Testes de Hipoteses e Estatistica Inferencial

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ESTATÍSTICA

Testes de Hipóteses e Estatística Inferencial

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
ESTATÍSTICA
Testes de Hipóteses e Estatística Inferencial
Prof. Thiago Cardoso

Lei dos Grandes Números.............................................................................3


1. Lei Fraca dos Grandes Números.................................................................3
2. Lei Forte dos Grandes Números.................................................................5
3. Teoria do Limite Central............................................................................6
3.1. Intervalo de Confiança para a Média........................................................9
3.2. Estatística do Intervalo de Confiança..................................................... 12
4. Estimativa de Máxima Verossimilhança..................................................... 30
5. Distribuição T-Student............................................................................ 34
6. Testes de Hipóteses............................................................................... 41
6.1. Tipos de Testes................................................................................... 42
6.2. Valor -P............................................................................................. 43
6.3. Nível de Significância........................................................................... 44
6.4. Tipos de Erros.................................................................................... 46
7. Testes de Hipóteses Específicos................................................................ 65
7.1. Teste Chi-Quadrado............................................................................. 65
7.2. Distribuição F de Snedecor................................................................... 69
7.3. Teste F.............................................................................................. 70

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LEI DOS GRANDES NÚMEROS


A Lei dos Grandes Números é um conceito central na Teoria das Probabilidades.

Imagine que lancemos um dado, sabemos que a probabilidade de um lançamen-

to qualquer ser igual a 6 é de 1/6. Porém, o cérebro humano terá certa dificuldade

de compreender a incerteza gerada pelo conceito de probabilidade. Ora, lançamos

o dado para o alto, se ele deu 6, então ele deu 6 com certeza. Se ele não deu 6,

ele não deu 6 com certeza.

Acontece que a probabilidade traz uma observação a priori. Antes de ser feito

qualquer lançamento de dado, sabemos que a probabilidade de o resultado ser

igual a 6 é de 1/6.

Porém, como transportar esse conceito probabilístico para o mundo real em que

podemos e precisamos observar fatos? Em outras palavras, como verificar que uma

probabilidade é realmente igual a 1/6?

Desde os tempos antigos, a ideia mais simples para verificar uma probabilidade

consistia em fazer o mesmo experimento repetidas vezes. A intenção dessa repe-

tição é que, à medida que fossem feitos milhares de lançamentos de dados, a pro-

porção de resultados iguais a 6 obtidos fosse realmente se aproximando de 1/6.

É exatamente essa a ideia por trás das Leis dos Grandes Números. E, para isso,

agora devemos entender suas duas variantes.

1. Lei Fraca dos Grandes Números


Também chamada Lei de Khinchin, a versão fraca da LGN (Lei dos Grandes Nú-

meros) determina que a média amostral converge em probabilidade para o

valor esperado.

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Matematicamente falando, isso significa que, para qualquer que seja a margem

c > 0, com uma amostra suficientemente grande, haverá uma probabilidade muito

alta (próxima de 1) de que a média amostral convirja para o valor real da probabi-

lidade dentro dessa margem especificada.

A palavra-chave para entender essa definição está negrita “uma”. A Lei Fraca

dos Grandes Números estabelece que haverá um tamanho tal de amostra que trará

a média amostral para o valor real da probabilidade.

Vejamos um exemplo de uma série de lançamento de dados em que foi anotada

a frequência real de 6.

Figura 1: Lei Fraca dos Grandes Números

Nessa sequência de lançamentos, tivemos no sexto lançamento que a propor-

ção de 6 efetivamente obtidos foi de 1/6. Isso por si só é suficiente para caracteri-

zar a Lei Fraca dos Grandes Números.

Ainda que, para um número de lançamentos superior, a proporção de 6 obtidos

possa ser significativamente diferente.

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Tudo o que a Lei Fraca garante é de que haverá um tal de amostra em que a

frequência experimental será igual ao valor numérico da probabilidade.

Mas não há nenhuma garantia do que acontecerá depois com a continuação do

experimento.

2. Lei Forte dos Grandes Números


A lei forte dos grandes números, por sua vez, estabelece que a média amostral

converge absolutamente para o valor real da probabilidade.

Matematicamente, pode-se escrever que:

Entendo que esse enunciado é bastante complicado. Porém, nas próximas li-

nhas, tentaremos explicar as diferenças entre as duas versões da LGN.

Considerando ainda o experimento de lançamentos repetidos de dados, a Lei Forte

estabelece que, para uma certa quantidade de lançamentos, a frequência experimen-

tal de 6 realmente efetiva circulará em torno do valor da probabilidade que é de 1/6.

Figura 2: Lei Forte dos Grandes Números

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Como visto no gráfico, a lei forte nos garante que, para um número suficien-

temente grande de lançamentos, a  frequência experimental realmente ficará em

torno do valor da probabilidade, sem sofrer grandes oscilações.

E mais, à medida que o número de lançamentos aumenta, as oscilações em tor-

no do valor numérico da probabilidade ficarão cada vez mais suaves.

Questão 1    (FGV/TJ-RO/2015/ESTATÍSTICO) A Lei dos Grandes Números existe

em duas versões que tratam de convergências de tipos distintos. A Lei Fraca e a Lei

Forte abordam, respectivamente, convergências:

a) em probabilidade e em distribuição;

b) quase certa e em probabilidade;

c) em distribuição e quase certa;

d) em distribuição e em probabilidade;

e) em probabilidade e quase certa.

Letra e.

A Lei Fraca dos Grandes Números aborda a convergência em probabilidade, en-

quanto que a Lei Forte aborda a convergência absoluta ou, na linguagem da ques-

tão, quase certa.

3. Teoria do Limite Central


O Teorema do Limite Central ou Teorema Central do Limite é um dos teoremas

mais importantes da Estatística.

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É uma das bases da Estatística Inferencial, sendo muito útil para estimar pa-

râmetros, como a média e o desvio padrão populacional, a partir de uma amostra

aleatória dessa população.

Seja uma amostra aleatória simples (X1, X2, …, Xn) de


tamanho “n” extraída de uma população qualquer com
média e variância finita. À medida que o tamanho da
amostra “n” cresce, a  distribuição da média amostral
se aproxima de uma distribuição normal centrada na
mesma média populacional e variância . Matematica-
mente, pode-se escrever:

Existem vários fatos interessantes sobre o Teorema do Limite Central:

• A distribuição média amostral é centrada na média populacional.

Esse fato é bastante coerente com a Lei dos Grandes Números e, também,

é muito interessante, pois nos permite uma forma fácil de estimar a média popula-

cional a partir de uma amostra.

• A variância da média amostral reduz com o tamanho da amostra.

Mais um fato coerente com a Lei dos Grandes Números. À medida que tomamos

amostras cada vez maiores, é natural que elas se concentrem em torno do valor

exato da média populacional.

É bastante comum chamar o desvio padrão da média amostral de erro padrão:

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É importante não confundir o erro padrão com o desvio padrão. Enquanto

o desvio padrão diz respeito à população em si, o  erro padrão diz respeito à

média amostral.

• Distribuição Normal.

Essa aqui é uma das grandes inovações do Teorema do Limite Central, qualquer

que seja a população considerada, a média amostral se aproximará de uma distri-

buição normal.

Trata-se de um fato bastante interessante, pois nos permite utilizar a mesma

teoria de estimativa de parâmetros, intervalo de confiança para qualquer que seja

a população considerada.

Essa parte do teorema é um dos resultados mais importantes da Estatística In-

ferencial e servirá de base para que consideremos todos os métodos de estimativas

que serão aprendidos mais adiante nesse material.

• Considera uma Amostra Aleatória Simples.

Em Amostragem, dizemos que a amostra aleatória estratificada é mais custosa,

porém, produz resultados melhores que a amostra aleatória simples.

Em termos do Teorema do Limite Central, esses resultados melhores se tradu-

zem em menor erro padrão para a média amostral.

• Os valores que entram na média e erro padrão são da população original.

Esse é um dos pequenos problemas do Teorema do Limite Central. Ele é sem-

pre válido, porém, considera os parâmetros reais da população, como sua média e

desvio padrão.

Na maioria das vezes queremos estimar a média e o desvio padrão populacio-

nal, portanto, desconhecemos a princípio esses valores.

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Isso trará problemas para a vida real na hora de aplicar esse teorema. Em ques-

tões de prova, veremos como faremos para contornar tal problema.

3.1. Intervalo de Confiança para a Média

Um intervalo de confiança para a média é construído a partir de uma amostra.

É sempre centrado na média obtida experimental, ou seja, na média amostral.

E  sua largura depende do grau de confiança desejado, geralmente representado

por 1 – α.

Um grau de confiança de 95% significa que 95% dos intervalos de confiança cons-

truídos por meio de amostras aleatórias simples contêm o valor real do parâmetro.

Muito cuidado com essa definição.

É comum ouvirmos na televisão, por exemplo, em pesquisas eleitorais o seguinte:

“as intenções de voto de tal candidato são de 40% com margem de erro de 3 pontos

percentuais para mais ou para menos. O grau de confiança da pesquisa é de 99%.”

A tal margem de erro diz respeito ao intervalo de confiança que foi construído.

Porém, fazemos a interpretação de que existe uma probabilidade de 99% de o valor

real das intenções de voto do candidato ser de 37% a 43%. Porém, tal interpreta-

ção está errada.

Matematicamente falando, o valor real das intenções de voto de um candidato

possui um valor real exato. Portanto, não há que se falar em probabilidade de ele

estar contido em um intervalo de confiança construído, pois se trata de um evento

determinístico que ou aconteceu ou não aconteceu.

Por exemplo, se esse valor é de 35%, a probabilidade de ele estar no intervalo

de confiança construído é de 0%. Por outro lado, se o valor real é de 42%, a pro-

babilidade de estar no intervalo de confiança construído é de 100%.

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A interpretação correta a se fazer da margem de erro ou do intervalo de con-

fiança é de que ele é construído a partir de amostras aleatórias. Portanto, o inter-

valo de confiança em si é aleatório.

Dessa maneira, se pudéssemos fazer várias pesquisas eleitorais, em 95% delas,

o valor real do parâmetro apareceria dentro dos intervalos de confiança que seriam

construídos seguindo essa técnica.

Agora, vamos falar sobre como construir o intervalo de confiança para a média

amostral. Primeiramente, devemos considerar a variável normalizada para a média

amostral, que é:

Lembre-se de que a normalização é feita retirando-se a média e dividindo-se

pelo desvio padrão. Por isso, tivemos que tomar a raiz quadrada de  .

Essa variável normalizada deve seguir uma distribuição normal padrão. Deve-

mos dividir a curva normal padrão nas seguintes regiões.

Figura 3: Estatística do Intervalo de Confiança

O intervalo de confiança para a normal padrão cobrirá de –zα a + zα. É importan-

te registrar que a estatística zα é tal que:

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Estatisticamente falando, devemos tomar o intervalo de confiança bilateral,

ou seja, ambos os lados da normal.

Temos que:

Como o intervalo é simétrico, podemos inverter o sinal da desigualdade.

Resumidamente, podemos escrever que o intervalo de confiança será:

Veja, portanto, o que falamos. O intervalo de confiança é construído com base

na média amostral, portanto, é feito um intervalo de confiança para cada amostra.

Como a amostra é aleatória, o intervalo de confiança também será aleatório.

Alguns deles conterão o valor real do parâmetro, outros não. O grau de confian-

ça nos diz qual é o percentual desses intervalos de confiança que conterão o valor

real parâmetro.

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Outro fato importante a se notar é que, do jeito que demonstramos, precisamos do

valor real do desvio padrão populacional. Na maioria das situações práticas, se deseja-

mos estimar a média populacional, é pouco provável que conheçamos o desvio padrão.

Para lidar com esse problema, existem duas possibilidades:

• Utiliza-se uma versão modificada do Teorema do Limite Central com a distri-

buição T-student.

Essa distribuição nem sempre está prevista em editais, portanto, somente será

estudada se for realmente possível de ser cobrada na sua prova.

• Faz-se a suposição de que a amostra é muito grande.

Nesse caso, pode-se aproximar o desvio padrão populacional pelo desvio padrão

amostral e também aproximar a T-student de uma distribuição normal.

Se a amostra for considerada muito grande podemos utilizar o Intervalo de Con-

fiança que propusemos nessa seção normalmente.

3.2. Estatística do Intervalo de Confiança

Como falado, a estatística do intervalo de confiança (zα) é o valor tal que:

A dica que sempre dou para os meus alunos é de sempre desenhar as probabilida-

des na hora da prova na curva normal padrão. O seu objetivo é encontrar o seguinte.

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Um examinador mais benevolente fornecerá para você os dados já com os mó-

dulos. Por exemplo, suponha que você deseja construir um intervalo de confiança

de 95% e o examinador lhe forneça que: . Nesse caso, o exami-

nador lhe deu a faca e o queijo na mão. Vejamos no gráfico:

Figura 4: Ilustração Bilateral da Normal Padrão destacando Z = 1,96

De acordo com os dados fornecidos, na região entre -1,96 e +1,96 temos a pro-

babilidade de 95% sobre a curva normal padrão. Sendo assim, é exatamente esse

o valor da estatística do intervalo (zα = 1,96).

Por outro lado, um examinador mais pernicioso tentará lhe confundir a respeito

da estatística de teste. Por exemplo, ele poderá te pedir um intervalo de confiança

de 99% e lhe fornecer os seguintes dados.

Nesse caso, qual dos valores deve ser utilizado para zα?

O modo mais simples de entender a estatística de teste correta a ser utilizada é

desenhando todos os valores fornecidos na normal padrão.

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Figura 5: Ilustração Unilateral da Normal destacando Z = 2,06; 2,34 e 2,59

Perceba, porém, que os dados fornecidos não condizem com o formato de dese-

nho que precisamos para obter a estatística do intervalo de confiança.

No entanto, podemos converter usando o fato de que a normal padrão é simé-

trica em relação à origem. Dessa forma, temos:

Figura 6: Conversão da Normal Unilateral em Bilateral

Sendo assim, do jeito que precisamos para o intervalo de confiança, devemos

escolher zα = 2,59, pois é exatamente nesse caso que temos que a região entre -zαe

+ zα possui a área de 99% da normal.

Questão 2    (FGV/ISS RECIFE/2014/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO) Para es-

timar a proporção populacional p de eleitores favoráveis a certa candidatura, uma

amostra aleatória simples de tamanho 1.600 foi observada e mostrou 800 eleitores

favoráveis à referida candidatura. Um intervalo de 95% de confiança para p é:

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a) (0,4602; 0,5398)

b) (0,4555; 0,5445)

c) (0,4620; 0,5380)

d) (0,4343; 0,5657)

e) (0,4755; 0,5245)

Letra e.

O primeiro ponto a se considerar é que a questão fala sobre a proporção de eleito-

res que votam em um determinado candidato.

Votar ou não votar é uma escolha binária, portanto, trata-se de uma variável alea-

tória de Bernouilli. A estimativa da proporção de SIM é:

Além disso, o desvio padrão de uma variável de Bernouilli é dado por:

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Agora, vamos nos atentar à escolha correta da estatística do intervalo de confiança.

Perceba que a questão já nos forneceu |Z|, portanto, os dados fornecidos já são

bilaterais. Podemos desenhar o gráfico.

Sendo assim, a estatística a ser usada é 1,96. Agora, faremos o intervalo de confiança.

Sendo assim, o intervalo de confiança pedido abrange a seguinte faixa.

Questão 3    (FGV/SEFAZ-RJ/2009/FISCAL DE RENDAS) Para examinar a opinião

de uma população sobre uma proposta, foi montada uma pesquisa de opinião em

que foram ouvidas 1680 pessoas, das quais 51,3% se declararam favoráveis à

proposta. Os  analistas responsáveis determinaram que a margem de erro desse

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resultado, em um determinado nível de confiança, era de 2 pontos percentuais,

para mais ou para menos.

Considerando que fosse desejada uma margem de erro de 1 ponto percentual, para

mais ou para menos, no mesmo nível de confiança, assinale a alternativa que indi-

que o número de pessoas que deveriam ser ouvidas.

a) 840

b) 2520

c) 3360

d) 5040

e) 6720

Letra e.

Prestemos atenção à expressão do intervalo de confiança.

A margem do intervalo de confiança é dada por:

Como será mantido o mesmo nível de confiança, o z utilizado será o mesmo para

as duas amostras. Sendo assim, a margem do intervalo de confiança será inversa-

mente proporcional à raiz quadrada do tamanho da amostra. Podemos escrever:

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Fazendo a divisão:

Questão 4    (CESPE/TCE-PA/2016) Uma amostra aleatória, com n = 16 observa-

ções independentes e identicamente distribuídas (IID), foi obtida a partir de uma

população infinita, com média e desvio padrão desconhecidos e distribuição nor-

mal. Tendo essa informação como referência inicial, julgue os seguintes itens.

Em um intervalo de 95% de confiança para a média populacional em questão, caso

se aumente o tamanho da amostra em 100 vezes (passando a 1.600 observações),

a largura total do intervalo de confiança será reduzida à metade.

Para essa amostra aleatória simples, o valor esperado da média amostral é igual à

média populacional.

Errado, Certo.

Olhando a expressão do intervalo de confiança.

Podemos ver que a largura total é inversamente proporcional à raiz quadrada do

tamanho da amostra.

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Sendo assim, ao aumentar o tamanho da amostra, podemos ver que:

Portanto, a largura total do intervalo de confiança se reduz a um décimo.

Além disso, o fato de que o valor esperado da média amostral é igual à média po-

pulacional é uma consequência direta do Teorema do Limite Central.

Questão 5    (CESPE/TCE-PR/2016/ANALISTA DE CONTROLE ATUARIAL) A partir

de um levantamento estatístico por amostragem aleatória simples em que se en-

trevistaram 2.400 trabalhadores, uma seguradora constatou que 60% deles acre-

ditam que poderão manter seu atual padrão de vida na aposentadoria.

Considerando que P(|Z| ≤ 3) = 0,99, em que Z representa a distribuição normal

padrão

Assinale a opção correspondente ao intervalo de 99% de confiança para o percen-

tual populacional de trabalhadores que acreditam que poderão manter seu atual

padrão de vida na aposentadoria:

a) 60% + 1,0%

b) 60% + 1,5%

c) 60% + 3,0%

d) 60% + 0,2%

e) 60% + 0,4%

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Letra c.

Aplicação direta da expressão do Intervalo de Confiança.

A questão fala sobre uma proporção de pessoas. Sempre que temos proporção de-

vemos nos lembrar de uma Variável de Bernouilli, cuja média foi fornecida de 60%

e a variância pode ser calculada pela expressão.

Além disso, a estatística do intervalo de confiança foi fornecida como . Portanto,

podemos escrever:

Questão 6    (FGV/ICMS-SP/2009) Em uma pesquisa de tributos de competência

estadual, em 2008, realizada com 400 recolhimentos escolhidos aleatoriamente de

uma população considerada de tamanho infinito, 80% referiam-se a determinado

imposto. Deseja-se construir um intervalo de confiança de 95,5% para a estima-

tiva dessa proporção. Considerando normal a distribuição amostral da frequência

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relativa dos recolhimentos desse imposto e que na distribuição normal padrão a

probabilidade P (-2 < Z < 2) = 95,5%, o intervalo é:

a) 80% + 10%

b) 80% + 8%

c) 80% + 6%

d) 80% + 4%

e) 80% + 2%

Letra d.

Mais uma vez, quando temos proporção devemos nos remeter a uma Variável de

Bernouilli, cuja média foi fornecida de 80% e cuja variância pode ser calculada:

Foi fornecido diretamente o valor de = 2. Portanto, o intervalo de confiança pode

ser determinado.

Questão 7    (CESPE/TCE-PA/2016) Se os totais de observações na amostra dos

processos de amostragem aleatória simples e de amostragem aleatória estratifica-

da forem iguais, o desvio padrão do estimador da média por amostragem aleatória

simples será menor que o por amostragem estratificada.

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Errado.

Os resultados da amostragem aleatória estratificada sempre serão melhores que os

resultados da amostragem aleatória simples. Resultados melhores significam um

erro padrão menor.

Questão 8    (FCC/CNMP/2015/ANALISTA DO CNMP) Uma amostra aleatória de ta-

manho 256 é extraída de uma população normalmente distribuída e considerada

de tamanho infinito. Considerando que o desvio padrão populacional é igual a 100,

determinou-se, com base na amostra, um intervalo de confiança de 86% igual a

[890,75; 909,25]. Posteriormente, uma nova amostra de tamanho 400, indepen-

dente da primeira, é extraída desta população, encontrando-se uma média amos-

tral igual a 905,00. O novo intervalo de confiança de 86% é igual a:

a) [897,60; 912,40].

b) [899,08; 910,92].

c) [901,30; 908,70].

d) [903,15; 906,85].

e) [903,30; 906,70].

Letra a.

O(a) aluno(a) deve ter em mente que o intervalo de confiança é construído a partir

de cada amostra.

Na primeira amostra, podemos escrever:

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A margem do intervalo de confiança corresponde à metade da largura.

Para a segunda amostra, temos a mesma população, portanto, o  mesmo desvio


padrão populacional e a mesmo grau de confiança. Sendo assim, escrevemos para
o segundo intervalo de confiança:

Questão 9    (FGV/SEFAZ-RJ/2010/AFRE) Suponha que os salários dos trabalhado-


res numa certa região sejam descritos por uma variável populacional com média
desconhecida e desvio padrão igual a R$200,00. Para se garantir, com 95% de
probabilidade, que o valor da média amostral dos salários não diferirá do valor da
média populacional por mais de R$10,00, a amostra aleatória simples deverá ter
no mínimo, aproximadamente, o seguinte tamanho:
Dado: P(|Z| < 1,96) = 0,95
a) 3.568
b) 3.402
c) 2.489
d) 2.356

e) 1.537

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Letra e.

Ao dizer “o valor da média amostral dos salários não diferirá por mais de R$10,00”,

a questão nos pede que a margem do intervalo de confiança seja de R$10,00.

O parâmetro já foi fornecido de forma adequada para ser utilizado no intervalo

de confiança. Portanto, temos:

Como não existe uma amostra de 1.536,64 elementos, devemos ter que ela deve

possuir pelo menos 1.537 elementos.

Questão 10    (FCC/CNMP/2015/ANALISTA) Uma pesquisa é realizada em uma

grande cidade com uma amostra aleatória de 300 habitantes em que 75% deles

manifestaram-se favoráveis à implantação de um projeto para melhorar o atendi-

mento ao público de sua cidade. Com base nesta amostra, deseja-se obter um in-

tervalo de confiança de 95% para esta proporção, considerando que a distribuição

amostral da frequência relativa dos habitantes favoráveis ao projeto é normal. Uti-

lizando a informação da distribuição normal padrão (Z) que as probabilidades P(Z >

1,96) =0,025 e P(Z > 1,64) =0,050, este intervalo de confiança é, em %, igual a:

a) [71,68; 78,32]

b) [71,34; 78,66]

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c) [70,90; 79,10].

d) [70,40; 79,60].

e) [70,10; 79,90].

Letra e.

Como temos uma proporção de habitantes que são favoráveis a determinado proje-

to, estamos claramente falando de uma variável aleatória de Bernouilli, cuja média

foi fornecida de 75% e cuja variância podemos calcular pela expressão.

Agora, podemos calcular a expressão do erro padrão.

Por fim, precisamos da estatística de teste e precisamos pensar muito bem no va-

lor a ser utilizado. Note que foi fornecida a probabilidade unilateral. Graficamente,

podemos representar os dados do enunciado.

Note que esses dados não estão prontos para serem usados na expressão do

intervalo de confiança, pois foram fornecidos os dados unilaterais e nós precisa-

mos dos dados bilaterais. Mas, para isso, podemos fazer a conversão.

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Dessa maneira, devemos utilizar . Agora, apliquemos na expressão do

intervalo de confiança.

Questão 11    (FCC/TRF2/2012/ANALISTA JUDICIÁRIO) Uma pesquisa realizada

com 8.400 habitantes de uma cidade, escolhidos aleatoriamente, revelou que 70%

deles estavam satisfeitos com o desempenho do prefeito. Considere que é normal

a distribuição amostral da frequência relativa dos habitantes satisfeitos com o de-

sempenho do prefeito e que, na curva normal padrão Z, a probabilidade P(Z>1,96)

= 0,025. Considerando a cidade com uma população de tamanho infinito, o inter-

valo de confiança para esta proporção ao nível de confiança de 95%, com base no

resultado da amostra, é:

a) [65,10%; 74,90%].

b) [66,08%; 73,92%].

c) [67,06%; 72,94%].

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d) [68,04%; 71,96%].

e) [69,02%; 70,98%].

Letra e.

Aprovar ou não o prefeito é uma variável de Bernouilli com média de 70%. A vari-

ância dessa distribuição é:

Agora, podemos calcular o erro padrão:

A estatística do intervalo de confiança de 95% já foi fornecida de modo adequado,

o que podemos checar fazendo o gráfico.

Dessa forma, podemos calcular o intervalo de confiança pela expressão.

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Questão 12    (FCC/SEFAZ-PI/2015/ANALISTA DO TESOURO ESTADUAL) Para resol-

ver à questão utilize, dentre as informações dadas a seguir, as que julgar apropriadas.

Se Z tem distribuição normal padrão, então:

P(Z < 0,5) = 0,691; P(Z < 1) = 0,841; P(Z < 1,2) = 0,885; P(Z < 1,28) = 0,90.

Com o objetivo de se estimar a idade média, μ, em anos, de ingresso no primeiro

emprego formal de jovens de determinada comunidade, selecionou-se uma amos-

tra aleatória de 100 jovens da população de jovens que já haviam ingressado no

mercado de trabalho formal. Os resultados obtidos encontram-se na tabela de dis-

tribuição de frequências apresentada a seguir:

Considere:

I – Que a população de onde a amostra foi retirada é infinita e tem distribuição

normal com desvio padrão igual a 1 ano.

II – Para a estimativa pontual de µ a média aritmética das 100 idades apre-

sentadas, calculada considerando que todos os valores incluídos num in-

tervalo de classe são coincidentes com o ponto médio do intervalo.

Nessas condições, o intervalo de confiança para µ, em anos, com coeficiente

de confiança igual a 77%, baseado nessa amostra, é dado por:

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a) (22,38; 22,62)

b) (20,40; 22,60)

c) (21,95; 22,85)

d) (22,35; 22,65)

e) (20,30; 22,70)

Letra a.

O primeiro passo nesta questão é calcular a média amostral:

Classe Ponto Médio Frequência Relativa


18 a 20 19 0,10
20 a 22 21 0,30
22 a 24 23 0,35
24 a 26 25 0,25

Calculada a média amostral e de posse do desvio padrão populacional, precisamos

apenas da estatística do intervalo de confiança. Para isso, devemos prestar atenção

aos dados fornecidos pelo enunciado.

Após escolhido o valor correto da estatística do intervalo de confiança, basta

fazermos as contas.

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4. Estimativa de Máxima Verossimilhança


O estimador de máxima verossimilhança toma a amostra obtida como sendo

a mais provável de se obter a partir da população original. Em outras palavras,

o estimador toma a amostra obtida como representativa da população.

Se desejamos obter a média e a variância populacional a partir de uma amostra,

o estimador de máxima verossimilhança tomará os valores de e que melhor

expliquem aquela amostra.

Existem várias técnicas para obter tal estimativa, porém, em provas de con-

cursos, o mais comum é simplesmente tomar a média populacional como o valor

calculado para a média amostral.

Caso seja fornecida uma distribuição conhecida – o que é o caso, na maioria

das questões –, você utilizará as expressões daquela distribuição para o cálculo da

variância com base na média.

É importante citar que, como a amostra é considerada como representativa da

população como um todo, não é feito nenhum ajuste para o cálculo da variância

amostral. Sendo assim, não é utilizado aquele famoso N-1 no denominador.

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Deve-se utilizar as mesmas expressões para o cálculo da variância populacional,

sem fazer nenhum ajuste. Porém, o estimador não viesado para a variância popu-

lacional possui N-1 no denominador, e não N.

Portanto, o estimador de máxima verossimilhança para a variância é vie-

sado. Em outras palavras, ele não tende para o real valor do parâmetro variância,

mas sim para um valor ligeiramente diferente.

Questão 13    (CESPE/TCU/2015/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)

Considerando que uma amostra aleatória simples X1, X2, X3, X4 tenha sido retirada de

uma distribuição X cuja função de probabilidade é definida como ,

em que 0 ≤ p ≤ 1, k  {0, 1, 2,..., 10}, sendo p o parâmetro desconhecido, e que

os valores observados na amostra tenham sido 0, 4, 6 e 2, julgue o item a seguir.

A estimativa de máxima verossimilhança para a variância populacional é igual a 2,1.

Certo.

Primeiramente, faremos a estimativa da média populacional.

Agora, notemos que a distribuição fornecida é a conhecida distribuição binominal.

Sendo assim, podemos calcular a estimativa da variância por.

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O parâmetro p, por sua vez, pode ser calculado a partir da média estimada.

Agora, basta aplicar na expressão da variância.

Questão 14    (CESPE/TCE-PA/2016/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Conside-

re um processo de amostragem de uma população finita cuja variável de interesse

seja binária e assuma valor 0 ou 1, sendo a proporção de indivíduos com valor 1

igual a p = 0,3. Considere, ainda, que a probabilidade de cada indivíduo ser sortea-

do seja a mesma para todos os indivíduos da amostragem e que, após cada sorteio,

haja reposição do indivíduo selecionado na amostragem.

A partir dessas informações, julgue o item subsequente.

Caso, em uma amostra de tamanho n = 10, os valores observados sejam A = {1, 0,

1, 0, 1, 0, 0, 1, 0, 0}, a estimativa via estimador de máxima verossimilhança para

a média populacional será igual a 0,4.

Certo.

A estimativa de máxima verossimilhança toma a amostra obtida como representa-

tiva da população original

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Questão 15    (CESPE/TCE-PA/2016/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Uma

amostra aleatória, com  n  = 16 observações independentes e identicamente dis-

tribuídas (IID), foi obtida a partir de uma população infinita, com média e desvio

padrão desconhecidos e distribuição normal.

Se a média amostral for igual a 3,2 e a variância amostral, igual a 4,0, o estimador

de máxima verossimilhança para a média populacional será igual a 1,6.

Errado.

Se a média amostral for igual a 3,2, então a estimativa de máxima verossimilhança

para a média populacional também deverá ser igual a 3,2.

Questão 16    (CESPE/TCE-PA/2016/AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO) Caso,

em uma amostra aleatória de tamanho n = 4, os valores amostrados sejam A =

{2, 3, 0, 1}, a estimativa de máxima verossimilhança para a variância populacional

será igual a 5/3.

Errado.

Na estimativa de máxima verossimilhança não é feita nenhuma correção de ajuste.

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Questão 17    (CESPE/EBSERH/2018/ANALISTA ADMINISTRATIVO) X1, X2,..., X10 re-

presenta uma amostra aleatória simples retirada de uma distribuição normal com

média µ e variância σ2 , ambas desconhecidas. Considerando que representam os

respectivos estimadores de máxima verossimilhança desses parâmetros populacio-

nais, julgue os itens subsecutivos.

é um estimador viciado (ou tendencioso) para a variância populacional, pois

O estimador de máxima verossimilhança para a função de densidade da distribui-

ção normal em questão é , para qualquer valor real x.

Certo, Certo.

De fato, o estimador de máxima verossimilhança para a variância é tendencioso

ou viesado.

E, de fato, basta aplicar essa estimativa na expressão da normal para obter uma es-

timativa de máxima verossimilhança para a função de densidade de probabilidade.

5. Distribuição T-Student
O Teorema do Limite Central é um dos pilares centrais da Estatística. Porém, ele

tem o grave problema de requerer o conhecimento do desvio padrão populacional,

o que, em termos práticos, não é viável, pois, se queremos estimar a média popu-

lacional, é bem provável que desconheçamos a variância.

Porém, é possível utilizar uma ligeira adaptação do intervalo de confiança para

utilizá-lo com o desvio padrão amostral.

Utilizaremos a seguinte aproximação.

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É interessante reparar as diferenças desse teorema em relação ao Teorema do

Limite Central. Em primeiro lugar, estamos utilizando o valor estimado para o des-

vio padrão populacional, que será o próprio desvio padrão amostral. Em segundo

lugar, estamos utilizando a distribuição T-student com n-1 graus de liberdade.

Por ora, você não precisará saber o que são os graus de liberdade da T-student.

Porém, é interessante saber que, quanto maior o número de graus de liberdade,

mais ela se aproximará da curva normal.

Feito isso, faremos o mesmo procedimento que já fazíamos para construir o in-

tervalo de confiança. Apenas trocaremos o zα pelo tα.

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Figura 7: Comparação entre T-Student de vários graus de liberdade e a Normal

Acima de 30 graus de liberdade, já temos que a T-student é muito próxima da

normal. Como vimos, o número de graus de liberdade a ser utilizado é n-1 em que

n é o tamanho da amostra.

Sendo assim, para amostras superiores a 31 unidades, já poderíamos substituí-

-la pela normal.

Questão 18    (CESGRANRIO/TRANSPETRO/2011/TÉCNICO QUÍMICO) Os resul-

tados de medição de Hg em quatro alíquotas de uma amostra de solo coletada

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numa região específica de um garimpo foram: 44,0; 54,0; 52,0; 50,0 e 48,0 mg/

kg, com desvio padrão do conjunto igual a 3,8 mg/kg.

Considerando a distribuição t-student (cujo valor de parâmetro t é igual a 2,8 para

graus de liberdade igual a 4 e 95% de limite de confiança) a concentração de Hg,

em mg/kg, está compreendida entre:

a) 44,8 e 54,4

b) 44,3 e 49,6

c) 45,8 e 53,4

d) 46,8 e 52,4

e) 49,6 e 54,9

Letra a.

Como a amostra tem 5 elementos e o desvio padrão populacional é desconhecido,

devemos, de fato, utilizar a T-student com 4 graus de liberdade.

No mais, todos os dados foram fornecidos. Basta construir o intervalo de confiança.

A média amostral pode:

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Questão 19    (FCC/CNMP/2015/ANALISTA DO CNMP) Um intervalo de confiança

de 95% para a média μ de uma população normal de tamanho infinito e variância

desconhecida foi construído com base em uma amostra aleatória de tamanho 16 e

com a utilização da distribuição t de Student. Considere t0,025 o quantil da distri-

buição t de Student para o teste unicaudal tal que a probabilidade P(t > t0,025 )

=0,025, com n graus de liberdade.

Se a variância amostral foi igual a 4,84, então a amplitude do intervalo é

igual a:

a) 2,332

b) 2,338

c) 2,343

d) 2,340

e) 2,354

Letra c.

A expressão “população de variância desconhecida” é chave para compreender que

precisamos de um teste de t-Student.

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Como a amostra é de tamanho 16, precisamos escolher a T-Student com 15 graus

de liberdade.

Feito isso, vamos calcular o desvio padrão amostral.

Agora, basta aplicar a expressão da amplitude (ou largura total) do intervalo de

confiança.

Questão 20    (FGV/SEFAZ-RJ/2009/AGENTE FISCAL DE RENDAS) Uma empresa

afirma que os pacotes de bala que ela produz pesam em média 25g. Para testar

essa hipótese, foram selecionados ao acaso 16 pacotes produzidos pela empresa,

registrados seus pesos e calculadas as estatísticas

O valor da estatística t (a ser comparado com o ponto desejado da distribuição t de

Student) para o teste é:

a) -0,8.

b) -1,2.

c) -2,0.

d) -2,5.

e) -3,2.

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Letra d.

A estatística T-Student é dada por:

A média amostral é dada por:

Por outro lado, a variância populacional associada a essa amostra pode ser calcu-

lada pela expressão:

Como temos uma amostra, a variância amostral deve ser calculada aplicando-se o

fator de correção:

Então, finalmente, podemos obter a estatística T.

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6. Testes de Hipóteses
O teste de hipóteses, também denominado testes estatístico ou teste de signi-

ficância, é o procedimento estatístico que permite tomar a decisão de rejeitar ou

não uma hipótese inicial, denominada hipótese nula (H0).

Tomemos como exemplo que você seja um auditor-fiscal que está avaliando o

teor de nicotina em um carregamento de cigarros.

A empresa fabricante alega que o teor médio de nicotina de seus cigarros é de

1%, o que a enquadraria em uma certa faixa de tributação. No entanto, você iden-

tificou um carregamento de 100 pacotes de cigarro com um teor médio de 1,10%

de nicotina.

Porém, a empresa alegou que havia, também, um desvio padrão de 0,5% no

teor de nicotina dos cigarros. Sendo assim, haveria uma probabilidade de que

realmente fosse comprado um lote de 100 unidades com uma média de 1,10%

de nicotina.

Diante dessa discussão, o primeiro ponto que é natural questionar é: qual a pro-

babilidade de realmente uma amostra de 100 unidades de cigarros apresentar uma

média igual ou superior a 1,10%, considerando válidas as afirmações do fabricante?

Este questionamento decorre do fato de que, caso essa probabilidade seja real-

mente considerável, o auditor-fiscal poderia pedir um novo exame para confirmar se

realmente foi somente o fator aleatoriedade que influenciou no teor médio medido.

Por outro lado, se essa probabilidade for bastante pequena é possível que tenha

realmente havido fraude em relação ao teor de nicotina na amostra de cigarros.

É exatamente isso que se chama de Valor-P.

Antes de aprendermos a calcular o Valor-P, vamos solidificar dois conceitos im-

portantes sobre o teste de hipótese:

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• Hipótese Nula: é a hipótese que se deseja testar;

• Hipótese Alternativa: é a hipótese que será adotada, caso a hipótese nula

seja considerada rejeitada pelo teste.

Na situação-problema, tem-se:

(defendida pela fabricante de cigarros).

(tese do fisco que modifica a faixa de tributação).

6.1. Tipos de Testes

O teste é classificado de acordo com a hipótese alternativa em testes bilate-

rais ou unilaterais à esquerda ou à direita.

Vejamos alguns exemplos de hipóteses e a classificação do respectivo teste a

ela associado.
Tabela 1: Classificações dos Testes de Hipóteses

H0 H1 Classificação
Bilateral

Bilateral

Unilateral à esquerda

Unilateral à direita

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Sendo assim, não se esqueça de que os testes de hipóteses são classificados

segundo a hipótese alternativa, não pela hipótese nula.

6.2. Valor -P

O valor-P corresponde à probabilidade de se obter uma amostra de um determi-

nado patamar ou mais afastado da média, considerando válida a hipótese nula.

Nesse caso, é a probabilidade de produzir uma amostra de 100 unidades com

um teor médio igual ou superior a 1,10%.

Dado: P (Z < 2) = 0,977

Para calcular essa probabilidade, devemos recorrer ao Teorema do Limite Cen-

tral ou, pelo menos, a uma de suas consequências mais importantes: a normaliza-

ção da média amostral.

Aplicando essa transformação, temos:

Dessa maneira, temos que:

Como Z é uma variável normal padrão, essa probabilidade está tabelada e, in-

clusive, costuma ser fornecida em questões de prova. Basta desenharmos a normal.

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Dessa maneira, temos que:

6.3. Nível de Significância

O nível de significância corresponde à probabilidade de rejeitar a hipótese

nula, sendo ela verdadeira.

Sendo assim, trata-se de uma restrição ao teste. Quanto maior for o nível de

significância, dificilmente a hipótese nula será mantida.

É importante entender que o nível de significância cria uma zona de rejei-

ção na curva normal padrão. Caso o valor-P associado à sua amostra esteja intei-

ramente dentro dessa zona de rejeição, a hipótese nula será rejeitada.

Caso o valor-P não esteja inteiramente dentro da zona de rejeição, a hipótese

nula não será rejeitada. Alguns estatísticos e algumas questões de prova dizem

que a hipótese nula é aceita, porém, em termos científicos, é mais rigoroso di-

zer que ela não foi rejeitada, tendo em vista que ela ainda poderá ser contestada

mais adiante.

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Por exemplo, vejamos o que acontece para os níveis de significância de 2%

e 5% na situação-problema apresentada que trata um teste unilateral à direita.

Note que o valor-P associado à situação-problema é de 2,3% que está marcado

em P(Z > 2) = 0,023. Na Figura 10 esse valor foi apresentado em verde.

Figura 10: Regiões de Rejeição para a Hipótese Nula a Diferentes Níveis de Significância

Sendo assim, temos a seguinte regra para testes unilaterais:


Tabela 2: Regra de Decisão para Testes Unilaterais

Rejeita a Hipótese Nula

Não rejeita a Hipótese Nula

É raro, porém, em algumas questões, pode ser cobrado o teste de hipóteses

bilateral. Nesse caso, teríamos:

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Figura 11: Zonas de Rejeição para o Teste de Hipóteses Bilateral

Perceba que, neste caso, a zona de rejeição criada pelo nível de significância

de 5% abrange uma área de 2,5% de cada lado da normal. O valor-P de 2,3%

continua inteiramente contido nessa região, por isso, continuamos rejeitando a

hipótese nula.

Analogamente, a zona de rejeição para o nível de significância de 2% abrange

uma área de 1% de cada lado da normal. Sendo assim, dividimos em duas partes

o nível de significância para o caso de testes bilaterais. Nossa regra de decisão

fica como descrito na Tabela 3.


Tabela 3: Regra de Decisão para Testes Bilaterais

Rejeita a Hipótese Nula
Não rejeita a Hipótese Nula

6.4. Tipos de Erros

Em relação à hipótese nula, tem-se duas possibilidades: ela pode ser falsa ou

verdadeira. Podemos, portanto, cometer dois tipos de erros:

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Erro do Tipo I : é a possibilidade de rejeitar a hipótese nula, quando ela é

verdadeira. Corresponde ao nível de significância do teste.

Erro do Tipo II : é a possibilidade de não rejeitar (ou aceitar) a hipótese

nula, quando ela é falsa.

De maneira geral, é muito difícil medir exatamente a probabilidade de erro do

tipo II. É pouco provável que tal conta seja cobrada em questões de prova.

Além disso, precisamos entender que, em regra, o erro do tipo I é muito mais

perigoso do que o erro do tipo II.

Vejamos o caso da situação-problema apresentado. Caso a hipótese nula (a

alegação da empresa) seja rejeitada, ela será processada e forçada a pagar uma

multa que provavelmente não será leve.

O transtorno para a empresa será grande e ela poderá ter sérios prejuízos.

Imagina ela passar por esse tipo de situação sendo inocente e todas as consequ-

ências negativas só terem acontecido por uma simples questão de probabilidade

e estatística.

Por outro lado, caso a hipótese nula seja mantida, mesmo com a companhia

realmente mentindo, o  auditor-fiscal não conseguirá interceptar a sua primeira

amostra agora. Porém, ele poderá continuar monitorando a empresa e ele ainda

poderá detectar que realmente o nível de nicotina está acima de 1% (hipótese nula

falsa) em outro teste.

Como no Direito, vigora o princípio de que somos inocentes até que se prove

o contrário, a probabilidade de ocorrência de erro do tipo I (nível de significância)

realmente deve ser minimizada.

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É impossível realmente zerar essa probabilidade, pois, nesse caso, o teste de

hipóteses não seria capaz de detectar nenhum tipo de distorção. Porém, não pode-

mos nos sentir confortáveis trabalhando com níveis de significância muito elevados.

Por fim, temos outro conceito interessante a ser apresentado.

Potência do Teste : é a probabilidade de detectar erros. Ou seja, de rejeitar

a hipótese nula quando ela é falsa.

Uma interessante relação que já podemos extrair envolve a potência do teste e

o erro do tipo II.

Acredito que essa relação é a chave de uma boa decoreba. Infelizmente, é mui-

to comum que as questões de prova brinquem com o(a) aluno(a) perguntando a

diferença entre os erros do tipo I e II.

Isso acontece porque as pessoas realmente esquecem e se confundem a respei-

to desses dois tipos de erros.

O que eu recomendo para que você nunca esqueça a diferença entre os erros do

tipo I e II é memorizar o conceito de potência.

Ora, o que é o poder de um teste? Um teste serve para detectar erros. Portanto,

a potência só pode ser a probabilidade de rejeitar o que é falso. Ou seja, a potência

do teste é a probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é falsa.

A seguir, lembre-se da fórmula . Sendo assim, a  potência é comple-

mentar ao erro do tipo II . Quando a hipótese nula é falsa, ela pode ser rejeitada

(potência) ou pode ser aceita (erro do tipo II).

Figura 12: Quadro de Possibilidade para a Hipótese Nula Falsa

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Sendo assim, temos o seguinte quadro de possibilidades para o resultado do

teste. Convém lembrar que não temos nenhum nome específico para a probabilida-

de de aceitar a hipótese nula quando ela é verdadeira.

Questão 21    (FCC/CNMP/2015/ANALISTA DO CNMP) Com relação a testes de hi-

póteses estatísticas e denominando H0 como sendo a hipótese nula e H1 a hipótese

alternativa, a definição de potência de um teste corresponde à probabilidade de:

a) não rejeitar H0, quando H0 é verdadeira.

b) não rejeitar H0, quando H0 é falsa.

c) não rejeitar H0, independentemente de H0 ser falsa ou verdadeira.

d) rejeitar H0, quando H0 é verdadeira.

e) rejeitar H0, quando H0 é falsa.

Letra d.

A potência do teste corresponde à sua capacidade de detectar erros, portanto, é a

probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é falsa.

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Questão 22    (FGV/SUSAM/2017/ECONOMISTA) Suponha que um suspeito esteja

sendo julgado por um crime. O julgamento é feito sempre partindo da hipótese de

que o suspeito é inocente. Um erro do tipo I ocorrerá quando:

a) o suspeito for condenado pelo crime, apesar de ser inocente.

b) o suspeito for absolvido da acusação e, de fato, ser inocente.

c) o suspeito for absolvido da acusação, apesar de ser culpado.

d) o suspeito for condenado pelo crime e, de fato, ser culpado.

e) o suspeito for condenado pelo crime independentemente dele ser ou não culpado.

Letra a.

A meu ver, a forma mais fácil de não se confundir entre o erro do tipo I e o erro do

tipo II é ter em mente o conceito de potência: é a capacidade de detectar erros, ou

seja, de rejeitar a hipótese nula quando ela é falsa.

Então, lembre-se da fórmula:

Sendo assim, o erro do tipo II (beta) é relacionado à potência. Quando a hipótese

nula é falsa, ela pode ser rejeitada (potência) ou aceita (erro do tipo II).

O erro do tipo I só pode ser o contrário: a probabilidade de rejeitar a hipótese nula

(condenar o suspeito) quando ela é verdadeira (ele é inocente).

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Questão 23    (FGV/DPE-RJ/2014/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO) Para

testar a renda média dos cidadãos efetivamente atendidos pela Defensoria Pública

do Estado foi realizado um levantamento a partir dos registros já existentes, que

geraram uma amostra aleatória de tamanho n=100, para a qual foi calculada a mé-

dia amostral igual a R$ 920,00 por mês. Deseja-se demonstrar, cabalmente, que,

em média, os beneficiários ganham mais do que R$ 1.000 por mês. Além disso,

o desvio padrão populacional é conhecido, sendo igual a 500. Portanto, se Ø (-2,00)

= 2,28 % e Ø (-1,50) = 6,68 %, onde Ø (, ) é a distribuição acumulada da Normal

Padrão. Então, neste caso, a hipótese nula seria:

a) rejeitada ao nível de 2,28% e não rejeitada com significância de 6,68%.

b) não rejeitada ao nível de 2,28% e rejeitada com significância de 6,68%.

c) rejeitada tanto com 97,72% quanto com 93,32% de grau de confiança.

d) rejeitada ao nível de significância de 1,14% e 3,34%, bilateral.

e) não rejeitada tanto ao nível de significância 2,28% quanto de 6,68%.

Letra b.

Tomemos a variável normalizada.

Podemos colocar essa estatística de teste em comparação aos dois níveis de signi-

ficância fornecidos.

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Perceba que para a estatística de -1,5, que corresponde ao nível de significân-

cia de 6,68%, o valor-P está inteiramente contido na zona de rejeição, portanto,

a hipótese nula será rejeitada.

Por outro lado, para a estatística de -2, que corresponde ao nível de significância

de 2,28%, o valor-P não está inteiramente contido na zona de rejeição, portanto,

a hipótese nula não será rejeitada.

Questão 24    (FCC/SEFAZ-SP/2009/AGENTE FISCAL DE RENDAS) O gerente de

uma indústria de determinado componente eletrônico garante que a vida média do

produto fabricado é igual a 100 horas. Um comprador desta indústria decide testar

a afirmação do gerente e faz um teste estatístico formulando as hipóteses  e 

, sendo que H0 é a hipótese nula, H1 é a hipótese alternativa e  é a média da

população considerada de tamanho infinito com uma distribuição normal. O desvio

padrão populacional é igual a 10 horas e utilizou-se a informação da distribuição

normal padrão (Z), segundo a qual a probabilidade P(Z > 1,64) = 5%. H0 foi re-

jeitada com base em uma amostra aleatória de 64 componentes em um nível de

significância de 5%. Então, o valor da média amostral foi, em horas, no máximo,

a) 94,75

b) 95,00

c) 96,00

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d) 96,50

e) 97,95

Letra e.

Como a amostra foi rejeitada, temos que o valor-P está inteiramente dentro do ní-

vel de significância.

Como se trata de um teste unilateral à esquerda, temos que a estatística de

teste está à esquerda da origem (negativa).

Precisamos, portanto, que o valor-P seja inferior a 5% para que ele esteja in-

teiramente contido na região de rejeição desse nível de significância. Sendo as-

sim, o limite acontece exatamente na estatística de teste normalizada Z = -1,64,

pois, nesse caso, teremos P (Z < -1,64) = 0,05.

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Questão 25    (FEPESE/ISS CRICIÚMA/2017/AFTM) Em duas pesquisas indepen-

dentes sobre educação em um município foram selecionados aleatoriamente alunos

de quinto ano do ensino fundamental de todas escolas do município para realiza-

rem provas de sondagem (as provas são idênticas nas duas pesquisas). A média

aritmética simples das notas obtidas pelos alunos que realizaram a prova de uma

pesquisa foi 6,6, enquanto que a média aritmética simples das notas obtidas pelos

alunos que realizaram a prova da outra pesquisa foi 5,4.

O seguinte teste de hipótese foi desenhado:

Hipótese H0: A média da população é igual a 6,6.

Hipótese H1: A média da população é igual a 5,4.

Serão aleatoriamente selecionadas 10 provas e calculada a média X dessas 10 provas.

Se X > 6 será aceita a hipótese H0, caso contrário, será rejeitada a hipótese H0.

Foi calculado que a probabilidade de se cometer o ERRO DE TIPO I é de 5,3%,

e que a probabilidade de se cometer o ERRO DE TIPO II é de 4,3%.

Ao realizar o teste de hipóteses acima, se encontrou X = 6,2. Analise a frase abaixo

a respeito do experimento e do teste de hipóteses:

Devemos …………………… que a média da população é 6,6, mas temos ……… de pro-

babilidade de estarmos …………………… .

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Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto.

a) rejeitar • 4,3% • corretos

b) rejeitar • 4,3% • errados

c) aceitar • 4,3% • corretos

d) aceitar • 4,3% • errados

e) aceitar • 5,3% • errados

Letra d.

Como X = 6,2 > 6,0, concluímos que devemos aceitar (ou não rejeitar) a hipóte-

se nula.

A probabilidade de aceitar a hipótese nula estando ela errada corresponde ao erro

do tipo II. Portanto, existe a probabilidade de 4,3% de termos cometido um erro.

Questão 26    (FCC/CNMP/2015/ANALISTA DO CNMP) A probabilidade de sucesso

em um experimento é igual a p. Sejam as hipóteses H0 : p = 2/3 (hipótese nula) e

H1: p = 1/2 (hipótese alternativa). Estabelece-se que H 0 é aceita se e somente se,

pelo menos, 2 sucessos forem obtidos em 3 vezes em que o experimento é execu-

tado. A probabilidade de H0 ser rejeitada, dado que H0 é verdadeira, é

a) 3/8

b) 2/3

c) 20/27

d) 5/9

e) 7/27

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Letra d.

A questão pediu o cálculo do nível de significância associado ao teste. Para que a

hipótese nula seja rejeitada, é preciso que seja obtido 0 ou 1 sucesso apenas.

Devemos calcular essa probabilidade, partindo do princípio de que H0 : p = 2/3 é

verdadeira.

O número de sucesso de uma variável de Bernouilli é dada por uma Binomial, por-

tanto, podemos escrever.

Questão 27    (FUNRIO/SESAU-RO/2017/ESTATÍSTICO) Para testar a hipótese

nula H0: p ≤ 0,5 contra H1: p > 0,5, em que p representa a porcentagem de pes-

soas favoráveis a certa proposta governamental será ouvida uma amostra aleatória

simples de 100 pessoas e usado o critério de decisão que rejeitará a hipótese nula

se o número de pessoas favoráveis na amostra for maior ou igual a 60. A probabi-

lidade de se cometer erro tipo I com esse critério é aproximadamente igual a:

a) 1,0%

b) 2,3%

c) 5,0%

d) 7,4%

e) 10,0%

Dado: P(Z < 2) = 0,977

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Letra b.

O erro do tipo I consiste em rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeira. Ou

seja, consiste em obter uma amostra com número maior ou igual a 60 de pessoas

favoráveis na amostra.

Sendo assim, precisamos calcular:

Como X é uma variável binomial, seria muito difícil calcular a probabilidade asso-

ciada a todos os números maiores ou iguais a 60. Teríamos que calcular para 60,

61, 62, 63, …, 100.

O modo mais fácil de calcular uma probabilidade de intervalos na binomial é utilizar

a aproximação pela normal. Para isso, precisamos tomar uma normal que possui a

mesma média e variância da binomial em questão.

Podemos, então, tomar a normalização:

Portanto, a probabilidade pode ser aproximada por uma normal:

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Como foi fornecido que P(Z < 2) = 0,977, temos que P (Z > 2) = 0,023 = 2,3%.

Questão 28    (INÉDITA/2018) Para entrar numa faixa de tributação menor, um fa-

bricante de cigarros alegou que produzia cigarros com teor de nicotina de média

1% com desvio padrão de 0,2%. Foi encontrado um carregamento de 100 pacotes

com um teor médio de nicotina de 1,05%. Considerando que a hipótese nula do

teste é e a hipótese alternativa é e um nível de significân-

cia para o teste de 1%, é correto afirmar que o valor-P da amostra será:

Dado: 

a) Superior a 1%, portanto a hipótese nula deverá ser rejeitada.

b) Superior a 1%, portanto a hipótese nula não poderá ser rejeitada.

c) Inferior a 1%, portanto a hipótese nula deverá ser rejeitada.

d) Inferior a 1%, portanto a hipótese nula não poderá ser rejeitada.

e) Igual a 1%, portanto deverá ser coletada uma nova amostra.

A respeito dessa situação, pode-se afirmar que:

a) O Auditor-Fiscal realizou um teste unilateral à esquerda.

b) O nível de significância corresponde à probabilidade de rejeitar a hipótese nula,

dado que ela é verdadeira.

c) O poder do teste corresponde à probabilidade de aceitar a hipótese nula, dado

que ela é verdadeira.

d) Quanto maior o tamanho da amostra, é  mais provável que a sua média seja

distante da média populacional.

e) O Auditor-Fiscal realizou um teste bilateral.

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Letra c, letra b.

A hipótese alternativa está à direita da hipótese nula, portanto, o teste é unilateral

à direita. Logo, as letras “a” e “e” estão erradas.

O nível de significância, de fato, corresponde à probabilidade de rejeitar a hipótese

nula quando ela é verdadeira. Já temos o gabarito, letra “b”.

A potência ou poder do teste é a sua capacidade de detectar erros. Ou seja, rejeitar

a hipótese nula quando ela é falsa.

Pelas leis dos grandes números, quanto maior o tamanho da amostra, é mais pro-

vável que sua média esteja próxima da média populacional.

Agora, vamos proceder à normalização da variável.

Sendo assim, o valor-P da amostra será:

Como a probabilidade encontrada é inferior a 1%, temos que a hipótese nula deve

ser rejeitada, porque é inferior ao nível de significância.

Questão 29    (CESPE/TCE-PR/2016/ANALISTA DE CONTROLE ATUARIAL) Por

meio de uma pesquisa, estimou-se que, em uma população, o  percentual p de

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famílias endividadas era de 57%. Esse resultado foi observado com base em uma

amostra aleatória simples de 600 famílias.

Nessa situação, considerando a hipótese nula H0  : p ≥ 60%,a hipótese alternati-

va H1  : p < 60% e P(Z ≤ 2) = 0,977, em que Z representa a distribuição normal

padrão, bem como sabendo que o teste se baseia na aproximação normal, assinale

a opção correta a respeito desse teste de hipóteses.

a) O erro do tipo II representa a probabilidade de se rejeitar a hipótese nula, uma

vez que, na realidade, p = 60%.

b) Com nível de significância α = 2,3%, a regra de decisão do teste é rejeitar a hipó-

tese nula caso o percentual de famílias endividadas na amostra seja inferior a 56%.

c) Trata-se de um teste unilateral à direita.

d) A estatística do teste foi igual ou superior a 1.

e) A hipótese nula deve ser rejeitada caso a probabilidade de ocorrência de erro do

tipo I seja igual ou inferior a 0,01.

Letra b.

O erro do tipo II representa a probabilidade de aceitar a hipótese nula quando ela

é falsa. Portanto, a letra “a” está errada.

O teste é unilateral à esquerda, pois a hipótese alternativa está à esquerda da hi-

pótese nula.

No teste em apreço, tivemos a renda média da família de 57%, portanto, podemos

calcular a estatística do teste por:

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O desvio padrão populacional pode ser calculado lembrando-nos que, como es-

tamos falando de proporção, podemos calcular pela expressão das variáveis de

Bernouilli:

Agora, vamos à estatística de teste. Vamos calcular o denominador antes para

facilitar:

Sendo assim, a estatística de teste foi de -1,5, portanto, foi negativa, logo inferior

a 1. Portanto, a letra “d” está errada.

Por fim, vamos testar a região de rejeição ao nível de significância de 0,023 (2,3%).

Como foi fornecido que P(Z < 2) = 0,977, podemos desenhar as seguintes regiões.

Como o teste é unilateral à esquerda, estamos de olho em Z = -2.

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Sendo assim, a média amostral de 56% é, de fato, o limite para a rejeição da hi-

pótese nula.

Questão 30    (FGV/TCM-SP/2015/AGENTE DA FISCALIZAÇÃO) Em termos ideais,

a legislação municipal recomenda que os gastos com despesas de merenda escolar,

na rede de ensino fundamental, sejam de, pelo menos, R$80 em média, por aluno,

por mês. Através de uma amostra de dezesseis escolas foi calculada a média de

R$74, sendo a variância populacional conhecida igual a 144. São fornecidos tam-

bém os valores da distribuição normal padrão e suas respectivas probabilidades.

Assim sendo, na tentativa de demonstrar que aquela recomendação não está

sendo respeitada, é proposto, pelo TCM/SP, um teste de hipótese sobre o qual é

correto afirmar que:

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O conjunto de hipóteses deve ser H_0:μ≤80 contra H_1:μ>80

Ao nível de significância de 5%, a hipótese nula ideal será rejeitada.

O p-valor associado ao conjunto adequado de hipóteses é de 2%

O conjunto de hipóteses deve ser H_0:μ≥74 contra H_1:μ<74

A probabilidade de que o erro do tipo II seja cometido é de 15%.

Letra b.

A hipótese nula registrada no enunciado é de que os gastos fosse igual ou superior

a 80. Portanto, a letra “a” está errada.

Ao nível de significância de 5%, temos que ficar de olho para os dados que foram

fornecidos, que foram em termos de |Z|. É preciso, portanto, tratar os dados que

foram fornecidos.

Como estamos lidando com um teste unilateral à esquerda, podemos calcular a

estatística de teste. Antes disso, obteremos o desvio padrão populacional como a

raiz quadrada da variância.

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Como a estatística encontrada está mais distante da origem do que o limite de

-1,64, temos que, ao nível de significância de 5%, a hipótese nula será rejeitada.

Questão 31    (CESPE/TCE-PE/2017/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO) Para

avaliar se a proporção p de itens defeituosos enviados por um fornecedor estava

acima do valor pactuado de 0,025, um analista, a partir de uma amostra aleatória

de itens enviada por esse fornecedor, testou a hipótese nula contra a

hipótese , utilizando nível de significância .

A respeito dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens.

O nível de significância representa a probabilidade de se aceitar a hipótese

quando, na verdade, a proporção p for superior a 0,025.

Caso o P-valor do teste efetuado pelo analista seja igual a 0,005, é correto concluir

que a afirmação proposta na hipótese nula seja verdadeira.

Errado, Errado.

O nível de significância é a probabilidade de erro do tipo I, ou seja, é a probabilida-

de de rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeira.

Quando o P-valor do teste é inferior ao nível de significância, a hipótese nula deve

ser rejeitada.

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7. Testes de Hipóteses Específicos


Nessa seção, vamos estudar as distribuições qui-quadrado e a F de Snedecor.

São duas distribuições que são raramente cobradas em provas.

Quando aparecem o enunciado costuma perguntar somente a literalidade das

definições ou um artifício rápido para o cálculo das estatísticas de testes.

Elas são realmente duas distribuições muito complicadas. Porém, você não vai

fazer nenhum curso de Estatística. Então, o que resta para você é uma notícia boa:

as questões de prova de concursos, sobre essas distribuições, são muito simples.

Basta saber alguns artifícios rápidos que você vai saber resolvê-las.

7.1. Teste Chi-Quadrado

Porém, o  que é mais comum aparecer em questões de prova são questões a

respeito do Teste Chi-Quadrado.

Esse teste visa medir a aderência de uma amostra a uma distribuição de pro-

babilidade.

Para isso, deve-se em primeiro lugar obter a estatística de teste.

Ej são os valores esperados com base na distribuição de probabilidade fornecida,

enquanto que Oj são os valores efetivamente observados para a variável aleatória

em estudo.

A estatística de teste compara os quadrados dos desvios dos valores realmen-

te observados para os valores que seriam esperados para a variável aleatória com

os valores esperados.

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Questão 32    (FGV/SENADO FEDERAL/2008/ESTATÍSTICO) A tabela de contin-

gência a seguir foi obtida para se testar homogeneidade entre as proporções de

conceitos obtidos em um exame nacional com dois métodos de ensino:

O valor da estatística qui-quadrado usual para esses dados é:

a) 6

b) 12

c) 18

d) 24

e) 36

Letra e.

Como era esperado que os dois métodos fossem homogêneos, podemos tomar o

valor esperado conjunto.

A B C
Método 1 50 10 40
Método 2 50 40 10
Média 50 25 25

A média seria o valor esperado a se encontrar em cada um dos testes examinados.

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Questão 33    (CESPE/FUB/2015/ANALISTA JUDICIÁRIO) Cada membro de uma

amostra aleatória de alunos respondeu ou sim ou não a uma das seguintes questões.

Q1: Se algum colega seu estivesse deprimido, você o encaminharia ao serviço de

atendimento psicológico?

Q2: Se você estivesse deprimido, procuraria o serviço de atendimento psicológico?

Um teste qui-quadrado foi executado para analisar os dados com o nível de signifi-

cância de 0,05 e hipótese nula H1: pQ1 = pQ2, em que pQ1 e pQ2 são as proporções

de alunos que responderam sim às questões Q1 e Q2 respectivamente na população.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.

Se os dados coletados para Q1 forem 14 sim e 6 não, e para Q2 forem 6 sim e 14

não, então o valor da estatística qui-quadrado (sem o uso da correção de continui-

dade) será igual a 6,4.

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Certo.

Anotaremos na tabela a seguir as respostas às duas perguntas que foram feitas.

Q1 Q2
Sim 14 6
Não 6 14
Média 10 10

Questão 34    (CESPE/EBSERH/2018/ANALISTA ADMINISTRATIVO) Considerando

que X e Y sejam variáveis aleatórios mutuamente independentes que seguem dis-

tribuição normal padrão, julgue o próximo item. A soma dos quadrados Q= X2 +

Y2 segue uma distribuição exponencial com média igual a 2.

Errado.

A soma dos quadrados de normais padrão produz uma distribuição chi-quadrado. Como

são duas normais padrão, teríamos uma chi-quadrado com 2 graus de liberdade.

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Não consigo entender de onde a banca tirou que é uma exponencial de média igual

a dois. O gabarito oficial é certo, porém, trata-se de um item redondamente errado.

7.2. Distribuição F de Snedecor

A distribuição F de Snedecor, também conhecida como distribuição de Fisher e

Snedecor, é muito usada no teste de análise de variância.

Sua definição é, à primeira vista, um pouco estranha. Sejam X1 e X2 duas vari-

áveis aleatórias independentes que seguem a distribuição chi-quadrado com n1 e

n2 graus de liberdade, respectivamente. Seja a variável aleatória F assim definida:

A variável aleatória F segue uma distribuição F de Snedecor com (n1, n2) graus

de liberdade.

Os valores dessa distribuição são tabelados e devem ser fornecidos a você na

hora da prova, se necessário.

Sendo assim, a distribuição F é a razão entre duas qui-quadrado independentes

ponderadas pelos seus respectivos graus de liberdade.

Porém, por mais estranha que pareça essa definição, você muito provavelmente

não vai precisar dela na hora da prova. Fique tranquilo(a). Basta você pegar o nos-

so bizu para fazer o teste F.

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7.3. Teste F

Considere que você seja o dono de um laboratório e queira saber se os princí-

pios ativos de três medicamentos diferentes são realmente diferentes.

Para isso, esses medicamentos foram testados em três grupos diferentes de

3 pessoas. O número de dias que cada pessoa levou para apresentar melhora foi

fornecido a seguir.
Tabela 4: Número de Dias que as pessoas demoraram para apresentar melhora após tomar os
medicamentos A, B e C

A B C
1 1 3 5
2 2 4 6
3 3 5 7
Média 2 4 6

Olhando apenas para a média calculada, podemos supor que o medicamento A

é melhor que o medicamento B, que é melhor que o medicamento C. Porém, será

que somente com essa informação podemos realmente chegar à conclusão de que

o medicamento A cura mais rápido que o medicamento B, que cura mais rápido que

o medicamento C.

Para isso, podemos construir um teste de hipóteses com o nível de significância

de 5%.

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Para isso, precisamos construir uma estatística de teste, chamada estatística F.

Essa estatística é o que, na minha opinião, tem a maior probabilidade de ser cobra-

do em uma prova de concurso sobre essa distribuição.

Primeiramente, note que a nossa hipótese nula, ou seja, a hipótese que quere-

mos testar é de que a média do número de dias para a melhora do paciente seja

igual para os três medicamentos. Portanto, podemos calcular a média global.

Agora, vamos calcular os desvios quadráticos de todos os valores encontrados

em relação à média global.

Sendo assim, o total de desvios das observações em relação à média global é

30. Foi esse valor que chamamos de SQT.

O número de graus de liberdade desse desvio total é igual ao número total de

observações menos 1. Ou seja:

Agora vamos calcular a soma dos desvios quadráticos de todos os valores em

relação à média dentro de cada grupo. Ou seja, pegamos os desvios dos valores

obtidos no grupo A em relação à média do grupo A e, assim, por diante:

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Organizamos em forma de tabela para facilitar o entendimento. Na primeira co-

luna à esquerda, temos as observações do grupo A (1,2,3) e seus desvios em rela-

ção à média do grupo (que é igual a 2). Na segunda coluna, temos as observações

do grupo B (3, 4 e 5) e os seus desvios em relação à média do grupo. Verifique a

tabela novamente, caso tenha ficado alguma dúvida.

A B C
1 1 3 5
2 2 4 6
3 3 5 7
Média 2 4 6

Cada grupo tem 3 observações. Portanto cada grupo tem 2 graus de liberdade

(devemos sempre subtrair 1). Porém, como somamos 3 grupos diferentes. Chega-

mos a um total de 6 graus de liberdade.

Por fim, vamos pegar a diferença entre o total dos desvios e os desvios que

aconteceram apenas dentro de cada grupo de cada medicamento.

Chamaremos essa diferença de SQE que seria a soma dos quadrados entre os

grupos.

Pronto. Agora, definiremos a famosa estatística F como sendo:

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Vamos entender qual o sentido da estatística F. Quanto maior for o valor encon-

trado significa que mais significativos são os SQF que dizem respeito às variações

que acontecem fora dos grupos de cada medicamento. Ou seja, isso significa que

as variações fora dos grupos são mais importantes e significativas do que as pró-

prias variações dentro dos grupos de cada medicamento.

Portanto, quanto maior a estatística F, maior será a probabilidade de que as

médias sejam realmente diferentes.

Usando as expressões calculadas, temos que:

Agora, podemos olhar na tabela da distribuição F, que traz os valores críticos.

Tabela 5: Valores Críticos da Distribuição F de Snedecor

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1 161 199 216 225 230 234 237 239 240 242
2 18,513 19,00 19,16 19,25 19,30 19,33 19,37 19,38 19,39 19,40
3 10,128 9,552 9,277 9,177 9,013 8,941 8,887 8,845 8,812 8,876
4 7,709 6,944 6,591 6,388 6,256 6,163 6,094 6,041 5,999 5,964
5 6,608 5,786 5,409 5,192 5,050 4,950 4,876 4,818 4,772 4,735
6 5,987 5,143 4,757 4,534 4,387 4,284 4,207 4,147 4,099 4,060
7 5,591 4,737 4,347 4,120 3,972 3,866 3,787 3,726 3,677 3,637
8 5,318 4,459 4,066 3,838 3,687 3,581 3,500 3,438 3,388 3,347
9 5,117 4,256 3,863 3,633 3,482 3,374 3,293 3,230 3,179 3,137
10 4,965 4,103 3,708 3,478 3,326 3,217 3,135 3,072 3,020 2,978

Olhando na Tabela, o valor de F (6,2) é 5,143.

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Portanto, o valor que nós calculamos foi igual a 12 que é superior ao valor crí-

tico. Com isso, podemos rejeitar a hipótese nula com nível de significância de 5%.

Ou seja, com base na estatística F, concluímos que as médias de tempo de efeito

dos três medicamentos são realmente diferentes. E a chance de estarmos errados

é inferior a 5%.

Questão 35    (FCC/TRT5/2013/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em 3 empresas (X, Y e Z)

foram escolhidos por sorteio, em cada uma, 12 operários para realização de um

treinamento. Após o treinamento, foi realizado um teste, independentemente, com

todos estes 36 operários e deseja-se saber, ao nível de significância de 5%, se as

médias das respectivas notas dos grupos formados por cada empresa são iguais.

Pelo quadro de análise de variância, verificou-se que a soma de quadrados referen-

te à fonte de variação entre grupos representou 47,2% da fonte de variação total.

O valor da estatística F (F calculado) utilizado para comparar com o F tabelado (dis-

tribuição F de Snedecor), com o objetivo de verificação da igualdade das médias, é

a) 12,50.

b) 12,25.

c) 13,50.

d) 14,75.

e) 15,00.

Letra d.

Vamos à definição da estatística F que aprendemos.

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O enunciado informou que 47,2% da variação total advém da soma dos quadrados

entre os grupos, ou seja, ao SQE.

Como são 3 empresas (ou seja, 3 grupos de 12 funcionários), o SQE tem um total

de 3 – 1 = 2 graus de liberdade.

Agora, vamos ao SQD. O SQD corresponde a 52,8% da variação (100% – 47,2%)

da variação entre os grupos.

Cada empresa tem 12 funcionários, portanto, cada empresa tem 11 graus de li-

berdade. Como são 3 empresas, devemos multiplicar os graus de liberdade por 3 e

chegamos à 33 graus de liberdade. Portanto, podemos calcular a estatística F.

Questão 36    (CESPE/SEDUC-AM/2011/ESTATÍSTICO) Com relação à análise de

dados discretos, julgue o item.

Considere que os valores na tabela acima correspondam aos valores observados –

O  – e aos valores esperados – E  – segundo determinada hipótese nula de um teste


i i

de aderência cuja estatística do teste tem a forma

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Nessa situação, sob a hipótese nula, é correto afirmar que Q segue uma distribui-

ção F de Snedecor.

Errado.

Essa é a clássica definição da estatística chi-quadrado.

Questão 37    (CESPE/SEDUC-AM/2011/ESTATÍSTICO) A distribuição F de Snede-

cor é definida pela razão entre duas qui-quadrado independentes.

Errado.

A afirmação tentou definir a distribuição F da seguinte forma.

Porém, é preciso ainda normalizar as qui-quadrado pelos seus respectivos graus de

liberdade. Portanto, a definição correta seria:

Eu não acho saudável esse tipo de pegadinha em questões de Estatística. Porém,

quem sou eu para achar?

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