Metodo Das Partidas Dobradas

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INSTITUTO POLITECNICA SUMAYA

CURSO: Gestão de Recursos Humanos

Modulo: ICFC

Tema: Método das Partidas Dobradas

1º Ano

Turma: CA- CV3

Discente:

Eurico Pedro Machute

Docente: dr Luisa Raimundo

Maputo, Setembro 2020

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INDICE

1. Introdução....................................................................................................................................3

2. O Método das Partidas Dobradas...................................................................................................4

2. Fundamentação teórica...............................................................................................................5

3. Débito e Crédito............................................................................................................................5

3. Funcionamento em prática.........................................................................................................6

4. Conclusão.....................................................................................................................................8

5. Referencia Bibliográfica..............................................................................................................9

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1. Introdução

Neste breve trabalho tem como tema os métodos das partidas dobradas, de referir depois do
surgimento desta teoria das partidas dobradas ocorreu uma modificação na composição quantitativa
ou qualitativa do activo, sem que ele, como um todo, tenha sido aumentado. Nesse caso, ao aumento
de um dos elementos do activo corresponderá uma diminuição de igual valor em outro elemento do
activo. A mesma coisa se aplica ao passivo.

Vê-se que a partida dobrada representa um registo, patrimonial ou de resultado do período, que
representa "algo que vai, simultaneamente a outro algo que vem", portanto, são lançamentos de débito
e crédito, ou de haver e dever de igual valor.

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2. O Método das Partidas Dobradas

A palavra método vem do grego methodos (caminho) e se refere ao meio utilizado para


chegar a um fim. É o caminho pelo qual se atinge um objectivo. Método de Escrituração é o
meio pelo qual procedemos ao registo de fatos contábeis.

Surgiu no século XV e mudou completamente o entendimento de contabilidade. Também chamado de


Método Veneziano, esse sistema-padrão é um dos mais utilizados por organizações e empresas no
registo contábil das transacções financeiras.

Luca Pacioli, um frei franciscano, editou em Veneza, no fim da Idade Média, um livro no qual
demonstrava o funcionamento das partidas dobradas. Com apenas um capítulo tratando do tema, ele
difundiu esse método no mundo todo. Embora não tenha sido o inventor, já que o sistema estava
sendo usado antes, Pacioli marcou o início da contabilidade moderna, e por isso é considerado o pai
da matéria.

Para ser mais fácil o entendimento, vamos contrapor o método de partidas dobradas ao de partidas
simples. Essa forma de escrituração leva em conta apenas as operações que envolvem pessoas. Tudo o
que está relacionado ao património e o resultado é registado em outros controles que não os da
contabilidade. Só o débito ou o crédito ocorrido em transacções é que são levados em conta. O nome
“simples” oriunda justamente do fato de que esse método é menos completo e eficiente.

Já o método de partidas dobradas está baseado na compensação: para cada débito existente, um
crédito deve ser tomado como correspondente. Um evento pode ter vários débitos e créditos, de modo
que haja um equilíbrio entre activos e passivos. Isso faz com que haja um balanço patrimonial mais
seguro, e as despesas e receitas passam a ser mais facilmente trabalhadas na demonstração do
resultado do exercício.

Essas vantagens demonstram porque o sistema de partida simples está sendo abandonado em
detrimento do dobrado. O método criado por Luca Pacioli, em 1494, e exposto na publicação
“Colecção de Conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade”, é tão
eficiente que é considerado um dos pilares da contabilidade. Sua criação foi rapidamente adoptada por
profissionais, devido à clareza e à qualidade da função.

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3. Fundamentação teórica

Vamos retomar alguns conceitos da contabilidade para poder entender as partidas dobradas. O
“Património” é composto por bens e direitos, e corresponde ao activo, passivo e o capital próprio, ou
património líquido (PL). Todos esses elementos mantêm certo equilíbrio (ou seja: activo é igual
passivo mais o PL). O activo é a natureza devedora e o passivo mais o PL é natureza credora. Isso é
muito importante para entender o conceito dos métodos de escrituração dobrada, porque o raciocínio
para as operações propostas pela contabilidade não é diferente.

O entendimento por trás do conceito está na premissa de que variáveis são úteis por representarem
melhor as características das operações. Dessa forma, as empresas e organizações utilizam contas para
registar os resultados dos processos e da condição financeira como um todo. São usadas pelo menos
duas contas, que representam as variáveis para cada transacção financeira. Ambas demonstrarão um
aspecto particular do negócio como um valor monetário. Daí percebe-se que o total de débitos é igual
ao total de créditos.

4. Débito e Crédito

As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados muito diferentes daqueles que
têm na linguagem quotidiana.

É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com “subtracção” e “adição” do financeiro. O


coreto é associá-los aos termos Destino e Origem, respectivamente.

Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o seu valor (se a conta
representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma obrigação).

Creditar significa registar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, para aumentar seu
valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta representa um
Bem ou Direito).

Há duas formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos:

D- Estoque
C- Bancos

Ou

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Estoque
a Bancos

No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no segundo caso, o "a"
sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes da conta Estoque. Tem-se por mais
usada a primeira opção.

Portanto, para cada aplicação de algum item do património, se tem uma origem específica. Esse é o
raciocínio proposto pelo método das partidas dobradas. Apesar de parecer complexo, trata-se de um
método simples quando nos acostumamos com a lógica do processo. Com os exemplos a seguir tudo
ficará mais claro

5. Funcionamento em prática

Normalmente uma transição possui duas entradas, sendo uma na conta de crédito e outra na de débito.
Daí advém o nome de “dobrado”. A base da aplicação é a seguinte: o valor total lançado nas contas a
débito, em cada um dos lançamentos, precisa ser exactamente igual ao total lançado em contas a
crédito.

Não existe um devedor que não possua, como correspondente, um credor. Em outras palavras, todo
crédito possui um débito de igual valor, e vice-versa. Quando um lado muda, o outro deve,
necessariamente, mudar.

Exemplo 1: Se "X" tem um crédito de $200,00 contra "Y", é certo que "Y" tem um débito de $200,00
para com "X".

Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso aplicado. Ou seja, quando um


contador faz um lançamento a débito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço
destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um lançamento a crédito em uma conta, significa que o
dinheiro, o bem ou o serviço teve origem naquela conta.

Exemplo 1:  Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado
o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o registo destas duas contas da seguinte forma:

D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos imóveis da empresa.)
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista com o dinheiro da
empresa.)

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Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, é debitada. Se uma conta
entrega algo ou adquire o direito de receber algo, é creditada.

Exemplo 2:  imagine uma empresa que precisa adquirir produtos para completar o seu estoque. A
compra foi feita a prazo, e custou, ao todo, R$ 2 mil. Na hora do lançamento, é adoptado o método
das partidas dobradas. Portanto, haverá um débito na conta de estoque e, na conta de fornecedores, um
crédito. Ficará assim:

1. D – 2 mil (Estoque)

2. C – 2 mil (Fornecedores)

Há outras maneiras de se lançar, veja:

1. 1 Débito + 1 crédito

2. 1 Débito + Vários créditos

3. Vários débitos + 1 crédito

4. Vários débitos + Vários créditos

Disso podemos concluir que:

1. Não existe um crédito sem um débito.

2. Não existe um débito sem um crédito.

3. O saldo devedor é igual ao saldo credor.

4. Activo é igual a passivo mais Património Líquido.

Existe um modo esquemático para facilitar a transcrição. Ele divide as contas, do lado direito há as
entradas de crédito e no lado esquerdo os débitos. O modelo é chamado de “razonete”, e é muito
usado por estudantes de contabilidade e até contadores. Essas contas também são chamadas de
“contas T”, pois o formato da tabela lembra a letra T.

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6. Conclusão

As partidas dobradas são mais úteis do que o método de partidas simples por trazer informações mais
relevantes e precisas para as organizações.  Cada activo tem como correspondente um passivo ou seja,
para cada crédito existe um débito correspondente, e vice-versa.

Obtemos também alguns axiomas. O débito aumenta o activo, diminui o passivo e diminui o
património líquido. E o crédito aumenta o passivo, aumenta o património líquido e diminui o activo.
Isso demonstra, de forma prática, a utilidade de se utilizar as partidas dobradas na empresa.

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7. Referencia Bibliográfica
FAVARIN, A. M. Uma contribuição a modelagem de simulador de transacções aplicados no
ensino da contabilidade geral. 2000.315f

FRANCO, H. Formação educacional e profissional do contador. Revista brasileira de


contabilidade, v 22 n 82 p. 35 1995

GOMES, D. R. A evolução dos registos contabilísticos e a aplicação da partida dobrada em


Portugal. Braga Portugal 2000

IUDICIBUS, S. de teoria da contabilidade. 6. Ed. São Paulo. Atlas 2000

MARIIN, J. C. O ensino da contabilidade. 2. Ed. São Paulo. Atlas 2oo1

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