Teste - Unidade 4

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Texto Editores ECONOMIA C 1

TESTES DE AVALIAÇÃO ECONOMIA C 37

Unidade 4 – O Desenvolvimento e os Direitos Humanos

I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correcta. Assinale-a com um X sobre a letra correspondente.

1. O direito à liberdade de expressão do pensamento constitui um direito...


A. ... económico e social.
B. ... cultural.
C. ... colectivo.
D. ... civil e político.

2. Os direitos humanos são indivisíveis porque...


A. ... a violação de um implica a violação de todos os outros.
B. ... não podem ser cedidos, pois dizem respeito a cada pessoa.
C. ... não é possível considerar um como mais importante do que os outros.
D. ... dizem respeito a todos os seres humanos sem restrições.

3. O abandono escolar precoce e o trabalho infantil constituem factores de exclusão social, porque...
A. ... marginalizam grupos sociais.
B. ... dificultam o crescimento económico.
C. ... põem em causa o desenvolvimento.
D. ... atingem largas camadas da população.

4. O desenvolvimento sustentável exige...


A. ... a satisfação das necessidades básicas e um crescimento económico sem limites.
B. ... a solidariedade intergeracional e um crescimento económico sem limites.
C. ... um crescimento económico com limites e a equidade intra e intergeracional.
D. ... o bem-estar das populações e um crescimento económico sem limites.

II

1. Leia o texto que se segue.

Os movimentos de defesa dos direitos civis nos EUA que, para além de Rosa Parks, tiveram como activistas,
entre outros, Martin Luther King, Malcom X e Angela Davis, têm permitido uma mudança de mentalidades na
sociedade, possibilitando que cidadãos e cidadãs afro-americanos tenham ascendido aos postos políticos e
militares mais elevados, culminando com a eleição, pela primeira vez na história dos EUA, de um Presidente
descendente de quenianos.
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1.1 Dê três exemplos de direitos civis e políticos.

1.2 Relacione direitos mencionados no texto com os Direitos Humanos de 1.a Geração.

1.3 Explicite a universalidade dos Direitos Humanos, a partir do texto.

2. Leia os textos que se seguem, e observe o quadro relativo ao sistema de quotas em alguns
países.

As mulheres estão pouco representadas nas instâncias políticas. Desde 1945, a proporção mundial de mulheres
com lugares nos parlamentos mais do que quadruplicou, passando de 3 para 14,6 por cento (dados até 1 de Junho
de 2002). Mas este número, muito inferior à paridade, dissimula grandes diferenças. Está longe de terminada a
corrida de obstáculos que desde há séculos as mulheres têm sido obrigadas a percorrer, para lhes serem reconhe-
cidos os seus direitos cívicos e políticos.
Ignacio Ramonet et al., Atlas da Globalização, Lisboa, Campo da Comunicação (adaptado).

Em Portugal, nas eleições para a Assembleia da República, realizadas em 20 de Fevereiro de 2005, a repartição das
deputadas por partidos foi a seguinte: PS – 28%; PSD – 8%; CDU – 21,4% (PCP 16,7% e PEV – 50%); CDS-PP – 8,3%;
BE – 50%.
A Igualdade de Género em Portugal, Lisboa, CIG (adaptado).

Quotas para mulheres em alguns países


(percentagem de mulheres nas câmaras baixas ou nas câmaras únicas)

País Quotas

A Constituição estabelece que as mulheres têm direito a


Ruanda pelo menos 30% dos lugares nos organismos de tomada de
decisão e no Senado.

As listas dos partidos têm de apresentar um mínimo de 40%


Espanha
em todas as eleições (gerais, regionais e locais).

Noruega A maioria dos partidos tem quotas para 40% das mulheres.

Moçambique A FRELIMO tem uma quota de 30% para as mulheres.

Argentina A maioria dos partidos tem quotas para 30% das mulheres.

Quota mínima de um terço de mulheres nas listas para elei-


Portugal
ções legislativas, autárquicas e europeias.

Progresso das Mulheres no Mundo, 2008/2009 e UNIFEM (adaptado).

2.1 Analise a situação de Portugal, a partir dos textos.


2.2 Relacione o sistema de quotas para as eleições com o conceito de discriminação positiva,
tendo em conta os textos e a tabela.
2.3 Interprete a situação evidenciada na tabela.
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III

1. Observe o quadro ao lado e leia o texto Emissões de dióxido de carbono


que o acompanha.
Parcela Per capita Per capita
O carbono que é emitido hoje começará a produ- País
do total (toneladas (toneladas
zir efeitos sobre o clima dentro de vinte anos. mundial (%) de CO2) de CO2)
Será preferível pagar hoje ou adiar, para as gera- 2004 1990 2004
ções futuras, mais ricas e mais bem dotadas
tecnicamente do que nós, com menores custos, Japão 4,3 8,7 9,9
o combate às mudanças climáticas?
EUA 20,9 19,3 20,6
Alternatives Économiques, n.o 80, 2.o trimestre
de 2009 (adaptado). Espanha 1,1 5,5 7,6

Portugal 0,2 4,3 5,6

Relatório de Desenvolvimento Humano, 2007/2008 (adaptado).

1.1 Estabeleça comparações entre os países referidos no quadro, relativamente ao peso no total
mundial das emissões de carbono e à evolução das emissões de carbono per capita, entre
1990 e 2004.
1.2 Justifique a necessidade de se imporem limites ao crescimento, tendo em conta a situação
evidenciada no quadro e o texto.
1.3 Explicite o conceito de desenvolvimento sustentável.
1.4 Exponha duas medidas que promovam o desenvolvimento sustentável.

2. Leia o texto que se segue.


A pobreza no Brasil tem cara de criança. Dos mais de 50 milhões de brasileiros que vivem na pobreza, quase 30
milhões são crianças e adolescentes, ou seja, 47,6% da população de meninos e meninas. A pobreza no país tam-
bém tem cor. Entre as crianças negras, a pobreza é quase duas vezes maior do que entre as brancas e, entre as
indígenas, a iniquidade é ainda maior. Portanto, obter um efectivo impacto na erradicação da pobreza e da
fome no País requer necessariamente a adopção de políticas para reduzi-la desde a pequena infância,
em especial da população negra e indígena.
UNIFEM in Progresso das Mulheres no Mundo, 2008/2009 (adaptado).

2.1 Faça a distinção entre pobreza absoluta e pobreza relativa.


2.2 Refira dois indicadores de medida da pobreza.
2.3 Relacione a situação descrita no texto, com a promoção da justiça social.
2.4 Dê uma noção de discriminação étnica, a partir do texto.
2.5 Explicite o conteúdo da afirmação destacada.
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Propostas de resolução

Unidade 4

1. D

2. C

3. A

4. C

II
1.1 Três exemplos de direitos civis e políticos poderão ser, por exemplo, a liberdade de expressão do
pensamento, a liberdade religiosa e o direito de voto.

1.2 Os Direitos Humanos mencionados no texto são direitos de 1.ª geração, porque constituem
direitos individuais, civis e políticos, tendo surgido no final do século XVIII, com a independência
dos EUA e com a Revolução Francesa.

1.3 A universalidade dos Direitos Humanos implica que estes sejam válidos para toda a Humanidade,
independentemente do género, etnia, religião, origem, ideologia, nacionalidade, ascendência ou
orientação sexual.

2.1 Em Portugal, apenas dois partidos políticos praticam a paridade no que respeita à igualdade de
género na participação política (PEV e BE = 50%), continuando as mulheres pouco representadas
nas instâncias políticas.

2.2 O sistema de quotas para as eleições constitui uma medida de discriminação positiva, porque vai
alterar uma situação de desigualdade, repondo a igualdade de oportunidades, e rompendo com a
reprodução de uma situação de discriminação negativa.
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2.3 A tabela mostra-nos que vários países de diferentes regiões desenvolveram medidas de
discriminação positiva, no que respeita à igualdade entre mulheres e homens na participação política,
sendo de realçar a Espanha e a Noruega, que praticam quotas de 40% para as mulheres.

III

1.1 Os EUA (a maior economia do planeta) detêm um forte peso no total mundial de emissões de
carbono, seguidos do Japão (que, conjuntamente com os EUA e a UE constituem as três maiores
economias do mundo). O peso de Espanha no total mundial já é significativo, atendendo à
importância da economia espanhola; já o de Portugal é muito menor. No que respeita à evolução das
emissões de carbono per capita, entre 1990 e 2004, podemos constatar que todos os países, apesar do
Protocolo de Quioto, da Agenda XXI e de outros documentos aprovados a nível mundial e regional,
aumentaram as emissões de carbono per capita.

1.2 Têm de se impor limites ao crescimento, a fim de se sustentar o próprio processo de


desenvolvimento, dentro de valores que não ponham em causa a sobrevivência do planeta, nem o
direito ao desenvolvimento das gerações vindouras.

1.3 O desenvolvimento sustentável implica a satisfação das necessidades básicas das populações, a
redução das assimetrias regionais, de género, de etnia, e etárias, no que respeita à repartição do
rendimento e à participação das populações nas decisões políticas e económicas. Implica também a
imposição delimites ao crescimento económico, para não se colocar em causa o direito ao
desenvolvimento das gerações vindouras.

1.4 Duas medidas que promovam o desenvolvimento sustentável poderão ser, entre outras, o
envolvimento das comunidades na procura de soluções para responder aos problemas sociais,
ambientais e políticos, e a integração no desenvolvimento das dimensões económicas, sociais e
ambientais, para que o desenvolvimento sustentável, humano e solidário seja uma realidade para toda
a família humana.

2.1 Enquanto a pobreza absoluta diz respeito a situações em que não existem os bens necessários e
essenciais à subsistência das pessoas, a pobreza relativa estabelece relações com a sociedade em que o
fenómeno da pobreza ocorre, referindo-se aos indivíduos que vivem em condições mais precárias do
que o conjunto da sociedade.

2.2 Dois indicadores de medida da pobreza poderão ser, por exemplo, o IPH-1, que mede a pobreza
nos países em desenvolvimento, e o IPH-2, que se refere aos países desenvolvidos.

2.3 Não existe justiça social, quando cidadãos e cidadãs vivem na pobreza, não tendo acesso aos bens
essenciais que lhes permitam satisfazer as necessidades básicas como, por exemplo, a alimentação,
não desfrutando da igualdade de oportunidades, nem da participação na condução dos seus destinos.
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2.4 A discriminação étnica consiste num conjunto de atitudes e de práticas sociais em relação a
minorias étnicas, que restringem a igualdade de oportunidades e violam Direitos Humanos, como no
caso do Brasil, em que, como refere o texto, a «pobreza no país também tem cor. (…) entre as negras,
a pobreza é quase duas vezes maior do que entre as brancas e, entre as indígenas, a iniquidade é ainda
maior».

2.5 A afirmação refere que, para se erradicar a pobreza e a fome, são necessárias políticas públicas que
actuem ao nível das crianças mais novas, em particular para o caso das minorias étnicas (negras e
índias). Essas políticas activas de promoção da igualdade e de erradicação da pobreza deverão
abranger várias dimensões (económica, cultural e ambiental, por exemplo), não menosprezando a
participação das populações na condução dos seus destinos.

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