto, vale ressaltar a
Moji Guaçu, que apresenta balanço dificuldade de se encontrar nesta microrregião
hídrico classificado como crítico. áreas ideais para instalação de sistemas de tra-
tamento de resíduos sólidos e disposição final
de rejeitos, por causa do relevo montanhoso.

10 – MR Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Configurada a partir de critérios 358.515 299 Sugere-se a busca de soluções compartilha- Unicidades, aterros sanitários aterro sanitário
Bragantina Bragança Paulista, Joanópolis, fisico-territoriais provenientes dos das, especialmente para RSU e RCC, com os Cisbra, regionais, RCC, em Bom Jesus dos
Morungaba, Nazaré Paulista, Pedra recursos hídricos e conservação municípios da microrregião das Estâncias, para Consórcio PCJ, coleta seletiva, Perdões (privado)
Bela, Pinhalzinho, Piracaia, Tuiuti, ambiental, foram considerados, ganho de escala mútuo. Esta microrregião está Codivap pneus inservíveis – em processo de
Vargem. ainda, os aspectos inerentes às entre aquelas que possuem menor território licenciamento
relações funcionais. A economia está no estado, sendo cortada na parte sul por duas
baseada nas atividades relacionadas rodovias principais, SP 065 e BR 381. Há ainda
ao setor de serviços, com destaque uma ampla distribuição de rodovias de menor
para os ramos de agropecuária e de porte e/ou vicinais pelo território, que facilitam
turismo. a logística de resíduos. Entretanto, vale ressaltar
a dificuldade de se encontrar nesta microrregião
áreas ideais para instalação de sistemas de trata-
mento de resíduos sólidos e disposição final de
rejeitos, por causa do relevo montanhoso.

11 – MR São Araçariguama, Ibiúna, Mairinque, Localizada no eixo Raposo Tavares 169.320 128 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Cisab, Ceriso RCC, aterro aterro sanitário
Roque Piedade e São Roque. / Castelo Branco, apresenta especialmente para RSU e RCC, com sanitário regional, em Araçariguama
fortes ligações funcionais com municípios da AU de Sorocaba, visando ganho compostagem (privado) – em
a AU de Sorocaba. Configura-se de escala. A logística de resíduos é facilitada processo de
como microrregião devido à sua pela malha viária existente: duas rodovias licenciamento
homogeneidade fisica e ambiental. principais – SP 280 e SP 270 – cruzam a
Possui economia bastante parte norte da microrregião; na parte central
diversificada, com destaque para há rodovias de menor porte e/ou vicinais
Piedade, de perfil agropecuário de e na parte sul há carência de rodovias. A
relevância no ESP, agrupando ainda microrregião está entre aquelas que possuem
municípios com economia baseada menor território no estado.
na prestação de serviços.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.
Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
12 – MR Vale do Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do É uma das regiões mais pobres 225.210 145 É uma microrregião extensa, porém com Codivar, aterros sanitários não identificados
Ribeira Turvo, Cajati, Cananeia, Eldorado, do estado. Sua maior vocação é a baixa densidade demográfica, o que Consaúde, regionais, RSS,
Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, preservação ambiental, pois seu desfavorece o ganho de escala. Ressalta-se Condersul RCC, resíduos
Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri, território abriga grande parte dos ainda a dificuldade de se encontrar áreas especiais –
Jacupiranga, Juquiá, Miracatu, remanescentes de mata atlântica e a para instalação de sistemas de tratamento logística reversa
Pariquera-Açu, Pedro de Toledo, maior concentração de Unidades de de resíduos sólidos e disposição final de
Registro, Ribeira, Sete Barras e Tapiraí. Conservação do estado de São Paulo. rejeitos na microrregião, por sua vocação
de preservação ambiental. É cortada
transversalmente pela BR 116, havendo
algumas rodovias de menor porte e/ou vicinais
distribuídas pelo território. Devido a essas
peculiaridades, e por ser uma das regiões mais
pobres do estado, sugere-se atenção especial
– apoio técnico, investimentos financeiros e
incentivos fiscais – por parte do poder público,
tanto na busca de soluções compartilhadas
para resíduos sólidos, quanto na busca de
soluções individuais para os municípios da
microrregião.

13 – MR Franca Aramina, Buritizal, Cristais Paulista, Integra a Ugrhi Sapucaí / Grande, 543.242 443 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, COMAM aterros sanitários aterro sanitário em
Franca, Guará, Igarapava, Ipuã, onde a demanda de água é de 32,2% especialmente para RSU e RCC, entre os regionais, RCC, Guará (privado);
Itirapuã, Ituverava, Jeriquara, da disponibilidade hídrica. municípios da própria microrregião, a qual coleta seletiva, RSS aterro sanitário em
Miguelópolis, Patrocínio Paulista, O município de Franca apresenta apresenta população suficiente para garantir Guará (privado) –
Pedregulho, Restinga, Ribeirão perfil produtivo diversificado, escala a sistemas regionais de tratamento de em processo de
Corrente, Rifaina, São Joaquim da destacando-se ainda outros resíduos sólidos e disposição final de rejeitos. licenciamento
Barra e São José da Bela Vista. municípios com atividades A logística de resíduos é facilitada pela malha
agropecuárias significativas no viária existente: a rodovia SP 330, que corta
contexto do estado. a microrregião de norte a sul, e rodovias
de menor porte e/ou vicinais distribuídas
pelo território. A falta de estrutura instalada
para o gerenciamento de resíduos sólidos
na microrregião, entretanto, requer atenção
especial – apoio técnico – por parte do poder
público na busca por soluções compartilhadas.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.

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Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
14 – MR Botucatu Anhembi, Areiópolis, Bofete, Apresenta predominância 191.577 160 A microrregião de Botucatu é pequena e pouco Cedepar, Cisab, aterros sanitários não identificados
Botucatu, Pardinho, Pratânia, São de atividades agropecuárias, populosa e possui posição central no estado, Ceriso regionais, RCC,
Manuel. destacando-se o município fazendo fronteira com RM, AU e microrregiões. coleta seletiva
de Botucatu, com atividade Por essas especificidades, conta com diversas
agropecuária de relevância no opções de consorciamento com municípios
estado. Destaca-se ainda a atividade das unidades regionais vizinhas para ganho de
industrial no município de São escala, a fim de adotar sistemas regionais de
Manuel. tratamento de resíduos sólidos e disposição
final de rejeitos, especialmente para RSU e
RCC. A logística de resíduos é facilitada pela
malha viária existente: é cortada em sua parte
central, na direção leste-oeste, pela rodovia SP
300 e na mesma direção, porém ao sul, pela
rodovia SP 280; há ainda rodovias de menor
porte e/ou vicinais distribuídas pelo território.
Especificamente para ganho mútuo de escala e
considerando a rodovia SP 280, sugere-se que
os municípios desta microrregião busquem
soluções compartilhadas com os municípios da
microrregião de Avaré.

15 – MR Alambari, Angatuba, Barão de Região pouco dinâmica, que 581.327 425 A microrregião conta com população Condersul, aterros sanitários não identificados
Itapetininga Antonina, Bernardino de Campos, apresenta homogeneidade fisico- suficiente para garantir escala a sistemas Amvapa, Cisab, regionais, RCC,
Bom Sucesso de Itararé, Buri, territorial e ambiental. Quase todos regionais de tratamento de resíduos sólidos Ceriso, Ummes coleta seletiva,
Campina do Monte Alegre, os municípios estão localizados na e disposição final de rejeitos. Entretanto, é pneus inservíveis
Capão Bonito, Coronel Macedo, Ugrhi Alto Paranapanema, com bom extensa e servida por somente uma rodovia
Fartura, Guapiara, Guareí, Ipaussu, balanço hídrico. São exceções os de grande porte, SP 270 (em sua parte norte,
Itaberá, Itaí, Itapetininga, Itapeva, municípios de Alambari e Sarapuí, na direção leste-oeste), e por rodovias de
Itaporanga, Itararé, Nova Campina, que, embora pertençam à Ugrhi Tietê menor porte e/ou vicinais distribuídas de
Paranapanema, Pilar do Sul, Piraju, / Sorocaba (balanço hídrico crítico), forma irregular pelo território. Devido a
Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, estão nesta MR devido às suas essas peculiaridades, em relação a arranjos
Riversul, São Miguel Arcanjo, Sarapuí, relações funcionais com o município intermunicipais visando à busca de soluções
Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba, de Itapetininga. compartilhadas, especialmente para RSU e
Taquarivaí, Tejupá e Timburi. RCC, sugere-se que: os municípios da parte
nordeste da microrregião associem-se aos
municípios da AU de Sorocaba; os municípios
da parte noroeste associem-se aos municípios
da microrregião de Avaré; e que os municípios
da parte central e sul da microrregião
associem-se entre si para ganho de escala.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.
Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
16 – MR Barretos Barretos, Bebedouro, Colina, Predominam atividades econômicas 309.201 240 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Sigeinres, RCC, aterros não identificados
Colômbia, Guaíra, Jaborandi, Monte voltadas para pecuária de corte e leite, especialmente para RSU e RCC, entre os Comam, AMA sanitários
Azul Paulista, Pirangi, Taiaçu, Terra integrando uma rede de agroindústria municípios da própria microrregião, a qual regionais, pneus
Roxa, Viradouro, Vista Alegre do Alto. ligada ao processamento de carne apresenta população suficiente para garantir inservíveis
voltado para os mercados interno e escala a sistemas regionais de tratamento de
externo. É fortemente beneficiada resíduos sólidos e disposição final de rejeitos.
pelo sistema viário estadual e por um A logística de resíduos sólidos é facilitada
conjunto expressivo de estradas vici- pela malha viária existente: a microrregião é
nais. Faz parte das UGRHIs Baixo Pardo cortada por rodovias de menor porte e/ou
/ Grande, Turvo / Grande e Sapucaí / vicinais, bem distribuídas pelo território.
Grande, todas já apresentando pro-
blemas quanto ao balanço hídrico.

17 – MR Ariranha, Catanduva, Catiguá, Voltada para atividades do setor 274.641 206 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CI – Guapiaçu, aterros sanitários aterro sanitário em
Catanduva Elisiário, Embaúba, Ibirá, Irapuã, agropecuário, principalmente para especialmente para RSU e RCC, com os CI – Rio São regionais, RCC, Catanduva (privado)
Itajobi, Marapoama, Novais, Novo a produção de cana-de-açúcar. municípios da AU de São José do Rio Preto, Domingos, lâmpadas, pneus
Horizonte, Palmares Paulista, Paraíso, Está inserida nas UGRHIs Turvo / para ganho de escala. A logística de resíduos CITP, AMA inservíveis
Pindorama, Sales, Santa Adélia, Grande e Tietê / Batalha, sendo que sólidos é facilitada pela malha viária existente:
Tabapuã, Urupês. na primeira o balanço hídrico já se a microrregião é cortada transversalmente pela
encontra em patamar crítico. rodovia SP 310 e por rodovias de menor porte
e/ou vicinais distribuídas pelo território.

18 – MR Lins Cafelândia, Getulina, Guaiçara, Possui as principais atividades 153.683 113 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Cima, Ammep, RCC, aterros não identificados
Guaimbê, Guarantã, Lins, Pongaí, econômicas ligadas aos serviços e à especialmente para RSU e RCC, com os municí- CITP, AMA sanitários
Promissão, Sabino, Uru. agropecuária. Seus municípios fazem pios da microrregião de Marília, para ganho de regionais, pneus
parte das UGRHIs 16 – Tietê-Batalha escala, com possível localização de instalações inservíveis,
(sete municípios), 20 – Aguapeí e equipamentos de gerenciamento nos municí- lâmpadas
(dois municípios) e 19 – Baixo Tietê pios fronteiriços. A logística de resíduos sólidos
(um município). O balanço hídrico é facilitada pela malha viária existente: a mi-
da microrregião não apresenta crorregião é cortada transversalmente por uma
problemas graves de demanda rodovia de grande porte, SP 300, e interligada
por água. Embora a URGHI 16 por rodovias de menor porte e/ou vicinais, que
exija atenção, as URGHis 19 e 20 se distribuem pelo território. Ainda, por ser uma
apresentam estados bons e muito microrregião pouco populosa, sugere-se, para
bons, respectivamente. ganho de escala, o consorciamento com muni-
cípios da região sudeste da AU de Araçatuba e/
ou da região nordeste da AU de Bauru.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.

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Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
19 – MR Marília Álvaro de Carvalho, Alvinlândia, Arco- Caracteriza-se por uma economia 417.843 334 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Ammep, coleta seletiva, não identificados
Íris, Bastos, Echaporã, Fernão, Gália, baseada em atividades de serviços, especialmente para RSU e RCC, entre os muni- Cotralix, Civap, aterros sanitários
Garça, Herculândia, Iacri, Júlio de sendo que Marília tem o maior PIB cípios da própria microrregião, a qual apresenta Codralix regionais, RCC,
Mesquita, Lupércio, Marília, Ocauçu, da região. população suficiente para garantir escala a lâmpadas
Oriente, Oscar Bressane, Pompeia, sistemas regionais de tratamento de resíduos
Queiroz, Quintana, Tupã, Ubirajara e sólidos e disposição final de rejeitos. A logística
Vera Cruz. de resíduos sólidos é facilitada pela malha viária
existente: a microrregião é cortada somente
por rodovias de menor porte e/ou vicinais, bem
distribuídas pelo território. A fim de contribuir
para o ganho de escala da microrregião de Lins,
sugere-se o consorciamento entre municí-
pios das duas microrregiões, com possível
localização de instalações e equipamentos de
gerenciamento nos municípios fronteiriços.
20 – MR Avaré Águas de Santa Bárbara, Arandu, Apresenta predominância de ativi- 134.730 97 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Cedepar, RCC, aterros não identificados
Avaré, Cerqueira César, Iaras, Itatinga, dades agropecuárias, destacando-se especialmente para RSU e RCC, com os municí- Amvapa, sanitários
Manduri, Óleo. o município de Avaré, com atividade pios da microrregião de Botucatu, para ganho Ummes regionais,
agropecuária de relevância no de escala mútuo. A microrregião de Avaré é compostagem
estado. pequena e a logística de resíduos sólidos é faci-
Faz parte das UGRHIs Alto e Médio litada pel malha viária existente: em sua parte
Paranapanema, que possuem balan- norte, a microrregião é cortada transversalmente
ços hídricos bons. pela rodovia SP 280, havendo também rodovias
de menor porte e/ou vicinais distribuídas pelo
território. A fronteira sul, com a microrregião de
Itapetininga, fica muito próxima à rodovia SP
270, o que pode favorecer o consorciamento
com municípios da parte noroeste dessa micror-
região, visando ao ganho de escala.
21 – MR Ourinhos Assis, Borá, Campos Novos Paulista, Caracteriza-se por uma economia 402.587 312 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Ummes, Civap aterros sanitários Unidade de
Cândido Mota, Canitar, Chavantes, diversificada, com alguns municípios especialmente para RSU e RCC, entre os muni- regionais, RCC, Combustível
Cruzália, Espírito Santo do Turvo, industriais e outros de economia cípios da própria microrregião, a qual apresenta coleta seletiva, Derivado de
Florínea, Ibirarema, Lutécia, Maracaí, baseada no setor serviços e na população suficiente para garantir escala a siste- lâmpadas, resíduos Resíduo em Palmital
Ourinhos, Palmital, Paraguaçu agropecuária. mas regionais de tratamento de resíduos sólidos cemiteriais, (privado) – em
Paulista, Pedrinhas Paulista, Platina, e disposição final de rejeitos. A logística de resídu- resíduos especiais licenciamento
Ribeirão do Sul, Salto Grande, Santa os sólidos é facilitada pela malha viária existente: – logística reversa
Cruz do Rio Pardo, São Pedro do a microrregião é cortada transversalmente pela
Turvo e Tarumã. rodovia SP 270 e por rodovias de menor porte e/
ou vicinais distribuídas pelo território.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.
Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
22 – MR Álvares Florence, Américo de A base econômica é a agropecuária, 355.180 257 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, Codenop, AMA aterros sanitários aterro sanitário em
Votuporanga Campos, Aparecida d’Oeste, seguida pelos setores de serviços e especialmente para RSU e RCC, entre os regionais, RCC, Meridiano (privado)
Aspásia, Cardoso, Cosmorama, indústria. Seus municípios integram municípios da própria microrregião, a qual pneus inservíveis,
Dirce Reis, Dolcinópolis, Estrela as UGRHIs Turvo / Grande, onde apresenta população suficiente para garantir coleta seletiva,
d’Oeste, Fernandópolis, Guarani se registra um balanço hídrico escala a sistemas regionais de tratamento de compostagem
d’Oeste, Indiaporã, Jales, Macedônia, crítico, com demandas de água de resíduos sólidos e disposição final de rejeitos.
Marinópolis, Meridiano, Mesópolis, 102,9%, e São José dos Dourados, A logística de resíduos sólidos é facilitada
Mira Estrela, Nova Canaã Paulista, com demanda de água de 17,9% pela malha viária existente: a microrregião é
Ouroeste, Palmeira d’Oeste, da disponibilidade hídrica. Cabe cortada somente por rodovias de menor porte
Paranapuã, Parisi, Pedranópolis, ressaltar que três municípios e/ou vicinais, distribuídas pelo território, entre
Pontalinda, Pontes Gestal, Populina, exercem polarização internamente elas a SP 320. A falta de estrutura instalada
Riolândia, Rubineia, Santa Albertina, à microrregião: Votuporanga, Jales e para o gerenciamento de resíduos sólidos
Santa Clara d’Oeste, Santa Fé do Fernandópolis. na microrregião, entretanto, requer atenção
Sul, Santa Rita d’Oeste, Santa especial – apoio técnico – por parte do poder
Salete, Santana da Ponte Pensa, público na busca por soluções compartilhadas.
São Francisco, São João das Duas
Pontes, Três Fronteiras, Turmalina,
Urânia, Valentim Gentil, Vitória Brasil,
Votuporanga.

23 – MR Andradina Andradina, Castilho, Guaraçaí, Caracteriza-se pela diversidade de 165.753 110 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CITP, AMA RCC, RSS, não identificados
Ilha Solteira, Itapura, Lavínia, atividades econômicas, destacando- especialmente para RSU e RCC, com os compostagem,
Mirandópolis, Murutinga do Sul, se, com os maiores PIBs, os municípios da microrregião de Dracena, coleta seletiva,
Nova Independência, Pereira Barreto, municípios de Ilha Solteira e Castilho, para ganho mútuo de escala, com possível pneus inservíveis.
Sud Mennucci, Suzanápolis. com perfis produtivos industriais, e localização de instalações e equipamentos de
Andradina, no setor de serviços. gerenciamento nos municípios fronteiriços. A
logística de resíduos sólidos é facilitada pela
malha viária existente: a microrregião é cortada
por duas rodovias de grande porte, SP 310 e
SP 300, paralelas entre si (direção leste-oeste)
e paralelas à fronteira com a microrregião de
Dracena; rodovias de menor porte e/ou vicinais
estão distribuídas pelo território e na direção
norte-sul, fazendo a ligação entre as duas
microrregiões. Ainda, para ganho de escala,
sugere-se consorciamento dos municípios
fronteiriços do leste da microrregião com
aqueles da AU de Araçatuba.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.

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Resíduos Sólidos
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de Arranjos
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Tabela 76. Proposta preliminar de regionalização do estado de São Paulo com o recorte de gestão de resíduos sólidos (continuação)
Unidades regionais: Municípios Caracterização População Geração Estudo de regionalização
microrregiões (MR) (hab) RSU
e aglomerações (t/dia) Proposta Arranjos Tópicos prioritários Sist. trat. e disp. final
urbanas (AU) intermunicipas para soluções RS instalados/em
identificados consorciadas (1) licenciamento (2)
24 – MR Dracena Adamantina, Dracena, Flora Rica, Apresenta economia baseada 238.173 163 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CI – Gestão RCC, aterro aterro sanitário em
Flórida Paulista, Inúbia Paulista, nos setores secundário e terciário. especialmente para RSU e RCC, com os de Resíduos sanitário regional, Parapuã; Unidade
Irapuru, Junqueirópolis, Lucélia, Dispõe de sistema viário regional municípios das microrregiões de Andradina Sólidos, RSS, coleta de compostagem
Mariápolis, Monte Castelo, Nova que possibilita sua ligação com e Marília, para ganho de escala, com possível Cotralix seletiva, pneus em Parapuã;
Guataporanga, Osvaldo Cruz, Presidente Prudente, Bauru, Marília e localização de instalações e equipamentos de inservíveis, Unidade de
Ouro Verde, Pacaembu, Panorama, São José do Rio Preto. Faz parte das gerenciamento nos municípios fronteiriços resíduos especiais compostagem em
Parapuã, Paulicéia, Rinópolis, Sagres, UGRHIs Aguapeí e Peixe, dispondo das respectivas microrregiões. A logística de – logística reversa Adamantina
Salmourão, Santa Mercedes, São João de um balanço hídrico considerado resíduos sólidos é facilitada pela malha viária
do Pau d’Alho, Tupi Paulista. bom. existente: duas rodovias de menor porte e/ou
vicinais cortam a região de norte a sul e uma
de leste a oeste, distribuídas irregularmente
pelo território.

25 – MR Presidente Emilianópolis, Estrela do Norte, Apresenta atividades econômicas 540.164 406 Sugere-se a busca de soluções compartilhadas, CI – Gestão aterro sanitário aterro sanitário em
Prudente Euclides da Cunha Paulista, Iepê, diversificadas, sendo que o setor especialmente para RSU e RCC, entre os de Resíduos regional, RCC, Quatá (privado)
Indiana, João Ramalho, Marabá terciário concentra-se no município municípios da própria microrregião, a qual Sólidos, Grupo coleta seletiva,
Paulista, Martinóplis, Mirante do de Presidente Prudente. É servida por apresenta população suficiente para garantir de Trabalho, pneus inservíveis,
Paranapanema, Nantes, Narandiba, rodovias estaduais que permitem escala a sistemas regionais de tratamento de Civap resíduos especiais
Piquerobi, Pirapozinho, Presidente a ligação com outras regiões do resíduos sólidos e disposição final de rejeitos. – logística reversa
Bernardes, Presidente Epitácio, estado. Possui áreas naturais sob Entretanto, por ser muito extensa e cortada
Presidente Prudente, Presidente proteção no Parque Estadual do transversalmente por somente uma rodovia
Venceslau, Quatá, Rancharia, Regente Morro do Diabo, no município de principal, SP 270, e por algumas rodovias de
Feijó, Ribeirão dos Índios, Rosana, Presidente Epitácio. menor porte e/ou vicinais distribuídas pelo
Sandovalina, Santo Anastácio, Santo território, sugere-se a divisão da microrregião
Expedito,Taciba, Tarabai e Teodoro em duas áreas para fins de consorciamento de
Sampaio. municípios.

(1) Dados do Projeto Girem 2014. (2) Esta lista não esgota todos os sistemas de de tratamento e disposição final de resíduos instalados ou em licenciamento no estado de São Paulo.
Fonte: Emplasa (2011) (adaptado); IBGE (2010); SMA (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014)
Figura 93. Arranjos municipais com até dezenove municípios integrantes
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR de
Votuporanga
MR de
MR de Franca MG
MS Barretos
AU de
MR de São José do Rio Preto
Andradina
AU de
MR de Ribeirão Preto
AU Araçatuba Catanduva
MR de
Dracena
MR de AU de MR de
Lins Araraquara São João da
Boa Vista
22º0'0" S

MR de
MR de Marília
Presidente Prudente AU de MR da
Bauru Mogiana
AU de RJ
Piracicaba MR das
MR de Estâncias
Ourinhos MR de RM de
Botucatu Campinas
MR de
MR de Bragantina
PR Avaré
AU de
Sorocaba
Legenda
Limite Estadual
Unidades Regionais MR de
AU – Aglomeração Urbana MR de São Roque
MR – Microrregião Termo de Cooperação Itapetininga
Consórcio com até 19 municípios CODENOP
24º0'0" S

CIPAS CIMP
Consórcio para Gestão Integrada de RCC e Volumosos AMVAPA
CONDERSUL CIAS SISTEMA DE COORDENADAS
CONIRPI CONSAB
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
CONISUD CI para Gestão de Resíduos Sólidos MR do DATUM HORIZONTAL:
COTRALIX CIMA Vale do Ribeira 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
CODRALIX CIPREJIM
UNICIDADES CISBRA FONTE: ELABORADO POR:
CONSIMARES CIGA Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Grupo de Trabalho AMMEP Limite Estadual: IGGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
Consórcios: CPLA, 2014
CEDEPAR CI ABC Un. Regionais: EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 02/06/2014
UMMES CI Gabriel Monteiro
CI Guapiaçu SIGEINRES
CIRL CONDEMAT
CI para Gestão de Resíduos Sólidos CI da Bacia Hidrográfica do Rios São Domingos
CIMBAJU CIOESTE

Fonte: SMA (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

Estudo de Regionalização
Panorama dose Proposição
Resíduos Sólidos
de Arranjos
do Estado
Intermunicipais
de São Paulo

229
230
Estudo de Regionalização
Panorama dose Proposição
Resíduos Sólidos
de Arranjos
do Estado
Intermunicipais
de São Paulo

Figura 94. Arranjos municipais com vinte ou mais municípios integrantes


52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MR de
Votuporanga
MR de
MR de Franca MG
MS Barretos
AU de
MR de São José do Rio Preto
Andradina
AU de
MR de Ribeirão Preto
AU Araçatuba Catanduva
MR de
Dracena
MR de AU de MR de
Lins Araraquara São João da
Boa Vista
22º0'0" S

MR de
MR de Marília
Presidente Prudente AU de MR da
Bauru Mogiana
AU de RJ
Piracicaba MR das
MR de Estâncias
Ourinhos MR de RM de
Botucatu Campinas
MR de
MR de Bragantina
Avaré
Legenda AU de
Limite Estadual Sorocaba
Unidades Regionais
AU – Aglomeração Urbana MR de
MR – Microrregião
PR MR de São Roque
Itapetininga
Consórcios com mais de 19 municípios
24º0'0" S

CITP
CONSAUDE SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
COMAN MR do DATUM HORIZONTAL:
Vale do Ribeira 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
CERISO
CIVAP FONTE: ELABORADO POR:
Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
AMA Limite Estadual: IGGE, 1:2.500.000 Gerenciamento de Informações
Consórcios: CPLA, 2014
CISAB Un. Regionais: EMPLASA/SEADE, 2011 DATA: 02/06/2014
Consórcio PCJ
CODIVAP
CODIVAR

Fonte: SMA (2014b), elaborado por SMA/CPLA (2014).


cenários e projeções

+ -

+ -
+ -

+ -
1. INTRODUÇÃO

cenários e projeções
A proposição de políticas públicas requer, entre outras condições, um
minucioso trabalho de planejamento a fim de se criar elementos que possi-
bilitem que as mesmas atinjam os objetivos para os quais foram elaboradas.
O Plano Estadual de Resíduos Sólidos lida com questões de curto, médio e
longo prazos, com vistas não só a resolver problemas imediatos, mas tam-
bém a evitar e mitigar problemas futuros e potencializar boas práticas e
soluções inovadoras.
Os cenários não devem ser entendidos como um retrato fiel de um futu-
ro único e predeterminado, mas representam importantes instrumentos de
planejamento que podem antecipar situações futuras relevantes, balizando
as ações do presente e dando condições para enfrentamento de situações
adversas. O processo de elaboração dos cenários no âmbito do Plano Esta-
dual de Resíduos Sólidos buscou a visualização de possíveis configurações
futuras para os resíduos sólidos, baseada nas projeções de sua geração no
estado de São Paulo.
Apesar da complexidade do tema e de suas diversas interfaces com ou-
tros temas relevantes, optou-se pela elaboração de cenários projetivos fa-
zendo uso dos dados levantados na fase de diagnóstico deste Plano. As pro-
jeções e simulações retratam situações futuras que seguem a tendência de
geração, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos na atualidade,
sem considerar num primeiro momento os possíveis efeitos de inovações
tecnológicas ou de mudanças de hábitos e de padrões de consumo. A partir
da visualização dessas situações futuras, tenta-se compreender a configura-
ção para a qual a gestão dos resíduos sólidos no estado caminha, seguindo
o rumo atual.
Na seção Panorama dos Resíduos Sólidos no Estado de São Paulo, re-
ferente à fase de diagnóstico deste Plano, os resíduos sólidos foram apre-
sentados, conforme classificação da PNRS, em oito tipos, para os quais
foram feitas estimativas e/ou levantamentos de geração, considerando as
informações obtidas junto aos órgãos oficiais. Essas estimativas foram o
ponto de partida para as projeções de geração nos diferentes cenários. Para
alguns desses tipos de resíduos foi identificada relação direta com a popu-
lação, por meio de índices de geração per capita, como no caso dos resíduos
sólidos urbanos (RSU), resíduos da construção civil (RCC) e resíduos de
serviços de saúde (RSS). Para outros resíduos foram consideradas as ten-
dências da atividade produtiva, como no caso dos resíduos industriais e
agrossilvopastoris.
Os diferentes cenários econômicos adotados forneceram as taxas médias
de crescimento anual do Produto Interno Bruto (PIB) paulista que emba-
saram as projeções da geração de resíduos sólidos. Desse modo, exclusiva-
mente para este trabalho, adotou-se a premissa de que o maior crescimento
do PIB implica em maior atividade produtiva e maior geração de resíduos.
Apesar de a atividade produtiva não expressar diretamente a geração de
resíduos, essas são as informações atualmente disponíveis para utilização
diante da histórica falta de informações sistematizadas sobre a geração da
maioria dos tipos de resíduos sólidos.
233
cenários e projeções Foram adotadas as taxas médias anuais de crescimento do PIB elabora-
das pela Secretaria Estadual de Energia em sua publicação Matriz Energé-
tica do Estado de São Paulo – 2035, as quais foram adaptadas para o estado
de São Paulo, tendo como base os cenários do Plano Nacional de Energia
2030, produzidos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE):
• Cenário 1: cenário otimista, que pressupõe manutenção das tendências
de integração internacional e o avanço das medidas que permitirão ace-
lerar o processo de convergência da economia brasileira para os padrões
dos países desenvolvidos;
• Cenário 2: cenário menos favorável para a economia mundial. Cresci-
mento da economia brasileira igual ou pouco acima da média mundial.
Semelhante ao cenário base, porém com taxas de crescimento um pou-
co menores;
• Cenário 3: cenário pessimista, no qual a economia mundial apresenta
pouco avanço e até mesmo retrocesso, com taxas de crescimento seme-
lhantes às existentes hoje nos países desenvolvidos, sendo que o Brasil
mantém a participação na economia mundial.

Além dos cenários 1, 2 e 3, a Matriz Energética do Estado de São Paulo


– 2035 traz seu Cenário Base, ou o mais provável, que foi elaborado como
principal referência para a série de premissas específicas necessárias para a
construção da matriz energética paulista. A Tabela 77 apresenta as taxas de
crescimento do PIB em cada um dos cenários econômicos.
A opção pelo uso dos cenários econômicos produzidos pela EPE e adap-
tados para o estado de São Paulo pela Secretaria de Energia apoia-se na
notória expertise dessas instituições em elaborarem planejamentos do mé-
dio e longo prazo. Além disso, esses cenários econômicos contemplam o
horizonte de planejamento deste Plano Estadual de Resíduos Sólidos.
Para as projeções do Plano Estadual de Resíduos foi elaborado um ce-
nário de referência, considerado o mais provável, que também adota a taxa
média anual de crescimento do PIB de 3,5% no período 2005-2035.
As projeções elaboradas para os quatro cenários deste Plano foram re-
finadas, levando em consideração as observações do Grupo de Trabalho
de Resíduos Sólidos, formado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente
e pela Cetesb, e as demais premissas e tendências identificadas no Projeto
Ambiental Estratégico Cenários Ambientais 2020, nos Cenários para a Ma-

Tabela 77. Crescimento econômico paulista – quatro cenários


PIB São Paulo Crescimento Médio Anual
2005 – 2035 (%)
Cenário Base 3,50
Cenário 1 4,60
Cenário 2 2,90
Cenário 3 2,10

Fonte: SÃO PAULO (2011), elaborado por SMA/CPLA (2014).


234
crometrópole Paulista 2040, além de levar em conta as projeções populacio-

cenários e projeções
nais e as análises das dinâmicas demográficas elaboradas pela Fundação
Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
A maior ênfase nos cenários é dada aos RSU e RCC, hoje as maiores pre-
ocupações dos municípios, devido, entre outros fatores, ao volume gerado
e à governabilidade que o poder público tem sobre esses tipos de resíduos.
Além disso, foram aqueles apontados como prioritários para a gestão nas
oficinas do Girem 2014.
Cabe ressaltar que mais importante do que quantificar a geração de re-
síduos é identificar as tendências de evolução dessa geração. Ou seja, não
se pretende afirmar que as quantidades de resíduos geradas serão preci-
samente aquelas visualizadas nos cenários projetados; o que se pretende
é criar condições para se antecipar a situações possíveis e adotar medidas
para minimizar os problemas decorrentes da continuidade do atual mode-
lo de gestão de resíduos sólidos.

2.Cenários e projeções pARA GESTÃO DE


RESÍDOS SÓLIDOS
As projeções da geração dos resíduos sólidos devem ser consideradas le-
vando em conta as significativas mudanças no perfil populacional e de ocu-
pação previstas para o estado de São Paulo, pois cada região possui seu con-
junto próprio de características e as alterações na pirâmide etária paulista
demandarão políticas públicas específicas. As taxas anuais de crescimento
populacional, projetadas em 0,87% ao ano entre 2010 e 2015, apresentarão
redução progressiva, chegando a 0,39% entre 2025 e 2030 (SEADE, 2014b).
No entanto, mesmo com taxas de crescimento em tendência de queda, a
população paulista total aumentará cerca de 12%, passando dos 41,9 mi-
lhões de habitantes em 2012 para 46,8 milhões de habitantes em 2030.
Diferentemente do capítulo Estudo de Regionalização e Proposição de
Arranjos Intermunicipais, na elaboração destes Cenários adotou-se o recor-
te territorial de regiões administrativas (RA), o mesmo adotado na seção
Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo.
As dinâmicas demográficas se desenvolverão de forma diferente pelo
território paulista. Destaca-se que as RA de Ribeirão Preto, Santos e Cam-
pinas apresentarão um aumento populacional de cerca de 15% entre 2012 e
2030, enquanto as RA de Barretos e Presidente Prudente apresentarão um
aumento menor em sua população, de cerca de 4%. A Região Metropoli-
tana de São Paulo, que tem concentrado aproximadamente metade da po-
pulação paulista, terá aumento populacional semelhante à média do estado
como um todo, cerca de 11%.
A Tabela 78 apresenta a comparação entre os aumentos populacionais
nas diferentes regiões do estado de São Paulo entre 2012 e 2030.
Considerando o aumento na geração dos resíduos sólidos urbanos que
leva em conta apenas o crescimento populacional no estado de São Paulo,
sem considerar os incrementos resultantes do crescimento econômico, já
teríamos um aumento de cerca de 13,6% na geração até 2030. Nessas con-
235
cenários e projeções Tabela 78. População nas regiões do estado de São Paulo em 2012 e 2030
Região administrativa População (hab) Variação (%)
2012 2030
Araçatuba 745.344 803.071 7,70

Barretos 423.369 441.786 4,40

Bauru 1.067.610 1.164.537 9,10

Campinas 6.392.473 7.365.992 15,20

Central 967.083 1.061.096 9,70

Franca 716.492 788.066 10,00

Marília 948.798 1.003.843 5,80

Presidente Prudente 839.464 878.335 4,60

Registro 269.727 283.684 5,20

Ribeirão Preto 1.277.734 1.476.897 15,60

Santos 1.696.360 1.957.612 15,40

São José do Rio Preto 1.457.731 1.576.022 8,10

São José dos Campos 2.309.772 2.632.763 14,00

Sorocaba 2.854.915 3.249.183 13,80

RMSP 19.973.125 22.143.440 10,90

Estado de São Paulo 41.939.997 46.826.327 11,70

Fonte: SEADE (2014a), elaborado por SMA/CPLA (2014).

dições, o aumento da geração já seria superior ao aumento populacional


no período, tendo em vista que os números que compõem a geração de
resíduos total do estado de São Paulo e em suas regiões são resultado da
soma da geração de cada município, considerando suas diferentes dinâmi-
cas populacionais e faixas de geração de resíduos.
No entanto, ao projetarmos o cenário de referência, que considera o cres-
cimento econômico e assume o Produto Interno Bruto (PIB) com uma taxa
média de crescimento de 3,5% ao ano, a geração dos RSU mais do que dobrará
no estado entre 2012 e 2030, passando de 38,4 mil t/dia para 79,4 mil t/dia.
Prevê-se o maior aumento em termos absolutos na RMSP, que em 2012
já respondia pela maior geração do estado, com previsão de aproximada-
mente 21,6 mil t/dia a mais em 2030. Vale lembrar que a RMSP já não dis-
põe de muitas áreas para implantação de aterros de rejeitos e essa dificulda-
de tende a aumentar nos próximos anos. Entretanto, devido às dinâmicas
territoriais, a participação da RMSP na geração de resíduos no estado ten-
de a diminuir ligeiramente, passando de 53,7% de todo o RSU gerado em
2012 para algo em torno de 53,1% em 2030.
Em direção oposta segue a RA de Campinas, que amplia sua participa-
ção percentual no total dos RSU gerados, de 14,1% em 2012 para 14,6% em
2030, reflexo dos fluxos populacionais em direção a essa região. Em termos
absolutos, a RA de Campinas passa de 5,4 mil t/dia para aproximadamente
11,6 mil t/dia, concentrando a segunda maior geração do estado.
236
Tabela 79. Variação na geração de RSU entre 2012 e 2030

cenários e projeções
Região administrativa Geração (t/dia) Variação 2012-2030 (%)
2012 2030
Araçatuba 551,79 1104,40 100,15

Barretos 317,92 616,21 93,83

Bauru 830,16 1683,84 102,83

Campinas 5411,62 11561,83 113,65

Central 764,17 1560,77 104,24

Franca 560,70 1145,30 104,26

Marília 705,95 1392,06 97,19

Presidente Prudente 583,96 1137,41 94,78

Registro 139,71 273,01 95,41

Ribeirão Preto 1176,83 2532,97 115,24

Santos 1495,39 3200,04 113,99

São José do Rio Preto 1071,56 2157,26 101,32

São José dos Campos 1995,00 4248,87 112,98

Sorocaba 2169,86 4611,48 112,52

RMSP 20592,78 42217,97 105,01

Estado de São Paulo 38.367,40 79.443,41 107,06

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

A Tabela 79 apresenta a variação na geração de resíduos nas regiões do


estado de São Paulo entre 2012 e 2030, no cenário de referência.
As Figuras 95 e 96 apresentam, respectivamente, a distribuição da ge-
ração de resíduos sólidos em 2012 e a variação em termos absolutos da
geração de resíduos entre 2012 e 2030 nos municípios paulistas.
O aumento previsto na geração dos RSU é claramente significativo.
Mesmo no cenário de menor projeção (C3), a geração de resíduos no es-
tado de São Paulo apresenta aumento expressivo e exige ações capazes de
alterar significativamente o modelo de gestão de resíduos sólidos, inclusive
quanto aos padrões de consumo.
A Tabela 80 apresenta a variação percentual na geração dos RSU entre
2012 e 2030 nos diferentes cenários.
As previsões das dinâmicas demográficas alertam também para a ne-
cessidade de atenção quanto às políticas de saúde, principalmente nos cui-
dados com a população idosa, pois por volta de 2027 o grupo daqueles
com mais de 60 anos será maior do que o grupo de crianças e de ado-
lescentes com menos de 15 anos. Estudos da Fundação Seade (SEADE,
2013b) apontaram que, em 2012, enquanto o número de internações no
estado de São Paulo teria sido em torno de 5,5% da população geral, na
faixa entre 60 e 69 anos o percentual cresce para 8,65% do total de indiví-
duos. Já na faixa acima de 70 anos, o número de internações aumenta para
14,7% dessa população.
237
cenários e projeções Figura 95. Distribuição da geração dos RSU em 2012
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS FRANCA
MG
SÃO JOSÉ DO BARRETOS
RIO PRETO

ARAÇATUBA

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

22º0'0" S
BAURU
PRESIDENTE PRUDENTE
MARÍLIA
CAMPINAS
RJ

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SOROCABA
SÃO PAULO
PR

24º0'0" S
Legenda
Limite Municipal BAIXADA
Limite Estadual SANTISTA ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Região Administrativa DATUM HORIZONTAL:
Geração de RSU (t/dia) em 2012 REGISTRO 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
< 10,0 FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Diagnósticos
10,1 – 25,0 Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Ambientais
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
25,1 – 50,0 DATA: 12/09/2014
50,1 – 100,0
100,1 – 500,0
> 500,0

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

Figura 96. Variação na geração de resíduos sólidos entre 2012 e 2030


52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS FRANCA
MG
SÃO JOSÉ DO BARRETOS
RIO PRETO

ARAÇATUBA

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL
22º0'0" S

BAURU
PRESIDENTE PRUDENTE
MARÍLIA
CAMPINAS
RJ

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SOROCABA
SÃO PAULO
PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal BAIXADA
Limite Estadual SANTISTA ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Região Administrativa DATUM HORIZONTAL:
Variação na Geração de RSU (t/dia) REGISTRO 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
entre 2012 e 2030 FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Diagnósticos
0,1 – 10,0 Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Ambientais
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
10,1 – 50,0 DATA: 12/09/2014
50,1 – 100,0
100,1 – 500,0
> 500,0

Fonte: SEADE (2014a) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

238
Tabela 80. Variação na geração de RSU nos diferentes cenários 2012- 2030

cenários e projeções
Região administrativa Variação na geração de resíduos 2012-2030 (%)
Cenário de Referência C1 C2 C3
Araçatuba 100,15 142,10 80,26 56,64
Barretos 93,83 134,46 74,57 51,69
Bauru 102,83 145,35 82,68 58,74
Campinas 113,65 158,43 92,42 67,20
Central 104,24 147,05 83,95 59,84
Franca 104,26 147,08 83,97 59,85
Marília 97,19 138,52 77,60 54,32
Presidente Prudente 94,78 135,60 75,42 52,43
Registro 95,41 136,37 76,00 52,93
Ribeirão Preto 115,24 160,35 93,85 68,44
Santos 113,99 158,85 92,73 67,47
São José do Rio Preto 101,32 143,52 81,32 57,55
São José dos Campos 112,98 157,62 91,81 66,67
Sorocaba 112,52 157,07 91,41 66,32
RMSP 105,01 147,99 84,64 60,44
Estado de São Paulo 107,06 150,46 86,49 62,04

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

TABELA 81. Gastos com internações hospitalares no sistema público por grupo etário em 2012
Faixa etária Gasto total com internações (R$) População (hab) Valor das internações por habitante (R$)
0 a 9 anos 407.536.761 5.556.207 73,35
10 a 19 anos 168.103.482 6.464.499 26
20 a 29 anos 311.697.991 7.325.285 42,55
30 a 39 anos 305.796.818 6.965.150 43,9
40 a 49 anos 319.501.306 5.860.493 54,52
50 a 59 anos 426.736.971 4.653.003 91,71
60 a 69 anos 433.490.199 2.885.537 150,23
70 e mais 487.990.946 2.229.823 218,85
Total 2.860.854.473 41.939.997 68,21

Fonte: SEADE (2013b), elaborado por SMA/CPLA (2014).

O gasto por habitante também aumenta à medida que avança a idade,


conforme indica a Tabela 81.
Os resíduos de serviços de saúde (RSS), estimados em aproximadamen-
te 575,5 t/dia em 2012, tendem a aumentar para cerca de 1.190 t/dia em
2030 no cenário de referência, o que corresponde a aproximadamente 1,5%
do total dos RSU gerados e acompanha a distribuição destes pelas regiões
do estado, com os maiores montantes na RMSP e na RA de Campinas.
Quanto aos resíduos da mineração, considerando as substâncias mine-
rais objeto do Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, ob-
serva-se que a maior parte dos resíduos gerados no estado são provenientes
239
cenários e projeções FIGURA 97. Geração de RSS nos diferentes cenários de 2012 a 2030
1.500

1.400

1.300

1.200

1.100
t/dia

1.000

900

800

700

600

500
2012 2015 2020 2025 2030
Cenário de referência Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

das atividades de extração de solos e rochas, os quais são utilizados como


agregados (matéria-prima mineral bruta ou beneficiada) de uso imediato
na indústria da construção civil, de modo que as projeções da geração des-
ses resíduos estão ligadas à expansão imobiliária.
Os RCC apresentam no cenário de referência aumento de cerca de 86%
no total dos RCC gerados em todo o estado, partindo de aproximadamente
68,3 mil t/dia em 2012 para em torno de 126,9 mil t/dia em 2030, conside-
rando as reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, além
das obras da preparação e da escavação de terrenos para obras civis.
A RMSP, responsável pela geração de quase 50% dos RCC do estado de
São Paulo, destaca-se novamente por apresentar o maior incremento em
termos absolutos, com aumento de 28,7 mil t/dia em 2030.
A Tabela 82 apresenta a geração de RCC por regiões administrativas no
estado de São Paulo em 2012 e 2030 no cenário de referência. Em função
do possível esgotamento das jazidas e do consequente déficit de agregados
para uso na construção civil, prevê-se um inevitável aumento na reutiliza-
ção e reciclagem dos RCC Classe A.
A Figura 98 apresenta a distribuição da geração dos resíduos da cons-
trução civil em 2012 no estado de São Paulo.
A Figura 99 apresenta a variação na geração dos RCC em termos abso-
lutos entre os anos 2012 e 2030 no estado de São Paulo. Destacam-se no-
vamente a RMSP e a RA de Campinas que apresentarão, respectivamente,
cerca de 28,7 mil t/dia e 8,8 mil t/dia a mais em 2030.

240
Figura 98. Distribuição da geração dos RCC em 2012

cenários e projeções
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS FRANCA
MG
SÃO JOSÉ DO BARRETOS
RIO PRETO

ARAÇATUBA

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL

22º0'0" S
BAURU
PRESIDENTE PRUDENTE
MARÍLIA
CAMPINAS
RJ

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SOROCABA
SÃO PAULO
PR

24º0'0" S
Legenda
Limite Municipal BAIXADA
Limite Estadual SANTISTA ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Região Administrativa DATUM HORIZONTAL:
Geração de RCC (t/dia) em 2012 REGISTRO 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
< 10,0 FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Diagnósticos
10,1 – 25,0 Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Ambientais
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
25,1 – 50,0 DATA: 12/09/2014
50,1 – 100,0
100,1 – 500,0
> 500,0

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

Figura 99. Variação na geração de RCC entre 2012 e 2030


52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS FRANCA
MG
SÃO JOSÉ DO BARRETOS
RIO PRETO

ARAÇATUBA

RIBEIRÃO PRETO

CENTRAL
22º0'0" S

BAURU
PRESIDENTE PRUDENTE
MARÍLIA
CAMPINAS
RJ

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SOROCABA
SÃO PAULO
PR
24º0'0" S

Legenda
Limite Municipal BAIXADA
Limite Estadual SANTISTA ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
Região Administrativa DATUM HORIZONTAL:
Variação na Geração de RCC (t/dia) REGISTRO 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
entre 2012 e 2030 FONTE: ELABORADO POR:
Centro de Diagnósticos
<10,0 Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Ambientais
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
10,1 – 50,0 DATA: 12/09/2014
50,1 – 100,0
100,1 – 500,0
> 500,0

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

241
cenários e projeções TABELA 82. Projeção de geração de resíduos da construção civil para as regiões administrativas do estado de São Paulo
em 2012 e 2030
Região administrativa Geração (t/dia) Variação (t/dia)
2012 2030 2012/2030
Araçatuba 1.167 2.168 1.001
Barretos 681 1.265 584
Bauru 1.714 3.183 1.469
Campinas 10.288 19.109 8.822
Central 1.562 2.902 1.340
Franca 1.152 2.140 988
Marília 1.490 2.768 1.278
Presidente Prudente 1.269 2.358 1.088
Registro 328 608 281
Ribeirão Preto 2.116 3.930 1.814
Santos 2.871 5.333 2.462
São José do Rio Preto 2.276 4.227 1.951
São José dos Campos 3.693 6.860 3.167
Sorocaba 4.188 7.780 3.591
RMSP 33.507 62.239 28.732
Estado de São Paulo 68.301 126.868 58.573

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

Dos resíduos sólidos cuja geração não está diretamente relacionada ao


aumento populacional, destacam-se os resíduos industriais e os agrossilvo-
pastoris. A participação de São Paulo na indústria nacional, embora tenha
apresentado pequena diminuição entre 2000 e 2010 (passando de 45,1%
para 42%) (SEADE, 2013a), mantêm-se bastante expressiva, por o estado
contar com um diversificado e moderno parque industrial. Também ex-
pressiva é a participação da agricultura paulista, principalmente nos seto-
res de cana de açúcar e laranja que em 2012 responderam por, respectiva-
mente, 56,3% e 74,2% da produção brasileira (IBGE, 2012b).
A indústria paulista concentra-se historicamente ao redor da RMSP,
prolongando-se no Eixo São Paulo – Rio de Janeiro (inicialmente ao longo
da Via Dutra), Eixo São Paulo – Campinas/Paulínia/Americana (ao longo
do complexo Bandeirantes/Anhanguera) e Eixo São Paulo – Sorocaba (ao
longo das Rodovias Raposo Tavares e Castelo Branco), além da concen-
tração no Polo Industrial de Cubatão (na Baixada Santista). Essa região,
conhecida como Macrometrópole Paulista, concentra também a maior
parte da população e do PIB do estado. As previsões de desenvolvimento e
configuração das atividades produtivas indicam que não haverá, pelo me-
nos a curto e médio prazos, migração desses complexos produtivos para
outras regiões do estado. Da mesma maneira prevê-se a expansão do setor
da agroindústria do açúcar e do álcool nas RA de Ribeirão Preto, São José
do Rio Preto, Franca, Barretos, Araçatuba, Marília, Presidente Prudente e
Bauru.

242
Tabela 83. Tendência de crescimento na geração dos resíduos industriais

cenários e projeções
Classes 2010 (t/ano) 2014 (t/ano) 2018 (t/ano) 2022 (t/ano) 2026 (t/ano) 2030 (t/ano)
Resíduos Perigosos 704.498 808.428 927.689 1.064.545 1.221.590 1.401.802
Classe I
Resíduos Não Perigosos 13.318.960 15.283.813 17.538.527 20.125.863 23.094.891 26.501.918
Classes IIA e IIB,
exceto açúcar e álcool
Resíduos Não Perigosos 81.816.466 93.886.277 107.736.662 123.630.297 141.868.610 162.797.493
Classes IIA e IIB,
segmento açúcar e álcool
Resíduos Não Perigosos 95.135.425 109.170.088 125.275.187 143.756.159 164.963.499 189.299.409
Classes IIA e IIB total
Resíduos Industriais 95.839.923 109.978.516 126.202.877 144.820.704 166.185.089 190.701.211
Totais

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

As previsões no cenário de referência indicam aumento na geração de


resíduos industriais de cerca de 95,8 milhões de t/ano, em 2010 (CETESB,
2010), para aproximadamente 190,7 milhões de t/ano, em 2030. A Tabela
83 mostra a tendência de crescimento na geração dos resíduos industriais
entre 2010 e 2030, tomando como base os dados do inventário realizado
em 2010 em uma amostra não aleatória de cerca de 1200 empresas, de um
universo de cerca de 130.000 empreendimentos.
Para as atividades sujeitas ao sistema de controle e licenciamento am-
biental, como é o caso das indústrias, é possível fazer uso de instrumentos
administrativos para alavancar as premissas e a hierarquia de ações previs-
tas tanto na legislação federal quanto na estadual. Uma ação possível seria
a revisão dos atuais planos de gerenciamento de resíduos, obrigatórios para
legitimar a concessão das licenças ambientais, com a obrigatoriedade de
adoção de metas para não geração, redução de geração, reuso, reciclagem,
destinação e disposição final, a serem atingidas por cada uma das empresas
solicitantes de licença. Como as licenças ambientais são renováveis, a cada
renovação essas metas devem ser checadas e atualizadas.
Boa parte dos resíduos sólidos agrossilvopastoris de origem orgânica é
incorporada ao solo como fonte de matéria orgânica, outra parte é utiliza-
da para alimentação de animais. É fundamental o reaproveitamento desse
tipo de resíduo na agricultura e na agroindústria, pois as quantidades gera-
das são notoriamente elevadas. A estimativa para a geração de resíduos das
culturas agrícolas permanentes é aproximadamente 14,9 milhões t/ano de
resíduos em 2030, considerando o cenário de referência. Prevê-se a conti-
nuidade da cultura da laranja como a maior geradora de resíduos entre as
culturas permanentes.
No mesmo período, os resíduos das culturas temporárias aumentarão
de 143,3 milhões t/ano, em 2012, para aproximadamente 266,2 milhões t/
ano em 2030, sendo que a maior participação na geração será proveniente
da indústria da cana de açúcar, com a geração de aproximadamente 235
milhões t/ano. Ressalta-se que a maior parte dos resíduos da indústria da
cana de açúcar é reaproveitada pelo próprio setor, seja como insumo agrí-

243
cenários e projeções cola, seja como insumo energético na produção de vapor ou energia. A pre-
visão para a matriz energética paulista é continuar a tendência de aumento
da intensidade energética do bagaço de cana. Além disso, novas tecnolo-
gias de produção de bioenergéticos a partir do bagaço de cana vêm sendo
desenvolvidas e aplicadas, o que valorizará cada vez mais esses materiais,
os quais passarão a ser encarados como insumos ou como commodities e
não mais como resíduos.
As limitações metodológicas – e de dados disponíveis – não permitem
que as projeções visualizadas quantifiquem precisamente a geração de resí-
duos no estado de São Paulo nos próximos 20 anos, e nem é este o objetivo.
Entretanto, os cenários e projeções elaborados identificam tendências que
apontam para uma situação crítica na disposição final principalmente dos
RSU e dos RCC.
A geração de resíduos sólidos como um todo, mantidos o atual modelo
de gestão e os padrões e hábitos de consumo, tende a aumentar significati-
vamente no estado de São Paulo nas próximas décadas. A sinalização é de
que problemas hoje existentes, como a escassez de áreas para a implanta-
ção de aterros de resíduos e o desbalanceamento da geração nas diferentes
regiões do estado, em função da concentração da população, continuarão
existindo e exigindo soluções inovadoras.
As novas demandas e obrigações trazidas pelas Políticas Nacional e Es-
tadual de Resíduos Sólidos criam condições para que se vislumbre uma
melhor gestão dos resíduos a médio prazo. Para isso, é primordial o rompi-
mento do modelo atual de gestão. É necessária a adoção de medidas inova-
doras capazes de fazer frente aos grandes desafios que se configuram. Mu-
danças de hábitos e de padrões de consumo precisam ser incorporadas ao
cotidiano da sociedade na busca da redução, assim como o estudo e a im-
plementação de novas tecnologias de tratamento dos resíduos, bem como
o aprimoramento da reutilização e da reciclagem. Também é fundamental
o aprimoramento da coleta de dados e da sistematização de informações
sobre a geração e o gerenciamento dos resíduos.

244
Diretrizes, Metas E Ações

+ -

+ -
+ -

+ -
DIRETRIZ 1. PROMOVER A CONSCIENTIZAÇÃO, A COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA

Diretrizes, METAS E Ações


GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

META 1.1: IMPLEMENTAR O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS


SÓLIDOS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
TABELA 84. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 1.1: Implementar o Programa de Educação Ambiental para a
Gestão de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
Ações Prazos
Articular e desenvolver o Programa de Educação Ambiental para a Gestão de Resíduos Sólidos 2015
do Estado de São Paulo, envolvendo atores do Estado, dos municípios e da sociedade civil, a fim
de desenvolver diretrizes, estratégias e instrumentos que auxiliem a implementação do Plano
Estadual de Resíduos Sólidos.
Elaborar material de apoio à implementação do Programa de Educação Ambiental para a Ação contínua
Gestão de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo.
Fomentar a implantação de Centros Municipais de Educação Ambiental junto aos municípios, Ação contínua
auxiliando-os também no desenvolvimento do Programa Município VerdeAzul, na diretiva
Resíduos Sólidos.
Articular as ações do Programa Estadual de Educação Ambiental para a Gestão de Resíduos 2015
Sólidos com as ações do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 (Metas de Aichi)
voltadas à produção e ao consumo sustentável.
Fomentar o Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado de Ação contínua
São Paulo (Cadec), visando à elaboração de políticas públicas de apoio a associações,
cooperativas e redes de cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
Buscar parcerias com o setor público, empresarial, sociedade civil, associações e cooperativas de Ação contínua
catadores de materiais recicláveis, para a implementação do Programa de Educação Ambiental
para a Gestão de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo.

247
Diretrizes, metas e ações DIRETRIZ 2. APERFEIÇOAR O PLANEJAMENTO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

Meta 2.1: INSTITUIR O SISTEMA DECLARATÓRIO ANUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.


TABELA 85. Ações e prazos para a Meta 2.1: Instituir o Sistema Declaratório Anual de Resíduos Sólidos
Ações Prazos
Promulgação de decreto estadual instituindo o Sistema Estadual de Gerenciamento Online 2014
de Resíduos Sólidos (Sigor).
Implementar o Projeto Piloto do Sigor (Módulo – Resíduos da Construção Civil) no município 2014 a 2015
de Santos.
Implementar o primeiro módulo do Sigor (Módulo – Resíduos da Construção Civil) em todo o 2015 a 2017
território do estado de São Paulo.
Implementar os demais módulos (Resíduos de Serviços de Saneamento; Resíduos de Serviços 2018
de Saúde; Resíduos de Serviço de Transporte; Resíduos Agrossilvopastoris; Resíduos Industriais;
Resíduos de Mineração) do Sigor em todo o território do estado de São Paulo.
Buscar e assegurar recursos (humanos, financeiros e materiais) necessários à implementação, Ação contínua
manutenção e acompanhamento do Sigor.

META 2.2: IMPLEMENTAR O INVENTÁRIO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.


TABELA 86. Ações e prazos para a Meta 2.2: Implementar o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos
Ações Prazos
Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos. Ação realizada
desde 1997
Ampliar o escopo de atuação do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos, de forma a 2015 a 2018
atender as necessidades apontadas no Plano Estadual.
Elaborar e implementar o Inventário Estadual de Fontes de Poluição, incluindo Resíduos Sólidos. 2015 a 2018
Integrar as informações dos Inventários Estaduais com os dados do Sistema Declaratório (Sigor). 2018
Buscar e assegurar recursos (humanos, financeiros e materiais) necessários à implementação Ação contínua
e acompanhamento do Inventário Estadual de Fontes de Poluição.

META 2.3: REALIZAR O MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE QUALIDADE NA GESTÃO DOS RESÍDUOS.
TABELA 87. Ações e prazos para a Meta 2.3: Realizar o monitoramento dos indicadores de qualidade na gestão dos resíduos
Ações Prazos
Levantar, avaliar e publicar o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR). Ação realizada
desde 1997
Levantar, avaliar e publicar o Índice de Gestão de Resíduos (IGR). Ação realizada
desde 2008
Revisar os indicadores existentes, com base na implementação das Políticas Nacional e 2018 / 2022 / 2025
Estadual de Resíduos Sólidos.
Avaliar a eficácia do Plano Estadual por meio do acompanhamento das quantidades 2018 / 2022 / 2025
coletadas, recicladas, tratadas e dispostas.
Elaborar relatório da avaliação do Plano Estadual. 2018 / 2022 / 2025

248
DIRETRIZ 3. FOMENTAR SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

Diretrizes, METAS E Ações


META 3.1: PROMOVER APORTE DE RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E OUTROS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA
POLÍTICA ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
TABELA 88. Ações e prazos para a Meta 3.1: Ampliar as opções de aporte de recursos orçamentários e outros para
implementação da Política Estadual de Resíduos Sólidos
Ações Prazos
Buscar a ampliação do aporte de recursos dos fundos do Estado (Fundo Estadual de Prevenção Ação contínua
e Controle da Poluição – Fecop e Fundo Estadual de Recursos Hídricos – Fehidro), para melhoria
nas ações de gestão dos resíduos sólidos nos municípios.
Buscar aporte de recursos para o desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação Ação contínua
(Sigor e Inventário de Fontes de Poluição).
Fomentar linhas de financiamento que privilegiem novos projetos visando à melhoria da Ação contínua
gestão de resíduos sólidos.

META 3.2: APERFEIÇOAR OS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS PARA IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA


ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
TABELA 89. Ações e prazos para a Meta 3.2: Aperfeiçoar os instrumentos econômicos para implementação da Política
Estadual de Resíduos Sólidos
Ações Prazos
Propor ações de adequação da política tributária estadual, visando à viabilização da logística Ação contínua
reversa, da reciclagem e do uso de materiais reciclados e subprodutos de sistemas de
tratamento.
Propor a criação de incentivos tributários para as atividades da reciclagem, produtos a partir de Ação contínua
materiais reciclados e para subprodutos de sistemas de tratamento de resíduos sólidos.
Buscar incentivos tributários para bens e equipamentos necessários para implementação de Ação contínua
soluções de reutilização e reciclagem de resíduos sólidos.
Buscar incentivos tributários e encargos sobre subprodutos provenientes do tratamento Ação contínua
de resíduos sólidos (por exemplo, energia elétrica, vapor, biogás, composto orgânico etc)
visando à melhoria da viabilidade de implantação dos processos de tratamento.

249
Diretrizes, metas e ações DIRETRIZ 4. APRIMORAR A GESTÃO DOS RESÍDUOS NO ESTADO DE SÃO PAULO.
As metas desta diretriz foram norteadas pela Versão Preliminar do Plano Nacional de Re-
síduos Sólidos de agosto de 2012, adequadas à realidade do estado, com inclusão de novas
propostas do GT e da Comissão Estadual de Resíduos Sólidos.

A) Qualificação da Gestão dos Resíduos Sólidos


META 4.1: PLANOS INTERMUNICIPAIS E MUNICIPAIS ELABORADOS (%).
TABELA 90. Prazos para o cumprimento da Meta 4.1
Metas Plano de Metas
2015 2019 2023 2025

Municípios com planos intermunicipais, microrregionais ou municipais (%). 100 100 100 100

TABELA 91. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.1: Municípios com planos intermunicipais, microrregionais ou
municipais
Ações Prazos
Capacitar os municípios que ainda não possuem Planos Municipais de Gerenciamento Integrado 2015
de Resíduos Sólidos.
Fomentar e apoiar a elaboração de planos intermunicipais/regionais de gestão de resíduos 2015 a 2018
sólidos dos municípios que se organizarem regionalmente (consórcios, regiões metropolitanas
e aglomerações urbanas, associação, convênio, entre outros) ou que tenham contratos de
programas com empresas públicas estaduais.
Aprimorar os mecanismos de acesso às verbas públicas estaduais para a gestão de resíduos Ação contínua
aos municípios que elaborarem os Planos Municipais de Gerenciamento Integrado de Resíduos
Sólidos ou Planos Regionais/Intermunicipais.

B) Resíduos Sólidos Urbanos


META 4.2: PROMOVER A ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS EM ARRANJOS REGIONAIS PARA A OTIMIZAÇÃO
DA GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS.
TABELA 92. Ações e prazos para a Meta 4.2: Promover a associação dos municípios em arranjos para a otimização da
gestão de resíduos sólidos urbanos
Ações Prazos
Fomentar a disponibilização de recursos para elaboração dos planos regionais para aqueles Ação contínua
municípios que se organizarem em arranjos intermunicipais objetivando soluções conjuntas.
Fomentar a disponibilização de linhas de crédito para implantação de sistemas de reutilização e Ação contínua
reciclagem para municípios organizados em arranjos intermunicipais.
Fomentar a disponibilização de linhas de crédito para implantação de sistemas de tratamento/ Ação contínua
disposição para municípios organizados em arranjos intermunicipais.
Oferecer serviços de tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos, por meio de Ação contínua
suas companhias (Sabesp e Emae), para os municípios que dispuserem de sistema de cobrança
específico para gestão de resíduos, que se associarem em arranjos intermunicipais e que se
dispuserem a conceder os serviços por meio de contrato de programas ou concessões.

META 4.3: ELIMINAÇÃO TOTAL DOS LIXÕES.


TABELA 93. Ações e prazos para a Meta 4.3: Eliminação total dos lixões
Ações Prazos
Eliminar as disposições finais em lixões. 2014
Manter a fiscalização e ações de controle de poluição, apoio e orientação técnica aos municípios, Ação contínua
visando à reversão da situação existente relativa aos lixões remanescentes no estado.

250
META 4.4: MELHORIA DAS CONDIÇÕES DOS ATERROS SANITÁRIOS EXISTENTES.

Diretrizes, METAS E Ações


TABELA 94. Ações e prazos para a Meta 4.4: Melhoria das condições dos aterros sanitários existentes
Ações Prazos
Executar a fiscalização e o controle de poluição, o apoio e a orientação técnica aos municípios, Ação contínua
visando à melhoria do desempenho da gestão dos resíduos sólidos urbanos e dos índices de
qualidade dos aterros.

META 4.5: FOMENTAR SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.
TABELA 95. Ações e prazos para a Meta 4.5: Fomentar soluções sustentáveis para a gestão dos resíduos sólidos
Ações Prazos
Fomentar projetos de reutilização e reciclagem. Ação contínua

Fomentar projetos de implantação de tecnologias avançadas de tratamento dos resíduos, Ação contínua
visando à redução de massa e volume e propiciando a recuperação energética dos mesmos.

Ampliar os critérios do Sistema de Compras Públicas do Estado, da administração direta e Ação contínua
indireta, que priorizem a aquisição de produtos manufaturados a partir de matéria-prima
obtida por meio da reciclagem.

META 4.6: REABILITAÇÃO DE ÁREAS DE PASSIVO AMBIENTAL DECORRENTE DE ANTIGOS LIXÕES DE


RESPONSABILIDADE DO PODER PÚBLICO (%).
TABELA 96. Prazos para o cumprimento da Meta 4.6
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Reabilitação de áreas de passivo ambiental decorrente de antigos lixões de responsabilidade 20 50 100
do poder público (%).

TABELA 97. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.6: Reabilitação de áreas de passivo ambiental decorrente de
antigos lixões de responsabilidade do poder público
Ações Prazos
Inclusão das áreas dos antigos lixões no Programa de Gestão de Áreas Contaminadas. 2015 a 2018

Implantação e operacionalização do Fundo Estadual para Remediação de Áreas Contaminadas 2015 a 2018
(FEPRAC) para as áreas órfãs, que são de responsabilidade do Estado.

Fomentar o aporte de recursos para operacionalização do fundo. Ação contínua

Estudar propostas de alteração institucional e organizacional na Cetesb, para possibilitar a 2015 a 2018
sua atuação como executora de serviços de remediação em áreas órfãs.

META 4.7: REDUÇÃO DOS RESÍDUOS RECICLÁVEIS SECOS DISPOSTOS EM ATERRO, COM BASE NA
CARACTERIZAÇÃO NACIONAL DE 2013 (%).
TABELA 98. Prazos para o cumprimento da Meta 4.7
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro, com base na caracterização nacional 37 42 50
em 2013 (%).

251
Diretrizes, metas e ações TABELA 99. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.7: Redução dos resíduos recicláveis secos dispostos em aterro,
com base na caracterização nacional de 2013
Ações Prazos
Fomentar a implantação de coleta seletiva nos municípios, de forma a atender aos percentuais Ação Contínua
da meta estabelecida.

Aprimorar mecanismos de acesso às verbas estaduais, quando da existência de sistema de Ação Contínua
coleta seletiva que atinja os percentuais da meta estabelecida.

Apoiar o aprimoramento dos planos de gestão de resíduos dos municípios e pontuá-los no Ação Contínua
Programa Município Verde Azul, de acordo com as metas de coleta seletiva.

Fomentar a consolidação do mercado para absorver a oferta crescente de materiais recicláveis. Ação Contínua

Apoiar estudos visando à melhoria da qualidade dos materiais recicláveis ofertados. Ação Contínua

Fomentar a profissionalização e integração das cooperativas e dos catadores no mercado Ação Contínua
formal de materiais recicláveis.

Fomentar a utilização de energia a partir dos resíduos ou de seus derivados. Ação Contínua

META 4.8: REDUÇÃO DO PERCENTUAL DE RESÍDUOS ÚMIDOS DISPOSTOs EM ATERROS, COM BASE NA
CARACTERIZAÇÃO NACIONAL DE 2013 (%).
TABELA 100. Prazos para o cumprimento da Meta 4.8
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Redução do percentual de resíduos úmidos dispostos em aterros, com base na caracterização 35 45 55
nacional de 2013 (%).

TABELA 101. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.8: Redução do percentual de resíduos úmidos dispostos em
aterro, com base na caracterização nacional de 2013
Ações Prazos
Fomentar a implantação de coleta seletiva nos municípios, de forma a atender aos Ação Contínua
percentuais da meta estabelecida.

Aprimorar mecanismos de acesso às verbas estaduais, quando da existência de sistema de Ação Contínua
coleta seletiva que atinja os percentuais da meta estabelecida.

Apoiar o aprimoramento dos planos de gestão de resíduos dos municípios e pontuá-los no Ação Contínua
Programa Município Verde Azul, de acordo com as metas de coleta seletiva.

Fomentar a busca de recursos e financiamentos que possibilitem a instalação de plantas de Ação Contínua
tratamento de resíduos úmidos (compostagem, TMB e UREs, entre outros).

Fomentar a utilização de energia a partir dos resíduos ou de seus derivados. Ação Contínua

META 4.9: RECUPERAÇÃO DE GASES DE ATERRO SANITÁRIO PARA A GERAÇÃO DE ENERGIA (MW).
TABELA 102. Prazos para o cumprimento da Meta 4.9
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Recuperação de gases de aterro sanitário para a geração de energia (MW). 60 80 100

252
TABELA 103. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.9: Recuperação de gases de aterro sanitário para a geração de energia

Diretrizes, METAS E Ações


Ações Prazos
Buscar incentivos tributários para equipamentos de captação, tratamento e geração de Ação Contínua
energia a partir de resíduos.
Fomentar a realização de Estudos de Viabilidade Técnico-Econômica (EVTE) para o atendimento Ação Contínua
das metas de recuperação de gases de aterro.
Elaborar estudos visando à normatização para que novos aterros sejam projetados e operados 2015 a 2018
para possibilitar a coleta e uso do metano gerado.

META 4.10: INCLUSÃO SOCIAL E FORTALECIMENTO DA ORGANIZAÇÃO DE CATADORES (% atendida


em relação aos 80.000 cadastrados pelo IPEA).
TABELA 104. Prazos para o cumprimento da Meta 4.10
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Inclusão social e fortalecimento da organização de catadores (% atendida em relação aos 65 73 85
80.000 cadastrados pelo Ipea).

TABELA 105. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.10: Inclusão social e fortalecimento da organização de catadores
Ações Prazos
Universalizar o Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis do Estado de Ação contínua
São Paulo (Cadec).
Tornar públicas as informações do Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Ação contínua
Recicláveis do Estado de São Paulo (Cadec).
Instituir o Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos. 2015
Criar grupo de trabalho (SET, SAS, SS e SMA) para estabelecer normas de Segurança no 2015
Trabalho para as entidades de catadores de materiais recicláveis.
Fomentar a profissionalização e integração das cooperativas e dos catadores no mercado Ação Contínua
formal de materiais recicláveis.

C) Resíduos Sólidos de Serviços Públicos de Saneamento Básico


META 4.11: RECICLAGEM DO LODO EM USOS BENÉFICOS, SEMPRE QUE POSSÍVEL, COMO A DISPOSIÇÃO
AGRÍCOLA DO LODO DE ETE, A INCORPORAÇÃO DE LODO DE ETA EM MATERIAIS CERÂMICOS e outros,
SEGUINDO OS PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO MAIS LIMPA.
TABELA 106. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.11: Reciclagem do lodo em seus usos benéficos, sempre que
possível
Ações Prazos
Criar grupo de trabalho (SSRH, SAA, SMA) sobre a reciclagem do lodo. 2015 a 2018
Buscar o aprimoramento dos mecanismos legais e normativos existentes. 2015 a 2018

META 4.12: Incentivar o uso de biodigestão ou digestão anaeróbia para saneamento rural
TABELA 107. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.12: Incentivar o uso de biodigestão ou digestão anaeróbia
para saneamento rural
Ações Prazos
Criar grupo de trabalho (SAA, SSRH, SMA) para elaboração de ações visando ao incentivo às 2015 a 2018
tecnologias de saneamento rural.

253
Diretrizes, metas e ações D) Resíduos Sólidos de Saúde
META 4.13: TRATAMENTO IMPLEMENTADO PARA RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE, CONFORME
INDICADO PELAS RDC ANVISA E CONAMA PERTINENTES OU QUANDO DEFINIDO POR NORMA
DISTRITAL, ESTADUAL E MUNICIPAL VIGENTE.
TABELA 108. Prazos para o cumprimento da Meta 4.13
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Tratamento implementado para resíduos de serviço de saúde, conforme indicado pelas RDC 100
Anvisa e Conama pertinentes ou quando definido por norma Estadual e Municipal vigente.

TABELA 109. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.13: Tratamento implementado para resíduos de serviço de
saúde, conforme indicado pelas RDC Anvisa e Conama pertinentes ou quando definido por norma Estadual e Municipal
vigente
Ações Prazos
Manter e aprimorar as ações de fiscalização de forma integrada entre os órgãos de saúde e Ação contínua
meio ambiente.
Orientar os profissionais de saúde para a adoção de boas práticas no Gerenciamento de RSS, Ação contínua
por meio das Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Saúde.
Propor a regulamentação da conteinerização (armazenamento, transporte, transbordo, 2015 a 2018
instalações de apoio etc) de RSS químicos e biológicos, por meio de Resolução Conjunta
entre as Secretarias Estaduais de Meio Ambiente e Saúde.
Propor regulamentação para que os geradores possam construir e operar sistemas próprios, 2015 a 2018
in situ, de tratamento de RSS.
Manter e aprimorar as ações de fiscalização de forma integrada entre os órgãos de saúde Ação contínua
e meio ambiente, garantindo a melhoria das instalações de unidades de tratamento dos
resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS).

META 4.14: DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE RSS (%).


TABELA 110. Prazos para o cumprimento da Meta 4.14
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Disposição final ambientalmente adequada de RSS (%). 100

TABELA 111. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.14: Disposição final ambientalmente adequada de RSS
Ações Prazos
Manter e aprimorar as ações de fiscalização de forma integrada entre os órgãos de saúde e Ação contínua
meio ambiente, garantindo a disposição final ambientalmente adequada do rejeito.

E) Resíduos Sólidos de Portos, Aeroportos e Fronteiras


META 4.15: IMPLEMENTAR SISTEMAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS GERADOS NOS PORTOS,
AEROPORTOS, TERMINAIS ALFANDEGÁRIOS, RODOVIÁRIOS E FERROVIÁRIOS E PASSAGENS DE
FRONTEIRA (% DAS UNIDADES GERADORAS).
TABELA 112. Prazos para o cumprimento da Meta 4.15
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Implementar sistemas de tratamento dos resíduos gerados nos portos, aeroportos, terminais 100
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira (% das unidades geradoras).

254
TABELA 113. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.15: Implementar os sistemas de tratamento dos resíduos

Diretrizes, METAS E Ações


gerados nos portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira
Ações Prazos
Manter ações de fiscalização junto aos portos, aeroportos, terminais alfandegários, Ação contínua
rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.

F) Resíduos Sólidos Industriais


META 4.16: DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE REJEITOS INDUSTRIAIS(% DAS
UNIDADES GERADORAS).
TABELA 114. Prazos para o cumprimento da Meta 4.16
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos industriais (% das unidades 100
geradoras).

TABELA 115. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.16: Disposição final ambientalmente adequada de rejeitos industriais
Ações Prazos
Desenvolver estudos para definir o conceito de rejeitos para o setor. 2015 a 2018
Propor normatização para o conceito rejeito para o setor. 2016

META 4.17: IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICA DE REDUÇÃO DA GERAÇÃO DOS REJEITOS DA INDÚSTRIA.


TABELA 116. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.17: Implementação de política de redução da geração dos
rejeitos da indústria
Ações Prazos
Formular indicadores de fatores de emissão, com base na bibliografia especializada, para 2016
cada setor industrial.
Aprimorar os indicadores de fatores de emissão para cada setor industrial, com base no 2019
inventário.
Fomentar o desenvolvimento tecnológico relacionado ao aproveitamento de resíduos Ação contínua
sólidos industriais.
Estimular, fomentar e apoiar o uso de resíduos sólidos, materiais reciclados e recicláveis Ação contínua
pela indústria, como insumos e matérias-primas, por meio de medidas indutoras e linhas de
financiamento.
Implementar o instrumento do Plano de Melhoria Ambiental – PMA para a redução de 2022
resíduos e rejeitos.
Exigir dos responsáveis o tratamento dos resíduos industriais, previamente a sua disposição 2025
final, atendendo à definição de rejeito.

G) Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris


META 4.18: SISTEMATIZAR A ELABORAÇÃO DO INVENTÁRIO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
AGROSSILVOPASTORIS (%).
TABELA 117. Prazos para o cumprimento da Meta 4.18
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Inventário de resíduos agrossilvopastoris (%). 100

255
Diretrizes, metas e ações TABELA 118. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.18: Sistematizar a elaboração do inventário de resíduos
sólidos agrossilvopastoris
Ações Prazos
Levantamento de dados sobre resíduos sólidos referentes a: equipamentos de aplicação 2015 a 2018
e manipulação de agrotóxicos; embalagens vazias de sementes tratadas com agrotóxicos;
embalagens de fertilizantes e de produtos veterinários; material plástico com resíduos de
agrotóxicos oriundos de lavouras, estufas e coberturas de solo.

META 4.19: IMPLANTAÇÃO DE PEV EM ÁREAS RURAIS.


TABELA 119. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.19: Implementação de PEV em áreas rurais
Ações Prazos
Criar grupo de trabalho (SAA, SMA) para elaboração de ações visando à implantação de PEV 2015 a 2018
em áreas rurais.

meta 4.20: Detectar, identificar e remover os petrechos de pesca perdidos, abandonados


ou descartados no litoral paulista.
Tabela 120. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.20: Detectar, identificar e remover os petrechos de pesca
perdidos, abandonados ou descartados no litoral paulista
Ações Prazos
Detectar e identificar por meio de instrumentação acústica, como sonar de varredura lateral 2015 a 2017
(sindescan), o PP-APD e outras anomalias de fundo que possam reter petrechos.

Recolher de forma adequada os petrechos encontrados no litoral paulista. Ação continua

Mapear e caracterizar, quali-quantitativamente o PP-APD recolhido. 2015 a 2017

Dar destino adequado aos materiais removidos na área do parque. Ação continua

Desenvolver e adaptar medidas eficazes para reduzir o PP-APD. 2015 a 2019

Incentivar o uso de dispositivos de localização dos petrechos de pesca. Ação continua

H) Resíduos Sólidos da Mineração


META 4.21: IMPLANTAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO – PGRMS (%).
TABELA 121. Prazos para o cumprimento da Meta 4.21
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos de Mineração – PGRMs (%). 100

TABELA 122. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.21: Implantação de Planos de Gerenciamento de Resíduos de
Mineração – PGRM
Ações Prazos
Definir as regras para apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Ação contínua
Mineração no processo de licenciamento.

256
I) Resíduos Sólidos da Construção Civil

Diretrizes, METAS E Ações


META 4.22: ELIMINAÇÃO DE 100% DE ÁREAS DE DISPOSIÇÃO IRREGULAR (BOTA FORAS).
TABELA 123. Prazos para o cumprimento da Meta 4.22
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular (bota-foras). 100

TABELA 124. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.22: Eliminação de 100% de áreas de disposição irregular
(bota-foras)
Ações Prazos
Fomentar a capacidade de fiscalização das prefeituras na gestão de RCC. Ação contínua

Fomentar linhas de financiamento para implementar áreas adequadas de gerenciamento de Ação contínua
RCC, visando à eliminação de áreas irregulares de disposição final de RCC.

Fomentar ações e programas de apoio aos pequenos municípios para eliminação das Ação contínua
disposições irregulares de RCC.

Meta 4.23: Implantação de PEVs, Áreas de Transbordo e Triagem e, quando necessário,


Aterro de resíduos classe A de reservação de materiais para usos futuro em 100% dos
municípios.
TABELA 125. Prazos para o cumprimento da Meta 4.23
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Implantação de PEVs, Áreas de Transbordo e Triagem em 100% dos municípios. 100

TABELA 126. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.23: Implantação de PEVs, Áreas de Transbordo e Triagem em
100% dos municípios
Ações Prazos
Fomentar a disponibilização de linhas de financiamento para implantação de áreas adequadas Ação contínua
de gerenciamento de RCC (elaboração de projetos, implantação e ampliação de PEVs, áreas de
transbordo e triagem e aterros).

Implementar ações de capacitação técnica para os atores envolvidos com a gestão de RCC, Ação contínua
por meio de parcerias com entidades públicas e/ou privadas.

Realizar treinamentos para agentes municipais envolvidos no licenciamento de PEVs e ATTs. Ação contínua

Fomentar a implementação dos Planos Municipais de Gestão de RCC no que se refere às Ação contínua
responsabilidades da Prefeitura e dos demais atores.

Meta 4.24: Reutilização e Reciclagem de RCC (em % dos municípios).


TABELA 127. Prazos para o cumprimento da Meta 4.24
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Reutilização e Reciclagem de RCC (em % dos municípios) 70 85 100

257
Diretrizes, metas e ações TABELA 128. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.24: Reutilização e Reciclagem de RCC
Ações Prazos
Fomentar a pesquisa e desenvolvimento destinado à obtenção de tecnologias voltadas à Ação contínua
reutilização e reciclagem de RCC.

Regulamentar o Programa Estadual de Construção Civil Sustentável, previsto na Política 2015 a 2018
Estadual de Mudanças Climáticas, que prioriza a reutilização e a reciclagem de RCC nas obras
e empreendimentos públicos sob responsabilidade do Estado.

Fomentar a participação dos municípios em programas que priorizem a reutilização e a Ação contínua
reciclagem de RCC nas obras e empreendimentos públicos.

Fomentar compromisso com o setor da construção civil visando ao aumento do reuso dos 2015 a 2018
RCCs e à utilização dos RCC reciclados nas obras públicas e privadas.

Priorizar o uso de RCC reciclados nas obras públicas e privadas. 2018

META 4.25: ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO PELOS


GRANDES GERADORES (%).
TABELA 129. Prazos para o cumprimento da Meta 4.25
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção pelos grandes geradores (%). 100

TABELA 130. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.25: Elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos da
Construção pelos grandes geradores
Ações Prazos
Exigir a apresentação do Plano de Gerenciamento de RCC no processo de licenciamento, Ação contínua
conforme competência estabelecida pela Resolução Conama nº 307/2002.

META 4.26: FOMENTO A MEDIDAS DE REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS E REJEITOS DA CONSTRUÇÃO


CIVIL EM EMPREENDIMENTOS EM TODO O ESTADO.
TABELA 131. Prazos para o cumprimento da Meta 4.26
Metas Plano de Metas
2019 2023 2025
Fomento a medidas de redução da geração de resíduos e rejeitos da construção civil em 100
empreendimentos em todo o estado.

TABELA 132. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 4.26: Fomento a medidas de redução da geração de resíduos e
rejeitos da construção civil em empreendimentos em todo o estado
Ações Prazos
Implementar o Programa de Construção Civil Sustentável no que se refere à redução de 2015 a 2018
geração de RCC nas obras públicas estaduais.

Fomentar o compromisso com o setor da construção civil visando à elaboração de projetos 2015 a 2018
que eliminem ou minimizem a geração de RCC nas obras públicas e privadas.

Fomentar pesquisa e desenvolvimento para projetos e produtos que reduzam a geração de RCC. 2015 a 2018

Priorizar os financiamentos públicos para o setor de construção civil, para adoção de boas práticas 2025
socioambientais, desde o projeto até a construção efetiva, passando por criteriosa seleção
de materiais e alternativas menos impactantes ao ambiente e à saúde humana, bem como a
minimização da geração, segregação na fonte geradora, o reuso e a reciclagem.

258
DIRETRIZ 5. INCENTIVAR O AUMENTO dA EFICIÊNCIA NO USO DOS RECURSOS NATURAIS.

Diretrizes, METAS E Ações


META 5.1: IMPLEMENTAR A LOGÍSTICA REVERSA NO ESTADO DE SÃO PAULO.
TABELA 133. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 5.1: Implementar a logística reversa no estado de São Paulo
Ações Prazos
Dar prosseguimento ao estabelecimento de Termos de Compromisso de Responsabilidade Ação contínua
Pós-Consumo.

Criar regulamentação para cumprimento das exigências legais de logística reversa para as 2015 a 2018
empresas não signatárias dos Termos de Compromisso.

Inserir o comércio e os importadores nos sistemas de logística reversa estabelecidos. 2015 a 2018

Discutir a inclusão dos Termos de Compromisso de Responsabilidade Pós-Consumo com 2020


os setores responsáveis por: equipamentos de aplicação e manipulação de agrotóxicos;
embalagens vazias de sementes tratadas com agrotóxicos; embalagens de fertilizantes e de
produtos veterinários; material plástico com resíduos de agrotóxicos oriundos de lavouras,
estufas e coberturas de solo. Ação conjunta das Secretarias de Estado de Meio Ambiente e de
Agricultura e Abastecimento.

Regulamentar a proibição da venda no estado de São Paulo de produtos geradores de 2025


significativo impacto ambiental na etapa de pós-consumo que não estejam associados a um
programa de logística reversa.

META 5.2: FOMENTAR INICIATIVAS DE BOAS PRÁTICAS para A REDUÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS
NA FONTE E INCENTIVO AO USO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS.
TABELA 134. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 5.2: Fomentar iniciativas de boas práticas para a redução da
geração de resíduos na fonte e incentivo ao uso de materiais recicláveis
Ações Prazos
Criar programas de avaliação da viabilidade e de incentivo a projetos de melhoria do 2015 a 2018
desempenho ambiental de produtos e embalagens (ecodesign).

Estimular o uso de ferramentas modernas da gestão ambiental, como a Avaliação de Ciclo de 2015 a 2018
Vida (ACV), a rotulagem ambiental, dentre outras.

META 5.3: USAR O PODER DE COMPRA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PARA ESTIMULAR A
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, O DESENVOLVIMENTO E O MERCADO DE PRODUTOS COM MENOR GERAÇÃO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS.
TABELA 135. Ações e prazos para o cumprimento da Meta 5.3: Usar o poder de compra do Governo do Estado de São Paulo para
estimular a inovação tecnológica, o desenvolvimento e o mercado de produtos com menor geração de resíduos sólidos
Ações Prazos
Inserir critérios de redução de geração de resíduos nas compras públicas. Ação contínua

259
260
Diretrizes, metas e ações
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

+ -

+ -
+ -

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af r Wi n d ow Mo d e = 0 & _ a d f . c t r l s t at e = 3 u l 8 1 g s 8 9 _ 4 # % 4 0 % 3 F _
afrWindowId%3Doz45uqcoj_51%26_afrLoop%3D14222439525693%26_
afrWindowMode%3D0%26_adf.ctrl-state%3Doz45uqcoj_104>. Acesso em: 05
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SEADE. O Estado de São Paulo e suas Regiões Administrativas. [São Paulo, 2010?].
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Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental.
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VIANA, D. Vale mais do que pesa. Página 22. São Paulo, ano 7, n.78, p.40-43, set.
2013.

274
anexos

+ -

+ -
+ -

+ -
ANEXO I

Anexos
traçados das UGRHI e divisões regionais
As Figuras A1 e A2 apresentam o traçado das 22 Ugrhi sobreposto às
regiões administrativas, regiões metropolitanas e aglomerações urbanas do
estado de São Paulo.
As Tabelas A1 a A22 apresentam uma caracterização do estado de São
Paulo por Ugrhi, contendo a classificação por uso preponderante dos re-
cursos hídricos (conservação, agropecuária, em industrialização ou indus-
trial, conforme o número de outorgas concedidas); o número de municí-
pios componentes; a população total; a área total; o valor adicionado, que
equivale ao PIB menos os impostos, e a porcentagem de contribuição do
setor de serviços em 2010; nível médio de atendimento de domicílios par-
ticulares permanentes urbanos por serviço regular de coleta de lixo; nível
de atendimento da população por rede de coleta de esgoto; nível de atendi-
mento da população por sistema de tratamento de esgoto; municípios cer-
tificados pelo Programa Município Verde Azul (PMVA) em 2012 (aqueles
que atingiram 80 a 100 no Indicador de Avaliação Ambiental, que mede
o desenvolvimento da agenda ambiental estratégica municipal); e muni-
cípios que apresentaram ao PMVA o Plano Municipal de Gerenciamento
Integrado de Resíduos Sólidos (PMGIRS) em 2012, independentemente
de avaliação de seu conteúdo. As fontes de informação utilizadas foram:
banco de dados internos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente de
São Paulo (SMA, 2013b), o Relatório de Qualidade Ambiental 2012 (SÃO
PAULO, 2013a), dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados
(Seade) (SEADE, [2010?]), o Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado
de São Paulo (PERH): 2012/2015 (SÃO PAULO, 2013d) e dados do IBGE
(IBGE, 2010).

277
Anexos Figura A1. Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos sobrepostas às regiões administrativas do
estado de São Paulo

52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
15 01-Mantiqueira 12-Baixo Pardo/Grande
MS 18 08 02-Paraíba do Sul 13-Tietê/Jacaré
12 03-Litoral Norte 14-Alto Paranaparema
04-Pardo 15-Turvo/Grande
05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí 16-Tietê/Batalha
19 06-Alto Tietê 17-Médio Paranaparema
Unid
07-Baixada Santista 18-São José dos Dourados
08-Sapucai/Grande 19-Baixo Tietê 01-M
04 09-Mogi-Guaçu 20-Aguapeí 02�P
10-Tietê/Sorocaba 21-Peixe 03�L
20 16 11-Ribeira de Iguape/Litoral Sul 22-Pontal do Paranaparema 04�P
21 09 05�P

22º0'0" S
13 06�A
07�B
22 08�S
MG RJ 09�M
10�T
17 01
05 11�R
12�B
02 13�T
10 14�A
15�T
PR 06 16�T
14 03 17�M
18�S

24º0'0" S
Legenda
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
07 19�
Limite Municipal SISTEMA DE COORDENADAS
20�A
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS 21�P
Limite Estadual
Regiões Administrativas Região Administrativa de Pres. Prudente 11 25 0 25 50 km
DATUM HORIZONTAL:
SIRGAS 2000
22�P
Região Administrativa Central Região Administrativa de Registro FONTE: ELABORADO POR:
Região Administrativa de Araçatuba Região Administrativa de Ribeirão Preto Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
Região Administrativa de Barretos Região Administrativa de Santos Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Regiões Administrativas: IGC, 2009 DATA: 18/09/2013
Região Administrativa de Bauru Região Administrativa de Sorocaba
Região Administrativa de Campinas Região Administrativa de S. José do Rio Preto
Região Administrativa de Franca Região Administrativa de S. José dos Campos
Região Administrativa de Marília Região Administrativa de São Paulo

Fonte: SEADE [2010?]; SMA 2013a, elaborado por SMA/CPLA (2013).

Figura A2. Unidades Hidrográficas de Gerenciamento de Recursos Hídricos sobrepostas às regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas do estado de São Paulo

52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
15 01-Mantiqueira 12-Baixo Pardo/Grande
MS 18 08 02-Paraíba do Sul 13-Tietê/Jacaré
12 03-Litoral Norte 14-Alto Paranaparema
04-Pardo 15-Turvo/Grande
05-Piracicaba/Capivari/Jundiaí 16-Tietê/Batalha
19 06-Alto Tietê 17-Médio Paranaparema
07-Baixada Santista 18-São José dos Dourados
08-Sapucai/Grande 19-Baixo Tietê
04 09-Mogi-Guaçu 20-Aguapeí
10-Tietê/Sorocaba 21-Peixe
20 16 11-Ribeira de Iguape/Litoral Sul 22-Pontal do Paranaparema

21 09
22º0'0" S

13
22
MG RJ
17 01
05
02
10
PR 06
14 03
24º0'0" S

Legenda 07
Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHI)
Limite Municipal SISTEMA DE COORDENADAS
ESCALA GRÁFICA: GEOGRÁFICAS
Limite Estadual
Unidades Regionais
11 25 0 25 50 km
DATUM HORIZONTAL:
SIRGAS 2000

Aglomerado Urbano de Jundiaí (7 municípios ) FONTE: ELABORADO POR:


Limite Municipal: IGC, 1:50.000 Centro de Integração e
Aglomerado Urbano de Piracicaba (22 municípios) Limite UGRHI: IGC, 1:1.000.000 Gerenciamento de Informações
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Região Metropolitana de Campinas (19 municípios) Unidades Regionais: EMPLASA DATA: 18/09/2013
Região Metropolitana do Vale do Paraíba/Litoral Norte (39 municípios)
Região Metropolitana da Baixada Santista (9 municípios)
Região Metropolitana de São Paulo (39 municípios)

Fonte: SEADE [2010?]; SMA 2013a, elaborado por SMA/CPLA (2013).

278
Tabela A1. Caracterização da Ugrhi 01 – Mantiqueira

Anexos
Uso preponderante Conservação
Municípios (3) Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e São Bento do Sapucaí.
População 56.931 habitantes (0,1% da população do estado)
Área 675 km2
Valor adicionado 719 milhões de reais (81,86% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,52% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 49% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 4% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo –
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao –
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A2. Caracterização da Ugrhi 02 – Paraíba do Sul


Uso preponderante Industrial
Municípios (34) Aparecida, Arapeí, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista, Canas, Cruzeiro,
Cunha, Guararema, Guaratinguetá, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas,
Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba,
Piquete, Potim, Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santa Isabel,
São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luís do Paraitinga, Silveiras,
Taubaté e Tremembé.
População 1.894.716 habitantes (4,7% da população do estado)
Área 14.444 km2
Valor adicionado 42 bilhões de reais (42,82% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,33% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 88% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 59% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo –
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Lorena
PMVA o PMGIRS em 2012

279
Anexos Tabela A3. Caracterização da Ugrhi 03 – Litoral Norte
Uso preponderante Conservação
Municípios (4) Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.
População 283.828 habitantes (0,7% da população do estado)
Área 1.948 km2
Valor adicionado 4 bilhões de reais (84,58% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,68% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 38% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 34% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Ubatuba
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao São Sebastião, Ubatuba.
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A4. Caracterização da Ugrhi 04 – Pardo


Uso preponderante Industrial
Municípios (23) Altinópolis, Brodowski, Caconde, Cajuru, Casa Branca, Cássia dos Coqueiros,
Cravinhos, Divinolândia, Itobi, Jardinópolis, Mococa, Ribeirão Preto, Sales Oliveira,
Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa do Viterbo, São José do Rio Pardo, São
Sebastião da Grama, São Simão, Serra Azul, Serrana, Tambaú, Tapiratiba e Vargem
Grande do Sul.
População 1.073.001 habitantes (2,6% da população do estado)
Área 8.993 km2
Valor adicionado 22 bilhões de reais (75,21% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,70% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 100% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 81% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Cássia dos Coqueiros, Mococa, Ribeirão Preto, Santa Rosa de Viterbo, Tambaú.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Mococa, Ribeirão Preto, Sales Oliveira, Santa Rosa de Viterbo, Tambaú.
PMVA o PMGIRS em 2012

280
Tabela A5. Caracterização da Ugrhi 05 – Piracicaba/Capivari/Jundiaí

Anexos
Uso preponderante Industrial
Municípios (57) Águas de São Pedro, Americana, Amparo, Analândia, Artur Nogueira, Atibaia, Bom
Jesus dos Perdões, Bragança Paulista, Campinas, Campo Limpo Paulista, Capivari,
Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí, Cosmópolis, Elias Fausto, Holambra,
Hortolândia, Indaiatuba, Ipeúna, Iracemápolis, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu,
Joanópolis, Jundiaí, Limeira, Louveira, Mombuca, Monte Alegre do Sul, Monte
Mor, Morungaba, Nazaré Paulista, Nova Odessa, Paulínia, Pedra Bela, Pedreira,
Pinhalzinho, Piracaia, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Salto, Saltinho,
Santa Bárbara d’Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, Santo Antônio de
Posse, São Pedro, Sumaré, Tuiuti, Valinhos, Vargem, Várzea Paulista e Vinhedo.
População 4.989.575 habitantes (12,4% da população do estado)
Área 14.178 km2
Valor adicionado 144 bilhões de reais (61,46% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,50% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 88% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 53% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Americana, Atibaia, Indaiatuba, Jaguariúna, Jundiaí, Limeira, Paulínia, Piracicaba,
PMVA em 2012 Vinhedo.
Município que apresentaram ao Americana, Atibaia, Campinas, Campo Limpo Paulista, Limeira, Monte Mor, Nova
PMVA o PMGIRS em 2012 Odessa, Santa Gertrudes, Sumaré.

Tabela A6. Caracterização da Ugrhi 06 – Alto Tietê


Uso preponderante Industrial
Municípios (34) Arujá, Barueri, Biritiba Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema,
Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha,
Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã,
Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio
Grande da Serra, Salesópolis, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do
Campo, São Caetano do Sul, São Paulo, Suzano e Taboão da Serra.
População 19.566.728 habitantes (48,7% da população do estado)
Área 5.868 km2
Valor adicionado 574 bilhões de reais (75,49% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,21% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 86% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 49% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Ribeirão Pires, Salesópolis, São Caetano do Sul, São Paulo.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Guarulhos, Mauá, Ribeirão Pires, Salesópolis, Santo André, São Bernardo do
PMVA o PMGIRS em 2012 Campo, São Paulo, Suzano, Taboão da Serra.

281
Anexos Tabela A7. Caracterização da Ugrhi 07 – Baixada Santista
Uso preponderante Industrial
Municípios (9) Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e
São Vicente.
População 1.688.894 habitantes (4,2% da população do estado)
Área 2.818 km2
Valor adicionado 29 bilhões de reais (71,03% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,16% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 72% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 16% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Bertioga, Itanhaém (pré-certificado), Santos.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Guarujá, Itanhaém, Santos.
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A8. Caracterização da Ugrhi 08 – Sapucaí/Grande


Uso preponderante Em industrialização
Municípios (22) Aramina, Batatais, Buritizal, Cristais Paulista, Franca, Guaíra, Guará, Igarapava,
Ipuã, Itirapuã, Ituverava, Jeriquara, Miguelópolis, Nuporanga, Patrocínio Paulista,
Pedregulho, Restinga, Ribeirão Corrente, Rifaina, Santo Antônio da Alegria, São
Joaquim da Barra e São José da Bela Vista.
População 641.359 habitantes (1,6% da população do estado)
Área 9.125 km2
Valor adicionado 10 bilhões de reais (65,56% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,75% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 99% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 90% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Batatais, Cristais Paulista, Franca, Patrocínio Paulista, Santo Antonio da Alegria,
PMVA em 2012 São José da Bela Vista.
Município que apresentaram ao Batatais, Guará, Nuporanga, Santo Antônio da Alegria, São Jose da Bela Vista.
PMVA o PMGIRS em 2012

282
Tabela A9. Caracterização da Ugrhi 09 – Mogi-Guaçu

Anexos
Uso preponderante Industrial
Municípios (38) Aguaí, Águas da Prata, Águas de Lindóia, Américo Brasiliense, Araras, Barrinha,
Conchal, Descalvado, Dumont, Engenheiro Coelho, Espírito Santo do Pinhal, Estiva
Gerbi, Guariba, Guatapará, Itapira, Jaboticabal, Leme, Lindóia, Luís Antônio, Mogi
Guaçu, Mogi Mirim, Motuca, Pirassununga, Pitangueiras, Pontal, Porto Ferreira,
Pradópolis, Rincão, Santa Cruz da Conceição, Santa Cruz das Palmeiras, Santa
Lúcia, Santa Rita do Passa Quatro, Santo Antônio do Jardim, São João da Boa Vista,
Serra Negra, Sertãozinho, Socorro e Taquaral.
População 1.379.805 habitantes (3,4% da população do estado)
Área 15.004 km2
Valor adicionado 28 bilhões de reais (55,83% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,63% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 94% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 50% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Itapira, Jaboticabal, Luis Antônio, Santo Antonio do Jardim, São João da Boa Vista,
PMVA em 2012 Sertãozinho.
Município que apresentaram ao São João da Boa Vista, Sertãozinho, Socorro.
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A10. Caracterização da Ugrhi 10 – Sorocaba/Médio Tietê


Uso preponderante Industrial
Municípios (33) Alambari, Alumínio, Anhembi, Araçariguama, Araçoiaba da Serra, Bofete, Boituva,
Botucatu, Cabreúva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Conchas, Ibiúna,
Iperó, Itu, Jumirim, Laranjal Paulista, Mairinque, Pereiras, Piedade, Porangaba,
Porto Feliz, Quadra, Salto de Pirapora, São Roque, Sarapuí, Sorocaba, Tatuí, Tietê,
Torre de Pedra, Vargem Grande Paulista e Votorantim.
População 1.670.917 habitantes (4,1% da população do estado)
Área 11.829 km2
Valor adicionado 38 bilhões de reais (54,88% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,35% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 86% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 67% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Boituva, Botucatu, Cerquilho, Itu, Quadra, Sorocaba, Torre de Pedra.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Quadra, Sorocaba.
PMVA o PMGIRS em 2012

283
Anexos Tabela A11. Caracterização da Ugrhi 11 – Ribeira de Iguape/Litoral Sul
Uso preponderante Conservação
Municípios (23) Apiaí, Barra do Chapéu, Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha
Comprida, Iporanga, Itaoca, Itapirapuã Paulista, Itariri, Jacupiranga, Juquiá,
Juquitiba, Miracatu, Pariquera-Açú, Pedro de Toledo, Registro, Ribeira, São
Lourenço da Serra, Sete Barras e Tapiraí.
População 260.679 habitantes (0,6% da população do estado)
Área 17.068 km2
Valor adicionado 4 bilhões de reais (66,19% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 98,08% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 61% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 54% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo –
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Cananéia
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A12. Caracterização da Ugrhi 12 – Baixo Pardo/Grande


Uso preponderante Em industrialização
Municípios (12) Altair, Barretos, Bebedouro, Colina, Colômbia, Guaraci, Icém, Jaborandi, Morro
Agudo, Orlândia, Terra Roxa e Viradouro.
População 319.860 habitantes (0,8% da população do estado)
Área 7.239 km2
Valor adicionado 7 bilhões de reais (52,45% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,69% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 82% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 62% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Terra Roxa, Viradouro.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Colômbia, Orlândia, Terra Roxa, Viradouro.
PMVA o PMGIRS em 2012

284
Tabela A13. Caracterização da Ugrhi 13 – Tietê/Jacaré

Anexos
Uso preponderante Em industrialização
Municípios (34) Agudos, Araraquara, Arealva, Areiópolis, Bariri, Barra Bonita, Bauru, Boa Esperança
do Sul, Bocaina, Boracéia, Borebi, Brotas, Dois Córregos, Dourado, Gavião Peixoto,
Iacanga, Ibaté, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Itaju, Itapuí, Itirapina, Jaú, Lençóis
Paulista, Macatuba, Mineiros do Tietê, Nova Europa, Pederneiras, Ribeirão Bonito,
São Carlos, São Manuel, Tabatinga, Torrinha e Trabiju.
População 1.444.102 habitantes (3,6% da população do estado)
Área 11.779 km2
Valor adicionado 28 bilhões de reais (67,10% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,72% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 97% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 60% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Araraquara, Bocaina, Brotas, Dois Córregos, Igaraçu do Tietê, Jaú, Macatuba,
PMVA em 2012 Torrinha.
Município que apresentaram ao Araraquara, Bauru, Bocaina, Igaraçu do Tietê, Lençóis Paulista, Torrinha.
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A14. Caracterização da Ugrhi 14 – Alto Paranapanema


Uso preponderante Conservação
Municípios (34) Angatuba, Arandu, Barão de Antonina, Bernardino de Campos, Bom Sucesso do
Itararé, Buri, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Coronel Macedo, Fartura,
Guapiara, Guareí, Ipaussu, Itaberá, Itaí, Itapetininga, Itapeva, Itaporanga, Itararé,
Manduri, Nova Campina, Paranapanema, Pilar do Sul, Piraju, Ribeirão Branco,
Ribeirão Grande, Riversul, São Miguel Arcanjo, Sarutaiá, Taguaí, Taquarituba,
Taquarivaí, Tejupá e Timburi.
População 583.228 habitantes (1,4% da população do estado)
Área 22.689 km2
Valor adicionado 10 bilhões de reais (58,84% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,42% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 88% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 77% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Angatuba, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Itaí, Piraju, Taquarituba,
PMVA em 2012 Taquarivaí.
Município que apresentaram ao Angatuba, Barão de Antonina, Itaí, Itapetininga, Piraju.
PMVA o PMGIRS em 2012

285
Anexos Tabela A15. Caracterização da Ugrhi 15 – Turvo/Grande
Uso preponderante Agropecuária
Municípios (64) Álvares Florence, Américo de Campos, Ariranha, Aspásia, Bálsamo, Cajobi, Cândido
Rodrigues, Cardoso, Catanduva, Catiguá, Cedral, Cosmorama, Dolcinópolis,
Embaúba, Estrela d’Oeste, Fernando Prestes, Fernandópolis, Guapiaçú, Guarani
d’Oeste, Indiaporã, Ipiguá, Macedônia, Meridiano, Mesópolis, Mira Estrela, Mirassol,
Mirassolândia, Monte Alto, Monte Azul Paulista, Nova Granada, Novais, Olímpia,
Onda Verde, Orindiúva, Ouroeste, Palestina, Palmares Paulista, Paraíso, Paranapuã,
Parisi, Paulo de Faria, Pedranópolis, Pindorama, Pirangi, Pontes Gestal, Populina,
Riolândia, Santa Adélia, Santa Albertina, Santa Clara d’Oeste, Santa Rita d’Oeste,
São José do Rio Preto, Severínia, Tabapuã, Taiaçu, Taiúva, Tanabi, Turmalina, Uchoa,
Urânia, Valentim Gentil, Vista Alegre do Alto, Vitória Brasil e Votuporanga.
População 1.163.861 habitantes (2,8% da população do estado)
Área 15.925 km2
Valor adicionado 22 bilhões de reais (67,35% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,69% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 97% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 79% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Aspásia, Cajobi, Cardoso, Catiguá, Cedral, Embaúba, Estrela d’Oeste, Fernandópolis,
PMVA em 2012 Guapiaçu, Guarani d’Oeste, Meridiano, Mira Estrela, Monte Alto, Onda Verde,
Ouroeste, Paulo de Faria, Pirangi, Populina, Riolândia, Santa Adélia, Santa Rita
d’Oeste, São Jose do Rio Preto, Severinia, Tabapuã, Tanabi, Urânia, Valentim Gentil,
Votuporanga.
Município que apresentaram ao Aspásia, Cajobi, Cardoso, Embaúba, Fernandópolis, Meridiano, Mira Estrela, Monte
PMVA o PMGIRS em 2012 Alto, Onda Verde, Ouroeste, Paraíso, Pedranópolis, Pindorama, Pirangi, Riolândia, Santa
Adélia, Santa Clara d’Oeste, São Jose do Rio Preto, Severinia, Tanabi, Valentim Gentil.

Tabela A16. Caracterização da Ugrhi 16 – Tietê/Batalha


Uso preponderante Agropecuária
Municípios (33) Adolfo, Avaí, Bady Bassit, Balbinos, Borborema, Cafelândia, Dobrada, Elisiário,
Guaiçara, Guarantã, Ibirá, Irapuã, Itajobi, Itápolis, Jaci, Lins, Marapoama,
Matão, Mendonça, Nova Aliança, Novo Horizonte, Pirajuí, Piratininga, Pongaí,
Potirendaba, Presidente Alves, Reginópolis, Sabino, Sales, Santa Ernestina,
Taquaritinga, Uru e Urupês.
População 473.024 habitantes (1,1% da população do estado)
Área 13.149 km2
Valor adicionado 12 bilhões de reais (46,84% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,73% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 94% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 73% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Borborema, Guaiçara, Ibira, Itajobi, Itápolis (pré-certificado), Lins, Novo Horizonte,
PMVA em 2012 Potirendaba.
Município que apresentaram ao Adolfo, Avaí, Borborema, Itajobi, Itápolis, Lins, Novo Horizonte, Pongaí.
PMVA o PMGIRS em 2012

286
Tabela A17. Caracterização da Ugrhi 17 – Médio Paranapanema

Anexos
Uso preponderante Agropecuária
Municípios (42) Águas de Santa Bárbara, Alvinlândia, Assis, Avaré, Cabrália Paulista, Campos Novos
Paulista, Cândido Mota, Canitar, Cerqueira César, Chavantes, Cruzália, Duartina,
Echaporã, Espírito Santo do Turvo, Fernão, Florínea, Gália, Iaras, Ibirarema,
Itatinga, João Ramalho, Lucianópolis, Lupércio, Maracaí, Ocauçu, Óleo, Ourinhos,
Palmital, Paraguaçu Paulista, Pardinho, Paulistânia, Pedrinhas Paulista, Platina,
Pratânia, Quatá, Rancharia, Ribeirão do Sul, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Pedro do Turvo, Tarumã e Ubirajara.
População 613.556 habitantes (1,5% da população do estado)
Área 16.749 km2
Valor adicionado 11 bilhões de reais (59,88% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,76% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 96% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 92% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Fernão, Ibirarema, Ourinhos, Palmital, Paraguaçu Paulista, Pedrinhas Paulista,
PMVA em 2012 Ribeirão do Sul, Santa Cruz do Rio Pardo.
Município que apresentaram ao Alvinlândia, Fernão, Itatinga, Maracaí, Pedrinhas Paulista, Ribeirão do Sul, São
PMVA o PMGIRS em 2012 Pedro do Turvo, Tarumã.

Tabela A18. Caracterização da Ugrhi 18 – São José dos Dourados


Uso preponderante Agropecuária
Municípios (25) Aparecida d’Oeste, Auriflama, Dirce Reis, Floreal, General Salgado, Guzolândia,
Ilha Solteira, Jales, Marinópolis, Monte Aprazível, Neves Paulista, Nhandeara, Nova
Canaã Paulista, Palmeira d’Oeste, Pontalinda, Rubinéia, Santa Fé do Sul, Santa
Salete, Santana da Ponte Pensa, São Francisco, São João das Duas Pontes, São
João de Iracema, Sebastianópolis do Sul, Suzanápolis e Três Fronteiras.
População 199.259 habitantes (0,5% da população do estado)
Área 6.783 km2
Valor adicionado 4 bilhões de reais (46,00% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,70% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 97% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 97% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Dirce Reis, General Salgado, Guzolândia, Ilha Solteira, Jales, Nhandeara, Nova
PMVA em 2012 Canaã Paulista, Pontalinda, Santa Fé do Sul, Santana da Ponte Pensa, Suzanápolis,
Três Fronteiras.
Município que apresentaram ao Dirce Reis, General Salgado, Guzolândia, Ilha Solteira, Nhandeara, Nova Canaã
PMVA o PMGIRS em 2012 Paulista, Pontalinda, Santa Fé do Sul, Santana da Ponte Pensa.

287
Anexos Tabela A19. Caracterização da Ugrhi 19 – Baixo Tietê
Uso preponderante Agropecuária
Municípios (42) Alto Alegre, Andradina, Araçatuba, Avanhandava, Barbosa, Bento de Abreu, Bilac,
Birigui, Braúna, Brejo Alegre, Buritama, Castilho, Coroados, Gastão Vidigal, Glicério,
Guaraçaí, Guararapes, Itapura, José Bonifácio, Lavínia, Lurdes, Macaubal, Magda,
Mirandópolis, Monções, Murutinga do Sul, Nipoã, Nova Castilho, Nova Luzitânia,
Penápolis, Pereira Barreto, Planalto, Poloni, Promissão, Rubiácea, Santo Antônio do
Aracanguá, Sud Mennucci, Turiuba, Ubarana, União Paulista, Valparaíso e Zacarias.
População 700.490 habitantes (1,7% da população do estado)
Área 15.588 km2
Valor adicionado 13 bilhões de reais (60,71% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,71% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 98% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 78% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Andradina, Avanhandava, Bilac, Castilho, Gastão Vidigal, Guaraçaí, Guararapes,
PMVA em 2012 Magda, Monções, Pereira Barreto, Sud Mennucci, Valparaiso.
Município que apresentaram ao Andradina, Avanhandava, Bilac, Castilho, José Bonifácio, Magda, Promissão, Sud
PMVA o PMGIRS em 2012 Mennucci.

Tabela A20. Caracterização da Ugrhi 20 – Aguapeí


Uso preponderante Agropecuária
Municípios (32) Álvaro de Carvalho, Arco-Íris, Clementina, Dracena, Gabriel Monteiro, Garça,
Getulina, Guaimbé, Herculândia, Iacri, Julio Mesquita, Lucélia, Luiziânia, Monte
Castelo, Nova Guataporanga, Nova Independência, Pacaembu, Panorama,
Parapuã, Paulicéia, Piacatu, Pompéia, Queiroz, Quintana, Rinópolis, Salmourão,
Santa Mercedes, Santópolis do Aguapeí, São João do Pau d’Alho, Tupã, Tupi
Paulista e Vera Cruz.
População 326.201 habitantes (0,8% da população do estado)
Área 13.196 km2
Valor adicionado 5 bilhões de reais (65,03% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,67% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 97% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 97% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Dracena, Gabriel Monteiro, Inúbia Paulista, Monte Castelo, Nova Guataporanga,
PMVA em 2012 Nova Independência, Piacatu, Rinópolis, São João do Pau d’Alho, Tupi Paulista.
Município que apresentaram ao Herculândia, Nova Guataporanga, Nova Independência, Pacaembu, Parapuã,
PMVA o PMGIRS em 2012 Rinópolis, São João do Pau d’Alho, Tupi Paulista.

288
Tabela A21. Caracterização da Ugrhi 21 – Peixe

Anexos
Uso preponderante Agropecuária
Municípios (26) Adamantina, Alfredo Marcondes, Álvares Machado, Bastos, Borá, Caiabu,
Emilianópolis, Flora Rica, Flórida Paulista, Indiana, Inúbia Paulista, Irapuru,
Junqueirópolis, Lutécia, Mariápolis, Marília, Martinópolis, Oriente, Oscar Bressane,
Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Piquerobi, Pracinha, Ribeirão dos Índios, Sagres e Santo
Expedito.
População 410.655 habitantes (1% da população do estado)
Área 10.769 km2
Valor adicionado 6 bilhões de reais (71,13% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,62% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 88% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 45% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Adamantina, Alfredo Marcondes, Bastos, Ouro Verde.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Adamantina, Alfredo Marcondes, Osvaldo Cruz, Santo Expedito.
PMVA o PMGIRS em 2012

Tabela A22. Caracterização da Ugrhi 22 – Pontal do Paranapanema


Uso preponderante Agropecuária
Municípios (21) Anhumas, Caiuá, Estrela do Norte, Euclides da Cunha Paulista, Iepê, Marabá
Paulista, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba, Pirapozinho, Presidente
Bernardes, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau,
Regente Feijó, Rosana, Sandovalina, Santo Anastácio, Taciba, Tarabaí e Teodoro
Sampaio.
População 436.430 habitantes (1% da população do estado)
Área 12.395 km2
Valor adicionado 8 bilhões de reais (64,35% provenientes do setor de serviços)
Nível médio de atendimento por 99,44% dos domicílios particulares permanentes urbanos.
serviço regular de coleta de lixo
Nível de atendimento por rede 96% da população atendida por serviço de coleta de esgoto.
de coleta de esgoto
Nível de atendimento por 88% da população atendida por tratamento de esgoto.
tratamento de esgoto
Municípios certificados pelo Alvares Machado, Tarabai, Teodoro Sampaio.
PMVA em 2012
Município que apresentaram ao Anhumas, Caiuá, Narandiba, Presidente Prudente, Santo Anastácio, Tarabai,
PMVA o PMGIRS em 2012 Teodoro Sampaio.

289
Anexos ANEXO II
DETALHAMENTO DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SERVIÇOS DE TRANSPORTE GERADOS NOS PORTOS ORGANIZADOS
DE SANTOS E SÃO SEBASTIÃO, POR GRUPO (ANVISA RDC Nº 56/08)
Tabela A23. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos dos Grupos A e E da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos
Organizados de Santos e São Sebastião
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto de Terminais Portuários Resíduos ambulatoriais – Classe I da 3 – 2012
Santos ABNT NBR 10004:2004
TOTAL ANO BASE 2012: 3 toneladas

Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?], elaborado por SMA/CPLA (2013).

OBS: Porto de Santos – dados disponibilizados conforme classificação da norma ABNT NBR 10004:2004, correlacionada posteriormente à norma
Anvisa RDC no 56:2008; Porto de São Sebastião – dados disponibilizados conforme classificação da norma Anvisa RDC no 56:2008 e norma ABNT
NBR 10004:2004.

290
Tabela A24. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo B da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto de Área administrativa e de Resíduos sólidos contaminados; resíduos oleosos; solo contaminado; resíduos 2.925 – 2012
Santos manutenção (oficinas e de derramamento de óleo; resíduos de derramamento de produto químico; óleo
emergências) usado; barreiras, mantas, turfa etc. – Classe I da ABNT NBR 10004:2004
Embarcações Óleo usado – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 70.049,06 Transporte por empresa credenciada;
tratamento por desidratação e rerrefino.
Terminais Portuários Resíduos sólidos contaminados – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 541 –
Emulsão aquosa – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 512 –
Solventes contaminados – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 302 –
Borra de ETE – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 250 –
Mix de soluções de pré-wash – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 117 –
Produto químico contaminado – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 111 –
Resíduos orgânicos de processo – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 52 –
Resíduos oleosos – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 47 –
Solo contaminado – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 40 –
Borra (CSAO) – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 35 –
Resíduo de derramamento de óleo – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 34 –
Resíduos orgânicos contaminados – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 11 –
Óleo usado – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 10 –
Resíduos laboratoriais – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 6 –
Resíduos têxteis contaminados – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 5 –
Barreiras, mantas, turfa etc. – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 3 –
Lâmpadas – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 2 –
Pilhas – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 <1 –
Baterias – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 –
Restos/borras de tintas e pigmentos – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 <1 –
TOTAL ANO BASE 2012: 75.052,06 toneladas

Anexos

291
292
Anexos

Tabela A24. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo B da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião (continuação)
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto de Área administrativa Mantas absorventes e turfas contaminadas com óleo – Classe I da ABNT NBR 1 Empresa gerenciadora de resíduos 2013
Santos e de manutenção 10004:2004
(oficinas e emergências);
desmobilização de ativos Telhas de amianto – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 48,95 Destinação por licitação

Embarcações Resíduos oleosos (1 t de óleo = 0,866 m3) – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 24.226 Transporte por empresa credenciada;
tratamento por desidratação e rerrefino.
Terminais Portuários Resíduo Classe I da ABNT NBR 10004:2004 1.438,632 –
TOTAL ANO BASE 2013 (jan/jun): 25.714,58 toneladas
Porto Embarcações – apoio Classe I da ABNT NBR 10004:2004 71,451 Armazenamento temporário; lavanderia 2012
de São portuário industrial; reciclagem e recuperação; aterros
Sebastião de resíduos perigosos.
TOTAL ANO BASE 2012: 71,451 toneladas
Porto Operações portuárias, Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – resíduos de descarregamento e manutenção 0,176 Tratamento/disposição final por empresas 2013
de São manutenções de (Operador Portuário PRONAVE) gerenciadoras de resíduos.
Sebastião máquinas, equipamentos
e emergências Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – resíduos de manutenções do projeto offshore 0,323 –
Guará-Lula NE (Operador Portuário POLO)
Turfa e óleo/ contaminado – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 (Operador 0,005 –
Portuário SLB)
Embarcações – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 67,740 Tratamento/disposição final:
apoio portuário armazenamento temporário; lavanderia
industrial; blendagem; reciclagem e
recuperação; aterro de resíduos perigosos.
Embarcações – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 78,610 Tratamento/disposição final por empresa
apoio marítimo gerenciadora de resíduos; blendagem;
reciclagem e recuperação; aterros de
resíduos perigosos.
Obras de Engenharia Resíduos contaminados – Classe I da ABNT NBR 10004:2004 0,57 Tratamento/disposição final por empresa
gerenciadora de resíduos.
TOTAL ANO BASE 2013 (jan/jun): 147,424 toneladas

Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?], elaborado por SMA/CPLA (2013).
Tabela A25. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo D da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto de Área administrativa e de Resíduos de varrição; restos de alimentos; resíduos de papel e papelão; resíduos 1.932 Armazenamento temporário (caçambas 2012
Santos manutenção (oficinas e orgânicos misturados a recicláveis; resíduos de plásticos – Classes II A e II B da distribuídas pelo Porto); destinação em aterro
emergências) ABNT NBR 10004:2004 Classe II A.

Embarcações Taifa – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 1.952 Transporte por empresas credenciadas para o
tratamento e disposição final

Terminal Portuário Resíduos de varrição – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 3.865 –

Resíduos orgânicos de processo – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 1.279 –

Resíduos de madeira (não tóxicas) – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 1.042 –

Restos de alimentos – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 780 –

Resíduos de papel e papelão – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 561 –


o
RCC – Classes B e C da Resolução Conama n 307/02. 397 –

Efluente orgânico – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 362 –

Resíduos orgânicos misturados a recicláveis – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 217 –

Resíduos de sistema de despoeiramento – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 49 –

Resíduos de minerais não metálicos – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 11 –

Resíduos sólidos de ETE – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 6 –

RCC – Classe A da Resolução Conama no 307/02 3.626 –

Sucata metálica – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 937 –

Resíduos de plásticos – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 166 –

Pneus – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 13 –

Resíduos de vidros – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 5 –

Resíduos de borracha – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 4 –

TOTAL ANO BASE 2012: 17.204 toneladas

Anexos

293
294
Anexos

Tabela A25. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo D da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião (continuação)
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto de Área administrativa Resíduos orgânicos e recicláveis, gerados em atividades de escritório e na varrição 1.086 Tratamento/disposição final por empresas 2013
Santos e de manutenção de vias do Porto – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 gerenciadoras de resíduos
(oficinas e emergências);
desmobilização de ativos Vidros e azulejos quebrados – Classe II da ABNT NBR 10004:2004 7,04 Destinação por licitação

Sucata de tubos de aço carbono – Classe II da ABNT NBR 10004:2004 120,5 Destinação por leilão

Sucata de telhas de alumínio – Classe II da ABNT NBR 10004:2004 20,5 Destinação por leilão

Sucata de trilhos – Classe II da ABNT NBR 10004:2004 143,5 Destinação por leilão

Sucata mista ferrosa – Classe II da ABNT NBR 10004:2004 457,6 Destinação por leilão

Embarcações Taifa – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 1.492,71 Transporte por empresas credenciadas para o
tratamento e disposição final

Terminal Portuário Resíduo Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 6.183,013 –

Resíduo Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 2.907,401 –

TOTAL ANO BASE 2013 (jan/jun): 12.418,26 toneladas

Porto Área administrativa Resíduos misturados – Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 0,490 Coleta urbana 2012
de São
Sebastião Resíduo reciclável – Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 0,053 Reciclagem e recuperação

Papel – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 0,057 Reciclagem e recuperação

Papelão – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 0,009 Reciclagem e recuperação

Embarcações – Resíduos Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 149,732 Tratamento/disposição final: blendagem,
apoio portuário reciclagem e recuperação, aterro de
codisposição.
Embarcações – Resíduos Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 (plataformas de petróleo) 106,673
apoio marítimo

TOTAL ANO BASE 2012: 257,013 toneladas


Tabela A25. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo D da Anvisa RDC no 56/08 nos Portos Organizados de Santos e São Sebastião (continuação)
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
Porto Área administrativa Resíduos misturados – Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 0,697 Tratamento/disposição final: aterro de 2013
de São codisposição.
Sebastião Resíduo reciclável – Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 0,374 Tratamento/disposição final: reciclagem e
Papelão – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 0,148 recuperação
Metal – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 0,002
Plástico – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 0,001
Papelão/PET – Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 0,011
Operações portuárias, Classe II A009, A099, A004 da ABNT NBR 10004:2004 – resíduos de 1,431 Tratamento/disposição final: reciclagem e
manutenções de descarregamento e manutenção (Operador Portuário PRONAVE) recuperação
máquinas, equipamentos Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 – áreas comuns, manutenções do 21,860 –
e emergências projeto offshore Guará-Lula NE (Operador Portuário POLO)
Obras de Engenharia Entulho – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 12,40 Tratamento/disposição final: reciclagem e
recuperação, usina de reciclagem de RCC
Resíduos recicláveis – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 0,557 Tratamento/disposição final: triagem,
reciclagem e recuperação
Madeira – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 5,680 Tratamento/disposição final: reciclagem e
recuperação
Resíduo sólido urbano – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 1,94 Tratamento/disposição final: aterro de
codisposição
Sucata metálica – Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 1,61 Tratamento/disposição final: triagem,
reciclagem e recuperação
Sacos de cimento – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 0,193 Tratamento/disposição final: aterro de
codisposição
Resíduos orgânicos – Classe II A da ABNT NBR 10004:2004 0,160 Tratamento/disposição final: aterro de
codisposição
Embarcações – apoio Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 43,105 Tratamento/disposição final: aterro de
portuário codisposição
Classe II B da ABNT NBR 10004:2004 43,665 –
Embarcações – apoio Classe II A e II B da ABNT NBR 10004:2004 251,972 Tratamento/disposição final: reciclagem e
marítimo recuperação, aterro de codisposição
TOTAL ANO BASE 2013 (jan/jun): 385,806 toneladas
Fonte: CODESP, (2012); CODESP, (2013); CIA DOCAS, (2013); CIA DOCAS, [201?], elaborado por SMA/CPLA (2013).

Anexos

295
296
Anexos

Tabela A26. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos dos Grupos A e E da Anvisa RDC no 56/08 nos Aeroportos de Cumbica, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e São José dos Campos
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Observação Ano base
o
Aeroporto de Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo A da Conama n 5/93 334,97 Tratamento/disposição final: esterilização por 2012
Cumbica autoclavagem
Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo A da Conama no 5/93 49,416 Tratamento/disposição final: incineração
TOTAL ANO BASE 2012: 384,386 toneladas
Aeroporto de Aeroporto Resíduos apreendidos 0,757 Tratamento por microondas e posterior disposição 2012
Viracopos final em aterro sanitário
Aeroporto Resíduos ambulatoriais 0,296
Aeronaves Resíduos de bordo 16,614
Aeroporto Forração de baia 31,933
TOTAL ANO BASE 2012: 49,599 toneladas
Aeroporto de Aeroporto Resíduos apreendidos 0,498 Tratamento por microondas e posterior disposição 2013
Viracopos final em aterro sanitário
Aeroporto Resíduos ambulatoriais 0,395
Aeronaves Resíduos de bordo 14,536
Aeroporto Forração de baia 41,235
TOTAL ANO BASE 2013 (janeiro a setembro): 56,664 toneladas
Aeroporto de – – – – 2012
Congonhas
TOTAL ANO BASE 2012
Aeroporto de – – – – 2012
Campo de Marte
TOTAL ANO BASE 2012
Aeroporto de Aeroporto Grupo A 5,098 – 2012
São José dos Campos
Aeroporto Resíduos perfurocortantes – Grupo E 0,004 Tratamento/disposição final: descaracterização e
aterro sanitário
TOTAL ANO BASE 2012: 5,102 toneladas

Fonte: INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS, [201?];
AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).
OBS: Aeroporto de Cumbica – dados disponibilizados conforme classificação da Resolução Conama no 05/93 e norma ABNT NBR 10004:2004; Aeroporto de Viracopos – dados disponibilizados conforme classificação da norma Anvisa RDC no 56:2008;
Aeroportos de Congonhas, Campo de Marte e São José dos Campos – dados disponibilizados conforme classificação da norma Anvisa RDC no 56:2008.
Tabela A27. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo B da Anvisa RDC no 56/08 nos Aeroportos de Cumbica, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e São José dos Campos
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Tipo de Tratamento/Disposição final Ano base
o
Aeroporto de Cumbica Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo B da Conama n 5/93 54,51 Co-processamento 2012

Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo B da Conama no 5/93 1,6 Rerrefino

Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo B da Conama no 5/93 0,04 Recuperação

Aeroporto Classe I da ABNT NBR 10004:2004 – Grupo B da Conama no 5/93 2,09 Processamento e destinação final

TOTAL ANO BASE 2012: 58,24 toneladas

Aeroporto de Viracopos – – – 2012

TOTAL ANO BASE 2012

Aeroporto de Aeroporto Resíduos contaminados 0,55 Empresa gerenciadora de resíduos 2012


Congonhas
Aeroporto Pilhas e baterias 1,88 Empresa de recuperação de resíduos

TOTAL ANO BASE 2012: 2,43 toneladas

Aeroporto de Campo de – – – 2012


Marte
TOTAL ANO BASE 2012

Aeroporto de São José Aeroporto Óleos inservíveis, embalagens de óleo, querosene inservível, materiais diversos 5,812 Aterro industrial, reciclagem, 2012
dos Campos contaminados com óleo (filtros, pano, papel, EPI, serragem), lâmpadas fluorescentes, descontaminação, co-processamento,
borra de tinta, lodo de ETE – Grupo B incineração e recuperação

TOTAL ANO BASE 2012: 5,812 toneladas

Fonte: INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS, [201?];
AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).

Anexos

297
298
Anexos

Tabela A28. Geração, tratamento e destinação final de resíduos sólidos do Grupo D da Anvisa RDC no 56/08 nos Aeroportos de Cumbica, Viracopos, Congonhas, Campo de Marte e São José dos Campos
Instituição Origem Descrição Geração (t/ano) Tipo de Tratamento/Disposição final Ano base
Aeroporto de Cumbica Aeroporto Classe II A ABNT NBR 10004:2004 9.102,442 Aterro sanitário 2012
Aeroporto Classe II A ABNT NBR 10004:2004 234,7 Triagem, reciclagem e recuperação
Aeroporto Classe II A ABNT NBR 10004:2004 0,408 Triagem, reciclagem e recuperação
TOTAL ANO BASE 2012: 9.337,55 toneladas
Aeroporto de Viracopos Aeroporto Resíduos orgânicos 1.171,882 Compostagem 2012
Aeroporto Resíduos transportados 1.219,185 Aterro de codisposição
TOTAL ANO BASE 2012: 2.440,666 toneladas
Aeroporto de Viracopos Aeroporto Resíduos orgânicos 538,050 Compostagem 2013
Aeroporto Resíduos transportados 1.163,076 Aterro de codisposição
TOTAL ANO BASE 2013 (janeiro a setembro): 1.757,790 toneladas
Aeroporto de Aeroporto Resíduos Comuns 2.888,61 Aterro sanitário 2012
Congonhas
Aeroporto Resíduos Grupo D 1.164,75 Aterro de codisposição
Aeroporto Resíduo Grupo D 80,120 Aterro de codisposição
Aeroporto Resíduos recicláveis 105 Reciclagem e recuperação
Aeroporto Resíduos recicláveis 105 Reciclagem e recuperação
TOTAL ANO BASE 2012: 4.343,48 toneladas
Aeroporto de Campo de Aeroporto Resíduos comuns 378,3 Aterro sanitário 2012
Marte
Aeroporto Grupo D 402,39 Aterro de codisposição
Aeroporto Grupo D 44,60 Aterro de codisposição
TOTAL ANO BASE 2012: 825,29 toneladas
Aeroporto de São José Aeroporto Resíduos comuns, resíduos comuns recicláveis, pneus inservíveis, sucatas metálicas – 150,573 Aterro sanitário, reciclagem e 2012
dos Campos Grupo D recuperação
TOTAL ANO BASE 2012: 150,573 toneladas

Fonte: INFRAERO (2011); INFRAERO (2013a); INFRAERO (2013b); AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS [201?]; AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS (2013); AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS, [201?];
AEROPORTO INTERNACIONAL DE SÃO PAULO/GUARULHOS (2013), elaborado por SMA/CPLA (2013).
ANEXO III

Anexos
Legislação Brasileira pertinente
aos resíduos sólidos
LEGISLAÇÃO FEDERAL – RESÍDUOS SÓLIDOS 300
LEGISLAÇÃO ESTADUAL – RESÍDUOS SÓLIDOS 302
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS 304
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE 305
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS INDUSTRIAIS 307
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE TRANSPORTES 308
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL 311
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – COMPOSTAGEM 311
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS 312
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – CATADORES 313
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE ÓLEO LUBRIFICANTE 314
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS ELETRÔNICOS 315
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS PILHAS E BATERIAS, REE, LÂMPADAS 315
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS PERIGOSOS 316
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – REJEITOS RADIOATIVOS 317
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – SISTEMAS DE TRATAMENTO TÉRMICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 317
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE MINERAÇÃO 318
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – SANEAMENTO BÁSICO 319
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – LOGÍSTICA REVERSA 320

299
300
Anexos

LEGISLAÇÃO FEDERAL – RESÍDUOS SÓLIDOS


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Instrução 10 25/05/2013 Regulamentar o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA, nos termos desta Vigente
Normativa Ibama Instrução Normativa.
Decreto Federal 7.724 16/05/2012 Regulamenta a Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII Vigente
do caput do art. 5o, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição.
Instrução 13 18/12/2012 Lista Brasileira de Resíduos Sólidos. Vigente
Normativa Ibama
Decreto Federal 7.619 21/11/2011 Regulamenta a concessão de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI na aquisição de resíduos sólidos. Vigente
o o o
Lei Federal 12.527 18/11/2011 Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5 , no inciso II do § 3 do art. 37 e no § 2 do art. 216 da Vigente
Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e
dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.
Lei Federal 12.375 30/12/2010 Altera a Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003; transforma Funções Comissionadas Técnicas em cargos em comissão, criadas pela Vigente
Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; altera a Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e as
Leis nos 8.460, de 17 de setembro de 1992, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.371, de 28 de
novembro de 2006, 12.249, de 11 de junho de 2.010, 11.941, de 27 de maio de 2009, 8.685, de 20 de julho de 1993, 10.406, de 10
de janeiro de 2002, 3.890-A, de 25 de abril de 1961, 10.848, de 15 de março de 2004, 12.111, de 9 de dezembro de 2009, e 11.526,
de 4 de outubro de 2007; revoga dispositivo da Lei no 8.162, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Alterações no IPI.
Decreto Federal 7.404 23/12/2010 Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Vigente
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística
Reversa, e dá outras providências.
Lei Federal 12.334 20/09/2010 Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição Vigente
final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de
Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000.
Lei Federal 12.305 02/08/2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Vigente
Decreto Federal 7.217 21/06/2010 Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá Vigente
outras providências.
Decreto Federal 6.913 23/07/2009 Acresce dispositivos ao Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, Vigente
que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens,
o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Decreto Federal 6.514 22/07/2008 Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para Vigente com
apuração destas infrações, e dá outras providências. atualizações
LEGISLAÇÃO FEDERAL – RESÍDUOS SÓLIDOS (continuação)
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
os
Lei Federal 11.445 05/01/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de Vigente
maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e
dá outras providências.
Decreto Federal 5.981 06/12/2006 Dá nova redação e inclui dispositivos ao Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho Vigente
de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins.
Lei Federal 11.107 06/04/2005 Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências. Vigente
Lei Federal 10.650 16/04/2003 Dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama. Vigente
Decreto Federal 4.281 25/06/2002 Regulamenta a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. Vigente
Decreto Federal 4.074 04/01/2002 Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem Vigente
e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
Lei Federal 9.985 18/07/2000 Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Vigente
Conservação da Natureza e dá outras providências.
Lei Federal 9.974 06/06/2000 Altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem Vigente
e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a
exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
Lei Federal 9.966 28/04/2000 Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas Vigente
ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.
Lei Federal 9.795 27/04/1999 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Vigente
Lei Federal 9.605 12/02/1998 Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras Vigente
providências.
Resolução 237 19/12/1997 Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental Vigente
Conama
Lei Federal 7.802 11/07/1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a Vigente
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o
registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
Lei Federal 7.797 10/07/1989 Cria o Fundo Nacional de Meio Ambiente e dá outras providências. Vigente
Resolução 1 17/02/1986 Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para a Avaliação de Impacto Ambiental. Vigente com
Conama atualizações

Anexos

301
302
Anexos

LEGISLAÇÃO ESTADUAL – RESÍDUOS SÓLIDOS


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SMA 115 03/12/2013 Trata do estabelecimento de programas de responsabilidade pós-consumo para os medicamentos domiciliares, vencidos Vigente
ou em desuso.

Decreto Estadual 59.263 05/06/2013 Regulamenta a Lei no 13.577, de 8 de julho de 2009, que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da Vigente
qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas, e dá providências correlatas.

Decreto Estadual 59.260 05/06/2013 Institui o Programa Estadual de apoio financeiro a ações ambientais, denominado Crédito Ambiental Paulista, e dá Vigente
providências correlatas.

Resolução SMA 38 05/06/2012 Dispõe sobre ações a serem desenvolvidas no Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, previsto no Vigente
Decreto no 57.817, de 28 de fevereiro de 2012, que instituiu o Programa Estadual de Implementação de Projetos de
Resíduos Sólidos.

Decreto Estadual 58.107 05/06/2012 Institui a estratégia para o Desenvolvimento Sustentável do Estado de São Paulo 2020, e dá providências correlatas. Vigente

Decreto Estadual 57.817 28/02/2012 Institui, sob coordenação da Secretaria do Meio Ambiente, o Programa Estadual de Implementação de Projetos de Vigente
Resíduos Sólidos e dá providências correlatas.

Decreto Estadual 57.071 20/06/2011 Altera a redação do “caput” do artigo 27 do Decreto no 54.645, de 5 de agosto de 2009, que regulamenta dispositivos da Vigente
Lei no 12.300, de 16 de março de 2006, que institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos.

Decreto Estadual 55.947 24/06/2010 Regulamenta a Lei no 13.798, de 9 de novembro de 2009, que dispõe sobre a Política Estadual de Mudanças Climáticas. Vigente

Resolução SMA 56 10/06/2010 Altera procedimentos para o licenciamento das atividades que especifica e dá outras providências. Vigente

Lei Estadual 13.798 09/11/2009 Institui a Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC. Vigente

Lei Estadual 13.577 08/09/2009 Dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas, e Vigente
dá outras providências correlatas.

Lei Estadual 13.507 23/04/2009 Dispõe sobre o Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA, e dá providências correlatas. Vigente
LEGISLAÇÃO ESTADUAL – RESÍDUOS SÓLIDOS (continuação)
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
o
Lei Estadual 13.542 08/05/2008 Altera a denominação da Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental e dá nova redação aos artigos 2 Vigente
e 10 da Lei no 118, de 29 de junho de 1973.

Lei Estadual 11.160 18/06/2007 Dispõe sobre a criação do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição – Fecop. Vigente com
atualizações

Decreto Estadual 52.649 12/12/2007 Altera a redação de dispositivos do Regulamento aprovado pelo Decreto no 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe Vigente
sobre o controle da poluição do meio ambiente, confere nova redação ao artigo 6o do Decreto no 50.753, de 28 de abril de
2006, e dá providências correlatas.

Lei Estadual 12.300 16/03/2006 Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes. Vigente

Resolução SMA 39 21/07/2004 Regulamenta a disposição de material dragado em águas juridiscionais brasileiras. Vigente

Decreto Estadual 47.397 04/12/2002 Dá nova redação ao Título V e ao Anexo 5 e acrescenta os Anexos 9 e 10, ao Regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de Vigente
1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição
do meio ambiente.

Decreto Estadual 47.400 04/12/2002 Regulamenta dispositivos da Lei Estadual no 9.509, de 20 de março de 1997, referentes ao licenciamento ambiental, estabelece Vigente com
prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e condições para sua renovação, estabelece prazo atualizações
de análise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatório de notificação de suspensão ou
encerramento de atividade, e o recolhimento de valor referente ao preço de análise.

Lei Estadual 9.509 20/03/1997 Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação. Vigente com
atualizações

Decreto Estadual 20.903 26/04/1983 Cria o Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA. Vigente com
atualizações

Decreto Estadual 8468 08/09/1976 Aprova o Regulamento da Lei no 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do Vigente com
meio ambiente. atualizações

Lei Estadual 997 31/05/1976 Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente. Vigente com
atualizações

Anexos

303
304
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
ABNT NBR 15.849 2010 Especifica os requisitos mínimos para localização, projeto, implantação, operação e encerramento de aterros sanitários de Vigente
pequeno porte, para a disposição final de resíduos sólidos urbanos. Estabelece também as condições para a proteção dos
corpos hídricos superficiais e subterrâneos, bem como a proteção do ar, do solo, da saúde e do bem-estar das populações
vizinhas.

Resolução SMA 75 01/11/2008 Dispõe sobre licenciamento das unidades de armazenamento, transferência, triagem, reciclagem, tratamento e disposição Vigente
final de resíduos sólidos de Classes II A e II B, classificados segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT NBR
10004:2004, e dá outras providências.

Resolução Conama 404 11/11/2008 Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos Vigente
urbanos.

Resolução SMA 50 11/11/2007 Dispõe sobre o Projeto Ambiental Estratégico Lixo Mínimo e dá providências correlatas. Vigente

ABNT NBR 10.004 2004 Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que possam ser Vigente
gerenciados adequadamente.

ABNT NBR 10.005 2004 Fixa os requisitos exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos, visando diferenciar os resíduos Vigente
classificados pela ABNT NBR 10004:2004 como Classe I – perigosos – e Classe II – não perigosos.

ABNT NBR 10.006 2004 Fixa os requisitos exigíveis para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos, visando diferenciar os resíduos Vigente
classificados na ABNT NBR 10004:2004 como Classe II A – não inertes – e Classe II B – inertes.

ABNT NBR 10.007 2004 Fixa os requisitos exigíveis para amostragem de resíduos sólidos. Vigente

ABNT NBR 13.896 1997 Fixa condições mínimas exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, de forma Vigente
a proteger adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas
instalações e populações vizinhas.

ABNT NBR 12.980 1993 Define termos utilizados na coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos. Vigente

ABNT NBR 8.419 1992 Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos. Vigente

ABNT NBR 8.849 1985 Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos urbanos. Vigente

Portaria do 53 01/03/1979 Os projetos específicos de tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua implantação, Vigente
Ministério do Interior operação e manutenção, ficam sujeitos à aprovação do órgão estadual de controle da poluição e de preservação
ambiental, devendo ser enviadas, à Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA, cópias das autorizações concedidas
para os referidos projetos.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SS 28 25/02/2013 Fica aprovada a Norma técnica que disciplina sobre necrotério, serviço de necropsia, serviço de Vigente
somatoconservação de cadáveres, velório, cemitério, inumação, exumação, cremação e transladação,
que faz parte integrante desta Resolução em seu Anexo I.

ABNT NBR 14.652 2013 Estabelece os requisitos mínimos de construção e de inspeção dos coletores transportadores de resíduos Vigente
de serviço de saúde. NOTA: os resíduos de serviços de saúde são classificados conforme as Resoluções
Anvisa 306/04 e Conama 358/05.

Resolução SMA 103 20/12/2012 Dispõe sobre a fiscalização do gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Vigente

Norma Técnica E. 15.010 outubro/2011 Sistemas de tratamento térmico sem combustão de resíduos de serviços de saúde contaminados Vigente
Cetesb biologicamente: procedimento.

Portaria CVS 4 21/03/2011 Dispõe sobre o Sistema Estadual de Vigilância Sanitária (SEVISA), define o Cadastro Estadual de Vigilância Vigente
Sanitária (CEVS) e os procedimentos administrativos a serem adotados pelas equipes estaduais e
municipais de vigilância sanitária no estado de São Paulo e dá outras providências.

Resolução SS 239 07/12/2010 Proíbe a compra e uso de termômetros, esfigmomanômetros e materiais especificados contendo Vigente
mercúrio nos estabelecimentos assistenciais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

ABNT NBR 15.911-3 2010 Especifica as dimensões, volumes e capacidades de carga para o contentor móvel de plástico de quatro Vigente
rodas, com capacidade de 660 l, 770 l e 1 000 l destinado ao acondicionamento de resíduos sólidos
urbanos (RSU) e de saúde (RSS).

ABNT NBR 15.911-2 2010 Especifica as dimensões, volumes e capacidades de carga para o contentor móvel de plástico de duas Vigente
rodas, com capacidade de 120 l, 240 l e 360 l, destinado ao acondicionamento de resíduos sólidos
urbanos (RSU) e de saúde (RSS).

Portaria CVS 21 09/09/2008 Norma Técnica sobre Gerenciamento de Resíduos Perigosos de Medicamentos em Serviços de Saúde. Vigente

Resolução RDC 56 06/08/2008 Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos Vigente
Anvisa nas áreas de Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.

ABNT NBR 9.191 2008 Estabelece os requisitos e métodos de ensaio para sacos plásticos destinados exclusivamente ao Vigente
acondicionamento de lixo para coleta.

Resolução Conama 358 29/04/2005 Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras Vigente
providências.

Norma Técnica P. 4.262 agosto/2007 Gerenciamento de resíduos químicos provenientes de estabelecimentos de serviços de saúde: Vigente
Cetesb procedimento.

Anexos

305
306
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS SÓLIDOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (continuação)


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução da 306 07/12/2004 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Vigente
Diretoria Colegiada
ABNT NBR 15.051 2004 Estabelece as especificações para o gerenciamento dos resíduos gerados em laboratório clínico. O seu Vigente
conteúdo abrange a geração, a segregação, o acondicionamento, o tratamento preliminar, o tratamento,
o transporte e a apresentação à coleta pública dos resíduos gerados em laboratório clínico, bem como a
orientação sobre os procedimentos a serem adotados pelo pessoal do laboratório.
Portaria CVS 04 22/04/2002 Dispõe sobre a obrigatoriedade de informação do destino final dos hemocomponentes preparados para Vigente
transfusão, com fins de rastreabilidade, sobre a obrigatoriedade de informação da ocorrência de reações
transfusionais e dá providências correlatas.
Resolução Conjunta 01 29/06/1998 Aprova as Diretrizes Básicas e Regulamento Técnico para apresentação e aprovação do Plano de Vigente
SS/SMA/SJDC Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde.
ABNT NBR 13.853 30/06/1997 Fixa as características de coletores destinados ao descarte de resíduos de serviços de saúde perfurantes Vigente
ou cortantes, tipo A.4, conforme a ABNT NBR 12808:1993.
Norma Técnica E.15.011 fevereiro/1997 Sistema para incineração de resíduos de serviços de saúde: procedimento. Vigente
Cetesb
Resolução Conama 5 05/08/1993 Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais ferroviários Revogadas as disposições que
e rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviços de saúde. tratam de resíduos sólidos
oriundos de serviços de saúde
pela Resolução no 358/05
ABNT NBR 12.809 29/04/1993 Fixa os procedimentos exigíveis para garantir condições de higiene e segurança no processamento Vigente
interno de resíduos infectantes, especiais e comuns nos saúde.
ABNT NBR 12.810 01/04/1993 Fixa os procedimentos exigíveis para coleta interna e externa dos resíduos de serviços de saúde, sob Vigente
condições de higiene e segurança.
ABNT NBR 12.808 01/04/1993 Classifica os RSS quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública para que tenham Vigente
gerenciamento adequado.
ABNT NBR 12.807 01/04/1993 Resíduos de Serviços de Saúde – Define termos empregados em relação aos RSS. Vigente
Resolução Conama 6 19/09/1991 Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e Vigente
aeroportos.
Lei Federal 6.437 20/08/1977 Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras Vigente
providências.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS INDUSTRIAIS
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução 452 02/07/2012 Dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela Convenção da Basileia Vigente
Conama sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.
ABNT NBR 15.984 2011 Estabelece as diretrizes para projeto, construção e operação de áreas para receber, processar, armazenar e destinar as areias Vigente
descartadas de fundição para fins de reúso, reciclagem ou disposição.
Resolução 79 04/11/2009 Estabelece diretrizes e condições para a operação e o licenciamento da atividade de tratamento térmico de resíduos sólidos em Vigente
SMA Usinas de Recuperação de Energia – URE.
ABNT NBR 13.882 2008 Especifica o método para determinação do teor de bifenilas policloradas (PCB) em líquidos isolantes elétricos não halogenados. Vigente
ABNT NBR 8.371 2005 Descreve os ascaréis para transformadores e capacitores, suas características e riscos, e estabelece orientações para seu manuseio, Vigente
acondicionamento, rotulagem, armazenamento, transporte, procedimentos para equipamentos em operação e destinação final.
Norma Técnica P. 4.263 dezembro/2003 Procedimento para utilização de resíduos em fornos de produção de clinquer. Vigente
Cetesb
Resolução 313 29/10/2002 Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. Vigente
Conama
Norma Técnica P. 4.233 setembro/1999 Lodos de curtumes – critérios para o uso em áreas agrícolas e procedimentos para apresentação de projetos: manual técnico. Vigente
Cetesb
ABNT NBR 14.283 1999 Especifica o método respirométrico de Bertha para determinação do índice de biodegradação da matéria orgânica contida em Vigente
resíduos a serem tratados em solos. Por meio deste método é possível: avaliar a tratabilidade de resíduos em solos; inferir as
condições de manejo de sistema de tratamento de resíduos em solo (Landfarming), em escala piloto, tais como: taxa de aplicação;
necessidade de correção do pH do solo; condições ideais de umidade; balanceamento de nutrientes e práticas que promovam a
mistura de resíduo ao solo, permitindo a manutenção de condições aeróbias necessárias à degradação e a manutenção.
ABNT NBR 13.741 1996 Fixa condições exigíveis para a destinação de bifenilas policloradas (PCB’s) e resíduos contaminados com PCB’s. Vigente
ABNT NBR 12.988 1993 Prescreve método para a verificação da presença de líquidos livres numa amostra representativa de resíduos. Vigente
ABNT NBR 12.235 1992 Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente. Vigente
ABNT NBR 11.175 1990 Fixa condições exigíveis de desempenho do equipamento para incineração de resíduos sólidos perigosos, exceto aqueles assim Vigente
classificados apenas por patogenicidade ou inflamabilidade.
ABNT NBR 11.174 1990 Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos Classes II – não inertes e Vigente
III – inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
ABNT NBR 10.157 1987 Fixa as condições mínimas exigíveis para projeto e operação de aterros de resíduos perigosos, de forma a proteger adequadamente Vigente
as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os operadores destas instalações e populações vizinhas.
ABNT NBR 8.418 1983 Fixa condições mínimas exigíveis para a apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais perigosos – ARIP. Vigente

Anexos

307
308
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE TRANSPORTES


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução Conama 454 01/11/2012 Estabelece as diretrizes gerais e os procedimentos referenciais para o gerenciamento do material a ser dragado em Vigente
águas sob jurisdição nacional.

Resolução Conama 452 02/07/2012 Dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela Convenção Vigente
da Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Portaria MMA 424 26/10/2011 Dispõe sobre procedimentos específicos a serem aplicados pelo Ibama na regularização ambiental de portos e terminais Vigente
portuários, bem como os outorgados às companhias docas, previstos no art. 24-A da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.

Resolução Antaq 2.190 28/07/2011 Aprova a Norma para disciplinar a prestação de serviços de retirada de resíduos de embarcações. Vigente

Norma DCP/Marinha 20/DCP 14/06/2011 Da autoridade marítima para o gerenciamento da água de lastro de navios. Vigente

Portaria INMETRO 204 11/05/2011 Aprova as anexas Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviário e Ferroviário de Complementada/
Produtos Perigosos. retificada pelas
Portarias no 409/97,
101/98 e 402/98

ABNT NBR 13.221 2010 Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a evitar danos ao meio ambiente e a Vigente
proteger a saúde pública. Esta Norma se aplica ao transporte terrestre de resíduos perigosos, conforme classificados
no Anexo da Resolução no 420 da ANTT, inclusive aqueles materiais que possam ser reaproveitados, reciclados e/ou
reprocessados. Especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a minimizar danos ao meio
ambiente e a proteger a saúde pública; conforme classificados nas instruções complementares do Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (RTPP) aprovado pelo Decreto 96.044, inclusive aqueles que possam ser
reaproveitados, reciclados e/ou reprocessados, e os provenientes de acidentes. Pode ser aplicada também aos resíduos
perigosos segundo a definição da Convenção da Basileia (Decreto no 875/1993 e Resolução Conama no 23/1996).

Resolução RDC 72 29/12/2009 Dispõe sobre o Regulamento Técnico que visa à promoção da saúde nos portos de controle sanitário instalados em Vigente
Anvisa território nacional, e embarcações que por eles transitem.

Instrução Normativa 28 08/10/2009 Dispõe sobre a apreensão e destinação de animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, Vigente
Ibama petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza apreendidos pelo Ibama e órgãos conveniados.

Resolução Conama 416 30/09/2009 Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente Vigente
adequada, e dá outras providências.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE TRANSPORTES (continuação)
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução RDC 56 06/08/2008 Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Vigente
Anvisa Portos, Aeroportos, Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados.

Resolução Conama 398 11/06/2008 Dispõe sobre o conteúdo mínimo do plano de Emergência individual para incidentes de poluição por óleo em águas Vigente
sob jurisdição nacional, originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, dutos, sondas terrestres,
plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e
orienta a sua elaboração.

Instrução Normativa 36 14/11/2006 Pertinentes ao Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilância Agropecuária Internacional (Seção XII). Vigente
Mapa

ABNT NBR 7.500 30/07/2004 Estabelece a simbologia convencional e o seu dimensionamento para identificar produtos perigosos, a ser aplicada Vigente
nas unidades de transporte e nas embalagens/volumes, a fim de indicar os riscos e os cuidados a serem tomados no
transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento.

Resolução SMA 39 21/07/2004 Estabelecer as diretrizes gerais à caracterização do material a ser dragado para o gerenciamento de sua disposição Vigente
em solo.

Resolução ANTT 420 12/02/2004 Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Parcialmente
alterada

Resolução Anvisa 2 08/01/2003 Aprova o Regulamento Técnico, para fiscalização e controle sanitário em aeroportos e aeronaves. Vigente

Resolução RDC 351 13/12/2002 Para fins da Gestão de Resíduos Sólidos em Portos, Aeroportos e Fronteiras define-se como de risco sanitário as áreas Art. 2o – Retificado
Anvisa endêmicas e epidêmicas de Cólera e as com evidência de circulação do Vibrio cholerae patogênico. Para fins de efeito conforme D.O de
de vigilância e monitoramento sanitário nacional e internacional são classificados para efeito de manejo, tratamento 18.07.03
e disposição final, como resíduos sólidos que apresentam risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente devido
a presença de agentes biológicos – Grupo A, aqueles provenientes de meios de transporte – aquaviários, terrestres e
aéreos – oriundos dos Estados Brasileiros e Países que possuam casos de cólera, com anormalidades clínicas, óbitos a
bordo e dos serviços de saúde de bordo.

Resolução RDC 341 13/12/2002 Estabelece o prazo até 30 de junho de 2003, para que os Portos de Controle Sanitário apresentem o Plano de Vigente
Anvisa Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Anexos

309
310
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE TRANSPORTES (continuação)


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução RDC 217 21/11/2001 Aprova o Regulamento Técnico Anexo, com vistas à promoção da vigilância sanitária nos Portos de Controle Sanitário Vigente
instalados no território nacional, embarcações que operem transportes de cargas e ou viajantes nesses locais, e com
vistas a promoção da vigilância epidemiológica e do controle de vetores dessas áreas e dos meios de transporte que
nelas circulam.

Lei Federal 9.966 28/04/2000 Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras Vigente
substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências.

Decreto Federal 2.508 04/03/1998 Promulga a Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição Causada por Navios, concluída em Londres, em Vigente
2 de novembro de 1973, seu Protocolo, concluído em Londres, em 17 de fevereiro de 1978, suas Emendas de 1984 e
seus Anexos Opcionais III, IV e V.

ABNT NBR 8.843 1996 Estabelece procedimentos adequados ao gerenciamento dos resíduos sólidos e as alternativas que podem ser Vigente
usadas em casos de emergência, com vistas a preservar a saúde pública e a qualidade do meio ambiente.

Resolução Conama 228 20/08/1997 Dispõe sobre a importação, em caráter excepcional, de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de Vigente
chumbo.

Decreto Federal 875 19/07/1993 Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Vigente
Depósito.

Resolução Conama 6 19/09/1991 Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. Vigente

Resolução Conama 2 22/08/1991 Dispõe sobre o tratamento a ser dado às cargas deterioradas, contaminadas ou fora de especificações. Vigente

Decreto Federal 87.566 16/09/1982 Promulga o texto da convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de Resíduos e Outras Matérias, Vigente
concluída em Londres, a 29 de dezembro de 1972.

Decreto Federal 83.540 04/06/1979 Regulamenta a aplicação da Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição Retificada
por Óleo, de 1969, e dá outras providências.

Decreto Federal 79.437 28/03/1977 Promulga a Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em Danos Causados por Poluição por Óleo, 1969. Vigente
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
o o o o o o o
Resolução 448 18/01/2012 Altera os arts. 2 , 4 , 5 , 6 , 8 , 9 , 10 e 11 da Resolução n 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente Vigente com
Conama – Conama. atualizações
Resolução 431 24/05/2011 Altera o art. 3o da Resolução no 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama, estabelecendo Vigente com
Conama nova classificação para o gesso. atualizações
Resolução 348 16/08/2004 Altera a Resolução Conama no 307, de 5 de julho de 2002, incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos. Vigente
Conama
ABNT NBR 15.112 2004 Fixa os requisitos exigíveis para projeto, implantação e operação de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção Vigente
civil e resíduos volumosos.
ABNT NBR 15.113 2004 Fixa os requisitos mínimos exigíveis para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos sólidos da construção civil Vigente
Classe A e de resíduos inertes.
ABNT NBR 15.114 2004 Fixa os requisitos mínimos exigíveis para projeto, implantação e operação de áreas de reciclagem de resíduos sólidos da Vigente
construção civil Classe A.
ABNT NBR 15.115 2004 Estabelece os critérios para execução de camadas de reforço do subleito, sub-base e base de pavimentos, bem como camada Vigente
de revestimento primário, com agregado reciclado de resíduos sólidos da construção civil, denominado “agregado reciclado”,
em obras de pavimentação.
ABNT NBR 15.116 2004 Estabelece os requisitos para o emprego de agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil. Vigente
Resolução 307 05/07/2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Vigente com
Conama atualizações

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – COMPOSTAGEM


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SMA 102 20/12/2012 Dispõe sobre dispensa de licenciamento ambiental para as atividades de compostagem e vermicompostagem em instalações Vigente
de pequeno porte, sob condições determinadas.
Instrução 23 01/06/2011 Estabelecer o Regulamento Técnico para Produtos Têxteis Orgânicos Derivados do Algodão, na forma da presente Instrução Vigente
Normativa Mapa Normativa e seu Anexo.

ABNT NBR 15.448-2 14/01/2008 Especifica os requisitos e os métodos de ensaio para determinar a compostabilidade de embalagens plásticas, visando a Vigente
revalorização de resíduos pós-consumo, por meio de apontamento das características de biodegradação aeróbica seguida da
desintegração e impacto no processo de compostagem.
ABNT NBR 13.591 30/03/1996 Define os termos empregados exclusivamente em relação à compostagem de resíduos sólidos domiciliares. Vigente

Anexos

311
312
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
o o
Decreto Federal 8.059 26/07/2013 Altera o Anexo ao Decreto n 4.954, de 14 de janeiro de 2004, que aprova o Regulamento da Lei n 6.894, de 16 de Vigente
dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos,
inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura.
Lei Federal 12.341 01/12/2010 Define prioridades para a destinação de produtos de origem animal e vegetal apreendidos na forma da lei, alterando as Vigente
Leis nos 7.889, de 23 de novembro de 1989, e 9.972, de 25 de maio de 2000.
Instrução Normativa 25 28/07/2009 Aprovar as normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos Vigente
Mapa fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura, na forma
dos Anexos à presente Instrução Normativa.
Decreto Federal 6.268 22/11/2007 Regulamenta a Lei no 9.972, de 25 de maio de 2000, que institui a classificação de produtos vegetais, seus subprodutos e Vigente
resíduos de valor econômico, e dá outras providências.
Decreto Federal 5.981 06/12/2006 Dá nova redação e inclui dispositivos ao Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei no 7.802, de 11 Vigente
de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte,
o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino
final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins.
Decreto Federal 5.360 31/01/2005 Promulga a Convenção sobre Procedimento de Consentimento Prévio Informado para o Comércio Internacional de Vigente
Certas Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos, adotada em 10 de setembro de 1998, na cidade de Roterdã.
Decreto Federal 4.954 14/01/2004 Aprova o Regulamento da Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção Vigente
e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes destinados à agricultura, e dá outras providências.
Resolução Conama 334 19/05/2003 Dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de Vigente
embalagens vazias de agrotóxicos.
Decreto Federal 4.074 04/01/2002 Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a Vigente
embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a
importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a
fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.
Lei Federal 9.972 25/05/2000 Institui a classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico, e dá outras providências. Vigente
Lei Federal 7.889 23/11/1989 Dispõe sobre inspeção sanitária e industrial dos produtos de origem animal, e dá outras providências. Vigente
Lei Federal 7.802 11/07/1989 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, Vigente
a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e
dá outras providências.
ABNT NBR 14.935 2003 Estabelece os procedimentos para a correta e segura destinação final das embalagens de agrotóxicos vazias, não laváveis, Vigente
não lavadas, mal lavadas, contaminadas ou não, rígidas ou flexíveis, que não se enquadrem na ABNT NBR 14719:2001.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS (continuação)
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
ABNT NBR 14.719 2001 Estabelece os procedimentos para a destinação final das embalagens rígidas, usadas, vazias, adequadamente lavadas de Vigente
acordo com a ABNT NBR 13968:1997, que contiveram formulações de agrotóxicos miscíveis ou dispersíveis em água.
ABNT NBR 13.968 1997 Estabelece procedimento para a adequada lavagem de embalagens rígidas vazia de agrotóxico que contiveram Vigente
formulações miscíveis ou dispersíveis em água, classificadas como embalagens não-perigosas, para fins de manuseio,
transporte e armazenagem.
Lei Federal 6.894 16/12/1980 Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes Vigente
ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá outras providências.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – CATADORES


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SMA 88 17/09/2013 Institui o Cadastro de Entidades de Catadores de Materiais Recicláveis, no âmbito do Estado de São Paulo. Vigente
o
Decreto Federal 7.851 30/11/2012 Altera o Decreto n 7.688, de 2 de março de 2012, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos Vigente
em Comissão da Secretaria-Geral da Presidência da República; altera o Decreto no 7.405, de 23 de dezembro de 2010, para
transferir responsabilidades do Programa Pró-Catador para a Secretaria-Geral da Presidência da República, altera o Anexo II
ao Decreto no 7.493, de 2 de junho de 2011; e dispõe sobre o remanejamento de cargos em comissão.
Lei Federal 12.375 30/12/2010 Altera a Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003; transforma Funções Comissionadas Técnicas em cargos em comissão, criadas pela Parcialmente
Medida Provisória no 2.229-43, de 6 de setembro de 2001; altera a Medida Provisória no 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, e as vetada
Leis nos 8.460, de 17 de setembro de 1992, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 11.371, de 28
de novembro de 2006, 12.249, de 11 de junho de 2.010, 11.941, de 27 de maio de 2009, 8.685, de 20 de julho de 1993, 10.406,
de 10 de janeiro de 2002, 3.890-A, de 25 de abril de 1961, 10.848, de 15 de março de 2004, 12.111, de 9 de dezembro de 2009, e
11.526, de 4 de outubro de 2007; revoga dispositivo da Lei no 8.162, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências.
Decreto Federal 7.405 23/12/2010 Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Parcialmente
Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo criado pelo Decreto alterada
de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá outras providências.
Portaria 555 25/04/2008 Torna público quais Cooperativas e associações foram habilitadas pela Comissão Técnica de Coleta Seletiva Solidária, Vigente
instituída pela Portaria no 1.367/SAF, de 6 de dezembro de 2007.
Decreto Federal 5.999 26/12/2006 Dá nova redação ao art. 3o do Decreto no 5.811, de 21 de junho de 2006, que dispõe sobre a composição, estruturação, Vigente
competência e funcionamento do Conselho Nacional de Economia Solidária – CNES.
Decreto Federal 5.940 25/10/2006 Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta Vigente
e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá
outras providências.
Resolução Conama 275 25/04/2001 Estabele o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e Vigente
transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva.

Anexos

313
314
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE ÓLEO LUBRIFICANTE


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Portaria 59 17/02/2012 Estabelece os percentuais mínimos de coleta de óleos lubrificantes usados ou contaminados, para o período de 2012 a Vigente
Interministerial 2015.
(MMA e MEnergia)

Resolução Conama 450 06/03/2012 Altera os arts. 9o, 16, 19, 20, 21 e 22, e acrescenta o art. 24-A à Resolução no 362, de 23 de junho de 2005, do Conselho Vigente com
Nacional do Meio Ambiente – Conama, que dispõe sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante atualizações
usado ou contaminado.

Lei Estadual 14.186 15/07/2010 Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o destino final das embalagens plásticas de óleos lubrificantes, e dá outras Vigente
providências correlatas.

Resolução ANP 20 18/06/2009 Atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado e a sua regulação. Vigente com
atualizações

Portaria MMA 31 23/02/2007 Instituir Grupo de Monitoramento Permanente para o acompanhamento da Resolução Conama no 362, de 23 de junho de Vigente
2005, que dispõe sobre o recolhimento, a coleta e a destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado.

Resolução Conama 393 09/08/2007 Complementa a Resolução Conama 357/05 (art. 43, § 4o). Dispõe sobre o descarte contínuo de água de processo ou de Vigente com
produção em plataformas marítimas de petróleo e gás natural, e dá outras providências. atualizações

Portaria 464 29/08/2007 Dispõe que os produtores e os importadores de óleo lubrificante acabado são responsáveis pela coleta de todo óleo Vigente com
Interministerial lubrificante usado ou contaminado, ou alternativamente, pelo correspondente custeio da coleta efetivamente realizada, atualizações
bem como sua destinação final de forma adequada.

Resolução Conama 362 23/06/2005 Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado. Vigente com
atualizações

Lei Estadual 12.047 21/09/2005 Institui Programa Estadual de Tratamento e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal ou Animal e Uso Culinário. Vigente

Decreto Federal 4.136 20/02/2002 Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da Vigente
poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional,
prevista na Lei no 9.966, de 28 de abril de 2000, e dá outras providências.

Lei Federal 9.966 28/04/2000 Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias Vigente com
nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. atualizações
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS ELETRÔNICOS
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
ABNT NBR ABNT IEC/ 2011 Este ABNT IEC/TR é um Relatório Técnico que fornece estrutura para o uso de normas internacionalmente aceitas, ferramentas e Vigente
TR62476 práticas para avaliar produtos eletroeletrônicos com referência a substâncias restritas. Este Relatório Técnico pode ser também
aplicado para substâncias declaráveis que não são restritas em produtos eletroeletrônicos.
ABNT NBR 14.879 2011 Estabelece os critérios de definição dos volumes geométricos das caixas de carga e dos compartimentos de carga dos Vigente
coletores-compactadores de resíduos sólidos de carregamento traseiro.
ABNT NBR 15.911-1 2010 Especifica os requisitos gerais, de segurança, saúde e ergonomia para contentores móveis de plástico para acondicionamento Vigente
de resíduos de acordo com a ABNT NBR 15911-3 e ABNT NBR 15911-3
ABNT NBR 13.332 2010 Define os termos relativos ao coletor-compactador de resíduos sólidos, acoplado ao chassi de um veículo rodoviário, e seus Vigente
principais componentes.
ABNT NBR 13.333 2007 Define termos relativos à caçamba estacionária de 0,8 metros cúbicos, 1,2 metros cúbicos e 1,6 metros cúbicos para coleta de Vigente
resíduos sólidos por coletores-compactadores de carregamento traseiro.
Lei Estadual 13.576 06/07/2009 Institui normas e procedimentos para a reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico. Vigente
3 3 3
ABNT NBR 13.334 2007 Especifica os requisitos para os contentores metálicos de 0,8 m , 1,2 m e 1,6 m , destinados a acondicionar os resíduos sólidos Vigente
aplicáveis aos coletores-compactadores de carregamento traseiro, dotados de dispositivos de basculamento.
ABNT NBR 14.599 2003 Estabelece os requisitos de segurança para os coletores-compactadores móveis de resíduos sólidos, de carregamento traseiro e lateral. Vigente
ABNT NBR 13.463 1995 Classifica coleta de resíduos sólidos urbanos dos equipamentos destinados a esta coleta, dos tipos de sistema de trabalho, do Vigente
acondicionamento destes resíduos e das estações de transbordo.
ABNT NBR 11.174 1990 Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas necessárias ao armazenamento de resíduos Classes II – não Vigente
inertes e III – inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS PILHAS E BATERIAS, REE, LÂMPADAS


Tipo de Lei Número da Lei Data da sanção Assunto Status
Instrução Normativa 8 03/09/2012 Institui, para fabricantes nacionais e importadores, os procedimentos relativos ao controle do recebimento e da destinação final Vigente
Ibama de pilhas e baterias ou produto que as incorporem.
Resolução Conama 424 22/04/2010 Revoga o parágrafo único do art. 16 da Resolução Conama no 401/2008. Vigente com
atualizações
Resolução Conama 401 04/11/2008 Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os Vigente
critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências.
Decreto Estadual 45.643 26/01/2001 Dispõe sobre a obrigatoriedade da aquisição pela Administração Pública Estadual de lâmpadas de maior eficiência energética e Vigente
menor teor de mercúrio, por tipo e potência, e dá providências correlatas.

Anexos

315
316
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS PERIGOSOS


Tipo de Lei Número da Lei Data da sanção Assunto Status
ABNT NBR 14.619 22/05/2014 Transporte terrestre de produtos perigosos – Incompatibilidade química. Vigente

ABNT NBR 7.503 10/06/2013 Transporte terrestre de produtos perigosos – Ficha de emergência e envelope – Características, dimensões e preenchimento. Vigente

Instrução Normativa 1 25/01/2013 Regulamentar o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (CNORP), estabelecer sua integração com o Cadastro Vigente
Ibama Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais (CTF-APP) e com o Cadastro
Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental (CTF-AIDA), e definir os Procedimentos administrativos
relacionados ao cadastramento e prestação de informações sobre resíduos sólidos, inclusive os rejeitos e os considerados perigosos.

ABNT NBR 10.271 09/08/2012 Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de ácido fluorídrico. Vigente

Resolução Conama 452 02/07/2012 Dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, conforme as normas adotadas pela Convenção da Vigente
Basileia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Resolução ANTT 3.383 20/01/2010 Altera o Anexo à Resolução n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Vigente
Transporte Terrestre de Produtos Perigosos.

ABNT NBR 16.725 06/01/2011 Resíduo químico – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Ficha com Dados de Segurança de Resíduos Vigente
químicos (FDSR) e rotulagem.

Lei Estadual 12.288 22/02/2006 Dispõe sobre a eliminação controlada dos PCBs e dos seus resíduos, a descontaminação e da eliminação de transformadores, Vigente
capacitadores e demais equipamentos elétricos que contenham PCBs.

ABNT NBR 7.500 30/07/2004 Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Vigente

Resolução ANTT 420 12/02/2004 Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Parcialmente
alterada

Lei Estadual 10.188 20/09/2001 Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados e dá Vigente
outras providências.

Decreto Federal 2.657 03/07/1998 Promulga a Convenção nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Vigente
Genebra, em 25 de junho de 1990.

ABNT NBR 12.225 abril/1992 Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sólidos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o Vigente
meio ambiente.

ABNT NBR 11.175 30/07/1990 Fixa as condições exigíveis de desempenho do equipamento para incineração de resíduos sólidos perigosos, exceto aqueles Vigente
assim classificados apenas por patogenicidade ou inflamabilidade.

Decreto Federal 96.044 1988 Aprova o regulamento para o transporte rodoviário de produtos perigosos que consta da Resolução nº 3.665/11 da ANTT e Vigente
suas atualizações e o transporte ferroviário é regulamentado pelo Decreto nº 98.973/90.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – REJEITOS RADIOATIVOS
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Decreto Federal 5.935 19/10/2006 Promulga a Convenção Conjunta para o Gerenciamento Seguro de Combustível Nuclear Usado e dos Rejeitos Vigente
Radioativos.

Decreto Legislativo 1019 11/11/2005 Aprova o texto da Convenção Conjunta sobre o Gerenciamento Seguro de Combustível Irradiado e dos Rejeitos Vigente
Radioativos, celebrada em Viena, no âmbito da Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, em 5 de setembro
de 1997.

Resolução RDC 306 07/12/2004 Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Vigente
Anvisa

Decreto Federal 4.581 27/01/2003 Promulga a Emenda ao Anexo I e Adoção dos Anexos VIII e IX à Convenção de Basileia sobre o Controle do Vigente
Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Lei Federal 10.308 20/11/2001 Dispõe sobre a seleção de locais, a construção, o licenciamento, a operação, a fiscalização, os custos, a indenização, a Parcialmente
responsabilidade civil e as garantias referentes aos depósitos de rejeitos radioativos, e dá outras providências. vetada

Decreto Legislativo 463 21/11/2001 Aprova os textos da Emenda ao Anexo I e dos dois novos Anexos (VIII e IX) à Convenção de Basileia sobre o Vigente
Controle do Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião da
Conferência das Partes, realizada em Kuching, na Malásia, em 27 de fevereiro de 1998.

Decreto Federal 875 19/07/1993 Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Vigente
Depósito.

Decreto Legislativo 34 16/06/1992 Aprova o texto da Convenção sobre Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Vigente
Eliminação, concluída em Basileia, Suíça, a 22 de março de 1989.

Resolução CNEN-NE 6.05 dezembro/1985 Gerência de Rejeitos radioativos em instalações radioativas. Vigente

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – SISTEMAS DE TRATAMENTO TÉRMICO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SMA 79 04/11/2009 Estabelece diretrizes e condições para a operação e o licenciamento da atividade de tratamento térmico de resíduos Vigente
sólidos em Usinas de Recuperação de Energia – URE.

Resolução Conama 386 27/12/2006 Altera o artigo 18 da Resolução Conama nº 316, de 29 de outubro de 2002. Vigente

Resolução Conama 316 29/10/2002 Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. Vigente

Anexos

317
318
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – RESÍDUOS DE MINERAÇÃO


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Lei Federal 12. 334 20/09/2013 Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à Vigente
disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o Sistema Nacional de Informações
sobre Segurança de Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei
no 9.984, de 17 de julho de 2000.

Resolução SMA 51 12/12/2006 Disciplina o licenciamento ambiental das atividades minerárias no Estado de São Paulo, integrando os procedimentos Vigente
dos órgãos públicos responsáveis.

ABNT NBR 13.029 04/09/2006 Mineração – Elaboração e apresentação de projeto de disposição de estéril em pilha. Vigente

ABNT NBR 13.028 04/09/2006 Elaboração e apresentação de projeto de barragens para disposição de rejeitos, contenção de sedimentos e reservação Vigente
de água.

Resolução CNRH 29 11/12/2002 Define diretrizes para a outorga de uso dos recursos hídricos para o aproveitamento dos recursos minerais. Vigente

Lei Estadual 10.888 20/09/2001 Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos de resíduos que contenham metais pesados. Vigente

Portaria DNPM 237 18/10/2001 Aprova as Normas Reguladoras de Mineração – NRM, que trata o Art. 97 do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967. Vigente com
atualizações

Lei Estadual 9.314 14/11/1996 Altera dispositivos do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967, e dá outras providências. Vigente com
atualizações

Resolução Conama 235 07/01/1998 Altera o anexo 10, em cumprimento ao disposto no art. 8o da Resolução 23/96. Vigente com
atualizações

Resolução SMA 26 30/09/1993 Normas que disciplinam os procedimentos para o licenciamento ambiental de empreendimentos minerários. Vigente com
atualizações

Lei Estadual 6.403 15/12/1976 Modifica dispositivos do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Código de Mineração), alterado pelo Decreto-Lei Vigente com
no 318, de 14 de março de 1967. atualizações

Decreto-Lei 227 28/02/1967 Dá nova redação ao Decreto-Lei no 1.985, de 29 de janeiro de 1940 (Código de Minas). Vigente com
atualizações

Decreto-Lei 318 14/03/1967 Dá nova redação ao preâmbulo e a dispositivos do Decreto-Lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967. Vigente com
atualizações

Decreto-Lei 7.841 08/08/1945 Código de Águas Minerais. Vigente

Decreto-Lei 4.146 04/03/1942 Dispõe sobre a proteção de depósitos fossilíferos. Vigente


LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – SANEAMENTO BÁSICO
Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Lei Estadual 14.687 02/01/2012 Institui o Programa Pró Conexão de subsídio financeiro à população de baixa renda para a realização de obras Vigente
necessárias à efetivação de ligações domiciliares de esgoto que demandem execução de ramais intradomiciliares.

Decreto Estadual 58.107 05/06/2012 Institui a Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável do Estado de São Paulo 2020, e dá providências correlatas. Vigente

Decreto Estadual 57.479 01/11/2011 Institui o Programa Estadual Água é Vida para localidades de pequeno porte predominantemente ocupadas por Vigente
população de baixa renda, mediante utilização de recursos financeiros estaduais não reembolsáveis, destinados a obras
e serviços de infraestrutura, instalações operacionais e equipamentos e dá providências correlatas.

Decreto Federal 7.217 21/06/2010 Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e Vigente
dá outras providências.

Decreto Estadual 52.895 11/04/2008 Autoriza a Secretaria de Saneamento e Energia a representar o Estado de São Paulo na celebração de convênios Vigente com
com municípios paulistas, ou consórcio de municípios, visando à elaboração de planos de saneamento básico e sua alterações
consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico.

Decreto Estadual 52.455 07/12/2007 Aprova o regulamento da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – Arsesp. Vigente

Lei Complementar 1.025 12/07/2007 Transforma a Comissão de Serviços Públicos de Energia – CSPE em Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Vigente
Estadual Estado de São Paulo – Arsesp, dispõe sobre serviços públicos de saneamento básico de gás canalizado no Estado, e dá
outras providências.

Lei Estadual 11.445 05/01/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, Parcialmente
de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de vetada
maio de 1978; e dá outras providências.

Resolução Conama 375 29/08/2006 Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto Vigente
sanitário e seus produtos derivados, e dá outras providências.

Decreto Estadual 48.896 26/08/2004 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos – Fehidro, criado pela Lei no 7.663, de 30 de dezembro de 1991, Vigente com
alterada pela Lei no 10.843, de 5 de julho de 2001. atualizações

Lei Federal 9.433 08/01/1997 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Vigente
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1o da Lei no 8.001, de 13 de março de 1990,
que modificou a Lei no 7.990, de 28 de dezembro de 1989.

Anexos

319
320
Anexos

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – SANEAMENTO BÁSICO (continuação)


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Norma Técnica P. 4.230 setembro/1999 Aplicação de lodos de sistemas de tratamento biológico em áreas agrícolas – Critérios para projeto e operação: manual Vigente
Cetesb técnico.

Lei Estadual 9.034 27/12/1994 Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos – PERH, a ser implantado no período 1994 e 1995, em conformidade Vigente com
com a Lei no 7.663, de 30 de dezembro de 1991, que instituiu normas de orientação à Política Estadual de Recursos atualizações
Hídricos.

Decreto Estadual 37.300 25/08/1993 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos – Fehidro, criado pela Lei no 7.663, de 30 de dezembro de 1991. Vigente

Lei Estadual 7.750 31/03/1992 Dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento e dá outras providências. Revogada
parcialmente
pela Lei Estadual
no 1.025/2007

Lei Estadual 7.663 30/12/1991 Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Vigente
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Lei Estadual 13.798 30/12/1991 Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao Sistema Integrado de Vigente com
Gerenciamento de Recursos Hídricos. atualizações

Decreto Estadual 50.079 24/07/1968 Disciplina a constituição do Centro Tecnológico de Saneamento Básico, prevista na Lei Estadual no 10.107, de Vigente
08/05/1968.

LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA – LOGÍSTICA REVERSA


Tipo de Norma Número da Norma Data da sanção Assunto Status
Resolução SMA 115 03/12/2013 Trata do estabelecimento de programas de responsabilidade pós-consumo para os medicamentos domiciliares, vencidos Vigente
ou em desuso.

Resolução SMA 38 05/06/2012 Dispõe sobre ações a serem desenvolvidas no Projeto de Apoio à Gestão Municipal de Resíduos Sólidos, previsto no Decreto Vigente
no 57.817, de 28 de fevereiro de 2012, que instituiu o Programa Estadual de Implementação de Projetos de Resíduos Sólidos.
ANEXO IV

Anexos
HIERARQUIZAÇÃO NA GESTÃO E
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
O Artigo 9o da PNRS, ao tratar de gestão e gerenciamento, traz a obriga-
ção de se observar a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente adequada dos rejeitos. Para analisar os desdobramentos
decorrentes dessa hierarquização, eixo central da PNRS, torna-se neces-
sário explicitar a definição de alguns termos, tais como reciclagem, trata-
mento, resíduos e rejeitos.
Para fins deste Plano Estadual, entende-se como reciclagem o processa-
mento de materiais recicláveis – vidro, plástico, papel e metal, usualmente
presentes no RSU – em que a princípio há transformação física, a fim de
reinseri-los na cadeia produtiva. Por outro lado, entende-se como trata-
mento o processamento de materiais em que a princípio há transformação
química, envolvendo maior complexidade tecnológica e requerendo maior
intensidade energética que a reciclagem.
Nesse contexto, a compostagem – processo de decomposição biológi-
ca de resíduos sólidos biodegradáveis, sob condições aeróbias controladas,
para obtenção de composto estável (considerando armazenamento e ma-
nuseio) – pode atender a diversas escalas e ser realizada por diferentes pro-
cessos, desde os mais simples até aqueles de maior complexidade, ou seja,
pode ser classificada tanto como reciclagem quanto como tratamento. No
primeiro caso, a tecnologia adotada é extensiva em espaço requerido, com
baixos custos de investimento e operacionais – a decomposição biológica
se dá em leiras abertas, sob proteção ou não. No segundo caso, o processo
adotado é intensivo em tecnologia, com altos custos de investimento e ope-
racionais, requerendo menor espaço físico – a decomposição biológica se
dá em sistema totalmente fechado, com emissões controladas.
A PNRS impõe que a partir de agosto de 2014 os aterros sanitários não
mais poderão receber e dispor resíduos in natura, somente materiais que se-
jam considerados rejeitos – resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas
as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade
que não a disposição final ambientalmente adequada. Essa imposição con-
duzirá os gestores a considerarem, na gestão e gerenciamento de resíduos
sólidos, todas as formas e possibilidades de prevenção, separação na fonte,
coleta seletiva, reuso e reciclagem, previamente ao tratamento dos resíduos
sólidos e à disposição final dos rejeitos nos aterros.
Entretanto, é importante salientar que, quaisquer que sejam os arranjos
tecnológicos desenhados para o gerenciamento de resíduos, poderá existir
ainda a necessidade de disposição em aterros sanitários, se houver rejeitos dos
sistemas de tratamento para os quais a única opção será a disposição final.
Independentemente da responsabilidade pública ou privada pela gestão
e gerenciamento, o Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo
traz:

321
Anexos • estimativa, para o ano de 2012, de geração total de RSU de 38.367,40 t/dia
para o estado, dos quais 12.277,57 toneladas são materiais recicláveis;
• estimativa de geração total de RCC de 68,30 t/dia, para o ano de 2012;
• estimativa, para o ano de 2012, de geração total de RSS de 575,51 t/dia;
• geração, para o ano de 2012, de cerca de 117.000 toneladas de resíduos
de serviços de transporte;
• estimativa, para o ano de 2010, de geração de 95.839.923 toneladas de
resíduos industriais.

Não obstante as diferenças de composição e as peculiaridades inerentes


a cada tipo de resíduo sólido listado na PNRS, bem como a classificação
correspondente estabelecida por norma legal, sua gestão e gerenciamento
devem observar a hierarquização imposta pela lei e cumprir suas etapas,
discutidas a seguir. Objetivos comuns a todas as etapas são, entre outros, a
proteção à saúde humana, a proteção e conservação do meio ambiente, a
garantia de eficiência no uso dos recursos naturais, a busca da sustentabi-
lidade urbana e rural.

1. NÃO GERAÇÃO E REDUÇÃO


A educação permanente com enfoque tanto em não geração quanto em
redução é fundamental para o envolvimento de toda a sociedade com os
preceitos da PNRS, o que nesse caso envolve mudanças de atitude, com
estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens
e serviços.
O Estado, como grande comprador de bens e serviços, pode iniciar essa
ação por meio da ampliação das licitações sustentáveis, que partem de inser-
ção de critérios ambientais e sociais nas compras e contratações realizadas
pela Administração Pública, com vistas à maximização do valor adiciona-
do e, concomitantemente, à minimização dos impactos ambientais e sociais
adversos. Considerando o elevado poder de compra do Estado e seu caráter
contínuo, a priorização de bens e serviços ambientalmente sustentáveis en-
seja a inovação das formas de produção por parte dos fornecedores, que bus-
cam atender aos requisitos estabelecidos pela Administração Pública.
Por outro lado, o conceito de consumo sustentável traduz-se pela cons-
ciência em fazer do ato de compra um ato de cidadania, por meio da es-
colha de produtos, serviços e empresas que colaborem para uma condição
de vida ambientalmente adequada e socialmente justa. Nesse sentido, a in-
formação qualificada sobre consumo sustentável pode ser uma ação que
leva à não geração e à redução de resíduos sólidos, à medida que induz o
consumidor e o próprio poder público a adequar seus padrões de consumo
a uma nova realidade e a aprimorar seus critérios de escolha, fortalecendo
por fim cadeias produtivas ligadas à economia verde, que causam menor
impacto social, ambiental e econômico.
O consumismo, em contraposição, afeta de forma significativa o equilí-
brio ambiental, na medida em que se apoia na posse e na exploração incon-
tida de espaços e recursos finitos.
322
Tratando-se de não geração, bem como de redução, alguns conceitos

Anexos
contemporâneos têm potencial de nortear os setores produtivos, como o
ecodesign, cujo objetivo principal é projetar ambientes, desenvolver pro-
dutos e executar serviços com redução do uso dos recursos não-renováveis
ou minimização do impacto ambiental durante o ciclo de vida (BRASIL,
2014b). Além disso, o ecodesign é uma ferramenta de competitividade uti-
lizada nas áreas de arquitetura, engenharia e design, ao atender a novos
modelos de produção e consumo.
Alguns princípios de ecodesign já estão sendo incorporados pelo setor
produtivo, tais como:
• escolha de materiais de baixo impacto ambiental – menos poluentes,
não tóxicos, de produção sustentável ou reciclados, ou ainda que requei-
ram menos energia na fabricação;
• eficiência energética – minimização do consumo de energia nos proces-
sos produtivos;
• qualidade e durabilidade – oferta de produtos mais duráveis e de melhor
desempenho;
• modularidade – produtos modulares (com peças intercambiáveis) e
projetos modulares na construção civil;
• reutilização/reaproveitamento – projeto de produtos para aumento da
vida útil e resistência ao ciclo de vida e que podem ser reutilizados ou
reaproveitados para outras funções após seu primeiro uso; projetos que
incluam a desmontagem e a redução do uso de embalagens.

Outro conceito norteador importante, entretanto anterior ao de eco-


design, é aquele de Produção Mais Limpa (P+L), que pode ser resumido
como uma série de estratégias e práticas que procuram otimizar o uso dos
recursos e evitar ou reduzir a emissão de poluentes, por meio de ações
preventivas que podem ser aplicadas a processos, produtos e até mesmo
serviços, tais como redução ou eliminação do uso de matérias-primas tó-
xicas; aumento da eficiência no uso de matérias-primas, água ou energia;
redução na geração de resíduos, efluentes ou emissões gasosas; reuso ou
reciclagem de recursos, entre outros.

2. REUTILIZAÇÃO
Além da incorporação de todos os conceitos e ações já mencionados na
discussão sobre não geração e redução, a educação permanente com enfo-
que em reutilização é fundamental para o envolvimento da sociedade com
os preceitos da PNRS.
É importante aqui apresentar o conceito de reutilizar, isto é, usar nova-
mente um material antes de descartá-lo, em contraposição a reciclar, ou
seja, transformar os produtos em matéria-prima para se iniciar um novo
ciclo de produção, consumo e descarte (BRASIL, 2014b).
Isso considerado, uma estratégia para a construção de uma nova cultura
institucional envolvendo modelo de gestão dos resíduos no âmbito da Admi-
nistração Pública seria incorporar ações já estabelecidas com resultado re-
323
Anexos conhecido, como o programa federal Agenda Ambiental na Administração
Pública (A3P), cujo objetivo é estimular os gestores públicos a incorporar
princípios e critérios de gestão socioambiental em suas atividades rotineiras,
levando à economia de recursos naturais e à redução de gastos institucionais
por meio do uso racional dos bens públicos, da gestão adequada dos resí­
duos, da licitação sustentável e da promoção da sensibilização, da capacita-
ção e da qualidade de vida no ambiente de trabalho (BRASIL, 2014b).
Nesses termos, adotar a Coleta Seletiva Solidária (instituída pelo De-
creto Federal no 5.940, de 26 de outubro de 2006) – separação dos resíduos
recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da Administração Pública
Federal Direta e Indireta na fonte geradora e sua destinação às associa-
ções e cooperativas de catadores de materiais recicláveis – pode ser a forma
inicial de estimular tanto a reutilização quanto a reciclagem, a partir dos
resíduos sólidos das próprias instalações públicas.
Além disso, ações específicas do Estado podem intensificar a reutiliza-
ção de materiais e produtos em situações mais evidentes, como estimular
a reutilização de madeira em construção civil e de metais, por meio da
promoção de leilões de, por exemplo, vagões de aço em desuso, sucatas de
veículos, entre outros.
Por fim, um dos aspectos positivos de extrema importância a se consi-
derar tanto na reutilização quanto na reciclagem é a energia conservada,
cuja intensidade depende do material reutilizado ou reciclado.

3. RECICLAGEM
Assim como nas etapas anteriores, a educação é parte primordial do en-
gajamento da sociedade com os princípios norteadores da PNRS, especial-
mente porque em um arranjo ideal de reciclagem se pressupõe a separação
dos materiais recicláveis na fonte, o que envolve a adesão dos geradores de
todos os tipos de resíduos.
O cumprimento das etapas da hierarquização significa, portanto, implan-
tar a máxima segregação de resíduos nas fontes geradoras. Esta segregação
deve ser proposta considerando os processos de reciclagem que se pretende
adotar, sendo uma opção a separação de resíduos em: domiciliares reciclá-
veis secos; domiciliares orgânicos; orgânicos de feiras, entrepostos, mer-
cados, escolas e outros; RCC; rebarbas da produção em indústrias. Muitas
outras propostas são possíveis, como por exemplo a reciclagem do lodo de
serviços de saneamento, dependendo do programa de reciclagem adotado.
No caso do RSU, em longo prazo a implantação da PNRS poderá signi-
ficar o fim da coleta indiferenciada de resíduos sólidos, com a expansão da
coleta seletiva e a multiplicação de Pontos de Entrega Voluntárias (PEV)
nos municípios, o que em muitos casos atinge também a coleta de RCC e
volumosos.
Por fim, dentre as ações governamentais de apoio e incentivo a essa
etapa estão a integração de catadores de materiais reutilizáveis e reciclá-
veis nas cadeias dos materiais objeto de responsabilidade pós-consumo e
a priorização, nas aquisições e contratações governamentais, de produtos
reciclados e recicláveis.
324
4. TRATAMENTO

Anexos
As tecnologias aplicáveis ao tratamento dos resíduos sólidos, em especial
os RSU podem, de forma geral, ser subdivididas em dois grandes grupos:
• Processos de Conversão Bioquímicos; e
• Processos de Conversão Termoquímicos.

Note-se que essas tecnologias requerem preparação prévia do resíduo in


natura, que se dá normalmente por processos físicos de: separação de fase,
diminuição de tamanho de partícula, remoção de contaminantes, mistura
e homogeneização, remoção de metais, remoção de recicláveis etc.
Conforme apresentado no Panorama dos Resíduos Sólidos do Estado de
São Paulo, a fração de materiais recicláveis secos presentes no RSU gira em
torno de 32% da massa total e a fração de matéria orgânica gira em torno
de 51,4% (IPEA, 2012a). Entretanto, os balanços de massa efetivos desses
processos só podem ser obtidos na fase de projeto piloto, sendo conside-
radas ainda as realidades de mercado para cada um dos possíveis produtos
reciclados ou produzidos (composto, biogás, bio-óleo, energia elétrica, va-
por, papel, plásticos, vidros, metais etc.).

4.1. PROCESSOS DE CONVERSÃO BIOQUÍMICOS


Nos processos de conversão bioquímicos procura-se controlar e acele-
rar as reações biológicas de degradação (metabólicas e co-metabólicas) que
normalmente ocorrem quando se coloca uma massa de matéria orgânica
degradável no ambiente. Nessas circunstâncias, colônias de microrganis-
mos utilizarão o substrato orgânico para a sua manutenção e crescimento.

4.1.1. COMPOSTAGEM
A compostagem é um processo de degradação natural da fração orgâ-
nica degradável de resíduos, na qual se procura garantir que essas reações
biológicas ocorram de maneira controlada. É um processo muito utilizado
para tratamento de resíduos de poda, jardinagem e similares, assim como
resíduos orgânicos homogêneos. Para resíduos urbanos em geral, a presen-
ça de contaminantes pode ser controlada por um processo eficaz de coleta
seletiva com separação na fonte.
Os microrganismos iniciam o processo de decomposição dos resíduos
naturalmente – essa atividade microbiana se manifesta pela liberação de
energia na forma de calor. O processo passa por vários estágios de tempe-
ratura: inicia-se à temperatura ambiente, a qual se eleva rapidamente à me-
dida que a atividade microbiana se acelera; temperaturas da ordem de 70oC
não são incomuns, entretanto deve-se tentar manter as temperaturas acima
de 55oC, mas abaixo de 60-65oC. As altas temperaturas eliminam os pato-
gênicos presentes nos resíduos. No decorrer do processo ocorre a redução
da população microbiana e das temperaturas e se inicia o processo de cura.
Essa é uma parte essencial do processo de compostagem, que garante a es-
tabilidade e a maturidade do composto. O processo de compostagem pode
levar de três a dezoito meses para se completar.
325
Anexos As tecnologias de processo se dividem em:
1. pilhas estáticas – nesse processo algum grau de preparação dos resíduos
(redução de tamanho, mistura etc.) pode ser necessário. É caracterizado
por uma pilha ou leira de material compostável que recebe um mínimo
de revolvimento (de 1 a 4 vezes) e aeração. Por isso, o tempo de produ-
ção de um composto curado é maior que em outros processos. Aeração
mecânica forçada pode ser incorporada ao processo e nesse caso tem-se
uma pilha estática aerada, o que reduz o tempo requerido para estabili-
zação do material. O sistema de pilha estática aerada pode ser colocado
em um edifício ou construção fechada. O produto estabilizado pode ser
obtido entre doze e dezoito meses;
2. leiras a céu aberto – nesse processo pode ser necessário algum nível de
preparação dos resíduos (redução do tamanho das partículas, mistura
etc.). Grandes pilhas ou grandes leiras de material degradável podem
ser compostadas a céu aberto em superfícies pavimentadas ou não. A
aeração e a mistura são feitas por revolvimento mecânico utilizando
equipamentos especiais. Esse é um método de compostagem comum
para resíduos de poda e de jardinagem; restos de comida podem ser
compostados por esse método, mas necessitam de cuidados especiais
que assegurem o adequado gerenciamento do processo. Se as leiras são
colocadas em ambientes fechados, o sistema necessita de aeração adi-
cional (mecânica). Os gases gerados devem ser coletados e tratados uti-
lizando-se, por exemplo, um biofiltro (material orgânico poroso com-
posto por lascas de madeira, folhagem seca etc.). O produto estabilizado
pode ser obtido entre três e doze meses;
3. baias ou canais fechados – nesses sistemas de compostagem que ocor-
rem em baias ou canais fechados, a mistura e o revolvimento dos re-
síduos são feitos por equipamentos especializados, os quais deslizam
pelas paredes do canal em trilhos ou rodas. A aeração adicional é pro-
vida por um sistema mecânico. Pode ser necessário algum nível de pré-
tratamento (redução de tamanho das partículas, mistura etc.). O mate-
rial fica nesse ambiente confinado de 7 a 28 dias. Esses sistemas usam
equipamentos automáticos para medição de temperatura (termopares,
controladores lógicos, computadores etc.). Um sistema mecânico de re-
moção ou exaustão de gases deve ser previsto, assim como um sistema
de abatimento de odores (por exemplo, um biofiltro). Após a descarga,
o composto é curado em uma área separada normalmente utilizando a
tecnologia de leiras. O produto estabilizado pode ser obtido entre três e
seis meses;
4. contêiner ou túneis fechados – essa terminologia se refere a sistemas
nos quais a compostagem ocorre em contêineres ou túneis especialmen-
te construídos para essa finalidade. É um sistema modular e, portanto,
contêineres podem ser adicionados conforme necessário. A aeração é
disponibilizada via sistema mecânico e alguma preparação prévia dos
resíduos pode ser necessária (redução do tamanho das partículas, mis-
tura etc.). O tempo de residência dos materiais nestes containers é tipi-
camente de três a quatorze dias. O controle de temperatura é feito por
sistemas sofisticados de aquisição de dados (termopares, controladores
lógicos, computadores etc.). Além disso, são previstos sistemas mecâni-
326
cos de exaustão de gases e de abatimento de odores (normalmente um

Anexos
biofiltro). Depois da descarga, o material é curado em área separada,
utilizando-se frequentemente a tecnologia de leiras, por cerca de três a
seis meses.

4.1.2. TRATAMENTO MECÂNICO-BIOLÓGICO (TMB)


O tratamento mecânico-biológico compreende uma associação de pro-
cessos de tratamento que permite inúmeros arranjos tecnológicos e níveis
de automação. Essa tecnologia possibilita a separação de materiais reciclá-
veis e a estabilização da matéria orgânica, propiciando o reaproveitamento
de materiais e a minimização dos rejeitos.
O TMB comporta normalmente três estágios:
1. estágio mecânico – redução mecânica do tamanho das partículas (por
moinhos e peneiras vibratórias), com remoção de materiais recicláveis
e frações contaminantes antes da digestão; alternativamente, por meio
de biosecagem e posterior separação, há possibilidade de produção de
uma fração leve com alto poder calorífico, um combustível derivado de
resíduo (CDR), e de uma fração orgânica fina a ser encaminhada para
bioestabilização;
2. estágio biológico – digestão anaeróbia de resíduos orgânicos em siste-
mas fechados;
3. estágio de bioestabilização – estabilização da matéria orgânica por com-
postagem (digestão aeróbia) e posterior separação de materiais para
propósitos específicos.

A aplicação do TMB objetiva, principalmente:


• separação de materiais recicláveis;
• produção de Combustível Derivado de Resíduo (CDR);
• estabilização de resíduos orgânicos (digestão anaeróbia e aeróbia);
• produção de biogás para aproveitamento energético;
• produção de composto, cuja viabilidade de utilização como insumo agrí-
cola depende de sua qualidade e da aprovação pelos órgãos competentes;
• redução das quantidades de rejeitos.

4.1.3. BIODIGESTÃO OU DIGESTÃO ANAERÓBIA


A digestão anaeróbia (DA) é um processo de tratamento que biologi-
camente degrada os materiais orgânicos na ausência de oxigênio. Durante
o processo é gerado o biogás, rico em metano, que pode ser usado direta-
mente para gerar energia por meio de um gerador ou pode ser tratado para
posterior uso em veículos ou injeção na rede distribuidora de gás.
O processo de DA inclui tipicamente os seguintes estágios:
1. digestão – ocorre em digestor ou biorreator onde a fração orgânica é
convertida por fermentação em biogás e material sólido digerido;
2. produção de energia – purificação do biogás para produção de energia; e
3. estabilização – compostagem e cura da fração sólida digerida antes de
sua disposição em aterro, que leva entre dois e três meses.
327
Anexos O processo de DA pode ocorrer das formas elencadas adiante:
1. estágio simples, múltiplos estágios e sistema por bateladas – nos di-
gestores anaeróbios de estágio simples, todas as reações bioquímicas
acontecem simultaneamente em um único reator, enquanto no sistema
múltiplo, as reações acontecem sequencialmente em pelo menos dois
reatores separados. Nos sistemas de bateladas o reator é carregado uma
vez e descarregado quando o processo anaeróbio é completado;
2. sistema úmido e sistema seco – no sistema úmido os resíduos que en-
tram são previamente misturados ou moídos (“hidrapulp”) para atingir
um valor menor que 15% de sólidos em água; esse processo é adequado
para materiais que originalmente apresentam alto conteúdo de sólidos
voláteis e água (como efluentes orgânicos líquidos). No sistema seco, a
massa em fermentação tem um teor de sólidos na faixa de 20 a 40%, de
forma que materiais muito secos (>50% de sólidos totais) requerem a
introdução de água. O maior desafio é manusear resíduos secos, o que é
feito com correias transportadoras, roscas sem fim e bombas de alta ca-
pacidade. As vantagens desse sistema são: um nível maior de geração de
biogás devido aos conteúdos maiores de biomassa, um projeto de reator
mais simples e um estágio de pré-tratamento mais barato;
3. sistemas mesofílicos e termofílicos – a regulagem da temperatura dentro
do reator é importante para o processo de reação química e para o desen-
volvimento de microrganismos. Projetos mesofílicos e termofílicos apre-
sentam tipicamente os mesmos resultados, mas os custos operacionais
dos sistemas termofílicos e as consequências de uma desestabilização de
temperatura no reator são consideravelmente maiores que nos sistemas
mesofílicos. Entretanto, as instalações de digestão anaeróbia mesofílica
requerem tempos de retenção de 12 a 25 dias, enquanto os sistemas ter-
mofílicos atingem os mesmo resultados em cerca de seis dias.

4.2. PROCESSOS DE CONVERSÃO TERMOQUÍMICOS


Os processos de conversão termoquímicos podem ser entendidos como
processos de transformação de matéria orgânica sólida ou semi-sólida, por
meio de aquecimento. Nesses processos, as ligações químicas são quebra-
das e ocorre formação de compostos orgânicos intermediários mais sim-
ples; caso a oxidação seja completa, ocorre formação de CO2 e H2O e libe-
ração de energia. Nas transformações ocorridas na ausência de oxigênio,
pode-se chegar a processos secundários de polimerização, resultando em
produtos de alto peso molecular, como o carvão.
Note-se que algum tipo de preparação física do resíduo bruto deverá
ocorrer: separação de fase, diminuição de tamanho de partícula, remoção
de contaminantes, mistura e homogeneização.
Dentre os diferentes arranjos tecnológicos tem-se:
1. pirólise (gaseificação e liquefação) – processo termoquímico que de-
compõe ou altera a composição de materiais, submetendo-os a tempe-
raturas superiores a 100 até 400oC. Ocorre sem a presença de oxigênio
e os materiais se transformam em gases voláteis, alcoóis, alcatrão, bio-
oléo e carvão. Apesar da definição indicar a inexistência de oxigênio, vá-
rios processos ocorrem com uma pequena quantidade dele. O processo
328
é endotérmico, sendo necessária uma fonte externa de calor. É eficiente

Anexos
para resíduos homogêneos, caso contrário os resíduos devem ser pré-
tratados;
2. gaseificação por plasma – a decomposição dos materiais nesse processo
se dá em ambiente de altas temperaturas (da ordem de 4.000oC), com
energia externa fornecida por meio de uma tocha de plasma. Nessas con-
dições, ocorre a quebra das cadeias orgânicas em seus elementos mais
simples, os quais são energizados passando ao estado de plasma, sendo
posteriormente recombinados, formando um gás combustível sintético
que pode ser usado para produção de energia na própria planta ou em
unidades ex-situ. Normalmente, os resíduos devem ser pré-tratados an-
tes de sua introdução no reator;
3. combustão direta – os processos de combustão de resíduos, também
conhecidos como processos de incineração, se dão em reatores onde se
procura garantir uma reação contínua e auto-sustentável de oxidação
térmica a altas temperaturas (>800oC). É um processo exotérmico e a
energia resultante pode ser captada e aproveitada, inicialmente como
vapor, e em seguida transformada, por exemplo, em energia elétrica. Os
dois principais processos em uso são:
• mass burning – nesse processo, os resíduos são recebidos e processados
na forma em que se apresentam. A oxidação se dá em um forno com
grelhas, normalmente móveis, em ambiente rico em oxigênio. A reação
é auto-sustentada. Nesse forno, parte da massa é volatilizada na zona
das grelhas e posteriormente queimada em uma câmara secundária. Os
gases de processo são submetidos a trocadores de calor para recupera-
ção da energia e, a seguir, tratados para atender aos diferentes padrões
de emissão;
• leito fluidizado – é um processo muito parecido com o anterior, exceto
pelo forno. Nesse reator a combustão ocorre sobre um leito de clínquer
de cimento ou outro material granular, o qual é submetido a um fluxo
ascendente de ar com oxigênio acima do valor estequiométrico, que faz
com que este leito se fluidize, o que aumenta a turbulência na câmara.
Como não dispõe de peças móveis, sua manutenção é mais barata. En-
tretanto, para garantir a eficiência do processo, os resíduos devem ser
pré-tratados, pelo menos para garantir um tamanho específico de partí-
culas. O restante do processo é similar ao descrito anteriormente.

5. DISPOSIÇÃO FINAL
O aterro de RSU hoje é um sistema complexo, no qual processos físi-
cos, químicos e biológicos promovem a degradação da matéria orgânica
com geração de efluentes líquidos e gasosos, que modificam a pressão no
interior da massa de resíduos (ALCÂNTARA, 2007). A composição hete-
rogênea do RSU aliada à presença de componentes com diferentes formas
e dimensões dificulta, sobremaneira, o controle da decomposição podendo
gerar grandes impactos ambientais.
Os aterros nos moldes atuais – resíduos não tratados – contribuem sig-
nificativamente para as emissões de GEE (8 a 12%); os resíduos in natura
dispostos em aterros se decompõem de forma descontrolada e as emissões
329
Anexos líquidas e gasosas provenientes dos aterros de resíduos in natura permane-
cem pelo período de trinta a cinquenta anos.
A proibição de aterrar resíduos in natura a partir de agosto de 2014
acarretará a minimização do volume e da massa dispostos em aterro sani-
tário. O tratamento dos resíduos agregará estabilidade ao corpo do aterro,
resultando em maior vida útil e menores recalques; ainda, ocorrerá a dimi-
nuição de emissão de gases de efeito estufa (GEE) pelos aterros sanitários,
uma vez que o tratamento levará à inativação de processos biológicos e
químicos que produzem biogás. Outra vantagem será a imobilização de
contaminantes dos resíduos pela não formação do chorume, já que os re-
jeitos serão estabilizados (BRASIL, 2014).

6. Considerações Finais
Aplicando-se todas as etapas da hierarquização descritas, tem-se, soma-
da ao benefício da energia conservada pela não geração, redução, reutiliza-
ção e reciclagem das frações orgânicas e inorgânicas, a energia recuperada
pelo aproveitamento do biogás proveniente de tratamento anaeróbio e dos
aterros sanitários (no município de São Paulo, por exemplo, os aterros en-
cerrados Bandeirantes e São João implantaram mecanismos de extração
forçada e controlada de biogás, que permite a geração de energia em equi-
pamentos instalados in-loco).
Como conclusão,o cumprimento da meta da PNRS de envio exclusivo
de rejeitos aos aterros sanitários exigirá o envolvimento de todos os gera-
dores – fabricantes, comerciantes, distribuidores e importadores de produ-
tos que geram resíduos nas fases de produção, consumo e pós-consumo,
prestadores de serviço públicos e privados de manejo de resíduos sólidos e
consumidores –, independentemente do tipo ou quantia gerada, na efetiva-
ção da gestão e gerenciamento conforme hierarquia acima discutida.

330
ANEXO V

Anexos
CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS
Os consórcios públicos são apresentados, tanto pela Política Nacional
de Saneamento Básico, quanto pela Política Nacional de Resíduos Sólidos,
como um dos principais instrumentos para a construção de soluções inter-
municipais na gestão de resíduos sólidos.
A fim de auxiliar tecnicamente o entendimento e, consequentemente, a
formação de consórcios públicos, são apresentados, a seguir, de forma mais
detalhada, seus principais aspectos legais.
Preliminarmente, é importante enfatizar que é competência da União
legislar privativamente sobre consórcios públicos, cabendo aos Estados
somente a competência para complementar a matéria na esfera de suas
atribuições. Tal atribuição está descrita no artigo 241 da Constituição
Federal:
“Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disci-
plinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação
entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos,
bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e
bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos (Redação dada pela
Emenda Constitucional no 19, de 1998).”
Seguindo a mesma lógica, o Estado de São Paulo previu, no artigo 201
da Constituição Estadual, que apoiará a formação de consórcios entre os
municípios, objetivando a solução de problemas comuns relativos à prote-
ção ambiental, em particular à preservação dos recursos hídricos e ao uso
equilibrado dos recursos naturais.
A Lei Federal de Saneamento (Lei Federal no 11.445/2007) define a for-
ma como pode ocorrer a gestão associada para atender aos seus princípios,
no artigo 3o, inciso II:
“II - gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convê-
nio de cooperação ou consórcio público, conforme disposto no art. 241 da
Constituição Federal.”
Além disso, define como pode ser a prestação do serviço de saneamen-
to, em caráter regionalizado:
“VI - prestação regionalizada: aquela em que um único prestador atende
a 2 (dois) ou mais titulares.”
Em seu artigo 16 prevê quais os tipos de entes poderão realizar esses
serviços:
“Art. 16. A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento
básico poderá ser realizada por:
I - órgão, autarquia, fundação de direito público, consórcio público, em-
presa pública ou sociedade de economia mista estadual, do Distrito Fede-
ral, ou municipal, na forma da legislação;
II - empresa a que se tenham concedido os serviços”.

331
Anexos Na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal no 12.305/2010),
o incentivo à formação de consórcios ou de outras formas de cooperação
entre os entes federados, constitui-se em instrumento dessa política, visan-
do à elevação das escalas de aproveitamento e à redução dos custos envolvi-
dos para a gestão dos resíduos regionalmente. Além disso, também consta
a previsão que serão priorizados recursos da União aos municípios que
optarem por soluções consorciadas intermunicipais para atender a gestão
dos resíduos sólidos.

1. CONSÓRCIOS PÚBLICOS
A Lei Federal no 11.107, de 06 de abril de 2005, estabeleceu as normas
gerais de contratação de consórcios públicos que devem ser observadas
pela União, Estados, o Distrito Federal e os municípios. Até a promulgação
desse marco legal, a disciplina jurídica dos consórcios era interpretada a
partir das disposições do Código Civil, no Capítulo II, quando tratava das
associações civis, em seus artigos 53 a 61.
Com o próprio marco legal estabelecido, algumas questões sobre a efeti-
vação do protocolo de intenções e a constituição do consórcio, bem como a
possibilidade de aporte de recursos públicos foram disciplinadas, trazendo
maior segurança, a partir de 2005.
Há ainda a possibilidade dos consórcios anteriores adequarem-se a essa
legislação, desde que adotem seus instrumentos de consolidação, tais como
o protocolo de intenções e a sua posterior ratificação, mediante leis muni-
cipais, pelos entes participantes, e posteriormente com a homologação pela
Assembleia Geral do Consórcio Público.

1.2. NATUREZA JURÍDICA


Com relação à sua natureza jurídica, o consórcio pode se constituir em
associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. A União e os Es-
tados poderão participar do consórcio conforme a abrangência territorial
dos municípios consorciados.
Em seu artigo 6o, a Lei Federal no 11.107/2005 prevê que o consórcio
adquirirá personalidade jurídica de direito público, se constituir uma as-
sociação pública, por meio da vigência das leis de ratificação do protocolo
de intenções, ou de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos
da legislação civil.
Quando formar uma personalidade jurídica de direito público, integra-
rá a Administração Indireta de todos os entes da Federação subscritores do
protocolo de intenções.
E, ao se formar como personalidade de direito privado, o consórcio deve
observar normas de direito público no que concerne à realização de licita-
ção, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que
será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (§2o, artigo 6o).
Importante ressaltar que os agentes públicos responsáveis pela gestão do
consórcio não respondem pessoalmente pelas obrigações contraídas pelo
consórcio público, mas somente pelos atos praticados em desconformida-
de com a lei ou com as disposições do seu Estatuto.

332
1.3. OBJETIVOS

Anexos
Os objetivos do Consórcio serão estabelecidos por seus participantes,
sendo necessária a observância dos limites constitucionais de suas esferas
de competências.
Para a efetivação dos objetivos, o consórcio pode:
I - firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber au-
xílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras enti-
dades e órgãos do governo;
II - nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desa-
propriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou
necessidade pública, ou de interesse social, realizada pelo Poder Público; e
III- ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Fede-
ração consorciados, dispensada a licitação.

Os consórcios ainda poderão emitir boleto de cobrança e exercer ativida-


des de arrecadação de tarefas, estabelecer outros preços públicos pela pres-
tação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles
administrados, ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação
consorciado.

1.4. CONSTITUIÇÃO
O consórcio será constituído por contrato, que será precedido por pro-
tocolo de intenções, subscrito pelos entes participantes.
Nesse protocolo de intenções há uma série de cláusulas obrigatórias,
tais como, sua denominação; finalidade; prazo de duração; sede do consór-
cio; identificação dos entes consorciados; indicação de sua área de atuação;
previsão de sua natureza jurídica; critérios para autorizar o consórcio pú-
blico a representar os consorciados perante outras esferas de governo, em
assuntos de interesse comum dos participantes; normas de convocação e
funcionamento da assembleia geral, dentre outras, elencadas no artigo 4o
da Lei Federal no 11.107/2005.
O número de votos de cada ente participante deve estar previsto no
Protocolo de Intenções, sendo obrigatória a sua publicação em órgão da
imprensa oficial.
O contrato do consórcio público deve ser celebrado com a ratificação,
mediante a promulgação de lei, do protocolo de intenções. Essa ratificação
pode ser realizada com reserva, desde que acordado com os demais parti-
cipantes, e implicará num consorciamento parcial ou condicional.
O ente participante que editar lei disciplinando sua participação no con-
sórcio público antes de subscrever o protocolo de intenções é dispensado
de ratificar o mesmo. Se previr cláusula de reserva ou similar em sua legis-
lação municipal, terá a mesma validade, implicando em consorciamento
parcial ou condicional.

1.5. RECURSOS FINANCEIROS E CONTRATO DE RATEIO


O aporte de recursos financeiros de um consórcio será realizado por
meio de um contrato de rateio que será formalizado a cada ano de exercício

333
Anexos financeiro, cujo prazo de vigência não será superior ao das dotações que
o suportam, a não ser que tenham como objeto projetos consistentes em
programas e ações que constam do Plano Plurianual ou a gestão associada
de serviços públicos custeados por tarifas ou outros preços públicos.
É vedada a aplicação de recursos financeiros para atendimento de des-
pesas classificadas como genéricas, inclusive transferências ou operações
de crédito.
A execução de receitas e despesas com o consórcio público deve obser-
var as normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas.
Segundo o Decreto Federal no 6.017, de 17 de janeiro de 2007, o con-
trato é o instrumento pelo qual os entes consorciados se comprometem a
fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio
público. Pode ser caracterizada a improbidade administrativa, se o ente da
federação celebrar o contrato de rateio sem suficiente e prévia dotação or-
çamentária. Suas cláusulas não podem conter disposições que dificultem o
exercício da fiscalização exercida pelos órgãos de controle interno e exter-
no, pela sociedade civil ou por qualquer dos entes da Federação.

1.6. CONTRATO DE PROGRAMA


Ainda conforme o Decreto Federal no 6.017, de 17 de janeiro de 2007,
o contrato de programa é o instrumento pelo qual devem ser constituídas
e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua admi-
nistração indireta, tenha para com outro ente da Federação ou para com
consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio
de cooperação federativa.
Pela legislação citada, é considerada prestação de serviço público por
meio de gestão associada aquela em que um ente da Federação ou entidade
de sua administração indireta coopera com outro ente da Federação ou
com consórcio público, exceto quando a prestação se der por meio de con-
trato de concessão de serviços públicos celebrado após regular licitação.
O contrato de programa pode ser celebrado por dispensa de licitação,
nos termos do artigo 24, inciso XXVI, da Lei Federal no 8.666/93. Deve
também atender à legislação de concessões e permissões de serviços e con-
ter as seguintes cláusulas:
I - o objeto, a área e o prazo da gestão associada de serviços públicos, in-
clusive a operada por meio de transferência total ou parcial de encar-
gos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços;
II - o modo, forma e condições de prestação dos serviços;
III - os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da quali-
dade dos serviços;
IV - o atendimento à legislação de regulação dos serviços objeto da gestão
associada, especialmente no que se refere à fixação, revisão e reajuste
das tarifas ou de outros preços públicos e, se necessário, as normas
complementares a essa regulação;
V - procedimentos que garantam transparência da gestão econômica
e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares,
especialmente de apuração de quanto foi arrecadado e investido nos
territórios de cada um deles, em relação a cada serviço sob regime de
gestão associada de serviço público;
334
VI - os direitos, garantias e obrigações do titular e do prestador, inclusive os

Anexos
relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão
dos serviços e consequente modernização, aperfeiçoamento e amplia-
ção dos equipamentos e instalações;
VII- os direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização dos serviços;
VIII- a forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos méto-
dos e práticas de execução dos serviços, bem como a indicação dos
órgãos competentes para exercê-las;
IX - as penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita o presta-
dor dos serviços, inclusive quando consórcio público, e sua forma de
aplicação;
X - os casos de extinção;
XI - os bens reversíveis;
XII- os critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indeniza-
ções devidas ao prestador dos serviços, inclusive quando consórcio
público, especialmente do valor dos bens reversíveis que não foram
amortizados por tarifas e outras receitas emergentes da prestação
dos serviços;
XIII- a obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas do
consórcio público ou outro prestador dos serviços, no que se refere à
prestação dos serviços por gestão associada de serviço público;
XIV- a periodicidade em que os serviços serão fiscalizados por comissão
composta por representantes do titular do serviço, do contratado e dos
usuários, de forma a cumprir o disposto no art. 30, parágrafo único, da
Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
XV- a exigência de publicação periódica das demonstrações financeiras relati-
vas à gestão associada, a qual deverá ser específica e segregada das demais
demonstrações do consórcio público ou do prestador de serviços; e
XVI- o foro e o modo amigável de solução das controvérsias contratuais.

Em caso de transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal


e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o contrato de
programa deverá conter também cláusulas que prevejam:
I - os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária do ente que
os transferiu;
II - as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos
transferidos;
III - o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos à sua
continuidade;
IV - a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal trans-
ferido;
V - a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração
transferidas e o preço dos que sejam efetivamente alienados ao presta-
dor dos serviços ou ao consórcio público; e
VI - o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens
reversíveis que vierem a ser amortizados mediante receitas de tarifas
ou outras emergentes da prestação dos serviços.
335
Anexos Pode ser considerada nula a cláusula de contrato de programa que atri-
buir ao contratado o exercício dos poderes de planejamento, regulação e
fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.
Mesmo ocorrendo a extinção do consórcio público ou convênio de co-
operação, o contrato de programa continua vigente. A sua extinção não
prejudicará as obrigações já constituídas e dependerá do prévio pagamento
das indenizações eventualmente devidas.

1.7. RESPONSABILIDADES
Os agentes públicos que estiverem investidos na gerência do consórcio
não responderão pessoalmente pelas obrigações contraídas pelo consórcio
público, mas poderão responder por atos praticados em desconformidade
com a legislação vigente, e também com as disposições do estatuto do con-
sórcio.
Os servidores do consórcio poderão ser contratados sob o regime da
Consolidação das Leis Trabalhistas, mas também servidores dos entes par-
ticipantes poderão ser cedidos na forma e condições estabelecidas em lei.
Eventualmente os servidores cedidos permanecerão no seu regime origi-
nário de contratação, podendo auferir adicionais ou gratificações nos ter-
mos e valores previstos e contratos de consórcio público.

1.8. LICITAÇÕES
A lei dos consórcios públicos também promoveu alterações em vários
dos dispositivos da lei de licitações (Lei Federal no 8.666/93), destacando-
se os seguintes pontos:
1. para os consórcios públicos formados com até três entes, dobrou os va-
lores iniciais para contratação por intermédio das modalidades de lici-
tações (convite, tomada de preços e concorrência); com maior número
de município, esses valores foram triplicados;
2. permitiu a dispensa de licitação (LLic) quando o ente celebrar contrato
de programa com ente da Federação ou com entidade de sua adminis-
tração indireta, para a prestação de serviços públicos na forma associa-
da, nos termos do que foi autorizado em contrato do consórcio público
ou em convênio de cooperação.

336
ANEXO VI

Anexos
LISTA DE CONDICIONANTES TÉCNICAS E LEGAIS
PARA IMPLANTAÇÃO DE ATERROS SANITÁRIOS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos determinou que a partir de
agosto de 2014 apenas rejeitos devem ser encaminhados aos aterros sa-
nitários. Entretanto, esta ainda é a principal forma de disposição final de
resíduos e rejeitos no estado de São Paulo.
A implantação de aterros sanitários deve observar algumas condicio-
nantes legais, desde a sua etapa de planejamento até o licenciamento am-
biental. As condicionantes podem ter caráter impeditivo ou orientativo,
tais como segurança aeroviária, presença de patrimônio histórico-cultural,
proteção dos recursos hídricos, geomorfologia, qualidade do ar, uso e ocu-
pação do solo, proteção e conservação da biodiversidade.
Com o intuito de subsidiar o planejamento e a elaboração do Plano Es-
tadual, critérios a serem observados para a instalação de aterros sanitários
foram levantados na legislação ambiental e em normas ABNT vigentes.
Com base nesse trabalho, foram selecionadas algumas condicionantes para
a construção de um mapa ilustrativo (Figura A3), que possibilitasse uma
visualização da distribuição dos critérios legais no território e, consequen-
temente, das áreas nas quais incidem algum impedimento ou recomenda-
ções sobre a implementação de aterros sanitários.

Figura A3. Mapa ilustrativo de áreas que apresentam condicionantes técnicas e/ou legais para instalação de aterros
sanitários regionais no estado de São Paulo
52º0'0" W 50º0'0" W 48º0'0" W 46º0'0" W

20º0'0" S
MS MG 22º0'0" S

RJ

PR
Legenda
24º0'0" S

Limite Estadual
Limite Municipal
Unidades de Conservação ESCALA GRÁFICA:
SISTEMA DE COORDENADAS
GEOGRÁFICAS
APM (exceto APRM-G e B) DATUM HORIZONTAL:
Polígonos DNPM (apenas concessão de lavra e lavra garimpeira) 25 0 25 50 km SIRGAS 2000
Zoneamento Litoral Norte (exceto Z5) FONTE: ELABORADO POR:
Coordenadoria de
Zoneamento Baixada Santista (exceto Z5 e Z5E) Limite Municipal: IGC, 1:50.000
Planejamento Ambiental
Limite Estadual: IBGE, 1:2.500.000
Inventário Florestal 2010 DATA: 12/09/2014
(apenas Formação Arbórea / Arbustiva-Herbácea de Terrenos Marinhos
Lodosos e Formação Arbórea / Arbustiva em Região de Várzea)
Buffer de 20km aeródromos ANAC

Fonte: elaborado por SMA/CPLA (2014).

337
Anexos No mapa ilustrativo de condicionantes técnicas e legais (Figura A3) fo-
ram considerados os seguintes critérios técnicos e legais:
• Zoneamento Ecológico Econômico do Litoral Norte (Decreto Estadual
no 49.215, de 07 de dezembro de 2004);
• Zoneamento Ecológico Econômico da Baixada Santista (Decreto Esta-
dual no 58.996, de 25 de março de 2013);
• Inventário Florestal do Estado de São Paulo de 2010;
• Legislação de Áreas de Proteção de Mananciais;
• Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC);
• Área de Gerenciamento de Risco Aviário (Agra) (Raio de 20 km ao re-
dor de aeroportos);
• Polígonos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)
das fases de concessão de lavra e lavra garimpeira.

Observa-se que em algumas regiões do estado, especialmente no su-


deste, a instalação de novos aterros é dificultada pela grande presença de
áreas com características impeditivas. Ressalta-se que a escala utilizada na
elaboração do mapa ilustrativo de áreas que apresentam condicionantes
técnicas e/ou legais para instalação de aterros sanitários se propõe a aten-
der a demandas de planejamento, tendo o objetivo de ilustrar e orientar as
discussões sobre possíveis soluções regionais.
Além disso, destaca-se a necessidade de adoção de tecnologias de tra-
tamento, bem como o fomento a políticas públicas que incentivem a não
geração, a redução, o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos e de edu-
cação ambiental, voltadas a todos os atores envolvidos.
A seguir, são apresentados com maiores detalhes alguns critérios técni-
cos e legais observados no processo de licenciamento acerca da instalação
de aterros sanitários.

1. INVENTÁRIO FLORESTAL 2010


O Inventário Florestal do Estado de São Paulo, realizado pelo Instituto
Florestal da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, disponibiliza infor-
mações sobre o status da cobertura vegetal natural e de reflorestamento.
Para a identificação das fisionomias vegetais remanescentes no territó-
rio paulista foram consideradas as disposições: da Lei Federal no 9.985, de
18 de julho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Con-
servação da Natureza; do Código Florestal (Lei Federal no 12.651, de 25 de
maio de 2012), que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; da Lei da
Mata Atlântica (Lei Federal no 11.428, de 22 de dezembro de 2006); e da Lei
do Cerrado Paulista (Lei Estadual no 13.550, 02 de junho de 2009).
No licenciamento ambiental de aterros sanitários, quando o empreendi-
mento implicar em supressão de fragmentos das fisionomias vegetais, de-
vem ser observadas as restrições e condicionantes apresentadas a seguir.

338
1.1. LEI DA MATA ATLÂNTICA

Anexos
As fisionomias vegetais apresentadas a seguir têm seu uso e utilização
protegidas pela Lei da Mata Atlântica:
a) Floresta Ombrófila Densa;
b) Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias;
c) Floresta Ombrófila Aberta;
d) Floresta Estacional Semidecidual;
e) Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações
de restingas, campos de altitude, brejos interioranos.

Segundo o artigo 8o da Lei Federal no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, o


corte, a supressão e a exploração da vegetação do Bioma Mata Atlântica far-se-
ão de maneira diferenciada, conforme se trate de vegetação primária ou secun-
dária, nesta última levando-se em conta o estágio de regeneração, a saber:
• quando o pedido de supressão de vegetação nativa, incidir em áreas
onde foi identificada a existência de vegetação primária ou nos estágios
avançado e médio de regeneração do Bioma Mata Atlântica, o órgão
ambiental licenciador deve considerar as seguintes vedações:
“I - se a vegetação:
a) abrigar espécies da flora e da fauna silvestres ameaçadas de extinção,
em território nacional ou em âmbito estadual, assim declaradas pela
União ou pelos Estados, e a intervenção ou o parcelamento puserem em
risco a sobrevivência dessas espécies;
b) exercer a função de proteção de mananciais ou de prevenção e controle
de erosão;
c) formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou se-
cundária em estágio avançado de regeneração;
d) proteger o entorno das unidades de conservação; ou
e) possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelos órgãos execu-
tivos competentes do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama)”
(Artigo 8o);
• a exceção para esse caso está prevista no artigo 14, segundo o qual pode-
rão ser autorizados pedidos de supressão, somente em caráter excepcio-
nal, quando há necessidade de realização de obras, projetos ou atividades
de utilidade pública, pesquisas científicas e práticas preservacionistas;
• se a obra ou atividade promover significativa degradação do meio am-
biente, o órgão ambiental competente exigirá a elaboração de Estudo
Prévio de Impacto Ambiental, ao qual se dará publicidade, assegurada a
participação pública, segundo o artigo 15;
• quando o pedido de supressão de vegetação nativa incidir em áreas
onde foi identificada a existência de vegetação primária ou secundária,
nos estágios médio ou avançado de regeneração do Bioma Mata Atlânti-
ca, as autorizações ficarão condicionadas à compensação ambiental, na
forma da destinação de área equivalente à extensão da área desmatada,
com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica,
sempre que possível, na mesma microbacia hidrográfica.

339
Anexos No artigo 30, também é vedada a supressão de vegetação primária do
Bioma Mata Atlântica para fins de loteamento ou edificação, nas regiões
metropolitanas e áreas urbanas consideradas como tal em lei específica.
A supressão em áreas de vegetação secundária de mata atlântica em estágio
avançado e médio de regeneração, para fins de aproveitamento e ampliação
de cavas de mineração exauridas, visando à instalação de aterros (sanitários
e de resíduos inertes), somente será permitida mediante a apresentação pelo
empreendedor de licenciamento ambiental, condicionado à apresentação de
EIA/Rima e desde que demonstrada à inexistência de alternativa técnica e
locacional ao empreendimento proposto.
Além disso, é exigida a apresentação da futura adoção de medidas compen-
satórias que incluam a recuperação de área equivalente à área do empreendi-
mento com as mesmas características ecológicas, na mesma bacia hidrográfica
e sempre que possível na mesma microbacia hidrográfica, independentemente
do disposto no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000.
Qualquer solicitação de supressão de vegetação pode redundar na con-
sulta e anuência prévia do órgão federal ou municipal de meio ambiente,
desde que o município possua Conselho de Meio Ambiente, com caráter
deliberativo e plano diretor.
Os novos empreendimentos que impliquem o corte ou a supressão de
vegetação do Bioma Mata Atlântica deverão ser implantados, preferencial-
mente, em áreas já substancialmente alteradas ou degradadas.

1.2. SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO


A Lei Federal no 9.985, de 18 de julho de 2000, criou o Sistema Nacional
de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecendo critérios e
normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.
As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois
grupos, com características específicas:
I - Unidades de Proteção Integral: seu principal objetivo é preservar a na-
tureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos natu-
rais, com exceção dos casos previstos em lei.
II - Unidades de Uso Sustentável: seu principal objetivo é compatibilizar
a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus
recursos naturais.

Segundo o artigo 22 dessa Lei, a desafetação ou redução dos limites de


uma unidade de conservação só pode ser feita mediante lei específica.
O Poder Público pode proibir, provisoriamente, o exercício de atividades
e empreendimentos efetiva ou potencialmente causadores de degradação
ambiental, para a realização de estudos com vistas à criação de Unidade de
Conservação, quando, a critério do órgão ambiental competente, houver
risco de dano grave aos recursos naturais ali existentes. Nessas áreas, não
serão permitidas atividades que implicam exploração a corte raso da flo-
resta e demais formas de vegetação nativa.

340
São proibidas nas unidades de conservação quaisquer alterações, ativi-

Anexos
dades ou modalidades de utilização em desacordo com os seus objetivos,
com seu Plano de Manejo e seus regulamentos. Todas as atividades e obras
desenvolvidas nas unidades de conservação de proteção integral devem se
limitar àquelas destinadas a garantir a integridade dos recursos que a uni-
dade pretende proteger, assegurando-se às populações tradicionais porven-
tura residentes na área as condições e os meios necessários para a satisfação
de suas necessidades materiais, sociais e culturais.
Nos casos de licenciamento de empreendimentos de significativo impacto
ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com funda-
mento em EIA/Rima, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e
manutenção de unidade de conservação do grupo de proteção integral.
Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica
ou sua zona de amortecimento, o licenciamento só poderá ser concedido
mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a uni-
dade afetada, mesmo que não pertencente ao grupo de proteção integral,
deverá ser uma das beneficiárias da compensação.

1.2.1 RESERVAS DA BIOSFERA


A Reserva da Biosfera é um modelo adotado internacionalmente de ges-
tão integrada, participativa e sustentável dos recursos naturais, com os ob-
jetivos básicos de preservação da diversidade biológica, desenvolvimento
de atividades de pesquisa, monitoramento ambiental, educação ambiental,
desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das popula-
ções. É constituída por:
I - uma ou várias áreas-núcleo, destinadas à proteção integral da natureza;
II - uma ou várias zonas de amortecimento, onde só são admitidas ativida-
des que não resultem em dano para as áreas-núcleo; e
III - uma ou várias zonas de transição, sem limites rígidos, onde o processo
de ocupação e o manejo dos recursos naturais são planejados e condu-
zidos de modo participativo e em bases sustentáveis.

A Reserva da Biosfera pode também ser constituída por áreas de domí-


nio público ou privado e ainda integrada por unidades de conservação já
criadas pelo Poder Público, respeitadas as normas legais que disciplinam o
manejo de cada categoria específica.

1.3. CÓDIGO FLORESTAL


As condicionantes ambientais previstas para empreendimentos de
maior impacto ambiental devem respeitar as faixas delimitadas das áreas
de preservação permanente (APP), elencadas no artigo 4o da Lei Federal
no 12.651, de 25 de maio de 2012, atual Código Florestal.
Ressalta-se que, independentemente do tipo e do tamanho de APP, in-
tervenções ou supressões de vegetação nativa somente ocorrerão nas hipó-
teses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambien-
tal, no licenciamento ambiental.

341
Anexos Segundo a Lei, as atividades consideradas como de utilidade pública são:
a) as atividades de segurança nacional e proteção sanitária;
b) as obras de infraestrutura destinadas às concessões e aos serviços pú-
blicos de transporte; sistema viário, inclusive aquele necessário aos par-
celamentos de solo urbano aprovados pelos municípios; saneamento;
gestão de resíduos; energia; telecomunicações; radiodifusão; instalações
necessárias à realização de competições esportivas estaduais, nacionais
ou internacionais; mineração, exceto a extração de areia, argila, saibro e
cascalho.

Assim, para implantação de aterros sanitários é possível a concessão de


autorização de desmatamento porque é uma atividade considerada de uti-
lidade pública, isto é, do interesse da coletividade, dado o seu caráter de
serviço essencial e previsão legal.

1.4. LEI DO CERRADO PAULISTA


Os fragmentos remanescentes de cerrado ainda presentes no território pau-
lista tiveram sua proteção legal garantida a partir da edição da Lei Estadual
no 13.550, de 02 de junho de 2009, além da previsão da legislação ambiental
vigente, em especial, dos dispositivos do antigo e do novo Código Florestal.
A supressão desses remanescentes de vegetação nativa das fisionomias defi-
nidas pela lei dependerá de prévia autorização do órgão ambiental competente
e somente poderá ser autorizada em caráter excepcional, quando for necessária
a realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública ou interesse
social definidos em lei, com comprovação de inexistência de alternativa técni-
ca e locacional para o fim pretendido. Tal restrição não incidirá sobre as áreas
ocupadas por pastagens formadas por espécies exóticas, por culturas agrícolas
e por florestas plantadas, com as exceções previstas na legislação federal.
Por fim, é vedada a supressão da vegetação em qualquer das fisionomias
do Bioma Cerrado nas seguintes hipóteses:
I - abrigar espécies da flora e da fauna silvestre ameaçadas de extinção
quando incluídas nas seguintes categorias, conforme definidas pela
União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN):
a) regionalmente extinta (RE);
b) criticamente em perigo (CR);
c) em perigo (EN);
d) vulnerável (VU);
II - exercer a função de proteção de mananciais e recarga de aquíferos;
III - formar corredores entre remanescentes de vegetação primária ou secun-
dária em estágio avançado de regeneração;
IV - localizada em zona envoltória de unidade de conservação de proteção
integral e apresentar função protetora da biota da área protegida confor-
me definido no plano de manejo;
V - possuir excepcional valor paisagístico, reconhecido pelo Poder Público;
VI - estiver situada em áreas prioritárias para conservação, preservação e
criação de unidades de conservação determinadas por estudos científicos
oficiais ou atos do poder público em regulamentos específicos.
342
1.5. ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) COM ZONEAMENTO AMBIENTAL

Anexos
As APA que possuem zoneamento ambiental no estado de São Paulo são:
• Salesópolis e da RMSP;
• Serra do Mar;
• São Francisco Xavier;
• São Bento do Sapucaí;
• Região da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba e do Rio Juqueri–Mirim;
• Santo Antonio do Pinhal; e
• Campos do Jordão.

A instalação de qualquer empreendimento em área de APA deve ob-


servar as medidas previstas na legislação específica, respeitadas as demais
normas legais pertinentes, visando coibir o exercício de atividades causa-
doras de degradação da qualidade ambiental.

2. ÁREA DE PROTEÇÃO DE MANANCIAIS (APM)


As Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais das Bacias Hidrográ-
ficas do Guarapiranga (APRM-G) e da Bacia Hidrográfica do Reservatório
Billings (APRM-B) foram instituídas, respectivamente, pelas Leis Estaduais
no 12.233, de 16 de janeiro de 2006, e no 13.579, de 13 de julho de 2009.
Nessas leis há previsão específica quanto à implantação de sistema cole-
tivo de tratamento e disposição de resíduos sólidos domésticos, a qual será
permitida, desde que atendidas às seguintes condições:
I - comprovação da inviabilidade econômica ou técnica para implantação
em áreas fora da APRM;
II - adoção de sistemas de coleta, tratamento, monitoramento e disposição
final cujos projetos atendam às normas existentes na legislação;
III - implantação de programas integrados de gestão de resíduos sólidos
que incluam, entre outras medidas, a minimização dos resíduos, a co-
leta seletiva e a reciclagem, com definição de metas quantitativas.

Fica proibida a disposição de resíduos sólidos domésticos provenientes


de fora da área das bacias, excetuada a disposição em aterro sanitário mu-
nicipal já instalado até a data de publicação da lei, desde que sua regulari-
zação seja promovida pelo Poder Público Municipal e observado o limite
de sua vida útil.
Os resíduos sólidos provenientes de processos industriais que não te-
nham as mesmas características de resíduos domésticos ou que sejam in-
compatíveis com a disposição em aterro sanitário deverão ser removidos
das APRM, conforme critérios estabelecidos pelos órgãos técnicos de li-
cenciamento ambiental competentes.
A disposição de resíduos sólidos inertes nas APRM deverá observar as
normas específicas estabelecidas nas legislações pertinentes.
343
Anexos 3. ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO (ZEE)
As normas de uso e ocupação do solo e de manejo dos recursos naturais
na Zona Costeira do estado de São Paulo são estabelecidas pela Lei Esta-
dual no 10.019, de 03 de julho de 1998, que institui o Plano Estadual de Ge-
renciamento Costeiro, e pelos Decretos no 58.996, de 25 de março de 2013,
e no 49.215, de 07 de dezembro de 2004, que dispõem sobre o ZEE do Setor
da Baixada Santista e do ZEE Litoral Norte, respectivamente.

3.1. ZEE LITORAL NORTE


O ZEE Litoral Norte compreende os municípios de Ubatuba, Caragua-
tatuba, Ilhabela e São Sebastião.
De acordo com o Decreto Estadual no 49.215, de 07 de dezembro de 2004,
que classifica as unidades territoriais em tipologias de zona, o ZEE Litoral
Norte é dividido em Zoneamento Terrestre e Zoneamento Marinho.
Cada uma das zonas possui características socioambientais e usos e
atividades permitidos. As zonas Z1T, Z1TAEP, Z2T, Z3T e Z4T e Z4OD,
provenientes do Zoneamento Terrestre, são consideradas zonas restritivas
para a implantação de aterro sanitário. Na Z5T todas as atividades e usos
são permitidos, desde que atendidas as normas legais e regulamentares
pertinentes.

3.2. ZEE BAIXADA SANTISTA


O ZEE Baixada Santista compreende os municípios de Bertioga, Gua-
rujá, Cubatão, Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e
Peruíbe, sendo também dividido em Zoneamento Terrestre e Zoneamento
Marinho.
Cada uma das zonas possui características socioambientais e usos e
atividades permitidos. As zonas Z1TAEP, Z1T, Z2T, Z3T e Z4TE e Z4T,
provenientes do Zoneamento Terrestre, são consideradas zonas restritivas
para a implantação de aterro sanitário. Na zona Z5T todas as atividades e
usos são permitidos, desde que atendidas as normas legais e regulamenta-
res pertinentes.

4. CONDICIONANTES AÉREAS
As condicionantes aéreas para implantação de um aterro sanitário de-
vem observar as normativas do Comando da Aeronáutica previstas no Pla-
no de Gerenciamento de Risco Aviário de 2011.
O Comando da Aeronáutica (Comaer) é o órgão federal responsável:
pela identificação dos focos atrativos ou com potencial de atração de aves
localizadas fora dos sítios aeroportuários no interior da Área de Gerencia-
mento do Risco Aviário (Agra); pelo registro das ocorrências relacionadas
ao risco aviário e envio dessas informações à Anac; e pelo cumprimento
das condicionantes especificadas nos Planos Básico e Específicos sobre o
assunto.

344
O Plano Básico de Gerenciamento de Risco Aviário encontra fundamen-

Anexos
to no item 02 da Resolução no 3, de 23 de setembro de 2010, do Conselho
de Aviação Civil (Conac); no Artigo 2o da Portaria Normativa 1887, de 22
de dezembro de 2010, do Ministério da Defesa; e no Artigo 1o da Portaria
906/GC5, de 22 de dezembro de 2010, do Comando da Aeronáutica.
Segundo o mesmo Plano de Gerenciamento (PCA 3-2), a Agra é defini-
da como a área circular com centro no ponto médio da pista do aeródromo
e raio de 20 km. A Agra possui um setor interno, também chamado de nú-
cleo, com raio de 9 Km, e um setor externo, compreendido entre o núcleo
e o seu limite (Figura A4). Caso o aeródromo tenha mais de uma pista, a
Agra será aquela resultante da soma das áreas criadas a partir de cada uma
das pistas.
Consta nas observações do Plano de Gerenciamento Aviário que o mau
gerenciamento das técnicas previstas para a correta operação de diversos
empreendimentos pode permitir que uma atividade com potencial de atra-
ção de aves se transforme em um foco de atração das mesmas. Para garantir
a segurança de voo, o Comaer se opõe à implantação de aterros sanitários
quando o empreendimento se localizar a menos de um quilômetro do eixo
de corredor do voo visual; já no setor interno da Agra (9 km), o responsável
pelo empreendimento é quem se compromete a adotar técnicas mitigado-
ras e de exclusão de aves. Em áreas situadas fora da Agra, o Comaer não
opina a respeito.
Para fins de controle da fauna nas imediações de aeródromos, a Lei Fe-
deral no 12.725, de 16 de outubro de 2012, definiu de forma semelhante à
Agra, a Área de Segurança Aeroportuária (ASA) como a área circular do
território de um ou mais municípios, definida a partir do centro geométri-
co da maior pista do aeródromo civil ou militar, com 20 km de raio, cujo
uso e ocupação estão sujeitos a condicionantes especiais em função da na-
tureza atrativa de fauna.

Figura A4. Raio das Áreas de Gerenciamento do Risco Aviário

Setor interno (núcleo)


da Agra

raio de 9 km
raio
de 2
0 km

Setor extremo
da Agra

Fonte: COMAER (2011) (adaptado), elaborado por SMA/CPLA (2014).

345
Anexos Segundo a mesma lei, são consideradas atividades atrativas de fauna:
os vazadouros de resíduos sólidos; os aterros sanitários; culturas agrícolas;
depósitos de grãos; atividades de aquicultura; espelhos d’água; pântanos;
valas de drenagem; centros de reciclagem de resíduos e quaisquer outras
atividades de operação e de manejo de resíduos sólidos. Bosques, constru-
ções, criações e pastos para animais de corte, dentre outros, não devem se
constituir como foco atrativo de fauna no interior da ASA e nem devem
comprometer a segurança operacional da aviação.
O manual da Comaer previu também a instituição de um Programa Na-
cional de Gerenciamento do Risco da Fauna (PNGRF), que é desenvolvido
e supervisionado pelas autoridades de aviação civil, aeronáutica militar e
ambiental. Nele estão compreendidos os objetivos e metas comuns aos ae-
ródromos e suas respectivas ASA.
As condicionantes especiais constantes do PNGRF devem ser observa-
das, obrigatoriamente, pelas autoridades municipal, ambiental e operador
do aeródromo.
As propriedades rurais incorporadas à ASA também são sujeitas às con-
dicionantes especiais previstas no PNGRF e à fiscalização pela autoridade
municipal. Os instrumentos de planejamento municipal que disciplinam o
parcelamento, o uso e a ocupação do solo observarão as disposições da Lei
Federal no 12.725, de 16 de outubro de 2012, e as condicionantes especiais
previstas no PNGRF.
A prestação de informações requisitadas pela autoridade de aviação ci-
vil ou pela autoridade aeronáutica militar pelas administrações públicas
federal, estadual ou municipal, o operador do aeródromo e o proprietário
dos imóveis ou empreendimentos situados na ASA é compulsória e de ob-
servância obrigatória.

5. NORMAS TÉCNICAS PARA IMPLANTAÇÃO DE


ATERROS SANITÁRIOS
A implementação de aterros sanitários de resíduos sólidos deve seguir
vários critérios que são estabelecidos nas normas técnicas:
• ABNT NBR 8149:1992 – Apresentação de projetos de aterros sanitários
de resíduos sólidos urbanos;
• ABNT NBR 13896:1997 – Aterros de resíduos não perigosos – Critérios
para projeto, implantação e operação e;
• ABNT NBR 15849:2010 – Resíduos Sólidos Urbanos – Aterros sanitá-
rios de pequeno porte – Diretrizes para localização, projeto, implanta-
ção, operação e encerramento.

De acordo com as Normas Técnicas ABNT NBR 13896:1997 e 15.849:2010,


recomenda-se adotar os fatores elencados adiante, porém, a critério do órgão
ambiental competente, esses parâmetros podem ser alterados se tecnicamen-
te justificados:
“1- as características topográficas da área devem ser tais que permitam uma
das soluções adotáveis para o preenchimento do aterro, recomendando-se
locais com declividade superior a 1 % e inferior a 30%;
346
2 - considera-se desejável a existência, no local, de um depósito natural extenso

Anexos
e homogêneo de materiais com coeficiente de permeabilidade inferior a 10-6
cm/s e uma zona não saturada com espessura superior a 3,0 m;
3 - o aterro deve ser localizado a uma distância mínima de 200 m de qual-
quer coleção hídrica ou curso de água.

Em qualquer caso, obrigatoriamente, os seguintes critérios devem ser ob-


servados de acordo com a ABNT NBR 13896:1997:
1 - o aterro não deve ser executado em áreas sujeitas a inundações, em perío-
dos de recorrência de 100 anos;
2 - entre a superfície inferior do aterro e o mais alto nível do lençol freático
deve haver uma camada natural de espessura mínima de 1,50 m de solo
insaturado. O nível do lençol freático deve ser medido durante a época de
maior precipitação pluviométrica da região;
3 - o aterro deve ser executado em áreas onde haja predominância no subsolo
de material com coeficiente de permeabilidade inferior a 5 x 10-5 cm/s.
Um subsolo com coeficiente de permeabilidade superior a 5 x 10-5 cm/s pode
vir a ser aceito pelo órgão ambiental competente, a seu critério, dependen-
do do tipo de resíduo a ser disposto e das demais condições hidrogeo­lógicas
do local do aterro, desde que esse valor não exceda 10-4 cm/s.
4 - os aterros só podem ser construídos em áreas de uso conforme legislação
local de uso do solo.”

6. ÁREAS TOMBADAS PELO CONDEPHAAT


O processo de tombamento de bens que constituem patrimônio históri-
co, arqueológico, artístico e turístico do estado de São Paulo é coordenado
pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico
e Turístico do Estado de São Paulo (Condepahaat).
De acordo com o Decreto no 13.426, de 16 de março de 1979, os bens
tombados não poderão ser destruídos, demolidos, mutilados ou alterados,
sem prévia autorização do Conselho, sob pena de multa a ser imposta pelo
mesmo Conselho de até 20% do respectivo valor, neste incluído o do terre-
no, se for o caso, e, sem prejuízo das demais sanções aplicáveis ao infrator.
No que se refere à área envoltória dos bens imóveis tombados pelo
CONDEPHAAT, o Decreto Estadual no 48.137, de 07 de outubro de 2003,
altera a redação do Artigo 137 do Decreto Estadual no 13.426/1979, ou seja,
essas áreas são sujeitas às condicionantes de ocupação e intervenção. Para
os tombamentos realizados até outubro de 2003, essa área é de 300 metros
(Decreto Estadual no 13.426/1979, artigo 137). Nos tombamentos poste-
riores a essa data, a área envoltória é regulamentada caso a caso (Decreto
Estadual no 48.137/2003) e obrigatoriamente precisam de aprovação prévia
do Condepahaat.
A lista de bens tombados pelo Condephaat no estado de São Paulo, or-
ganizada por município, encontra-se no website da Secretaria de Estado da
Cultura.
347
Anexos 7. ZONEAMENTO MINERÁRIO
De acordo com a Resolução SMA no 28, de 22 de setembro de 1999, o
zoneamento ambiental para mineração de areia de várzea do Rio Paraíba
do Sul está inserido nos municípios de Jacareí, São José dos Campos, Caça-
pava, Taubaté, Tremembé e Pindamonhangaba.
É proibida a disposição final de resíduos sólidos de qualquer natureza
na várzea, exceto para o preenchimento de cavas com terra ou material
oriundo da construção civil (ABNT NBR 10004:2004, sobre resíduos iner-
tes Classe III), desde que estudo técnico seja aprovado pelo órgão ambien-
tal competente.

348
COORDENAÇÃO GERAL Colaboradores Publicação

Ficha técnica
Zuleica Maria de Lisboa Perez Adriano Jorge Adballa – cea/cpla
Adriano Truffi Lima – Companhia Docas de São Sebastião
COORDENAÇÃO TÉCNICA Alexander Turra – io/usp
André Luiz Fernandes Simas Alexandra Grota – Companhia Docas do Estado de São Paulo
Aline Salim – cpla/sma
Grupo de Trabalho Américo Sampaio – Sabesp
André Luiz Fernandes Simas – cpla/sma Ana Cristina Queiroz – Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos
Christiane Aparecida Hatsumi Tajiri – cpla/sma Ana Lucia Buccolo Marques – agem/bs
Cristiano Kenji Iwai – cetesb Ana Maria Panarelli – cpla/sma
Edgar César de Barros – cpla/sma Andréa Lima – io/usp
Fernando Antônio Wolmer – cetesb Andreia Cristina de Oliveira – cea/sma
Flávio de Miranda Ribeiro – cetesb Antonio Carlos Cruz Macedo – cpla/sma
Gabrielle Tambellini – cpla/sma Antonio Carlos Palacios – cpla/sma
João Luiz Potenza – cetesb Antonio César Leal – Unesp
Jorge Toshiyuki Ogata – cetesb Arlindo Manoel Monteiro – Companhia Docas do Estado de São Paulo
Kenzo Matsuzaki – cpla/sma Arlete Tieko Ohata – cpla/sma
Maria Fernanda Romanelli – cpla/sma Daniel Mudat – Companhia Docas de São Sebastião
Maria Heloisa P. L. Assumpção – cetesb Denize Coelho Cavalcanti – cpla/sma
Maria Teresa Castilho Mansor – cpla/sma Edgard Joseph Kiriyama – cpla/sma
Marina Balestero dos Santos – cpla/sma Edna Bertoncini – apta/saa
Mônica Laís Storolli – cpla/sma Eduardo Mazzolenis de Oliveira – cetesb
Nádia Gilma Beserra de Lima – cpla/sma Fábio Enrique Lemos Budiño – apta/saa
Gabriel Fonseca Alegre – Companhia Docas de São Sebastião
Natasha Fayer Calegario Bagdonas – cpla/sma
Geraldo Tavares – socicam
Pedro Penteado de Castro Neto – cetesb
Jaime R. Caetano Júnior – cda/saa
Raissa Silva de C. Pereira – cetesb
João Batista Preto de Godoy – cisbra
Regiane Tiemi Teruya Yogui – cetesb
Jorge Hamada – Unesp
Sabrina Lucio Soares Simi – cetesb
José Edmilson de Araújo Mello Júnior – Gestor do Parque Estadual Marinho
Wagner Luiz Cabelho da Silva – cpla/sma
da Laje de Santos
Julia Alves Costa – fundespa
Comissão ESTUDUAL DE GESTÃO DE Julio Carreiro – cepam
RESÍDUOS SÓLIDOS Juricélia Freitas – Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos
Alfredo Carlos Cardoso Rocca – cetesb
Laura Stela Naliato Perez – cpla/sma
Ane Beatriz C. Veronez – saa
Leonardo Mac Dowell – cdhu/sh
Américo Sampaio – Sabesp
Liv Nakashima Costa – cpla/sma
Carlos Alberto R. Silva – sse
Luiz Fernando Oliva – Companhia Docas do Estado de São Paulo
Escolástica Ramos de Freitas – saa Luiz Miguel Cassarini – Instituto de Pesca
João Carlos de Campos Pimentel – saa Marcelo Fernandes – Unesp
José Luiz de Carra – sse Marcelo Kenji Miki – Sabesp
Márcia Rodrigues – emplasa Marco Antonio Gomes – cpla/sma
Marilda Tedesco – saa Maria Aparecida Oliveira- cepam
Regina Alice de Souza Pires – sse Maria de Lourdes R. Gandra – cepam
Vital de Oliveira Ribeiro Filho – ss Mariana de Campos Faria – cepam
Marina Santana – io/usp
Estagiários Márcio Koiti Chiba – iac/saa
Camila Espezio de Oliveira Moises Alves de Araujo Junior – Aeroporto Internacional de Viracopos
Fernando Gomes Correia Otávio Camargo – iac/saa
Gabriel Guezini Valente Priscylla Sayuri Miya – cd/saa
Letícia Rodrigues de Souza Lima Ronaldo Berton – iac/saa
Lilia Silvério de Oliveira Sandro Donnini Mancini – Unesp
Rafael Henrique Pereira da Silva Sandro Roberto Brancalião – iac/saa
Sebastião D. Dias Lopes – emae/sse
CARTOGRAFIA Sergio Akira Yamaguchi – cpla/sma
Kenzo Matsuzaki Silvio Guilherme Hilário dos Santos – dgrh/ssrh
Simone M.O. Amaral – cea/sma
REVISÃO FINAL Sheyla Aki Watanabe – cpla/sma
Natasha Fayer Calegario Bagdonas Valdemir Aparecido Ravagnani – consimares
Vanessa Rezene dos Santos – cpla/sma
CAPA
Antonio Carlos Palacios Agradecemos a participação de todos que encaminharam contribuições por
meio das consultas públicas e durante a realização das audiências públicas.
PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO A equipe técnica agradece especialmente aos colegas do CONSEMA Germano
e preparação de imagens Seara Filho e Dirce Rosa do Amaral, responsáveis pela organização das
Cecilia Maria de Barros audiências públicas.
349
350

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