Viveiro

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ALFOBRES

Alfobres é o lugar ocupado pelas sementes no seu primeiro estádio, quando se dá inicio a
multiplicação das plantas mediante a sementeira.
 
IMPORTÂNCIA: os alfobres são estabelecidos com o objectivo de dar as sementes condições
óptimas para a sua germinação, o que não se pode lograr mediante a sementeira directa.
Quando se trata de grandes extensões.
 
A permanência das novas plantas nos alfobres é breve, não obstante isso, a sua duração está
determinada pela espécie, chegando a diferentes durações, desde 25 à 180 dias; como exemplo
temos: o tomate, a couve, a cebola, o alho etc, que estão entre 25 e 30 dias.

Classificação: os alfobres segundo a forma de construção dimensões e objectivos podem ser:


alfobres tradicionais e alfobres tecnificados.
 
Alfobres tradicionais: este tipo de alfobres são os que se realizam de forma mais comum no
mundo, para se obterem as posturas. Fazem-se em terrenos seleccionados onde se aplicam
pequenas quantidades de matéria orgânica e pequenas quantidades de fertilizantes. Usam-se
para tomate, repolho, pimento, tabaco de sol etc.

ESCOLHA DO LOCAL PARA OS ALFOBRES:


O local para instalar o alfobre, deve reunir para além das condições do terreno: ser solto, alto, de
boa drenagem interna, boa pendente superficial, e com poucas ervas daninhas, devem possuir
também as seguintes condições, para evitar deterioração das posturas pela transportação a
longas distâncias:
- O local onde se realizam os alfobres deve estar o mais próximo possível do local de
transplante.

- Deve estar o mais próximo do local onde começou o trabalho, por causa das observações e
das demais operações.
- Deve haver água suficiente para rega com regularidade; quer dizer deve estar próximo da fonte
de água.
- Deve-se procurar um local onde o manto freático esteja ao redor de 1,5 m da superfície, pois a
menor altura resulta perigosa para os alfobres.
- Nos locais onde já tenhamos cultivado a cultura em questão, só se voltará a seleccionar para o
alfobre, se já se passaram três anos e

se a cultura que aí esteve não sofreu nenhuma doença considerável; caso contrário, deverá
esperar-se até nove anos.
- No caso de que se trate de uma cultura da mesma espécie ou afins, dever-se-á escolher uma
área a uma distância mínima de 1,5 à 2 km de raio, tomando como centro, a área do alfobre que
queiramos estabelecer

FORMA DE CONSTRUÇÃO DOS ALFOBRES: são duas formas gerais de construção dos
alfobres; os tecnificados constroem-se manualmente, e os tradicionais podem ser feitos tanto
manualmente como de forma mecanizada.
 
CONSTRUÇÃO DOS ALFOBRES TRADICIONAIS: 
A construção dos alfobres tradicionais podem realizar-se manualmente quando se trata de
pequenas áreas de ensaios ou multiplicação de variedades.

Neste caso, levanta-se o canteiro mediante estaca que limitam superfícies de 1,20 m de largura
e 18 m de comprimento, separados 40 ou 60 cm um dos outros; o espaço que se encontra no
meio entre os alfobres, usa-se como passeio e parte da sua terra movediça é incorporada em
partes iguais aos alfobres que o encerram.
 
Quando antecipamos a preparação do solo ao momento ideal de realizarmos os alfobres, com o
objectivo de proporcionar um melhor aproveitamento do tempo, por um lado
de altura. As dimensões de 1,20m nos alfobres tradicionais deve-se a que, uma pessoa deve
chegar ao centro do canteiro esticando o braço, pois ao estendê-lo pode realizar todas as
operações que pretender fazer (rega, sacha, mondas etc.) sem dificuldades. A distância de 18m
de longitude é devido a rega por aspersão em que os tubos têm uma longitude de 60 m cada um,
sendo a altura de 25 cm devido a que está unido as profundidades de preparação do solo, a
espessura do terreno, que deve ser suficiente para o desenvolvimento do sistema de raizes das
plantas do alfobre, e aquelas que ultrapassam estas profundidades são eliminadas no momento
da extracção, ou no momento da transplantação.
DESINFECÇÃO: a desinfecção nos terrenos para os alfobres é necessária, porque a semente
pode ser atacada, tal como as plantas jovens, pelos insectos e as doenças. Para isso se
comprovou que o uso de aldrim a 18 % ou chlordamo a 80% E.C. a razão de 0,5 galões em 100 l
de água e aplicar esta solução um dia antes da data da rega da semente, em 19 m3 de água.

A esterilização das sementes pode levar-se a cabo, mediante a utilização de vapor de água.
Um dos produtos químicos que se pode usar é o formol e o VAPAM (TMTD).
FERTILIZAÇÃO: a forma de aplicação do fertilizante ao alfobre varia segundo a espécie, o tipo
de solo, o tipo de alfobre, a época e as condições existentes, mas de forma geral toma-se como
base a extensão do alfobre e o tipo; daí que as formas são:
1-Quando se tratam de grandes extensões, depois de preparado o terreno se lhe passa uma
grade ligeira uns dias antes de fazer o alfobre, ou no momento da sua construção.
2-Em algumas regiões produtoras se aplicam fertilizantes depois de formado o alfobre.
3-Há casos em que se aplica o fertilizante depois de realizada a sementeira ou a rega da
semente.
Quando se trata de pequenas áreas, geralmente onde se constroem manualmente, se realizam
as fertilizações, momento antes da rega da semente, e se mistura com a terra.
No nosso país se aconselha dadas as características dos solos que se aplique o fósforo e o
potássio uma semana antes de realizar a rega da semente, e o nitrogénio no momento da rega.
Se deve aplicar MO nos alfobres.
Esta aplicação de matéria orgânica, deve estar de acordo com a fonte, que deve estar próxima.
Rega da semente: uma vez com os alfobres prontos para receber a semente, deve regar-se,
conhecer-se a variedade, percentagem de germinação, pureza e todo o seu historial e ter em
conta que tipo de alfobre vamos regar.
Se a rega se vai realizar à máquina esta se calibra para o cumprimento da norma de sementeira
e se realiza a rega ou sementeira, no sentido longitudinal do alfobre, com separação de 10-15
cm entre filas (linhas), dando-lhe uma profundidade adequada.
 
Atenção culturais
Dá-se o nome de atenções culturais ou cuidados culturais a todas as operações que se realizam
tanto sobre o solo como sobre a planta até ao momento que as posturas estejam prontas para o
transplante.
Se resumem em:
-Cobertura.
-Rega.
-Destruição de crostas.
-Controlo sanitário.
-Desbaste.
-Controlo de infestantes.
-Fertilização adicional.
 
Cobertura: a cobertura da semente se efectua quando a sementeira se realiza de forma
destapada ou a lanço.
É necessário saber que quando realizamos uma sementeira a máquina ou a mão é
indispensável realizar o retoque de posição da semente que consiste em lograr que toda a
superfície da mesma esteja em íntimo contacto com as partículas do solo que a rodeiam, o que
se logra que todas as sementes que têm viabilidade, germinem perfeitamente.
Fertilizações adicionais: de acordo com a permanência da planta no alfobre, tipo de planta, tipo
de solo, tipo de rega e época de sementeira é necessário em algumas ocasiões fazer aplicações
adicionais de fertilizantes, simples ou compostos dado o carácter de distribuição ou a carência
que a planta manifesta.
O controlo da vegetação estranha nos alfobres pode fazer-se mediante a aplicação de herbicidas
específicos, mas dadas as condições podemos obter melhores resultados, com uma boa preparação
do solo, um uso adequado da norma de sementeira, um bom aproveitamento da época óptima de sacha
etc.

O controlo do crescimento das posturas se efectua mediante o subministro de água.


O momento da rega da semente nos alfobres, está em dependência da época óptima de
transplantação, e da permanência da postura no alfobre, para o qual toma-se como índice
superior a época de transplante diminuindo deste o equivalente de permanência da postura em
dias; assim se o momento da transplantação for no dia 30 de Outubro tendo as plantulas
permanecido no alfobre por 30 dias teremos necessidade de fazer a rega um dia antes ou no
mesmo dia de manhã.
Viveiro
VIVEIRO é o ambiente/local onde germinam e se desenvolvem todo tipo de planta. É nele que as
mudas serão cuidadas até adquirir idade e tamanho suficientes para serem levadas ao local
definitivo, onde serão plantadas. Os viveiros contam com diferentes tipos de infraestrutura, que
vão depender do seu tamanho e de suas características.
Dois tipos de viveiros podem ser destacados:
Viveiros temporários ou provisórios – são aqueles cuja duração é curta e limitada, destinados à
produção de poucas mudas em uma área determinada. Geralmente se localizam próximos à
área de plantio. Esse tipo de viveiro é bem simples e pode ser construído, por exemplo,
utilizando-se a sombra de uma árvore frondosa no fundo do quinta.
Viveiros permanentes ou fixos – são aqueles construídos para durar mais tempo, sendo
utilizados para produção de mudas em quantidades maiores, principalmente visando à
comercialização em larga escala. Como essas instalações são mais duradouras, necessitam de
material mais resistente, assim os gastos para sua construção são bem maiores do que os do
viveiro temporário (Figura 2). Geralmente se localizam próximos a mercados consumidores

Implantação do Viveiro
Estabelecimento do local do viveiro
Escolha do local O local para a construção de um viveiro deve ser definido depois da análise
cautelosa de diferentes aspectos do ambiente. De preferência, o construtor deve considerar uma
área com as seguintes características:
Inclinação do terreno: o terreno deve ser levemente inclinado (1% a 3%) a fim de evitar acúmulo
de água das chuvas ou mesmo do excesso de irrigação.
Drenagem: o solo deve oferecer boa drenagem, evitando-se solos pedregosos ou muito
argilosos.
Fonte de água: a disponibilidade de fonte de água limpa e permanente deve ser suficiente para
irrigação em qualquer época do ano.
Proximidade das áreas de plantio: a localização deve ser próxima do local onde as mudas serão
plantadas, principalmente no caso de viveiros temporários.
Orientação geográfica: o maior comprimento do viveiro deve ficar no sentido do sol nascente
para o poente (leste-oeste), o que garantirá ambientes totalmente ensolarados na maior parte do
tempo.
Cercamento é importante cercar totalmente a área do viveiro com o intuito de protegê-la contra
possíveis furtos e entrada de animais. Além do alambrado, uma alternativa mais econômica e
muito utilizada, que também serve de
quebra-vento, é o plantio de cercas vivas. Uma das espécies mais utilizadas, devido às suas
características, é o sansão-do-campo
Proteção das mudas: o local deve ser cercado para evitar a entrada de animais, além de
implantação de quebra-ventos, que deverá servir para a proteção das mudas, das sementeiras,
dos sombrites e demais instalações do viveiro. As plantas do quebra-vento também contribuirão
para diminuição do ressecamento do solo e da transpiração das mudas, prestando-se também à
regulagem da temperatura do viveiro.
Limpeza e preparo do local a limpeza do local onde será construído o viveiro é muito importante.
Para isso, devem ser retirados plantas daninhas, raízes, tocos, pedras e qualquer material que
possa atrapalhar o trabalho de instalação.
Substrato
O substrato ideal deve apresentar as seguintes características:
• fornece suporte apropriado para as plantas;
• apresentar porosidade adequada, a fim de permitir a aeração e a retenção de água, sem que
haja acúmulo;
• o volume deve ser constante, mesmo quando submetido a diferentes
umidades;
• apresentar alta capacidade de retenção de nutrientes;
• ser leve e de fácil manuseio;
• não apresentar mau odor;
• ser economicamente viável; e
• ser isento de substâncias tóxicas, patógenos e sementes de plantas
competidoras.
Enchimento dos recipientes
Os principais recipientes utilizados na produção de mudas são os sacos
plásticos, tubetes, vasos e, mais recentemente, as embalagens biodegradáveis
como paper pot e sacos plásticos biodegradáveis, com diversas perfurações.

Sacos plásticos: apresentam diversas dimensões e espessuras, algumas embalagens podem ser
biodegradáveis, com furos estratégicos para
drenagem do excesso de água, permitindo o desenvolvimento de raízes
laterais. A principal vantagem do uso deste material é o fato de não exigir
grande investimento na aquisição e implantação de infraestrutura. Além
disso, permite o cultivo da muda por um maior tempo em viveiro, suportando mudas com maior
porte. No entanto, cabe ressaltar a atenção que
deve ser dada para que não haja o enovelamento das raízes, o que ocorre
quando as mudas permanecem no viveiro por um período superior ao que
o tamanho da embalagem permite.

Tubetes: material de polietileno, encontrado em diversas dimensões,


apresentando capacidade de volume de substrato a partir de 30 cm³ e
estrias verticais, que atuam como direcionadora das raízes. As dimensões
mais adequadas variam conforme a espécie, sendo os recipientes com volume entre 56 e 290
cm³ os mais recomendáveis. As principais vantagens
deste recipiente são a possibilidade de automatização no enchimento dos
recipientes com substrato, a reutilização do tubete e a maior agilidade na
operacionalização em viveiro, bem como a facilidade no transporte e manuseio. Por outro lado, a
utilização dos tubetes requer maior investimento
no momento da aquisição e implantação das estruturas do viveiro, quando
comparada com a utilização de sacos plásticos.

Recipientes biodegradáveis: são embalagens confeccionadas com


materiais biodegradáveis. A grande vantagem da adoção desse recipiente
é a agilidade e o tempo que se ganha na operação de plantio, uma vez
que as mudas são plantadas do modo em que são expedidas a campo, não
havendo necessidade de serem retiradas dos recipientes no momento do
plantio. Outro aspecto positivo é quanto à permeabilidade dos mesmos
às raízes, que confere maior velocidade no crescimento inicial das mudas,
logo após o plantio. Estes recipientes, embora ainda pouco utilizados, por
requererem um investimento inicial significativo, têm se apresentado como
uma boa alternativa na redução do custo da muda.

O enchimento dos sacos plásticos, recipiente ainda muito utilizado, é realizado de forma
individual. Outros recipientes, como tubetes e vasos, podem
ser preenchidos de forma mecanizada, o que acaba acelerando o processo, permitindo um
melhor aproveitamento da mão de obra em outras atividades
do viveiro. Estes recipientes também são reutilizáveis, sendo recomendado
que passem por um processo de desinfecção, de modo a evitar a transmissão
de eventuais pragas, doenças ou contaminação por plantas daninhas.

Tempo de permanência da muda no viveiro


O tempo de permanência da muda no viveiro é variável e depende principalmente do
desenvolvimento de cada espécie ou mesmo da época em que o plantio de"nitivo para o campo
vai acontecer.
Em geral, o tempo médio é de aproximadamente cinco meses, podendo chegar até 12 meses,
como no caso da sucupira-branca (Pterodon pubescens), da faveira (Dimorphandra mollis) e do
barbatimão (Stryphnodendron adstringens).
Tamanho da muda para ser transferida para o campo
O tamanho médio para se levar uma muda para o plantio no campo é variável, dependendo da
espécie. Mas a recomendação básica é a muda apresentar entre 20 cm e 30 cm de altura
principalmente no caso das espécies do Cerrado sentido amplo e de 50 cm ou mais para as
espécies de
ambientes florestais.

A SEMENTEIRA: é a operação agrícola pela qual se distribuem convenientemente as sementes


botânicas no solo para que germinem. A sementeira pode ser directa ou em viveiro. E também
pode ser manual e mecanizada.
O TIPOS DE SEMENTEIRA
Semeadura direta
Este procedimento deve ser adotado sempre que possível, pois além de facilitar a
operacionalização do viveiro, evita danos à raiz e possíveis traumas durante o processo de
repicagem. Sua execução torna-se mais fácil com a utilização de espécies que possuam
sementes de tamanho médio e grande, ou seja, sementes que sejam de fácil manipulação e que
possuam uma alta porcentagem de germinação, podendo, para este procedimento, utilizar-se
mais de uma semente por recipiente, dependendo da viabilidade da mesma e da espécie
empregada, de forma a assegurar o aproveitamento de pelo menos uma planta.
Semeadura indireta
Este procedimento geralmente é adotado quando as sementes são muito pequenas, sendo de
difícil manipulação e distribuição individualizada, ou ainda quando a germinação é irregular
(baixa porcentagem de germinação). A semeadura indireta pode ser realizada em recipientes de
diferentes materiais como, por exemplo, caixas de madeira, caixas de plástico, bandejas de
isopor, ou ainda em canteiros construídos para esta finalidade no próprio viveiro. Estes canteiros
devem ser preenchidos com uma camada de material para drenagem (brita ou argila expandida)
e uma camada de areia grossa, podendo esta ser misturada com substratos orgânicos, isentos
de propágulos indesejáveis e agentes patogênicos. É aconselhável que os canteiros de
semeadura sejam suspensos, pois proporcionam melhores condições ergométricas de trabalho,
além de deixarem as plântulas menos suscetíveis ao ataque de pragas e doenças.
Manual: quando se faz pelas próprias mãos do homem. 
Mecanizada: quando utilizamos semeadores.
 A transplantação cosiste no arranque das pantas do viveiro e a implantação no
local definitivo, as pantas frutiras , as vezes são transferidas para secção de
viveiros .
A época de trasplataçao é determinada pelo nível desenvolvimento das
plantas: por exemplo para o taaco é quado as primeira folhas tem 10cm de
comprimento as raízes são numerosas e bem conformada

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